Boletim Mensal dos Amigos de São Francisco - no 103 Setembro/ 2013 Constituição Dogmática Dei Verbum: sobre a Revelação Divina APROVADA EM 18 DE NOVEMBRO DE 1965, A DEI VERBUM ABRIU NOVOS HORIZONTES PARA A LEITURA DA SAGRADA ESCRITURA NA IGREJA. NESTE MÊS, DEDICADO DE MANEIRA ESPECIAL À SAGRADA ESCRITURA, QUEREMOS FAZER MEMÓRIA TAMBÉM DAS INSPIRAÇÕES DO CONCÍLIO VATICANO II, A PRIMAVERA DA IGREJA. 11. As coisas reveladas por Deus, contidas e manifestadas na Sagrada Escritura, foram escritas por inspiração do Espírito Santo. Com efeito, a santa mãe Igreja, segundo a fé apostólica, considera como santos e canônicos os livros inteiros do Antigo e do Novo Testamento, com todas as suas partes, porque, escritos por inspiração do Espírito Santo, têm Deus por autor, e como tais foram confiados à própria Igreja. Todavia, para escrever os livros sagrados, Deus escolheu e serviu-se de homens na posse das suas faculdades e capacidades, para que, agindo Ele neles e por eles, pusessem por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele queria. E assim, como tudo quanto afirmam os autores inspirados ou hagiógrafos deve ser tido como afirmado pelo Espírito Santo, por isso mesmo se deve acreditar que os livros da Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade que Deus, para nossa salvação, quis que fosse consignada nas Sagradas Letras. Por isso, «toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para ensinar, para corrigir, para instruir na justiça: para que o homem de Deus seja perfeito, experimentado em todas as obras boas» (Tm 3, 7-17 gr.). INTERPRETAÇÃO DA SAGRADA ESCRITURA 12. Como, porém, Deus, na Sagrada Escritura, falou por meio dos homens e à maneira humana, o intérprete da Sagrada Escritura, para saber o que Ele quis comunicar-nos, deve investigar com atenção o que os hagiógrafos realmente quiseram significar e que aprouve a Deus manifestar por meio das suas palavras. Para descobrir a intenção dos hagiógrafos, devem ser tidos também em conta, entre outras coisas, os «gêneros literários». Com efeito, a verdade é proposta e expressa de modos diversos, segundo se trata de gêneros históricos, proféticos, poéticos ou outros. Importa, além disso, que o intérprete busque o sentido que o hagiógrafo, em determinadas circunstâncias, segundo as condições do seu tempo e da sua cultura, pretendeu exprimir e de fato exprimiu servindo-se os gêneros literários então usados. Com efeito, para entender retamente o que autor sagrado quis afirmar, deve-se atender convenientemente, quer aos modos nativos de sentir, dizer ou narrar em uso nos tempos do hagiógrafo, quer àqueles que costumavam empregar-se frequentemente nas relações entre os homens de então. Mas, como a Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada com o mesmo espírito com que foi escrita, não menos atenção se deve dar, na investigação do reto sentido dos textos sagrados, ao contexto e à unidade de toda a Escritura, tendo em conta a tradição viva de toda a Igreja e a analogia da fé. Cabe aos exegetas trabalhar em harmonia com essas regras, por entender e expor mais profundamente o sentido da Escritura, para que, mercê deste estudo, de algum modo preparatório, amadureça o juízo da Igreja. Com efeito, tudo quanto diz respeito à interpretação da Escritura está sujeito ao juízo último da Igreja, que tem o divino mandato e o ministério de guardar e interpretar a palavra de Deus. CONDESCENDÊNCIA DE DEUS 13. Portanto, na Sagrada Escritura, salvas sempre a verdade e a santidade de Deus, manifesta-se a admirável «condescendência» da eterna sabedoria, «para conhecermos a inefável benignidade de Deus e com quanta acomodação Ele falou, tomando providência e cuidado da nossa natureza». As palavras de Deus, com efeito, expressas por línguas humanas, tornaram-se intimamente semelhantes à linguagem humana, como outrora o Verbo do eterno Pai se assemelhou aos homens, tomando a carne da fraqueza humana. Boletim Amigos NATUREZA DA INSPIRAÇÃO E VERDADE DA SAGRADA ESCRITURA 1 Editorial Boletim Amigos Ô de casa. Chegamos pedindo licença para entrar. Se você nos perguntar “quem é?” diremos: “Somos seus Amigos, ligados pela amizade por meio do carisma surgido na Assis de 800 anos atrás”. Em Assis, um jovem, após uma série de encontros e desencontros, lê um dia alguns trechos da Sagrada Escritura e, ao ver como o Senhor enviara seus discípulos pelo mundo exclamou: “É isso que eu quero, é isso que eu procuro, é isso que eu desejo fazer de todo o meu coração”. O contato com o Evangelho foi decisivo para São Francisco. Era o próprio Jesus que lhe falava naquele momento, através daquele texto. Para o Santo, isso era algo tão forte que, quando quer citar algum trecho do Evangelho, põe o verbo no presente: “Diz o Senhor no Evangelho”. Para ele, o Evangelho é algo do presente, não do passado. Estamos no mês da bíblia. A Igreja, este ano, nos aponta o Evangelho de Lucas como o livro a ser aprofundado, refletido e rezado. Lucas é um Evangelho escrito fora do círculo judaico. O autor não era judeu, não era do grupo dos Doze e valorizava muito a misericórdia de Deus, a presença das mulheres discípulas de Jesus, as refeições de Jesus em contato com as pessoas. Neste mês, valeria a pena criar momentos para aprofundar mais nesse Evangelho tão bonito. Nossa equipe continua pondo o pé na estrada. Têm sido muito ricas as visitas aos grupos dos Amigos de São Francisco. Dessa vez, a Cida e o Edivaldo foram para a Serra da Mantiqueira, para se encontrarem com o grupo de Santos Dumont, que se reúne duas vezes por mês: uma vez no seminário e outra em suas casas. Em nossa sessão sobre as casas de formação, temos a partilha sobre o postulantado, feita pelo Samuel, de Simão Pereira, próximo a Juiz de Fora. E, assim, desejamos a vocês uma boa leitura, um fraterno abraço. Até a próxima, se o Senhor assim nos permitir. 