FACULDADES INTEGRADAS ICESP PROMOVE DE BRASÍLIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO AU REVOIR Discentes: Delleon Fernando Oliveira Araújo Jáina Tamima Rodrigues Salvador Orientador: Profª Ana Maria Fleury Seidl Pinheiro BRASÍLIA, DEZEMBRO, 2014 Delleon Fernando Oliveira Araújo Jáina Tamima Rodrigues Salvador CURSO DE GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL JORNALISMO AU REVOIR: UMA REVISTA SOBRE O TURISMO NO BRASIL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às Faculdades Icesp Promove de Brasília como requisito para a conquista do título de Bacharel em curso de Comunicação Social - Jornalismo, sob orientação da professora Ana Maria Fleury Seidl Pinheiro. BRASÍLIA, DEZEMBRO, 2014 Au Revoir RESUMO A revista Au Revoir foi pensada e desenvolvida para o Trabalho de Conclusão do Curso de Comunicação Social - Jornalismo. A finalidade da revista é mostrar de forma simples e detalhada as diversas maneiras de se fazer turismo pelo Brasil, bem como, ajudar o viajante a encontrar as melhores opções de passeios, escolher os melhores destinos por época do ano e dar dicas de como economizar em cada viagem. O produto visa trazer ao leitor o que melhor pode ser aproveitado em cada capital, cidade e pontos turísticos do país. Além disso, a revista busca interagir com o leitor, dando-lhe espaço para que ele possa emitir sua opinião sobre determinado lugar que visitou. O intuito é fazer uma revista diferente das que existem no mercado e que atuam no mesmo segmento. Palavras-chave: turismo nacional, aviação, revista, Brasil, turista, ABSTRACT The magazine Au Revoir was designed and developed for the Conclusion of Labor Social Communication Course – Journalism. The magazine’s purpose is to show in a sample and detail the many ways as helping travelers find the best tour options, choose the best destinations for time of year and give tips on show to save each trip. The product aims to provide the reader with what can best be exploited in each capital, city and sights of the country. In addition, the magazine searchers for an interaction with the reads, giving him space so that it can issue its opinion on a particular place he visited. The purpose in relations to those that exist in the market and that operate in same segment. Key words: Domestic tourism, aviation, magazine, Brazil, tourist AGRADECIMENTOS Quero agradecer primeiramente aqueles que não acreditaram em mim, que de alguma forma duvidaram do meu potencial. Isso foi fundamental para que eu pudesse seguir em frente, com garra, determinação e empenho, visando mostrar ao mundo que sou tão capaz como qualquer outro ser humano neste planeta. Hoje, mais do que nunca sei que não preciso provar nada a ninguém. No entanto, deixo aqui meu muito obrigado a todos aqueles que acharam ser impossível a concretização desse sonho. Aproveito para fazer menção de um grande amigo, que muito me ajudou nessa caminhada, Wagner Ribeiro de Morais Dutra. Enfatizo e agradeço ainda a minha mãe, Maria da Conceição, que muito lutou e ainda luta para ajudar a criar os três filhos. Aos meus irmãos, Danilo e Eduardo Fernando, pela compreensão e amor. E por fim, não posso deixar de agradecer aos meus professores, em especial a professora Ana Seidl orientadora deste Trabalho de Conclusão de Curso. Delleon Fernando Primeiramente agradeço a todas as forças de bem, ao amor e a sabedoria que pairam no mundo, e que me alcançam todos os dias, isso é Deus em gestos e formas. É emocionante constatar que está chegando perto da tão sonhada formatura e minh’alma agradece ao meu maior incentivador, o meu pai, Vavá Pontes Salvador, o homem que ensinou a escrever meu nome na areia do quintal e nunca poupou esforços para me incentivar. O seu sonho é ver cada filho abrindo portas cuja chave é a educação. Gratidão à minha mãe, Joelma Maia, pela inspiração, por ter me motivado a apreciar boas canções, autores sábios, toda a forma de arte, perceber e sentir a poesia dos dias simples ao estender roupa no varal enquanto contempla a beleza do céu. Aos amigos de perto e de longe que de alguma forma sempre me inspiraram a ir além do que meus pequenos olhos alcançam. Às minhas amigas, consideradas irmãs, Raquel Guedes e Carol, por poder contar com vocês de todas as maneiras possíveis, com certeza tornam a caminhada mais suave a alegre. Vocês são acalento para o meu espírito! Agradeço especialmente aos meus queridos professores que partilham suas experiências e seu ensino conosco e são motivo de inspiração, os queridos Francisco de Paula, Luiz Reis, Dácio Renault e a querida Ana Seidl, nossa orientadora que acompanhou a saga de estudos e elaboração do TCC. Meu carinho especial à minha “irmãe” Ada Sue, a quem amo, admiro e agradeço pela sorte de ter seu amor e amizade. Você não tem noção do quanto me inspira com esse coração lindo e essa alma maior que todos os medos, alma que resiste. Agradeço pela oportunidade de trabalhar em Assessoria de Imprensa, aprender e me aperfeiçoar a cada dia. Ao meu amigo Pedro Sardinha, um dos meus maiores incentivadores no início do jornalismo na prática. Aos amigos de caminhada que evoluem comigo na graça e no amor. Gratidão a um dos meus maiores incentivadores espirituais, Caio Fábio, meu reverendo amado. Gratidão pela vida dos meus amados irmãos, Rafael, Jefferson e Giovanna, com quem sonho em vê-los trilhar por caminhos cheios de beleza, com sabedoria, conhecimento e a felicidade que excede o entendimento. Especialmente ao meu adorável amigo e ser humano brilhante, Delleon Fernando, a quem tanto admiro e tenho a sorte de ter comigo neste trabalho. Espero encontrá-lo nos melhores caminhos da jornada profissional. E a todos aqueles que passaram pelos meus dias com seus sorrisos, suas canções, seus escritos, seus ensinamentos, sua sabedoria e são parte do melhor que tenho me tornado a cada dia. Jáina Salvador 7 1 INTRODUÇÃO Au Revoir é destinada ao público brasileiro que visa conhecer os encantos do Brasil, sua diversidade regional e os meios econômicos e viáveis de se chegar a cada ponto turístico, capital ou interior do país. A revista foi elaborada para instigar o leitor a escolher um destino e a partir daí possa viajar para aquele o lugar mostrado em uma de suas edições. A decisão de fazer este produto foi tomada tendo em vista a crescente demanda por turismo doméstico, fato comprovado por meio de pesquisas e levantamentos de órgãos públicos e associações reconhecidas. A princípio, o turismo brasileiro será o foco da revista, pois, de acordo com o último levantamento Sondagem do Consumidor – Interação e Viagem, realizado pelo Ministério do Turismo, divulgado em maio de 2014, de cada 100 brasileiros que pretendiam viajar nos próximos seis meses, 69,6% disseram que o destino seria nacional. Ainda segundo a pesquisa, das sete capitais estudadas, os moradores do Recife são os que mais anseiam viajar (76,4%), seguidos por Brasília (72,1%), Rio de Janeiro (71,8%), São Paulo (68,4%), Belo Horizonte (67,2%), Salvador (63,5%) e Porto Alegre (48,9%), apontam os dados do Ministério do Turismo. A ampliação do setor aéreo brasileiro tem contribuído significativamente para o crescimento do turismo nacional, é o que revela o mesmo relatório, 62% das pessoas que pretendem viajar pelo país nos próximos meses viajarão de avião. De acordo com dados do Ministério, em 2011 foram registrados 79.244.256 desembarques domésticos no Brasil. Já em 2012, o número saltou para 85.471.710 passageiros. E, em 2013, 88.943.789 desembarques foram realizados em todo o país. A importância da aviação para o desenvolvimento do turismo nacional também foi apontado em um relatório da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o qual concluiu que as quatro maiores companhias associadas transportaram juntas cerca de 400 milhões de passageiros nos últimos seis anos. Tais resultados vão de encontro com o que prevê o Plano Nacional de Turismo 2013-2016, que visa transformar o Brasil na terceira maior economia turística do mundo até 2022. Hoje, o país ocupa a sexta colocação no ranking, movimentando, apenas