Teoria Geral da Administração Abordagem Comportamental da Administração Prof. Paulo César Campos Bibliografia: Idalberto Chiavenato Elsevier/Campus SUMÁRIO RESUMIDO PARTE 1: INTRODUÇÃO À TGA PARTE 2: OS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO PARTE 3: ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO PARTE 4: ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO PARTE 5: ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO PARTE 6: ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO PARTE 7: ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO PARTE 8: ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO PARTE 9: ABORDAGEM CONTINGENCIAL DA ADMINISTRAÇÃO PARTE 10: NOVAS ABORDAGENS EM ADMINISTRAÇÃO PARTE - 7 ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO Capítulo 13 Teoria Comportamental da Administração (Dinamizando a Empresa por meio de Pessoas) • • • • • • • • • As Origens da Teoria Comportamental. As Novas Proposições sobre Motivação Humana. Os Estilos de Administração. A Organização como um Sistema Social Cooperativo. O Processo Decisório. O Comportamento Organizacional. O Conflito entre objetivos organizacionais e individuais. As Novas Proposições sobre Liderança. Apreciação Crítica da Teoria Comportamental Caso Introdutório: Seleção de futebol Pág: Pág:327 327 Zico pulou da posição de jogador para técnico de futebol. Um verdadeiro coach. Recentemente, Zico recebeu a incumbência de formar uma equipe de futebol capaz de representar o país em uma competição mundial. Trata-se de disputar uma série de partidas com vários times e levar a taça no final da competição. Uma tarefa complexa que exige a composição de uma equipe integrada, cooperativa, coesa e excelente. Zico tem pela frente vários desafios • • • • Quem convocar? Quais os talentos a juntar? Como treinar e preparar a equipe? Como criar uma cultura de excelência? Como conduzir a equipe? Como você poderia ajudar Zico? Figura 13.2/5. Hierarquia das Necessidades segundo Maslow Necessidades de Auto-realização Necessidades Secundárias Estima Sociais Necessidades Primárias Segurança Fisiológicas • Trabalho criativo e desafiante • Diversidade e autonomia • Participação nas decisões • Responsabilidade por resultados • Orgulho e reconhecimento • Promoções • Amizade dos colegas • Interação com clientes • Chefe amigável • Condições seguras de trabalho • Remuneração e benefícios • Estabilidade no emprego • Intervalos de descanso • Conforto físico • Horário de trabalho razoável Figura 13.4. Hierarquia de Necessidades Auto-Realização Estima • Auto-realização Sociais • Satisfação do ego • Orgulho Segurança • Status e prestígio • Relacionamento • Amizade Fisiológicas • Alimento • Repouso • Abrigo • Sexo • Segurança • Proteção contra: •Perigo •Doença •Incerteza •Desemprego • Aceitação • Afeição • Compreensão • Consideração • Auto-respeito • Reconhecimento • Confiança • Progresso • Apreciação • Admiração dos colegas • Auto-desenvolvimento • Excelência pessoal •Competência •Expertise Quadro 13.1. Fatores Motivacionais e Higiênicos (Herzberg) Fatores Motivacionais (Satisfacientes) Fatores Higiênicos (Insatisfacientes) Conteúdo Conteúdodo doCargo Cargo Contexto Contextodo doCargo Cargo (Como (Comoaapessoa pessoase sesente sente em relação ao seu cargo): em relação ao seu cargo): (Como (Comoaapessoa pessoase sesente sente em relação à sua empresa): em relação à sua empresa): 1. 1. Trabalho Trabalhoem emsi. si. 1. 1. 2. 2. Realização. Realização. 2. 2. Administração Administraçãoda daempresa. empresa. 3. 3. Reconhecimento Reconhecimento 3. 3. Salário. Salário. 4. 4. Progresso Progressoprofissional. profissional. 4. 4. Relações Relaçõescom comoosupervisor. supervisor. 5. 5. Responsabilidade. Responsabilidade. 5. 5. Benefícios Benefícioseeserviços serviçossociais. sociais. Condições Condiçõesde detrabalho. trabalho. Figura 13.7. O enriquecimento vertical e horizontal Carga Vertical (maior profundidade) Atribuir responsabilidades mais elevadas Carga Horizontal (maior amplitude) Incluir o pré-trabalho Para enriquecer o cargo, deve-se rearranjar os seus elementos Automatizar ou atribuir as tarefas mais simples a outros Incluir o trabalho posterior Exercício: Pág: Pág:336 336 A função do consultor de empresas O que leva funcionários a dedicarem-se ao trabalho, vestirem a camisa da empresa e a lutarem por ela? O que faz com que dêem o máximo possível para ajudar a empresa a ser realmente competitiva? Pensando em como motivar seu pessoal, o presidente da Corporation, Baltazar Figueira contratou um consultor de empresas para assessorá-lo nessa empreitada. Como o consultor poderia explicar a Baltazar as novas proposições sobre a motivação humana e como utilizá-las adequadamente na sua empresa? Caso Introdutório: Seleção de futebol Zico precisa ensinar os jogadores a terem uma visão mais ampla de suas funções. O trabalho em equipe exige que cada um faça a sua parte e ajude os outros a fazerem cada qual sua parte para que no conjunto a equipe se torne coesa e excelente. Isso significa uma ampliação da função de cada jogador: ele precisa jogar por si e para os outros. O trabalho em equipe não é individual, mas coletivo. Não é intraorientado, mas orientado para o trabalho de toda a equipe. Como você poderia ajudar Zico? Teoria X Teoria X e Teoria Y 1. 