2 Notícias Assembleia da Formação Inicial 2013 Assembleia da Formação Inicial da PSC foi realizada entre os dias 15 e 18 de agosto, no Seminário Seráfico Santo Antônio, em Santos Dumont. Durante quatro dias, os formandos e formadores das diversas etapas da formação inicial puderam conviver, rezar juntos, refletir sobre os rumos da formação, além de participar dos momentos de estudos, esporte e apresentações culturais. O tema deste ano visou a uma reflexão sobre a própria Assembleia, que chega à sua segunda década. Nesta oportunidade, foram revistos o Estatuto da Assembleia e o Regimento da Equipe de Formandos, responsável pela preparação e condução das diversas atividades. A equipe de formandos é composta por um representante de cada etapa de formação. Prestação de Contas (Setembro): SÃO JOÃO DEL-REI: R$ 250,00 (ELZI MARIA TRINDADE) BETIM: R$30,00 (GLORIA / RENATA DUARTE) BELO HORIZONTE: R$5,00 (MARIA RIBEIRO) BELO HORIZONTE:R$10,00 (MARIA DAS DORES ALVARENGA) BELO HORIZONTE: R$10,00 (TERESINHA V. F. SANTOS) BELO HORIZONTE: R$15,00 (MARIA DE FÁTIMA LELLIS) RIO DE JANEIRO: R$100,00 (LUIZ EDUARDO) TRÊS CORAÇÕES: R$30,00 (ASSOCIAÇÃO DE SÃO JOSÉ) BELO HORIZONTE: R$185,00 (MARIA PEREIRA) BELO HORIZONTE: R$ 150,00 (ZÉLIA MARTINS LANNA, / JULHO) BELO HORIZONTE: R$125,00 (DJANIRA MARTINS LANNA / AGOSTO) FORMIGA: R$124,00 (ILDA MARIA OLIVEIRA / AGOSTO) BETIM: R$ 180,00 (COMUNIDADE SANTA RITA / JÚNIO E JÚLIO) DOAÇÕES AMIGOS DE SÃO FRANCISCO EXPEDIENTE Equipe responsável: Frei Eron Cerrato, ofm; Frei Oton Júnior, ofm; Frei Junio Luciano de Carvalho, ofm; Maria Aparecida Braga. Assessoria: Edivaldo Alves Nunes. Diagramação: Míriam Carla Alves. Revisão: Cibele Silva. Impressão: Gráfica do Colégio Santo Antônio. SE VOCÊ, AMIGO, QUISER CONTRIBUIR COM AS VOCAÇÕES, DEPOSITE NA CONTA DO BANCO DO BRASIL: CASA DE SANTO ANTÔNIO AGÊNCIA: 0750-1 / CONTA: 104611-X Os depósitos feitos no banco não têm identificação. Sendo assim, torna-se impossível colocar nas Prestações de Contas os valores recebidos. Obrigado pela atenção. Encontro Mensal Tua Palavra é Luz para o meu Caminho. Queridos amigos e amigas, chegou setembro, mês dedicado à Palavra do Senhor! Somos convidados a mergulhar nas páginas da Sagrada Escritura e extrair dela toda a riqueza e bem que ela pode nos oferecer. CANTO DE ENTRADA DA BÍBLIA (a Bíblia passa de mão em mão, e cada um pode manifestar seu respeito da forma que achar melhor.) Toda bíblia é comunicação De um Deus amor, de um Deus irmão. É feliz quem crê na revelação, Quem tem Deus no coração. Jesus Cristo é a palavra, pura imagem de Deus Pai. / Ele é vida e verdade, a suprema caridade. Os profetas sempre mostram a verdade do Senhor. / Precisamos ser profetas para o mundo ser melhor. Nossa fé se fundamenta na palavra dos apóstolos. / João, Mateus, Marcos e Lucas transmitiam essa fé. Vinde a nós, ó Santo Espírito, venha nos iluminar. / A palavra que nos salva, nós queremos conservar. TEXTO PARA REFLEXÃO (VERBUM DOMINI 11B) A condescendência de Deus realiza-se, de modo insuperável, na encarnação do Verbo. A Palavra eterna que se exprime na cri-ação e comunica na história da salvação, tornou-se em Cristo um homem, «nascido de mulher» (Gl 4, 4). Aqui a Palavra não se exprime primariamente num discurso, em conceitos ou regras; mas vemo-nos colocados diante da própria pessoa de Jesus. A sua história, única e singular, é a palavra definitiva que Deus diz à humanidade. Daqui se compreende por que motivo, «no início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo». A renovação deste encontro e desta consciência gera no coração dos fiéis a maravilha pela iniciativa divina, que o homem, com as suas próprias capacidades racionais e imaginação, jamais teria podido conceber. Trata-se de uma novidade humanamente inconcebível: «O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós» (Jo 1, 14a). Essas expressões não indicam uma figura retórica, mas uma experiência vivida. Quem a profere é São João, testemunha ocular: «Nós vimos a Sua glória, glória que Lhe vem do Pai, como Filho único cheio de graça e de verdade» (Jo 1, 14b). A fé dos apóstolos testemunha que a Palavra eterna Se fez Um de nós. A Palavra divina exprime-se verdadeiramente em palavras humanas. O que nos chama a atenção neste parágrafo? ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO A Bíblia é a palavra de Deus Semeada no meio do povo, Que cresceu, cresceu e nos transformou, Ensinando-nos a viver num mundo novo. 1. Tua palavra é para sempre, eu cantarei Tão duradoura quanto os céus, proclamarei... Fidelidade que os tempos atravessa, Como esta terra que criaste e que não cessa! Aleluia, aleluia 2. De Tuas leis são todos hoje devedores, todos os seres são assim teus servidores... - Se Tua lei não fosse meu maior prazer, em minha miséria eu haveria de morrer. 