nº 2660 Segunda-feira, 18 de Agosto de 2014 Ministério do Planejamento reconhece equivalência do cargo de Orientador de Aprendizagem com o de professor Em 1998, o SINDSEP/MA ajuizou uma ação declaratória coletiva (Processo nº 1998.37.00.000174-8) com o objetivo de que fosse reconhecida, em juízo, a equiparação entre o cargo de Orientador de Aprendizagem, da extinta Fundação Roquette Pinto, e o de professor. Tal atitude se fez necessária para possibilitar que os orientadores de aprendizagem filiados ao sindicato tivessem o direito à aposentadoria especial que a Constituição Federal prevê aos professores e de exercer outro cargo público de magistério ou de natureza técnica, como autoriza a Constituição. A ação foi julgada procedente, tendo transitado em julgado em 16 de julho de 2007. Mas, apesar disso, muitos orientadores de aprendizagem que ocupavam outro cargo de professor ou de natureza técnica ou que desejavam se aposentar com a contagem especial que é conferida aos professores, precisaram ingressar com ações individuais na Justiça para terem seus direitos resguardados porque o Ministério do Planejamento, Orçamen- to e Gestão simplesmente não dava importância para o fato de haver uma decisão judicial transitada em julgado que amparava o direito daqueles servidores. Tal situação, todavia, foi modificada recentemente, como se pode observar na Nota técnica nº 113/2014/CGNOR/ DENOP/SEGEP/MP, de 21 de julho de 2014, em que, ao se pronunciar sobre a situação específica de uma servidora da extinta Fundação Roquette Pinto, o Ministério do Planejamento, através do órgão responsável por esclarecer como as decisões judiciais devem ser cumpridas, expressamente reconheceu que os orientadores de aprendizagem contemplados pela ação judicial nº 1998.37.00.000174-8 têm direito à equiparação do cargo com o de professor, para efeito de acumulação de cargos. Isto significa dizer que, ao que tudo indica, o Ministério deixará de exigir que o servidor opte por um dos cargos que acumula e de suspender os pedidos de aposentadoria dos orientadores de aprendizagem em situação de acúmulo de cargos, como vinha fazendo até então em muitos casos, obrigando tais servidores a ingressarem em juízo. Por outro lado, a nota técnica nada menciona a respeito do direito dos orientadores à aposentadoria especial dos professores, com a redução de cinco anos do tempo de contribuição e sem o requisito da contagem mínima. Entretanto, para os servidores que se aposentaram proporcionalmente por não terem tal direito reconhecido e que não pleitearam a conversão da aposentadoria proporcional em integral através de ações individuais, o SINDSEP/MA ingressou com outra ação coletiva (2009.37.00.009212-9) visando obter tal conversão, bem como as diferenças de abono de permanência e de proventos decorrentes da recusa da Administração Pública Federal em reconhecer tais direitos. A ação já foi julgada procedente em primeira instância e aguarda julgamento em segunda instância no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Lista de processos em fase de pagamento para agosto 2014 A Secretaria de Assuntos Jurídicos e Institucionais do Sindsep/MA informa ao filiados que mais quatro processos estão em fase de pagamento nesse mês de agosto. Os processos são relativos aos 28,86% e contemplam 08 servidores do IFMA e 02 do DNER, além de 05 servidores do INSS que tiveram deferido o processo que garante a incorporação de gratificação. Nº PROCESSO 2000.37.00.000309-1 0004893.07.2012.4.01.3700 1997.37.00.000262-8 0044258.39.2010.4.01.3700 96.00.03790-6 1998.37.00.003614.-1 2 1997.37.00.009460-3 2002.37.00.009460-3 OBJETO ORGÃO AUT GRAT. INCORP. INSS 05 28,86% IFMA 07 8,86% IFMA 01 28,86% DNER 02 Ano XIII nº 2660 Pag. 02 18 de Agosto de 2014 A campanha eleitoral e a necessidade de uma reforma política Os partidos fizeram as convenções e escolheram seus candidatos. As alianças entre eles estão feitas, sem nenhum critério ideológico ou qualquer compromisso com a classe trabalhadora. Tudo em nome do prag matismo da vitória eleitoral e de alguns segundos na televisão. Portanto, a corrida eleitoral já começou. E os métodos manipuladores de sempre, também. Os candidatos registraram o que pretendem gastar. Os três principais presidenciáveis vão gastar, somados, a bagatela de 1 bilhão de reais. E a soma de todos os candidatos a senadores e a deputados, registraram a intenção de gastar 4 