1. As Aspessoas pessoassão sãoindolentes indolentesee 1. 1. As Aspessoas pessoasgostam gostamde deatividade. atividade. 2. 2. Falta-lhes Falta-lhesambição ambiçãoeeevitam evitam ootrabalho. trabalho. 2. 2. As Aspessoas pessoasnão nãosão sãopassivas. passivas. 3. 3. Têm Têmmotivação motivaçãoeepotencial potencialde de desenvolvimento. desenvolvimento. 4. 4. Aceitam Aceitamresponsabilidade. responsabilidade. 5. 5. Têm Têmimaginação imaginaçãoeecriatividade. criatividade. 1. 1. AAAdministração Administraçãoééum umprocesso processo de dirigir o comportamento de dirigir o comportamentodas das pessoas em direção dos objetivos pessoas em direção dos objetivos organizacionais organizacionaiseepessoais. pessoais. 2. 2. AAtarefa tarefada daAdministração Administraçãoéécriar criar condições organizacionais condições organizacionais através atravésdas dasquais quaisas aspessoas pessoas possam atingir seus objetivos possam atingir seus objetivos pessoais. pessoais. 3. 3. Resistem Resistemàs àsmudanças mudanças 4. 4. Sua Suadependência dependênciaas astorna torna incapazes de autocontrole incapazes de autocontrole eeautodisciplina. autodisciplina. 1. 1. AAAdministração Administraçãoééum umprocesso processode de dirigir esforços das pessoas dirigir esforços das pessoas 2. 2. As Aspessoas pessoasdevem devemser serpersuadidas persuadidas eemotivadas. motivadas. 3. 3. Teoria Y As Aspessoas pessoasdevem devemreceber receber incentivos econômicos incentivos econômicoscomo como recompensa. recompensa. Caso Introdutório: Seleção de futebol Zico sabe muito bem que sua atuação não pode ser autocrática e impositiva. A equipe deve aprender a decidir por si própria no campo de batalha. Seu estilo de direção deve ser participativo, democrático e aberto. Quais seriam suas sugestões para melhorar o trabalho de Zico? Pág: Pág:340 340 Tabela 13.1. Os 4 sistemas administrativos de Likert Variáveis Variáveis Principais: Principais: Processo Processo Decisório Decisório Sistema Sistema de de Comunicações Comunicações Autoritário Autoritário Coercitivo Coercitivo Autoritário Autoritário Benevolente Benevolente Centralizado Centralizado na nacúpula cúpula Centralizado Centralizado com compequena pequena delegação, delegação,de de rotina rotina Consultivo Consultivo Consulta Consulta permitindo permitindo delegação delegaçãoee participação participação Participativo Participativo Descentralizado Descentralizado AAcúpula cúpuladefine define políticas políticasee controla controla resultados resultados Muito Precário Fluxo Muitoprecário precário Precário Fluxovertical vertical Só verticais e Descendentes (descendente Só verticais e Descendentes (descendente descendentes prevalecem sobre e descendentes prevalecem sobre eascendente) ascendente) carregando ordens ascendentes e horizontal carregando ordens ascendentes e horizontal Relações Relações Interpessoais Interpessoais São Sãovedadas vedadasee prejudiciais prejudiciaisàà empresa empresa São Certa Sãotoleradas toleradas Certaconfiança confiança mas a organização nas pessoas mas a organização nas pessoasee informal informalééuma uma nas nasrelações. relações. ameaça ameaça Sistemas Sistemas de de Recompensas Recompensas eePunições Punições Punições Puniçõeseeações ações Menor Menorarbitrariearbitrarie- Recompensas Recompensas disciplinares dade. Recompenmateriais disciplinares dade. Recompen- materiaisee Obediência sociais. Obediênciacega cega sas sassalariais salariaisee sociais.Raras Raras raras sociais punições. raras sociais punições. Eficiente Eficienteee básico básicopara para oosucesso sucessoda da empresa empresa Trabalho Trabalhoem em equipe com equipe com Formação Formaçãode de grupos. grupos. Participação Participaçãoee envolvimento envolvimento Recompensas Recompensas sociais sociaisee materiais. materiais. Pág: Pág:345 345 Exercício: A nova presidência da Photon Eduardo Barreto está na Photon há mais de 10 anos. Fez uma carreira brilhante, apesar de sua insatisfação com o modelo hierarquizado, autoritário, rígido e Impositivo ali reinante. Agora, sabe que nos próximos meses receberá a incumbência que sempre sonhou: presidir a tradicional e fechada companhia. Eduardo quer mudar a empresa. O que ele poderia fazer? Organização como um sistema social cooperativo 1. 