3. Jamais irei me esquecer dos Teus preceitos, pois é por eles que viver Tu me tens feito... - Eu Te pertenço, meu Senhor, vem me salvar, pois Teus preceitos estou sempre a procurar! 4. Os malfeitores tramam mi’a destruição mas eu procuro aprender Tuas lições... - Vi o limite, o fim de toda perfeição, Teus mandamentos, infinita imensidão! 5. Sol de justiça, Jesus Cristo, meu Senhor, Tu és do Pai a glória, o brilho, o esplendor... - Os corações com Teu Espírito iluminas, o Teu caminho de verdade e vida ensinas! PRECES ESPONTÂNEAS *Ler na Bíblia: Mt 13,1-13; 18-23 PAI-NOSSO Vamos usar o método da leitura orante, que compreende três passos: ler, meditar e rezar. 1. O que o Evangelho diz em si (personagens, imagens etc)? 2. Qual a mensagem de Deus para nós? 3. Ler novamente o texto. 4. O que o texto me faz dizer a Deus? REZEMOS CANTEMOS O Senhor nos abençoe e nos guarde Senhor, que a Tua Palavra transforme a nossa vida e que possamos, como Maria, guardá-la no coração e testemunhá-la com a vida. Te pedimos em nome de Jesus Cristo, Teu filho e nosso irmão. Amém. BÊNÇÃO SALMO 119 (118) (Mel: chegou a hora da Que Ele volte o Seu olhar para nós e nos dê a Paz. alegria...) Lei soberana do Senhor Livre eu serei se praticá-la com amor! (bis) Que Ele volte Seu rosto e tenha misericórdia de nós. Amém. Boletim Amigos (Preparar um ambiente agradável, com uma mesinha onde se possa depositar a Bíblia, com vela e flores. Sempre lembramos que cada grupo pode usar de criatividade para os nossos encontros.) 3 Carta Encíclica por ocasião dos 750 anos da estigmatização de São Francisco A Lição do Alverne “Levava a cruz enraizada em seu coração. Por isso fulgiam exteriormente em sua carne os estigmas, cuja raiz tinha penetrado profundamente em seu coração”. Essas pa-lavras de Tomás de Celano são das coisas mais profundas e mais verdadeiras que se possam dizer a respeito do fato singular das Chagas de Cristo impressas na carne de nosso Pai São Francisco. Estamos terminando a comemoração dos 750 anos desde que a estigmatização se produziu no alto do Alverne. Para nós, que por vocação e profissão estamos apostados na imitação de nosso Pai, esse fato é um desafio constante, de fazer a Cruz lançar raízes cada vez mais profundas em nossa alma. O ano jubilar das Chagas de São Francisco viu muitos franciscanos em peregrinação meditativa no alto do nosso monte santo. Muito mais numerosos os que, espalhados pelo mundo e sem poderem chegar até ali, se esforçaram mais que de costume nesta meditação e fizeram os seus projetos de nova e maior fidelidade à nossa “forma vitae”. Penso, no entanto, que, embora tenham sido tantas as reflexões e os propósitos, não é demais que vos diga ainda uma palavra agora, ao findar a comemoração especial. (...) Boletim Amigos I. O DESAFIO DAS CHAGAS DE SÃO FRANCISCO 4 UM SINAL. As Chagas de São Francisco são uma realidade que possui a sua densidade própria, e são um sinal que significa uma realidade ainda mais densa. Possui seu sentido para São Francisco ele mesmo, e o possui para outros, para nós particularmente, que somos seguidores do santo de Assis. Homens que somos, só podemos atingir as realidades espirituais por intermédio de sinais sensíveis: pelos sinais da linguagem falada, ou pelos sinais-coisas que significam pelo que são, ou significam por sentidos adicionais, resultantes de convenção e treino de interpretação. A força dum sinal depende do sinal ele mesmo, mas muito mais depende de quem o percebe e interpreta. CRISE DOS SINAIS. A crise em que a Igreja se encontra no momento, e particularmente a crise da vida religiosa, também a francis- cana, nasce em boa parte duma perda de força dos sinais sensíveis nesta dimensão interpretativa. Infelizmente, os sinais assim debilitados em sua força de significação, ou até inteiramente anulados tardam em ser recuperados, nem são substituídos tempestivamente por outros. Para nós, homens, porém, vale que ou recuperamos os sinais que perderam a sua força, ou os substituímos por sinais novos, que possuam a força necessária sobre a nossa subjetividade de percepção e de realização, ou então a crise crescerá na sua intensidade destruidora. AS CHAGAS AINDA SÃO SINAL INTENSO. As Chagas de Cristo e a sua realidade impressa nos membros de São Francisco, porém, continuam a possuir uma força imensa de significação, continuam sendo um sinal. Continuam sendo um sinal ao qual se contradiz para a ruína, ou que se integra na própria vida para a ressurreição (Lc 2,34). As Chagas de Cristo, abertas na Cruz e mantidas na ressurreição, possuem força significativa imensa e incontornável: ninguém pode conservar-se em neutralidade, sem resposta. As Chagas de São Francisco derivam das de Cristo a sua força significativa. No entanto, possuem também o seu elemento próprio: como fato que todo o arsenal crítico dos que não as querem aceitar não conseguiu eliminar da história dos homens, e como sinal de que a realidade das Chagas de Cristo continua viva na história, a ponto de se exprimirem nessa forma forte e surpreendente. A força do sinal continua viva; importa que abramos nossa alma e abramos a alma dos outros para que essa força de significação transformante possa agir. MUITA CRISE, MUITA DÚVIDA, POUCA FORÇA. A crise em que nos encontramos já vem de longe, mas cobrou força enorme