UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O PEDAGOGO EMPRESARIAL ATUANDO EM CONJUNTO NA ÁREA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO Alaíde de Oliveira Barbosa Orientador Profª. Maria Lucia de Souza Moreira Niterói 2009 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O PEDAGOGO EMPRESARIAL ATUANDO EM CONJUNTO NA ÁREA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Pedagogia Empresarial. Por: Alaíde de Oliveira Barbosa 3 AGRADECIMENTOS Oh! Deus! Como és bom! Tu me guiaste por um caminho muito, muito longo. Sou extremamente grata por isso! Também sou grata pelos anjos visíveis e invisíveis que mandaste para me guiarem, protegerem, encorajarem e apoiarem. Com sincera gratidão, gostaria de agradecer aos meus anjos visíveis Mães Celma e Maria (In memorian). 4 DEDICATÓRIA “Este trabalho é dedicado apaixonadamente e com amor a minha Mãe Celma Maria Barbosa, que esteve ao meu lado nos principais momentos da minha vida acadêmica. Dedico todo meu esforço de estudo da saída de meu lar nas manhãs de sábado a ela, que é a principal responsável por tudo de bom na minha vida. E ao Meu Amigo Beethoven pelas alegrias proporcionadas em meio aos livros.” 5 RESUMO O pedagogo, na esfera empresarial, por ser uma espécie de “gestor das relações humanas”, está intimamente ligado às ações que envolvem a aprendizagem. Ele trabalha para aumentar o comprometimento dos empregados através de ações de treinamento e desenvolvimento profissionais Junto com os Recursos Humanos ajuda os funcionários a serem mais comprometidos em sua função com a empresa, através de treinamentos e desenvolvimento profissional. Essa áreas criam metodologias que favorecem a aprendizagem do trabalhador, gerando para empresa o sucesso vindo do desenvolvimento profissional, estimulando o trabalho e a estrutura organizacional, entre outras funções. A empresa é um ambiente educativo porque é constituída por seres humanos que possuem capacidade inata de criar. Eis a dimensão da importância do pedagogo que deve utilizar suas ferramentas que buscam estratégias e metodologias para informações, conhecimentos e cumprimento de objetivos, sempre visando aprimoramento, qualificação profissional e pessoal da força de trabalho. O treinamento é o principal elo entre os profissionais de RH e de Pedagogia Empresarial para que, através da educação, estes ajudem os colaboradores em seus cargos, comportamentos e hábitos. 6 METODOLOGIA O estudo teve como suporte a pesquisa de livros diversos e de sites da internet de acordo com o tema. Foram utilizados como principais autores: Ana Beatriz Trindade, Márcia Alvim Cadinha, Amélia Escotto do Amaral Ribeiro, Gustavo G. Boog, Idalberto Chiavenato e outros. As livros foram pesquisados através da biblioteca da Universidade Candido Mendes e da Biblioteca do Sesc-Niterói; esta pesquisa fez crescer os meus conhecimentos como aluna e me interessar ainda mais pela área da Pedagogia Empresarial. 7 SUMÁRIO INTRODUÇ,ÃO 08 CAPÍTULO I: PEDAGOGIA EMPRESARIAL E RECURSOS HUMANOS 10 1.1 – Pedagogo 10 1.2 – Principais estruturas educacionais 11 1.3 – Pedagogos Empresariais 13 1.4– Recursos Humanos 19 1.5 – A Pedagogia Empresarial e o RH na empresa 22 1.6 – O Funcionário 23 CAPÍTULO II: PEDAGOGIA EMPRESARIAL E ALGUNS ASPECTOS COM O RH 25 2.1 - Desenvolvendo Metodologias e Talentos 25 2.2 – Métodos de aprendizagem 27 2.2.1 - Modelagem Comportamental 30 2.3 – Treinamentos e Planejamentos de problemas de T&D 31 2.4 - Investimentos no capital humano 33 CAPÍTULO III: TREINAMENTO 36 3.1 - Treinamento 36 3.2 - Treinamento Dinâmico (Aprender fazendo) 37 3.3 - Dinâmica de Grupo 37 3.4 - Tecnologia (Áudio, Vídeo, Teleconferências, Computadores e Multimídia) 40 2.5 - Avaliação de Treinamento 41 3.6 - Eficácia no treinamento x custos 44 3.7 - Atuação do Pedagogo com o Recursos Humanos 46 CONSIDERAÇÕES FINAIS 49 BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS 50 WEBGRAFIA 51 FOLHA DE AVALIAÇÃO 52 INTRODUÇÃO O objetivo da pedagogia empresarial é a reflexão sobre a necessidade e a importância de um pedagogo em ambientes empresariais, visando resgatar competência e construir novas aprendizagens com focos atuais e imediatos de aplicação. Construir parcerias de novas metodologias de produção e avaliação cotidiana que agreguem valor à instituição e promove informações internas entre os funcionários. Atualmente as empresas têm aberto espaço para que este profissional possa, de maneira consciente e competente, solucionar problemas, formular hipóteses e elaborar projetos, demonstrando que a sua atuação visa à melhoria dos processos instituídos na empresa, como garantia da qualidade do atendimento aos seus clientes e aos funcionários, contribuir para a instalação da cultura institucional da formação continuada dos empregados, orientandoos na gestão do melhoramento dos processos. Para que ocorra uma melhoria nos processos e no aperfeiçoamento individual dos funcionários havendo uma interação é preciso uma ação sistematizadora de educação para a capacitação, constituindo assim, em processos de treinamento. Por este motivo esta monografia irá abordar os tipos de treinamentos que são colocados em prática no âmbito organizacional, como: treinamento dinâmico, tecnologia (Áudio, Vídeo, Teleconferências, Computadores e Multimídia), modelagem comportamental e dinâmica de grupo. O Pedagogo atuando junto com a área de Recursos Humanos pode trabalhar seus projetos numa empresa visando sempre a sua melhoria. A implementação de treinamentos e desenvolvimento de projetos pressupõe uma nova base para a gestão de pessoas, desenvolvimento e capacidade de renovação da empresa e dos funcionários, a busca do conhecimento de promover atitudes transformadoras e mobilizadoras, visando o direcionamento os negócios da empresa para obtenção da excelência no atendimento às exigências do mercado e da sociedade. 9 Para enfrentar os desafios impostos pelo mundo dos negócios, as empresas precisam gerar novas capacidades organizacionais que devem ser decorrentes da redefinição e redistribuição das práticas e funções. Gerentes de linha e profissionais precisam juntos, criar essas novas capacidades, estabelecendo ligações com funcionários, fornecedores e clientes, fortalecendo a capacidade de competir, tendo como objetivo, analisar a importância do pedagogo e do RH, e que contribuições poderão acrescentar dentro da empresa. 10 CAPÍTULO I PEDAGOGIA EMPRESARIAL E RECURSOS HUMANOS 1.1 – Pedagogo Para Cadinha (2009), a pedagogia é o campo do conhecimento cientifico que se ocupa do estudo sistemático da educação em suas várias modalidades, e da prática educativa concreta, que se realiza em todos os aspectos que formam uma sociedade (ações educativas). O que a humanidade produz, cria, transforma, em sua atitude histórico-social, vai construindo os saberes que formam o patrimônio cultural acumulado. O resultado dessa atividade histórico-social é organizado e, registrado, comunicado, transmitido por meio da ação educativa, para que o sujeito se “aproprie” desses conhecimentos e continue a produzir novos saberes, novas formas culturais, novos conhecimentos. É assim que a sociedade evolui, refletindo e questionando conhecimentos anteriores e, por meio de suas análises, modificando e reconstruindo novos conhecimentos. Os pedagogos são os especialistas que se dedicam às atividades de pesquisa, documentação, formação profissional, gestão educacional, orientação pedagógica, animação sociocultural, formação continuada em empresas, escolas e em outras instituições. Quando ao aspecto educacional, este é amplo, referindo-se à políticas educacionais, na estrutura e na gestão da educação em suas várias modalidades (especial, tecnológica, básica, superior etc.), ou seja, nas finalidades mais amplas da educação e de suas relações com a vida social dos indivíduos. Quanto ao aspecto educativo, diz respeito à atividade de educar propriamente dita, ou seja, a relação educativa entre os agentes do ensinar e aprender, envolvendo objetivos, meios de educação, metodologias e formas de instrução. 11 1.2 – Principais estruturas educacionais A Educação tem um papel importante no processo de humanização do homem e de transformação social. Assim, a evolução da Educação está basicamente ligada à evolução da sociedade. Alguns autores colocam que a prática da Educação é muito anterior ao pensamento pedagógico que surge com a reflexão sobre à prática, pela necessidade de sistematizá-la e organizá-la em função de determinados fins e objetivos. De acordo com Cadinha (2009), a tarefa da educação consiste em conduzir e em tornar produtivo, do ponto de vista pedagógico, o processo de relação participativa e interativa, promovendo o desenvolvimento do homem. A educação torna-se a mediadora entre teoria e prática, entre o sujeito e sua interação com o meio ambiente no qual está inserido. É o processo real da atividade humana que os indivíduos criam, produzem e transformam objetivos, instrumentos de trabalho, valores, atitudes, sentimentos entre outros, constituindo o mundo humano que vai se incorporando, sucessivamente, em sua vida, ou seja, no mundo sociocultural, ainda mais nos dias atuais em que se vive em uma velocidade de informações nunca vista antes em gerações passadas. A sociedade organiza ações educativas com o propósito de inserir os indivíduos no meio cultural organizado e gerar oportunidade da aquisição de novos conhecimentos que fazem não só o homem crescer, como também a sociedade em que ele esta inserido. A tarefa principal da educação, tarefa que leva o conhecimento através da Pedagogia. Baseado em Cadinha (2009), o processo de educação de um sujeito ocorre em todos os momentos de sua vida, seja ela formal ou informal, viabilizando o seu desenvolvimento psicointelectual e sociocultural. Educação informal, ao invés, de poder se definir como tudo o que aprendemos mais ou menos espontaneamente a partir do meio em que 12 vivemos: das pessoas com quem nos relacionamos informalmente, dos livros que lemos ou da televisão que vemos, da multiplicidade de experiências que vivemos quotidianamente com mais ou menos intencionalidade em relação