em 2012, cerca de R$ 250 bilhões. O foco da revista é o público que engloba jovens, adultos e idosos, bem como pessoas da nova classe C e da classe média brasileira, haja vista que o aumento da renda per capta no país vem possibilitando que os cidadãos possam conhecer mais o próprio país onde vive. 8 Au Revoir, que traduzido do francês para o português quer dizer até breve, é uma revista que procura explorar e levar até o leitor as belezas naturais das cinco regiões do país, contribuindo para o esclarecimento de dúvidas e possibilitando que o turista tire suas conclusões ao final de cada matéria. Além disso, Au Revoir possibilita que seus leitores possam participar das edições com avaliações sobre lugares que já visitaram. Para isso, foi pensado em uma coluna exclusiva para os leitores da revista, a: Você Indica? Nela qualquer turista pode enviar uma avaliação sobre determinado lugar que já visitou, bem como se indica ou não para outras pessoas aquele local. A ideia do projeto é produzir matérias bem elaboradas, que demandem um tempo maior para cada pauta. O enfoque se dá nos detalhes, os quais mostrarão desde como comprar um bilhete aéreo ao recebimento de bagagens, até comidas regionais e as melhores formas de se hospedar em cada cidade. O objetivo da revista é trabalhar com notícias factuais e levar aos leitores a maior quantidade de informação possível sobre o destino abordado em cada matéria produzida. Quanto à pesquisa bibliográfica, foi realizada em livros, sites de órgãos públicos, companhias aéreas do país e revistas de bordo das empresas aéreas, bem como sites de associações ligadas ao setor. Para a produção das matérias da revista foram realizadas entrevistas com turistas, pessoas que por hobby viajam pelo país em busca de aventura e ao mesmo tempo para conhecer as diferenças regionais de um dos países mais vastos do mundo, chamado Brasil. Ainda sobre as entrevistas, a internet e as redes sociais foram de suma importância para a obtenção de informações, tanto de fontes quanto de personagens. OBJETIVOS DA PESQUISA OBJETIVO GERAL A pesquisa tem como objetivo geral produzir uma revista voltada para o público que está planejando viajar ou simplesmente queira conhecer mais sobre as regiões do país que serão abordadas em cada edição. A intenção é trazer para o leitor dicas, média de preços de hospedagem, melhor época do ano para conhecer cada região ou ponto turístico. Além disso, por meio das reportagens pretende-se mostrar o artesanato, a comida típica, e as características básicas da população de cada cidade, bem como indicar lugares, passeios e a melhor maneira de se chegar a cada atração turística. 9 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Pesquisar e conhecer sobre cada região brasileira, seus costumes, sua cultura, suas belezas naturais. Entrevistar pessoas ligadas à área do turismo, bem como ouvir viajantes brasileiros que possam contribuir dando dicas para outros turistas. Ajudar a elucidar dúvidas referentes ao turismo brasileiro. Abordar assuntos culturais, disseminando o conhecimento e ajudando assim a romper preconceitos. 10 REFERENCIAL TEÓRICO BREVE HISTÓRIA DA REVISTA NO MUNDO A Alemanha foi pioneira na publicação de revistas. A primeira surgiu somente dois séculos após a invenção da imprensa por Johannes Gutenberg, por volta do ano 1450. A publicação inaugural, ocorrida em 1966, foi intitulada Erbauliche Monaths-Unterredungen, que traduzido para o português quer dizer "Edificantes Discussões Mensais". A magazine, que foi lançada na cidade de Hamburgo, na Alemanha, foi publicada até 1668. Nove anos depois, na França, a revista Le Mercure chegava às bancas. Já na Inglaterra, em 1690, surge a Athenian Gazette. Vale ressaltar, porém, que as primeiras revistas pareciam mais um pequeno livro. Figura 1- Exemplar da Revista Athenian Gazette No início, as revistas abordavam assuntos específicos e didáticos. Só no século XIX, as publicações ganharam espaços para assuntos de interesse coletivo, como entretenimento e assuntos de família. No mesmo período surgiu a primeira revista brasileira, As Variedades ou Ensaios de Literatura, lançada em 1812, em Salvador. A revista abordava temas eruditos. 11 Já no século XX, as técnicas de impressão foram modernizadas, houve o barateamento do papel e a publicidade tomou conta dos espaços nas revistas. Tais fatores ajudaram a disseminar as publicações pelo mundo, tornando os exemplares mais acessíveis e com opções de títulos destinados a públicos específicos. Publicações do século XIX atingiam circulação de 300 mil exemplares 1663 - ERBAULICHE MONATHS-UNTERREDUNGEN A revista foi criada por um teólogo e poeta chamado Johann Rist, morador da cidade de Hamburgo, na Alemanha. A publicação foi a primeira de que se tem notícia. A Edificantes Discussões Mensais foi publicada até 1668. 1693 – LADIE’S MERCURY O jornalista inglês John Dunton lança essa pioneira revista feminina. Três anos antes, Dunton havia editado a Athenian Gazette, destinada a responder todas as questões curiosas da época. A Athenian deu experiência a Dunton para preparar uma publicação dedicada ao sexo feminino. 1842 - THE IlLUSTRATED LONDON NEWS O inglês Herbert Ingram apostou no sucesso das revistas ilustradas. Sua publicação semanal The Illustrated London News lhe rendeu bons frutos. Foi a primeira revista a utilizar gravuras para ilustrar os textos. A publicação inspirou outras revistas na época. 1888 - NATIONAL GEOGRAPHIC Publicada até hoje, é uma das revistas científicas mais importantes do mundo, financiando expedições e explorações ao redor do globo terrestre. Foi uma das pioneiras na publicação de fotografias coloridas, imagens do espaço, animais selvagens e retratos do fundo do mar. 1928 - O CRUZEIRO Sucesso no Brasil, a revista O Cruzeiro, fundada pelo jornalista Assis Chateaubriand, teve 50 mil exemplares em sua primeira tiragem, com grandes reportagens ilustradas. Deixou de ser publicada em 1970. 1731 - THE GENTLEMAN’S MAGAZINE A revista, publicada na Inglaterra por Edward Cave, é considerada a primeira magazine moderna. Muitas de suas páginas eram dedicadas ao entretenimento, como textos de ficção e poemas. As publicações também continham comentários políticos e críticas. 12 1892 - VOGUE A revista norte-americana Vogue, fundada pelo editor aristocrata Arthur Turnure, a princípio, era dedicada ao luxo, com inúmeras reportagens sobre moda. As edições da Vogue eram voltadas para a elite de Nova York do final do século XIX. A revista é considera até hoje pelos especialistas no assunto como bíblia da moda. 1936 - LIFE MAGAZINE Lançada pelo editor norte-americano Henry Luce, foi a revista mais influente da história do fotojornalismo, com sua primeira edição contendo 96 fotografias de página inteira. A revista circulou semanalmente até 1972. 1855 – LESLIE’S WEEKLY A revista foi uma das primeiras publicações norte-americanas a utilizar ilustrações. Na segunda metade do século XIX, sua tiragem chegava a média de 100 mil exemplares, número que triplicava de acordo com o assunto abordado na edição. A revista inovou ao longo da Guerra Civil Americana (1861-1865), enviando 12 correspondentes para cobrir o conflito. 