FACULDADES INTEGRADAS ICESP PROMOVE DE BRASÍLIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO
AU REVOIR
Discentes: Delleon Fernando Oliveira Araújo
Jáina Tamima Rodrigues Salvador
Orientador: Profª Ana Maria Fleury Seidl Pinheiro
BRASÍLIA, DEZEMBRO, 2014
Delleon Fernando Oliveira Araújo
Jáina Tamima Rodrigues Salvador
CURSO DE GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL JORNALISMO
AU REVOIR: UMA REVISTA SOBRE O TURISMO NO BRASIL
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado às
Faculdades
Icesp
Promove de Brasília como
requisito para a conquista
do título de Bacharel em
curso de Comunicação
Social - Jornalismo, sob
orientação da professora
Ana Maria Fleury Seidl
Pinheiro.
BRASÍLIA, DEZEMBRO, 2014
Au Revoir
RESUMO
A revista Au Revoir foi pensada e desenvolvida para o Trabalho de
Conclusão do Curso de Comunicação Social - Jornalismo. A finalidade da
revista é mostrar de forma simples e detalhada as diversas maneiras de se
fazer turismo pelo Brasil, bem como, ajudar o viajante a encontrar as melhores
opções de passeios, escolher os melhores destinos por época do ano e dar
dicas de como economizar em cada viagem. O produto visa trazer ao leitor o
que melhor pode ser aproveitado em cada capital, cidade e pontos turísticos do
país. Além disso, a revista busca interagir com o leitor, dando-lhe espaço para
que ele possa emitir sua opinião sobre determinado lugar que visitou. O intuito
é fazer uma revista diferente das que existem no mercado e que atuam no
mesmo segmento.
Palavras-chave: turismo nacional, aviação, revista, Brasil, turista,
ABSTRACT
The magazine Au Revoir was designed and developed for the
Conclusion of Labor Social Communication Course – Journalism.
The
magazine’s purpose is to show in a sample and detail the many ways as
helping travelers find the best tour options, choose the best destinations for time
of year and give tips on show to save each trip.
The product aims to provide the reader with what can best be exploited in each
capital, city and sights of the country. In addition, the magazine searchers for an
interaction with the reads, giving him space so that it can issue its opinion on a
particular place he visited. The purpose in relations to those that exist in the
market and that operate in same segment.
Key words: Domestic tourism, aviation, magazine, Brazil, tourist
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer primeiramente aqueles que não acreditaram em mim, que de
alguma forma duvidaram do meu potencial. Isso foi fundamental para que eu
pudesse seguir em frente, com garra, determinação e empenho, visando
mostrar ao mundo que sou tão capaz como qualquer outro ser humano neste
planeta. Hoje, mais do que nunca sei que não preciso provar nada a ninguém.
No entanto, deixo aqui meu muito obrigado a todos aqueles que acharam ser
impossível a concretização desse sonho. Aproveito para fazer menção de um
grande amigo, que muito me ajudou nessa caminhada, Wagner Ribeiro de
Morais Dutra. Enfatizo e agradeço ainda a minha mãe, Maria da Conceição,
que muito lutou e ainda luta para ajudar a criar os três filhos. Aos meus irmãos,
Danilo e Eduardo Fernando, pela compreensão e amor. E por fim, não posso
deixar de agradecer aos meus professores, em especial a professora Ana Seidl
orientadora deste Trabalho de Conclusão de Curso.
Delleon Fernando
Primeiramente agradeço a todas as forças de bem, ao amor e a sabedoria que
pairam no mundo, e que me alcançam todos os dias, isso é Deus em gestos e
formas. É emocionante constatar que está chegando perto da tão sonhada
formatura e minh’alma agradece ao meu maior incentivador, o meu pai, Vavá
Pontes Salvador, o homem que ensinou a escrever meu nome na areia do
quintal e nunca poupou esforços para me incentivar. O seu sonho é ver cada
filho abrindo portas cuja chave é a educação. Gratidão à minha mãe, Joelma
Maia, pela inspiração, por ter me motivado a apreciar boas canções, autores
sábios, toda a forma de arte, perceber e sentir a poesia dos dias simples ao
estender roupa no varal enquanto contempla a beleza do céu.
Aos amigos de perto e de longe que de alguma forma sempre me inspiraram a
ir além do que meus pequenos olhos alcançam. Às minhas amigas,
consideradas irmãs, Raquel Guedes e Carol, por poder contar com vocês de
todas as maneiras possíveis, com certeza tornam a caminhada mais suave a
alegre. Vocês são acalento para o meu espírito! Agradeço especialmente aos
meus queridos professores que partilham suas experiências e seu ensino
conosco e são motivo de inspiração, os queridos Francisco de Paula, Luiz Reis,
Dácio Renault e a querida Ana Seidl, nossa orientadora que acompanhou a
saga de estudos e elaboração do TCC.
Meu carinho especial à minha “irmãe” Ada Sue, a quem amo, admiro e
agradeço pela sorte de ter seu amor e amizade. Você não tem noção do
quanto me inspira com esse coração lindo e essa alma maior que todos os
medos, alma que resiste.
Agradeço pela oportunidade de trabalhar em Assessoria de Imprensa, aprender
e me aperfeiçoar a cada dia. Ao meu amigo Pedro Sardinha, um dos meus
maiores incentivadores no início do jornalismo na prática.
Aos amigos de caminhada que evoluem comigo na graça e no amor. Gratidão
a um dos meus maiores incentivadores espirituais, Caio Fábio, meu reverendo
amado.
Gratidão pela vida dos meus amados irmãos, Rafael, Jefferson e Giovanna,
com quem sonho em vê-los trilhar por caminhos cheios de beleza, com
sabedoria, conhecimento e a felicidade que excede o entendimento.
Especialmente ao meu adorável amigo e ser humano brilhante, Delleon
Fernando, a quem tanto admiro e tenho a sorte de ter comigo neste trabalho.
Espero encontrá-lo nos melhores caminhos da jornada profissional.
E a todos aqueles que passaram pelos meus dias com seus sorrisos, suas
canções, seus escritos, seus ensinamentos, sua sabedoria e são parte do
melhor que tenho me tornado a cada dia.
Jáina Salvador
7
1
INTRODUÇÃO
Au Revoir é destinada ao público brasileiro que visa conhecer os
encantos do Brasil, sua diversidade regional e os meios econômicos e viáveis
de se chegar a cada ponto turístico, capital ou interior do país. A revista foi
elaborada para instigar o leitor a escolher um destino e a partir daí possa viajar
para aquele o lugar mostrado em uma de suas edições. A decisão de fazer
este produto foi tomada tendo em vista a crescente demanda por turismo
doméstico, fato comprovado por meio de pesquisas e levantamentos de órgãos
públicos e associações reconhecidas.
A princípio, o turismo brasileiro será o foco da revista, pois, de acordo
com o último levantamento Sondagem do Consumidor – Interação e Viagem,
realizado pelo Ministério do Turismo, divulgado em maio de 2014, de cada 100
brasileiros que pretendiam viajar nos próximos seis meses, 69,6% disseram
que o destino seria nacional. Ainda segundo a pesquisa, das sete capitais
estudadas, os moradores do Recife são os que mais anseiam viajar (76,4%),
seguidos por Brasília (72,1%), Rio de Janeiro (71,8%), São Paulo (68,4%), Belo
Horizonte (67,2%), Salvador (63,5%) e Porto Alegre (48,9%), apontam os
dados do Ministério do Turismo.
A ampliação do setor aéreo brasileiro tem contribuído significativamente
para o crescimento do turismo nacional, é o que revela o mesmo relatório, 62%
das pessoas que pretendem viajar pelo país nos próximos meses viajarão de
avião. De acordo com dados do Ministério, em 2011 foram registrados
79.244.256 desembarques domésticos no Brasil. Já em 2012, o número saltou
para 85.471.710 passageiros. E, em 2013, 88.943.789 desembarques foram
realizados em todo o país.