1. Interação Interaçãoentre entreduas duasou oumais maispessoas. pessoas. 2. 2. Desejo Desejoeedisposição disposiçãopara paraaacooperação. cooperação. 3. 3. Finalidade Finalidadede dealcançar alcançarum umobjetivo objetivocomum. comum. Alcance de objetivos Organizacionais (Lucro, produtividade, crescimento da empresa, redução de custos) Eficácia Gerente Alcance de objetivos Individuais (promoção pessoal, carreira, salário, benefícios, segurança, prestígio) Eficiência Teoria das Decisões Etapas Etapasdo do Processo Decisório Processo Decisório Elementos Elementosdo do Processo ProcessoDecisório Decisório •• Tomador Tomadorde dedecisão. decisão. •• Objetivos Objetivosaaalcançar. alcançar. •• Preferências Preferênciaspessoais. pessoais. 4. 4. Estratégia. Estratégia. 5. 5. Situação. Situação. 6. 6. Resultado. Resultado. 1. 1. Percepção Percepçãoda dasituação. situação. 2. 2. Análise Análiseeedefinição definiçãodo doproblema. problema. 3. 3. Definição Definiçãodos dosobjetivos. objetivos. 4. 4. Procura Procurade dealternativas alternativasde desolução. solução. 5. 5. Avaliação Avaliaçãoeecomparação comparaçãodas dasalternativas. alternativas. 6. 6. Escolha Escolhada daalternativa alternativamais maisadequada. adequada. 7. 7. Implementação Implementaçãoda daalternativa alternativaescolhida. escolhida. Caso Introdutório: Pág: Pág:351 351 Seleção de futebol Zico tem plena consciência de que um jogo de futebol é constituído por processos de decisão que os jogadores tomam a cada instante no decorrer do jogo enquanto visualizam o desdobrar da partida. Essas decisões dão a continuidade do jogo e podem levar à vitória ou à derrota do time. O jogador é um tomador de decisões. Quando essas decisões são antecipatórias, o jogador se torna um estrategista e constrói o futuro de cada jogada. Como melhorar o processo decisório dos jogadores? Comportamento Organizacional Conceitos Conceitosbásicos: básicos: •• Incentivos Incentivosou oualicientes. alicientes. •• Utilidade Utilidadedos dosincentivos. incentivos. •• Contribuições. Contribuições. •• Utilidade Utilidadedas dascontribuições. contribuições. Teoria Teoriado doEquilíbrio EquilíbrioOrganizacional: Organizacional: 1. 1. AAorganização organizaçãoééum umsistema sistemade de comportamentos sociais intercomportamentos sociais interrelacionados relacionadosdos dosparticipantes. participantes. 2. 2. Cada Cadaparticipante participanterecebe recebeincentivos incentivosem em em troca dos quais faz contribuições em troca dos quais faz contribuiçõesàà organização. organização. 3. 3. OOparticipante participantemantém mantémsua suaparticipação participação enquanto os incentivos que recebe enquanto os incentivos que recebeforem forem iguais ou maiores do que as contribuições. iguais ou maiores do que as contribuições. 4. 4. As Ascontribuições contribuiçõesdos dosparticipantes participantessão sãoaa fonte fontena naqual qualaaorganização organizaçãose sealimenta alimenta para dar novos incentivos. para dar novos incentivos. 5. 5. AAorganização organizaçãoserá serásolvente solventeenquanto enquantoas as contribuições forem suficientes para contribuições forem suficientes para proporcionar proporcionarincentivos incentivosem emquantidade quantidade suficiente para induzir os participantes suficiente para induzir os participantes ààprestação prestaçãode denovas novascontribuições. contribuições. Tabela 13.2. Os parceiros do negócio Participantes (Parceiros) Contribuições (Investimentos Pessoais) Incentivos (Retorno Esperado) Empregados Contribuem com trabalho, dedicação, esforço pessoal, desempenho, lealdade, assiduidade. Motivados por salário, benefícios, prêmios, elogios, oportunidades, reconhecimento, segurança no trabalho. Investidores Contribuem com dinheiro ou capital na forma de ações, empréstimos, financiamentos. Motivados por rentabilidade, lucratividade, dividendos, liquidez, retorno do investimento. Fornecedores Contribuem com matérias-primas, materiais, tecnologias, serviços especializados. Motivados por preço, condições de pagamento, faturamento, garantia de novos negócios. Contribuem com dinheiro pela aquisição dos produtos/serviços e seu consumo ou utilização. Motivados pelo preço, qualidade, condições de pagamento, satisfação de necessidades. Clientes Conflito entre objetivos organizacionais e objetivos individuais 1. 1. ÉÉpossível possívelaaintegração integraçãodas dasnecessidades necessidadesindividuais individuaisde de auto-expressão com os requisitos de produção da auto-expressão com os requisitos de produção da organização. organização. 2. 