A CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA NA PERSPECTIVA DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NA CIDADE DE BENTO GONÇALVES- RS Tamiris Cusin1
Renata Ramos Goulart2
RESUMO
O presente estudo tem como proposta nos levar a uma reflexão crítica sobre questões relevantes no âmbito da
Educação Física escolar, apresentando de forma contextualizada a realidade do ensino e aprendizagem desta. O
objetivo deste estudo foi identificar como os alunos concluintes do Ensino Médio percebem a contribuição da
Educação Física em sua formação, nas escolas de Bento Gonçalves. Para atingir tais propósitos, 347 alunos
concluintes do Ensino Médio participaram do estudo através de uma pesquisa de levantamento onde foram
contados com relatos obtidos a partir de um questionário com perguntas abertas e fechadas. Foi trocado e
compartilhado informações com bibliografias, quais nos objetivaram a pesquisar evidências científicas sobre o
ensino, correlacionando-as ao âmbito escolar, mais especificamente à Educação Física. Com isso os resultados
obtidos nos mostraram que os alunos gostam da Educação Física, mas não a consideram importante como as
demais disciplinas, ainda entendem como benefícios e conhecimentos provenientes da Educação Física a saúde,
qualidade de vida e modalidades esportivas.
Palavras-chave: Educação Física; Educação Básica; Ensino Médio; Metodologias de Ensino.
RESUMEN
El actual estudio tiene como oferta llevarlos a una reflexión crítica en preguntas excelentes en el alcance del
referente a la educación física de la escuela, presentación de la forma del contextualizada la realidad de la
educación y el aprender de esto. El objetivo de este estudio era identificar como las pupilas de los concluintes de
La educacion media perciben la contribución de la educación física en su formación, en las escuelas de Bento
Gonçalves. Para alcanzar tales intenciones, 347 pupilas concluintes de la educacion media han participado del
estudio con una investigación del examen donde he contado con las historias conseguidas de un cuestionario con
preguntas abiertas y cerradas. Fue cambiado y compartido la información con las bibliografías, que en tenido
objetivar a la buscar evidencias científicas en la educación, siendo correlacionádolos él referente a alcance de la
escuela, más específicamente a la educación física. Con esto los resultados conseguidos en tenido demostrado
que las pupilas tienen gusto de la educación física, pero no la consideran importante como las demas disciplinas,
todavía entienden como las ventajas y el conocimiento que proceden de la educación física la salud, calidad de
los esportivas de la vida y las modalidades.
Palabra-llave: Educación física; Educación básica; Educación media; Metodologías de la educación.
INTRODUÇÃO
Diferentes áreas de estudo tem constantemente focalizado a realidade do ensino e
aprendizagem nas escolas atualmente, onde o conhecimento a cerca do ensino, especialmente
de Educação Física tem crescido significativamente nas últimas décadas, provavelmente em
função da constante necessidade de atualização docente, e da necessidade de consolidar uma
práxis mais interessante ao aluno e fundada em parâmetros científicos.
A Educação Física é uma área que se encontra em constante evolução, qual é muito
discutida entre os educadores, porém acredito que mesmo com as mudanças ocorridas, ela
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Tamiris Cusin – Acadêmica do curso de Licenciatura Plena em Educação Física –Trabalho de Conclusão de
Curso. Disciplina de Prática de Pesquisa. Apresentação realizada em Dezembro de 2009.
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Renata Ramos Goulart - Orientadora da pesquisa e professora da disciplina.
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ainda precisa evoluir. Evoluir no sentido de superação, de constante atualização, de entender e
conhecer a importância desta disciplina curricular, transcendendo e aplicando a teoria na
prática do dia a dia escolar, no intuito dos alunos compreenderem o porquê está executando
tais atividades, dando um real sentido a disciplina e assim ao ser humano em sua totalidade.
Compreende-se que a educação é determinada por condicionantes de escola, família,
ensino, aprendizagem, conhecimento, produção, apropriação, transmissão, cultura, entre
outros. Um professor comprometido com a educação e que se dá conta das deficiências de sua
formação instiga-se a buscar constantemente seu aperfeiçoamento, portanto foi optado por
investigar como os alunos concluintes do Ensino Médio percebem a Educação Física escolar
desde a Educação Básica? Assim buscou-se dar ênfase em qual a importância da Educação
Física para os alunos, o que os mesmos percebem que aprenderam em Educação Física
durante todo período escolar, e o que é ensinado e como é ensinado.