em nossos dias. Sua força nas almas provém dum questionamento generalizado. Um questionamento pode ser para a vida, se o seu desafio é assumido e levado até a resposta. Mas gera a morte, quando o desafio não é assumido e as questões levantadas ficam sem resposta: gera a morte através da dúvida, que passa a ser ceticismo, e este transforma a vida num cemitério. O questionamento diante do qual nos vimos colocados foi e continua sendo ingente. Infelizmente, é grande a medida que não é assumido com responsabilidade e levado até gerar resposta. São muitos os que se comprazem em questionamento estéril. Assim, em muitas almas nasceu a dúvida, cresceu um sentimento generalizado de reserva, instalou-se não raro um ceticismo progressivo que produz a morte da vida cristã e da vida religiosa. O que importa é assumir responsavelmente o questionamento e caminhar até encontrar a resposta. O Alverne para isso pode ser uma lição fecunda. SÃO FRANCISCO CHAGADO PROVOCA UMA REORIENTAÇÃO. Se com toda a seriedade nos confrontarmos com São Francisco chagado e não fugirmos do seu olhar perscrutador, estaremos já no caminho de assumir responsavelmente o questionamento da crise em que nos debatemos. Se assim nos confrontarmos com ele em medida suficiente, com coragem e decisão, provocará em nós uma reorientação para a vida, a inversão da marcha mortífera da dúvida e do ceticismo. IMPORTA TAMBÉM D INTEGRAÇÃO DO “HOJE”. Para que esse confronto produza em nós os seus efeitos salutares, porém, importa que nele assumamos e integremos a nossa realidade concreta, a situação em que nos encontramos. O passado com o que fez neste sentido nos pode ajudar validamente, no entanto não basta: importa integrar no confronto também a realidade de hoje. Aceitemos o desafio com seriedade, integridade, honestidade e coragem. Importa que façamos com decisão e coerência a nossa parte. QUEM VIU AS CHAGAS? São Francisco sentiu o dever de extrema reserva a respeito das Chagas, seguindo nisso uma de suas normas mais firmes: “Beatus servus, qui secreta Domini conservat in corde suo”. Os primeiros biógrafos frisam com frequência essa forte reserva. (17) Assim, segundo Tomás de Celano, em vida de São Francisco só Frei Elias e Frei Rufino viram a Chaga do lado. (18) As Chagas das mãos e dos pés não podiam ser escondidas tão eficazmente, e por certo ao menos os íntimos as viram com certa frequência. No entanto, durante os dois anos da estigmatização, o segredo das Chagas de modo geral foi bem mantido, não só por São Francisco, mas também pelos poucos íntimos que sabiam do acontecido. Isso se reflete também nas notícias transmitidas nos documentos do século XIII: corriam rumores discretos a respeito, não se sabia nada de certo em vida do Santo, é essa a impressão que fica em quem lê com atenção todas as notícias transmitidas e considera o modo de falar a respeito. Como o Santo conseguiu manter esse segredo é difícil de entender; contudo, é um fato. Não será demais supor que as Chagas, durante os dois anos, passaram por várias modificações, como cicatrização, reabertura, aumento, diminuição, de modo que os períodos que se poderiam dizer agudos podem ter sido breves, e isso facilitaria o segredo e explicaria o fato. Da Chaga do lado se diz que frequentemente emitia sangue, não sempre, e é tudo o que se sabe. II. O CONFRONTO COM O ALVERNE A PRIMAZIA DE DEUS. O que aconteceu no Alverne durante o mês de setembro de 1224 e as Chagas impressas na carne de nosso Pai São Francisco significam e manifestam mais que tudo que Deus é Senhor. Deus Se apoderou do Homenzinho de Assis e nele agiu como quis. Essa realidade eterna e irremovível de que “Deus é Senhor” é o fundamento de tudo em nossa vida natural e na vida da graça: sem ela, tudo é obscuro; com ela, tudo é luz. São Francisco assim entendeu o senhorio de Deus e o aceitou com júbilo e reconhecimento: fez dessa realidade o ponto de referência constante de tudo em sua vida. Nunca mais do que no Alverne. Possuímos a respeito uma informação excepcional, do próprio punho de São Francisco, um documento escrito no Alverne depois da estigmatização, ainda no vértice da experiência mística. Diz-nos o que Deus era para ele: “VÓS SOIS O SANTO SENHOR E DEUS ÚNICO, QUE OPERAIS MARAVILHAS. VÓS SOIS O FORTE. VÓS SOIS A ALEGRIA E O JÚBILO. VÓS SOIS O GRANDE. VÓS SOIS A JUSTIÇA E A TEMPERANÇA. VÓS SOIS O ALTÍSSIMO. VÓS SOIS A PLENITUDE E A RIQUEZA. VÓS SOIS O REI ONIPOTENTE, SANTO PAI, VÓS SOIS A BELEZA. REI DO CÉU E DA TERRA. VÓS SOIS A MANSIDÃO. VÓS SOIS O TRINO E UNO, SENHOR E VÓS SOIS O PROTETOR. DEUS, VÓS SOIS O GUARDA E O DEFENSOR. BEM UNIVERSAL. VÓS SOIS A FORTALEZA. VÓS SOIS O BEM, O BEM UNIVERSAL, VÓS SOIS O ALÍVIO. O SUMO BEM, SENHOR E DEUS, VIVO E VÓS SOIS NOSSA ESPERANÇA. VERDADEIRO. VÓS SOIS NOSSA FÉ. VÓS SOIS A DELÍCIA DO AMOR. VÓS SOIS NOSSA INEFÁVEL DOÇURA. VÓS SOIS A SABEDORIA. VÓS SOIS NOSSA ETERNA VIDA, VÓS SOIS A HUMILDADE. Ó GRANDE E MARAVILHOSO DEUS, VÓS SOIS A PACIÊNCIA. SENHOR ONIPOTENTE, MISERICORDIOSO VÓS SOIS A SEGURANÇA. REDENTOR”. (24) VÓS SOIS O DESCANSO. São Francisco partiu do Alverne em 1224, com um grande mistério escondido em sua alma. Se não pôde esconder inteiramente as Chagas, escondeu bem recôndito o que tinha vivido em tantos dias de intimidade com Deus, com Cristo, com Maria Santíssima, mais que tudo o que