FUNDAMENTOS DA
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Poluição Atmosférica
•
O que é? (RESOLUÇÃO/Conama/N.º 003 de 28 de junho de 1990)
Qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em
quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os
níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar:
I - impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;
II - inconveniente ao bem-estar público;
III - danoso aos materiais, à fauna e flora.
IV - prejudicial à segurança. ao uso e gozo da propriedade e às atividades
normais da comunidade.
Os efeitos
A emissão excessiva de poluentes tem provocado
sérios danos à saúde como problemas respiratórios
(Bronquite crônica e asma), alergias, lesões
degenerativas no sistema nervoso ou em órgãos
vitais e até câncer. Esses distúrbios agravam-se
pela ausência de ventos e no inverno com o
fenômeno da inversão térmica (ocorre quando
uma camada de ar frio forma uma parede na
atmosfera que impede a passagem do ar quente e
a dispersão dos poluentes).
Os danos não se restringem à espécie humana. Toda
a natureza é afetada. A toxidez do ar ocasiona a
destruição de florestas.
No Brasil, dois exemplos de cidades totalmente
poluídas são Cubatão e São Paulo.
Os principais impactos ao meio ambiente são a
redução da camada de ozônio, o efeito estufa e a
precipitação de chuva ácida.
 Alterações nas propriedades da atmosfera:
Em regiões urbanas com alta poluição atmosférica é comum
ocorrer:
- redução da visibilidade;
- formação de névoa;
- alteração da distribuição das temperaturas e do vento.
A formação de névoa geralmente está relacionada com a
presença de SO2.
Em 80% dos casos com altas concentrações de SO2 ocorrem
com visibilidade menor que 5 km.
 Danos à vegetação
Os poluentes que
denominados de
SO2, Peroxiacetil
menos severos:
mercúrio.
causam danos à vegetação são
fitotóxicos. Os mais severos são:
nitrato, eteno e alguns fitotóxicos
cloro, ácido clorídrico, amônia e
Os poluentes penetram nas plantas através da
respiração normal, provocando a destruição da
clorofila e a interrupção da fotossíntese. Os sintomas
dos danos causados pelos poluentes geralmente
manifestam-se na superfície das folhas.
Efeitos para a saúde humana
 Óxido de Enxofre (SO2): são altamente solúveis e por isso
são absorvidos pelo sistema respiratório superior.
 Ozônio: Constitui um irritante severo para os olhos, nariz e
garganta. Para concentrações de ozônio a 0,01 ppm ocorre
irritações nos olhos e concentrações de 2,0 ppm provocam
tosse severa. Outro irritante aos olhos são os formaldeídos
e as acroleínas.
Fontes de poluição
Naturais: Aquelas independentes da ação humana.
Cinzas e gases de emissões vulcânicas;
Tempestades de areia e poeira;
Decomposição de animais e vegetais;
Partículas e gases de incêndios florestais;
Evaporação natural;
Odores e gases da decomposição de matéria orgânica;
Maresia dos mares e oceanos.
Antropogênicas: Fontes de emissão geradas pela ação do Homem.
Fontes industriais;
Fontes móveis (veículos a gasolina, álcool, diesel e gnv);
Queima de lixo a céu aberto e incineração de lixo;
Queima de combustíveis na indústria e termoelétricas;
Emissões de processos químicos.
Fontes de poluição
Fontes fixas:As indústrias são as fontes mais significativas ou de
maior potencial poluidor, no entanto, devemos ainda destacar a
crescente demanda por usinas termoelétricas, utilizadoras de carvão
ou óleo combustível, bem como de incineradores de resíduos, os
quais também se destacam por seu elevado potencial poluidor.
Fontes móveis: Os veículos automotores, trens, aviões e embarcações
marítimas, constitui-se conjuntamente nas chamadas fontes móveis de
poluição do ar. Os veículos se destacam como as principais fontes, e
podem ser divididos em leves, que utilizam gasolina ou álcool como
combustível, e pesados que utilizam óleo diesel.