2. As Asorganizações organizaçõesque queapresentam apresentamalto altograu graude deintegração integraçãoentre entre objetivos individuais e organizacionais são mais produtivas objetivos individuais e organizacionais são mais produtivas do doque queas asdemais. demais. 3. 3. Em Emvez vezde dereprimir reprimiroodesenvolvimento desenvolvimentoeeoopotencial potencialdo do indivíduo, as organizações podem contribuir para sua indivíduo, as organizações podem contribuir para sua melhoria melhoriaeeaplicação. aplicação. Negociação 1. 1. Envolve Envolvepelo pelomenos menosduas duaspartes. partes. 2. 2. As Aspartes partesenvolvidas envolvidasapresentam apresentamconflito conflitode deinteresses. interesses. 3. 3. As Aspartes partesestão estãotemporariamente temporariamenteunidas unidasem emum umtipo tipo de relacionamento voluntário. de relacionamento voluntário. 4. 4. Esse Esserelacionamento relacionamentoestá estávoltado voltadopara paraaadivisão divisãoou outroca trocade de recursos específicos ou resolução de assuntos entre as partes. recursos específicos ou resolução de assuntos entre as partes. 5. 5. AAnegociação negociaçãoenvolve envolveaaapresentação apresentaçãode dedemandas demandasou oupropostas propostas de uma parte e, em seguida, as concessões e as contrapropostas. de uma parte e, em seguida, as concessões e as contrapropostas. 6. 6. AAnegociação negociaçãoééum umprocesso, processo,uma umaatividade atividadeseqüencial seqüencialee não-simultânea. não-simultânea. Novas proposições sobre liderança Estilos Estilosde deliderança liderança segundo segundoLikert: Likert: •• Autoritário Autoritárioexplorador. explorador. •• Autoritário Autoritáriobenevolente. benevolente. •• Consultivo. Consultivo. •• Participativo. Participativo. Quatro Quatrocompetências competênciasdo dolíder líder segundo Bennis: segundo Bennis: •• Gerência Gerênciada daatenção. atenção. •• Gerência Gerênciado dosignificado. significado. •• Gerência Gerênciada daconfiança. confiança. •• Gerência Gerênciade desi sipróprio. próprio. Exercício: Pág: Pág:358 358 As relações de intercâmbio de Maria José Uma mão lava a outra. É o que Maria José pensa. Sempre se dedicou à companhia onde trabalha, Mas nunca recebeu nada em troca de seus esforços e dedicação. Agora, Maria José quer paridade: trabalhar em função daquilo que a empresa lhe dá. Isso significa trabalhar bem menos do que sempre fez. Se você fosse chefe de Maria José, o que faria nessa situação? Apreciação Crítica da Teoria Comportamental 1. 1. Ênfase Ênfasenas naspessoas. pessoas. 2. 2. Abordagem Abordagemmais maisdescritiva descritivaeemenos menosprescritiva. prescritiva. 3. 3. Profunda Profundareformulação reformulaçãona nafilosofia filosofiaadministrativa. administrativa. 4. 4. Dimensões Dimensõesbipolares bipolaresda daTeoria TeoriaComportamental. Comportamental. 5. 5. AArelatividade relatividadedas dasTeorias Teoriasde deMotivação. Motivação. 6. 6. Influência Influênciadas dasciências ciênciasdo docomportamento comportamentosobre sobreaaAdministração. Administração. 7. 7. AAorganização organizaçãocomo comoum umsistema sistemade dedecisões. decisões. 8. 8. Visão Visãotendenciosa. tendenciosa. Caso Pág: Pág:363 363 A motivação que leva ao lucro Todos os presidentes das subsidiárias da Hewlett-Packard (HP) no mundo todo são também responsáveis por uma área de negócios. O objetivo é buscar agilidade e mudança. A HP passa por um processo mundial de reestruturação, dividindo-a em duas empresas: uma para cuidar dos produtos de computação e imagem (com forte atuação na Internet) e outra para produtos de medição. Mas, o importante é o seu HP Way: o jeito HP de administrar os negócios e pessoas. Essa filosofia cria um ambiente interno de motivação e estímulo – condições para que as pessoas façam um ótimo trabalho e os resultados apareçam. Na cultura HP Way não há senhor, nem salas fechadas. A informalidade é a norma e o tratamento pessoal sem barreiras faz parte do sistema de valores, que inclui ética, confiança, respeito, trabalho em equipe, flexibilidade e inovação. O HP Way se assenta em 4 políticas: 1. A HP não discrimina pessoas. 2. Ninguém é demitido sem ter a chance de melhorar. 3. Não há distinção das pessoas pelo cargo que ocupam. 