A importância da aviação para o desenvolvimento do turismo nacional
também foi apontado em um relatório da Associação Brasileira das Empresas
Aéreas (Abear), o qual concluiu que as quatro maiores companhias associadas
transportaram juntas cerca de 400 milhões de passageiros nos últimos seis
anos. Tais resultados vão de encontro com o que prevê o Plano Nacional de
Turismo 2013-2016, que visa transformar o Brasil na terceira maior economia
turística do mundo até 2022. Hoje, o país ocupa a sexta colocação no ranking,
movimentando, apenas em 2012, cerca de R$ 250 bilhões.
O foco da revista é o público que engloba jovens, adultos e idosos, bem
como pessoas da nova classe C e da classe média brasileira, haja vista que o
aumento da renda per capta no país vem possibilitando que os cidadãos
possam conhecer mais o próprio país onde vive.
8
Au Revoir, que traduzido do francês para o português quer dizer até
breve, é uma revista que procura explorar e levar até o leitor as belezas
naturais das cinco regiões do país, contribuindo para o esclarecimento de
dúvidas e possibilitando que o turista tire suas conclusões ao final de cada
matéria. Além disso, Au Revoir possibilita que seus leitores possam participar
das edições com avaliações sobre lugares que já visitaram. Para isso, foi
pensado em uma coluna exclusiva para os leitores da revista, a: Você Indica?
Nela qualquer turista pode enviar uma avaliação sobre determinado lugar que
já visitou, bem como se indica ou não para outras pessoas aquele local.
A ideia do projeto é produzir matérias bem elaboradas, que demandem
um tempo maior para cada pauta. O enfoque se dá nos detalhes, os quais
mostrarão desde como comprar um bilhete aéreo ao recebimento de bagagens,
até comidas regionais e as melhores formas de se hospedar em cada cidade.
O objetivo da revista é trabalhar com notícias factuais e levar aos leitores a
maior quantidade de informação possível sobre o destino abordado em cada
matéria produzida.
Quanto à pesquisa bibliográfica, foi realizada em livros, sites de órgãos
públicos, companhias aéreas do país e revistas de bordo das empresas
aéreas, bem como sites de associações ligadas ao setor. Para a produção das
matérias da revista foram realizadas entrevistas com turistas, pessoas que por
hobby viajam pelo país em busca de aventura e ao mesmo tempo para
conhecer as diferenças regionais de um dos países mais vastos do mundo,
chamado Brasil.
Ainda sobre as entrevistas, a internet e as redes sociais
foram de suma importância para a obtenção de informações, tanto de fontes
quanto de personagens.
OBJETIVOS DA PESQUISA
OBJETIVO GERAL
A pesquisa tem como objetivo geral produzir uma revista voltada para o público
que está planejando viajar ou simplesmente queira conhecer mais sobre as
regiões do país que serão abordadas em cada edição. A intenção é trazer para
o leitor dicas, média de preços de hospedagem, melhor época do ano para
conhecer cada região ou ponto turístico. Além disso, por meio das reportagens
pretende-se mostrar o artesanato, a comida típica, e as características básicas
da população de cada cidade, bem como indicar lugares, passeios e a melhor
maneira de se chegar a cada atração turística.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Pesquisar e conhecer sobre cada região brasileira, seus costumes, sua
cultura, suas belezas naturais.

Entrevistar pessoas ligadas à área do turismo, bem como ouvir viajantes
brasileiros que possam contribuir dando dicas para outros turistas.

Ajudar a elucidar dúvidas referentes ao turismo brasileiro.

Abordar assuntos culturais, disseminando o conhecimento e ajudando
assim a romper preconceitos.
10
REFERENCIAL TEÓRICO
BREVE HISTÓRIA DA REVISTA NO MUNDO
A Alemanha foi pioneira na publicação de revistas. A primeira surgiu
somente dois séculos após a invenção da imprensa por Johannes Gutenberg,
por volta do ano 1450. A publicação inaugural, ocorrida em 1966, foi intitulada
Erbauliche Monaths-Unterredungen, que traduzido para o português quer dizer
"Edificantes Discussões Mensais".
A magazine, que foi lançada na cidade de Hamburgo, na Alemanha, foi
publicada até 1668. Nove anos depois, na França, a revista Le Mercure
chegava às bancas. Já na Inglaterra, em 1690, surge a Athenian Gazette. Vale
ressaltar, porém, que as primeiras revistas pareciam mais um pequeno livro.
Figura 1- Exemplar da Revista Athenian Gazette
No início, as revistas abordavam assuntos específicos e didáticos. Só no
século XIX, as publicações ganharam espaços para assuntos de interesse
coletivo, como entretenimento e assuntos de família. No mesmo período surgiu
a primeira revista brasileira, As Variedades ou Ensaios de Literatura, lançada
em 1812, em Salvador. A revista abordava temas eruditos.
11
Já no século XX, as técnicas de impressão foram modernizadas, houve
o barateamento do papel e a publicidade tomou conta dos espaços nas
revistas. Tais fatores ajudaram a disseminar as publicações pelo mundo,
tornando os exemplares mais acessíveis e com opções de títulos destinados a
públicos específicos.
Publicações do século XIX atingiam circulação de 300 mil exemplares
1663 - ERBAULICHE MONATHS-UNTERREDUNGEN
A revista foi criada por um teólogo e poeta chamado Johann Rist,
morador da cidade de Hamburgo, na Alemanha. A publicação foi a primeira de
que se tem notícia. A Edificantes Discussões Mensais foi publicada até 1668.
1693 – LADIE’S MERCURY
O jornalista inglês John Dunton lança essa pioneira revista feminina.
Três anos antes, Dunton havia editado a Athenian Gazette, destinada a
responder todas as questões curiosas da época. A Athenian deu experiência a
Dunton para preparar uma publicação dedicada ao sexo feminino.
1842 - THE IlLUSTRATED LONDON NEWS
O inglês Herbert Ingram apostou no sucesso das revistas ilustradas. Sua
publicação semanal The Illustrated London News lhe rendeu bons frutos. Foi a
primeira revista a utilizar gravuras para ilustrar os textos. A publicação inspirou
outras revistas na época.
1888 - NATIONAL GEOGRAPHIC
Publicada até hoje, é uma das revistas científicas mais importantes do
mundo, financiando expedições e explorações ao redor do globo terrestre. Foi
uma das pioneiras na publicação de fotografias coloridas, imagens do espaço,
animais selvagens e retratos do fundo do mar.
1928 - O CRUZEIRO
Sucesso no Brasil, a revista O Cruzeiro, fundada pelo jornalista Assis
Chateaubriand, teve 50 mil exemplares em sua primeira tiragem, com grandes
reportagens ilustradas. Deixou de ser publicada em 1970.
1731 - THE GENTLEMAN’S MAGAZINE
A revista, publicada na Inglaterra por Edward Cave, é considerada a
primeira magazine moderna. Muitas de suas páginas eram dedicadas ao
entretenimento, como textos de ficção e poemas. As publicações também
continham comentários políticos e críticas.
12
1892 - VOGUE
A revista norte-americana Vogue, fundada pelo editor aristocrata Arthur
Turnure, a princípio, era dedicada ao luxo, com inúmeras reportagens sobre
moda. As edições da Vogue eram voltadas para a elite de Nova York do final
do século XIX. A revista é considera até hoje pelos especialistas no assunto
como bíblia da moda.
1936 - LIFE MAGAZINE
Lançada pelo editor norte-americano Henry Luce, foi a revista mais
influente da história do fotojornalismo, com sua primeira edição contendo 96
fotografias de página inteira. A revista circulou semanalmente até 1972.
1855 – LESLIE’S WEEKLY
A revista foi uma das primeiras publicações norte-americanas a utilizar
ilustrações. Na segunda metade do século XIX, sua tiragem chegava a média
de 100 mil exemplares, número que triplicava de acordo com o assunto
abordado na edição. A revista inovou ao longo da Guerra Civil Americana
(1861-1865), enviando 12 correspondentes para cobrir o conflito.
1925 - THE NEW YORKER
Famosa pelo humor e pelos textos literários, a revista fundada pelo
editor americano Harold Ross, teve suas primeiras edições voltadas para a vida
cultural e social de Nova York. Entre seus colaboradores estão grandes
escritores do século XX, como Dorothy Parker e J.D. Salinger
.
