Jipe Clube de Limeira 3º Passeio de Inverno reuniu 90 jipes, pág.06 Trilha com segurança, empolgação X atenção, pág.07 Cara e Força de Cavalo Dicas de mecânica , freios a disco, pág.07 carta ao leitor novidades raio-x de um jipe que certamente vai ser usado, pelo menos em parte, de modelo para nossas futuras reformas. Nessa primeira edição, temos um jipe conhecido como “cara de cavalo”. De proprieda- Evandro Coev Jornalista [email protected] Caros amigos. O Jipeiro nasce, primeiramente, pela nossa paixão por jipes e também para suprir uma deficiência no mercado editorial brasileiro. Temos ótimas publicações sobre essa grande paixão, mas ainda falta algo. Lembro-me quando a 4x4&Cia começou, quando as edições eram apenas algumas páginas em papel sufite, preto e branco. Naquela época os bons e velhos Willy’s tinham grande espaço na publicação. Não que O Jipeiro publicará exclusivamente Willy’s. Aqui veremos Nivas, de do engenheiro mecânico Alexandre Cruz, grande companheiro do Coyotes Off Road, clube de Americana, seu jipinho Engesas, Samurais, Toyotas, Trollers, enfim, jipes que costumeiramente encontra- mostra que, além de cavalo no nome, é também na força. Isso graças a mudan- mos rodando por aí. O diferencial é que O Jipeiro será voltado ao jipeiro de fato, seja aquele trilheiro que todo fim de sema- ças simples e razoavelmente baratas feitas no jipe fabricado em 1954. Inicialmente O Jipeiro será distribu- na coloca seu jipe na lama ou para aqueles que usam esse espetacular veículo ído entre as cidades do triângulo Campinas, Limeira e Piracicaba e nos municípi- para dar uma voltinha aos domingos. Vamos dar dicas de mecânica, mostrar as loucuras que fazemos nas trilhas os vizinhos, como é o caso de Vinhedo, Valinhos, Jaguariúna, entre outros. Feito em papel jornal, conforme a publicação e, principalmente, a cada edição, fazer o for crescendo, serão ampliados os municípios de cobertura. O objetivo é que expediente O Jipeiro Redação Evandro Coev Mtb 28.368 [email protected] Projeto Gráfico Eliane Deliberali [email protected] Comercial Eduardo Chaves Tucunduva [email protected] [email protected] Colaboração Luciana Teixeira Colaboração nesta edição Cássio Nogueira (Jipe Clube de Limeira) Redação: [email protected] www.ojipeiro.com.br Rua Agostinho Zanini, 287, Jd. São Domingos, Americana-SP (19) 8134-5040 Redação (19) 9754-8811 Comercial Tiragem: 3 mil exemplares Distribuição Gratuita aos jipes clubes e estabelecimentos do setor off road Impressão: Gráfica JNO-Nova Odessa-SP Fotos nesta edição Cedidas pelos Jipe Clubes: Coyotes Off Road Jipe Clube de Limeira Arquivo pessoal do Alexandre Cruz A reprodução total ou parcial de O Jipeiro, sem prévia autorização do jornalista responsável, é proibida. cada dono de jipe de todo o Estado de São Paulo, associado a um clube, receba gratuitamente sua edição, que será encaminhada ao presidente do clube. O Jipeiro terá publicação mensal e será distribuído nos locais onde os jipes clubes fazem suas reuniões. Seja um colaborador de O Jipeiro. Mande pra gente dados da trilha promovida pelo seu jipe clube, daquele passeio inesquecível ou se você tem um belo modelo deste maravilhoso veículo, envie fotos do seu veículo com todos os dados para que possamos publicá-la. Espero que todos gostem. Grande abraço Evandro Coev, jornalista e jipeiro. off-road O Jipeiro ago/05 pág.02 Marruá para Corpo de Bombeiros A Agrale desenvolveu uma nova aplicação do jipe Marruá, a versão moderna do Engesa, para ser utilizado por bombeiros. Na cor vermelha, o veículo traz tanque com capacidade para 250 litros de água, mangueira