tinha vivido e experimentado durante a aparição do Serafim crucificado e o que significa essa aparição. Algo transparece na Chartula que escreveu para Frei Leão. O mais o levou para o além, como o “segredo do Rei”. Contudo, sem poder saber o conteúdo, sabemos que o Alverne é para São Francisco uma experiência única de vida com Deus. As Chagas que portou durante dois anos foram o sinal permanente dessa experiência e o mantiveram unido a ela. Também para nós, embora desconheçamos o segredo dessa experiência mística, o Alverne é uma lição altíssima e intensa, uma mensagem forte, um estímulo poderoso. Há 750 anos este santo monte está presente na mente de todos os filhos de São Francisco, chamando-os e estimulando-os à vida com Deus, em Cristo, na Cruz, para a Páscoa da Ressurreição. Terminadas as comemorações jubilares, que o santo Monte Alverne continue a influir poderosamente em nossa alma. Que São Francisco nos consiga para todos esta graça. Roma, em Santa Maria Medianeira, aos 24 de Agosto de 1975. FREI CONSTANTINO KOSER, O.F.M. Ministro-Geral Boletim Amigos CONCLUSÃO 5 Equipe dos Amigos de São Francisco visita o grupo de Santos Dumont Num clima fraterno e de cordialidade franciscana, fomos recebido no dia 3 de agosto na cidade de Santos Dumont pelo frei João Ricardo, reitor do Seminário Seráfico Santo Antônio, para o encontro com os(as) amigos (as) de São Francisco. E falar de cordialidade é uma afeição sincera, uma maneira, uma atitude de tratar as pessoas com a força do coração. Na palavra cordial temos o radical latino cor, cordis (coração), o que designa um modo de ser e agir que passa pela ausculta do coração, ou seja, ações permeadas pelo amor, pela sensibilidade. Bom, na noite que antecedeu o encontro, tivemos um convite para estarmos com o alguns amigos de São Francisco. Estes ofereceram um momento de descontração e saída na cidade. Entre sorrisos, abraços e cumprimentos, desfrutamos de um bom peixe, oferecido por alguns amigos de São Francisco. O encontro do dia 4 de agosto iniciou com a missa na capela do Seminário Seráfico Santo Antônio, celebrada pelo frei João Ricardo, que nos apresentou a todos a assembleia, Boletim Amigos Laços 6 Laços são nós, cuja utilidade pode ter os mais diferentes significados. Eles podem ser entendidos como um entrelaçamento no meio ou nas extremidades de uma corda, linha ou fio, desatando facilmente ou não, como os nós vulgarmente conhecidos como nós cegos, e ainda os duros, como os nós da madeira. Esta é uma definição pura e simples. Entretanto, o importante é que os laços se apresentam nas nossas vidas em formas e mensagens as mais diversas, desde aquelas coloridas, que envolvem presentes para alegrar pessoas, como aqueles que prendem, seguram, ligam, unem, amarram, enforcam etc. Como é também diferente a natureza de suas ligações, como de pessoas íntimas, laços matrimoniais; de pessoas importantes, laços diplomáticos; de pessoas de negócios, laços contratuais; de pessoas perigosas, laços ardis; de pessoas com vín- juntamente com os amigos de São Francisco presentes na celebração. Nesse clima de fraternidade, o nosso encontro aconteceu. Após a missa, foi oferecido um café aos amigos, e aproximadamente às 9h30min da manhã iniciamos nosso encontro. Os amigos esses se mostra receptivos e abertos a proposta franciscana, de estreitamento dos laços fraternos, com à proposta da Pastoral Vocacional e com os aspirantes franciscanos. No espírito franciscano, refletimos sobre os pilares da vida franciscana, de minoridade, fraternidade, ser pobre no mundo, ser arauto Edivaldo Alves e Cida Braga da paz e outros. Discutimos a presença dos amigos de São Francisco no mundo e sua importância para a promoção do carisma franciscano na realidade local. A fraternidade dos amigos(as) de São Francisco em Santos Dumont é movida por laços de encontros que ocorrem duas vezes a cada mês, com vivência de fraternidade, oração e partilha de vida, participação efetiva na caminhada da paróquia, presença fraterna em meio aos aspirantes, celebração do aniversário dos aspirantes franciscanos. A maioria desses encontros conta com a presença fraterna do frei João Ricardo, que, com sua jovialidade, dinamiza o grupo. O nosso encontro foi um momento de revigoramento com o carisma franscicano. Finalizamos com um almoço fraterno com amigos de São Francisco, aspirantes franciscanos e frei Gabriel. Num clima de fraternidade e cordialidade franciscana nos despedimos, deixando a saudação de Paz e Bem a todos(as) os(as) amigos(as) de São Francisco. Almir Ferreira de Morais culo de sangue, laços familiares; de pessoas vocacionadas, laços religiosos; e tantos outros. Até mesmo as cores têm seus objetivos nos laços, como o branco para a paz, o preto para o luto, o vermelho para a Aids etc. Como os laços são nós, nós também somos laços, laços de fraternidade, em que se valoriza o entrosamento e a amizade, frutos de um relacionamento tranquilo e afetuoso, duradouro e estável, profundo e compromissado. São assim os laços que unem os Amigos de São Francisco de Santos Dumont, agora enriquecidos com os laços de novas amizades, quando tivemos a grata visita dos três novos amigos, vindos de Betim, lá do Convento Santa Maria dos Anjos, confraternizando conosco, num encontro realizado dia 4 de agosto, no Seminário Seráfico Santo