Microrganismos Gram-negativos Multirresistentes nos hospitais do RJ β-lactamases emergentes em Gramnegativos βla: classificação de Bush & Medeiros (1995) Classe Grupo Sítio ativo Inibição A 2 serina ác clav ESBL metalo-βlactamases B 3 Zn EDTA C 1 serina ác clav D 2 serina ác clav AmpC cromossômica e plasmidial ESBLs - variedade 1980s-1990s (3): Derivadas das enzimas TEM e SHV – atividade preferencial de ceftazidimase 130 variantes, distribuição mundial 1990s-2000s: não-TEM e não-SHV -ceftazidimases PER, VEB, TLA-1, GES/IBC -cefotaximases SFO-1, BES-1, CTX-M-40 variantes - bla mais prevalente no mundo Bonnet, AAC 2004 Emergência e disseminação de ESBL, AmpC cromossômica desreprimida e plasmidial ↑ prescrição de carbapenemas P. aeruginosa resistente aos carbapenemas Mecanismos: * Produção de AmpC cromossômica em maiores quantidades + alterações da permeabilidade Produção de novas beta-lactamases Metalo-betalactamases Atividade de carbapenemase é a regra-degradam todos os betalactâmicos (- aztreonam) Até início da década de 1990s Stenotrophomonas maltophilia, Chryseobacterium spp., Aeromonas hydrophila, Bacillus cereus 1990s Japão – P. aeruginosa Em vários países, Acinetobacter e enterobactérias Novas metalo-betalactamases e multirresistência Até 2002 IMP, VIM → 30 variantes SPM-1 Inseridas, na forma de cassetes de genes, em integrons (excessão de SPM)– no cromossomo e plasmídeos Æ multirresistência 2003 - VIM-1 em Escherichia coli plasmídeo auto-transferível Grécia Miriagou et al, AAC 47: 395–397 2003 Disseminação de P. aeruginosa produtora de SPM-1 Brasil, 2003 * genótipo SP Gales, JAC 2003 Pseudomonas aeruginosa P. aeruginosa – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, UFRJ • Amostras susceptíveis apenas à polimixina a partir de 1998 • É surto ? P. aeruginosa – HUCFF, UFRJ Estudo: abril 1999 – março 2000 HUCFF + 4 hospitais privados 200 amostras (1/ paciente) % resistência – 100 amostras P. aeruginosa, HUCFF 60 50 40 30 20 10 0 mer caz pip ami imi cfe cip azt gen tcl abril - julho/1999 (n = 48) agosto - novembro 1999 (n = 41) janeiro - março/ 2000 (n = 26) 70 60 50 40 30 20 10 0 Imi Gen Azt Cefta cefep cipro mero pip/tazo clav amica % co-resistência a >7 antimicrobianos P. aeruginosa, HUCFF 61.5 80 P = 0,007 60 40 20.8 26.8 Janmar/2000 Agonov/1999 0 Abrjul/1999 20 P. aeruginosa – HUCFF, UFRJ • Incentivar o controle da disseminação cruzada? • Ou isto é uma conseqüência inevitável do uso intenso de antimicrobianos ? Tipagem das cepas por PFGE P. aeruginosa RJ 04/1999 – 05/2000 Genótipos PFGE vs resistência 25 R10 R9 R8 R<8 20 15 10 5 0 A B C D E F G 37% CTI H I J K L M N O P Q R S T U V X Y Z AB AC AD AE AM Distribuição temporal dos genótipos A e B 10 8 6 4 2 0 Abr/99 Mai/99 Jun/99 Jul/99 Ago/99 Set/99 genótipo B Out/99 Nov/99 Dez/99 Jan/00 Fev/00 Mar/00 genótipo A Também encontrado em 3 outros hospitais 70 60 50 40 30 20 10 0 Imi Azt Cefta cefep cipro mero pip/tazo clav amica amica clav pip/tazo mero cipro cefep Cefta Azt Gen Genótipo A excluído Imi 70 60 50 40 30 20 10 0 Gen Amóstras do genótipo A isoladas no HUCFF e 3 outros hospitais do Rio: produção de metaloβ-lactamase MIC Teste Genótipo imipenem para bla Atividade Bla carbape- hibridização e nemase PCR A (18 em 22)* 512 Mbla + + SPM B (7) 1-32 ESBL + - GES * 7 eram susceptíveis ao aztreonam O que podemos encontrar na microbiota das mãos de profissionais da equipe do CTI do HUCFF ? * pacientes adultos * cerca de 50 pacientes admitidos/ mês * duas enfermarias – cirúrgica (8 leitos), clínica (6 leitos) * pias convenientemente localizadas, dispensadores contendo álcool 70% disponíveis *equipe diurna: 33 profissionais 30 profissionais avaliados (setembro 2003): amostras bacterianas isoladas de 29 membros N amostras profissionais Resistência S. aureus 20 (70%) 12 (41%) MRSA ECN 11 (38%) 6 (21%) MR-CNS K. pneumoniae 1 (3%) ESBL E. cloacae 1 (3%) Ceftazidime R Stenotrophomonas 2 (6%) Natural R maltophilia As amostras de profissionais são relacionadas às amostras de pacientes ? → Tipagem por PFGE - Comparação com amostras obtidas de pacientes de outubro/2002 a agosto de 2003 Staphylococcus aureus – 24, 17% Acinetobacter – 25, 17% P. aeruginosa – 29, 14% Klebsiella pneumoniae – 16, 11% 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 Dendograma a partir dos padrões ao PFGE - Staphylococcus aureus obtido de pacientes e profissionais da saúde, CTI AMOSTRA GENOTIPO mecA AP7A A1 POS AP72 A1 POS AP77 A1 POS AP56 A1 POS AP71 A1 POS AP101A A1 POS AP85A A1 POS AP87A A1 POS AP97 A1 POS AP96 A2 POS HU25 A2 POS AP19 A2 POS AP62 A2 POS AP63A A2 POS AE14B A3 POS AP94 A3 POS AP100B B1 POS AP84B B1 POS AP110 B1 POS AE4A C1 NEG AP76 D1 NEG AP83 D1 NEG AE9A E1 NEG AP11 E2 NEG AE8B F1 NEG AP25B G1 POS • MRSA – Clone brasileiro em pacientes e mãos de profissionais • KpESBL e E. cloacae R ceftazidime de profissionais e pacientes → mesmo genótipo de PFGE •Amostras de pacientes: •nenhuma amostra produtora de Mbla Epidemiologia da ocorrência endêmica de KpESBL no CTI do HUCFF Estudar incidência e disseminação de KpESBL Estudo de coorte, de janeiro/ 2000 a maio/ 2001 -inclusão: pacientes admitidos durante ao menos 3 dias -exclusão: paciente apresentando ESBLKp na admissão Pacientes foram avaliados para colonização do TGI – coleta de swab 30 10 9 25 8 7 20 6 5 15 4 10 3 2 5 1 0 0 Jan-00 Feb-00 Mar-00 Apr-00 May-00 Jun-00 Jul-00 Aug-00 Sep-00 Oct-00 Nov-00 Dec-00 Jan-01 Feb-01 Mar-01 Apr-01 May-01 Month Colonization Infection No cases/1000 patient-days No cases of ESBLKp acquisition Epidemiologia da ocorrência endêmica de KpESBL no CTI do HUCFF Number of cases of colonization or infection/1000 patient-days • 204 pacientes • 13 colonizados e 5 com infecção por ESBLKp Cada amostra de ESBLKp pertencia a um genótipo diverso Tipagem das cepas: ERIC2-PCR Epidemiologia da ocorrência endêmica de KpESBL no CTI do HUCFF V517 Kb 4.8 3.4 2.0 - 28 32 56 71 02 48 67 84 46 47 54 61 Fatores de risco indepentdentemente associados à colonização Variable Odds Ratio 95% CI P Ciprofloxacin 0.1 0.01 - 0 .97 0.04 Vancomycin 6.6 1.73 - 25.28 <0.01 Metronidazole 5.3 1.10 - 25.65 0.03 Amphotericin B 12.0 1.79 - 80.51 0.01 Conclusões Cada situação precisa ser avaliada em separado Estudos para investigar mais profundamente a epidemiologia das infecções hospitalares no nosso meio são necessários Equipe de alunos de pós-graduação – medicina e microbiologia, UFRJ Adriana Marcos Vivoni Flávia Lúcia Pellegrino Ianick Souto Martins Otávio Padula de Miranda Simone Aranha Nouér