Estas respostas vêm ampliar a discussão no presente estudo, relacionando as
respostas dos alunos questionados com diferentes bibliografias, sempre lembrando que não é
um livro que nos ajudará a enfrentar as dificuldades escolares, mas sim sua reelaboração dos
conhecimentos e de suas experiências cotidianas, buscando chegar a uma conclusão,
definindo os objetivos da Educação Física no processo de formação dos indivíduos. Assim
espero que o trabalho contribua para o enriquecimento da formação profissional,
especialmente de docentes de Educação Física, não apenas como leitura e reflexão, mas
principalmente como ponto de discussão e de iniciativa a traçar novas perspectivas na ação
docente.
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EDUCAÇÃO FÍSICA
Quando pensamos em Educação Física logo nos remetemos à escola, as lembranças
da infância, da correria, da alegria, da gritaria, do suor, calor, descontração, trabalho de
equipe, de aulas que nos divertiam e desafiavam. Mas nem sempre participar das aulas de
Educação Física escolar significa saber da sua importância, para que serve, e como melhor
aproveitá-la. Assim Saba (2003, p.53) fala que:
A Educação Física tem uma missão que, se bem sucedida, gera resultados
para toda a vida de uma pessoa. Se cumprida a sua missão, ela não fica apenas no
passado, nas lembranças do tempo de escola, mas permanece sempre no presente.
[...] Nem se pode reduzir a Educação Física a qualquer coisa que seja física,
esquecendo a primeira palavra “educação”. A Educação Física é maior do que
parece. Ela começa antes e vai além do movimento regulamentado do corpo.
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A Educação Física Escolar tal como é chamada hoje, no currículo, têm suas raízes na
Europa no fim do século XVIII e início do século XIX. Com a criação dos chamados
Sistemas Nacionais de Ensino, a Ginástica, primeiro nome dado à Educação Física e com
caráter bastante abrangente, teve lugar como conteúdo escolar obrigatório (SOARES, 1996)
Desde suas origens, vamos sempre encontrar a importância de um conhecimento do
corpo sob o ponto de vista da anatomia, fisiologia e mecânica do movimento. Mas também,
vamos encontrar desde o princípio preocupações de natureza pedagógica, busca de relação
entre o físico e o mental, socialização, etc.
Resende (1994) nos fala sobre a Educação Física, sua luta histórica para ser
reconhecida com sua devia importância, que até a década de setenta, se dava no sentido de
introduzir e fazer cumprir de fato a obrigatoriedade dessa atividade no âmbito escolar. Já, a
partir dessa época, a luta passou a se dar no sentido de manter o "status" efetivamente
adquirido de disciplina curricular, reivindicando-se, inclusive, o mesmo tratamento daquelas
disciplinas tradicionalmente consolidadas.
Segundo a resolução do CONFEF nº 046/2002, a Educação Física contempla, dentre
outros, os significados:
O conjunto das atividades físicas e desportiva [...] para atender as
demandas sociais referentes às atividades físicas nas suas diferentes manifestações,
constituindo-se em um meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo dos
seres humanos; O componente curricular obrigatório, em todos os níveis e
modalidades do ensino básico, cujos objetivos estão expressos em Legislação
específica e nos projetos pedagógicos.
O Conselho Federal de Educação Física ainda afirma que Profissional de Educação
Física é especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações como ginásticas,
exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas,
expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento
corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas
corporais, tendo como propósito prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da
educação e da saúde, contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis
adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à
consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão e estética do
movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação
de distúrbios funcionais, contribuindo ainda, para a consecução da auto-estima, da autonomia,
da cooperação, da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações sociais e a
preservação do meio ambiente, observados os preceitos de responsabilidade, segurança,
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qualidade técnica e ética no atendimento individual e coletivo (2002). Piccolo (1995, p. 12)
fala que:
A Educação Física Escolar deve objetivar o desenvolvimento global de
cada aluno, procurando formá-lo como indivíduo participante; deve visar a
integração desse aluno como ser independente, criativo e capaz, uma pessoa
verdadeiramente crítica e consciente, adequada à sociedade em que vive; mas esse
objetivo deve ser atingido através de um trabalho também consciente do educador,
que precisa ter uma visão aberta às mudanças necessárias do processo educacional.
O compromisso social da Educação incita as transformações quando busca atender
às necessidades do educando, e a Educação Física pode ser um dos caminhos para
que ela atinja esse objetivo através de suas atividades específicas.