Antônio. Foi uma rica oportunidade de vivenciarmos mais o carisma franciscano, ouvindo o divertido Edivaldo em companhia das simpáticas agentes da pastoral vocacional, Aparecida e Joana D’Arc. É isso, cativar é criar laços. Assim como, nas inimizades, rompem-se os laços, no amor criam-se laços, e aí surge o maior formador de laços, sem dúvida, São Francisco de Assis, que, em sua oração, cria os laços de amor onde há ódio, os laços do perdão onde há ofensa, os laços da união onde há discórdia, os laços da fé onde há dúvidas, os laços da verdade onde há erros, os laços da esperança onde há desespero, os laços da felicidade onde há tristeza, os laços da fraternidade onde haja irmãos solidários e amorosos, dispostos a compartilhar tudo de bom da vida. Sejamos laços autênticos que nos prendem uns aos outros e nos unem a Deus. “E DEPOIS QUE O SENHOR ME DEU IRMÃOS, NINGUÉM ME MOSTROU O QUE DEVERIA FAZER, MAS O ALTÍSSIMO MESMO ME REVELOU QUE EU DEVERIA VIVER SEGUNDO A FORMA DO SANTO EVANGELHO.” (TEST. S. FRANCISCO) “É hora de despertar!” Logo ao amanhecer ressoam os sinos na Fraternidade da Cruz de São Damião. As badaladas marcam o início de um novo dia, repleto de orações, trabalhos, estudos, convivência fraterna, enfim, tudo aquilo que envolve uma casa destinada à formação! Não seremos pretensiosos e nem temos a intenção de descrever tudo o que acontece aqui detalhadamente, com certeza não iríamos encontrar papéis suficientes para arquivar tantos acontecimentos. Por isso, vamos apenas fazer um sobrevoo sobre aquilo que nos caracterizam como fraternidade dentro de um carisma franciscano, ou que, dentro do possível, procuramos vivenciar cotidianamente: o desejo e o ideal de São Francisco de Assis. Vamos começar pela vida de oração. Todo(a) e qualquer cristão(a) é convidado(a) por Deus a ter uma vida de oração, isto é, uma vida marcada pela experiência, ou, ainda, de intimidade com Deus. E essa intimidade vai sendo alcançada à medida que o candidato se abre para Deus na oração, tanto particular quanto comunitária! E, estando aqui nessa casa de formação, é exigida dos candidatos essa postura, ou que ele, com o passar do tempo, vá se adaptando a ela. Nossas orações estão diligentemente de acordo com a Igreja, pois, mesmo estando aqui, somos Igreja juntamente com os demais fiéis espalhados por todo o mundo. Por isso, começamos o dia rezando salmos, cânticos, ouvindo a Palavra de Deus, cantando hinos, elevando nossas súplicas pelo dia que se inicia. E essa estrutura perpassa praticamente todas as demais orações. Começamos com a oração matutina, que é conhecida como Laudes. À tarde, a oração vespertina, isto é, temos as Vésperas ou o Ofício Divino das Comunidades (ODC). E, já nos preparando para o repouso tranquilo, temos as Completas. Em alguns dias da semana, incluindo o Domingo, ocorre, pela manhã, a Celebração Eucarística, com a participação de alguns vizinhos nossos e amigos. Em cada início de semestre, somos convidados a vivenciar um retiro espiritual, que geralmente é orientado por um frade de nossa Província Santa Cruz. E, no sábado, preferencialmente, na parte da tarde, nos dedicamos ao Apostolado, ou seja, realizamos uma presença junto a algumas comunidades locais. O trabalho é outro ponto muito forte que marca a nossa fraternidade. Como diz nosso Mestre atual, Frei Geraldo Luciano: “Nós nos solidarizamos com os demais trabalhadores espalhados pelo Brasil inteiro, que vivem e sustentam seus familiares com as mãos calejadas e o suor de seus rostos.” No trabalho, encontramos a dignidade do ser humano, isto é, aquele que é capaz de tirar da terra seu próprio alimento, com dignidade e respeito à natureza, colocando-o em comum para todos, vendo nela uma presença e criação constante de Deus Pai. Por outro lado, alguns que nunca tiveram contato com esse tipo de serviço, podem até se deparar com algumas dificuldades, que logo são amenizadas pela presença dos demais irmãos, que com ele, compartilham as mesmas tarefas e responsabilidades. Aqui, trabalhamos no cultivo de frutas, verduras e legumes. Cuidamos do jardim (das flores, do gramado) e dos animais domésticos. Vamos para o curral (fazenda), e lá aprendemos um pouco a cuidar do gado leiteiro, tanto da limpeza quanto da alimentação, que é nossa principal fonte de renda. Ainda temos alguns que cuidam de nossas roupas, e ficam por conta da lavanderia. Contamos também com o cuidado e a limpeza dos módulos, capela, refeitório, hospedaria. Percebe-se que desta parte todos gostam de compartilhar. Existem aqueles que, de tempos em tempos, assim como nos demais serviços, são substituídos, ficam na cozinha preparando a nossa alimentação, desde os cafezinhos às deliciosas refeições, com cardápios dos mais variados e irresistíveis. É bom ressaltar que todos esses trabalhos são sempre acompanhados por um frade, que, na medida do possível, dá orientações e, sempre em diálogo com os postulantes, procuram desenvolver bem as funções pelas quais são responsáveis. Dessa forma, aprendemos a trabalhar sempre em equipe, um auxiliando o outro. Também aqui há uma preocupação com a iniciação sólida de uma formação intelectual. Contamos com a contribuição e participação de vários profissionais que, aos poucos, vão nos capacitando dentro da área desejada e disponibilizada pela equipe de formação. Os horários