4. A ética é inegociável. Sua quebra é falta grave. O respeito às pessoas é fundamental. O papel de todos na HP é o de construir o melhor lugar para se trabalhar. Capítulo 14 Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO) (Empreendendo a Mudança e a Renovação Organizacional) • • • • • • As Origens do DO. As Mudanças e a Organização. O Que é Desenvolvimento Organizacional. O Processo de DO. Os Modelos de DO. Apreciação Crítica do DO. Caso Introdutório: Pág: Pág:369 369 A Júpiter S/A Para migrar de uma estrutura tradicional, conservadora e autocrática para uma organização mais participativa e dinâmica, a diretora presidente da Júpiter S/A, Marina Guillon tem desafios pela frente. O primeiro passo é mudar a organização convencional do trabalho na base da empresa. A organização burocrática, pesada e lerda deve ser substituída por equipes e células de produção. Marina pretende que todo tipo de trabalho seja organizado ao redor de equipes de 10 a 12 pessoas. Cada equipe será responsável por uma tarefa total, como instalação do sistema elétrico, manutenção de máquinas e robôs, instalação de unidades de portas. Como você poderia ajudá-la a implantar tal sistema de trabalho? Origens do DO 1. 1. AAdificuldade dificuldadeem emoperacionalizar operacionalizaros osconceitos conceitosda dateoria teoriaadministrativa. administrativa. 2. 2. Os Osestudos estudossobre sobreaamotivação motivaçãohumana. humana. 3. 3. AAcriação criaçãodo doNational NationalTraining TrainingLaboratory Laboratory(NTL). (NTL). 4. 4. AApublicação publicaçãode deum umlivro livrosobre sobreT-Groups. T-Groups. 5. 5. AApluralidade pluralidadede demudanças mudançasno nomundo. mundo. 6. 6. AAfusão fusãode deduas duastendências: tendências:estrutura estruturaeecomportamento comportamentoorganizacional. organizacional. 7. 7. Os Osestudos estudossobre sobreconflitos conflitosinterpessoais interpessoais––organizacionais. organizacionais. 8. 8. As Asvariáveis variáveisbásicas: básicas:ambiente, ambiente,organização, organização,grupo grupoeeindivíduo. indivíduo. As Mudanças e a Organização 1. 1. Um Umnovo novoconceito conceitode deorganização. organização. 2. 2. Conceito Conceitode decultura culturaorganizacional. organizacional. 3. 3. Clima Climaorganizacional. organizacional. 4. 4. Mudança Mudançada dacultura culturaeedo doclima climaorganizacional. organizacional. 5. 5. Conceito Conceitode demudança. mudança. 6. 6. OOprocesso processode demudança mudançasegundo segundoLewin. Lewin. 7. 7. Conceito Conceitode dedesenvolvimento. desenvolvimento. 8. 8. Fases Fasesda daorganização. organização. 9. 9. Críticas Críticasàs àsestruturas estruturasconvencionais. convencionais. Quadro 14.1. Sistemas mecânicos e sistemas orgânicos Sistemas Mecânicos Sistemas Orgânicos •• Ênfase Ênfasenos noscargos cargoseenos nos indivíduos que os ocupam. indivíduos que os ocupam. •• Ênfase Ênfasenos nosrelacionamentos relacionamentos entre e dentro entre e dentrodos dosgrupos. grupos. •• Relacionamento Relacionamentodo dotipo tipo autoridade-dependência. autoridade-dependência. •• Confiança Confiançaeecrença crençarecíprocas. recíprocas. •• Rígida Rígidaadesão adesãoààautoridade autoridadeee responsabilidade responsabilidadedividida. dividida. •• Interdependência Interdependênciaee responsabilidade responsabilidadecompartilhadas. compartilhadas. •• Divisão Divisãodo dotrabalho trabalhoee supervisão supervisãorígida. rígida. •• Participação Participaçãoeeresponsabilidade responsabilidade grupal. grupal. •• Processo Processodecisório decisóriocentralizado. centralizado. •• Processo Processodecisório decisóriodescentralizado. descentralizado. •• Controle Controlerigidamente rigidamente centralizado centralizado •• Compartilhamento Compartilhamentode deresponsabilidade responsabilidade eede controle. de controle. •• Solução Soluçãode deconflitos conflitospor pormeio meio de repressão e/ou hostilidade. de repressão e/ou hostilidade. •• Solução Soluçãode deconflitos conflitosatravés atravésde de negociação ou solução de problemas. negociação ou solução de problemas. As Mudanças e a Organização 1. 1. Um Umnovo novoconceito conceitode deorganização. organização. 2. 2. Conceito Conceitode decultura culturaorganizacional. organizacional. 3. 3. Clima Climaorganizacional. organizacional. 4. 4. Mudança Mudançada dacultura culturaeedo doclima climaorganizacional. organizacional. 5. 5. Conceito Conceitode demudança. mudança. 6. 6. OOprocesso processode demudança mudançasegundo segundoLewin. Lewin. 7. 7. Conceito Conceitode dedesenvolvimento. desenvolvimento. 8. 8. Fases Fasesda daorganização. organização. 9. 