Fontes de poluição
Pontuais: Quando o lançamento da carga poluidora é feito de forma
concentrada, em determinado local.
- Chaminé de uma empresa
Difusas: Quando os poluentes alcançam a atmosfera de modo
disperso, não se determinando um ponto específico de introdução.
- Queimadas
Poluentes
Primários: São aqueles emitidos diretamente da fonte à
atmosfera.
- Material Particulado
Secundários: São aqueles formados na atmosfera por meio
de reações químicas entre poluentes primários e/ou
constituintes naturais da atmosfera
- Ozônio
Poluentes
Processo de poluição atmosférica:
Emissão
Emissão
É processo de “saída” do poluente da fonte geradora.
Processo de poluição atmosférica:
Transporte
No transporte destes poluentes através das correntes de ar, pode ocorrer a
diluição dos poluentes, bem como modificações físico-químicas na
atmosfera.
Processo de poluição atmosférica:
Imissão
Fenômeno de “chegada” dos poluentes a um receptor, onde pode ocorrer
danos à saúde, propriedade ou de maneira geral ao meio ambiente.
Poluentes Indicadores de poluição atmosférica
GÁS CARBÔNICO (CO2):
-Não possui cheiro.
-Não é considerado tóxico por ser um constituinte natural na atmosfera.
-O aumento da temperatura global (= Efeito estufa) está associado ao
aumento das concentrações de CO2 na atmosfera.
Poluentes Indicadores de poluição atmosférica
MONÓXIDO DE CARBONO (CO):
-Produto intermediário de combustão de carbono para dióxido de
carbono (CO2).
-Originam-se de processos de combustão industrial ou veículos
automotores, sendo estes os maiores geradores.
-Em ambientes fechados, o CO em altas concentrações é um dos mais
perigosos agentes tóxicos respiratórios devido à sua afinidade com a
hemoglobina do sangue, formando a carboxihemoglobina, dificultando
o transporte do oxigênio, podendo causar a morte por asfixia.
- Não possui cheiro, nem odor.
Poluentes Indicadores de poluição atmosférica
ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NOx):
-Formados durante o processo de combustão a altas temperaturas, através da oxidação
do N2 do arde combustão ou do N2 contido na combustível.
- Pode estar principalmnente na forma de:
* NO: Óxido de nitrogênio
- Gás incolor e insípido
- Formado predominantemente em fontes antropogênicas
* NO2: Dióxido de nitrogênio ou Azoto
- Gás amarelo-alaranjado, odor irritante.
Poluentes Indicadores de poluição atmosférica
ÓXIDOS DE ENXOFRE (SOx):
- São compostos constituídos de enxofre e moléculas de oxigênio.
* SO2: Dióxido de enxofre
-Gás incolor
- Dissolve-se rapidamente na água presente na atmosfera, formando o ácido sulfuroso (
H2SO3).
- É formado durante a combustão de combustíveis fósseis (carvão mineral,óleo mineral).
* SO3: Trióxido de enxofre
- Produzido através da oxidação do SO2.
- Pode ser rapidamente convertido a ácido sulfúrico (H2SO4).
- Provoca irritação nos olhos, nariz e garganta.
- Podem causar impactos adversos à vegetação, incluindo florestas e agricultura.
Doenças provocadas pela
Poluição Atmosférica
 Aparelho respiratório: bronquite, enfisema, asma e
o cancro pulmonar;
 Plantas: atacam as folhas, estas caem, diminuem a
fotossíntese, respiração e a transpiração 
crescimento mais lentos, tornando-se menos
resistentes ás doenças e aos parasitas;
 Animais: contato com ao ar poluído como pela
ingestão de vegetais mais ou menos envenenados.
A redução da camada de ozônio
A camada de ozônio protege a terra dos raios ultravioleta do sol,
que são extremamente prejudiciais à vida. Ela está situada na faixa
de 15 e 50 Km de altitude.