são sempre pensados de acordo com a rotina da casa e também a etapa dos postulantes, que se dividem em dois grupos: 1º ano e 2º ano. Temos aulas de Introdução à Filosofia, Português, Espanhol, Liturgia, Mistério Cristão, Franciscanismo e Música. E contamos no decorrer do ano, com a presença de outras personalidades (religiosas ou não) que contribuem com outras áreas do saber, sejam históricas, sociais, humanas, técnicas, manuais etc. A todos eles, o nosso muito obrigado! E, por último, temos aquilo que nos marca mais profundamente: a nossa convivência fraterna. Lembrando que “Fraternidade” perpassa toda a vida de um religioso franciscano. Talvez aqui, nesse ponto englobemos tudo aquilo que foi dito acima, como também outros pontos importantes, a começar pela vivência em comum. A partilha não só da vida, mas, sobretudo, a de não possuir nada de próprio. Já é um bom início de caminhada para quem se coloca nessa atitude de desapego total de algumas coisas. Portanto, temos momentos variados para ressaltar nesse ponto. Duas ou três vezes por semana, temos esporte (não somos profissionais, mas estamos a caminho!) Brincadeiras à parte, aprendemos, assim, a sempre caminhar todos juntos. Tanto nos erros quanto nos acertos! Aos domingos, preferencialmente à noite, após um momento de oração, temos o chamado Recreio, no qual, todos juntos, temos um momento de convivência fraterna. Nele, partilhamos aquilo que mais nos marcou durante a semana que findou, e já nos preparamos para o início de uma nova e surpreendente semana. É, de fato, um momento de descontração, música, lanches bem preparados. Quando dá, um joguinho de cartas, como Buraco, Truco, ou a critério e criatividade de alguns. O importante é que seja um momento em que vamos nos conhecendo mais uns aos outros, criando laços de uma verdadeira família, que é composta principalmente de irmãos. Enfim, viver um período de quase dois anos no Postulantado é dar um passo significativo na vida franciscana. Seria uma oportunidade de nos aprofundar e inserir ainda mais no carisma de nosso Pai Seráfico, que nos deixou um ótimo exemplo, isto é, seguir a Cristo pobre, crucificado, especialmente na vivência do Santo Evangelho, na fraternidade. Que esse tempo que aqui passamos seja muito produtivo para cada um. E, assim, no futuro, todos juntos possamos colher os frutos de uma vida sempre regada de graças e bênçãos de Deus. Que Santa Clara, nossa mãe, e nosso pai Francisco de Assis intercedam por nós todos junto de Deus! Amém! Paz e Bem! Boletim Amigos uma experiência inicial na família franciscana Samuel Carlos Moreira (Postulante) Sessão: um caminho de formação Postulantado da Cruz de São Damião: 7 Boletim Amigos Aniversariantes de 8 01/09 - Marcos Daniel Fernandes; Geraldo Alves Machado (Belo Horizonte); Lourdes Lima Paiva (São João del-Rei); Maria Inêz dos Santos (Capitólio). 02/09 - Jucélia Mendes de Andrade. 03/09 - Rodrigo Alves Castro; Gilmar Aparecido de Souza (Ubá); Maria Auxiliadora de Araújo Resende (São João del-Rei); Sílvio Santos Campos Dutra (São Pedro do Avaí). 04/09 - Geraldo Acácio Araújo (Brás Pires); José Policarpo Tavares (Formiga); Maria do Rosário Figueiredo Silva (São João del Rei). 05/09 - Geraldo Magalhães (Ubá); Jardel Lopes dos Santos; Humberto Euclides Sant’Ana Sandanelli (Elói Mendes); Kátia Pereira Santos (Novorizonte) Maria Aparecida da Silva Fernandes (São João del-Rei); Maria Aparecida Rocha (Passos); Maria da Conceição Silva (São João del-Rei); Márcio Francisco Custódio. 06/09 - Ana Antônia Santos Costa (Formiga); Joaquim Jarbas Tavares Pinheiro; Maria de Lourdes de Paula (São João del-Rei); Sauviano Coimbra (Betim); Wagner Alexandre Barbosa. 07/09 - Ananias Honório de Carvalho (São João del-Rei); Ângelo Pereira dos Santos (Novorizonte); Cleuton Guimarães Braga (Montes Claros); Cristilaine Justo Rodrigues (Palma); Edgar de Araújo Mansur (Betim); Lídia Aparecida F. Miranda (Formiga); Maria Aparecida Alves da Silva (Jequitinhonha); Maria Lucia Rodrigues Simão (Ubá); Maria Oliveira de Lana (Brás Pires); Rosa Maria dos Santos (Santos Dumont); Silmara Rezende Ferreira (Itapiruçu / Palma); Zilda Maria de Melo (Capitólio). 08/09 - Conceição Moreira Quintão (Brás Pires); Felipe Soares de Souza (Novorizonte); Maria Natividade da Silva (Visconde do Rio Branco); Maria Natividade Padovani Mussolini (Visconde do Rio Branco); Regina Aparecida da Silva (Divinópolis); Sebastião Nestor da Rocha (Formiga); Terezinha Ávila (São João del-Rei); Welington de Souza Roberto. 09/09 - Dolentino Pereira Costa (Novorizonte); Irene Langsdorff da Silva (Formiga); João Batista Alves (Visconde do Rio Branco); Maria Aparecida Fonseca da Silva (Formiga); Zélia Maria de Lanna (Belo Horizonte). 10/09 - Adegamar Luiz de Oliveira (Brás Pires); Dulcinéia Dias Albergaria (São João del-Rei); Ilda Maria de Oliveira (Formiga); José Areno Zucololto (Nova Venécia); Maria Inês Alves da Silva (Betim); Maria Tereza de Lima (Betim); Munyque Chayne Souza (Formiga). 11/09 - Anderson Gabriel Brito Silva (Fruta de Leite); Emília Leodora Duarte (Visconde do Rio Branco); Eneida Emilia Dias (São João del-Rei); Gilda Teodoro da Silva (Capitólio); José Antônio Assis (Betim); Maria de Lourdes Lopes Almeida (Pará Aniversário dos Freis Setembro de Minas); Maria Nazaré de Souza (São João del-Rei); Raul Henriques de Miranda (Betim). 