ao seu potencial de aprendizagem. A educação informal não é necessariamente organizada ou sequer orientada. De alguma maneira, a educação informal confunde-se com o processo de socialização dos indivíduos, enquanto a educação formal tem lugar nas escolas, colégios e instituições de ensino superior, tem currículos e regras de certificação claramente definidos. Na Educação Informal, entende-se que o ser humano educa-se pelo simples fato de viver e conviver com outras pessoas, desenvolvendo-se e transformando-se por efeito de sua interação com o meio no qual está interagindo. Trata-se, nesse caso, de um processo espontâneo, não intencional e não formal, no qual se observa a aprendizagem de experiências nem sempre conscientes, que preexistem e que provavelmente formarão os suporte físicos, emocionais e sociais do indivíduo. São estas situações do dia-a-dia das pessoas que afetam e influenciam a educação de modo inevitável, formando hábito, atitudes de pensar e agir do homem e, conseqüentemente, formando a sociedade em que se vive. A educação formal é aquela que ocorre nas instituições escolares, é mais sistemática, segue padrões preestabelecidos por sua equipe, é estruturada, intencional, com propostas políticas educacionais fechadas, em que se observa um programa curricular a ser cumprido, as quais se desenrolam por meio de uma dinâmica em sala de aula. O processo é procedido de um planejamento empregado, quais os resultados a serem alcançados e como serão avaliados e validados. As empresas propõem programas de formação profissional em serviço, as universidades corporativas, orientam as atividades profissionais, promovem cursos de aperfeiçoamento e desenvolvimento de seus funcionários, em que fica claramente identificada a atuação da Pedagogia. Várias são as áreas de atuação do profissional pedagogo, pois, o pedagogo é um estudioso das ações educativas que ocorrem em todas as 13 vidas sociais, culturais e intelectuais do sujeito inserido em uma sociedade na qual ele contribui para o seu desenvolvimento. É fácil compreendermos o conceito de educação formal se a ele associarmos aquilo que comummente conhecemos como as escolas e as universidades, enquanto instituições de ensino "tradicionais" centradas nas figuras do professor e do aluno. Ao sistema educativo formal estão normalmente associadas várias etapas de desenvolvimento, devidamente graduadas e avaliadas quantitativamente. 1.3 – Pedagogos Empresariais Segundo Franco (2003), o papel do pedagogo empresarial é desenvolver e coordenar projetos educacionais que serão utilizados no treinamento de funcionários; desenvolver projetos educacionais voltados para a divulgação de produtos; elaborar programa de avaliação de performance, ou seja, conjunto dos resultados obtidos; atuar como conselheiro de carreira de gerente executivo (coaching); analisar a necessidade de aprendizagem em cada funcionário e determinar qual a melhor metodologia para o caso; pesquisar, analisar e selecionar cursos e projetos a serem adotadas pela empresa; orientar funcionários nos cursos via internet; trabalhar a cultura empresarial e objetivos com os funcionários entre outros. Ribeiro (2008), relata que o pedagogo ganha espaço nas empresas enquanto alguém que atua na área de Desenvolvimento Recursos Humanos, especificamente em treinamento de pessoal, responsável pela preparação / formação de mão-de-obra para o atendimento das especificidades da organização. A atuação do pedagogo na empresa tem como pressupostos principais a filosofia de recursos humanos adotada pela organização. Por isso o cuidado para não imaginar que o treinamento tem um fim em si mesmo ou que a postura a adotar na empresa é a mesma a ser adotada em uma escola. 14 As competências consideradas essenciais à configuração de um perfil adequado ao pedagogo empresarial, nas organizações contemporâneas são: trabalhar em equipe, dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões etc. O trabalho em equipe é uma marca das organizações contemporâneas. Trabalhar em equipe pressupõe entender que a cooperação é um valor profissional. Isso nem sempre pode ser observado nas equipes. As resistências manifestadas em relação à cooperação ou ao trabalho em equipe devem-se, especialmente, ao medo que seus membros têm de serem devorados ou dominados pelo grupo ou mesmo pelo líder. Em uma equipe, sempre existem alguns elementos que exercem forte influência sobre as decisões ou os comportamentos dos pares; outros passam a impressão de que apenas se submetem às determinações do líder. A regulação representa a possibilidade de propor o equilíbrio do grupo a partir da criação de oportunidades de expressão dos membros da equipe. De acordo com Ribeiro (2008), conduzir uma reunião significa muito mais do que distribuir a fala dos participantes ou controlar para que a pauta seja respeitada; significa “dar vida” à equipe que dela participa. Para que esse papel seja exercido a contento, é primordial que a equipe não confunda liderança com autoridade administrativa. Podem ser identificadas algumas queixas das reuniões, como autoritarismo da chefia, falta de comunicação eficaz, não aceitação de idéias e sugestões entre outros. Para evitar esse tipo de comportamento tornam-se necessárias uma reflexão e uma percepção mais cuidadosa do comportamento de quem coordena a reunião, assim como uma releitura da experiência com grupos, e a busca de referenciais e conhecimento teórico que permitam um melhor entendimento sobre o comportamento humano e sobre as dimensões mais técnicas da organização de reuniões. Segundo Cadinha (2009), a pedagogia empresarial se apresenta como uma ponte entre o desenvolvimento das pessoas e as estratégias organizacionais. Isto porque a pedagogia é a ciência que estuda de forma 15 sistematizada o ato educativo, isto é, a prática educativa concreta que se realiza na sociedade. Assim, a educação é o conjunto de ações, processos, influências e estruturas que intervêm no desenvolver humano, na sua relação ativa com o natural e social, em um contexto de relações entre grupos e classes sociais. Para Ribeiro (2008), a pedagogia empresarial caracteriza-se como uma das possibilidades de formação / atuação do pedagogo bastante recente, especialmente no contexto brasileiro. Tem seu surgimento vinculado à idéia de necessidade de formação e/ ou preparação dos Recursos Humanos nas empresas. Nem sempre as empresas se preocupam com o desenvolvimento de seus recursos humanos, entendidos como fator principal do êxito empresarial. Baseado em Cadinha (2009), a pedagogia empresarial é um ramo da pedagogia que ocupa em delinear frentes para que ocorra o desenvolvimento dos profissionais, como um diferencial entre as empresas. De acordo com a Pedagogia Empresarial, Trindade diz: “- Para que serve a Pedagogia Empresarial? Respondi: A vida nos mostra que sempre aparecem doenças e vírus novos e, diante disto, necessitamos de uma nova medicação. A Pedagogia Empresarial nada mais é do que um antibiótico para os males das empresas, não só das grandes, mas também de todos os locais onde haja atividades de negócios”. (TRINDADE, Ana. 2009, p. 82) De acordo com Trindade (2009), a pedagogia empresarial lida com pessoas, sejam elas funcionários ou patrões, por isso os funcionários precisam ser analisados individualmente, pois as pessoas respondem de formas diferentes a estímulos iguais, e a união destas diferenças leva à soma de 16 idéias, construindo uma “corrente”. O conjunto de inspirações de cada indivíduo do grupo é que torna uma equipe construtiva. Para Ribeiro (2008), as atividades do Pedagogo Empresarial relacionam-se a quatro campos, a saber: atividades pedagógicas, sociais, burocráticas e administrativas. Essas atividades permitem a atuação em escolas e empresas em funções de natureza técnico-pedagógica e administrativa; a proposição de objetivos e metas a serem alcançados a partir de diagnósticos da realidade institucional; propor e coordenar atualização de profissionais em Empresas e órgãos ligados à área educacional; coordenar serviços no campo das relações internacionais; planejar, controlar e avaliar o desempenho profissional de seus subordinados; assessorar empresas; e o entendimento de assuntos pedagógicos atuais. Em face da gama de possibilidades de atuação do Pedagogo Empresarial, um processo de formação mais efetiva inclui disciplinas, como didática aplicada ao treinamento, jogos e simulações empresariais, administração do conhecimento, ética nas organizações, comportamento humano nas organizações, educação e dinâmica de grupos: relações interpessoais nas organizações, desenvolvimento organizacional e avaliação do desempenho. Para Lopes (2009), a Pedagogia Empresarial refere-se aos contextos profissionais, formais ou informais, para alavancarmos potencialidades latentes ou mal utilizadas, a fim de que tenhamos indivíduos, funcionários mais envolvidos, mais autoconfiantes, produtivos e mais conscientes de seu valor e de sua importância na “engrenagem” da organização. É importante saber que, quando se decide utilizar a pedagogia empresarial, é necessário estar ciente da mudança das pessoas, seja para melhor ou para pior. Pior no caso do desinteresse, da frustração do indivíduo, por se ver diante de suas defasagens, insuficiências da “quebra do reinado” para quem sempre escondeu suas fraquezas. A pedagogia empresarial é 17 também fundamental para resgatar o que foi sufocado na escola e para construir o que faltou. É de responsabilidade do pedagogo empresarial, promover a reconstrução de conceitos básicos, como criatividade, espírito de equipe e autonomia emocional e cognitiva. O pedagogo empresarial e os funcionários de qualquer empresa que exerçam função de gestão / coordenação de pessoas precisam ter sempre em mente o efeito nocivo do acúmulo de dificuldades. É um processo negativo que mais cedo ou mais tarde irá comprometer o desempenho dos funcionários e, conseqüentemente, o da empresa, além do custo financeiro, temporal e emocional para reverter o processo. De acordo com Lopes (2009), o Pedagogo empresarial deve saber reconhecer as estratégias de aprendizagem que se fazem muito necessárias porque os adultos não manifestam dúvidas por sentirem que isto ameaça seus empregos e, também, sua imagem. A manifestação ou não de dúvidas está também ligada à capacidade de verbalização, à organização do pensamento e ao entendimento de uma parte ou do todo. A organização do pensamento representa as pessoas que não conseguem agregar o que ouviram ou assistiram à sua prática, à sua vivência. É como se um curso fosse algo totalmente abstrato e sua prática somente concreta. Essas pessoas geralmente verbalizam esta característica, afirmando categoricamente que não sabem fazer o que foi apenas verbalizado por outra pessoa, mas fazem exatamente o que foi solicitado, porém não conseguem “relatar”, documentar pela escrita ou pela fala o que fazem. Para promover uma educação em serviços com qualidade e prazerosa, o pedagogo empresarial tem de estudar, conhecer o produto ou o serviço e agregá-lo ao paradigma, para realmente promover o desenvolvimento pessoal e, conseqüentemente o empresarial, ou seja, conhecer bem o produto, o serviço, toda sua cadeia de produção, de divulgação. Isto tudo associado a uma conduta consistente que é proporcionada pela escolha e pelo pessoal, individual, o que leva ao desenvolvimento empresarial, porque toda empresa é feita de pessoas. 