BREVE HISTÓRIA DA REVISTA NO BRASIL
As primeiras revistas chegaram ao Brasil no século XIX, trazidas pela
corte portuguesa. A “A Variedades ou Ensaios” foi lançada em 1812, em
Salvador, segundo Scalzo (2004). A magazine publicava discursos sobre
costumes, virtudes morais e sociais da época, assim como alguns artigos,
textos sobre viagens, e variedades. Em janeiro de 1813, foi produzida a
segunda revista no Brasil, chamada ‘O Patriota’, no Rio de Janeiro.
Após os primeiros exemplares publicados, a revista caiu no gosto da
sociedade. Outras publicações surgiram no Brasil, como Anais Fluminenses de
Ciências, Artes e Literatura, lançada em 1822, também no Rio de Janeiro.
Surgiram revistas em várias províncias brasileiras, a maioria de caráter
literário, contudo, mantendo um formato conservador e poucas ilustrações.
As formas de impressão foram aperfeiçoadas, o preço da revista tornouse mais acessível, a publicidade ganhou espaço e vários segmentos surgiram
13
destinados a diferentes públicos. As revistas passaram a publicar matérias de
interesse social, utilizando mais fotografias e lustrações, atraindo um número
maior de leitores.
No ano de 1827 surge a primeira publicação segmentada do Brasil. O
“Propagador das Ciências Médicas, órgão da Academia de Medicina do Rio de
Janeiro’” voltado exclusivamente aos novos médicos.
Em 1827, acontece a primeira segmentação por tema. Dedicada aos
novos médicos que começam a atuar no país, surge O Propagador
das Ciências Médicas, órgão da Academia de Medicina do Rio de
Janeiro, considerada a primeira revista brasileira especializada. Neste
mesmo ano aparece também a pioneira entre as revistas femininas
nacionais: Espelho Diamantino – Periódico de Política, Literatura,
Belas Artes, Teatro e Modas dedicado às Senhoras Brasileiras, que
trazia textos leves e didáticos sobre política nacional e internacional,
trechos de romances estrangeiros, críticas de literatura, música,
belas-artes, teatro e notícias sobre moda, além de crônicas e
anedotas (SCALZO, 2004, p.28).
Em 1898 é lançada a primeira revista masculina brasileira, chamada de
“O Rio Nu”. Entre o século XIX e o século XX, surge a revista “Galantes”. Essas
publicações se diferenciavam pela mistura de notícia, piadas, caricaturas e
contos eróticos.
Já a revista Fon-Fon teve o título inspirado em uma buzina de carro.
Editada em seus primeiros anos, de 1901 a 1915, pelos intelectuais Gonzaga
Duarte, Mário Pederneira e Lima Campos, era uma revista baseada no
esnobismo carioca, ilustrada por muitas fotografias e bastante literatura.
As capas da revista Fon-fon eram marcantes, algumas delas feitas pelo
artista plástico e pintor Di Cavalcante, que estampou a primeira delas em 1915.
14
Figura 1- Revista Fon-Fon!
Fonte: Acervo revista internética – www.joaodorio.com
Em 1914, foi lançada “A Cigarra”, revista quinzenal e popular no início do
século XX, que refletia o comportamento da época. A publicação usava
ilustrações, jogos e textos assinados por escritores como Monteiro Lobato,
Oswald Andrade e Olavo Bilac. As mulheres eram destacadas nas seções
sobre bailes, saraus e vida doméstica.
De acordo com Cohen (2008), dados oficiais de um levantamento
realizado pelo Departamento Nacional de Estatística, “Estatística: da Imprensa
Periódica no Brasil”, divulgado em 1931, comprovam a atividade da imprensa
brasileira.
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Tomando como base o ano de 1912, a pesquisa incluiu em seus
quadros comparativos ‘além de jornais e semanários de toda a
natureza, almanaques, revistas, didáticas, publicações de
propaganda comercial’ e etc. Totalizando 23 categorias, classificadas
de acordo com o tema dos impressos (...) O relatório chama a
atenção para o constante aumento do número de publicações entre
1912 e 1930, especialmente de revistas semanais e mensais; os
estados de São Paulo e Rio de Janeiro destacam-se pelo lançamento
do maior número de títulos, de modo que, do total de 2.959 títulos
registrados em 1930, o Rio de Janeiro tem 524 e São Paulo, 702, dos
quais 249 apenas na capital (COHEN,2008, p.103).
No início, imprensa e sociedade estavam crescendo de forma parelha.
“O crescimento e a diversificação do mercado editorial assentaram-se no tripé
da florescente economia urbano-industrial em combinação a modernização
técnica e a ampliação do mercado leitor”.
Em seguida surgiu a revista semanal "O Cruzeiro".
Com sua
programação visual arrojada para o seu tempo, logo se transformou em um
fenômeno de vendas. A revista, vale frisar, foi criada em 1928 pelo empresário
e jornalista Assis Chateaubriand, proprietário dos Diários Associados. A
magazine atingiu um incrível número de vendas na década de 50, o
equivalente a 700 mil exemplares por semana, tornando-se referência gráfica,
literária e jornalística. Scalzo (2004) afirma que o ótimo desempenho da revista
foi motivado principalmente pela nova linguagem que acabara de implantar na
imprensa nacional, com grandes reportagens aliada a valorização do
fotojornalismo.
Em 1928, nasce o que viria a ser um dos maiores fenômenos
editoriais brasileiros: a revista O Cruzeiro. Criada pelo jornalista e
empresário Assis Chateaubriand, a publicação estabelece uma nova
linguagem na imprensa nacional, através da publicação de grandes
reportagens e dando uma atenção especial ao fotojornalismo. Na
década de 1950, chega a vender cerca de 700 mil exemplares por
semana (SCALZO, 2004, p.30).
16
Figura 2 (Capas da revista O Cruzeiro, incluindo a primeira em 1928, e a
última, em 1975)
Figura 3 - Revista O CRUZEIRO 1963 – Hebe Camargo
Fonte: Acervo site memória viva
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Apesar do enorme sucesso, a revista “O Cruzeiro” não se manteve no
mercado por muito tempo. A publicação parou de circular em 1970. A falta de
investimentos e problemas nos negócios de Assis Chateaubriand, considerado
um magnata da comunicação entre 1930 e 1960, foram alguns dos motivos
para a extinção da revista.
Em 1952 surge a revista Manchete, idealizada pelo imigrante russo
naturalizado brasileiro, Adolfo Bloch, tendo como proposta um conceito
moderno, inspirado na ilustrada Paris Match, apostando na fotografia como sua
maior forma de linguagem. Diferente de “O Cruzeiro”, a Manchete conseguiu
ser veiculada até a década de 90.
Revista Manchete, Ano 1, Número 1º Edição, em 1952
18
JORNALISMO ESPECIALIZADO
Como o foco principal da Revista Au Revoir é o turismo brasileiro, faz-se
necessário explanar sobre jornalismo especializado. Para começar, é
fundamental que se tenha em mente a diversidade de temas que podem ser
explorados na área jornalística, esses, por sua vez, envolvem as mais variadas
editorias. Em uma análise de vários textos publicados nas editorias de ciência,
educação, esporte, saúde, tecnologia, política e policial, Erbolato (1981)
enfatiza que é necessário ter conhecimento específico para redigir sobre o
assunto definido. Não basta somente escrever e publicar a notícia, pois fazer
jornalismo especializado requer leitura e pesquisas, além do profissional ter
que saber diagramar, ilustrar e muitas vezes mergulhar na etnografia do tema a
ser abordado. Neste caso, tudo o que é divido por assuntos pode ser
classificado
como
jornalismo
especializado,
ou
seja,
desde
assuntos
intrínsecos a veículos que publicam matérias destinadas a um determinado
público comum.
Lage (2001), no entanto, defende que jornalismo especializado infere
duas missões: a primeira é admoestar o leitor, que envolto a inúmeras
informações e fontes ao mesmo tempo, tende a se perder e não chegar a uma
conclusão. A segunda visa conduzir o individuo de acordo com a sua
correlação, expressão ou tema favorável, sem que isso implique à sociedade
um modelo.