com alcance de até 300 metros, esguicho regulável, bomba de alta pressão (até 540 libras ou 40 Bar) e baixa vazão (máximo de 35 litros por minuto). A primeira unidade foi comercializada para o grupamento da cidade de Belém (PA). De acordo com o fabricante, o jipe é eficiente para o combate de incêndios, tanto em áreas urbanas quanto em florestas. “A maioria dos incêndios nas matas brasileiras ocorre em locais de difícil acesso e a agilidade no atendimento define o sucesso da missão”, afirma foto: Júlio Soares Flávio Crosa, diretor de vendas e marketing da Agrale. Segundo o executivo, as características do veículo são apropriadas para vários tipos de serviços, em função de sua robustez, baixo custo operacional e versatilidade. O Agrale Marruá é produzido na unidade da empresa, em Caxias do Sul (RS), e conta com 100% de componentes nacionais. Troller promove eventos O Núcleo de Eventos da Troller promove trilhas em diversas regiões do País para os apaixonados por aventura. No dias 25 e 26 de junho, o evento foi realizado na cidade de Socorro, quando um grupo de troleiros pôde conhecer as belezas locais e enfrentar uma trilha com certo grau de dificuldade. A região de Socorro, cidade a 132 quilômetros de São Paulo, é conhecida por aventureiros e, além dos amantes do off-road, também é fácil encontrar os praticantes de vôo livre, escalada, rapel, entre outros. Localizada entre os vales e montanhas da Serra da Mantiqueira, a cidade é um verdadeiro convite à admiração da natureza. O passeio promovido pela Troller custou R$ 480,00 (piloto e navegador) com direito a hospedagem, almoço, jantar, café da manhã e camisetas. O Jipeiro ago/05 pág.03 2ª Trilha da Dona Onça Os Coyotes Off Road realizaram no sábado, dia 2 de julho, a segunda edição da Trilha da Dona Onça. O passeio, realizado nas belas trilhas de Santa Bárbara d’Oeste, teve subida íngreme, atoleiro, erosão e trechos de relativa dificuldade, considerando que muitas das mulheres que estavam no volante, estavam dirigindo em trilha pela primeira vez. Na trilha da Dona Onça só estão autorizadas as mulheres dirigirem. Caso algum homem fosse dirigir, tinha de estar travestido. Mas mesmo aqueles que as esposas tomaram a dire- ção, não perderam a oportunidade de pôr uma sainha e passar um batonzinho. Os jipes da Cláudia (dona onça mor) e do Cidão, que estava uma mulher perfeita, eram os mais belos decorados. A trilha foi show de bola e não teve quem não elogiou. Todos parabenizaram os companheiros Alexandre Cruz, Eduardo Merege e Gilson Ripper, responsáveis pelo levantamento da trilha. O Guilherme Guandalin, que deixou a trilha para preparar o churrasco do povo, como sempre muito prestativo, garantiu uma confraternização super gostosa. O Péricles, nosso mecânico, como sempre trabalhou bastante. Mas ninguém ficou na mão. O Zé Budroni, também nosso mecânico, foi outro que teve de pôr a mão na graxa. No final, todos ficaram felizes e já estão esperando o próximo. Foi show de bola. evento especial A participação foi muito boa e o número de jipes, a maioria decorado, superou as expectativas. Os participantes travestidos mostraram alegria e as mulheres comprovaram que no volante são tão boas quanto os maridos e namorados. especial O Jipeiro ago/05 pág.04 Mais de 150 mil unidades deste modelo foram fabricadas Cara e Força de Cavalo Em janeiro de 1953, a Willy’s Overland lançou o jeep CJ 3B. Com motor Hurricane, algumas modificações tiveram de ser feitas no corpo do jipe. Isso porque o CJ 3A usava o motor continental, portanto, mais baixo. Como o Huricane era maior, foi necessário aumentar a frente