1925 - THE NEW YORKER Famosa pelo humor e pelos textos literários, a revista fundada pelo editor americano Harold Ross, teve suas primeiras edições voltadas para a vida cultural e social de Nova York. Entre seus colaboradores estão grandes escritores do século XX, como Dorothy Parker e J.D. Salinger . BREVE HISTÓRIA DA REVISTA NO BRASIL As primeiras revistas chegaram ao Brasil no século XIX, trazidas pela corte portuguesa. A “A Variedades ou Ensaios” foi lançada em 1812, em Salvador, segundo Scalzo (2004). A magazine publicava discursos sobre costumes, virtudes morais e sociais da época, assim como alguns artigos, textos sobre viagens, e variedades. Em janeiro de 1813, foi produzida a segunda revista no Brasil, chamada ‘O Patriota’, no Rio de Janeiro. Após os primeiros exemplares publicados, a revista caiu no gosto da sociedade. Outras publicações surgiram no Brasil, como Anais Fluminenses de Ciências, Artes e Literatura, lançada em 1822, também no Rio de Janeiro. Surgiram revistas em várias províncias brasileiras, a maioria de caráter literário, contudo, mantendo um formato conservador e poucas ilustrações. As formas de impressão foram aperfeiçoadas, o preço da revista tornouse mais acessível, a publicidade ganhou espaço e vários segmentos surgiram 13 destinados a diferentes públicos. As revistas passaram a publicar matérias de interesse social, utilizando mais fotografias e lustrações, atraindo um número maior de leitores. No ano de 1827 surge a primeira publicação segmentada do Brasil. O “Propagador das Ciências Médicas, órgão da Academia de Medicina do Rio de Janeiro’” voltado exclusivamente aos novos médicos. Em 1827, acontece a primeira segmentação por tema. Dedicada aos novos médicos que começam a atuar no país, surge O Propagador das Ciências Médicas, órgão da Academia de Medicina do Rio de Janeiro, considerada a primeira revista brasileira especializada. Neste mesmo ano aparece também a pioneira entre as revistas femininas nacionais: Espelho Diamantino – Periódico de Política, Literatura, Belas Artes, Teatro e Modas dedicado às Senhoras Brasileiras, que trazia textos leves e didáticos sobre política nacional e internacional, trechos de romances estrangeiros, críticas de literatura, música, belas-artes, teatro e notícias sobre moda, além de crônicas e anedotas (SCALZO, 2004, p.28). Em 1898 é lançada a primeira revista masculina brasileira, chamada de “O Rio Nu”. Entre o século XIX e o século XX, surge a revista “Galantes”. Essas publicações se diferenciavam pela mistura de notícia, piadas, caricaturas e contos eróticos. Já a revista Fon-Fon teve o título inspirado em uma buzina de carro. Editada em seus primeiros anos, de 1901 a 1915, pelos intelectuais Gonzaga Duarte, Mário Pederneira e Lima Campos, era uma revista baseada no esnobismo carioca, ilustrada por muitas fotografias e bastante literatura. As capas da revista Fon-fon eram marcantes, algumas delas feitas pelo artista plástico e pintor Di Cavalcante, que estampou a primeira delas em 1915. 14 Figura 1- Revista Fon-Fon! Fonte: Acervo revista internética – www.joaodorio.com Em 1914, foi lançada “A Cigarra”, revista quinzenal e popular no início do século XX, que refletia o comportamento da época. A publicação usava ilustrações, jogos e textos assinados por escritores como Monteiro Lobato, Oswald Andrade e Olavo Bilac. As mulheres eram destacadas nas seções sobre bailes, saraus e vida doméstica. De acordo com Cohen (2008), dados oficiais de um levantamento realizado pelo Departamento Nacional de Estatística, “Estatística: da Imprensa Periódica no Brasil”, divulgado em 1931, comprovam a atividade da imprensa brasileira. 15 Tomando como base o ano de 1912, a pesquisa incluiu em seus quadros comparativos ‘além de jornais e semanários de toda a natureza, almanaques, revistas, didáticas, publicações de propaganda comercial’ e etc. Totalizando 23 categorias, classificadas de acordo com o tema dos impressos (...) O relatório chama a atenção para o constante aumento do número de publicações entre 1912 e 1930, especialmente de revistas semanais e mensais; os estados de São Paulo e Rio de Janeiro destacam-se pelo lançamento do maior número de títulos, de modo que, do total de 2.959 títulos registrados em 1930, o Rio de Janeiro tem 524 e São Paulo, 702, dos quais 249 apenas na capital (COHEN,2008, p.103). No início, imprensa e sociedade estavam crescendo de forma parelha. “O crescimento e a diversificação do mercado editorial assentaram-se no tripé da florescente economia urbano-industrial em combinação a modernização técnica e a ampliação do mercado leitor”. Em seguida surgiu a revista semanal "O Cruzeiro". Com sua programação visual arrojada para o seu tempo, logo se transformou em um fenômeno de vendas. A revista, vale frisar, foi criada em 1928 pelo empresário e jornalista Assis Chateaubriand, proprietário dos Diários Associados. A magazine atingiu um incrível número de vendas na década de 50, o equivalente a 700 mil exemplares por semana, tornando-se referência gráfica, literária e jornalística. Scalzo (2004) afirma que o ótimo desempenho da revista foi motivado principalmente pela nova linguagem que acabara de implantar na imprensa nacional, com grandes reportagens aliada a valorização do fotojornalismo. Em 1928, nasce o que viria a ser um dos maiores fenômenos editoriais brasileiros: a revista O Cruzeiro. Criada pelo jornalista e empresário Assis Chateaubriand, a publicação estabelece uma nova linguagem na imprensa nacional, através da publicação de grandes reportagens e dando uma atenção especial ao fotojornalismo. Na década de 1950, chega a vender cerca de 700 mil exemplares por semana (SCALZO, 2004, p.30). 16 Figura 2 (Capas da revista O Cruzeiro, incluindo a primeira em 1928, e a última, em 1975) Figura 3 - Revista O CRUZEIRO 1963 – Hebe Camargo Fonte: Acervo site memória viva 17 Apesar do enorme sucesso, a revista “O Cruzeiro” não se manteve no mercado por muito tempo. A publicação parou de circular em 1970. A falta de investimentos e problemas nos negócios de Assis Chateaubriand, considerado um magnata da comunicação entre 1930 e 1960, foram alguns dos motivos para a extinção da revista. Em 1952 surge a revista Manchete, idealizada pelo imigrante russo naturalizado brasileiro, Adolfo Bloch, tendo como proposta um conceito moderno, inspirado na ilustrada Paris Match, apostando na fotografia como sua maior forma de linguagem. Diferente de “O Cruzeiro”, a Manchete conseguiu ser veiculada até a década de 90. Revista Manchete, Ano 1, Número 1º Edição, em 1952 18 JORNALISMO ESPECIALIZADO Como o foco principal da Revista Au Revoir é o turismo brasileiro, faz-se necessário explanar sobre jornalismo especializado. Para começar, é fundamental que se tenha em mente a diversidade de temas que podem ser explorados na área jornalística, esses, por sua vez, envolvem as mais variadas editorias. Em uma análise de vários textos publicados nas editorias de ciência, educação, esporte, saúde, tecnologia, política e policial, Erbolato (1981) enfatiza que é necessário ter conhecimento específico para redigir sobre o assunto definido. Não basta somente escrever e publicar a notícia, pois fazer jornalismo especializado requer leitura e pesquisas, além do profissional ter que saber diagramar, ilustrar e muitas vezes mergulhar na etnografia do tema a ser abordado. Neste caso, tudo o que é divido por assuntos pode ser classificado como jornalismo especializado, ou seja, desde assuntos intrínsecos a veículos que publicam matérias destinadas a um determinado público comum. Lage (2001), no entanto, defende que jornalismo especializado infere duas missões: a primeira é admoestar o leitor, que envolto a inúmeras informações e fontes ao mesmo tempo, tende a se perder e não chegar a uma conclusão. A segunda visa conduzir o individuo de acordo com a sua correlação, expressão ou tema favorável, sem que isso implique à sociedade um modelo. Devido aos inúmeros meios de informação, o leitor passa a ter mais alternativas na hora de escolher uma revista. Esse poder de escolha faz com que o público se torne cada vez mais exigente, o que consequentemente requer das revistas conteúdos de boa qualidade e grande aceitação no mercado. Um dos fatores que contribuíram para esse poder de escolha foi o avanço da tecnologia, que tem ao longo dos anos estimulado o contato do público com o conhecimento. Em tempos não muito distantes, temas como turismo, por exemplo, não tinham a credibilidade que se tem hoje, isso porque não existia uma relação clara e direta entre emissor e receptor. Essa situação, no entanto, foi revertida com o constante aumento da participação da 19 sociedade. Essa aproximação que o leitor teve com o editor facilitou e ajudou num melhor direcionamento das informações, resultando assim na definição do público específico. Tal proximidade entre jornalista e leitor foi de suma importância para a ascensão do jornalismo especializado, haja vista que possibilitou o surgimento de novas