13ª Mostra da Produção Universitária Rio Grande/RS, Brasil, 14 a 17 de outubro de 2014. ESTUDO DE CLUSTERS DE Agn, Ptn, Aun (n = 2 – 7) VIA TEORIA DO FUNCIONAL DA DENSIDADE OLIVEIRA, Thiago Francisco de Carvalho PIOTROWSKI, Maurício Jeomar [email protected] Evento: Congresso de Iniciação Científica Área do conhecimento: Física Palavras-chave: Clusters; Metais de Transição; Teoria do Funcional da Densidade. 1 INTRODUÇÃO Dentre os sistemas manométricos mais estudados, aglomerados de átomos (clusters) ocupam um lugar muito importante, tanto no que diz respeito à ciência básica como em uma variedade de aplicações tecnológicas [1]. No presente trabalho, realizamos cálculos de simulação computacional visando o melhor entendimento de clusters de metais de transição (MT), mais especificamente clusters de prata (Ag), platina (Pt) e ouro (Au), com tamanho de dois a sete átomos em fase gasosa. O foco principal consiste na busca pelas configurações de mais baixa energia para cada tamanho de cluster e o entendimento das principais propriedades desses sistemas. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Clusters de MT possuem enorme potencial de aplicação em catálise [2], onde existe uma grande perspectiva para o aumento da eficiência e redução do custo em dispositivos catalíticos. O ouro, por exemplo, não é um bom catalisador em tamanho macroscópico, no entanto, em tamanho nanométrico possui ótimo desempenho como catalisador. Para o entendimento e possível aplicação dos clusters de MT é de suma importância a busca pelas configurações de mais baixa energia. Tal tarefa não é um problema simples mesmo para clusters com poucos átomos, devido ao grande número de configurações de mínimo local. 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Para o estudo dos clusters de Agn, Ptn e Aun (n = 2 – 7 átomos) empregamos cálculos de primeiros princípios, baseados na Teoria do Funcional da Densidade (DFT) [3], fazendo uso do código computacional VASP. Buscamos obter o entendimento das tendências estruturais e eletrônicas como função do MT e do número de átomos. Buscamos, também, via exploração da superfície de energia potencial dos clusters, fornecer as estruturas mais estáveis para cada sistema. 4 RESULTADOS Exploramos o espaço configuracional dos clusters de Ag, Pt e Au para cada um dos tamanhos (2 a 7 átomos) e encontramos as estruturas de mais baixa energia (Figura 1). Posteriormente, realizamos a caracterização e estudo das propriedades desses sistemas, propriedades como: energia de ligação, comprimento médio de ligação, número de coordenação e momento magnético total. 13ª Mostra da Produção Universitária Rio Grande/RS, Brasil, 14 a 17 de outubro de 2014. Figura 1 – Estruturas de mais baixa energia para Ag n, Aun e Ptn (n = 2 – 7), abaixo a cada estrutura são apresentados os valores de energia de ligação, momento magnético total, comprimento médio de ligação e número de coordenação. Em concordância com a literatura, mostramos que as estruturas mais estáveis seguem um padrão estrutural bidimensional (2D), com exceções para Ag5 e Ag7 (estruturas 3D). Através da energia de ligação confirmamos a preferência na formação dos aglomerados atômicos e observamos a maior estabilização para certos tamanhos de clusters (ver Figura 1), não seguindo a tendência usual de aumento da energia de ligação com o aumento no número de átomos. O momento magnético total segue a mesma tendência para Ag e Au que dividem a mesma família na Tabela Periódica, ou seja, uma alternância de valores de momento magnético entre 0 e 1 µB, dependendo da ocupação eletrônica final do cluster. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Realizamos o estudo computacional, via DFT, de clusters de Ag, Pt e Au, onde obtivemos as estruturas mais estáveis e, posteriormente, caracterizamos os sistemas através do estudo das principais propriedades energéticas, estruturais e eletrônicas para esses sistemas. Definimos os padrões estruturais que se formam, bem como realizamos comparativos em relação aos sistemas (MT) estudados e em relação ao número de átomos. Nossos próximos passos consistem na adsorção de pequenas moléculas sobre tais clusters. REFERÊNCIAS [1] SCHMID, G.; FENSKE, D. Metal clusters and nanoparticles. Phil. Trans. R. Soc. A, v. 368, p. 1207, 2010. [2] KASPAR, J.; FORNASIERO, P.; HICKEY, N. Automotive catalytic converters: current status and some perspectives. Catal. Today, v. 77, p. 419, 2003. [3] HOHENBERG, P.; KOHN, W. Inhomogeneous Electron Gas. Phys. Rev. B, v. 864, p. 136, 1964. KOHN, W.; SHAM, L.J. Self-Consistent Equations Including Exchange and Correlation Effects. Phys. Rev. A, v. 40, p. 11331, 1965.