12/09 - Arthur Roberto Ruback Lima (Itapiruçu / Palmas); Maria Dalva da Cruz (Betim); Maria das Graças Ferreira (São João del Rei); Roseli de Fátima Mussolini (Visconde do Rio Branco); Rosimauro Cerqueira Marcelino (Santos Dumont); Terezinha Maria de Almeida (Pará de Minas); Teresinha Vicentina de Fátima Santos (Belo Horizonte); Vinícius Dias Alvarenga (São João del-Rei). 13/09 - Cristina Marchiote Rezende (Itapiruçu / Palma); Diolina Servita de Souza (Betim); Maria Dalva de Oliveira (São João del-Rei); Ramiro Lopes Cabral (Jequitinhonha); Ramom Teodora da Silva (Capitólio). 14/09 - Carmem do Socorro Reis (São João del-Rei);Jaqueline Aparecida da Silva (Divinópolis); Rose Sperandio (Visconde do Rio Branco); 15/09 - Antônio José Poupe (Passos); Benedita Ferreira Gomes (Belo Horizonte); Maria Helena de Araújo Resende (São João del-Rei); Maria da Conceição Ferreira (Ubá). 16/09 - Adalto Aparecido Caetano (Formiga); Douglas Oliveira Santos (Novorizonte); Elaine Cristina Espindola Cardoso; Ivanete Bergamim Zucololto (Nova Venécia); Heloisa Helena B. Martins; Jefferson Alves de Oliveira (Água Boa); Jussara Lamounier Silva (Formiga); Marcos Flávio Braga Figueiredo (Betim); Paulo Rogério P. de Carvalho (São João del-Rei); Santo Costa Machado (Fruta de Leite). 17/09 - Eliana de Figueiredo (São João del-Rei); José Afonso da Silva (Brás Pires); Maria das Dores Alvarenga (Divinópolis); Maria de Fátima Simões de Rezende (Itapiruçu / Palmas); Maria José do Nascimento (São João del-Rei); Maria Lucinda; Sílvia Rocha Machado (Belo Horizonte); Roberto Quintino da Rocha ( Cabo Verde); 18/09 - Daniel Américo de Rezende (São João del-Rei). 19/09 - Anita Luiza Oliveira (Taiobeiras); Emerson Carlos Cardoso (Cabo Verde); Janíra Souza Lima (Fruta de Leite); José Januário de Oliveira (Belo Horizonte); Júnio dos Santos Paula (Salinas); Roza Helena Mendes Marchiote (Itapiruçu / Palma). 20/09 - Adelmo Francisco da Silva (Franca); Geralda Maria da Silva Luiz (Pará de Minas); 21/09 - Adriana Tavares de Oliveira (Formiga); Claúdia Tavares de Oliveira Castro (Formiga); Conceição A. da Silva Sales (São João del-Rei); Conceição Aparecida Silva Sales (São João del-Rei); Euclides Rosa (Cabo Verde); Fernanda Aparecida Peluso (Ubá); Larissa Patrícia Bernardes Castro; Maria da Piedade Silva (Betim); Maria das Graças Vieira Moreira (Manhuaçu); Terezinha de Souza Melo (Cabo Verde). 22/09 - Erly Ferraz Silva Assis (São Pedro do Avaí); Flávio Rogério Amaral Cunha (Betim); Hélio Celestino Cruz (Novorizonte); Irmã Isabel da Sagrada Face (São João del-Rei); Jandira José Tavares (São João del-Rei); Maria da Conceição Teixeira (Visconde do Rio Branco); Miliana Luciano Belcavello (Nova Venécia). 23/09 - Eliana Marques Souza (Belo Horizonte); Elminto Oliveira de Souza (Fruta de Leite); Eunice Aparecida Martins Santos (Belo Horizonte); Januário Alves Ferreira (Jequitinhonha); Jovina Silva Marques (Belo Horizonte); Luiz Eustáquio Moreira da Costa (Belo Horizonte); Maria Amélia Ribeiro Muller (Visconde do Rio Branco); Miguel Luciano (Nova Venécia). 24/09 - Catarina Maria Guimarães (São João del-Rei); Geralda Gabriela Duarte (Pará de Minas); Jandira Inácio de Oliveira (Pará de Minas); Marina Alves de Souza Mol (São João del-Rei); Oscar Fernandes Vieira (Formiga). 25/09 - Aline de Paula Lacerda (Itapiruçu / Palma); Jeanne Franco (Belo Horizonte); Marcos Antonio da Silva (Pará de Minas); Marilene Silveira Silva (Itaúna). 26/09 - Elieda Souza Santos (Novorizonte); Gilson Henrique de Oliveira (Formiga); Ivone Pacheco Sperandio (Visconde do Rio Branco); José Carlos de Almeida (Formiga); Luiz Carlos Marcos (Novorizonte); Maria da Conceição Ervilha Teixeira (Visconde do Rio Branco); Maria das Mercês Araújo (Brás Pires); Paulo Bernardino Silva (Novorizonte); Paulo José dos Santos (Fruta de Leite); Romildo Antônio D. Bergamim (Nova Venécia). 27/09 - Gustavo Migani Oliveira (Capitólio); João Adair Pereira da Silva (Montes Claros); Luciana Silvia dos Santos (Rio Espera); Maurílio Geraldo Leão (Formiga); Nadia Aparecida Fonseca Ferreira (Formiga); Paulo Cosme S. Fortes (Santos Dumont); Vêronica do Carmo Chaves (Divinópolis). 28/09 - Antônio Carlos de Mendonça (Formiga); Emerson Fonseca Júnior (Betim); José Flávio Januário (Betim); Natalia Gonçalves da Costa (Novorizonte); Selma Quaresma de Souza Mattos (Jequitinhonha); Selma Regina Miguel (Betim). 29/09 - Amado Justino da Silva (Formiga); Eva Auxiliadora Panpeo da Silva (Visconde do Rio Branco); Eva Auxiliadora Pompeo da Silva (Visconde do Rio Branco); Georgia Sarmento Costa (Salinas); José Ivo Mendonça (Passos); Leila Matilde da Silva (Capitólio); Maria Rita da Cruz (Formiga); Miguel Arcanjo do Nascimento (São João del Rei). 30/09 - Jerusa de Assis Mendonça (Pará de Minas); Júnior Cardoso de Jesus (Água Boa); José Reginaldo Pereira (Elói Mendes); Júnior Cardoso de Jesus (Água Boa); Sebastião Caneschi Sobrinho (Ubá); Valdenor Silva (Fruta de Leite). 02/09: Luciano Lopes 14/09: Célio de Oliveira Goulart 04/09: Eliseu Tijdink 15/09: Oscar van der Neut 08/09: Juvenil Batista da Cruz 17/09: Basílio de Resende 12/09: Fábio L’Amour Ferreira 17/09: Márcio Carneiro Cabral 20/09: Júnio Fernando Marques 21/09: Lourenço Tollenaar 22/09: Adilson Correa da Silva 24/09: Marco Túlio de Oliveira 27/09: Reinaldo Pereira Gomes