especificidades dentro da área jornalística. Alguns temas que até então passavam despercebidos pelos veículos de comunicação, tais como, moda, beleza, viagens, entre outros, com a participação dos leitores passaram ter mais notoriedade devido aos pedidos do público. A participação do leitor, portanto, foi a responsável pelo surgimento de editorias, antes, apenas colunas. O fato comprova que o público tem se tornado cada vez mais seletivo. O público-alvo, seja ele de revistas, jornais e livros, o leitor; ouvinte, no caso de rádios; ou telespectador, no caso da televisão; exige um produto específico, que supra sua necessidade, predestinando assim o jornalismo especializado a atender às exigências da sociedade. “Tanto a abordagem de um assunto específico quanto para certo público, serão considerados uma forma de se encontrar a especialização da informação jornalística’’ (ABIAHY, 2000, p. 16). ANÁLISE DA GATEKEPPER AGENDA-SETTING, CONTRA-AGENDAMENTO E O surgimento do conceito de agendamento tem seu início datado de 1922, quando o jornalista, escritor e comentarista político, Walter Lippmann, afirmou em sua obra Public Opinion, que os meios de comunicação de massa poderiam não produzir a veracidade dos fatos e sim a representação da realidade. A teoria da agenda setting, no entanto, surgiu com o aperfeiçoamento de estudos elaborados por Maxwell E. McCombs e Donald L. Shaw. A pesquisa dos teóricos focou na campanha presidencial norteamericana de 1968, que de acordo com DeFleur (1993), baseou-se nas notícias publicadas sobre os candidatos à Casa Branca, bem como a maneira com o que os eleitores demonstravam interesse pelos fatos noticiados nos veículos de comunicação. 20 Em consequência da ação dos jornais da televisão e dos outros meios de informação, o público sabe ou ignora, presta atenção ou descura, realça ou negligencia elementos específicos dos cenários públicos. As pessoas têm tendência para incluir ou excluir dos seus próprios conhecimentos aquilo que os mass media incluem ou excluem do seu próprio conteúdo. Além disso, o público tende a atribuir que esse conteúdo inclui uma importância que reflete de perto a ênfase atribuída pelo mass media aos acontecimentos, aos problemas, às pessoas (SHAW 1979, p.96 apud Mauro Wolf). Para o filósofo e professor de ética da Universidade de São Paulo (USP), Clóvis de Barros Filho, a agenda setting pode ser definida como o poder que os meios de comunicação exerce na vida das pessoas. “É a hipótese segundo a qual a mídia, pela seleção, disposição e incidência de suas notícias, vem determinar os temas sobre os quais o público falará e discutirá" (Barros Filho, 2008, p. 169). Isso, porém, não quer dizer que o jornalismo obteve sucesso ao fazer com que seu público crie e forme uma opinião em relação aos fatos noticiados. Na contramão do que se imaginava, a população começou a dar mais ênfase a determinados problemas, uns mais que outros. Desta forma, a pauta dos meios de comunicação passou, também, a ser agendada pelo público. Conforme interpretação de Da Silva (2008), a agenda-setting diz respeito à prática utilizada pelos meios de comunicação de massa para pautar e fomentar os temas que a sociedade debaterá no decorrer dos dias. No entanto, a população nem sempre enfatiza ou suprime dos debates os assuntos que os veículos decidem abordar durante a seleção de temas. Em todo o caso, a agenda setting defende que a mídia é quem escolhe quais os assuntos de interesse público. É importante destacar que a teoria da agenda setting contempla um agendamento no sentido mídia → sociedade, ou seja, sob essa perspectiva, a mídia detém o monopólio de pautar, de acordo com seus interesses e conveniências, as várias agendas: governamentais, políticas ou sociais (ROSSY, 2006, p. 1). Tendo como objetivo exemplificar a tese, podemos citar a forma como os crimes hediondos são tratados pelos meios de comunicação. Geralmente crimes graves, envolvendo crianças, idosos ou que geram comoção nas pessoas são excessivamente noticiados pela mídia. Esse bombardeio de informações sobre determinado assunto é pautado por um longo período de tempo, sendo encerrado somente quando todos os recursos são exauridos. 21 Neste aspecto, podemos mencionar dois crimes que geraram revolta e comoção em todo o país, sendo estes explorados até hoje pela mídia, embora tenham acontecido há mais de seis anos, o mais recente. O primeiro caso refere-se ao assassinato da psicanalista Marísia e do engenheiro Manfred Von Richthofen, mortos a pauladas por Daniel e Christian Cravinhos a mando da filha do casal, Suzane Von Richthofen, em 31 de outubro de 2002. Até hoje o caso tem repercussão na imprensa, sendo publicado até mesmo o envolvimento amoroso de Suzane com outra mulher na cadeia em que está presa, em Tremembé, interior de São Paulo. Outro caso que até hoje aparece nas páginas de jornais, revistas e constantemente é noticiado na televisão, trata-se do assassinato de Isabella Nardoni, morta após ser atirada do sexto andar do prédio onde o pai morava. De acordo com a justiça, a madrasta, Anna Carolina Jatobá, estrangulou Isabella no rol do apartamento. Em seguida, pensando que a criança já estava morta, o pai Alexandre Nardoni atirou a filha pela janela do apartamento. Essa seleção que os meios de comunicação fazem sobre o que deve ser noticiado define a atuação da imprensa como gatekeepers, sendo esta a responsável por filtrar, conforme critérios editoriais, o que deve ou não ser publicado. Traquina (1995, p.204), afirma, no entanto, que esse filtro afeta diretamente a opinião do leitor, pois para ele “novas investigações, explorando as consequências da agenda-setting e do enquadramento sugerem comprovando que os media não só nos dizem em que pensar, mas também como pensar nisso”. O agendamento acontece em três níveis, o primeiro é a Agenda Midiática, no qual as decisões são tomadas à partir de questões discutidas na mídia; o segundo, Sociedade Civil ou Agenda Pública, são abordadas questões relevantes ao público e o terceiro, Agenda de Políticas Públicas, colocam em discussão as questões que gestores públicos consideram importantes, de maneira que o agendamento se dá necessariamente no tempo, que se estabelece uma verdadeira correlação entre a agenda da mídia e a do receptor, mas também a agenda do receptor pode e acaba influenciando a agenda da mídia (HOHLFELDT, 1997,p. 198). Segundo Hohlfeldt (1997, p.193), a influência da mídia na sociedade pode acontecer não apenas a curto, mas também a médio e a logo prazo, 22 conforme a natureza do meio de comunicação. “A influência não se dá pela imposição de determinados conceitos, mas pela inclusão de certos temas em nossa preocupação, que de outro modo, não chegariam a nosso conhecimento”. De acordo com o autor, a influência decorre principalmente por causa do aumento da quantidade dos canais de informação. Aumento esse atribuído a globalização. Já Traquina (1995, p.193) defende que a informação pode ser interpretada de diversas formas pela sociedade. Ao embasar seu raciocínio, Traquina afirma que “o mundo parece diferente para pessoas diferentes, dependendo do mapa que lhes é desenhado pelos redatores, editores e diretores de jornal que leem.” Em pesquisas recentes, pesquisadores têm dado ênfase a novos estudos sobre a agenda-setting. As visões, no entanto, trazem uma nova perspectiva do assunto: a teoria do contra-agendamento. De acordo com estudiosos, a sociedade pauta a mídia neste caso. Sobre o assunto, Rossy (2007, pág. 18) afirma que o contra-agendamento é um “agendamento não no sentido tradicional, postulado pela teoria do agenda-setting, mas de um agendamento que privilegia a contra-argumentação.” Grande parte dos estudos sobre contra-agendamento consegue provar a força que os movimentos sociais e organizações detêm, principalmente no que diz respeito ao poder de pautar as reivindicações desses grupos. Esse poder é tema de estudo da pesquisadora Elizena Rossy (2007), que observou o comportamento de organizações não governamentais que usam o contraagendamento para defender suas causas. A