Devido aos inúmeros meios de informação, o leitor passa a ter mais
alternativas na hora de escolher uma revista. Esse poder de escolha faz com
que o público se torne cada vez mais exigente, o que consequentemente
requer das revistas conteúdos de boa qualidade e grande aceitação no
mercado.
Um dos fatores que contribuíram para esse poder de escolha foi o
avanço da tecnologia, que tem ao longo dos anos estimulado o contato do
público com o conhecimento. Em tempos não muito distantes, temas como
turismo, por exemplo, não tinham a credibilidade que se tem hoje, isso porque
não existia uma relação clara e direta entre emissor e receptor. Essa situação,
no entanto, foi revertida com o constante aumento da participação da
19
sociedade. Essa aproximação que o leitor teve com o editor facilitou e ajudou
num melhor direcionamento das informações, resultando assim na definição do
público específico.
Tal proximidade entre jornalista e leitor foi de suma importância para a
ascensão do jornalismo especializado, haja vista que possibilitou o surgimento
de novas especificidades dentro da área jornalística. Alguns temas que até
então passavam despercebidos pelos veículos de comunicação, tais como,
moda, beleza, viagens, entre outros, com a participação dos leitores passaram
ter mais notoriedade devido aos pedidos do público. A participação do leitor,
portanto, foi a responsável pelo surgimento de editorias, antes, apenas
colunas.
O fato comprova que o público tem se tornado cada vez mais seletivo. O
público-alvo, seja ele de revistas, jornais e livros, o leitor; ouvinte, no caso de
rádios; ou telespectador, no caso da televisão; exige um produto específico,
que supra sua necessidade, predestinando assim o jornalismo especializado a
atender às exigências da sociedade. “Tanto a abordagem de um assunto
específico quanto para certo público, serão considerados uma forma de se
encontrar a especialização da informação jornalística’’ (ABIAHY, 2000, p. 16).
ANÁLISE
DA
GATEKEPPER
AGENDA-SETTING,
CONTRA-AGENDAMENTO
E
O surgimento do conceito de agendamento tem seu início datado de
1922, quando o jornalista, escritor e comentarista político, Walter Lippmann,
afirmou em sua obra Public Opinion, que os meios de comunicação de massa
poderiam não produzir a veracidade dos fatos e sim a representação da
realidade. A teoria da agenda setting, no entanto, surgiu com o
aperfeiçoamento de estudos elaborados por Maxwell E. McCombs e Donald L.
Shaw. A pesquisa dos teóricos focou na campanha presidencial norteamericana de 1968, que de acordo com DeFleur (1993), baseou-se nas
notícias publicadas sobre os candidatos à Casa Branca, bem como a maneira
com o que os eleitores demonstravam interesse pelos fatos noticiados nos
veículos de comunicação.
20
Em consequência da ação dos jornais da televisão e dos outros
meios de informação, o público sabe ou ignora, presta atenção ou
descura, realça ou negligencia elementos específicos dos cenários
públicos. As pessoas têm tendência para incluir ou excluir dos seus
próprios conhecimentos aquilo que os mass media incluem ou
excluem do seu próprio conteúdo. Além disso, o público tende a
atribuir que esse conteúdo inclui uma importância que reflete de perto
a ênfase atribuída pelo mass media aos acontecimentos, aos
problemas, às pessoas (SHAW 1979, p.96 apud Mauro Wolf).
Para o filósofo e professor de ética da Universidade de São Paulo
(USP), Clóvis de Barros Filho, a agenda setting pode ser definida como o poder
que os meios de comunicação exerce na vida das pessoas. “É a hipótese
segundo a qual a mídia, pela seleção, disposição e incidência de suas notícias,
vem determinar os temas sobre os quais o público falará e discutirá" (Barros
Filho, 2008, p. 169).
Isso, porém, não quer dizer que o jornalismo obteve sucesso ao fazer
com que seu público crie e forme uma opinião em relação aos fatos noticiados.
Na contramão do que se imaginava, a população começou a dar mais ênfase
a determinados problemas, uns mais que outros. Desta forma, a pauta dos
meios de comunicação passou, também, a ser agendada pelo público.
Conforme interpretação de Da Silva (2008), a agenda-setting diz respeito
à prática utilizada pelos meios de comunicação de massa para pautar e
fomentar os temas que a sociedade debaterá no decorrer dos dias. No entanto,
a população nem sempre enfatiza ou suprime dos debates os assuntos que os
veículos decidem abordar durante a seleção de temas. Em todo o caso, a
agenda setting defende que a mídia é quem escolhe quais os assuntos de
interesse público.
É importante destacar que a teoria da agenda setting contempla um
agendamento no sentido mídia → sociedade, ou seja, sob essa
perspectiva, a mídia detém o monopólio de pautar, de acordo com
seus interesses e conveniências, as várias agendas: governamentais,
políticas ou sociais (ROSSY, 2006, p. 1).
Tendo como objetivo exemplificar a tese, podemos citar a forma como os
crimes hediondos são tratados pelos meios de comunicação. Geralmente
crimes graves, envolvendo crianças, idosos ou que geram comoção nas
pessoas são excessivamente noticiados pela mídia. Esse bombardeio de
informações sobre determinado assunto é pautado por um longo período de
tempo, sendo encerrado somente quando todos os recursos são exauridos.
21
Neste aspecto, podemos mencionar dois crimes que geraram revolta e
comoção em todo o país, sendo estes explorados até hoje pela mídia, embora
tenham acontecido há mais de seis anos, o mais recente.
O primeiro caso refere-se ao assassinato da psicanalista Marísia e do
engenheiro Manfred Von Richthofen, mortos a pauladas por Daniel e Christian
Cravinhos a mando da filha do casal, Suzane Von Richthofen, em 31 de
outubro de 2002. Até hoje o caso tem repercussão na imprensa, sendo
publicado até mesmo o envolvimento amoroso de Suzane com outra mulher na
cadeia em que está presa, em Tremembé, interior de São Paulo.
Outro caso que até hoje aparece nas páginas de jornais, revistas e
constantemente é noticiado na televisão, trata-se do assassinato de Isabella
Nardoni, morta após ser atirada do sexto andar do prédio onde o pai morava.
De acordo com a justiça, a madrasta, Anna Carolina Jatobá, estrangulou
Isabella no rol do apartamento. Em seguida, pensando que a criança já estava
morta, o pai Alexandre Nardoni atirou a filha pela janela do apartamento.
Essa seleção que os meios de comunicação fazem sobre o que deve ser
noticiado define a atuação da imprensa como gatekeepers, sendo esta a
responsável por filtrar, conforme critérios editoriais, o que deve ou não ser
publicado. Traquina (1995, p.204), afirma, no entanto, que esse filtro afeta
diretamente a opinião do leitor, pois para ele “novas investigações, explorando
as consequências da agenda-setting e do enquadramento sugerem
comprovando que os media não só nos dizem em que pensar, mas também
como pensar nisso”.
O agendamento acontece em três níveis, o primeiro é a Agenda
Midiática, no qual as decisões são tomadas à partir de questões
discutidas na mídia; o segundo, Sociedade Civil ou Agenda Pública,
são abordadas questões relevantes ao público e o terceiro, Agenda
de Políticas Públicas, colocam em discussão as questões que
gestores públicos consideram importantes, de maneira que o
agendamento se dá necessariamente no tempo, que se estabelece
uma verdadeira correlação entre a agenda da mídia e a do receptor,
mas também a agenda do receptor pode e acaba influenciando a
agenda da mídia (HOHLFELDT, 1997,p. 198).
Segundo Hohlfeldt (1997, p.193), a influência da mídia na sociedade
pode acontecer não apenas a curto, mas também a médio e a logo prazo,
22
conforme a natureza do meio de comunicação. “A influência não se dá pela
imposição de determinados conceitos, mas pela inclusão de certos temas em
nossa
preocupação,
que
de
outro
modo,
não
chegariam
a
nosso
conhecimento”. De acordo com o autor, a influência decorre principalmente por
causa do aumento da quantidade dos canais de informação. Aumento esse
atribuído a globalização. Já Traquina (1995, p.193) defende que a informação
pode ser interpretada de diversas formas pela sociedade. Ao embasar seu
raciocínio, Traquina afirma que “o mundo parece diferente para pessoas
diferentes, dependendo do mapa que lhes é desenhado pelos redatores,
editores e diretores de jornal que leem.”
