GUIA DE ESQUEMA DE PINTURA
Data de edição: Fevereiro 2011
PAVIMENTOS EM BETÃO
1. Introdução
Os esquemas para revestimento e protecção de pavimentos de betão podem passar pela simples solução
de pintura (anti-poeiras) até aos esquemas “heavy-duty” com argamassa epoxi compactadas
mecanicamente e de elevada resistência mecânica.
Propomos uma selecção de esquemas que, em função do uso previsto para o pavimento (necessidades
funcionais) e segundo os requisitos estéticos desejados, asseguram uma solução óptima para a protecção e
decoração dos pavimentos de betão. A sua selecção é também função das condições do suporte.
Necessidades funcionais:
• Resistência mecânica
• Resistência química
• Resistência à abrasão
• Facilidade de limpeza
• Propriedades anti-derrapantes
Condições do substrato:
• Dureza
• Humidade
• Contaminação
• Desníveis
• Juntas
• Porosidade
2. Processos e Preparação de Superfície
Processos:
Lixagem
Realiza-se com uma máquina rotativa na qual são aplicados discos de abrasivo mineral. É uma solução
económica e adequada em muitas ocasiões. Emprega-se em pavimentos de betão liso ou sobre superfícies
já pintadas, para abrir o poro e obter o grau de rugosidade desejado para posterior aplicação de um dado
revestimento.
Fresagem
Realiza-se mediante uma máquina equipada com um tambor giratório com segmentos de carbono e
tungsténio. Penetra no betão a uma profundidade de 7/10 mm.
Utiliza-se quando a superfície do betão está em mau estado, com pouca consistência, contaminada, com
irregularidades ou quando se necessita de eliminar o revestimento previamente aplicado ou mal aderente.
A superfície tratada fica visualmente marcada com umas estrias, pelo que é necessário o uso de uma
argamassa de regularização antes de aplicar o revestimento final.
É aconselhável verificar periodicamente o estado de actualização do presente guia. Os esquemas recomendados foram criados com base nos produtos disponíveis comercialmente, que a CIN pode deixar de comercializar sem qualquer aviso
prévio. Esta especificação é genérica e deve ser vista como um exemplo possível entre as muitas soluções CIN Protective Coatings. Para a obtenção de uma especificação para um projecto em particular recomendamos que consultem
directamente a CIN.
CIN-CORPORAÇÃO INDUSTRIAL DO NORTE, SA
Avenida Dom Mendo, nº831(antes E.N. 13) - Apartado 1008
4471-909 MAIA PORTUGAL
Telef. 22 940 50 00 · Fax: 22 948 56 61
www.cin.pt email-customerservice.pt
BARNICES VALENTINE, S.A.U.
C/ Riera Seca, 1 – Pol. Ind. Can Milans
08110 – Montcada i Reixac (Barcelona)
Tel. 34 93 565 66 00 · Fax: 34 93 575 33 60
www.valentine.es · [email protected]
CELLIOSE COATINGS
Chemin de la Verriere - BP 58,
69492 Pierre Bénite Cedex · France
Tél: +33 (0) 472 39 77 77 · Fax: +33 (0) 472 39 77 70
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Granalhagem
Realiza-se com uma máquina que projecta partículas de aço contra a superfície de betão. Esta máquina
está ligada a um equipamento de grande potência que trabalha em circuito fechado, reciclando as partículas
metálicas num equipamento de aspiração e filtragem das partículas de pó, impurezas, cimento e tintas
velhas do pavimento de betão.
É o melhor tratamento de preparação possível para um pavimento e utiliza-se para eliminar tintas
previamente aplicadas e para dar ao pavimento alguma rugosidade, deixando uma textura de poro aberto.
O pavimento fica marcado, pelo que se requer a aplicação de produtos de camada espessa ou da aplicação
de uma argamassa fina de regularização.
Água a alta pressão
Consiste em projectar água sobre o suporte com uma pressão mínima de 200 bar mediante um
equipamento especial.
Utiliza-se para eliminar as leitadas de cimento e contaminantes superficiais ou para eliminar gorduras
combinando com detergentes adequados.
Preparação de superfície:
Betão novo:
Eliminar a leitada do cimento, partículas soltas e outras impurezas ou contaminantes que possam prejudicar
a aderência do sistema. Utilizar de preferência a granalhagem, após o que se deve varrer e aspirar.
Betão velho:
Eliminar pelo método mais apropriado gorduras e sujidades. Pode ser necessário recorrer a uma
granalhagem ligeira.