pesquisadora, que estudou três ONGs, a Viva Rio, Sou da Paz e Convive, concluiu que as três organizações obtiveram sucesso ao pautar a mídia usando o apelo para um Rio de Janeiro menos violento e mais seguro. Um dos atos que chamou a atenção dos meios de comunicação foi o de fixar cruzes pretas nas principais praias do Rio de Janeiro. A ação visava lembrar e homenagear os cidadãos inocentes que perderam suas vidas ou foram vítimas da violência na capital fluminense. Outro autor que discorre sobre contra-agendamento é Silva (2007): 23 O contra-agendamento: compreende um conjunto de atuações, que passam estrategicamente, pela publicação de conteúdos na mídia e depende, para seu êxito, da forma como o tema-objeto-de-advocacia foi tratado pela mídia, tanto em termos de espaço, quanto em termos de sentido produzido. (SILVA, 2007, p.84-85). Sob sua ótica, Silva utiliza a palavra advocacia para mencionar as ações de grupos e movimentos sociais que buscam pressionar a classe política, visando defender os interesses da sociedade num todo. Neste caso, pode-se afirmar que grandes mudanças aconteceram no jeito de se fazer comunicação, pois o público deixou de ser apenas um agente passivo para exercer um papel nos meios de comunicação. Nesse contexto, é fundamental mencionar o papel da tecnologia, principalmente da internet, responsável por dar a sociedade o poder de escolher as pautas de maior importância e relevância para a população. Tal poder, vale frisar, tende a se expandir pelo país, pois o acesso à informação está deixando de ser restrito apenas a parcela mais rica da sociedade. Com a democratização da internet ou como muitos preferem chamar, inclusão digital, a tendência é que haja uma imensa troca de conhecimento, já que a grande rede facilita o recebimento de conteúdo, seja ele qual for. BREVE HISTÓRIA DO TURISMO NO MUNDO O turismo que conhecemos hoje é fruto de mudanças históricas na forma de como as sociedades se relacionam ao longo dos anos entre si o ambiente onde vivem. De acordo com historiadores, o homem sempre se deslocou com os mais variados tipos de objetivos, entre os principais, destacam-se a busca por comida, a conquista de territórios e cultos religiosos. Pires (2002) salienta que a forma de fazer turismo, tal qual conhecemos hoje, só é possível devido ao desenvolvimento tecnológico, que possibilitou a criação de uma complexa estrutura que seria utilizada pelos meios turísticos. “A revolução nos transportes, a complexidade social em todas as suas variáveis, ocorrida com o fortalecimento das cidades e o prestígio da economia urbana em expansão, além da relativa paz, fizeram a base do turismo moderno”. Conforme o passar dos anos e o crescente aumento populacional, houve a necessidade da melhoria dos serviços postais, que ajudariam em muito a 24 dinamizar os negócios na primeira metade do século XIX. Para atender a demanda em cidades onde não tinham trens, usavam-se as diligências, um veículo pequeno, movido a cavalo, pouco veloz, usado para transportar mercadorias e pessoas, utilizadas apenas pela elite da época. A navegação foi outro meio de transporte beneficiado pela necessidade de comunicação e rapidez da época. O trem, por sua vez, passou a ter sua força motriz a vapor, atingindo seu auge em 1930. As locomotivas chegavam a 160 quilômetros por hora, agilizando o transporte tanto de carga quanto de passageiros. Em suma, a revolução nos transportes e o crescimento populacional acarretaram transformações significativas em setores pouco desenvolvidos da economia. O crescimento das grandes cidades, vale ressaltar, está diretamente ligado a Revolução Industrial, fato ocorrido nos séculos XVIII e XIX, que tem como principal característica a substituição do trabalho artesanal por trabalho assalariado, realizado em fábricas e com uso de máquinas. Muito mais que operários trabalhando nas fábricas, as cidades concentravam profissionais liberais, comerciantes e funcionários públicos que fomentavam a economia urbana. Isso contribuiu para o aumento da renda per capta, e consequentemente para o surgimento do que hoje chamamos de turismo moderno. No entanto, o ano considerado crucial para o surgimento do turismo é 1841, quando o vendedor de bíblias Thomas Cook (1808-1982) organizou a primeira viagem turística de forma agenciada. O inglês conseguiu transportar de Leicester para Loughborough, ambas na Inglaterra, um grupo de 570 pessoas. O pai do turismo moderno, como é conhecido, ofereceu aos viajantes serviço de bordo com presunto e chá, música clássica ao vivo durante a excursão e participação nos jogos de cricket. A mais significativa contribuição de Cook foi organizar uma viagem com um pacote de serviços incluídos, como transporte, acomodação e atividades no local de destino, procedimento que passou a ser copiado em todo o mundo. As viagens que até então eram realizadas por necessidade – não eram aprazíveis e principalmente voltadas para a educação – tornaram-se atrativas; o entretenimento e o prazer tinham lugar garantido, e assim foi introduzido um novo conceito, o de gozar as férias em lugares distantes do seu local habitual de residência (DIAS, 2005, p. 35). A partir de 1841, os deslocamentos passaram de meras necessidades comerciais, religiosas ou conquistas territoriais para viagens em busca de prazer, descanso e diversão. Esse fato também foi alimentado pelo bucolismo 25 das pessoas que trabalhavam nas grandes cidades e alimentavam a vontade de visitar as paisagens naturais de outros lugares. Apesar dos avanços, o turismo era uma prática restrita a elite, principalmente a burgueses, artistas e escritores que tinham condições financeiras de pagar os valores elevados cobrados pelas viagens e hotéis da época. Esse fato, no entanto, começou a ser revertido quando o norteamericano Henry Ford, em 1908, começou a produzir em grande número e com preço acessível o Ford T, que vendeu 15 milhões de unidades entre 1908 e 1927. Isso possibilitou que novas camadas da população tivesse acesso ao turismo, já que poderiam desbravar outros lugares por meio do automóvel. O aumento no número de carros fez com que novas rodovias fossem abertas e que hotéis a beira de estradas pudessem ser erguidos para atender aos viajantes. O crescimento do turismo esteve diretamente ligado à prosperidade econômica dos Estados Unidos até as duas primeiras décadas do século XX. Em relação a esse boom econômico, um “grande número de novos ricos norteamericanos que vão admirar a cultura europeia do passado, bem como obter uma forma de ascensão social em seu país” (Id., p. 37), passa a fomentar o turismo no velho continente. Houve, porém, uma estagnação do turismo durante a primeira e a segunda guerra mundial, bem como no período entre guerras. A situação começou a se normalizar apenas em 1945, quando o avião foi introduzido como meio de transporte de passageiros, fato que reduziu consideravelmente o tempo de viagem, o cansaço e o desconforto dos turistas. Nessa época, o número de destinos foi ampliado, bem como cresceu o número de agências de viagens em todo o mundo que ofereciam pacotes com tudo incluso. Já no fim da década de 1950, as viagens de avião superaram as viagens marítimas em relação ao número de passageiros transportados. Pode-se concluir que, entre 1950 e 1960 o turismo ganhou proporções mundiais, impulsionado principalmente pelo crescimento da aviação comercial, bem como pela popularização do automóvel. Como foi visto até aqui, podemos dizer, de forma metafórica, que o turismo desembarcou do trem no século XIX e embarcou no avião no século XX. Em 1974, com o objetivo de estabelecer normas e parâmetros, foi criada, em Madri, capital da Espanha, a Organização Mundial do Turismo 26 (OMT). Ao todo, 153 países são membros da Organização classificada como o organismo internacional mais elevado no que se refere ao turismo. Para a OMT, turismo é toda atividade realizada por pessoas fora de lugares habituais. Conjunto de atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e estadia sem lugares distintos de seu entorno habitual, por um período