Em pesquisas recentes, pesquisadores têm dado ênfase a novos
estudos sobre a agenda-setting. As visões, no entanto, trazem uma nova
perspectiva do assunto: a teoria do contra-agendamento. De acordo com
estudiosos, a sociedade pauta a mídia neste caso. Sobre o assunto, Rossy
(2007, pág. 18) afirma que o contra-agendamento é um “agendamento não no
sentido tradicional, postulado pela teoria do agenda-setting, mas de um
agendamento que privilegia a contra-argumentação.”
Grande parte dos estudos sobre contra-agendamento consegue provar a
força que os movimentos sociais e organizações detêm, principalmente no que
diz respeito ao poder de pautar as reivindicações desses grupos. Esse poder é
tema de estudo da pesquisadora Elizena Rossy (2007), que observou o
comportamento de organizações não governamentais que usam o contraagendamento para defender suas causas. A pesquisadora, que estudou três
ONGs, a Viva Rio, Sou da Paz e Convive, concluiu que as três organizações
obtiveram sucesso ao pautar a mídia usando o apelo para um Rio de Janeiro
menos violento e mais seguro. Um dos atos que chamou a atenção dos meios
de comunicação foi o de fixar cruzes pretas nas principais praias do Rio de
Janeiro. A ação visava lembrar e homenagear os cidadãos inocentes que
perderam suas vidas ou foram vítimas da violência na capital fluminense.
Outro autor que discorre sobre contra-agendamento é Silva (2007):
23
O contra-agendamento: compreende um conjunto de atuações, que
passam estrategicamente, pela publicação de conteúdos na mídia e
depende, para seu êxito, da forma como o tema-objeto-de-advocacia
foi tratado pela mídia, tanto em termos de espaço, quanto em termos
de sentido produzido. (SILVA, 2007, p.84-85).
Sob sua ótica, Silva utiliza a palavra advocacia para mencionar as ações
de grupos e movimentos sociais que buscam pressionar a classe política,
visando defender os interesses da sociedade num todo.
Neste caso, pode-se afirmar que grandes mudanças aconteceram no
jeito de se fazer comunicação, pois o público deixou de ser apenas um agente
passivo para exercer um papel nos meios de comunicação. Nesse contexto, é
fundamental mencionar o papel da tecnologia, principalmente da internet,
responsável por dar a sociedade o poder de escolher as pautas de maior
importância e relevância para a população. Tal poder, vale frisar, tende a se
expandir pelo país, pois o acesso à informação está deixando de ser restrito
apenas a parcela mais rica da sociedade. Com a democratização da internet ou
como muitos preferem chamar, inclusão digital, a tendência é que haja uma
imensa troca de conhecimento, já que a grande rede facilita o recebimento de
conteúdo, seja ele qual for.
BREVE HISTÓRIA DO TURISMO NO MUNDO
O turismo que conhecemos hoje é fruto de mudanças históricas na
forma de como as sociedades se relacionam ao longo dos anos entre si o
ambiente onde vivem. De acordo com historiadores, o homem sempre se
deslocou com os mais variados tipos de objetivos, entre os principais,
destacam-se a busca por comida, a conquista de territórios e cultos religiosos.
Pires (2002) salienta que a forma de fazer turismo, tal qual conhecemos
hoje, só é possível devido ao desenvolvimento tecnológico, que possibilitou a
criação de uma complexa estrutura que seria utilizada pelos meios turísticos. “A
revolução nos transportes, a complexidade social em todas as suas variáveis,
ocorrida com o fortalecimento das cidades e o prestígio da economia urbana
em expansão, além da relativa paz, fizeram a base do turismo moderno”.
Conforme o passar dos anos e o crescente aumento populacional, houve
a necessidade da melhoria dos serviços postais, que ajudariam em muito a
24
dinamizar os negócios na primeira metade do século XIX. Para atender a
demanda em cidades onde não tinham trens, usavam-se as diligências, um
veículo pequeno, movido a cavalo, pouco veloz, usado para transportar
mercadorias e pessoas, utilizadas apenas pela elite da época.
A navegação foi outro meio de transporte beneficiado pela necessidade
de comunicação e rapidez da época. O trem, por sua vez, passou a ter sua
força motriz a vapor, atingindo seu auge em 1930. As locomotivas chegavam a
160 quilômetros por hora, agilizando o transporte tanto de carga quanto de
passageiros.
Em suma, a revolução nos transportes e o crescimento populacional
acarretaram transformações significativas em setores pouco desenvolvidos da
economia. O crescimento das grandes cidades, vale ressaltar, está diretamente
ligado a Revolução Industrial, fato ocorrido nos séculos XVIII e XIX, que tem
como principal característica a substituição do trabalho artesanal por trabalho
assalariado, realizado em fábricas e com uso de máquinas.
Muito mais que operários trabalhando nas fábricas, as cidades
concentravam profissionais liberais, comerciantes e funcionários públicos que
fomentavam a economia urbana. Isso contribuiu para o aumento da renda per
capta, e consequentemente para o surgimento do que hoje chamamos de
turismo moderno.
No entanto, o ano considerado crucial para o surgimento do turismo é
1841, quando o vendedor de bíblias Thomas Cook (1808-1982) organizou a
primeira viagem turística de forma agenciada. O inglês conseguiu transportar
de Leicester para Loughborough, ambas na Inglaterra, um grupo de 570
pessoas. O pai do turismo moderno, como é conhecido, ofereceu aos viajantes
serviço de bordo com presunto e chá, música clássica ao vivo durante a
excursão e participação nos jogos de cricket.
A mais significativa contribuição de Cook foi organizar uma viagem
com um pacote de serviços incluídos, como transporte, acomodação
e atividades no local de destino, procedimento que passou a ser
copiado em todo o mundo. As viagens que até então eram realizadas
por necessidade – não eram aprazíveis e principalmente voltadas
para a educação – tornaram-se atrativas; o entretenimento e o prazer
tinham lugar garantido, e assim foi introduzido um novo conceito, o de
gozar as férias em lugares distantes do seu local habitual de
residência (DIAS, 2005, p. 35).
A partir de 1841, os deslocamentos passaram de meras necessidades
comerciais, religiosas ou conquistas territoriais para viagens em busca de
prazer, descanso e diversão. Esse fato também foi alimentado pelo bucolismo
25
das pessoas que trabalhavam nas grandes cidades e alimentavam a vontade
de visitar as paisagens naturais de outros lugares.
Apesar dos avanços, o turismo era uma prática restrita a elite,
principalmente a burgueses, artistas e escritores que tinham condições
financeiras de pagar os valores elevados cobrados pelas viagens e hotéis da
época.
Esse fato, no entanto, começou a ser revertido quando o norteamericano Henry Ford, em 1908, começou a produzir em grande número e
com preço acessível o Ford T, que vendeu 15 milhões de unidades entre 1908
e 1927. Isso possibilitou que novas camadas da população tivesse acesso ao
turismo, já que poderiam desbravar outros lugares por meio do automóvel.
O aumento no número de carros fez com que novas rodovias fossem
abertas e que hotéis a beira de estradas pudessem ser erguidos para atender
aos viajantes.
O crescimento do turismo esteve diretamente ligado à prosperidade
econômica dos Estados Unidos até as duas primeiras décadas do século XX.
Em relação a esse boom econômico, um “grande número de novos ricos norteamericanos que vão admirar a cultura europeia do passado, bem como obter
uma forma de ascensão social em seu país” (Id., p. 37), passa a fomentar o
turismo no velho continente.
Houve, porém, uma estagnação do turismo durante a primeira e a
segunda guerra mundial, bem como no período entre guerras. A situação
começou a se normalizar apenas em 1945, quando o avião foi introduzido
como meio de transporte de passageiros, fato que reduziu consideravelmente o
tempo de viagem, o cansaço e o desconforto dos turistas.
