Meu filho perdeu o a É direito do Estado tornar dente-de-leite cedo! E agora? vacinação compulsória? A vacinação traz benefícios pessoais e sociais: o indivíduo vacinado e imunizado fica protegido (benefício pessoal) e como tal deixa de constituir-se hospedeiro e fonte de disseminação dos agentes das doenças para as quais foi vacinado (benefício social). Os benefícios da vacinação não se limitam à pessoa vacinada, há também considerável benefício de saúde publica. Em relação a muitas vacinas, quem opta por não se vacinar (ou não vacinar seu filhos) aumenta o risco para outras pessoas, tanto para as que ainda não foram vacinadas (por diferentes razões, como idade ou contra-indicações médicas, por exemplo), como para as que se vacinaram, mas não desenvolveram imunidade (ou a imunidade se perdeu). Além disso, surgem questões ligadas ao princípio da justiça, que enfatiza distribuir, em uma comunidade, os riscos e os benefícios de forma igual para todos: quem decide não vacinar os filhos sabe que o risco de eles não adquirirem uma doença (por exemplo, poliomielite ou sarampo) é hoje muito pequeno, devido a imunidade coletiva, proporcionada pela imunização da maioria das crianças; estas, imunizadas, correram o risco – reconhecidamente pequeno – de eventos adversos pela vacina. Há claramente desigualdade social na distribuição dos riscos e dos benefícios. acarretar. Apenas um entre vários exemplos recentes: em 2005, após alguns anos sem casos autóctones ou importados de sarampo, foram diagnosticados no Brasil cinco casos, em não vacinados, adquiridos no País a partir de um adulto que se infectou no exterior. Em São Paulo, as duas crianças que tiveram a doença não haviam sido imunizadas por razões religiosas. As medidas de bloqueios implementadas pelas autoridades para evitar disseminação da doença exigiram a vacinação de milhares de pessoas, com custo não desprezível. Não seria, portanto, justificável a vacinação compulsória com sanções para os desobedientes, ao menos contra algumas doenças? – A tendência na maioria das sociedades organizadas é considerar que em face de doença de baixa prevalência (devido à cobertura vacinais elevadas) o risco adicional devido aos poucos não imunizados não justificaria a vacinação compulsória. Entretanto, o risco de algumas doenças de alta contagiosidade e de muito elevada morbimortalidade (como a varíola) poderia tornar a vacinação compulsória não só eticamente justificável como até eticamente indispensável, em algumas circunstâncias. Gabriel Wolf Oselka, Guido Carlos Levi, João Cláudio Jacó e Juarez Cunha, Imunizações, vol 4, nº 3, 2011. CRO - 101 Acrescenta-se a isso os custos para a sociedade que a não imunização de indivíduos pode O que você não deve deixar de saber Coqueluche: o aumento de casos sobre o principal vírus que causa no Brasil preocupa as autoridades câncer e verrugas 1. O que é HPV? HPV é uma sigla que significa Papilomavírus Humano. Existem mais de 100 tipos de HPV, sendo que 35 deles infectam a mucosa anogenital. Pelo menos quinze tipos de HPV são considerados oncogênicos, isto é, podem causar câncer. Os outros tipos são considerados de baixo risco, causando lesões de caráter benigno como verrugas, mas que podem ser muito inconvenientes e recorrentes. 2. Quer dizer que o HPV pode causar câncer de colo do útero? Sim. Um total de 99,7% dos casos de câncer do colo do útero está associado aos tipos de HPV oncogênicos, principalmente os tipos 16, 18, 31 e 45. Mas também outros cânceres são provocados por esse vírus como câncer de pênis, anorretal, mucosa oral e nasal dentre outros. 3. Como o HPV é transmitido? A transmissão ocorre pelo contato direto pele a pele, geralmente durante o contato íntimo sexual. Isso quer dizer que mesmo que não haja penetração, pode haver a transmissão do vírus pelo simples contato com a pele infectada. 4. É comum mulheres serem infectadas pelo HPV? Sim. Entre as mulheres sexualmente ativas, 50 a 80% serão infectadas por um ou mais tipos de HPV ao longo da vida. Na maioria, as infecções são transitórias e regridem espontaneamente. 