Mexer com o corpo dos alunos e valorizar estes, não somente o corpo, mas também
com a mente não é uma tarefa exclusiva da aula e do professor de Educação Física, pois
estudar brincando, se divertindo ou tendo prazer é possivelmente as melhores formas de se
adquirir conhecimento. Bonone (2000, p.15) ainda nos diz que:
Um estudo monótono sempre tem chance de ser rapidamente abandonado
pelo estudante. Isso vale para a Educação Física do Ensino Médio também. Quem
trabalha com essa faixa etária sabe que os alunos têm verdadeira ‘adoração’ em não
querer fazer absolutamente nada na aula de Educação Física. Ou melhor, querem
apenas sentar, deitar em alguns colchões e conversar muito, acreditando que a aula
de Educação Física é uma extensão do recreio. Ora, se fosse, não necessitaria de
professor. Mas, se pararmos para nos perguntar o porquê dessa apatia infanto-juvenil
com relação à aula de Educação Física, encontraremos resposta na estruturação do
currículo, nas práticas repetitivas que promovemos, na unilateralidade das propostas
de aula e na falta de criatividade dos professores.
Fica evidenciado pelo autor que se as aulas de Educação Física forem criativas,
diversificadas, discutidas com os alunos, não teríamos tantos alunos sentados e sem vontade
de participar. A importância de um bom trabalho realizado pelo professor, com conteúdos
interessantes e relacionados com o cotidiano acarreta na valorização da Educação Física
escolar, construindo então um ensino de qualidade. Esse ano de 2009 é o Ano da Educação
Física escolar, com o lema “Plantando Cultura, Cidadania e Saúde” o CONFEF em um
encarte especial na Revista Nova Escola (2009, p.3) lança mais uma possibilidade para a
Educação Física, que vem para fortalecer ainda mais esta como disciplina curricular e
demonstrar sua importância:
A Educação Física ganha cada vez mais importância pedagógica. Prova
disso é que agora o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] cobra algumas
competências presentes no currículo de Educação Física, relacionadas à linguagem
corporal, movimentos e manifestações corporais. Outra boa notícia é que, este ano, o
vestibular da Unesp [Universidade estadual Paulista] também passa a incluir
questões de Educação Física.
Assim podemos perceber que a Educação Física a cada dia vem intervindo
positivamente para o êxito do processo ensino aprendizagem, qualificando os alunos e
melhorando além da aprendizagem, do conhecimento da educação motora, corporal, amplia o
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rendimento escolar, melhora a concentração, os indicadores de saúde e a qualidade de vida
dos mesmos.
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EDUCAÇÃO BÁSICA
A Educação Básica zela pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio,
tendo no último ano de 2008, 53.232.868 (Cinquenta e três milhões, duzentos e trinta e dois
mil e oitocentos e sessenta e oito) alunos regularmente matriculados em nosso país e entre
esses 19.354 (Dezenove mil e trezentos e cinquenta e quatro) alunos são da cidade de Bento
Gonçalves nesse nível de ensino, tendo como principais norteadores da educação básica: a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e o Plano Nacional de Educação
(PNE). (SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA, 2009).
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases número 9394 (1996), em seu Artigo 22 a
Educação Básica: “Tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação
comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores”.
Especificamente tratando da Educação Física a LDB (1996) em seu capítulo terceiro
e inciso 3º, fala que a disciplina deve ser integrada à proposta pedagógica da escola e é um
componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da
população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos ou ao aluno que cumpra jornada de
trabalho igual ou superior a seis horas, que seja maior de trinta anos de idade, que estiver
prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da
educação física, que tenha prole.
3
ENSINO MÉDIO
O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos,
terá como finalidades segundo a Lei de Diretrizes e Bases em seu artigo 35:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina.
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A Educação Física tem a sua participação na construção do ser humano em
desenvolvimento, e não só nas séries iniciais e ensino fundamental, o aluno que do ensino
médio necessita receber muitos conhecimentos específicos da cultura corporal do movimento
a serem construídos nas atividades desenvolvidas em aulas de Educação Física, colaborando
não só para saúde, estilo de vida ativo, mas sim para a formação de sua personalidade e de sua
participação na sociedade, de forma ativa, crítica e respeitosa, características estas de toda boa
aula escolar.
Daolio (2003) reafirma a visão que diferente do que acontece no ensino fundamental,
no ensino médio os alunos devem ter possibilidades, ao praticarem, de irem além das
vivências das práticas da cultura corporal, também necessitam ter condições de compreender e
transformar essas práticas de modo a servir para a construção do aspecto crítico. Na visão de
Betti e Zuliani (2002, p.76):
A Educação Física no Ensino Médio necessita ser encarada de forma
diferenciada do Ensino fundamental. Para eles, ela deve apresentar características
próprias e inovadoras, que considerem a nova fase cognitiva e afetivo-social atingida
pelos adolescentes. Tal dever não implica em perder de vista a finalidade de integrar
o aluno na cultura corporal de movimento. Pelo contrário, no Ensino Médio pode-se
proporcionar ao aluno o usufruto dessa cultura, por meio das práticas que ele
identifique como significativas para si próprio.