Condições do suporte e ambiente:
O betão deve ter um tempo de cura de pelo menos 28 dias. O substrato deve encontrar-se firme, seco e
totalmente curado antes de se iniciar a aplicação do revestimento. A percentagem de humidade em
profundidade não deve ser superior a 4%. Durante a aplicação e secagem a humidade relativa não pode
ultrapassar os 80% e a temperatura ambiente deve ser no mínimo de 10ºC e a temperatura do suporte deve
ser superior em pelo menos 3ºC o ponto de orvalho
É aconselhável verificar periodicamente o estado de actualização do presente guia. Os esquemas recomendados foram criados com base nos produtos disponíveis comercialmente, que a CIN pode deixar de comercializar sem qualquer aviso
prévio. Esta especificação é genérica e deve ser vista como um exemplo possível entre as muitas soluções CIN Protective Coatings. Para a obtenção de uma especificação para um projecto em particular recomendamos que consultem
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3. Esquema de Pintura
3.1 Esquema de pintura anti-poeiras para interior
Classificação do ambiente:
Esquema anti-poeiras de fácil aplicação para pavimentos em betão como sejam parkings, armazéns, centros
comerciais, garagens, naves industriais, etc.
Acabamento acetinado liso:
Tipo de revestimento
Epoxi aquoso acetinado
Esquema
Rendimento aprox.
(m2/kg)
1 × C-Floor E240 WB dil. 10%
4
2 × C-Floor E240 WB
2,2
Consumo total
1,4
Acabamento acetinado antiderrapante de baixa rugosidade:
Tipo de revestimento
Esquema
Epoxi aquoso acetinado
Rendimento aprox.
(m2/kg)
4
1 × C-Floor E240 WB dil. 10%
a)
2,0
2 × C-Floor E240 WB
Consumo total
1,35
Notas:
a) a 2º demão de tinta deve ser preparada com Aditivo Antiderrapante e diluída a 5%.
Acabamento acetinado antiderrapante de média rugosidade:
Tipo de revestimento
Esquema
Epoxi aquoso acetinado
Rendimento aprox.
(m2/kg)
1 × C-Floor E240 WB dil. 10%
4
2 × C-Floor E240 WB b)
1,9
Consumo total
1,3
Notas:
b) com polvilhamento de sílica Quartz G300 entre sobre a 2º demão de tinta.
Existe ainda um produto com acabamento brilhante, o C-Floor E260 WB, para fazer o mesmo tipo de
esquemas.
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3.2 Esquema de argamassa autonivelante para interior
Classificação do ambiente:
Pavimentos com grande facilidade de limpeza para a indústria alimentar, armazéns, espaços comerciais e
outras industriais onde se pretende uma elevada durabilidade do esquema. Proporciona um acabamento
liso, brilhante e grande resistência à abrasão.
Tipo de revestimento
Esquema
Selante epoxi sem solventes
Argamassa autonivelante epoxi
1 × C-Floor Sealer E140 a)
1 × C-Floor E400 SL b)
Rendimento aprox.
(m2/kg)
2 -2,5
0,4 – 0,45
Notas:
a) Dependendo do estado do suporte, pode ser combinado com sílicas adequadas para a preparação de argamassas de regularização e reparação.
O consumo varia em função do processo de aplicação.
b) Este revestimento é previamente preparado com sílica Quartz G300 e aplicada com espátula dentada.
O consumo varia em função do processo de aplicação, da espessura seca final pretendida e da misturas de sílicas. O consumo apresentado é para
uma espessura de 1,8-2 mm e uma proporção em peso de tinta:sílica de 1:0,6.
É possível a realização de outros esquemas com o produto C-Floor E400 SL, que vai desde a simples
aplicação a rolo até aos esquemas antiderrapantes e argamassas talochadas de elevada resistência
mecânica. Para mais informações consulte o Boletim Técnico do Produto.
3.3 Esquema “multi-layer” com sílicas coloridas para interior
Classificação do ambiente:
Pavimentos com grande resistência à abrasão para a indústria alimentar, armazéns e espaços comerciais.
Proporciona um acabamento antiderrapante, brilhante ou mate, com a possibilidade de combinação de
sílicas de várias cores.
Esquema com sílicas coloridas:
Tipo de revestimento
Selante epoxi sem solventes
Verniz epoxi
Verniz epoxi
Verniz poliuretano mate (opcional)
Esquema
Rendimento aprox.
(m2/kg)
a)
1 × C-Floor Sealer E140
2 -2,5
1 × C-Floor E420 QS polvilhado
1,1 – 1,3
com sílicas coloridas b)
1 × C-Floor E420 QS para
1,8 – 2,3
selagem das sílicas
1 × C-Floor PU380
10 -13
Notas:
a) Dependendo do estado do suporte, pode ser combinado com sílicas adequadas para a preparação de argamassas de regularização e reparação.
O consumo varia em função do processo de aplicação.
b) Este revestimento é previamente preparado com sílica Quartz G300, aplicado com espátula dentada e com uma espessura média aplicada de 0,70,8 mm. A espessura final já com as sílicas é de 2,5-3 mm. Para esquemas com sílicas brancas ou naturais, deve ser usado o produto C-Floor E400
SL, na cor mais parecida das sílicas.
Os esquemas apresentados neste guia são os mais comuns. A CIN dispõe de muitos outros esquemas
disponíveis para outros requisitos, acabamentos e tipo de exposição.
É aconselhável verificar periodicamente o estado de actualização do presente guia. Os esquemas recomendados foram criados com base nos produtos disponíveis comercialmente, que a CIN pode deixar de comercializar sem qualquer aviso
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