5. Como saber se estou com HPV? Muitas vezes, a infecção pelo HPV não apresenta sintomas. O exame de Papanicolau realizado de forma periódica poderá identificar alterações nas células do colo do útero, que podem levar ao câncer devido aos HPVs oncogênicos. 6. O que é infecção persistente? A infecção persistente por HPV oncogênico é um importante Editor Médico Newton Bellsi Viva um novo sorriso! Coordenação e revisão Lilian Bellesi Projeto gráfico César Almeida Colaboração Jimmy Freire Fotos Shutterstock / Google imagens 4 fator de risco para a progressão de alterações celulares até o câncer do colo do útero. Após a infecção, o HPV pode ficar no estado latente (inativo) por um período de 10 a 15 anos. Reinfecções podem ocorrer devido à nova exposição ao mesmo tipo de HPV ou a outros durante a relação sexual. 7. A infecção pelo HPV tem cura? Poderá ter cura se diagnosticada precocemente e tratada adequadamente, antes da evolução para as fases mais tardias do câncer. Mas a melhor forma de evitar o câncer do colo do útero é a prevenção. Informativo da CLIMEP, Nov/Dez Set/Out - 2011 2011 Vacinação antipneumocócica também para adultos! 8. O uso da camisinha é eficaz para prevenir? O uso de preservativos diminui, mas não evita totalmente a possibilidade de transmissão do HPV durante a relação sexual, pois basta o contato pele a pele para que ela ocorra. Triagem Neonatal – Novidades 9. O que mais posso fazer para me prevenir? Manter cuidados higiênicos, não compartilhar objetos e roupas íntimas, assim como evitar fatores de risco como o tabagismo, múltiplos parceiros sexuais e inicio precoce da atividade sexual. Porém, a forma mais eficaz para a prevenção é a vacinação antiHPV, que é considerada 100% eficaz na redução do risco para lesões cervicais, vulvares e vaginais de alto grau relacionadas aos HPVs de alto risco. ZAPP 10. A partir de quando eu posso me vacinar? Todas as pessoas, homens e mulheres, podem ser vacinados a partir dos nove anos de idade. Quanto mais cedo melhor para a prevenção, mas estudos mostram que a vacinação antiHPV, também é eficaz em faixas etárias maiores, por exemplo mulheres até 45 anos, mesmo em quem já tenha iniciado a vida sexual. Fonte: Artigos publicados em www.who.int/vacci ne_research/deseases/hpv/e/nwww2.inca.gov.br /wpswcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo _utero/definicao Site www.climep.com.br E-mail [email protected] Correspondência Av. Braz de Aguiar, 410 66035-405 belém, PA Tel.: (91) 3181-1644 Fax.: (91) 3181-1610 Redução da mortalidade por varicela nos EUA Atenção Nutrizes Candidíase vulvovaginal recorrente: tratar é fácil, curar é difícil O que você não deve deixar de saber sobre o principal vírus que causa câncer e verrugas É direito do Estado tornar a vacinação compulsória? Triagem Neonatal – Novidades ZAPP Atenção Nutrizes Vacinação antipneumocócica também para adultos! A Climep já vem indicando a vacina PNEUMO-13-conjugada para todas as crianças de 0 a cinco anos, respeitando o esquema orientado em bula e agora já está ambém indicando e realizando essa vacina para todas as pessoas acima de 50 anos e de qualquer idade sob risco maior de infecção pneumocócica e suas complicações. O teste do pezinho constitui-se um conjunto de exames para detectar precocemente alterações metabólicas, genéticas e infecciosas causadoras de doenças que podem comprometer de forma definitiva a saúde e a vida do bebê. Deve ser realizado a partir do terceiro dia de vida, preferencialmente junto com os testes do olhinho e da orelhinha e com as vacinações BCG e hepatite B. Além de realizar o teste do pezinho master, considerado o mais completo, capaz de identificar mais de trinta diferentes distúrbios, a CLIMEP - referência em realização de testes de triagem neonatal - passou a utilizar uma lanceta específica para esse procedimento, trazendo mais segurança para quem está realizando o teste e mais conforto para o bebê. Com apenas um movimento é possível coletar amostras de sangue do calcanhar do bebê, constituindose procedimento seguro, simples e sem riscos Meningoencefalite causada pelo vírus vacinal da febre amarela transmitido pelo leite materno Infant meningocephalitis caused by yellow fever vaccine transmitted via breastmilk, Traiber C ET AL. J Pediatr (Rio). 