Assim na visão dos autores acima, a intenção é fazer com que os alunos conquistem
a autonomia resultante das diversas práticas dessa cultura, sejam elas as danças, as
modalidades esportivas, os jogos, as lutas ou a ginástica. Autonomia essa que possam carregar
para a vida toda, além do ambiente escolar, mas também na sociedade em que viverão.
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METODOLOGIAS DE ENSINO
A Educação Física no Brasil foi trabalhada ao longo dos anos nas escolas através de
várias formas, seguindo modelos trazidos da Europa. Nas décadas de 80 e 90 várias correntes
de pensamento estruturaram suas bases teóricas, e nesse contexto surgiram várias propostas
no que se refere à Educação Física escolar, propostas que ampliaram o debate da Educação
Física no que diz respeito a seus conteúdos, objetivos, prática pedagógica, avaliação, etc.
De acordo com os PCN’s, atualmente existem na área da Educação Física escolar
várias concepções, todas tendo em comum a tentativa de romper com o modelo anterior, fruto
de uma etapa recente da Educação Física (1997, p.22-3). Ainda os PCN’s falam que as
abordagens que surgiram foram inspiradas no momento histórico social pelo qual passou o
país às novas tendências da educação de uma maneira geral, além de questões especificas da
própria Educação Física.
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As variadas abordagens colaboram para que se intensifique a discussão e a reflexão
por parte de nós profissionais da área sobre a forma como a disciplina está sendo trabalhada
nas escolas. Conforme Shigunov Neto e Shigunov:
“As abordagens da Educação Física podem ser definidas como movimentos
engajados na renovação teórico-prática com o objetivo de estruturação do campo de
conhecimentos que são específicos da Educação Física”. (2001, p. 79).
De acordo com diferentes bibliografias sobre as abordagens da Educação Física, temse diversas metodologias de ensino deste componente curricular, sendo as principais a
Abordagem
Desenvolvimentista,
a
Humanista,
a
Construtivista/Interacionista,
a
Psicomotricista, a Crítico–Emancipatória, a Crítico-Superadora, e PCN’s entre outras.
5
CONTEÚDOS
Os conhecimentos curriculares são umas séries de saberes culturais essenciais para
que se produza o desenvolvimento e socialização dos educandos. Para Libâneo os conteúdos
retratam a experiência social da humanidade relacionada a conhecimentos e modos de ação
que englobam entre outros:
Conceitos, idéias, fatos, processos, princípios, leis científicas, regras,
habilidades cognoscitivas, modos de atividade, métodos de compreensão e
aplicação, hábitos de estudos, de trabalho, de lazer e de convivência social, valores,
convicções e atitudes (LIBÂNEO, 1994, p. 128).
Assim para desenvolvermos aulas de qualidade e com significados aos alunos, estas
devem estar de acordo com as necessidades, interesses e a realidade, respeitando as diferenças
individuais dos alunos, assim nos perguntamos o que trabalhar na escola? Segundo Neira
(2003), pensar hoje nas funções da escola significa adequar as práticas e princípios do ensino
à realidade local, a educação deve proporcionar ao educando, de acordo com o seu estágio de
conhecimento, os meios necessários para entender o mundo em que vive e que está situado,
fornecendo-lhe armas para poder defender-se de influências nocivas para a sua própria vida e
da comunidade a que pertence.
Focando o conteúdo especificamente para nossa área de interesse, a Educação Física
na idéia de Caparroz:
O que confere especificidade à Educação Física como componente
curricular é o fato de esta ter como objeto o movimento humano, sendo que este não
pode ser entendido de forma abstrata, tornando-se necessário compreendê-lo em seu
caráter sócio-histórico-cultural. Assim, o conteúdo da Educação Física escolar deve
ser selecionado dentre aquilo que se denomina cultura corporal, que é o conjunto das
manifestações, das práticas corporais produzidas historicamente, tais como o
esporte, a ginástica, o jogo, a luta, a dança, etc. (1997, p. 168).
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Acredito sim que a Educação Física Escolar deve trabalhar com toda a cultura
corporal do movimento, pois a Educação Física pode oferecer a todos os alunos oportunidades
de vivenciar diferentes formas de organização, de criação, de expressão, de descoberta, desde
que o movimento humano seja executado não somente como uma simples ação mecânica,
mas sim como uma manifestação de uma idéia, de um significado.