de tempo consecutivo inferior a um ano, com fins de lazer, negócios ou por outros motivos não relacionados ao exercício de alguma atividade remunerada no local visitado (OMT, 1994). A partir de 1980, o desenvolvimento do segmento turístico voltou a crescer após a crise do petróleo, em 1970. Nessa época, o avião se consolidou como meio de transporte de turistas em todo o planeta, havendo ainda melhorias consideráveis nos projetos e construção de ônibus. Nesse período, outro advento tecnológico surgiu, melhorando ainda mais a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de turismo. A internet passou a ser utilizada pelas empresas para dinamizar e aumentar a excelência das viagens oferecidas, resultando na padronização, massificação e ploriferação das redes de hotéis internacionais. Já no século XXI, o turismo tornou-se um movimento de massas, tal qual conhecemos nos dias atuais. O setor continuou se beneficiando com o meio de transporte aéreo, além do uso continuo da internet e novos meios de comunicação. BREVE HISTÓRIA DO TURISMO NO BRASIL No Brasil, a história do turismo está diretamente ligada a chegada da Família Real portuguesa as terras brasileiras, quando, em 1808, os Orleans e Bragança, resolvem se proteger das batalhas expansionistas travadas por Napoleão Bonaparte na Europa. Porém, antes da Família Real se deslocar de Portugal para o Rio de Janeiro, que na época tinha uma infraestrutura precária e não possuía serviço de hospedagem que pudesse atender a demanda dos nobres que aqui chegavam, já havia turistas circulando pelas terras tupiniquins. 27 É raro que nelas se encontre soalho, e nunca há vidraças ou caixilhos; o teto ordinariamente está em bom estado. A fachada, deixada aberta, forma como uma varanda onde colocam bancos e mesas. Os quartos de dormir se comunicam todos uns com os outros e o viajante dorme como pode, num girau de madeira, coberto de um colchão muito delgado (Id., p. 145). Esse fluxo de turistas era o resultado de pessoas transitando entre o Brasil e a Europa, pois, difundiam-se no Velho Continente as belezas naturais do Brasil, a extravagância e o que de exótico havia no país. Tais relatos fizeram com que despertassem o interesse e a curiosidade até mesmo de pesquisadores, que embarcaram em expedições científicas com um único propósito, o de desbravar a natureza exuberante da qual tanto se falava no Continente europeu. As hospedagens comerciais, no entanto, não passavam de hospedarias, já que naquela época não havia hotéis no Rio de Janeiro. Apesar da pouca infraestrutura, a hospitalidade dos brasileiros era bem vista pelos estrangeiros. Assim como no restante do mundo, o turismo no Brasil também passou por transformações no século XIX, sendo que uma das responsáveis por fomentar o crescimento turístico brasileiro foi o cultivo do café da Região Sudeste. A produção de café resultou em uma grande margem de lucro para a elite de fazendeiros da região, denominados barões do café. No Brasil, as famílias dos barões do café mantinham uma ligação cultural com a Europa, sendo que a maioria viajava com frequência para o Velho Mundo. Naquela época, também era comum que os filhos de famílias ricas fossem estudar na Europa, os quais usavam as viagens como forma de se diferenciar e até mesmo ostentar seu patrimônio. Uma viagem à Europa em pleno século XIX, por exemplo, representava bom gosto, status social elevado e cultura superior. O transporte ferroviário, assim como aconteceu na Inglaterra e nos Estados Unidos, durante o século XIX, também ajudou nos deslocamentos dentro do Brasil, principalmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. No mesmo período, coincidiu o aumento no número de restaurantes e hotéis nas duas capitais. Já no século XX, os mesmos adventos mundiais que elevaram o turismo a um patamar pomposo, contribuíram significativamente para melhorar e propiciar um melhor serviço prestado no país. Nesse aspecto, mais uma vez destaca-se o uso do automóvel, o surgimento do avião e a modernização das empresas que oferecem viagens aos turistas brasileiros. 28 Em 2014, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), divulgou o estudo anual Viagens e Turismo: Impacto Econômico, com dados coletados em 184 países. No levantamento, o Brasil aparece em 6º lugar no ranking de países que apresentam bons indicadores para o desenvolvimento do turismo, entre eles, Produto Interno Bruto (PIB), divisas geradas por turistas internacionais, geração de empregos, e investimentos públicos e privados. O presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Vicente Neto, acredita que os grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro, projetarão o país mundialmente, o que deve atrair ainda mais turistas para o Brasil. De acordo com o estudo, o turismo deve ajudar a economia brasileira em 2014, pois estima-se um crescimento de 5,2% em relação ao ano anterior, número que pode chegar a 9,5% do PIB (R$ 466,6 bilhões), frente aos 9,2% do PIB 2013, que foi R$ 443,7 bilhões, conforme divulgado pela WTTC. Ainda segundo o Conselho, o número é mais que o dobro da média mundial, que será de apenas 2,5%. O estudo aponta, também, que o turismo brasileiro deve impactar positivamente o número de empregos no país em 2014. Segundo o relatório, o setor deve gerar 8,9 milhões de empregos diretos e indiretos, número que representa um crescimento de 4,5% em relação a 2013. No ano anterior, 8,5 milhões de postos de trabalho foram criados na área que engloba o turismo. Ao redor do mundo, o aumento esperado é de 2,5% em relação ao ano anterior. O WTTC, em parceria com a Universidade de Oxford, concluiu que o Brasil é a nação com a maior projeção de investimento e crescimento no setor de turismo em 2014. De acordo com a Organização, o Brasil deve crescer 21,8%, número quatro vezes maior que a média mundial, estimada em 5,7%. Por fim, o mesmo relatório do WTTC aponta que até 2024 o turismo movimentará a economia brasileira, devendo atingir 10,3% do Produto Interno Bruto (PIB), algo em torno de R$ 700 bilhões. Ao mesmo tempo, estima-se que o turismo seja responsável por empregar 10,6 milhões de brasileiros. ÓRGÃOS E ENTIDADES DE TURISMO NO BRASIL Em um país, cada área tem órgãos e entidades que atuam, fiscalizam e apresentam resultados de determinado setor. Com o setor do turismo não é diferente. No Brasil há inúmeros órgãos públicos e entidades, que, juntas, se unem em busca de melhorias e mais qualidade para os serviços prestados. As entidades e órgãos ligados ao turismo têm como função definir conceitos, regular normas, discutir regras, debater assuntos relacionados a 29 empresas e clientes. Neste caso, participam empresas dos setores aéreos, hoteleiro, locação de veículos, serviços e bancos – todas com o objetivo de fortalecer a área que envolve o setor. Ministério do Turismo O Ministério do Turismo tem como missão transformar e desenvolver o turismo brasileiro em uma atividade econômica sustentável, com geração de empregos e recursos, tendo como foco a inclusão social. Secretaria Nacional de Políticas do Turismo A Pasta, vinculada ao Ministério do Turismo, atua para promover internamente o turismo nacional, tendo por base a política nacional do setor. Conselho Nacional do Turismo A função do órgão é assessorar o ministro do Turismo na aplicação do Plano Nacional de Turismo. Sua equipe é formada por membros do governo federal e segmentos do turismo nacional. Empresa Brasileira de Turismo A Embratur foi criada em novembro de 1966. Na época, tinha como função difundir a atividade turística, tendo por base a geração de emprego e distribuição de renda e desenvolvimento em todo o território nacional. A partir de janeiro de 2003, o órgão passou a se chamar Instituto Brasileiro de Turismo, mudando o foco de sua atuação. Hoje, a Embratur trabalha na promoção, no apoio à comercialização dos produtos, destinos turísticos, serviços e no marketing brasileiro no exterior. Agência Nacional de Aviação Civil A Anac é uma autarquia federal que tem como características a independência, o patrimônio, a personalidade jurídica e as atividades de administração mediante receitas próprias. Compete a Anac, como reguladora, manter e dar continuidade a prestação de serviço relacionado ao setor aéreo em todo o território nacional, bem como zelar pelo interesse do usuário da aviação brasileira. 