18 De acordo com Lopes (2009), o pedagogo empresarial também deve estudar e conhecer bem a cultura organizacional da empresa em que trabalha ou de cada uma no caso de assessoria, porque isso é fundamental para entender as relações internas verticais e horizontais. O pedagogo empresarial junto com os Recursos Humanos deverá desenhar as funções de cada tipo de cargo e verificar se todos entenderam suas funções, para que assim os funcionários saibam agregar valor às mesmas e procurem o autodesenvolvimento. Os profissionais da área estratégica, da área de recursos humanos e da área de pedagogia empresarial estão alinhados com o foco no desenvolvimento da empresa e como esta é feita pelas pessoas, os funcionários recebem uma atenção direta e compartilhada por parte destas três áreas. Para desenvolver um bom trabalho o pedagogo empresarial precisa conhecer o que o gerente e o que o patrão espera de cada funcionário, quais são as atividades de cada função/funcionário, sondagem do funcionário e solicitar o feedback do que lhe foi apresentado para verificar, se o mesmo entendeu corretamente e o que terá de fazer, como e em qual tempo. É fundamental o ajuste entre gerente, patrão e funcionário. Este comportamento favorece a cada indivíduo fazendo com que o funcionário apresente boas idéias e/ou soluções para algumas questões de seu trabalho. Os espaços de atuação para o pedagogo empresarial são todos aqueles onde haja pessoas. Cada uma exercendo funções variadas e que podem melhorar cada vez mais como indivíduos inseridos em um processo mais humanizado. Qualquer lugar onde se pretende ter um retorno financeiro e, para isto se tornar possível, é necessário estar sempre focando em autodesenvolvimento, em desenvolvimento contínuo da equipe, em formas diferenciadas de aprendizagem, em melhoria do serviço prestado ou da qualidade do produto. Lopes (2009) defende a idéia da neutralidade em relação ao comportamento humano, pois segundo ela é uma virtude indispensável para 19 quem quer trabalhar com assessoria em qualquer área , mesmo que simpatias e antipatias aparecem durante o processo, mas o importante é exercitar a empatia, pois é ela que garantirá o profissionalismo, e este favorecerá uma atividade empática. Ética e discrição são outras atitudes saudáveis e necessárias. De acordo com Ribeiro (2008), um dos problemas a ser enfrentado pelo pedagogo empresarial diz respeito às constantes reclamações e insatisfações sobre o trabalho, sobre a organização. O funcionamento de uma equipe depende da maturidade, da estabilidade, da serenidade das pessoas que a compõem. O papel de mediação exercido pelo profissional pedagogo torna-se primordial na prevenção dos conflitos. Embora o conflito seja inerente às relações humanas, há de ser ter o cuidado para trabalhar intelectualmente sobre o que reúne e o que separa, desenvolvendo-se formas de lucidez que permitam uma maior clareza sobre os “reais” desafios do conflito que surge. Esta postura permite que se tenha uma visão emocional da realidade de modo que os conflitos e seus efeitos sejam estudados pelo pedagogo empresarial para discernir melhor as necessidades de treinamento/ formação, planejando cada atividade com clareza, identificando o que, de fato, constitui-se como prioridade. 1.4 – Recursos Humanos De acordo com Ribeiro (2008), a formação e desenvolvimento dos Recursos Humanos, ou seja, o capital humano, é um fator indispensável à melhoria organizacional. A área de RH integra os processos de planejamento de qualquer organização. Implica no momento de reflexão e análise criteriosa da missão (o sentido de existir da empresa) e objetivos organizacionais ( o que se almeja alcançar) que envolvem os vários segmentos/ atores que a compõem a corporação com a tomada de decisão sobre encaminhamentos a curto, médio e longo prazos. 20 Para Ribeiro (2008), a área de recursos humanos, sobretudo no contexto da sociedade e organizações contemporâneas, constitui-se na área mais importante e imprescindível na estrutura de qualquer organização, pois cuida do bem estar dos funcionários juntamente com o retorno da lucratividade para o empregador. Os aspectos que atendem tanto aos interesses organizacionais quanto a melhoria de desempenho profissional e pessoal são os seguintes: • O autoconhecimento, o autodesenvolvimento e a liberação das potencialidades dos funcionários, que dependem de fatores como a comunicação, facilitando a realização do trabalho; • incentivo à liberdade como estratégia de descoberta de habilidades inatas; • definição dos papéis de cada um dos participantes nos diferentes grupos organizacionais com a caracterização de níveis e instância de participação, e níveis de autonomia e autoridade; • resolução de problemas e tomada de decisão; • estabelecimento de normas explícitas de funcionamento do grupo, negociadas, compartilhadas e construídas com a participação de todos; • estímulo à cooperação interpessoal e desenvolvimento de habilidades por meio de uma criteriosa seleção de atividades de treinamento. Para Ribeiro (2008), uma ampla proposta de formação e aperfeiçoamento de pessoal em todos os níveis organizacionais, apoiada na intenção de fortalecer e desenvolver a capacidade técnico-administrativa, promover e estimular a qualificação profissional é um desafio para as organizações contemporâneas. No que se refere à promoção de uma cultura organizacional, esta deve resultar de três elementos interdependentes: valores, conhecimentos e necessidades. A cultura está diretamente ligada a um sistema de crenças, 21 expectativas e valores, a uma forma de interação e de relacionamento típicos de determinada organização. Assim, cada organização é um sistema complexo e humano, com características próprias, com a sua própria cultura e com seu sistema de valores. Todos esses conjuntos de variáveis devem ser continuamente observados, analisados e interpretados. O Sistema de Recursos Humanos, que implica a conjugação de esforços em torno de um projeto ao mesmo tempo independente (em termos dos seus subsistemas) e interligação (em termos das políticas e metas adotadas pela empresa em relação à gestão de pessoal) busca maximizar os objetivos da organização. Pode-se identificar em termos dos objetivos organizacionais que, em sua maioria, referem-se à mobilização das pessoas para o alcance dos propósitos da empresa; ao oferecimento de condições organizacionais que permitam o desenvolvimento e a satisfação dos objetivos individuais; e à otimização dos recursos humanos disponíveis. Para que tais objetivos possam ser alcançados, torna-se necessária uma compreensão clara do que se entendem na política de recursos humanos da empresa, como eficiência e eficácia. As atividades de formação no contexto das organizações, destacam a preparação do funcionário para atuar de acordo com as características e as exigências do cargo, a reciclagem dos funcionários já admitidos quanto a novas metodologias, técnicas e/ ou procedimentos no trabalho, o estímulo à permanência do funcionário na organização e o aumento da produtividade do trabalho na organização. Conforme Ribeiro (2008), as dimensões de conhecimento, habilidades e atitudes enquanto objetivos do treinamento ressaltam suas vantagens: Aumento da produtividade em menor espaço de tempo; funciona como forma de diagnóstico em menor espaço de tempo; funciona como forma de diagnóstico permanente das necessidades de formação/ treinamento; permite um acompanhamento mais preciso dos desempenhos individuais e grupais; oferece feedback permanente; aprimora aspectos relacionais e motivacionais; 22 oferece oportunidade de valorização do aprendiz; contribui para a diminuição dos desperdícios quer na utilização dos equipamentos, quer na utilização do tempo e permite identificar as potencialidades e os talentos. 