Os CFCs (clorofluorcarbonos) são compostos altamente nocivos a
este escudo natural da terra. O CFC é uma mistura de átomos de
cloro e carbono. Presentes no ar poluído, o CFC é transportado até
elevadas altitudes quando é bombardeado pelos raios solares
ocasionando a separação do cloro e do carbono. O cloro, por sua
vez, tem a capacidade de destruir as moléculas de ozônio. Basta
um átomo de cloro para destruir milhares de moléculas de ozônio
(O3 ) formando um buraco, pelo qual, os raios UV passam
chegando a atingir a superfície terrestre.
Em 1985 os cientistas descobriram um buraco na camada de
ozônio sobre a Antártida o qual continua se expandindo. A redução
do ozônio contribui para o efeito estufa.
Fenômenos e suas conseqüências
• Efeito Estufa
Excesso de gases e particulados impedem que os raio
infravermelhos refletidos pela superfície terrestre voltem para o
espaço. Esse fenômeno causa um aumento elevado de temperatura,
conseqüentemente acelerando o derretimento dos pólos.
É a elevação da temperatura da terra provocado pela
introdução na atmosfera de excessivas quantidades de gases
estranhos. O principal agente causador do efeito estufa é o gás
carbônico (CO2 ) resultante da combustão do carvão, lenha e
petróleo.
Esse efeito é semelhante à dos vidros fechados de um carro
exposto ao sol. O vidro permite a passagem dos raios solares,
acumulando calor no interior do veículo, que fica cada vez
mais quente.
As conseqüências desse fenômeno são catastróficas como o
aquecimento e a alteração do clima favorecendo a ocorrência
de furacões, tempestades e até terremotos; ou o degelo das
calotas polares, aumentando o nível do mar e inundando
regiões litorâneas; ou afetando o equilíbrio ambiental com o
surgimento de epidemias.
O SUPERAQUECIMENTO GLOBAL E SUAS
CONSEQÜÊNCIAS
O aumento no teor atmosférico dos gases-estufa leva a um
maior bloqueio da radiação infravermelha, causando uma
exacerbação do efeito estufa: aquecimento da atmosfera e aumento
da temperatura da superfície terrestre.
Elevação do nível dos mares;
Alterações climáticas em todo o planeta;
Modificações profundas na vegetação característica de certas regiões
e típicas de determinadas altitudes;
Aumento na incidência de doenças e proliferação de insetos nocivos
ou vetores de doenças.
Efeito Estufa natural (“mocinho”): grande parte se deve a
presença de água na atmosfera (em forma de vapor, 85% e
partículas de água 12%)
Em conseqüência da poluição (“vilão”): Se deve principalmente
pelo dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso
(N2O), clorofluorcarbonetos (CFCs), hidroclorofluorcarbonetos
(HCFCs) e o hexafluoreto de enxofre (SF6)
Inversão Térmica
Inversão Térmica
Fenômenos e suas conseqüências
• Chuva Ácida
Gotículas de água que podem ser chuva ou neblina carregadas de ácido nítrico
e sulfúrico.
São resultado de reações químicas que ocorrem na atmosfera a partir da
presença do enxofre e NOx
Possui ação corrosiva e tóxica.
Chuva ácida
 A queima incompleta dos combustíveis fósseis pelas
indústrias e pelos veículos produzem o gás carbônico
junto com outras formas oxidadas do nitrogênio e do
enxofre que são liberados para a atmosfera.
 Juntando o dióxido de enxofre e o vapor d'água forma-se
o ácido sulfúrico que cai sobre a superfície terrestre em
forma de chuva.
 As conseqüências disto são a acidez dos lagos
ocasionando o desaparecimento das espécies que vivem
neles, o desgaste do solo, da vegetação e dos
monumentos.
CHUVA ÁCIDA
•Destruição de florestas;
• Acidificação
de Rios e Lagos (destruindo parte da flora e
da fauna subaquática – interrompendo a cadeia alimentar).
Os principais objetivos do monitoramento da
qualidade do ar são:
Fornecer dados para ativar ações de emergência durante
períodos de estagnação atmosférica, quando os níveis de
poluentes na atmosfera possam representar risco à saúde
pública.