A cultura corporal constitui-se como uma totalidade formada pela
interação de distintas práticas sociais, tais como a dança, o jogo, a ginástica, o
esporte que por sua vez materializam-se, ganha forma através das práticas corporais
(CASTELLANI, 1998, p. 55).
Então a Educação Física escolar deve tratar pedagogicamente da cultura corporal,
para isto deve trabalhar com certos conhecimentos historicamente construídos, que Segundo o
Coletivo de Autores:
É fundamental para essa perspectiva da prática pedagógica o
desenvolvimento da noção de historicidade da cultura corporal. É preciso que o
aluno entenda que o homem não nasceu pulando, saltando, arremessando,
balançando, jogando etc. Todas essas atividades corporais foram construídas em
determinadas épocas históricas, como respostas a determinados estímulos, desafios
ou necessidades humanas (1992, p. 39).
Abordando este pensar, os professores devem abandonar a idéia de que as aulas de
Educação Física sejam exclusivamente voltadas para a prática dos esportes, e sim ter em
mente que a Educação Física é uma disciplina com uma gama enorme de conteúdos e
atividades, “Mas não só ele, esporte, merecerá nossa atenção. Também a Dança e a Ginástica
deverão ser tematizadas pela disciplina pedagógica Educação Física” (CASTELLANI, 1998,
p. 55).
As ações do professor no sentido de organizar as atividades de ensino, a
fim de que os alunos possam atingir os objetivos em relação a um conteúdo
específico, tendo como resultado a assimilação dos conhecimentos e o
desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas dos alunos (LIMA, 2000,
p. 16).
Acredito que o corpo do aluno precisa ser estimulado com várias formas de
atividades, pensando no corpo, não somente como instrumento de rendimento, mas sim um
corpo que transpira alegria, criatividade, saber, bem estar, afeto, entre outras qualidades que a
Educação Física proporciona para as pessoas viverem com corpo e mente em harmonia na
sociedade, deixando de lado a visão da disciplina de Educação Física vista como uma
preocupação em ensinar o “saber realizar corretamente”, determinadas atividades e
habilidades motoras. Para que a aprendizagem ocorra, sabemos que esta exige a execução
repetida, num processo de tentativa e erro, mas a prática para a aprendizagem sozinha não
basta. A motivação é muito importante, sempre depende da atribuição de significado e sentido
em sua execução para atrair a atenção dos alunos. E é exatamente o que cita Feijó:
9
Motivar é o processo de mobilizar necessidades pré-existentes que sejam
relacionadas com os tipos de comportamento capazes de satisfazê-los. Quando a
pessoa percebe a relação de conveniência entre sua necessidade e o comportamento
que lhe foi apresentado naturalmente se interessará por ele, tentando reproduzi-lo
(1992, p. 151).
Conseguindo assim motivar os alunos para a realização das aulas de Educação Física,
devemos trazer a eles formas pedagógicas nas quais os mesmos sejam sujeitos capazes de
construírem de forma participativa, critica e criativa, seus próprios processos de
conhecimentos. Não apenas administrar atividades onde os alunos não tenham nenhuma
participação na elaboração do saber, no qual o professor simplesmente traz qualquer atividade
para ocupar as horas de sua aula.
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METODOLOGIA
A temática deste estudo que foi realizado desenvolveu-se junto a nove escolas
privadas e públicas de Ensino Médio do Município de Bento Gonçalves no período de
Outubro de 2009. Já citei anteriormente que o foco da minha atenção esteve voltado para o
aluno concluinte do ensino médio, onde 347 alunos participaram deste estudo.
6.1
CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA
A pesquisa é de cunho qualitativo, que busca compreender os fenômenos nas
perspectivas dos envolvidos. Haguette nos fala que “Os métodos qualitativos enfatizam as
especificidades de um fenômeno em termos de suas origens e de sua razão de ser” (1995 p.
63). Os procedimentos iniciais para a realização da mesma foram à apresentação da carta de
consentimento da disciplina de Prática da Pesquisa para os diretores das 11 instituições de
Ensino Médio, onde apenas nove autorizaram a realização da pesquisa.
6.2
INSTRUMENTOS
Após a autorização foram aplicados os questionários aos alunos e feita à tabulação
dos dados. Foram utilizados como instrumentos de pesquisa um questionário contendo 13
questões fechadas e uma aberta. Segundo Vygotsky (1991):
Ao considerar que todo conhecimento é sempre construído na inter­
relação das pessoas. Produzir um conhecimento a partir de uma pesquisa é, pois,
assumir a perspectiva da aprendizagem como processo social compartilhado e
gerador de desenvolvimento.