9. Críticas Críticasàs àsestruturas estruturasconvencionais. convencionais. Figura 14.1. O iceberg da cultura organizacional Aspectos formais e abertos: • • • • • • • Estrutura organizacional Títulos e descrições de cargos Objetivos e estratégias Tecnologia e práticas operacionais Políticas e diretrizes de pessoal Métodos e procedimentos Medidas de produtividade Componentes visíveis e publicamente observáveis, orientados para aspectos operacionais e de tarefas Aspectos informais e ocultos: • • • • • • • Padrões de influenciação e poder Percepções e atitudes das pessoas Sentimentos e normas de grupos Crenças, valores e expectativas Padrões informais de integração Normas grupais Relações afetivas Componentes invisíveis e cobertos, afetivos e emocionais, orientados para aspectos sociais e psicológicos Figura 14.2. O processo de mudança Descongelamento Velhas idéias e práticas são derretidas, abandonadas e desaprendidas Mudança Novas idéias e práticas são exercitadas e aprendidas Identificação Internalização Recongelamento Novas idéias e práticas são incorporadas definitivamente ao comportamento Suporte Reforço Figura 14.3. O campo de forças no processo de mudança Forças Positivas (apoio e suporte) Forças positivas à mudança são maiores do que as forças negativas Tentativa de mudança bem-sucedida Nova Situação Velha Situação Forças negativas à mudança são maiores do que as forças positivas Forças Negativas (oposição e resistência) Tentativa de mudança mal-sucedida Nova Situação Figura 14.4. Os tipos de mudança organizacional Mudanças na Estrutura Organizacional Redesenho da organização. Mudança do formato do trabalho. Nova configuração do negócio. Mudanças na Tecnologia Novos equipamentos. Novos processos de trabalho. Redesenho do fluxo de trabalho. Desempenho Organizacional Mudanças nos Produtos / Serviços Mudanças na Cultura Organizacional Novos produtos. Novos serviços. Desenvolvimento de produtos. Novos clientes. Novas atitudes, percepções, Expectativas. Nova mentalidade. Novas habilidades e competências. Novos resultados. Melhorado Figura 14.5. As etapas da mudança organizacional Forças Ambientais Competição globalizada, clientes, concorrentes, fornecedores, etc. Forças Internas Missão, objetivos, planos, problemas e necessidades da organização Necessidade de Mudança Diagnóstico da Mudança Implementação da Mudança Análise dos problemas e necessidades Definição das mudanças necessárias em tecnologias, produtos, estrutura e cultura Utilização da análise de campo de forças e táticas de ultrapassar a resistência à mudança Figura 14.6. As forças positivas e negativas à mudança Forças Impulsionadoras e Favoráveis • Desejo de mudar Forças Restritivas e Impeditivas Mudança • Desejo de ficar + • Vontade de manter o status quo • Vontade de melhorar Passagem • Novas idéias + • Inconformismo • Empreendedorismo - estado • Criatividade • Inovação de um + + para outro • Velhas idéias • Conservantismo - - • Rotina • Conformismo • Burocratismo Quadro 14.2 Valores organizacionais Tópicos da Administração Tradicional Tópicos do Desenvolvimento Organizacional • Avaliação negativa das pessoas • Visão das pessoas como seres humanos • Visão do homem como um ser definitivo • Visão do homem como um ser em crescimento • Não aceitação das diferenças individuais • Aceitação e utilização das diferenças individuais • Ênfase nos cargos e não nas pessoas • Visão do indivíduo como uma personalidade • Supressão da expressão de sentimentos • Possibilidade de expressão dos sentimentos • Uso de máscara e representação • Adoção do comportamento autêntico • Uso do status para manter poder e prestígio • Desconfiança em relação às pessoas • Uso do status para atingir objetivos organizacionais • Confiança nas pessoas • Fuga à aceitação de riscos • Desejo e aceitação de riscos • Ênfase na competição entre as pessoas • Ênfase na colaboração entre as pessoas Fases da organização e críticas do DO Fases Fasesda daOrganização: Organização: 1. 1. Fase Fasepioneira. pioneira. 2. 2. Faz Fazde deexpansão. expansão. 3. 3. Fase Fasede deregulamentação. regulamentação. 4. 4. Fase Fasede deburocratização. burocratização. 5. 5. Fase Fasede dereflexibilização. reflexibilização. Críticas Críticasàs àsestruturas estruturasconvencionais: convencionais: 1. 1. OOpode podeda daadministração administraçãofrustra frustraeealiena alienaaapessoa. pessoa. 2. 2. AAdivisão divisãodo dotrabalho trabalhoimpede impedeoocompromisso compromissoemocional. emocional. 3. 3. AAautoridade autoridadeúnica únicarestringe restringeaacomunicação. comunicação. 4. 4. As Asfunções funçõespermanentes permanentestornam-se tornam-sefixas fixaseeimutáveis. imutáveis. Caso Introdutório: Pág: Pág:383 383 A Júpiter S/A O segundo passo de Marina Guillon é mudar a tradicional e velha cultura da empresa para reforçar o estilo mais colaborativo de trabalhar. As equipes de trabalho não devem ter supervisor no sentido tradicional. Elas serão constituídas de operários altamente treinados para fazer seu próprio trabalho, controle de seus orçamentos, monitoração da qualidade de seu próprio trabalho e auto-gerenciamento. Cada equipe deve solucionar seus próprios problemas, selecionar e admitir seus membros, cuidar da própria disciplina, horário, programa de trabalho, etc. Como você poderia ajudar Marina a conseguir tudo isso? As características 1. 