Nessa época, o número de destinos foi ampliado, bem como cresceu o
número de agências de viagens em todo o mundo que ofereciam pacotes com
tudo incluso. Já no fim da década de 1950, as viagens de avião superaram as
viagens marítimas em relação ao número de passageiros transportados.
Pode-se concluir que, entre 1950 e 1960 o turismo ganhou proporções
mundiais, impulsionado principalmente pelo crescimento da aviação comercial,
bem como pela popularização do automóvel. Como foi visto até aqui, podemos
dizer, de forma metafórica, que o turismo desembarcou do trem no século XIX
e embarcou no avião no século XX.
Em 1974, com o objetivo de estabelecer normas e parâmetros, foi
criada, em Madri, capital da Espanha, a Organização Mundial do Turismo
26
(OMT). Ao todo, 153 países são membros da Organização classificada como o
organismo internacional mais elevado no que se refere ao turismo. Para a
OMT, turismo é toda atividade realizada por pessoas fora de lugares habituais.
Conjunto de atividades que as pessoas realizam durante suas
viagens e estadia sem lugares distintos de seu entorno
habitual, por um período de tempo consecutivo inferior a um
ano, com fins de lazer, negócios ou por outros motivos não
relacionados ao exercício de alguma atividade remunerada no
local visitado (OMT, 1994).
A partir de 1980, o desenvolvimento do segmento turístico voltou a
crescer após a crise do petróleo, em 1970. Nessa época, o avião se consolidou
como meio de transporte de turistas em todo o planeta, havendo ainda
melhorias consideráveis nos projetos e construção de ônibus.
Nesse período, outro advento tecnológico surgiu, melhorando ainda mais
a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de turismo. A internet
passou a ser utilizada pelas empresas para dinamizar e aumentar a excelência
das viagens oferecidas, resultando na padronização, massificação e
ploriferação das redes de hotéis internacionais.
Já no século XXI, o turismo tornou-se um movimento de massas, tal qual
conhecemos nos dias atuais. O setor continuou se beneficiando com o meio de
transporte aéreo, além do uso continuo da internet e novos meios de
comunicação.
BREVE HISTÓRIA DO TURISMO NO BRASIL
No Brasil, a história do turismo está diretamente ligada a chegada da
Família Real portuguesa as terras brasileiras, quando, em 1808, os Orleans e
Bragança, resolvem se proteger das batalhas expansionistas travadas por
Napoleão Bonaparte na Europa.
Porém, antes da Família Real se deslocar de Portugal para o Rio de
Janeiro, que na época tinha uma infraestrutura precária e não possuía serviço
de hospedagem que pudesse atender a demanda dos nobres que aqui
chegavam, já havia turistas circulando pelas terras tupiniquins.
27
É raro que nelas se encontre soalho, e nunca há vidraças ou
caixilhos; o teto ordinariamente está em bom estado. A fachada,
deixada aberta, forma como uma varanda onde colocam bancos e
mesas. Os quartos de dormir se comunicam todos uns com os outros
e o viajante dorme como pode, num girau de madeira, coberto de um
colchão muito delgado (Id., p. 145).
Esse fluxo de turistas era o resultado de pessoas transitando entre o
Brasil e a Europa, pois, difundiam-se no Velho Continente as belezas naturais
do Brasil, a extravagância e o que de exótico havia no país. Tais relatos
fizeram com que despertassem o interesse e a curiosidade até mesmo de
pesquisadores, que embarcaram em expedições científicas com um único
propósito, o de desbravar a natureza exuberante da qual tanto se falava no
Continente europeu.
As hospedagens comerciais, no entanto, não passavam de hospedarias,
já que naquela época não havia hotéis no Rio de Janeiro. Apesar da pouca
infraestrutura, a hospitalidade dos brasileiros era bem vista pelos estrangeiros.
Assim como no restante do mundo, o turismo no Brasil também passou
por transformações no século XIX, sendo que uma das responsáveis por
fomentar o crescimento turístico brasileiro foi o cultivo do café da Região
Sudeste. A produção de café resultou em uma grande margem de lucro para a
elite de fazendeiros da região, denominados barões do café.
No Brasil, as famílias dos barões do café mantinham uma ligação
cultural com a Europa, sendo que a maioria viajava com frequência para o
Velho Mundo. Naquela época, também era comum que os filhos de famílias
ricas fossem estudar na Europa, os quais usavam as viagens como forma de
se diferenciar e até mesmo ostentar seu patrimônio. Uma viagem à Europa em
pleno século XIX, por exemplo, representava bom gosto, status social elevado
e cultura superior.
O transporte ferroviário, assim como aconteceu na Inglaterra e nos
Estados Unidos, durante o século XIX, também ajudou nos deslocamentos
dentro do Brasil, principalmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. No
mesmo período, coincidiu o aumento no número de restaurantes e hotéis nas
duas capitais.
Já no século XX, os mesmos adventos mundiais que elevaram o turismo
a um patamar pomposo, contribuíram significativamente para melhorar e
propiciar um melhor serviço prestado no país. Nesse aspecto, mais uma vez
destaca-se o uso do automóvel, o surgimento do avião e a modernização das
empresas que oferecem viagens aos turistas brasileiros.
28
Em 2014, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), divulgou o
estudo anual Viagens e Turismo: Impacto Econômico, com dados coletados em
184 países. No levantamento, o Brasil aparece em 6º lugar no ranking de
países que apresentam bons indicadores para o desenvolvimento do turismo,
entre eles, Produto Interno Bruto (PIB), divisas geradas por turistas
internacionais, geração de empregos, e investimentos públicos e privados.
O presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Vicente Neto,
acredita que os grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas
2016, no Rio de Janeiro, projetarão o país mundialmente, o que deve atrair
ainda mais turistas para o Brasil.
De acordo com o estudo, o turismo deve ajudar a economia brasileira
em 2014, pois estima-se um crescimento de 5,2% em relação ao ano anterior,
número que pode chegar a 9,5% do PIB (R$ 466,6 bilhões), frente aos 9,2%
do PIB 2013, que foi R$ 443,7 bilhões, conforme divulgado pela WTTC. Ainda
segundo o Conselho, o número é mais que o dobro da média mundial, que será
de apenas 2,5%.
O estudo aponta, também, que o turismo brasileiro deve impactar
positivamente o número de empregos no país em 2014. Segundo o relatório, o
setor deve gerar 8,9 milhões de empregos diretos e indiretos, número que
representa um crescimento de 4,5% em relação a 2013. No ano anterior, 8,5
milhões de postos de trabalho foram criados na área que engloba o turismo. Ao
redor do mundo, o aumento esperado é de 2,5% em relação ao ano anterior.
O WTTC, em parceria com a Universidade de Oxford, concluiu que o
Brasil é a nação com a maior projeção de investimento e crescimento no setor
de turismo em 2014. De acordo com a Organização, o Brasil deve crescer
21,8%, número quatro vezes maior que a média mundial, estimada em 5,7%.
Por fim, o mesmo relatório do WTTC aponta que até 2024 o turismo
movimentará a economia brasileira, devendo atingir 10,3% do Produto Interno
Bruto (PIB), algo em torno de R$ 700 bilhões. Ao mesmo tempo, estima-se que
o turismo seja responsável por empregar 10,6 milhões de brasileiros.
ÓRGÃOS E ENTIDADES DE TURISMO NO BRASIL
Em um país, cada área tem órgãos e entidades que atuam, fiscalizam e
apresentam resultados de determinado setor. Com o setor do turismo não é
diferente. No Brasil há inúmeros órgãos públicos e entidades, que, juntas, se
unem em busca de melhorias e mais qualidade para os serviços prestados.
As entidades e órgãos ligados ao turismo têm como função definir
conceitos, regular normas, discutir regras, debater assuntos relacionados a
29
empresas e clientes. Neste caso, participam empresas dos setores aéreos,
hoteleiro, locação de veículos, serviços e bancos – todas com o objetivo de
fortalecer a área que envolve o setor.