1.5 – A Pedagogia Empresarial e o RH na empresa A precariedade dos sistemas educacionais e os índices de analfabetismo são considerados como os dois grandes obstáculos, na América Latina, para o desenvolvimento de programas de recursos humanos mais efetivos. É curioso observar que somente agora o Japão começa a abandonar o modelo único de gerenciamento, pautado na lealdade e no emprego único por toda a vida, e adotar modelos gerenciais do Ocidente. De acordo com Cadinha (2009), o pedagogo empresarial pode atuar para contribuir com as necessárias mudanças de comportamento dos profissionais, no departamento de recursos humanos das organizações. Quando se fala em recursos humanos, tem-se que ter em mente o homem, um ser dotado de sentimentos, aspirações, desejos, capacidades, limitações que nunca pode ser confundido por máquinas / robôs, meros cumpridores de tarefas e deveres. Observa-se ainda hoje que alguns desses departamentos têm demonstrado pouca ou nenhuma preocupação com o desenvolvimento / crescimento individual e profissional do indivíduo. Na verdade, alguns empresários brasileiros adotam, em relação aos seus funcionários, uma atitude de cobrança de resultados para assegurar o crescimento e a manutenção de seu negócio no mercado. Ele ainda não despertou para a necessidade de implantar mudanças profundas na maneira como se relaciona com os recursos humanos disponíveis em sua empresa; somente se preocupa em aumentar a produção sem investir em sua maior produtividade que são seus colaboradores. Os recursos humanos são considerados descartáveis para alguns empresários. Alguns ainda não perceberam que, investindo no seu capital intelectual, favorecendo um ambiente de trabalho que satisfaça o trabalhador, 23 o seu rendimento será muito maior. É preciso que as empresas respeitem, valorizem, reconheçam o valor de seus colaboradores, requisito fundamental para fazer a diferença na empresa e no mercado. Impõem-se, na era da globalização a abertura de mais espaço para a realização humana dentro das empresas, um maior uso da criatividade no esforço de assegurar o desenvolvimento profissional e individual e a criação de formas participativas na equipe da empresa. Cabe ao RH e ao Pedagogo Empresarial desenvolver empreendedores e tornar as organizações mais humanas. 1.6 – O Funcionário Segundo Cadinha (2009), todo ser humano precisa de amor, atenção, respeito, pois é um ser afetivo. Ninguém se desenvolve isoladamente, o ser humano vive por meio da relação interpessoal que estabelece com os outros. É muito triste um profissional exercer suas atividades sem paixão pelo que faz, pois passa-se a maior parte do tempo nas empresas, e trabalhar sem prazer deve ser muito entediante. Ao final quando chegar à aposentadoria e se olhar para trás, não se verá nada de construído, nada se terá deixado para se ter orgulho de ter vivido, no âmbito profissional. Existem vários entraves em muitos trabalhos, como má remuneração, a distância de casa, falta de apoio e valorização, descaso e muitos outros. Mas, se cada um não buscar a melhoria de seu ambiente de trabalho, e só ficar na defensiva, na crítica destrutiva e não propuser soluções será muito difícil conseguir ser feliz no trabalho, e aí a vida perde sentido, perde o colorido, a magia, tornando-se monótona, rotineira. Mas, se o funcionário faz a diferença no seu espaço físico, entre seus colegas e seu público-alvo, à diferença aparecerá através com pequenos gestos e palavras, muitas barreiras podem ser superadas. Se os funcionários trabalham em equipe, buscando soluções para os problemas, se continuarem a sonhar com um melhor, se prestarem mais atenção aos detalhes que envolvem essas vidas, se tiverem a capacidade de 24 indignar-se com todos os infortúnios que acontecem na sociedade e tudo o mais, estarão contribuindo para uma vida melhor, para uma humanidade melhor, e isso tudo será ético. É preciso ter coragem, ousadia, determinação, mobilização e vontade de sair da zona de conforto. De acordo com Beatriz Trindade (2009), o ser humano se adapta, com muita facilidade. Sendo assim, o pedagogo empresarial pode ensiná-las a serem felizes com o que fazem, para isso é preciso ensinar as pessoas a gostarem de suas atividades, incentivando-as com uma gratificação emocional. Por outro lado, existem pessoas que gostam do que fazem e precisam de incentivo para manter a boa qualidade de seu trabalho. Conforme Cadinha (2009), ao investir no capital intelectual de seus funcionários, a empresa estará assegurando a manutenção e a retenção de seu quadro, contribuindo para a obtenção de elevados padrões de qualidade de vida no trabalho e na excelência de desempenho empresarial. Alguns anos atrás, o enfoque se dava em desenvolver nos profissionais competências nas áreas de conhecimento e habilidades específicas para o desempenho de suas atividades. Hoje, percebe-se a necessidade não só dessas competências mas do desenvolvimento de atitude. Quanto mais se investe no aperfeiçoamento do conhecimento já adquirido do funcionário da empresa, mais ele se torna valioso e essencial para a mesma. É necessário que a empresa moderna veja que o investimento no seu capital intelectual é que faz a diferença: vale mais investir na qualificação contínua de sua equipe de que ficar trocando funcionários, afinal trocar de funcionário representa perdido. tempo para se adaptar, e tempo parado é dinheiro 25 CAPÍTULO II PEDAGOGIA EMPRESARIAL JUNTO COM RH PARA A APRENDIZAGEM CONTÍNUA Segundo Ribeiro (2008), o treinamento é o conjunto de procedimentos formais que uma empresa utiliza para facilitar a aprendizagem de seus funcionários, de forma que sua conduta contribua para a execução dos objetivos e fins da organização. O livro Estrutura e Funcionamento da Escola de 1º grau (1975), relata que o profissional de pedagogia empresarial também pode atuar com sua base de formação – escola – de acordo com o orientador pedagógico que é considerado um renovador de métodos e técnicas pedagógicas, mantendo-se o dinamismo que caracteriza qualquer processo de aprendizagem para a educação. Para Zabala (1999), a realização de uma tarefa educativa, seja ela através de treinamentos, na empresa ou na escola, requer instrumentos interpretativos que permitam conhecer os processos de ensino/ aprendizagem que são desenvolvidos ao final. Um dos meios que podem ajudar nesta tarefa é a análise dos diferentes conteúdos de acordo com determinadas características comuns. Existem muitas maneiras de classificar os conteúdos de aprendizagem e cada uma oferece uma forma de entender melhor a sua natureza e idéias que podem ajudar a compreender melhor o modo como são aprendidos e como podem ser ensinados. 2.1 – Desenvolvendo Metodologias e Talentos Para Cadinha (2009), a pedagogia empresarial enquanto ciência ligada ao desenvolvimento de uma aprendizagem está contribuindo para que as 26 empresas desenvolvam esses seus grandes “tesouros”, os seres humanos, em todos os seus aspectos intelectual (conhecimentos e habilidades), social e afetivo (atitudes). Os três requisitos básicos - conhecimento, habilidades e atitudes, também conhecidos como CHA, estão presentes nas competências exigidas do profissional moderno. Desenvolvendo o CHA, o profissional irá atender a três necessidades também básicas para a própria satisfação, SSS, saber (a mente precisa de conhecimento), satisfação do ser nas suas necessidades básicas (saúde, moradia, alimentação, lazer) e o sagrado (realização profissional). As competências do CHA e do SSS levarão o profissional moderno e a empresa a fazer o diferencial esperado pelo mercado de hoje. As empresas precisam ter claro que, tendo profissionais satisfeitos e felizes no ambiente de trabalho, fica muito mais fácil se obter um rendimento maior e mais qualificado, proporcionando não só o crescimento desta, mas possibilitando um comprometimento maior dos funcionários com os objetivos da empresa. O papel da educação diante das mudanças de comportamento nas organizações tem a ver com um novo modelo de racionalização dos processos produtivos, como reorganização do trabalho, requalificação profissional, desenvolvimento de novas competências, flexibilidade do processo produtivo etc. Cabe à educação proporcionar ao indivíduo um bom domínio da linguagem oral, escrita e corporal, favorecendo a flexibilidade mental, agilidade de raciocínio, capacidade de abstração e análise etc. Conforme Boog (2001), ensinar a ensinar é uma forma máxima das empresas disseminarem o conhecimento diariamente, seja de maneira formal ou informal. Além do treinamento operacional, os “Centros de formação de multiplicadores” instrumentalizam esses profissionais, de todas as áreas, dando-lhes condições, recursos didáticos e metodologias para que sejam desenvolvidos cursos operacionais em que supervisores, chefes ou gerentes, sejam os multiplicadores dos programas. 27 Define Trindade (2009), que os gerentes e diretores não podem exigir que o profissional ponha em prática aquilo que aprendeu no curso “ao pé da letra”, pois o desempenho de cada um dependerá de seus conhecimentos anteriores, de seu envolvimento com o trabalho, de sua bagagem emocional e de sua criatividade. Os cursos devem servir, apenas, de fio condutor. Paulo Freire (1998) afirma que a educação pelo treinamento deve ser vivenciada como uma prática concreta de libertação e de construção da história para haver aprendizagem. “Praticar sempre para aprender e aprender para praticar melhor.” (FREIRE, Paulo. 1998 p.49) 2.2 – Métodos de aprendizagem Ainda Para Amélia Ribeiro (2008), a questão dos métodos de formação nas empresas precisa ser explicada em dois sentidos. Em primeiro lugar, cabe questionar o que está sendo entendido como “novos métodos” e de que forma estes se diferenciam daqueles considerados tradicionais. Além disso, há de se investigar que motivações/razões as empresas têm para estar cada vez mais insatisfeitas com os métodos identificados como tradicionais.Quando se é aplicado o enfoque sistêmico e global aos processos de aprendizagem perde a importância, privilegiando um planejamento que contemple o ensino e a aprendizagem como faces de um mesmo processo e, portanto, indissociáveis. Tanto quem ensina quanto quem aprende beneficiam-se do processo. Do ponto de vista didático-metodológico, pode-se destacar que, em nível empresarial, torna-se necessária a adoção de estratégias que de fato permitam uma melhoria na formação profissional e não apenas nas formas de atuação dos profissionais no âmbito dessa mesma empresa. Dito de outro modo, a busca de novas possibilidades para o treinamento implica perceber que a cultura de aprendizagem em uma empresa expressa muito mais o potencial de auto-organização cuja base está na modalidade do permitir. Em termos de métodos novos e antigos, pode-se afirmar que, em todas as épocas, 28 utilizam-se maneiras diferenciadas para organizar espaços e circunstâncias de aprendizagem no contexto da formação profissional. As opções e propostas metodológicas para os processos de aprendizagem nas empresas referem-se à compreensão de que se pode qualificar, somente em competências, habilidades e atitudes mais amplas. As empresas não