do carro. Como resultado, uma frente alta, ficou desde então conhecido como “Cara de Cavalo”. Mais de 150 mil unidades deste modelo foram construídas. Sabe-se lá, quantos rodam até hoje. Na região, mais de um circulam pelas ruas. Em específico, de propriedade do engenheiro mecânico automobilístico, Alexandre Cruz, chama muita a atenção pelo seu estado. Com pneus Wrangler MT/R 33x12.5R15, o Cara de Cavalo apresenta uma autoridade como poucos. Na trilha, essa autoridade fica ainda mais evidente. Alexandre procurou um Cara de Cavalo por um bom tempo e em 1999, acabou comprando o jipe que foi fabricando em 1954. Com sorte, pagou muito pouco no veículo. Por R$ 3,9 mil ele pegou o carro totalmente original e em perfeito estado de conservação. A partir disso, começou a implantar mudanças necessárias. Uma das primeiras mudanças foi mexer no freio, que já apresentava problemas. Aproveitou a oportunidade e instalou o hidrovácuo do Santana e colocou freio a disco nas quatro rodas. Como Alexandre sempre é acompanhado pela esposa Viviane e pela filhota Lara, garantir a segurança dele e da família é essencial. Aos poucos o engenheiro foi fazendo melhoramentos. Towbar, faróis de milha, troca do motor Hurricane pelo OHC do Maverick, snorkel, caixa de direção do Santana, volante esportivo, capota conversível, pneus mais agressivos, pedaleiras suspensas, gaiola, guincho, entre outras coisas. Nestes quase seis anos com o jipe, o Hulk, como é chamado pelos amigos, custou para Alexandre cerca de R$ 20 mil. Dinheiro que foi gasto aos poucos e que deixou o jipe, sem dúvida nenhuma, com uma força de cavalo. Na foto acima, Hulk descendo o Globo da Morte. Ao lado esquerdo é possível ver o curso de suspensão do carro. O pneu fica bem perto, mas não chega a tocar o pára-lama ] O CJ 3B era a versão civil do jipe militar M606. As diferenças entre eles eram mínimas e restritas aos acessórios Nestes quase seis anos com o jipe, o Hulk, como é chamado pelos amigos, custou para Alexandre cerca de R$ 20 mil... ] O Jipeiro ago/05 pág.05 O CJ 3B é praticamente idêntico ao modelo militar M606 Ficha Técnica: Hulk N a te rr a , na agua e .. . O Hulk encara bem qualquer tipo de obstáculo. Erosões, pedras, lama e subidas ou descidas íngremes não se tornam problemas para o jipe do engenheiro Alexandre → Cambão tipo Towbar → Faróis de milha → Motor OHC Maverick 4 cilindros → Radiador novo com hélice de 6 pás de Opala → Snorkel → Caixa de direção Santana → Volante esportivo → Freio a disco nas 4 rodas → Pedaleiras suspensas → Hidrovácuo do Santana → Capota conversível Gaúcha → PX Uniden com antena maria mole → Bancos dianteiros do Opala → Banco traseiro com caixa de ferramenta → 4 pneus 33x12.5R15 Wrangler MT/R → Tapetão de borracha → Câmbio 3 marchas original com reduzida → Reforço de chassis na região dos jumelos → Calços de carroceria de 1,5" novos de PU → Alternador revisado → High Lift de 1,5 m → Estribos → Espelhos Wrangler → Gaiola → Guincho Warn XD9000i → Pontos de Ancoragem trilha O Jipeiro Jipe Clube de Limeira verno In e d io e s s a P 3º reuniu 90 jipes O Jipe Clube de Limeira realizou no dia 23 de julho o 3º Passeio de Inverno. Cerca de 90 jipes de Limeira e região prestigiaram o evento, que teve muita poeira. Jipeiros de Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Piracicaba e outras cidades compareceram e marcaram presença no passeio promovido pelos companheiros limeirenses. Justamente por ser um passeio, a trilha de cerca de 25 quilômetros foi leve, o que não significa que não teve obstáculos com certo grau de dificuldade. Em determinado trecho, alguns