GUIA DE LEITURA DA MORBASE INTRODUÇÃO A MorBase é uma plataforma online de divulgação do património cultural móvel e imóvel, material e imaterial do concelho de Montemor-o-Novo. Estão aqui incorporadas em catálogo as colecções à responsabilidade do Município de Montemor-o-Novo assim como de todas as entidades que se queiram associar ao projecto MorBase, concretamente museus ou outras unidades museológicas, colectividades que promovam recolhas etnográficas, investigadores, coleccionadores ou interessados detentores de património histórico e cultural em Montemor-o-Novo. A MorBase surge com o intuito principal de promover o conhecimento científico relacionado com o património histórico-cultural de Montemor-o-Novo, através das linhas condutoras da arqueologia pública, apresentando os dados e as interpretações científicas ao público em geral, possibilitando, da mesma forma, a interacção com a comunidade científica. Cativar o público e sensibilizá-lo para aquilo que é seu por herança cultural, traduzindo-lhe aquilo que é o seu passado histórico, é um dever do arqueólogo e dos gestores do património cultural. É neste âmbito que surge o projecto MorBase, tutelado pelo Município de Montemor-o-Novo. Por isso, é importante que, no decorrer da sua consolidação enquanto projecto, a Morbase não seja unicamente para os montemorenses mas também dos montemorenses. A participação da população nestes trabalhos de divulgação do seu património é essencial, na medida em que promove a sua integração e um melhor conhecimento daquilo que é o seu património cultural. A sensibilização para o património cultural facilitará a sua conservação profilática, capacitando os indivíduos com o conhecimento base para que sejam tomadas medidas de prevenção e não de remedeio. Pretende-se, ainda, que a MorBase seja uma plataforma de incentivo à inovação das técnicas de apreensão do conhecimento científico e das técnicas de registo e diálogo com o património, desenvolvendo a arqueologia pública e experimental. A construção de um trabalho de inventário de património arqueológico termina com a comunicação ao público dos resultados científicos obtidos. A plataforma online MorBase é precisamente isso, o publicar de resultados de anos de trabalhos de inventário desenvolvidos no âmbito do serviço de Património Cultural do Município de Montemor-o-Novo que, durante este período, permaneceu quase oculto do público em geral. Com as capacidades dos sistemas informáticos, num mundo cada vez mais globalizante, a publicação dos dados tornou-se prioritária. Em suma, a MorBase é, não só, uma plataforma para o montemorense, mas também, uma ferramenta para o investigador e para o interessado no património móvel e imóvel, material e imaterial oriundo do concelho de Montemor-o-Novo. A MorBase é uma base de dados web que possibilita a pesquisa sobre as colecções que incorporem espólio de relevo histórico, arqueológico, antropológico ou etnográfico presentes e/ou oriundos do concelho de Montemor-o-Novo. Possibilita que o utilizador execute pesquisas de forma simples ou de forma avançada pelos vários campos de preenchimento da ficha de inventário. Funcionando como um guião, este documento permite a melhor leitura e pesquisa através da base de dados de património móvel material do concelho de Montemor-o-Novo: 1. DENOMINAÇÃO - Deve entender-se por denominação o nome pelo qual a peça é identificada constatando a sua utilidade e funcionalidade no quotidiano das populações contemporâneas à sua existência enquanto objecto comum, que antecede a sua concepção enquanto artefacto arqueológico. 2. N.º DE INVENTÁRIO - O número de inventário é composto das seguintes informações: sigla de sítio arqueológico de origem da peça; número identificativo e ano da campanha arqueológica; número de inventário composto por 4 caracteres numéricos ou alfanuméricos (exemplo: MNCAST[7/09]0001). As siglas incorporadas em inventário, até ao momento da elaboração deste documento, são as seguintes: MNCAST – Espólio proveniente do castelo de Montemor-o-Novo, com excepção para o espólio extraído das escavações arqueológicas e da igreja do Convento da Saudação e das escavações do Terreiro e Igreja de S. Tiago; MMNCAST – Espólio recolhido durante as escavações do terreiro e Igreja de S. Tiago levadas a cabo pela Dra. Ana Gonçalves em 1993; MMNBM – Espólio proveniente das escavações na Biblioteca Municipal de Montemor-o-Novo