podem restringir suas ações de forma gerais, básicas para um bom desempenho em um sentido mais amplo, isto é, não pode abrir mão da formação em aspectos técnicos, específicos de uma competência profissional técnica. O equilíbrio entre os dois aspectos permitirá que os empregadosaprendizes entendam que a sua atuação limita-se ao alcance das metas organizacionais. Os métodos mais antigos na formação utilizada nas empresas evoluíram a partir de diferentes dimensões, sendo estas: A competência na atuação, configuração metodológica e didática pautada em uma idéia eminentemente instrumental da aprendizagem, caracterizada na aprendizagem por transmissão e na aprendizagem por ação; o comportamento técnico (conhecimentos técnicos e técnica de trabalho), ênfase em técnicas, como discurso/conferência, debates, uso de audiovisuais, simulações, projetos individuais, trabalho com textos em pequenos e grandes grupos, oficiais de artes; competência para a auto-aprendizagem: técnicas de como aprender a trabalhar; competência social trabalha em equipes e métodos de comunicação. Baseado em Ribeiro (2008), as mudanças nos métodos, decorrentes das transformações na cultura organizacional (implantação da cultura de aprendizagem nas empresas), com vistas a uma aprendizagem voltada para experiências significativas de aprendizagem, permitem perceber que a validade didática dos diferentes métodos no âmbito empresarial é sobremaneira diversificada. Os métodos clássicos não podem ser sumariamente abolidos posto que em determinados contextos desempenham um papel importante nos processos de formação. A aprendizagem por transmissão atende às demandas 29 de uma qualificação pautada no desenvolvimento da competência técnica, exercendo efeito mínimo em termos do desenvolvimento de competência de relacionamento social, os resultados obtidos não dependem somente da ação de apresentação dos conteúdos. O fato dos conteúdos terem sido transmitidos não significa que tenha havido aprendizagem. O pedagogo que atua na empresa precisa ter sensibilidade suficiente para perceber quais estratégias podem ser usadas e em que circunstâncias para que não se desperdice tempo demais aplicando numerosos métodos e, com isso, percam-se de vista os propósitos tanto da formação quanto da própria empresa. Ao planejar um programa de formação/treinamento, a seleção de métodos obedece ao princípio do desenvolvimento concomitante de competências técnicas e de relacionamento social. A aprendizagem de conhecimento, competência, habilidade e atitude não decorre, exclusivamente, do conteúdo e do método utilizado. Depende em grande parte do envolvimento dos aprendizes na proposição de conteúdos, metas e métodos de aprendizagem. Para melhor atender às demandas de formação, as empresas utilizamse cada vez mais de técnicas didáticas já utilizadas em outras áreas. Daí ao selecioná-las e adequá-las para que os objetivos não sejam desvirtuados pela utilização inadequada de determinada técnica. Dentre estas, algumas têm sido citadas como adequadas: Discurso/ Conferência é o método didático mais utilizado no âmbito do aperfeiçoamento profissional nas empresas. Caracteriza-se pela pouca participação ativa do aluno cujo papel principal é escutar, pensar e anotar. Modernamente, espera-se que o estabelecimento de um diálogo entre o palestrante e o grupo a partir das reações deste ao que está sendo apresentado. Diálogo é o método, que prevalece o papel do professor/ instrutor que aborda somente os conteúdos definido por ele, docente (conhecimentos, técnicas, habilidades, atitudes). Não raro, o diálogo acontece mecanicamente; 30 os alunos esforçam-se para descobrir as respostas que o professor espera obter em cada pergunta. Utilização de audiovisuais permite ativar vários sentidos ao mesmo tempo e melhorar o grau de retenção da informação, os audiovisuais normalmente são utilizados de modo que os aprendizes assumem um papel de observadores passivos aos quais não é permitida a elaboração própria. Um outro problema é a qualidade dos materiais utilizados e a forma como são utilizados. Quando preparados de modo inadequado (com excesso de informação, letras muito pequenas, imagens pouco claras) acabam por distrair a platéia. Conforme Ribeiro (2008), a educação permanente é instrumento de melhoria individual e social. Tanto a educação quanto o treinamento constituem-se como processos complementares (nunca excludentes) cujos objetivos buscam muito mais do que acumular técnicas ou conhecimentos, mas, acima de tudo, promover mudanças de atitudes mais amplas (que ultrapassam os limites do ambiente de trabalho). 2.2.1 - Modelagens Comportamentais A modelagem comportamental, que encoraja a capacidade dos treinandos imitarem um comportamento apropriado, uma vez tendo-o observado, baseia-se na teoria de que as pessoas podem construir modelos mentais dos comportamentos desejados. Essa técnica envolve a apresentação da habilidade a ser aprendida, a observação de um comportamento bem sucedido relacionado com essa habilidade, discussão de grupo sobre a eficácia desse comportamento, a prática do comportamento diante uns dos outros e a realimentação sobre a eficácia do comportamento. As vantagens desses métodos de treinamento incluem o alto potencial de transferência para situação real de trabalho, o grande envolvimento do participante proporcionando realimentação específica e o auxílio aos treinandos aprenderem a lidar com dados incompletos e níveis realísticos de 31 complexidade. A modelagem comportamental tem mostrado consistentemente influenciar comportamentos e aprendizagem. Essas técnicas são caras e precisam ser desenvolvidas cuidadosamente para obter o realismo necessário à transferência mais completa possível para a simulação real de trabalho. Depois que todo o planejamento e implementação foram concluídos, o treinamento só se mostrará eficaz se os resultados conseguidos em sala de aula forem transferidos para o comportamento no trabalho. A transferência fica mais fácil quando as atividades, ambiente e respostas do treinamento são bem semelhantes à situação real de trabalho. 2.3 –Treinamentos e Planejamentos de problemas de T&D Para Chiavenato (2004), a execução do treinamento considera os seguintes fatores: adequação do programa de treinamento às necessidades da organização, a qualidade do material de treinamento apresentado, a cooperação das chefias e das coordenações da empresa, a qualidade e o preparo dos instrutores e o perfil dos aprendizes. Desse modo, “o treinamento parece ser uma resposta lógica a um quadro de condições ambientais extremamente mutáveis e a novos requisitos para a sobrevivência e o crescimento organizacional”. Para Ribeiro (2008), o treinamento tem que ter o envolvimento do aprendiz nos processos de aprendizagem, maior será a capacidade de retenção. O ser humano retém em torno de 20% que escuta, uns 30% do que vê, uns 80% do ele mesmo pode expressar e uns 90% do que faz. Este dado é importante na medida em que alerta para o percentual mínimo de informações retido pelo aprendiz, quanto o processo de aprendizagem está centrado no professor. Conforme Ribeiro (2008), o pouco conhecimento das normas e das diretrizes de trabalho da empresa pode provocar propostas e/ou treinamentos demasiado teóricos; portanto, pouco eficiente. Aqui, destaca-se o cuidado com 32 que os instrutores devem ser escolhidos/ convidados. Em relação os convidados, estes nem sempre atendem a demanda da empresa. Do mesmo modo, quando o instrutor faz parte da empresa, o cuidado está em que nem sempre aquele que sabe fazer, sabe ensinar a fazer. Após o diagnóstico do treinamento, procede-se à “programação do treinamento – sistematizado e fundamentado sobre os seguintes aspectos analisados durante o levantamento: qual a necessidade, onde foi assinalada em primeiro lugar, ocorre em outra área ou setor, é parte de uma necessidade maior, como resolvê-la: em separado ou combinada com outras, é necessária alguma providência inicial, antes de resolvê-la, a necessidade é imediata, a necessidade é permanente ou temporária, quantas pessoas e quantos serviços serão atingidos, qual é o tempo disponível para o treinamento, quem irá executar o treinamento? Existem treinamentos destinados a resolver problemas e atender a necessidades, há aqueles que seguem uma orientação mais estratégica que se pauta no mercado para estabelecer desafios e metas de futuro. Nesses casos, os dirigentes responsáveis pelo planejamento estratégico, visando ao acompanhamento das rápidas mudanças do mercado para melhorar a produtividade e enfrentar a concorrência, aliam, através do T&D, as mudanças de comportamento, de filosofias ou mesmo as mudanças estruturais da empresa. Com base nas necessidades imediatas ou futuras de negócios, algumas organizações, através do treinamento, podem compartilhar novos conhecimentos com todos os funcionários. Tal filosofia, suportada por um gerenciamento mais pró-ativo e mais empreendedor estimula maior participação dentro de requisitos de excelência e valores éticos. Uma dificuldade muito comum a um grande número de organizações é o fato de muitos profissionais responsáveis por áreas de treinamento nas empresas procurar desenvolver metodologias e técnicas em um contexto que não envolve os clientes de seus projetos. Isso significa nem sempre preocuparse com conhecimentos que apresentem resultados práticos para organização, e isso, pelo menos no sentido empresarial, não faz sentido. a 33 O novo conceito de T&D que visa a atender às necessidades estratégicas de formação de pessoal para preparar os funcionários para o futuro. Candinha (2009) define a importância do Treinamento & Desenvolvimento, conhecido também como T&D, na arquitetura de um modelo de gestão que priorize a educação e o potencial de aprendizagem dos funcionários, e que contribua para o desenvolvimento de competências diversificadas, orientadas para os resultados do negócio. Já Ribeiro (2008), acrescenta que há uma preocupação crescente com treinamento e desenvolvimento de recursos humanos, especialmente nos países em desenvolvimento. As especificidades da realidade de cada país demarcam os esforços e os investimentos a serem realizados. Especificamente em termos da América Latina, a questão da educação básica da população se coloca como um entrave à adoção de técnicas e sistemas mais avançados de T&D. Já o planejamento envolve itens como: atendimento de uma necessidade de cada vez; definição clara do objetivo do treinamento; divulgação e/ou distribuição de trabalho; definição do conteúdo do treinamento em termos de quantidade e qualidade; escolha da metodologia a ser utilizada; delimitação dos recursos a serem utilizados na implantação do treinamento; definição da clientela a ser treinada (número de pessoas, tempo disponível, grau de habilidade, conhecimentos e atitudes, características pessoais); local mais adequado para treinamento; época ou periodicidade; cálculo de custo versus benefício do programa e formas de controle e avaliação dos resultados. 