jipes tiveram dificuldade para superá-los, como ocorreu com o diretor de internet do Clube de Limei- ago/05 pág.06 ra, Cássio Nogueira, que teve a roda livre do seu jeep quebrada. Cássio teve de continuar a trilha em 4x2, o que exigiu um pouco mais do veículo e do piloto. A trilha terminou com um churrasco, show ao vivo de artistas locais e sorteios de brindes. Muitos participantes comentaram o companheirismo e o empenho do presidente do Jipe Clube de Limeira, Márcio Pardal, um dos principais idealizadores do evento. O Jipe Clube de Limeira realiza suas reuniões todas as quintas-feiras a partir das 20 horas no Auto Posto Fazendinha, no quilômetro 3 da rodovia que liga Limeira à cidade de Cordeirópolis. Cerca de 90 jipeiros de Limeira e região participaram do evento promovido pelo jipe clube da cidade. Apesar de ser um passeio considerado leve, a trilha com cerca de 25 quilômetros de extensão teve trechos com certo grau de dificuldade Tartarugas fotos: Cássio Nogueira completam 5 anos Os Jipeiros Tartarugas, de Campinas, completaram no dia 29 de agosto cinco anos de vida e a comemoração contou com dezenas de pessoas em uma divertida festa a fantasia. O Jipeiro prestigiou o evento e constatou a união desse grupo. Amizade e Companheirismo. Assim pode se definir os Tartarugas, que nestes cinco anos vem mostrando não ser apenas um grupo de loucos por jipes, mas também grande responsabilidade social. Nestes anos os Tartarugas distribuíram cinco mil brinquedos em época de Natal, dois mil litros de leite a entidades filantrópicas, entre outras atividades solidárias. O Jipeiro parabeniza todos os tartarugas pelo seu presidente Pietro Branchina Neto. Muitos anos de vida pessoal! fotos: Otávio Godoy O Jipeiro ago/05 pág.07 quanto pior, melhor Faça trilha com segurança A encalhada do mês A foto mostra o pessoal do Coyotes Off Road trabalhando pesado para tirar o jipe atolado na trilha de Santa Bárbara d´Oeste. Detalhe para uma técnica interessante. O cabo do guincho está apoiado no estepe do veículo. A técnica facilita a retirada do atoleiro, já que não apenas puxa o jipe para frente, como também para cima, facilitando a saída da lama. É muito importante que as pessoas não fiquem no campo de alcance do cabo de aço. Uma quebra do cabo pode provocar um gravíssimo acidente. doutor jipe freio a disco O sistema de freio original do Jeep Willy’s não oferece a segurança devida, tanto para quem usa o jipe na cidade como para quem faz trilhas. O cilindro mestre original é simples, portanto, tem apenas um embolo responsável pela pressão do sistema. Os cilindros são responsáveis por abrir e fechar os suportes das lonas. Quando recebe pressão do óleo, o cilindro empurra o suporte da lona, conhecido também como “patinho”, e pressiona a lona contra o tambor do freio, ou “panela”, como é popularmente chamado. A ação gera atrito e provoca a frenagem do veículo. Contudo, no sistema de lona, as chances de uma falha são grandes. Após um lamaçal, por exemplo, o barro que fica entre a panela e as lonas é suficiente para deixar o carro sem freio. O mesmo pode acontecer no caso de o veículo estar trafegando em uma rua da cidade e pegar uma enxurrada, por exemplo. Por isso, substituir os freios originais pelo sistema a disco é um upgrade bastante interessante. Lembre-se que o freio não é um item de luxo, mas sim de segurança. Portanto, deve ser muito bem instalado. Existem kits de freios a disco prontos, tanto para as rodas dianteiras como para as traseiras. A instalação é fácil, mas deve ser feita por mecânico experiente e responsável. Os kits à venda no