2011:87(3):269-72. A vacina contra febre amarela é composta por vírus vivo atenuado e mesmo sendo bastante segura para a maioria da população, constituindo a melhor forma de prevenção da doença, inclusive sendo exigida para a entrada em determinados países da África, Austrália e Índia, não é totalmente isenta de riscos. O primeiro caso de meningoencefalite secundária a transmissão do vírus vacinal da febre amarela pelo leite materno foi documentada no Brasil, em 2009. O artigo citado descreve um segundo caso de provável transmissão de febre amarela através do leite materno, o que fortalece a nota técnica do Ministério da Saúde sobre a suspensão da vacinação contra febre amarela em mulheres que estejam amamentando. Fonte: CLIMEP Redução da mortalidade por varicela nos EUA Quase eliminadas mortes por varicela (catapora) nos EUA após implementação de programa de vacinação. Os autores de um estudo recentemente publicado na revista Pediatrics, analisaram os casos de óbito nos Estados Unidos relacionados ou diretamente associados à varicela após a introdução da vacinação rotineira com uma dose naquele País no ano de 1995 até 2007. Durante esse período, no qual se aplicava somente uma dose da vacina, a cobertura vacinal se elevou para 90% em quase todo o país. Observou-se redução na hospitalização por varicela entre 65% e 88% e de mortalidade em 88% (de 0,41 por milhão em 19901994 para 0,05 por milhão em 2005-2007) na população geral e 97% entre crianças e adolescentes de até 20 anos de idade. Os autores concluem que o importante declínio de mortes por varicela pode ser diretamente atribuído ao sucesso do programa de imunização norteamericano, e que o programa atual, com duas doses, poderá ser capaz de eliminar essas mortes. Fonte: Marin M, Zang JX, Seward JF. Near elimination of varicella deaths in the US after implementation of the vaccination program. Pediatrics. 2011;128:214-20. Testes de Triagem Neonatal Olhinho Orelhinha Pezinho Prevenir é melhor! Braz de Aguiar 410 • 3181-1644 • www.climep.com.br Candidíase vulvovaginal recorrente: tratar é fácil, curar é difícil Pesquisas na área de imunologia revelam que a candidíase vulvovaginal recorrente, uma corriqueira causa de vaginite por fungo, que causa corrimento e coceira na região genital, está freqüentemente associada à rinite alérgica ou história familiar de alergia. Em um estudo realizado pelo Serviço de Imunologia do Hospital dos Servidores de São Paulo, a grande maioria das pacientes com a candidíase recorrente (78%) era portadora de atopia, favorecendo a hipótese da causa estar relacionada a uma hipersensibilidade ao patógeno e não imunodeficiência de base. Os tratamentos convencionais com antifúngicos em formas de creme vaginais ou orais melhoram os sintomas por um tempo, mas não conseguem agir na recorrência da doença. Um tratamento muito eficaz que age na diminuição das recorrências é a imunoterapia dessensibilizante, onde se utiliza a administração subcutânea de doses crescentes de antígenos de Candida em extrato de levedura, na tentativa de dessensibilizar reações de hipersensibilidade imediata em mulheres com a candidíase vulvovaginal recorrente, considerado o único recurso eficaz, capaz de diminuir em até 70% os episódios de recorrência. Fonte:HTTP://www.medcenter.com/medscape/c ontentPrint.aspx?id=675 Equilibre seu corpo, sua mente, seu dia. Venha para a PelééClub. Newton Bellesi, CRM-PA 765, médico infectologista e imunoalergologista e Viviane Jacob, CRM6758, médica dermatologista e habilitada em vacinologia. Novas Vacinas Reduzem Internações por Pneumonia A doença prevenível por vacinação que mais mata em todo o Mundo – cerca de 5 milhões de crianças e adultos – agora tem vacinação também disponível para adultos. Estudo mostra que a introdução das vacinas contra Influenza A (H1N1) e da antipneumocócica no calendário de vacinas obteve impacto positivo na redução das hospitalizações por pneumonia A vacinação antipneumocócica, responsável pela redução do risco de infecções e transmissões causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), causadora da pneumonia e outras doenças pneumocócicas invasivas (meningite, septicemia etc.), foi licenciada para o uso adulto pela Agência Européia de Medicamentos (EMEA). A novidade foi divulgada na XIII Jornada Nacional de Imunizações, que ocorreu em novembro deste ano em São Paulo. Com a defesa do organismo em baixa, doenças oportunistas podem se disseminar e levar o paciente a óbito. Assim, é igualmente importante que a população saudável esteja devidamente vacinada, evitando o contágio e transmissão da bactéria. Até então, apenas crianças e idosos faziam parte do calendário de vacinação. O registro da vacina PNEUMO-13-conjugada (PN13c) para mulheres e homens com 50 anos ou mais de idade encontra-se em processo na ANVISA (Brasil) previsto para ser concluído em março de 2012. Baseado nos estudos disponíveis e na aprovação da vacina em várias partes do Mundo, sua recomendação já pode ser feita por médicos de forma off label (isto é, fora do que é previsto na bula), haja vista que seu benefício já foi comprovado para imunização de adultos sob risco de doença pneumocócica e para qualquer pessoa que pretenda evitar a infecção e/ou o estado de portador sadio (carreador). Neste ano, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra influenza. Além de idosos e populações indígenas, atendidos desde 1999, passaram a ser imunizadas crianças entre seis meses e dois anos, gestantes e profissionais da saúde. As pneumonias são responsáveis por altas taxas de internações e mortalidade, especialmente entre crianças menores de cinco anos. Cerca de 15 milhões de crianças são hospitalizadas por ano, por pneumonia, em países em desenvolvimento. A doença figura como uma das principais causas de mortalidade infantil e das principais causas de morte prevenível por vacinação em crianças sendo responsável por cerca de 20% dos 8,8 milhões de óbitos anuais em todo o mundo. O pneumococo contribui com percentual entre 60% e 75% das pneumonias bacterianas. Levantamentos preliminares do Ministério da Saúde, e publicadas no estudo Saúde Brasil 2010, comprovam impacto significativo das vacinas contra a Influenza A (H1N1) e antipneumocócica na redução de internações por pneumonia nos hospitais do Sistema Único de Saúde. A avaliação foi feita em dez municípios: São Paulo, Salvador, Recife, Curitiba, Goiânia, Fortaleza, Manaus, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre, e considerando dois períodos – de 2005 a 2008 e os anos de 2009 e 2010 (antes e depois da pandemia de influenza). Em 2010, a vacina pneumocócica conjugada foi introduzida no calendário básico de imunização infantil (menores de 2 anos) e o Brasil vacinou mais de 88 milhões de pessoas contra a influenza H1N1. Curso para Gestantes do Gr ea lim en at to nã o ui pe re to cí ve Mãe de primeira viagem? A gente ajuda a descomplicar. l A pneumonia é uma importante causa de hospitalização no SUS. Em 2009 – quando foi notificado (em maio) o primeiro caso de gripe pandêmica (AH1N1), o número de hospitalizações por pneumonia no Brasil cresceu cerca de 20%. Após a introdução das vacinações contra gripe influenza e pneumocócicas ocorreu um grande impacto na redução de hospitalizações por pneumonia, de até mais de 40% em alguns municípios, como Curitiba, aonde a cobertura vacinal foi maior. Os dados do Ministério da Saúde demonstram quão importante é a vacinação para o indivíduo vacinado – que uma vez imunizado fica protegido deixando de hospedar e transmitir agentes da doença correspondente – quanto para seus familiares e para a sociedade em geral. Adaptado de: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ulti mas-noticias/2011/11/01/novas-vacinas-reduzem-internacoes-porpneumonia.jhtm Programa de Vacinação Climep Presente saudável para cada membro da família. Maiores informações, consulte nossa equipe. Segundas e terças das 18:30 as 21:00hs Sorteio de brindes entre os participantes Av. Governador José Malcher, 147 - Nazaré Tel.: (91) 3342-4477 • www.peleclub.com.br Inscrições e informações: (91) 3181-1644 • www.climep.com.br Braz de Aguiar 410 • 3181-1644 www.climep.com.br 3