21 de Julho de 2010
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Quarta-feira da 16ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : S. Lourenço de Brindisi (Brindes), religioso, Doutor da Igreja, +1619
Catecismo da Igreja Católica: «Aquele que recebeu a semente em boa terra é o que ouve a
Palavra e a compreende» (Mt 13, 23)
Evangelho segundo S. Mateus 13,1-9.
Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar. Reuniu-se a Ele uma tão
grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão
se conservava na praia. Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu
para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as
aves e comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo
brotaram, porque a terra era pouco profunda; mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas
e, como não tinham raízes, secaram. Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e
sufocaram-nas. Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e
outras, trinta. Aquele que tiver ouvidos, oiça!»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Catecismo da Igreja Católica,, §§ 101-105, 108
«Aquele que recebeu a semente em boa terra é o que ouve a Palavra e a compreende»
(Mt 13, 23)
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Na Sua bondade condescendente, para Se revelar aos homens, Deus fala-lhes em
palavras humanas: «As palavras de Deus, com efeito, expressas por línguas humanas,
tornaram-se semelhantes à linguagem humana, tal como outrora o Verbo do eterno Pai Se
assemelhou aos homens assumindo a carne da debilidade humana» (Dei Verbum, 13).
Através de todas as palavras da Sagrada Escritura. Deus não diz mais que uma só
Palavra, o Seu Verbo único, em Quem totalmente Se diz (Heb 1, 1-3): «Lembrai-vos de que o
discurso de Deus que se desenvolve em todas as Escrituras é um só e um só é o Verbo que
Se faz ouvir na boca de todos os escritores sagrados, o Qual, sendo no princípio Deus junto de
Deus, não tem necessidade de sílabas, pois não está sujeito ao tempo» (Santo Agostinho).
Por esta razão, a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras tal como venera o Corpo
do Senhor. Nunca cessa de distribuir aos fiéis o Pão da vida, tomado à mesa, quer da Palavra
de Deus, quer do Corpo de Cristo (Dei Verbum, 21).
Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra continuamente o seu alimento e a sua força
(DV, 24), porque nela não recebe apenas uma palavra humana, mas o que ela é na realidade:
a Palavra de Deus. «Nos livros sagrados, com efeito, o Pai que está nos Céus vem
amorosamente ao encontro dos seus filhos, a conversar com eles» (DV, 21).
Deus é o autor da Sagrada Escritura. «A verdade divinamente revelada, que os livros da
Sagrada Escritura contêm e apresentam, foi registada neles sob a inspiração do Espírito
Santo» (DV, 21). [...]
No entanto, a fé cristã não é uma «religião do Livro». O Cristianismo é a religião da
«Palavra» de Deus, «não duma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo» (São
Bernardo). Para que elas não sejam letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna do Deus
vivo, pelo Espírito Santo, nos abra o espírito à inteligência das Escrituras (Lc 24, 45).
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