Assim foram analisados os dados coletados com os questionários, procurando os
relacionar, trocando e compartilhando informações com a bibliografia, chegando a
considerações relevantes a cerca da realidade da Educação Física escolar atualmente.
10
6.3
ESTUDO-PILOTO
Anteriormente ao estudo, no mês de Setembro foi realizado um Estudo-Piloto com
oito alunos concluintes do ensino médio da cidade de Garibaldi, que segundo Thomas e
Nelson é muito importante para evitar falhas em pesquisas:
Mais de 75% destes esforços de pesquisa são impublicáveis e não
produzem contribuição para a teoria ou prática em razão de falhas metodológicas
importantes que poderiam ter sido facilmente corrigidas com um estudo-piloto.
(2002, p.72)
7
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
Através do presente estudo se constatou diversas questões relevantes para uma
discussão, mais do que isso ações para a busca de qualidade em Educação Física escolar.
Atualmente na cidade de Bento Gonçalves, a grande maioria dos alunos concluintes do ensino
médio são do gênero feminino (65%), restando 35% de alunos do gênero masculino, ambos
na sua maioria com a idade de 17 anos (69%). Realidade está nacional, segundo RISTOFF
(2009), embora os homens sejam maioria na população até os 20 anos de idade, as mulheres
são maioria na escola a partir da quinta série do ensino fundamental, passando pelo ensino
médio, graduação e pós-graduação, atualmente há cerca de meio milhão de mulheres a mais
do que homens nas escolas Brasileiras.
Analisando as questões mais especificas de interesse da pesquisa, nota-se que os
alunos gostam da disciplina de Educação Física tendo esta à preferência de 21% dos alunos,
ficando atrás somente de Matemática que teve 26% de aceitação, de gosto dos alunos, porém
ainda os alunos não percebem a importância da mesma comparada a outras disciplinas como,
por exemplo, a Matemática (34%) e o Português (25%), onde a Educação Física por sua vez
teve 12%, sendo a 3° disciplina mais importante.
Lovisolo (1995) em seu estudo verificou que a Educação Física também é uma
disciplina que os alunos gostam muito, onde esta apareceu em primeiro lugar nas disciplinas
mais apreciadas, entretanto cai para sexto ou sétimo lugar entre as disciplinas consideradas
mais importantes, do mesmo modo que Matemática e Português ocupam os primeiros lugares
na ordem de importância atribuída pelos alunos, assim como neste estudo. Talvez devido aos
professores trabalharem de forma não tão efetiva com tal matéria, deixando de explicar
sempre o objetivo da aula, demonstrando a relevância. Com a pesquisa pode-se constatar que
na grande maioria, apenas algumas aulas (56%) os professores comentam o objetivo, o porquê
realizar esta ou aquela tarefa, onde 32% explicam em todas as aulas a importância da
11
realização da mesma, complementando Lorenz e Tibeau (2001), reforçam dizendo que a falta
de contextualização dos conteúdos tornam as aulas sem significado para os alunos.
Também os alunos declararam que em sua maioria, 80% consideram a Educação
Física importante. Ainda 64% admitiram gostar de participar das aulas, dados estes que nos
demonstram resultados positivos, Betti e Liz (2003, p.139) em seu estudo obtiveram um
resultado bastante parecido, onde cerca de 75% dos alunos declararam que gostam ou gostam
muito da Educação Física.
Os entrevistados entendem que há inúmeros benefícios e conhecimentos
provenientes da Educação Física, sendo os principais relacionados à saúde e a qualidade de
vida. No estudo de Scheneider e Bueno (2005) os alunos do Ensino Fundamental entendiam a
Educação Física como aprendizado esportivo e os estudantes do Ensino Médio tinham um
conceito de espaço para socialização. Pode-se encontrar como o conhecimento que
predominou desde as séries iniciais até o este terceiro ano dos alunos a predominância das
modalidades esportivas (Figura 01), onde a mesma foi citada por 42% dos alunos, quando
lhes foi questionado se desde o Ensino Fundamental até este último ano do Ensino Médio, o
que percebem que aprenderam em Educação Física, apenas 23% citam a Cultura Corporal do
Movimento e 22% relatam que não aprenderam conhecimentos relevantes da área.
Figura 1: Demonstra a principal contribuição da Educação Física escolar em toda Educação
Básica.