Ministério do Turismo
O Ministério do Turismo tem como missão transformar e desenvolver o
turismo brasileiro em uma atividade econômica sustentável, com geração de
empregos e recursos, tendo como foco a inclusão social.
Secretaria Nacional de Políticas do Turismo
A Pasta, vinculada ao Ministério do Turismo, atua para promover
internamente o turismo nacional, tendo por base a política nacional do setor.
Conselho Nacional do Turismo
A função do órgão é assessorar o ministro do Turismo na aplicação do
Plano Nacional de Turismo. Sua equipe é formada por membros do governo
federal e segmentos do turismo nacional.
Empresa Brasileira de Turismo
A Embratur foi criada em novembro de 1966. Na época, tinha como
função difundir a atividade turística, tendo por base a geração de emprego e
distribuição de renda e desenvolvimento em todo o território nacional.
A partir de janeiro de 2003, o órgão passou a se chamar Instituto
Brasileiro de Turismo, mudando o foco de sua atuação. Hoje, a Embratur
trabalha na promoção, no apoio à comercialização dos produtos, destinos
turísticos, serviços e no marketing brasileiro no exterior.
Agência Nacional de Aviação Civil
A Anac é uma autarquia federal que tem como características a
independência, o patrimônio, a personalidade jurídica e as atividades de
administração mediante receitas próprias.
Compete a Anac, como reguladora, manter e dar continuidade a
prestação de serviço relacionado ao setor aéreo em todo o território nacional,
bem como zelar pelo interesse do usuário da aviação brasileira.
30
Quanto às atribuições e competências, cabe a autarquia regular e
outorgar concessões de serviços aéreos, infraestrutura aeronáutica e
aeroportuária, representar o Brasil em convenções, tratados ou acordos que diz
respeito à aviação civil. Além disso, é de responsabilidade da Anac definir os
valores para a exploração dos aeroportos brasileiros.
Confederação Nacional do Turismo
A Confederação Nacional do Turismo é uma entidade reconhecida pelo
Ministério do Trabalho e Emprego. A CNTur tem como função, representar, em
âmbito nacional as agências de turismo, hotéis, motéis, pousadas,
restaurantes, parques temáticos, bares e empreendimentos gerais ligados ao
setor.
Federação Nacional de Turismo
A Fenactur é uma entidade sindical que reúne mais de 10 mil agências
de viagens. A Federação foi fundada com o objetivo de atuar na defesa de
seus associados junto aos órgãos governamentais, bem como lutar por
medidas que beneficiem o turismo interno.
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
A Infraero foi fundada em 1973 e, é vinculada a Secretaria Nacional de
Aviação Civil. A empresa, que é pública, administra e investe em grandes e
pequenos aeroportos do país. É por meio da Infraero que são realizadas obras
de melhorias e infraestrutura nos complexos aeroportuários do Brasil.
Ao todo, a empresa administra 60 aeroportos, 72 Estações Prestadoras
de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo e 28 Terminais de
Logística e Carga, nos principais aeroportos do Brasil. A Infraero também tem
participação nas sociedades de Propósitos Específicos, responsáveis por
administrarem os aeroportos de Brasília – DF, Guarulhos – SP, Galeão – RJ e
Confins – BH.
Associação Brasileira de Empresas Aéreas
Criada em 2012 pelas cinco maiores empresas aéreas do país, a Abear
representa os interesses da Avianca, Azul, Gol, Tam e Trip Linhas Aéreas. A
31
missão da associação, segundo seu estatuto, é estimular o hábito de voar no
Brasil, implementar e apoiar programas que possam promover o crescimento
da aviação comercial no país.
A associação também atua diretamente junto aos setores públicos e
privados, em busca de parcerias e defesa de seus representados. Outro
objetivo da Abear é manter um diálogo direto com o público, uma vez que a
quantidade de passageiros do setor aéreo superou a do transporte rodoviário.
Organização Mundial do Turismo
A Organização Mundial do Turismo foi fundada em 1925 como União
Internacional de Organizações Oficiais de Viagens. Em 2013, no entanto, a
OMT
foi
incorporada
as
Nações
Unidas,
tornando-se
uma
agência
especializada.
A missão da OMT é promover, de forma universal, responsável e
sustentável
o
turismo,
ajudando
o
setor
a
ser
mais
acessível
e
economicamente inclusivo. A Organização tem ainda a finalidade de
disseminar o Código de Ética Mundial para o Turismo, visando contribuir sócio
e economicamente ao setor, bem como, diminuir impactos negativos.
A Organização Mundial do Turismo é composta por 155 países, possui
seis membros associados e mais de 400 membros afiliados que representam o
setor no mundo. Entre os membros afiliados da OMT, podemos citar o Sebrae,
que, por meio da Organização, tem acesso a dados técnicos das mais diversas
áreas relacionadas ao setor de turismo.
Datas Comemorativas
02 de março – É comemorado o Dia Nacional do Turismo.
27 de setembro – A Organização Mundial do Turismo (OMT) definiu, em
setembro de 1979, que o dia 27 do mesmo mês seria comemorado o Dia
Mundial do Turismo. A data foi escolhida em homenagem à elaboração e
implantação do Estatuto do Turismo, adotado em 1970.
32
METODOLOGIA
Para o fechamento da primeira edição da revista “Au Revoir” os
produtores realizaram diversas entrevistas com pessoas que viajaram para
alguma parte do Brasil nos últimos tempos, consultaram sites governamentais
e de entidades que estão diretamente ligadas ao turismo brasileiro. Os
produtores buscaram mostrar fielmente as atrações mostradas em cada
matéria da revista. Para isso, escolhemos falar de lugares e atrações que já
visitamos, com exceção de alguns lugares. Tivemos ainda a oportunidade de
conversamos com profissionais ligados à área turística, para podermos saber
quais os destinos mais procurados pelos brasileiros. A maioria das entrevistas
foi feita de forma presencial, repórter e entrevistado, no entanto, por causa de
horários incompatíveis ou questões alheias a nossa vontade, uma pequena
parte foi realizada por meio de contatos virtuais, sendo e-mail ou redes sociais.
O desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso foi realizado
por meio de pesquisa bibliográfica, metodologia de suma importância para a
elaboração do relatório técnico. Tal método é visto por Stumpf (2010) como a
um conjunto de procedimentos, que tem por finalidade identificar e selecionar
documentos importantes e relacionados ao assunto estudado por discentes
que, por sua vez, devem interpretar e redigir o projeto acadêmico.
Pesquisa bibliográfica, num sentido amplo, é o planejamento global
inicial de qualquer trabalho de pesquisa que vai desde a identificação,
localização e obtenção da bibliografia pertinente sobre o assunto, até
a apresentação de um texto sistematizado, onde é apresentada toda
a literatura que o aluno examinou, de forma a evidenciar o
entendimento do pensamento dos autores, acrescido de suas
próprias ideias e opiniões. (STUMPF, 2010, pg. 51).
33
MEMORIAL DA REVISTA
A marca: Au Revoir
A expressão francesa “Au Revoir”, quando traduzida para o português
significa “Até breve, Até a próxima”. O nome foi pensado justamente para se
despedir e dizer ao leitor, quando este finalizar a leitura da revista, que em
breve haverá uma nova edição nas bancas. Por isso, o objetivo do nome da
revista é fazer uma alusão e dizer: até a próxima edição.
Enquanto a imagem de uma marca é a forma como ela é percebida, a
identidade de uma marca é uma aspiração – é a forma como ela
gostaria de ser percebida. Uma cilada comum na criação de uma
identidade de marca é a concentração nas características da marca
relacionadas ao produto. Os estrategistas de marcas são estimulados
a pensar “fora da caixa”, considerando igualmente os benefícios
emocionais e de auto expressão, os atributos organizacionais, a
personalidade de criação de um valor realmente diferenciador
(AAKER, 1993, p.1).
A escolha da marca Au Revoir está diretamente ligada à imponência do
nome, que provoca curiosidade nas pessoas em saber o significado da
expressão. A frase, que é famosa mundialmente acaba despertando a atenção
até mesmo de pessoas pouco instruídas. Acreditamos que Au Revoir seja o
nome ideal para iniciarmos esta caminhada, ainda mais depois de termos pego
o gosto em trabalhar na revista.