2.4 - Investimentos no capital humano De acordo com Boog (2001), a expansão do processo de investimento em formação e capacitação é um inquestionável indicador de oportunidades para os profissionais de treinamento contribuírem com suas organizações, em 34 uma relação mais responsável e de atendimento objetivo das necessidades de competitividade da empresa. Existe o interesse crescente, tanto pelas empresas quanto pelos trabalhadores, no desenvolvimento desse capital humano que é o conhecimento; uma visão, mais estratégica e fortalecida, sobre a contribuição do treinamento para o negócio, a perpetuação da cultura e dos valores empresariais. O que as empresas bem sucedidas fazem atualmente é avaliar os bons caminhos contrapondo-os aos maus criando condições para um meticuloso itinerário para elas. Estudando o comportamento do mercado, principalmente aquele no qual a empresa concentra sua atividade. Para Trindade (2009), deve-se investir no funcionário por meio de cursos de aperfeiçoamento e com acompanhamentos posteriores, pois é preciso estar atento para perceber se cada funcionário está apto a aproveitar novas oportunidades de conhecimento, pois não adianta promovermos um curso “em massa’ e lançar este funcionário no treinamento sem saber quais são suas necessidades de real treinamento. Cada um tem seu próprio ritmo e, somando-se a isto, é importante ter em mente que o cliente não vem com manual do curso e tampouco o fez, cada cliente se apresenta com suas diferenças e necessidades pessoais. Baseado em Boog (2001), a necessidade de implementar programas de treinamento teria de ser impulsionada de fora para dentro, ou seja, o mercado em determinado momento, em circunstância especiais, obrigaria as empresas a adotar programas de competitividade, treinamento, educação, qualidade e outros. Em não havendo esta pressão não há por que investir em treinamento, em qualidade, em desenvolvimento de competências, enfim, no conhecimento. As empresas estão começando a investir no desenvolvimento, no aperfeiçoamento e no treinamento constante das pessoas, transformando seus departamentos de treinamento em algo muito maior do que um simples centro 35 de formação, pois têm como missão o propósito de “ensinar a ensinar”. Acreditam que a formação é uma responsabilidade de todas as pessoas que têm sob sua supervisão algum funcionário e que essas pessoas devem se tornar multiplicadoras do conhecimento. Isso significa acreditar que cada chefe ou qualquer pessoa que tenha subordinados é um treinador, um comunicador ou um informador. 36 CAPÍTULO III TREINAMENTO Gustavo G. Boog (2001), afirma que o Treinamento é a ação sistematizada de educação para a capacitação, o aperfeiçoamento e o desenvolvimento do indivíduo. O processo de treinamento é a busca de informações que levam a uma conclusão sobre o alcance dos objetivos propostos para o evento, que expressas em indicadores. 3.1 - Treinamento De acordo com George Milkovich e Jonh Boudreau (2006), uma vez estabelecido o conteúdo do treinamento, será o momento de realizá-lo. Os dois métodos principais são o treinamento em serviço e o fora de serviço. A maioria é feita em serviço, especialmente para funcionários operacionais. O treinamento em serviço é geralmente informal e raramente aparece nas estimativas formais de atividades de treinamento. Um treinamento em serviço é simulado no real ambiente de trabalho, em que um empregado mais experiente ou um chefe mostram como deve ser realizada a tarefa e seus truques. Uma vantagem desse método é que ele cria verdadeiramente o ambiente de trabalho, fatos idênticos aos que serão enfrentados depois, no trabalho de verdade. O ponto negativo do realismo do trabalho é que normalmente essa experiência é mal planejada, não está vinculada a nenhuma meta e é levada a cabo por um instrutor quase sem treinamento. O treinamento em serviço é usado apenas porque não envolve custos diretos e, por isso, parece pouco oneroso. Além dos riscos de gerar indivíduos mal treinados, esse método traz outros perigos durante o próprio treinamento. Os novatos podem estragar maquinários, criar produtos de baixa qualidade, aborrecer os clientes e desperdiçar materiais valiosos. 37 Uma das vantagens é que o treinamento em serviço geralmente leva ao treinamento de chefes, executivos empregados, para que se tornem instrutores. Isso não apenas beneficia os treinadores. 3.2 – Treinamento Dinâmico (Aprender fazendo) De acordo com Milkovich e Boudreau (2006), as técnicas de aprender fazendo copiam os elementos essenciais das situações do mundo real, elas permitem que os alunos desempenhem um papel ou tomem decisões a respeito de uma situação e recebam a realimentação sobre sua eficácia. A simulação de cabine usada para o treinamento de pilotos tem sido apontada como responsável pelo sucesso de algumas situações reais de risco enfrentadas por eles na realidade. Os jogos de empresas inspiraram-se nos tradicionais jogos de estratégia militar, eles permitem que os treinandos tomem decisões acerca de variáveis do mundo dos negócios, geralmente competindo com outros indivíduos ou grupos. Os estudos de casos oferecem ao aluno um texto que descreve uma situação real: eles devem analisá-lo e preparar alternativas de solução para discussão. A dramatização exige que os treinandos desempenhem um papel ou personagem, geralmente contracenando uns com os outros. Os estudos de casos, os jogos de empresas e as dramatizações são freqüentemente combinados dentro de um aprendizado ativo, em que o conteúdo dessas práticas provém dos problemas reais enfrentados pela empresa. Muitas vezes, são os próprios treinandos que identificam os problemas e os colocam como parte do processo de treinamento. 3.3 - Dinâmica de Grupo Para Lopes (2009), a naturalidade da dinâmica de grupo incorporada no trabalho de gestão, necessita de algumas habilidades que são 38 indispensáveis como o dinamismo, criatividade, comunicação entre outros, e, por isto, a inserção de dinâmicas específicas para o desenvolvimento ou aprimoramento para os diversos funcionários. As dinâmicas neste momento configuram-se como metodologias para desenvolver conteúdos específicos. Por exemplo: comunicação interpessoal, atendimento ao cliente, autocrítica, organização especial, organização temporal. A escolha de um ou mais tema irá depender da demanda do setor da empresa que estará envolvido no projeto de desenvolvimento, de reajustamento. Independente de ser uma demanda natural ou por levantamento de necessidades , o planejamento de uma dinâmica de grupo precisa contemplar os oito itens: objetivo, nome da dinâmica, tema, metodologia, material, total de participantes, tempo e local. O objetivo é uma etapa conseguinte ao planejamento, que são todas as etapas posteriores até o treinamento de fato. Faz o levantamento de necessidades. para saber informações primordiais antes do treinamento acontecer. Nome da dinâmica é fornecido por quem cria a dinâmica ou o nome dado por quem usa a dinâmica, isto é, quem criou colocou um nome, mas as pessoas que a usam dão outros nomes como se fossem apelidos. O tema é o mesmo que o foco, isto é, o assunto que a dinâmica aborda. Pode-se pensar também em categoria. Por exemplo: comunicação interpessoal. Dentro desta categoria, deste assunto, encontrará várias dinâmicas, cada uma com seu nome específico. A metodologia é a etapa que cada dinâmica traz consigo. Podem-se fazer adaptações, mas somente depois de se ter uma boa prática que capacite a pessoa a antecipar resultados. O material necessário deve estar a mão e disposto na ordem de uso, etiquetado, se for o caso. Por isto, é necessário averiguar anteriormente o planejamento. Os materiais personalizados, como crachás e fichas individuais, por exemplo, devem ser confeccionados segundo informações precisas porque não se devem cometer erros em grafias, informações, como cargos, nome da empresa, etc. 39 Se entre o material tiver um ou mais com estrutura frágil, deverão existir sobressalentes para possíveis reposições. O condutor deve conhecer antecipadamente a reação dos materiais que serão manipulados para antever e entender as reações futuras dos participantes. Os materiais se dividem em duas categorias principais: Permanente (cadeiras, por exemplo) e Consumo (papéis, por exemplo). O fator tempo encerra a mobilização do grupo para pegar material, organizar assentos etc., o tempo de manifestação de cada indivíduo, o fechamento, ou seja, se for necessário apresentar conclusões. O local tem que estar diretamente ligado com a metodologia da dinâmica. Lugares barulhentos, se o profissional precisa de silêncio para trabalhar, sons discretos são inadequados e vários outros estilos de dinâmicas. Lugares muito ventilados se for preciso espalhar folhas ou placas feitas de folhas de papel para serem analisadas pelos participantes. Segundo Lopes (2009), a vivência da dinâmica de grupo é fator de mobilização de conceitos e pareceres tanto para “o condutor” como para o “conduzido” porque muitas informações são expostas e muitas são escolhidas por ambas as partes, por isso existe um fator polêmico nesse processo que é dizer ou não aos participantes o tema e o objetivo da dinâmica. A dinâmica de grupo é um tema polêmico porque muitas vezes ao saber do tema ou objetivo, “o conduzido” manipula sua participação e, outras vezes, influenciam os demais participantes. Existem também os “condutores” que não se sentem seguros quando sabem que os “conduzidos” sabem qual aspectos estão sendo avaliados ou “aperfeiçoados”. É um comportamento que não pode ser fechado nem cristalizado porque irá depender do grupo em questão e do momento em que este grupo em questão e do momento em que grupo se encontra, podendo variar o comportamento do “condutor” com o mesmo grupo de “conduzidos”. 