Confirmando, Gueriero e Araújo (2004) falam que historicamente a Educação Física
não apresenta uma variação de conteúdos:
Podemos perceber que alguns profissionais se acomodam no discurso de
que é difícil mudar esta característica esportivizada das aulas, alegando que os
alunos não permitem, e não querem esta mudança. O professor deve estar ciente da
sua capacidade de transformação social, de sua intensa participação na formação de
valores para o caráter de seus alunos. (p. 7).
12
Falando em professores, a próxima questão indagava se os professores promoviam
e/ou promovem atividades onde os alunos possam construir e criar, ou promovem atividades
onde apenas devam realizar o que o professor pede assim 35% dos professores são
construtivistas, promovem aulas com liberdade de expressão, com criatividade. O que nos
preocupa que esse número é muito baixo, 27% dos alunos afirmam que os professores apenas
largam a bola e não explicam praticamente nada, o que gera uma indignação de como um
profissional que estuda anos de sua vida, que trabalha com uma disciplina curricular que é de
extrema importância para o desenvolvimento além do motor, mas também físico, afetivo,
social e cognitivo do aluno não dá a devida importância que a Educação Física e que o aluno
merece, Stavisky e Cruz (2008) esclarecem que, conteúdos repetitivos e falta de compreensão
dos alunos com os próprios colegas e professores é um dos principais motivos que afastam os
alunos das aulas, principalmente, os menos “habilidosos”; fato que pode ser mais bem
compreendido, observando a necessidade de uma maior compreensão quanto aos diferentes
níveis de desempenho motor apresentada pela parcela de alunos que declara não gostar das
aulas de Educação Física.
Quando perguntamos se é percebido diferenças entre aulas do Ensino Fundamental e
Médio, a maioria com 61% relatam que sim, fato que contribui para a percepção positiva dos
alunos Bento-gonçalvenses quanto a disciplina, em sua pesquisa Bonone (2000, p.116)
concluiu que os professores constroem sua prática baseados nos saberes da experiência
adquirida nas turmas de Ensino Fundamental, nos cursos de formação permanente, que
possuem características tecnicistas e reproducionistas, bem como nos conhecimentos técnicos
de suas respectivas áreas, pois em sua maioria realizam atividades fora da escola em outros
empregos, de treinamento de modalidades esportivas, de dança e ginásticas em academias.
Tratando do gosto por um conteúdo especifico nas aulas, o que os alunos mais
gostam nas aulas de Educação Física são as modalidades esportivas para 57% dos mesmos,
seguido por 18% as questões relacionadas à saúde e a qualidade de vida, 14% a relação que a
disciplina faz entre a teoria e a prática e 11% os demais conteúdos como a dança, ginástica e
lutas. Betti exemplifica um pouco desta realidade:
Geralmente o ano é dividido em bimestres letivos. No 1° bimestre é
oferecido o futebol no 2º o handebol, no 3º o basquetebol e no 4º bimestre o
voleibol. Se esta programação é cumprida, pelo menos consegue-se mostrar aos
alunos quatro modalidades. O problema é quando ela é repetida para todos os
alunos, independentemente da faixa etária e quando ela se repete ano após ano, sem
alterações. Pior ainda é quando ela fica apenas no papel, e os alunos veem apenas
uma modalidade durante todo o ano. Neste ponto pergunto: onde ficam os conteúdos
como a dança de salão, a capoeira, a ginástica aeróbica, a musculação? Isto sem
contar a ginástica artística, o folclore e o atletismo que também não são utilizados.
(1999, p. 28).
13
Creio que o gosto dos alunos pelas modalidades esportivas advém da não vivencia
das demais atividades, pois só gostamos daquilo que já vivenciamos, e como declarado por
eles na questão oito, o que mais aprenderam na escola foi à prática esportiva, assim acredito
que preferem esta, pois não tem a vivência dos demais componentes da Cultura Corporal do
Movimento como a dança, luta, jogo e a ginástica, além dos conhecimentos específicos de
saúde, alimentação, qualidade de vida, etc. que poucos são trabalhados na vida escolar, não
por falta de interesse dos alunos, pois tudo que é novo motiva, mas sim talvez por falta de
incentivo do professor, por receio de mudar, de inovar, a insegurança em relação a conteúdos
que não dominam, e desta forma trabalham com o que possuem mais afinidade, situação está
que facilmente pode ser modificada, pois basta o professor estudar, ler, atualizar-se, através de
capacitações, especializações e ainda com a facilidade que as novas tecnologias nos impõem
no mundo moderno, o fato de não saber algo é uma desculpa ultrapassada. Também um dos
motivos pode ser por acreditarem que a escola não possui espaço adequado, material
apropriado, mas estes podem ser facilmente adaptados, basta criatividade, comprometimento
e vontade de mudar, características estas essenciais para qualquer educador. Ainda os
professores algumas vezes acham que os alunos não gostariam de aprender outros conteúdos,
mas estes devem ser primeiramente ofertados, para depois se chegar a um julgamento, uma
conclusão. Enfim pode-se completar perfeitamente minha visão com o parágrafo do estudo de
Bonone (2000, p. 25):
O professor é um condutor, um orientador, mas acima de tudo é um
educador. Educar e sentir-se comprometido com essa educação talvez seja mais
importante do que repassar fórmulas e conteúdos repetitivos. Talvez seja essa a
verdadeira missão de todos os professores: educar para aprender e para ensinar o
aluno a se auto-educar.