1. Focalização Focalizaçãona naorganização organizaçãocomo comoum umtodo. todo. 2. 2. Orientação Orientaçãosistêmica. sistêmica. 3. 3. Agente Agentede demudança. mudança. 4. 4. Solução Soluçãode deproblemas. problemas. 5. 5. Aprendizagem Aprendizagemexperiencial. experiencial. 6. 6. Processos Processosde degrupo grupoeedesenvolvimento desenvolvimentode deequipes. equipes. 7. 7. Retroação. Retroação. 8. 8. Orientação Orientaçãocontingencial. contingencial. 9. 9. Desenvolvimento Desenvolvimentode deequipes. equipes. 10. 10. Enfoque Enfoqueinterativo. interativo. e objetivos do DO 1. 1. Criação Criaçãode deum umsenso sensode deidentidade. identidade. 2. 2. Desenvolvimento Desenvolvimentodo doespírito espíritode deequipe. equipe. 3. 3. Aprimoramento Aprimoramentoda dapercepção percepçãocomum. comum. Pág: Pág:384 384 Exercício: Como mudar a Compass? Em uma organização muito grande as mudanças custam mais para acontecer, pois estrutura, cultura e pessoas estão organizadas para manter e conservar o status quo. Para implementar mais rapidamente as mudanças na Compass, Júlio Ribeiro decidiu criar equipes multifuncionais para analisar e tratar de problemas interdepartamentais, como definição de objetivos, planejamento de mudanças, coordenação, etc. Júlio quer manter a estrutura atual e mudar a cultura por meio do trabalho em equipe. Como deveria fazê-lo? Processo de DO As Asoito oitoetapas etapassegundo segundoKotter: Kotter: 1. 1. Decisão Decisãoda dadireção direçãoda daempresa empresade deutilizar utilizarooDO. DO. 2. 2. Diagnóstico Diagnósticoinicial. inicial. 3. 3. Colheita Colheitade dedados. dados. 4. 4. Retroação Retroaçãode dedados dadoseeconfrontação. confrontação. 5. 5. Planejamento Planejamentode deação açãoeesolução soluçãode deproblemas. problemas. 6. 6. Desenvolvimento Desenvolvimentode deequipes. equipes. 7. 7. Desenvolvimento Desenvolvimentointergrupal. intergrupal. 8. 8. Avaliação Avaliaçãoeeacompanhamento. acompanhamento. Em Emresumo: resumo: 1. 1. 2. 2. 3. 3. Colheita Colheitade dedados. dados. 1. Decisão 1. Decisãode deutilizar utilizarooDO. DO. 2. Diagnóstico inicial. 2. Diagnóstico inicial. 3. Colheita de dados. 3. Colheita de dados. 4. Retroação 4. Retroaçãode dedados dadoseeconfrontação. confrontação. Diagnóstico. Diagnóstico. 1. 1.Identificação Identificaçãodos dosproblemas problemaseeconflitos. conflitos. 2. 2.Planejamento Planejamentoda daação açãoeesolução soluçãode deproblemas. problemas. Ação de intervenção. Ação de intervenção. 1. 1. Desenvolvimento Desenvolvimentode deequipes. equipes. 2. Desenvolvimento intergrupal. 2. Desenvolvimento intergrupal. 3. Avaliação 3. Avaliaçãoeeacompanhamento. acompanhamento. Figura 14.14. As técnicas de DO Intra-organizacional Retroação de Dados Intergrupal Reuniões de Confrontação Intragrupal Consultoria de Processos Desenvolvimento de Equipes Interpessoal Análise Transacional Técnicas de DO Intrapessoal Treinamento da Sensitividade Pág: Pág:394 394 Exercício: O DO da Sernambetiba A Sernambetiba é uma empresa muito bem-sucedida. Sua diretoria é democrática e aberta a discussões. Um problema que aflige a diretoria é qual das técnicas de DO poderia ser aplicada para mudar e arejar a cultura da empresa. O diretor de RH, Bernardo Neves, preparou um trabalho para mostrar em uma reunião da diretoria as características de cada técnica de DO para ajudar os demais diretores na decisão. O que você faria? Alta Figura 11.15. Managerial Grid 9 8 Preocupação com as Pessoas Estilo 9.9 Estilo 1.9 7 A realização do trabalho é obtida através de pessoas comprometidas, com confiança e respeito. Há uma interdependência através de um interesse comum no objetivo da organização. Atenção focada nas necessidades das pessoas, pois relações satisfatórias conduzem a uma atmosfera confortável e a um ritmo de trabalho cordial. 6 Estilo 5.5 Um desempenho organizacional adequado é obtido através do equilíbrio entre a execução do trabalho e a manutenção do moral em um nível satisfatório. 5 4 3 Estilo 9.1 Estilo 1.1 Baixa 2 1 A eficiência nas operações decorre de um arranjo do trabalho para que as pessoas interfiram num grau mínimo. A aplicação de um esforço mínimo para que o trabalho seja executado e para continuar sendo membro da organização. 1 Baixa 2 3 4 5 6 Preocupação com a Produção 7 8 9 Alta Figura 14.17. Fases do DO para Lawrence e Lorsch Diagnóstico Planejamento da Ação Implementação da Ação Avaliação Teoria 3D da eficácia gerencial de Reddin Habilidades Habilidadesgerenciais gerenciaisbásicas: básicas: 1. 1. Sensitividade Sensitividadesituacional. situacional. 2. 2. Flexibilidade Flexibilidadede deestilo. estilo. 3. 