40 O vínculo de confiança e o respeito mútuo estarão em jogo, por isso é preciso ter uma conduta muito profissional, muito firme, consistente e bem planejada. Fundamentado em Ribeiro (2008), a comunicação nos treinamentos de Recursos Humanos, revelam os poderes não formais, estabelecidos no interior das organizações, resultando do poder do conhecimento e do acesso à informação. O treinamento constitui-se como estratégia para a divulgação dos valores organizacionais e, portanto, como um processo marcado pela cultura reinante em cada organização no qual treinandos e instrutores estabelecem relações de cumplicidade ou de conflito como forma de manutenção do poder pessoal. O treinamento implica, em uma questão eminentemente ética. 3.4 - Tecnologias (Áudio, Vídeo, Teleconferências, Computadores e Multimídia) O treinamento informatizado tem várias das vantagens da instrução programada (técnica de ensino gradual, geralmente por meio de texto ou outro material didático "programado"), aumenta a possibilidade de adequação do treinamento ao aluno, poder usar o poder do áudio e vídeo para ilustrar os pontos importantes e proporcionar um atraente ambiente de aprendizagem. O aprendizado acontece mais rápido com o uso da informática em comparações as aulas tradicionais. Apesar de caros para serem desenvolvidos, esses programas podem logo tornar-se econômicos, pela redução do tempo gasto em treinamento e por permitir que os treinandos possam recebê-lo sem precisar se deslocar. O futuro do treinamento pode estar na “aprendizagem a distância” através do uso de uma ampla variedade de tecnologias para ligar eletronicamente as pessoas, ou exportando o conhecimento através de áudio e vídeo e da internet. As gravações, os filmes e slides podem ser distribuídos aos treinandos e usados independentemente ou em conjunto com outros métodos de treinamento. A produção de vídeos de treinamento pelas próprias 41 empresas tem-se mostrado cada vez mais eficaz e a custos baixos. Embora mais caros, os vídeos profissionais podem causar um impacto e apelo bem maiores. 3.5 - Avaliação de Treinamento Para Boog (2001), avaliar significa submeter algo a um processo de análise normalmente determinado por padrões concretos ou referenciais. Validar é reconhecer o valor esperado do objeto da análise efetuada, comparando a situação identificada, após uma ação de modificação do comportamento do público-alvo, aos fatos que levaram à realização do treinamento, a que se denomina, de “carência”. Para o processo de Avaliação e Validação do treinamento seja consistente é preciso que sejam definidas claramente as necessidades de treinamentos, expressando numericamente as necessidades do treinamento, definindo com precisão os objetivos do treinamento e construí-los a partir das necessidades, levando os treinados envolvidos no compromisso a absorver e transferir os conteúdos para a esfera das suas funções, conscientizando os superiores hierárquicos de que será parte efetiva de todo o processo, disponibilizar instrumentos para o desdobramento do processo, organizando um cronograma para orientar as ações que seguirão ao treinamento. “Não é possível avaliar a prática. Avaliar a prática é analisar o que se faz, comparando os resultados obtidos com as finalidades que procuramos alcançar com a prática. A avaliação da prática revela acertos, erros e impressões. A avaliação corrige a prática, melhora a prática, aumenta a nossa eficiência. O trabalho de avaliar a prática jamais deixa de acompanhá-la.” (FREIRE, Paulo. 1998 p. 83) 42 Baseado em Boog (2001), para saber distinguir os problemas tratáveis ou não tratáveis pelo treinamento é preciso estar atento a distância entre problemas que podem ou não ser tratáveis por uma ação de treinamento. A análise das causas reais de um problema qualquer de desempenho deve considerar as seguintes variáveis: • Pode haver um problema de desempenho porque a pessoa não está devidamente preparada para a função ou para uma de suas etapas. A solução é viabilizada por uma ação de treinamento; • Pode haver um problema de desempenho porque não há especificações ou parâmetros para orientar o trabalho, dificultando a execução das tarefas e afetando a sua qualidade. A solução por treinamento não se aplica, o que remete a questão para o desenho das especificações e dos parâmetros; • Pode haver um problema de desempenho motivado por falta de condições para o trabalho, tais como: equipamento deficiente, local de trabalho inadequado, material insuficiente, dentre outros. Tentar solucionar este problema pelo treinamento é perda de tempo e de recursos financeiros. A solução está vinculada a outros tipos de intervenções; • Pode haver um problema de desempenho por causa de questões como pressões dos colegas, restrições impostas pelas chefias, receios de sobrecarga motivada por mais e mais tarefas que exigem cada vez mais esforço da pessoa o que, no final, a desestabiliza e a leva a uma crise de desempenho. Assim treinar será inútil; • Pode haver um problema de desempenho porque a pessoa está desmotivada, por inúmeras razões; nenhuma delas passível de soluções por meio das práticas de treinamento. Essas variáveis devem ser consideradas em todo o processo de levantamento das necessidades. Para Boog (2001), levantar as necessidades de treinamento e destacar os seus indicadores, visando à avaliação dos resultados. Seja por meio de 43 formulários, entrevistas individuais, reuniões, observação local, diagnóstico específico ou qualquer outro meio de análise, é fundamental que sejam identificadas as causas (reais), os seus efeitos e as conseqüências dos problemas para destacar os indicadores de desempenho os quais serão, mais tarde, retomados com vistas ao processo de avaliação dos resultados (sendo recomendado a metodologia de check-list). Para redigindo corretamente os objetivos dos eventos de treinamento visando à avaliação dos resultados, é preciso premissas essenciais, tais como: um objetivo é um estado final a que se pretende chegar. Sem um objetivo, não se chega a lugar algum. Um objetivo é uma trilha e não um trilho. Um objetivo difere sempre de sonhos ou delírios. Os procedimentos para a redação precisa de objetivos, por isso os objetivos de um projeto de T&D é que servirão como “pano de fundo” para todas as etapas que antecedem a etapa de avaliação. A fonte para construção de objetivos corretos, consistentes, tangíveis e mensuráveis, são os estudos dos gestores de T&D, para as conclusões registradas como diagnóstico de situação e extrair os elementos que nortearão a construção dos objetivos para os projetos de treinamento. Ainda de acordo com Gustavo G. Boog (2001), o gestor de treinamento deve lembra-se de que: o cliente interno é o “dono” do evento e cabe a ele a decisão sobre os objetivos. O treinamento deve ser consultado ou sensibilizado e envolvido quanto aos compromissos de perseguição dos objetivos do projeto de treinamento. O gestor de T&D é apenas um acessor dos anteriores no que se refere à construção dos objetivos. Não é o gestor de T&D quem arbitra o tamanho e a temporalidade dos objetivos; ele apóia, acessora e orienta. Técnicas para avaliação dos resultados do treinamento de acordo com os níveis de aplicação: Nível da avaliação de reação refere-se às medidas de reação póscurso. Medem apenas a opinião final, com forte carga de abstração e subjetivismo. É o classicismo aplicado à gestão de treinamentos. Tem de se fazer uma avaliação de reação. A modernidade mistura o clássico com o moderno, mais o importante é não se esquecer da validade. 44 Nível da avaliação da aprendizagem, os testes aplicados antes e após o evento de treinamento são recursos da metodologia clássica. A sua validade técnica é assegurada, desde que a sua construção instrumental venha a ser regida pelas técnicas e pelos rigores típicos dos testes objetivos. Nível da mudança de comportamentos, um procedimento para avaliação de resultado em T&D pouco utilizado pelos profissionais da área. Sua aplicação deve ser mobilizada, uma vez que subsidia fortemente o gestor de T&D com dados de informações, além de envolver ativamente outros profissionais em todo o processo de gestão do treinamento. Nível de resultado, o gestor de T&D deve pesquisar junto aos treinandos e seus superiores hierárquicos, o que aconteceu nas áreas de trabalho respectivas, por via das aplicações dos conteúdos do treinamento. 3.6 - Eficácias no treinamento x custos Baseado em Milkovich e Boudreau (2006), a eficácia do treinamento pode ser julgada usando praticamente qualquer resultado que a organização considere relevante. Para verificar a eficácia do treinamento deve-se perguntar: Os treinandos se sentem bem com relação ao treinamento? (reações dos treinandos). Eles conseguem compreender e lembrar-se dos conceitos que lhes foram ensinados? (aprendizado). Eles aplicam os conceitos em seus comportamentos? (mudança comportamental). Estas mudanças comportamentais afetam os resultados organizacionais? (resultados). Os treinados saíram com sentimentos mais positivos sobre a organização e seu trabalho? (atitudes). As organizações que avaliam o programa de treinamento de acordo com essas perguntas, tem o percentual de rendimento mais alto. A ênfase nos custos pode levar as organizações a cortarem programas de treinamento para uma economia de curto prazo, podendo assim causar uma perda de produtividade de longo prazo. Para compreender a situação como um todo, considerar os benefícios do treinamento. 