O tema
Au Revoir é uma revista voltada para o público brasileiro que sonha,
deseja e pretende conhecer os quatro cantos do Brasil. Além de matérias sobre
os principais pontos e cidades turísticas brasileiras, a revista traz, ainda,
matérias sobre comidas típicas, artesanato e cultura do lugar abordado. Muito
mais que mostrar as belezas naturais do país, Au Revoir visa trazer
conhecimento ao leitor.
Público- Alvo
Pensada para atrair os mais diversos públicos, Au Revoir pretende
atingir desde jovens e adultos entre 16 e 59 anos até pessoas da terceira
idade. A revista traz matérias para todos os gostos e estilos e pretende
fomentar o turismo brasileiro.
Com o constante e considerado aumento no número de pessoas que
têm viajado o Brasil a lazer, acredita-se que a revista possa ser uma opção a
mais para os turistas brasileiros na hora de viajar. Por se tratar de uma
34
publicação em papel, o viajante tem a possibilidade de levar a revista na mala,
por exemplo, e usá-la como um guia durante a viagem.
Para a escolha do público-alvo foi levado em consideração inúmeras
reportagens publicadas em sites e jornais, bem como veiculadas na televisão,
informando sobre a cresce demanda de turistas que estão conhecendo o
próprio país onde vivem.
Faixa etária principal – Jovens e adultos entre 16 e 59 anos a homens.
Projeto gráfico
Responsável por diferenciar uma revista da outra, é por meio do projeto
gráfico que as magazines criam sua identidade visual. O desenvolvimento do
projeto é fundamental para que o leitor sinta, tão logo quando veja, empatia
pelo formato da revista. A intenção é atrair o público pela matéria de capa, não
deixando de enfatizar as outras matérias com bons textos e ilustrações, pois,
como o próprio nome sugere, significa que queremos ver o leitor lendo a
próxima publicação.
A primeira edição da revista Au Revoir será simples, mas arrojada. O intuito
é definir as características necessárias nas próximas edições.
FONTES, CORPO E TAMANHOS
TÍTULO
SUTIÃ
TEXTO
Extra bold, corpo acima de 35 pt
Fonte Arial Black 12
Regular, sem serifa, corpo entre 14 e 30 pt
Fonte Minion Pro 20
Regular, corpo 11, com captular com 3 linhas e
recuo de 5mm Fonte Minion Pro 11
OLHO
Italic, corpo 24
Fonte Minion Pro
CRÉDITOS
Sem serifa, regular, corpo 8
Fonte Arial Black 8
Black, corpo 8
Fonte Arial 9
Arial, corpo 8
Fonte Black 9
AUTOR
LEGENDA
35
Formato–200 x 260 mm
Colunas: três
Medianiz: 5 mm
Margens
Superior: 20 mm
Inferior: 15 mm
Interna: 10 mm
Externo: 15 mm
Número de páginas – 60 páginas, sendo 04 páginas de capa e 56 de miolo.
Formato dos anúncios – 02 de páginas duplas e 04 de página simples.
Encadernação – Hot Melt, também conhecida como Lombada Quadrada.
Neste tipo de encadernação, as páginas de uma revista, por exemplo, são
coladas na capa, que é flexível. Feito em papel couchê fosco de 115g, o miolo
da revista possibilita uma melhor leitura. Já a capa é produzida em papel
couchê fosco, 250g, com laminação e brilho.
Distribuição e venda – A revista Au Revoir será um periódico bimestral, para
uma melhor elaboração das matérias. Sua distribuição será feita em âmbito
nacional, sendo comercializada por R$ 9,90. A princípio, a revista não terá
versão on-line.
36
Editorias
Carta do editor: A primeira carta tem o objetivo de apresentar a revista como
um todo, desde o significado da expressão Au Revoir até apresentar as matérias que
compõem a revista.
A carta dessa primeira edição traz um apanhado do sentimento que esse
produto projetou em nós produtores e alguns amigos que torceram para que
tudo desse certo, buscando aproximar o leitor numa intimidade com a primeira
edição.
 Você Indica: Pensada exclusivamente para o leitor interagir com a
revista, esse espaço é destinado aos turistas que já viajaram e querem
sugerir um roteiro, um lugar, dar dicas de como, quando ir e o que fazer
no lugar visitado. Servirá, também, para críticas referentes a locais
desbravados.
 Entrevistas- A primeira edição da revista Au Revoir traz uma entrevista
com a agente de viagens Cristiana Evangelista, que indica lugares
baratos para se viajar dentro do Brasil. Sem querer, a agente também
incluiu um destino na América do Sul, que segundo ela, vale muito a
pena conhecer.
 Artigo- “Uma Linda Senhoras aos 449 Anos”, esse é o título do primeiro
artigo publicado na revista Au Revoir. O autor apresenta a cidade do Rio
de Janeiro para aqueles que ainda não a conhece. Suas parais, pontos
turísticos, vida noturna e até formas de locomoção e hospedagens são
abordadas no artigo.
37
Cronograma
Quebra de PáginaCRONOGRAMA
ATIVIDADE
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Observação e identificação do público-alvo
e espaço físico
Coleta, apresentação e discussão dos
dados
Nova pesquisa bibliográfica e afrontamento
dos dados
Organização, produção e edição das
matérias
Revisão e diagramação
Entrega do projeto
Defesa da banca
2014
JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
38
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste Trabalho de Conclusão de Curso é mostrar, por meio
do jornalismo de revista, as possibilidades de se fazer turismo dentro do Brasil.
O periódico pretende atiçar o desejo do leitor em viajar, mostrando a ele as
riquezas naturais, os eventos regionais, as comidas típicas, a cultura, o
artesanato e o povo brasileiro como um todo. Além disso, outro objetivo da
revista é deixar claro para o leitor que é possível viajar gastando pouco, que é
possível fazer uma viagem incrível para o Nordeste, por exemplo, gastando
menos de R$ 1 mil
Por ser segmentada e possibilitar o aprofundamento do tema, a revista
foi o veículo de comunicação escolhido para passar a mensagem. O periódico,
que será bimestral, permitirá a elaboração de matérias mais bem redigidas e
diagramadas, aumentando a qualidade do produto.
Quanto a metodologia, foi realizada uma pesquisa bibliográfica para se
obter informações pertinentes sobre o assunto abordado. Durante as pesquisa,
descobriu-se que o turismo surgiu mais por obra do acaso, pois a história
remete aos primórdios, quando, por necessidade, os povos migravam de uma
região a outra em busca de alimentos e melhores condições de vida.
Em 1841, no entanto, surge o turismo tal qual conhecemos hoje. O
responsável por isso, Thomas Cook, conseguiu transportar um grupo de 570
pessoas entre duas cidades inglesas. Na ocasião, Cook ofereceu chá,
presunto, música ao vivo e participação nos jogos que aconteceriam na cidade
vizinha – tudo incluso no preço da viagem.
A partir de então, começou a difundir-se a nova forma de lazer, cada vez
mais presente na vida das pessoas. A popularização do automóvel foi outro
marco importante para o turismo mundial, uma vez que o carro possibilitava e
ainda possibilita as pessoas a partirem para lugares que sempre sonharam em
conhecer. No entanto, o advento da aviação mudou de vez a história do
turismo. Com o avião, criou-se inúmeras possibilidades, tanto de roteiro quanto
rapidez. Houve um aumento significativo no número de pessoas transportadas,
gerando um boom econômico mundial.
Em toda sua história, porém, o setor de turismo enfrentou crises
econômicas mundiais e foi afetado significativamente pelas cinco fases da crise
do petróleo. Hoje, no entanto, o setor é o responsável por movimentar e até
mesmo aquecer a economia de diversos países. No Brasil, o turismo deve
alcançar 10,3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2024, montante que pode
chegar a R$ 700 bilhões, de acordo com o Conselho Mundial de Viagens e
Turismo.
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AU REVOIR Discentes: Delleon Fernando Oliveira Araújo Jáina