Por fim a última indagação aos alunos, qual o motivo desta foi à curiosidade de saber
se os alunos acreditam nessa área do conhecimento, se querem seguir essa profissão para suas
vidas, assim a resposta foi algo surpreendente, pois mais de 40 são os cursos de interesse dos
alunos, e entre eles Educação Física é o mais procurado, onde 29 alunos (8%) pretendem
seguir os estudos graduando-se em Educação Física.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o presente trabalho foi possível observar a perspectiva dos alunos concluintes
do Ensino Médio na cidade de Bento Gonçalves com a Educação Física escolar, onde os
estudantes gostam das aulas de Educação Física e a consideram importante, mas não tão
quanto às disciplinas de Matemática e Português. Também os alunos entendem como
benefícios e conhecimentos provenientes da Educação Física principalmente as modalidades
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esportivas, seguido por saúde e qualidade de vida. A realidade da Educação Física escolar
vem melhorando a cada ano, onde não há pesquisas na cidade que possam ser comparadas,
mas temos a percepção e a realidade nos mostra que a cada ano a realidade da Educação
Física escolar vem melhorando.
Fica evidente que a Educação Física necessita de modificações, ainda há muito que
buscar o que construir juntamente com nossos alunos, valorizando a importância da disciplina
dentro do ambiente escolar, para que esta continue sendo e cada vez seja mais atraente e
proveitosa para o aluno. A Educação Física é de extrema importância na comunidade escolar e,
portanto, necessita ser percebida como tal, para isso é necessário muito estudo, zelo e atenção para
que se possam cumprir todos os papéis a que se propõe, e para tal vejo que a postura do professor,
do profissional de Educação Física é o que fará toda a diferença para o reconhecimento, para a
disciplina causar as melhores perspectivas e aprendizagens em seus alunos.
Não se pretende reduzir este estudo a opinião dos alunos, qual a meu ver é
extremamente válida, a realidade é muito mais ampla e depende também da concepção e
prática dos professores, dos dirigentes escolares, dos administradores do ensino, da política
educacional, entre outros. A intenção com este estudo foi de contribuir para o debate, mostrar
a realidade que nos empolga, pois vem melhorando com resultados mais positivos, mas que
também nos intriga e nos faz querer melhorá-la, muito mais do que buscar soluções, caminhos
este estudo foi apontar reflexões, discutir a realidade, creio que questionando o aluno,
verificando o meio, a visão deles quanto à contribuição da disciplina ao longo de toda a
Educação Básica a intenção foi questioná-los sobre os fins. Assim a partir da realidade é
preciso vontade, comprometimento, dedicação e esperança com a transformação e
aperfeiçoamento da Educação Física escolar, onde gosto de comparar a aula a um útero
materno, cabe a mãe (professores) dar o alimento (conhecimento, carinho, atenção), enfim dar
o melhor possível para que este feto (aluno) cresça aprenda e se desenvolva
A pesquisa conteve algumas limitações, entre elas o fato de mesmo explicando o
objetivo da pesquisa e deixando claro que suas informações seriam de uso acadêmico, sem
divulgação de identidade, não se pode contar com os relatos de alunos de duas escolas
privadas da cidade. Também o pouco tempo para aplicação, análise e discussão dos resultados
implicaram em limitações. O presente estudo é apenas uma parte do muito que ainda pode ser
desenvolvido, como sugestões creio que pode ser desenvolvido trabalhos como, por exemplo,
a Educação Física na perspectiva de professores de outras disciplinas, dos pais dos alunos, entre
outros estudos complementares que podem nos dar uma visão complementar da disciplina,
permitindo um melhor retrato das coisas boas e das não tão boas que podem ser aperfeiçoadas.
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