Avaliar a qualidade do ar à luz de limites estabelecidos para
proteger a saúde e o bem estar das pessoas.
Acompanhar mudanças na qualidade do ar devidas às
alterações nas emias tendências e ssões dos poluentes.
Medição de Poluentes Atmosféricos
•Emissões: Controle do processo poluidor; Controle dos padrões de
emissão; eficiência de um equipamento; testar a conseqüência causada
pela mudança de um processo.
•Imissões: Calcular a trajetória dos poluentes na atmosfera; estudar a
formação e degradação de poluentes na atmosfera; calcular o fluxo dos
componentes; Determinar a exposição dos poluentes; Determinar a
instalação de alarmes para determinados poluentes; Determinar a
deposição de poluentes na flora e fauna; Gerar relatórios sobre a
qualidade do ar; estudar o impacto de novas fontes de emissão.
•CONAMA 03/90
Medidores de Emissões
•Escala de Ringelmann
É uma escala gráfica para avaliação colorimétrica de densidade de
fumaça, constituída de seis padrões com variações uniformes de tonalidade entre
o branco e o preto. Os padrões da escala são numerados de 0 a 5.
Medição de Poluentes Atmosféricos
Para descobrir se o veículo ou a chaminé está emitindo
fumaça acima do permitido:
Utiliza-se a Escala de Ringelmann e compara-se com padrões
estabelecidos pela legislação ambiental.
A exemplo do CONAMA 08/90 para áreas Classe II e III define:
- “Densidade Colorimétrica: Máximo de 20 %, equivalente a
Escala de Ringelmann nº1, exceto na operação de partida do
equipamento”.
O PROTOCOLO DE KYOTO (1997)
 Acordo internacional, assinado por 84 países, em 1997, em
Kyoto no Japão, que estabelece, entre 2008 e 2012, a redução
de 5,2% dos gases-estufa, em relação aos níveis em 1990.
METAS DE REDUÇÃO
Países da União Européia – 8%
Estados Unidos – 7%
Japão – 6%
Para a China e os países em desenvolvimento, como Brasil, Índia e
México, ainda não foram estabelecidos níveis de redução
O BRASIL E O PROTOCOLO DE
QUIOTO
 O Brasil assinou o Protocolo de Quioto em 29 de
Abril de 1998;
 A Assembléia Legislativa aprovou o texto do
Protocolo apenas em 20 de julho de 2002, sob o
Decreto Legislativo nº 144 de 2002;
 Sendo que a ratificação do Protocolo pelo Brasil foi
feita somente em 23 de Agosto de 2002.
Algumas medidas para solucionar os
problemas da Poluição do Ar
 A existência de uma rigorosa legislação antipoluição, que obrigue
as fábricas a instalarem filtros nas suas chaminés, a tratar os seus
resíduos e a usar processos menos poluentes. Penalizações para
as indústrias que não estiverem de acordo com as Leis;
 Controle rigoroso dos combustíveis e sobre seu grau de pureza;
 Criação de dispositivos de controle de poluição;
 Vistoria nos veículos automotores para retirar de circulação os
desregulados. Nos modelos mais antigos a exigência de instalação
de filtros especiais nos escapamentos;
 Recolhimento de condicionadores de ar, geladeiras e outros
produtos que usam CFC;
 Incentivo às pesquisas para a elaboração de substitutos do
CFC;
 Investimentos nas fontes alternativas de energia e na
elaboração de novos tipos de combustíveis como o álcool
vegetal (carros), extraído da cana-de-açúcar e do eucalipto, e
do óleo vegetal (substitui o óleo diesel e o combustível para a
aviação), extraído da mamona, do babaçu, da soja, do
algodão, do dendê e do amendoim;
 Melhor planejamento das cidades, buscando a harmonia
entre a natureza e a urbanização;
 Maior controle e fiscalização sobre desmatamentos e
incêndios nas matas e florestas;
 Proteção e conservação dos parques ecológicos;
 Campanhas de conscientização da população para os riscos
da poluição;
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