levadas a cabo pela Dra. Susana Carvalho e pela Dra. Manuela Pereira; CSAUD – Espólio proveniente do Convento da Saudação ou das escavações na Horta das Freiras levadas a cabo pela Dra. Manuela Pereira em 2004/05; INFRASCAST – Espólio recolhido em contexto de acompanhamentos de obras no castelo de Montemor-o-Novo; DESC – Espólio cuja proveniência é desconhecida; DOACAO – Espólio doado ao Programa do Castelo; PINTADA – Espólio proveniente do acompanhamento de obra da estrada da Pintada; CHACOMP – Espólio proveniente de acompanhamentos de obra no centro histórico; PROSPEC – Espólio proveniente de prospecções de superfície; CARTA – Espólio proveniente de recolha de superfície aquando da elaboração da Carta Arqueológica do concelho; MNCASTMUR – Espólio proveniente do acompanhamento da obra de iluminação das muralhas. À medida que novas siglas forem sendo incorporadas este documento será actualizado. 3. SUPER-CATEGORIA - No campo da super-categoria está definido o enquadramento geral da peça incorporada na MorBase. As super-categorias definidas e introduzidas em base de dados, até à data, são as seguintes: Arqueologia, Arte e Etnografia. 4. CATEGORIA - O campo da categoria da ficha de inventário da Morbase define o enquadramento específico da peça incorporada em base de dados. A mesma peça inventariada pode integrar-se em mais do que uma categoria. Assim, foram definidos os seguintes parâmetros a definir para o campo da categoria: Armas; Arquitectura; Cerâmicas; Epigrafia; Escultura; Ferramentas; Iluminação; Líticos; Medalhística; Metais; Mobiliário; Numismática; Objectos de adorno; Objectos lúdicos; Objectos votivos; Têxteis; Vidros. 5. LOCAL DE EXECUÇÃO - Caso seja do conhecimento do investigador que preencha a ficha de inventário, é neste campo que está definido o local de execução da peça. Entenda-se por tal, por exemplo, o local de produção do artefacto seja ele uma fábrica ou uma oficina. Caso seja reconhecida uma técnica que, pela via morfológica ou por presença de uma característica única, pertença a uma determinada produção local, é também identificado neste campo da ficha de inventário. 6. DATAÇÃO – Aqui define-se a cronologia na qual a peça inventariada se insere, embora sem especificar, restringindo-se assim à época ou período cronológico. A informação relativa aos séculos ou anos, quando existente, será mencionada no campo da descrição. 7. MATÉRIA – A identificação dos vários materiais utilizados no fabrico de cada peça está presente neste campo da ficha de inventário. 8. DIMENSÕES – As dimensões das peças são aqui indicadas em centímetros, sendo que cada valor é precedido da referência a que se dirige: altura, largura, comprimento, diâmetro, profundidade, espessura. 9. DESCRIÇÃO – Neste campo é feita a enumeração dos vários aspectos técnicos que definem a peça arqueológica, etnográfica e/ou artística. Concretamente, a descrição da forma e tamanho, assim como de pormenores que ajudem a perceber o enquadramento da peça no seu próprio contexto. 10. INCORPORAÇÃO - Por ‘incorporação’ entenda-se a definição do local do depósito onde a peça inventariada se encontra incorporada, seja ele uma Reserva Arqueológica, um núcleo museológico, um Museu público e/ou privado, ou até mesmo a colecção de um particular. Neste momento encontra-se inserido em base de dados espólio oriundo das colecções incorporadas nas Reservas Arqueológicas Municipais, e na exposição permanente do Centro Interpretativo do Castelo de Montemor-o-Novo. 11. PROVENIÊNCIA - Este campo define o sítio arqueológico do qual as peças são oriundas. A proveniência encontra-se também, por norma, definido através do número de inventário e da sigla que o acompanha. 12. BIBLIOGRAFIA – A referência a entradas bibliográfias neste campo da ficha de inventário implica a menção à peça inventariada e/ou obras fundamentais para o estudo da peça em questão. 13. MULTIMÉDIA – A adição de mais ficheiros multimédia supõe a existência de algum pormenor que escape à fotografia de inventário e que mediante um plano de pormenor permita esclarecer o investigador e/ou curioso. Aqui neste campo serão ainda adicionados filmes e desenhos arqueológicos. Toda e qualquer informação necessária relativa ao espólio, para além daquela publicada na página Morbase, poderá ser solicitada mediante requisição feita através de contacto para o endereço de correio electrónico: [email protected]