mercado, geralmente, utilizam as pinças da Kombi. A instalação do freio a disco não requer a instalação de pedaleiras suspensas, mas o serviço vale a pena, principalmente pelo conforto de ter os pedais suspensos. Acaba de chegar no mercado um kit fabricado no Sul de qualidade inigualável e já bastante conhecido de vários jipeiros. É o Kit UBD, Ultra Berga Disk, fabricado artesanalmente pelo amigo Berga de Santa Rosa-RS e representado pelo amigo e mecânico Giovani Donini. Este kit utiliza pinças de Gol/ Santana na dianteira e de Tempra na traseira, é disponível para as linhas Willy’s e Ford (Jeep, Rural, F75 e F-85) com eixos originais e Toyota Bandeirantes, em breve para Engesas e Campers. O kit é completo e tem o modelo com pinças duplas. Mais informações e pedidos através do e-mail: [email protected] ãos os as m colocarm árvore, Antes de iz de uma ra io perto de plo, é necessár por exem local. Atitudes ilha bem o uma tr observar dem garantir s. po po simples ntratem co m se gostosa, rede jipeiros Coyotes Off-Road www.coyotesoffroad.com.br Reunião às terças-feiras, às 20 horas, na lanchonete da Loja Zanini - Av.Dr. Antonio Lobo, 615, Centro, Americana Muitas vezes a empolgação do momento nos faz esquecer de iten s e atitudes de segurança que são fun damentais para a tril ha ser boa e acabar sem problemas. O uso de botas e calças no meio do mato é imp ortante. É comum term os que andar por loca is com vegetação ras teira risco de uma pic e o ada de cobra é grande .O animal, na ma ioria das vezes, acuado, ataca como forma de defesa. A s s o c ie -s e a um J ip e C lu b e , ga ra ge m jip e na em be . Ho je na jip e clu clu be . Se um m te en te na m rta ce tiv er , é cia r-s e ia su a cid ad ha te m . As so ex pe riê nc viz in cid ad e tro ca de o nt e pe la co m pa nh ei ris m rta po im o de rit pí r. es te de ve e pe lo jip ei ro qu e to do Jeep Clube Piracicaba te m um www.jeepclubepiracicaba.org.br Se vo cê a um Reunião às quartas-feiras, às 20 horas, no as so cie -se ad e Gordão Lanches da Av. Independência, cid da di a to Piracicaba. e nã o Jeep Clube de Campinas www.jeepclubecampinas.com.br Reunião às quartas-feiras, às 20 horas, no Gordão Lanches da Av. Norte Sul, 1.010, Campinas Jipeiros Tartarugas www.jeepeirostartaruga.com.br Reuniões às quartas-feiras, às 20 horas,no lava-rápido AXS - Av. Norte Sul, 781, Campinas. Jeep Clube de Limeira Reuniões as quintas-feiras, às 20 horas, no auto posto Fazendinha, quilômetro 3 da rodovia que liga Limeira à cidade de Corderópolis Jaguariuna Off Road [email protected] Jeep Gaiola Clube www.jeepgaiolaclube.hpg.com.br Santa Gertrudes Jipeiros S/A www.jipeiros.rg3.net Piracicaba Clube Caça Buraco www.caradobrasil.com.br/ccb Cosmópolis Jeep Clube Rio Claro www.jeepcluberioclaro.kit.net Rio Claro Seu Jipe Clube não está na rede jipeiros, mande as informações pra gente [email protected] diário de viagem O Jipeiro ago/05 pág.08 Expedição mostrou companheirismo dos Coyotes S e r r a dt raa Canas Eduardo Chaves Tucunduva [email protected] O Coyotes Off Road, clube sediado em Americana, realizou uma expedição para o Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais. O resultado, além de muitos jipes quebrados, foi uma grande mostra de companheirismo. O Parque foi criado em 1972 para proteger as nascentes do Rio São Francisco, o maior rio genuinamente brasileiro. Com seus três mil quilômetros de extensão, o rio nasce na Serra da Canastra e atravessa quatro outros estados do país: Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. O Parque foi criado porque a região começou a sofrer graves conseqüências em virtude do desenvolvimento desordenado da agricultura e da mineração. Agora que o leitor já sabe um pouco sobre esse lugar maravilhoso, vamos à aventura dos Coyotes, que não foi pouca. “ 5ª feira – 26 de maio – 6h O comboio saiu de Americana com o caminhão militar do amigo Wilson Sega transportando barracas, mochilas, cobertores, colchões e até mesmo o jipe do Wilson. Já na ida o caminhão quebrou e ficou pelo caminho. 