O IMPACTO SOCIAL DO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: REVISÃO DE LITERATURA Allan dos Santos da Silva – Centro Universitário Filadélfia – UniFil Orientador – Talitha Allegretti de Lima – Centro Universitário Filadélfia – UniFil Resumo O acidente Vascular Encefálico (AVE) é caracterizado por uma lesão que acomete um dos vasos que irrigam a região cerebral. Pessoas que sofrem AVE apresentam perda funcional, manifestando dificuldades na locomoção, cuidado pessoal dentre outras. Este artigo trata-se de uma revisão de literatura, com o objetivo de relatar, conhecer e entender o impacto social do Acidente Vascular Encefálico (AVE) na sociedade com ênfase no cuidador.Uma doença de natureza neurológica que ocasiona, na maioria das vezes, sequelas graves com danos físicos, mentais e sociais provoca grandes mudanças não só para o indivíduo, mas toda a comunidade. A família, em especial o cuidador do acometido pelo AVE, sofre dessas consequências também. O cuidador tem papel fundamental no processo de reabilitação. Ele torna-se, em geral, o laço afetivo mais próximo do paciente. Sendo assim, seu estado emocional e físico interfere diretamente na reabilitação, portanto, sua integridade física, mental e psicológica deve ser destacada para melhor qualidade de vida de todos. Palavras-chave: Acidente Vascular Encefálico, Sociedade, Cuidador. Introdução Uma doença com tantas consequências ocasiona danos ao acometido que vão desde aspectos físicos, mentais e sociais. Uma vez que nenhum homem é uma ilha e toda e qualquer ação cometida por um indivíduo tem importância relevante na vida de outros, toda a sociedade, em especial a família, de um acometido pelo AVE, também sofre das consequências (LAVINSKY, 2004). Objetivos Entender, conhecer e descrever não somente a doença e o indivíduo acometido por ela, mas também o contexto social em que esse paciente é inserido e o papel do cuidador, que muitas vezes é negligenciado. Metodologia Trata-se de revisão de literatura onde foram utilizadas as base de dados Lilacs, Google Scholar e Scielo além de referências do acervo físico da Biblioteca Central do Centro Universitário Filadélfia – Unifil. A coleta de dados foi realizada no período de março a agosto de 2014. Os descritores utilizados para a revisão foram: Acidente Vascular Encefálico, Sociedade e Cuidador. Resultados O processo de reabilitação e habilitação de um paciente neurológico é uma conquista lenta, de longo prazo, que exige muita força de vontade não somente do paciente, mas de todos a sua volta. Neste caso, enfatiza-se a importância que se dá ao cuidador de uma pessoa acometida por AVE, que muitas vezes fica em segundo plano devido à gravidade visível das sequelas deixadas pela doença no indivíduo lesado. Assim, os cuidadores mudam completamente sua rotina de vida, deixam seus empregos, atividades de lazer e cuidados pessoais para promover melhor cuidado ao paciente, fato que traz inúmeras consequências como a sobrecarga de trabalho e alguns sintomas como cansaço e distúrbio do sono, por levantar várias vezes durante a noite para atender chamados do acometido, cefaléias, perda de peso e hipertensão (BOCCHI, 2004). Discussão A tarefa de cuidar é uma tarefa que exige muito do cuidador. O paciente com sequelas de AVE muitas vezes é um paciente totalmente dependente e sendo assim o cuidador precisa de cuidados não somente físicos mas também psicológicos, pois ver alguém que na maioria das vezes era ativo em um estado ruim é desgastante, deprimente e causa muita insegurança e a esperança para uma reabilitação vem de uma crença espiritual, na importância da reabilitação e, é fato de que o estado do cuidador interfere no processo de reabilitação do paciente. Além disso, há o isolamento do paciente e de sua família devido á dificuldade das pessoas conviverem com as diferenças (PRADO, 2003). É comum afirmar que o Acidente Vascular Encefálico é uma doença súbita, ou seja, de repente o indivíduo pode ser acometido por um “derrame”, ficar hospitalizado e ter conhecimento de que sofreu AVE. Desta forma, não somente o acometido é pego desprevenido, mas também a sua família. Muitas vezes, a família não tem estrutura alguma para se adaptar para cuidar de um acamado, cadeirante, pessoa com hemiplegia, com a sua funcionalidade motora comprometida, ou seja, uma pessoa algumas vezes completamente dependente. Na maioria dos casos, as pessoas não sabem ao menos o que é AVE. Sendo assim, destaca-se a colaboração que o profissional, que trabalha na reabilitação do paciente,pode desempenhar ao pensar nas mudanças que ocorrem com a família e não, simplesmente, focar no paciente. Conclusão O Acidente Vascular Encefálico é uma doença grave, que deixa na maioria das vezes diversas lesões e sequelas prejudicando a integridade funcional do acometido e isso, leva o paciente a precisar de cuidados especiais. O cuidador é uma figura importante na vida do paciente e sua presença torna-se indispensável, dependendo, principalmente, da gravidade do AVE. Com isso, o cuidador fica sobrecarregado, muda seu estilo de vida, sua saúde física e mental é afetada e ele deixa de se cuidar para cuidar do paciente. Assim, estes cuidadores são muitas vezes esquecidos, esquecendo-se, inclusive, de si mesmos. Referências BOCCHI. S. C. M. Vivenciando a sobrecarga ao vir a ser um cuidador familiar de uma pessoa com acidente vascular cerebral (AVC): análise do conhecimento. Revista Latino-Americana de Enfermagem, São Paulo, p. 38-97, 2004. LAVINSKY, Andréa Evangelista. Processo de cuidar do idoso com Acidente Vascular Encefálico: Sentimentos dos familiares envolvidos. São Paulo, n. 1, p. 4145, 2009. PRADO, A.F.A. Família e deficiência. São Paulo: Casa do psicólogo, 2004.