30 Quanto às atribuições e competências, cabe a autarquia regular e outorgar concessões de serviços aéreos, infraestrutura aeronáutica e aeroportuária, representar o Brasil em convenções, tratados ou acordos que diz respeito à aviação civil. Além disso, é de responsabilidade da Anac definir os valores para a exploração dos aeroportos brasileiros. Confederação Nacional do Turismo A Confederação Nacional do Turismo é uma entidade reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A CNTur tem como função, representar, em âmbito nacional as agências de turismo, hotéis, motéis, pousadas, restaurantes, parques temáticos, bares e empreendimentos gerais ligados ao setor. Federação Nacional de Turismo A Fenactur é uma entidade sindical que reúne mais de 10 mil agências de viagens. A Federação foi fundada com o objetivo de atuar na defesa de seus associados junto aos órgãos governamentais, bem como lutar por medidas que beneficiem o turismo interno. Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária A Infraero foi fundada em 1973 e, é vinculada a Secretaria Nacional de Aviação Civil. A empresa, que é pública, administra e investe em grandes e pequenos aeroportos do país. É por meio da Infraero que são realizadas obras de melhorias e infraestrutura nos complexos aeroportuários do Brasil. Ao todo, a empresa administra 60 aeroportos, 72 Estações Prestadoras de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo e 28 Terminais de Logística e Carga, nos principais aeroportos do Brasil. A Infraero também tem participação nas sociedades de Propósitos Específicos, responsáveis por administrarem os aeroportos de Brasília – DF, Guarulhos – SP, Galeão – RJ e Confins – BH. Associação Brasileira de Empresas Aéreas Criada em 2012 pelas cinco maiores empresas aéreas do país, a Abear representa os interesses da Avianca, Azul, Gol, Tam e Trip Linhas Aéreas. A 31 missão da associação, segundo seu estatuto, é estimular o hábito de voar no Brasil, implementar e apoiar programas que possam promover o crescimento da aviação comercial no país. A associação também atua diretamente junto aos setores públicos e privados, em busca de parcerias e defesa de seus representados. Outro objetivo da Abear é manter um diálogo direto com o público, uma vez que a quantidade de passageiros do setor aéreo superou a do transporte rodoviário. Organização Mundial do Turismo A Organização Mundial do Turismo foi fundada em 1925 como União Internacional de Organizações Oficiais de Viagens. Em 2013, no entanto, a OMT foi incorporada as Nações Unidas, tornando-se uma agência especializada. A missão da OMT é promover, de forma universal, responsável e sustentável o turismo, ajudando o setor a ser mais acessível e economicamente inclusivo. A Organização tem ainda a finalidade de disseminar o Código de Ética Mundial para o Turismo, visando contribuir sócio e economicamente ao setor, bem como, diminuir impactos negativos. A Organização Mundial do Turismo é composta por 155 países, possui seis membros associados e mais de 400 membros afiliados que representam o setor no mundo. Entre os membros afiliados da OMT, podemos citar o Sebrae, que, por meio da Organização, tem acesso a dados técnicos das mais diversas áreas relacionadas ao setor de turismo. Datas Comemorativas 02 de março – É comemorado o Dia Nacional do Turismo. 27 de setembro – A Organização Mundial do Turismo (OMT) definiu, em setembro de 1979, que o dia 27 do mesmo mês seria comemorado o Dia Mundial do Turismo. A data foi escolhida em homenagem à elaboração e implantação do Estatuto do Turismo, adotado em 1970. 32 METODOLOGIA Para o fechamento da primeira edição da revista “Au Revoir” os produtores realizaram diversas entrevistas com pessoas que viajaram para alguma parte do Brasil nos últimos tempos, consultaram sites governamentais e de entidades que estão diretamente ligadas ao turismo brasileiro. Os produtores buscaram mostrar fielmente as atrações mostradas em cada matéria da revista. Para isso, escolhemos falar de lugares e atrações que já visitamos, com exceção de alguns lugares. Tivemos ainda a oportunidade de conversamos com profissionais ligados à área turística, para podermos saber quais os destinos mais procurados pelos brasileiros. A maioria das entrevistas foi feita de forma presencial, repórter e entrevistado, no entanto, por causa de horários incompatíveis ou questões alheias a nossa vontade, uma pequena parte foi realizada por meio de contatos virtuais, sendo e-mail ou redes sociais. O desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, metodologia de suma importância para a elaboração do relatório técnico. Tal método é visto por Stumpf (2010) como a um conjunto de procedimentos, que tem por finalidade identificar e selecionar documentos importantes e relacionados ao assunto estudado por discentes que, por sua vez, devem interpretar e redigir o projeto acadêmico. Pesquisa bibliográfica, num sentido amplo, é o planejamento global inicial de qualquer trabalho de pesquisa que vai desde a identificação, localização e obtenção da bibliografia pertinente sobre o assunto, até a apresentação de um texto sistematizado, onde é apresentada toda a literatura que o aluno examinou, de forma a evidenciar o entendimento do pensamento dos autores, acrescido de suas próprias ideias e opiniões. (STUMPF, 2010, pg. 51). 33 MEMORIAL DA REVISTA A marca: Au Revoir A expressão francesa “Au Revoir”, quando traduzida para o português significa “Até breve, Até a próxima”. O nome foi pensado justamente para se despedir e dizer ao leitor, quando este finalizar a leitura da revista, que em breve haverá uma nova edição nas bancas. Por isso, o objetivo do nome da revista é fazer uma alusão e dizer: até a próxima edição. Enquanto a imagem de uma marca é a forma como ela é percebida, a identidade de uma marca é uma aspiração – é a forma como ela gostaria de ser percebida. Uma cilada comum na criação de uma identidade de marca é a concentração nas características da marca relacionadas ao produto. Os estrategistas de marcas são estimulados a pensar “fora da caixa”, considerando igualmente os benefícios emocionais e de auto expressão, os atributos organizacionais, a personalidade de criação de um valor realmente diferenciador (AAKER, 1993, p.1). A escolha da marca Au Revoir está diretamente ligada à imponência do nome, que provoca curiosidade nas pessoas em saber o significado da expressão. A frase, que é famosa mundialmente acaba despertando a atenção até mesmo de pessoas pouco instruídas. Acreditamos que Au Revoir seja o nome ideal para iniciarmos esta caminhada, ainda mais depois de termos pego o gosto em trabalhar na revista. O tema Au Revoir é uma revista voltada para o público brasileiro que sonha, deseja e pretende conhecer os quatro cantos do Brasil. Além de matérias sobre os principais pontos e cidades turísticas brasileiras, a revista traz, ainda, matérias sobre comidas típicas, artesanato e cultura do lugar abordado. Muito mais que mostrar as belezas naturais do país, Au Revoir visa trazer conhecimento ao leitor. Público- Alvo Pensada para atrair os mais diversos públicos, Au Revoir pretende atingir desde jovens e adultos entre 16 e 59 anos até pessoas da terceira idade. A revista traz matérias para todos os gostos e estilos e pretende fomentar o turismo brasileiro. Com o constante e considerado aumento no número de pessoas que têm viajado o Brasil a lazer, acredita-se que a revista possa ser uma opção a mais para os turistas brasileiros na hora de viajar. Por se tratar de uma 34 publicação em papel, o viajante tem a possibilidade de levar a revista na mala, por exemplo, e usá-la como um guia durante a viagem. Para a escolha do público-alvo foi levado em consideração inúmeras reportagens publicadas em sites e jornais, bem como veiculadas na televisão, informando sobre a cresce demanda de turistas que estão conhecendo o próprio país onde vivem. Faixa etária principal – Jovens e adultos entre 16 e 59 anos a homens. Projeto gráfico Responsável por diferenciar uma revista da outra, é por meio do projeto gráfico que as magazines criam sua identidade visual. O desenvolvimento do projeto é fundamental para que o leitor sinta, tão logo quando veja, empatia pelo formato da revista. A intenção é atrair o público pela matéria de capa, não deixando de enfatizar as outras matérias com bons textos e ilustrações, pois, como o próprio nome sugere, significa que queremos ver o leitor lendo a próxima publicação. A primeira edição da revista Au Revoir será simples, mas arrojada. O intuito é definir as características necessárias nas próximas edições. FONTES, CORPO E TAMANHOS TÍTULO SUTIÃ TEXTO Extra bold, corpo acima de 35 pt Fonte Arial Black 12 Regular, sem serifa, corpo entre 14 e 30 pt Fonte Minion Pro 20 Regular, corpo 11, com captular com 3 linhas e recuo de 5mm Fonte Minion Pro 11 OLHO Italic, corpo 24 Fonte Minion Pro CRÉDITOS Sem serifa, regular, corpo 8 Fonte Arial Black 8 Black, corpo 8 Fonte Arial 9 Arial, corpo 8 Fonte Black 9 AUTOR LEGENDA 35 Formato–200 x 260 mm Colunas: três Medianiz: 5 mm Margens Superior: 20 mm Inferior: 15 mm Interna: 10 mm Externo: 15 mm Número de páginas – 60 páginas, sendo 04 páginas de capa e 56 de miolo. Formato dos anúncios – 02 de páginas duplas e 04 de página simples. Encadernação – Hot Melt, também conhecida como Lombada Quadrada. Neste tipo de encadernação, as páginas de uma revista, por exemplo, são coladas na capa, que é flexível. Feito em papel couchê fosco de 115g, o miolo da revista possibilita uma melhor leitura. Já a capa é produzida em papel couchê fosco, 250g, com laminação e brilho. Distribuição e venda – A revista Au Revoir será um periódico bimestral, para uma melhor elaboração das matérias. Sua distribuição será feita em âmbito nacional, sendo comercializada por R$ 9,90. A princípio, a revista não terá versão on-line. 36 Editorias Carta do editor: A primeira carta tem o objetivo de apresentar a revista como um todo, desde o significado da expressão Au Revoir até apresentar as matérias que compõem a revista. A carta dessa primeira edição traz um apanhado do sentimento que esse produto projetou em nós produtores e alguns amigos que torceram para que tudo desse certo, buscando aproximar o leitor numa intimidade com a primeira edição. Você Indica: Pensada exclusivamente para o leitor interagir com a revista, esse espaço é destinado aos turistas que já viajaram e querem sugerir um roteiro, um lugar, dar dicas de como, quando ir e o que fazer no lugar visitado. Servirá, também, para críticas referentes a locais desbravados. Entrevistas- A primeira edição da revista Au Revoir traz uma entrevista com a agente de viagens Cristiana Evangelista, que indica lugares baratos para se viajar dentro do Brasil. Sem querer, a agente também incluiu um destino na América do Sul, que segundo ela, vale muito a pena conhecer. Artigo- “Uma Linda Senhoras aos 449 Anos”, esse é o título do primeiro artigo publicado na revista Au Revoir. O autor apresenta a cidade do Rio de Janeiro para aqueles que ainda não a conhece. Suas parais, pontos turísticos, vida noturna e até formas de locomoção e hospedagens são abordadas no artigo. 37 Cronograma Quebra de PáginaCRONOGRAMA ATIVIDADE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Observação e identificação do público-alvo e espaço físico Coleta, apresentação e discussão dos dados Nova pesquisa bibliográfica e afrontamento dos dados Organização, produção e edição das matérias Revisão e diagramação Entrega do projeto Defesa da banca 2014 JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 38 CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo deste Trabalho de Conclusão de Curso é mostrar, por meio do jornalismo de revista, as possibilidades de se fazer turismo dentro do Brasil. O periódico pretende atiçar o desejo do leitor em viajar, mostrando a ele as riquezas naturais, os eventos regionais, as comidas típicas, a cultura, o artesanato e o povo brasileiro como um todo. Além disso, outro objetivo da revista é deixar claro para o leitor que é possível viajar gastando pouco, que é possível fazer uma viagem incrível para o Nordeste, por exemplo, gastando menos de R$ 1 mil Por ser segmentada e possibilitar o aprofundamento do tema, a revista foi o veículo de comunicação escolhido para passar a mensagem. O periódico, que será bimestral, permitirá a elaboração de matérias mais bem redigidas e diagramadas, aumentando a qualidade do produto. Quanto a metodologia, foi realizada uma pesquisa bibliográfica para se obter informações pertinentes sobre o assunto abordado. Durante as pesquisa, descobriu-se que o turismo surgiu mais por obra do acaso, pois a história remete aos primórdios, quando, por necessidade, os povos migravam de uma região a outra em busca de alimentos e melhores condições de vida. Em 1841, no entanto, surge o turismo tal qual conhecemos hoje. O responsável por isso, Thomas Cook, conseguiu transportar um grupo de 570 pessoas entre duas cidades inglesas. Na ocasião, Cook ofereceu chá, presunto, música ao vivo e participação nos jogos que aconteceriam na cidade vizinha – tudo incluso no preço da viagem. A partir de então, começou a difundir-se a nova forma de lazer, cada vez mais presente na vida das pessoas. A popularização do automóvel foi outro marco importante para o turismo mundial, uma vez que o carro possibilitava e ainda possibilita as pessoas a partirem para lugares que sempre sonharam em conhecer. No entanto, o advento da aviação mudou de vez a história do turismo. Com o avião, criou-se inúmeras possibilidades, tanto de roteiro quanto rapidez. Houve um aumento significativo no número de pessoas transportadas, gerando um boom econômico mundial. Em toda sua história, porém, o setor de turismo enfrentou crises econômicas mundiais e foi afetado significativamente pelas cinco fases da crise do petróleo. Hoje, no entanto, o setor é o responsável por movimentar e até mesmo aquecer a economia de diversos países. No Brasil, o turismo deve alcançar 10,3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2024, montante que pode chegar a R$ 700 bilhões, de acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo. 39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AAKER, David. Administração Estratégia de Mercado. 9ª Edição. Porto Alegre: Bookman, 2012. BARROS FILHO, Clóvis. Ética na Comunicação. 6ª Edição. São Paulo: Summus Editorial, 2008. COHEN, Ilka Stern. Diversificação e segmentação dos impressos. In: MARTINS, Ana Luiza (Org); LUCA, Tânia Rodrigues (Org). História da Imprensa no Brasil. São Paulo: Contexto, 2008. DeFLEUR, Melvin L.; BALL-ROKEACH, Sandra. Teorias da Comunicação de Massa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor 1993. DA SILVA, Luiz Martins. Metodologia de pesquisa em Jornalismo. 2ª Edição. Petrópolis – Rio de Janeiro: EDITORA VOZES, 1993. ERBOLATO, Mário L. Jornalismo Especializado: emissão de textos no jornalismo impresso. São Paulo: Atlas, 1981. HOHLFELDT, Antonio. “Os estudos sobre a hipótese do agendamento”. In: Revista Famecos. Porto Alegre: Edipucrs, número 7, 1997. LAGE, Nilson. Reportagem: Teoria e Técnica de Entrevista e Pesquisa Jornalistica. Rio de Janeiro: Record, 2001. SCALZO, Marília. Jornalismo de revista. 2ª Edição. São Paulo: Contexto, 2004. 40 ROSSY, E. Contra-agendamento: o Terceiro Setor pautando a mídia. Belo Horizonte: Compolítica, 2007. Assessoria de Comunicação Social – Ascom/MTur http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/geral_interna/noticias/detal he/20140519 Acessado às 18h08. Data: 27/10/2014 Assessoria de Comunicação Social – Ascom/MTur http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/home.html Acessado às 13h39. Data 28/10/2014 Assessoria de Comunicação Social – Ascom/MTur http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/geral_interna/noticias/detal he/20140428.html Acessado às 14h19. Data 28/10/2014