6ª feira – 27 de maio Passeio pelas paradisíacas cachoeiras de São João Batista do Glória. O jipe do Sony ficou sem gasolina. Não há postos em São João e tivemos que atravessar a balsa. No caminho quebrou o rolamento traseiro do meu Engesa (o Jericó), que ficou desmontado no posto. Sábado – 28 de maio – bem cedinho Fomos arrumar o Jericó e voltamos a tempo de ir com o pessoal para um passeio e o almoço na serra. O Niva da Cláudia começou a vazar no retentor do eixo e teve Chegando na casa, todos acabados, ficamos sabendo que o Guilherme foi jantar por um outro caminho com a Blazer da Neusa e... perdeu a Blazer “ que ser rebocado pelo Javali do Gedeão; o Willy’s da Neusa começou a ficar sem embreagem, o do Dr. Leopoldo ficou sem tração (e tava com pneu de asfalto). Só almoçamos às 17 horas, quase escurecendo. Sábado – 28 de maio – noite Voltamos atravessando um rio com cerca de 80 centímetros de profundidade e um barranco na saída. A Neusa foi na frente, mas o motor do jipe morreu dentro do rio. O Dr. Leopoldo foi ajudar, mas ficou atolado. O Wilson foi com o jipe dele e, acreditem, mais um parado dentro do rio. Passei e puxamos o povo pra cima. Sábado – 28 de maio – noitão Depois do rio atravessado, a dez quilômetros de casa, homens, mulheres e crianças tinham um pasto e um brejo pela frente. A Toyota azul afundou no brejo e acabou dormindo por lá mesmo, junto com o jipe da Neusa. A única saída era atravessar um riozinho raso e largo, mas com um barranco forte na saída. Os três jipes que ainda andavam (o meu, o do Sony e o do Dr. Leopoldo) atravessaram mulheres e crianças; o pessoal todo que estava a pé atravessou o rio andando, parecia procissão. Até que acabou a gasolina do jipe do Dr. Leopoldo. Mais um parado pelo caminho. Chegando na casa, todos acabados, ficamos sabendo que o Guilherme foi jantar por um outro caminho com a Blazer da Neusa e... perdeu a Blazer. Quando voltou do jantar, não encontrava o carro, só sabia que parou embaixo de uma árvore?!?!?!... Também pelo outro caminho, o Niva da Cláudia precisou ser rebocado pelo Javali do Gedeão, teve uma das rodas caídas e ficou na estrada. De manhã parecia que quase todos tinham ido embora, o estacionamento estava quase vazio... Domingo – 29 de maio – o retorno Resgate dos perdidos, quebrados e atolados. Porém, mais baixas: a Toyota azul ficou sem óleo de motor; e o Sony, que levava o jipe da Neusa pelo towbar, quebrou. Conseguimos um guincho para trazer o Niva e o jipe da Neusa, que não tinham como voltar rodando. A Toyota azul sem embreagem e o pessoal dos jipes guinchados nos jipes que ainda rodavam. Mala pra todo lado. No caminho de volta eu ainda fiquei sem embreagem e o Wilson, que já estava sem caminhão, teve o câmbio do jipe estourado. Após 12 horas de viagem, chegamos em Americana. Ufa! Não sabíamos se era a corrida maluca com o Dick Vigarista sabotando todos os carros ou se era o 1º Demolijipe dos Coyotes. A paisagem exclusiva, as cachoeiras muito bonitas, o passeio gostoso, pedras e subidas íngremes, o companheirismo, os roncos (que ninguém merece). Gente, foi tudo de bom e espero tudo de novo, mas tem que ter chuveiro com água quente nas próximas...