bilhões de reais, destes, 85% serão supridos por apenas 117 grandes empresas, em sua maioria empreiteiras, bancos e algumas indústrias. E claro, sempre haverá algum doleiro generoso no meio. Esse valor fica atrás apenas da campanha dos Estados Unidos. Nada mau, para um país que é a oitava eco nomia mas está em terceiro em pior desigualdade social do mundo! Ou seja, a sociedade brasileira é tão rica que pode se dar o luxo de gastar essa dinheirama em apenas dois meses de campanha, com marqueteiros, con tratação de pessoas, shows de música, banners, santinhos e outras porcarias. Os jornais publicaram que já foram contratados mais de 60 mil pessoas, apenas para atuar na internet e na campanha digital. Uma vergonha! Por outro lado, o senador João Ca pibaribe (PSB-AP), antigo militante da esquerda, entrou com um Projeto de Lei no senado para limitar os gastos das Assembleias Legislativas estaduais e os tribunais de conta estaduais, que deveriam fiscalizar seus gastos. O senador descobriu que os gastos anuais dessas duas instituições, nada democráticas, somam 9, 4 bilhões de reais para deputados estaduais e outros 5,1 bilhões de reais para os ilustres conselheiros das contas públicas. São 14,5 bilhões por ano, para nada. Descobriu que os gastos com diárias e passagens dos nobres parlamentares somam bilhões de reais, tudo desviado para atender interesses particulares. Descobriu que um deputado no Acre,custa ao povo 4,7 milhões de reais por ano, e no Rio de Janeiro custa 15,9 milhões de reais por ano. Tudo isso são apenas sinais da falência do modelo político brasileiro. Há uma clara crise de representação política. Crise e hipocrisia na hora dos partidos escolherem os candidatos. Crise na forma de financiar as campanhas, em que as grandes em presas sequestraram a democracia brasileira, com seus caixas 2. Crise, na forma de fazer as campanhas, que não motiva mais ninguém. Basta lembrar que, segundo o TSE, apenas 27% dos jovens com 16 anos fizeram o título de eleitor esse ano. Crise porque os candidatos não dis cutem os problemas do povo brasileiro e suas causas. Não discutem projetos para o país. Embora, por trás de cada um deles, de forma dissimulada, se encontrem interesses e projetos de classe. Infelizmente, a ampla maioria só defende os interesses da bur guesia. Ou seja, esse tipo de regime político e de campanha só interessa à burguesia, que se utiliza desses métodos para controlar o Estado brasileiro e suas instituições. Diante de tudo isso, os movimentos sociais, desde as pastorais até o movimento sindical, estão convencidos que somente uma reforma política, profunda – que vá além do financiamento das campanhas, da forma de eleger e que inclua mudanças na forma de funcionarem os partidos, os candidatos, o poder judiciário e o controle sobre os meios de comunicação –, pode de fato recuperar a democracia representativa no Brasil. Por isso, já estão organizados mais de mil comitês populares por todo o país, fazendo trabalho de conscienti zação da população sobre a necessidade de uma reforma política. E farão um Plebiscito Popular, para que o povo se manifeste se é a favor da convocação de uma assembléia constituinte soberana e exclusiva, que faria as mudanças políticas necessárias. Os resultados do plebiscito popular serão levados aos Três Poderes insta lados em Brasília – Executivo, Legis lativo e Judiciário. E levarão também ao Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, onde está instalado o quarto poder: a mídia burguesa – Rede Globo. E a partir da pressão popular, se encaminhará a proposta de um decreto legislativo que convoque, para o primeiro semestre de 2015, um plebiscito formal, legal, para que toda população decida, se é necessário ou não a convocação de uma Assembleia Constituinte soberana. Ou seja, eleita de acordo com a vontade do povo, sem dependência econômica das empresas. E exclusiva, ou seja, independente, separada do Congresso que será eleito em outubro deste ano. O Brasil de Fato, como veículo comprometido apenas com a classe trabalhadora, com os movimentos so ciais, se soma nessa campanha de luta por uma reforma política ampla e na luta popular para conquistá-la. Fonte: Editorial / Brasil de Fato Imagem: Reprodução / TSE EXPEDIENTE: Diário SINDSEP/MA é uma publicação diária do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão - SINDSEP/MA Av. 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