1P O s S E
NO IBRAM
eles disseram
Fotos Tico Fonseca
Ricardo Vesconvi, Fernando Coura e Murilo Ferreira
LIDERANÇA
“Precisamos de uma entidade forte,
de alguém como Fernando Coura, com
liderança e responsabilidade para dar os
passos em relação ao futuro”.
Murilo Ferreira, presidente da Vale
ATUAÇÃO
FERNANDO Coura chega à sede do ibram em Brasília: reunião e compromisso do mundo da mineração
Alberto Pinto Coelho, Coura e Claudio Scliar
Novo presidente propõe
DIÁLOGO E SUSTENTABILIDADE
A
posse do engenheiro José
Fernando Coura no dia
14 abril, em Brasília, como
novo diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração
(IBRAM), foi o que se esperava:
um acontecimento.
O “Chico Buarque da mineração responsável” como foi chamado (e também de sedutor e
“the man”) provou que tem carisma entre empresários, políticos,
ambientalistas, jornalistas, amigos e parentes.
A justificativa política e econômica de tanto prestígio foi mostrada também pelo novo presidente
do Conselho Diretor do IBRAM
e anfitrião do evento, Ricardo
Vesconvi. “A mineração emprega
mais de dois milhões de pessoas e
é responsável por 30% da balança
comercial brasileira. O país precisa se orgulhar de ter uma indústria mineral moderna e eficiente,
que seja definitivamente parceira
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n
ecológico/MAIO DE 2012
do desenvolvimento sustentável.
Queremos que a sociedade tenha
orgulho da nossa atividade, agora
e no futuro” -conclamou Vesconvi, que é também presidente da
Samarco onde, em uma ousada
inovação, unificou em uma diretoria as gestões de produção (operação) e ambiental (preservação),
promovendo o diálogo entre elas.
Para conseguir este reconhecimento social, pela via da sustentabilidade, ele foi pontual:
“A história de Fernando Coura
se confunde com a da mineração brasileira, tal como sua experiência e representatividade.
Ele tem o diálogo e a busca pela
convergência como uma de suas
marcas principais”.
“Me ajudem”
“O tempo da arrogância do setor já
passou”, completou Vesconvi, lembrando o que, à frente do Sindiextra, Coura conseguiu em Minas,
em defesa da mineração responsável, ao dialogar sem preconceito
com todas as partes envolvidas. E,
com isso, ao distinguir as empresas
sérias das irresponsáveis, e se juntar às ONGs, aos órgãos ambientais e veículos de comunicação
especializados e comprometidos
com a sustentabilidade, conseguiu
por fim ao falso dilema mineração
versus meio ambiente.
Em seu discurso, agora à frente
de um orçamento e investimento do setor de R$ 68,5 bilhões até
2017 no país, o novo presidente
do IBRAM se mostrou otimista,
encorajado e humilde: “Me ajudem!”, repetiu Coura, em seu
conhecido refrão. Mais do que
ninguém, ele sabe que, em tempos de redes sociais, do poder
das ONGs e aumento irreversível da consciência ambiental da
população frente às mudanças
climáticas em todo o planeta,
não basta mais ao setor ter ape-
“O Coura é muito atuante, trabalhador,
conhece o setor de mineração, é muito
bem relacionado com as empresas e o
poder público. Temos certeza que fará uma
grande administração à frente do IBRAM,
pela sua forma correta de agir e trabalhar”.
Robson Andrade, presidente da
Confederação Nacional da Indústria (CNI)
REPRESENTATIVIDADE
Fernando Coura, Margarida Martins Coura e Eduardo Azeredo
“Fernando representa a mineração
sustentável, tanto que recebeu a nossa
confiança ao ser indicado presidente
do Conselho Curador da Fundação
Biodiversitas”.
Ângelo Machado, ambientalista,
vencedor do Prêmio Hugo Werneck
de Sustentabilidade´2010, categoria
“Personalidade do Ano”.
SÍNTESE
“Fernando Coura é o homem da conciliação
e do entendimento, do diálogo e do
consenso, na construção de sínteses entre
diferenças aparentemente irreconciliáveis”.
Alberto Pinto Coelho,
vice-governador de Minas
Alexandre Sion, Coura e Hiram Firmino
nas poder econômico, como o
IBRAM sempre apostou. E por
isso, criou vários obstáculos políticos principalmente junto ao
segundo estado mais mineral do
país. Como disse a repórter Raquel Faria, em sua coluna sobre
política no jornal “O Tempo”, o
governo e a sociedade engajada
também têm armas potentes,
ainda mais em época de eleição:
“em Minas ninguém mais implanta novos projetos minerais
sem licença social e política”.
Daí a fala assertiva de Fernando
Coura na cerimônia: “O diálogo
será a marca da nova gestão do
IBRAM. Vamos evidenciar a sinergia entre o setor empresarial e o
poder público. Isso nos permitirá
sermos o grande aglutinador do
segmento mineral para superarmos as questões em comum que
temos pela frente”, afirmou.
ecológico/MAIO DE 2012 n 69
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