45 O treinamento pode ser tratado como um investimento e analisado através dos mesmos modelos aplicados às compras de novos equipamentos, investimentos em novas unidades ou lançamento de novos programas de marketing. A mensuração do valor do investimento em treinamento apresenta dois problemas. Primeiro, as conseqüências do treinamento dificilmente são mensuráveis quantitativamente em dinheiro como são seus custos. Segundo, é difícil ter certeza do quanto um resultado financeiro deve ser atribuído ao programa de treinamento. O primeiro problema pode ser solucionado enfocando-se aspectos financeiros do desempenho. O segundo pode ser enfrentado com um rigoroso projeto de estudo. O custo de uma atividade refere-se ao valor dos recursos usados na implementação dessa decisão. Esses recursos incluem o dinheiro empregado no desenvolvimento e tomada de decisões e o valor do tempo dos empregados como participantes, gestores ou instrutores internos. Os custos relevantes dizem respeito ao desenvolvimento e estabelecimento da atividade, bem como aqueles para assegurar sua realização. De acordo com George Milkovich e Jonh Boudreau (2006), o treinamento tem importantes efeitos sobre o sentimento de justiça dos empregados. Em um programa de treinamento para executivos mudarem o clima organizacional, aparentemente porque suas eles percepções estavam deste mais clima podem sensibilizados para piorar, estes problemas. O acesso ao treinamento com vistas ao desenvolvimento profissional pode ser encarado como uma recompensa ao bom desempenho ou à realidade. Ser forçado a participar de programas para consertar o que está errado pode ser entendido como uma punição. O treinamento pode até mesmo causar fúria nos empregados. 46 3.7 - Atuações do Pedagogo como Recursos Humanos Para Franco (2003), o pedagogo não é mais só o profissional que atua no ambiente escolar, ao contrário, ele dispõe de uma imensa área de atuação, tais como: empresas de diversos setores, ONGs, editoras, sites, consultorias especializadas em T&D e em todas as áreas que requeiram um trabalho educativo. A tarefa do Pedagogo Empresarial é, entre outras, a de ser o mediador e o articulador de ações educacionais na administração de informações dentro do processo contínuo de mudanças e de gestão do conhecimento. Gerenciar processos de mudança exige novas posturas e novos valores organizacionais, características fundamentais para empresas que pretendem manter-se ativas e competitivas no mercado. Dessa forma, o profissional da educação atua na área de Recursos Humanos direcionando seus conhecimentos para os colaboradores da empresa com o objetivo da melhoria de resultados coletivos, desenvolve projetos educacionais, seleciona e planeja cursos de aperfeiçoamento e capacitação, representa a empresa em negociações, convenções, simpósios, realiza palestras, aporta novas tecnologias, pesquisa a utilização e a implantação de novos processos, avalia desempenho e desenvolve projetos para o treinamento dos funcionários. Outra modalidade para a capacitação e treinamento dos recursos humanos no mercado empresarial é a Universidade Corporativa. Essas Universidades desenvolvem um sistema de aprendizado contínuo voltado para as necessidades específicas das empresas e de seus colaboradores. Contribuem para a aquisição dos conhecimentos dos novos processos de produção e valores organizacionais consoantes com a missão da empresa. Esse novo vínculo educacional tem crescido e tende a intensificar-se nos próximos anos gerando uma demanda social de Pedagogos Empresariais. Hoje, algumas empresas que possuem Universidades Corporativas podem ser citadas: Embratel, Accor, Motorola, McDonald´s, Algar, Brahma. 47 De acordo com Chiavenato (1999), as organizações são formadas por pessoas: são elas que atendem ao público, despacham documentos, recebem recados, fazem pagamentos, tomam decisões entre outros. Há uma relação recíproca entre pessoas e organizações: pessoas dependem das organizações e organizações dependem das pessoas. Dentro dessa interdependência e do novo paradigma de competitividade em mercados globais, o treinamento e o aprendizado são imprescindíveis para o aproveitamento das oportunidades pessoais e organizacionais e para a neutralização das ameaças ambientais. Os indicadores propulsores da aprendizagem organizacional são a criatividade e a inovação. A aprendizagem e o treinamento nas empresas são os diferenciais de competitividade, qualidade e lucratividade. Por esse motivo o investimento no conhecimento contínuo e coletivo do capital intelectual das empresas tende ao crescimento progressivo. No ambiente empresarial, o pedagogo pode focar seu trabalho em duas direções: no funcionário ou no produto/serviço. Atuando com o funcionário, o pedagogo deve iniciar suas atividade conjuntamente com o departamento de RH, criando projetos educacionais que visem facilitar o aprendizado por parte dos funcionários. Nas grandes organizações, o pedagogo é o responsável pela elaboração de projetos de implantação de universidades corporativas, avaliando a viabilidade de cursos e programas educacionais; contatando profissionais e confeccionado material didático. Além disso, os pedagogos são os responsáveis por treinamentos de comportamento para as lideranças. Eles são os mais indicados para transmitir aos líderes, a maneira correta de como lidar com subordinados e como ensiná-los a realizar tarefas. Maria Franco (2003) afirma que como em qualquer profissão, prestar consultoria ou assessoria para organizações, em função de uma experiência adquirida em outras instituições. Ë válido enfocar que à medida que o profissional pretende oferecer um serviço mais elaborado, é necessário 48 especializar-se com cursos e pós-graduações, desta forma, chega um momento em que a graduação inicial foi apenas um ponto de partida. De acordo com as reflexões acima, tudo indica que há nos setores produtivos que implementam as novas formas de organização do trabalho a possibilidade de atuação do pedagogo. Por outro lado, pudemos constatar que a maior parte dos dirigentes, sejam eles de recursos humanos ou administrativos, manifestam desconhecimento do trabalho que o pedagogo possa realizar dentro da indústria. A maior parte dos diretores e dirigentes demonstra indicar o pedagogo como docente, restringindo seu trabalho à sala de aula. Embora esses dirigentes alegassem haver possibilidade de contratação de estagiários do curso de pedagogia, a concepção restrita do trabalho do pedagogo dificulta o acesso desse profissional à industria, pois dificilmente a empresa contratará um profissional desconhecendo sua área de atuação, ou seja, sem saber que conhecimento técnico esse profissional possui e em que ele poderia ser útil na empresa. No entanto, para que os programas de qualificação profissional não vejam a separação entre planejamento e execução, o pedagogo deve oferecer instrumentos que capacitem os demais agentes do processo produtivo a discutir, questionar, pesquisar e propor objetivos a serem alcançados, bem como auxiliar na escolha das metodologias mais apropriadas e materiais a serem utilizados. Assim, pode-se dizer que a especificidade do trabalho do pedagogo pode contribuir significativamente com os processos produtivos e a tendência é ampliar-se à medida que se desenvolvam as transformações produtivas em curso e se passe a requerer maior potencial intelectual. 49 CONCLUSÃO Como ficou explicitado ao decorrer da monografia, não existe uma forma mágica ou uma receita infalível que defina exatamente o que faz um pedagogo na empresa e como atua. O que se pontuou foi a multiplicidade de possibilidades e a importância de um sólido conhecimento a respeito das questões que envolvem desde a proposição de ações de treinamento como as que envolvem a assessoria ao planejamento do treinamento em si. Há de se desenvolver a competência para discernir quais encaminhamentos teóricos – metodológicos (tipos de treinamentos) são mais adequados para cada tempo e espaço organizacionais. Para isso, é essencial desenvolver a sensibilidade para proceder às devidas adequações de modo que atendam, ao mesmo tempo, os anseios dos indivíduos e da própria organização. O caminho a ser percorrido é uma construção pessoal e profissional permanente, afinal diferenças entre discursos e ações são comuns nos relacionamentos pessoais e profissionais, assim sendo, não forme uma conclusão do todo com base em apenas um fato, perceba as intenções da área de RH e da Pedagogia Empresarial para a eficiência e eficácia de um bom treinamento organizacional. Seu foco é a ação conjunta do pedagogo empresarial e recursos humanos através do treinamento para o desenvolvimento do capital humano. Validar é reconhecer o valor dos profissionais de Pedagogia Empresarial e RH, através estudo monográfico que analisou o que é cada treinamento e como o aprendizado é importante no âmbito empresarial, e assim com os ensinamentos obtidos poderá haver uma mudança de ação no comportamento dos colaboradores em relação o que foi transferido pelo Treinamento & Desenvolvimento. 50 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BOOG. Gustavo G. Manual de treinamento e desenvolvimento. São Paulo: Makron books, 2001. CADINHA, Márcia Alvim/ TRINDADE, Ana Beatriz / LOPES, Izolda (Org.). Pedagogia Empresarial: formas e contextos de atuação. 3º ed. Rio de Janeiro: Wak Ed, 2009. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 6º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 2. ed. Rio de Janeiro:Campus, 1999. FRANCO, Maria. Pedagogia empresarial: atuação do pedagogo na empresa. Rio de Janeiro: Wak, 2003 FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: Em três artigos que se completam, São Paulo: Cortez, 1998. MILKOVICH, George T. / BOUDREAU, John W. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 2006. RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia Empresarial: atuação do pedagogo na empresa. 5º Ed. Rio de Janeiro: Wak editora,2008. ZABALA, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. Porto Alegre: Artmed, 1999. 51 WEBGRAFIA http://www.pedagogiaemfoco.pro.br – Data: 03/11/2009 http://www.escolanet.com.br/dicionario/dicionario_i.html _ Data: 12/01/2010 52 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: