HOJE NA ECONOMIA Edição 372 25/08/2011 Mercados hoje operam levemente otimistas, em alta. Alguns analistas já crêem que simpósio de Jackson Hole, em que Bernanke deve fazer um discurso que é ansiosamente aguardado pelo mercado, pode ser um não evento. Essa análise decorre do dado de encomendas de bens industriais, divulgado ontem, que veio acima do esperado e aliviou um pouco as expectativas de recessão nos EUA. Bolsas asiáticas fecharam alta, reagindo ao dado de encomendas de bens duráveis nos EUA, divulgado ontem, que surpreendeu positivamente, e a resultados corporativos melhores que os esperados na China. MSCI Ásia Pacífico subiu 0,7%, com alta de 2,92% na China e de 1,54% no Japão. Na Europa, o GkF divulgou o dado de confiança do consumidor no Reino Unido (julho) e na Alemanha (setembro). Nos dois casos o índice ficou abaixo da medição anterior, porém acima do que era esperado pelo mercado. Bolsas européias operam em leve alta no momento, com índice pan-europeu STOXX600 subindo 0,38%. Yields de títulos soberanos de 10 anos da Grécia subiram e bateram recorde hoje, chegando a 18,5% a.a., de 17,9% a.a. de ontem. Requisição de governo da Finlândia (e de outros, como Holanda e Áustria) de ter colaterais em dinheiro para conceder sua parte do empréstimo do EFSF (fundo de estabilização) para o governo grego pode ter de ser estendida para outros detentores de títulos devido aos contratos desses títulos, o que preocupa mercados e faz com que aumentem as chances de default na Grécia. Os futuros dos índices S&P e D&J sobem levemente hoje (+0,15% e +0,21%). Algumas notícias corporativas afetam os mercados, como a saída de Steve Jobs do comando da Apple Inc. O dado de maior importância a ser divulgado hoje nos EUA é o de pedidos semanais de seguro desemprego. Esses pedidos devem ter recuado levemente, porém ainda devem estar acima de 400 mil por semana, patamar que não é condizente com uma recuperação no mercado de trabalho. No mercado de commodities, o índice UBS/Bloomberg está praticamente estável, com queda de 0,02% Há alta nos preços de commodities energéticas e metais industriais, porém, em contrapartida, o ouro segue caindo (ontem caiu fortemente), hoje com recuo de 2,40%. No Brasil a 3ª quadrissemana do IPC-FIPE veio em linha com as expectativas e a confiança do consumidor, medida pela FGV, recuou em agosto. O dado mais importante do dia na agenda doméstica é a taxa de desemprego, que pode afetar o mercado de juros futuros. O Ibovespa, por sua vez, deve ter alta, seguindo bolsas internacionais e preços de commodities, enquanto o Real deve seguir sem movimentos fortes, talvez se valorizando com o movimento dos preços de commodities. Superintendência de Economia Sul América Investimentos - Associada ao ING www.sulamericainvestimentos.com.br