Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição de hoje do Jornal de Negócios on line Empresas Basílio Horta, presidente da AICEP Problema de Espanha "é bem mais grave" para Portugal do que a Grécia Basílio Horta sublinhou ontem que Espanha "está numa crise muito profunda" e quando se houve falar na Grécia, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) considera que o caso de Espanha "é bem mais grave". Ana Filipa Rego [email protected] Basílio Horta sublinhou ontem que Espanha “está numa crise muito profunda” e quando se houve falar na Grécia, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP)considera que o caso de Espanha “é bem mais grave”. Há dois mercados que “nos causam particular preocupação”, afirmou ontem o responsável num jantar da Ordem dos Engenheiros, ontem ao final da noite. No entanto, acrescentou, “eu quero vos dizer com toda a franqueza quando ouvimos falar na Grécia eu acho que a Espanha é bem mais grave”. Isto porque, explicou Basílio Horta, a Grécia são cerca de 2% do PIB europeu e Espanha 11%. “E o problema da Espanha, pelo menos o reflexo que nós temos aqui é um problema muito, muito grave e que está a arrastar o nosso comércio externo para uma situação muito desconfortável”, alertou o presidente do AICEP, sublinhando que em termos de exportação para Espanha perdemos qualquer coisa na ordem dos 3,5 mil milhões de euros entre Janeiro e Dezembro e devemos estar próximos de 4 mil milhões em Março se não ultrapassarmos este número Em termos de investimento, a mesma coisa, “há um decréscimo muito grande de investimento, mas as importações de Portugal para Espanha não têm descido ao mesmo ritmo, têm caído na ordem dos 12%”. “O que significa que pela primeira vez temos uma posição complexa. Ou seja o saldo negativo da balança comercial com Espanha é maior que tudo aquilo que nós exportamos para este país, primeira vez que creio que isto acontece”, explicou Basílio Horta. E por isso, alerta o responsável, “temos que ter cuidado com este mercado, que é grande ficaríamos muito desconfortáveis se esta crise tivesse como resposta um proteccionismo”. “Acredito no mercado único entre o Norte de Portugal e a Galiza. Está feito sem a intervenção do Estado”, sublinhou Bailio Horta. 2010.03.02