3. Destreza Destrezade degerência gerênciasituacional. situacional. Gerente GerenteEficiente: Eficiente: Gerente GerenteEficaz: Eficaz: ••Faz Fazas ascoisas coisasde demaneira maneiracerta. certa. ••Faz Fazas ascoisas coisascertas. certas. ••Resolve Resolveos osproblemas. problemas. ••Produz Produzalternativas alternativascriativas. criativas. ••Cuida Cuidados dosrecursos. recursos. ••Otimiza Otimizaaautilização utilizaçãodos dosrecursos. recursos. ••Cumpre Cumpreseu seudever. dever. ••Obtém Obtémresultados. resultados. ••Reduz Reduzcustos. custos. ••Aumenta Aumentaos oslucros. lucros. Orientado para as Relações OR Teoria 3D da eficácia gerencial de Reddin Relacionado Integrado Separado Dedicado OT Orientado para a Tarefa Insumo: Insumo: ••Manutenção Manutençãode demáquinas máquinas ••Atendimento de pacientes Atendimento de pacientes ••Concessão Concessãode decréditos créditos ••Educação rural Educação rural ••Freqüência Freqüênciaààigreja igreja ••Mudança de atitude Mudança de atitude ••Jogar Jogarfutebol futebolcom comarte arte Produto: Produto: ••Máquinas Máquinasdisponível disponívelpara paratrabalho trabalho ••Pacientes curados Pacientes curados ••Cobranças Cobrançaspontuais pontuais ••Aumento da Aumento dacolheita colheita ••Vida cristã Vida cristã ••Mudança Mudançade decomportamento comportamento ••Ganhar a partida Ganhar a partida Caso Introdutório: Pág:402 Pág:402 A Júpiter S/A Mas Marina Guillon sabe que não basta mudar a base da organização. É preciso mudar toda a organização. Como fazer com que cada diretor, gerente ou executivo passe a trabalhar dentro do espírito de equipe na nova cultura corporativa? Quais suas sugestões a respeito? Apreciação Crítica do DO 1. 1. Aspecto Aspectomágico mágicodo doDO. DO. 2. 2. Imprecisão Imprecisãono nocampo campodo doDO. DO. 3. 3. Ênfase Ênfasena naeducação educação“emocional”. “emocional”. 4. 4. Aplicações Aplicaçõesdistorcidas distorcidasdo doDO. DO. Exercício: As oportunidades na Accenture Pág: Pág:404 404 A Accenture é uma das maiores e mais avançadas empresas de consultoria organizacional do mundo. Suas filiais brasileiras publicam nos jornais o seguinte anúncio de empregos: “Do you bring out the best in people? Opportunities in Change Management Consulting. You are always the organizer, the kid with the great ideas. Today, your skills with people could create tangible business results and have a profound impact on the future of some of the world’s most successful organizations. Accenture is a leading global management and technology consulting organization. Working with us, you’ll develop tools, training and techniques to help our clients unleash the full performance potential of their work forces. On large-scale projects, you’ll help organizations align their strategy, people, process and technology – a holistic approach that can transform visionary ideas into successful, working realities. It’s an environment where you can learn quickly, gain broad business exposure, and achieve real, measurable results. We are looking for professionals with experience in: * Organizational design. * Organizational culture analysis and development. * Communication planning to ensure commitment from all levels. * Management of human factors during organizational change process. * Measurement of change impacts. * Team building and empowerment. An excelelent academic background, fluency in English and willingness to travel are required. Send your resumé under code “Change Management”. Bring your people skills to us. Visit our web sie at www.accenture.com.br. Caso Pág: Pág:404 404 Honda A Honda Motor Co. chegou a ser considerada a empresa mais bem gerenciada do mundo. Ironicamente, a Honda alcançou essa posição utilizando um sistema de inovação organizacional que pode ser classificado como antigerencial. Dentre os princípios operacionais da Honda estão as metas: “Aprenda, Pense, Analise, Avalie e Aperfeiçoe” e “Ouça, Pergunte e Fale”. Mas veja, se todos os 60 mil funcionários da Honda atendessem às expectativas da empresa simultaneamente, ficaria uma confusão. E esse é exatamente o problema. O questionamento constante de idéias, de decisões e do gerenciamento é encorajado e até exigido, de cada funcionário. Motivo pelo qual a Honda se tornou o exemplo da “contenção construtiva”: há dissonâncias em toda empresa. Devemos orquestrar os sons dissonantes para criar a harmonia. Mas não a harmonia em excesso. É preciso cultivar as satisfações em encontrar harmonia nas divergências. Essa cultura de autocrítica e de diversidade intelectual vai contra a conformidade e o não-questionamento. Foi isso que transformou a Honda de um pequeno fabricante local de motos no fabricante global de automóveis. MUITO OBRIGADO!!! Prof. Paulo César Campos Bibliografia: Idalberto Chiavenato Elsevier/Campus