ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – AVE ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO PACIENTE JOVEM PORTADOR DE TROMBOFILIA HEREDITÁRIA *Patrícia de Oliveira Mota Silveira - NOVAFAPI **Magda Rúbia de Moraes Castelo Branco- NOVAFAPI INTRODUÇÃO O Acidente Vascular Encefálico é uma disfunção neurológica aguda que ocorre em decorrência de processos patológicos, que se manifesta como infarto cerebral ou hemorragia.Sua significância está relacionada em 80% a infarto cerebral isquêmico e 20% hemorragia intracraniana.Isto pode acontecer por obstrução de uma das artérias cerebrais ou por hemorragias nas partes mais profundas do cérebro.Os acidentes vasculares Encefálicos em pacientes jovens tem sido objetivo de muitas pesquisas epidemiológicas, motivadas principalmente pelo considerável impacto individual e sócio-econômico causado pela elevada taxa de morbi-mortalidade que pode causar nessa população economicamente ativa.¹Pacientes com trombofilia de base genética exibem predisposição aumentada para a ocorrência da TEV (Tromboembolismo Venoso) que tende a ser recorrente e acometer predominantemente indivíduos relativamente jovens, em até 1/3 dos casos uma história familiar para TEV pode ser detectada.² Durante a ativação do sistema de coagulação do sangue diversa serinoproteases com alta capacidade pró-coagulante são subseqüentemente produzidas,culminando na formação de um coágulo estável de fibrina. A atividade dessas proteases é regulada por um conjunto de proteínas genericamente conhecidas como anticoagulantes naturais ou inibidores fisiológicos de coagulação,cujo principais representantes são a Antitrombina (AT), Proteína C (PC) e Proteína S (PS) associadas nos casos de síndromes trombotica hereditária. As manifestações clínicas associadas ao provável aterotrombótico incluem: Vertigens,distúrbio visual, diplopia, paralisia ,dormência, disartria, ataxia. 3-5 Vários estudos que examinaram o efeito da reabilitação sobre o resultado pós avc demonstraram que o desempenho funcional melhora com o tempo. A intervenção relativamente precoce é mais efetiva que a intervenção tardia e que, quanto mais intensa a terapia, melhor o resultado. 6 OBJETIVO O objetivo deste estudo de caso visa investigar se a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva e Tratamento Neurodesenvolvimental contribuem para a melhoria do desempenho de habilidades motoras do paciente portador de tetraplegia pós –ave. METODOLOGIA A paciente M.F.O.A. sexo feminino, 19 anos cor parda, natural de Teresina(PI), foi admitida no CENTRO INTEGRADO DE SAÚDE-NOVAFAPI em 15/08/06, com queixa principal de dor na cervical, e paraplegia. A genitora refere que a filha sofreu um ave em fevereiro de 2006 cursando com quadriplégia, diplopia, vertigens e clônus. Ao exame da Ressonância Magnética Nuclear foi diagnosticada ave-isquêmico no tronco encefálico. Ao exame hematológico foi diagnosticada deficiência de antitrombina proteína S. A paciente foi admitida pela fisioterapia em 17/08/06 sendo proposta a conduta seguinte Facilitação Neuromuscular Propriceptiva-KABAT, trabalho de cadeias anterior e posterior em bola BOBATH,controle de tronco, recursos cinéticos funcionais (cama ortostática), treino de rolar no tatame. RESULTADO A paciente evoluiu em 10 dias com ganho de movimento no MSE, com 12 dias conseguiu movimentar a perna esquerda e levar alimentos até a boca, com 18 dias evoluiu com movimento do MSD e escrever seu nome, com 24 dias tinha diminuído o clônus e a postura de desescerebração. CONCLUSÃO Entendemos que o tratamento fisioterapêutico se torna útil para pacientes portadores de tetraplégia pós-ave. Ficou claro, que a fisioterapia feita de forma minuciosa e que as condutas escolhidas estejam coerentes com os objetivos disponibiliza a estes pacientes uma melhor qualidade de vida. PALAVRAS CHAVES Acidente Vascular Encefálico , Tromboembolismo, Trombofilia hereditárias REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.Viviane H. Flumingnan Zétola, Edson Matos Nóvak, Carlos Henhique Ferreira Camargo, Hipólito Carrara Júnior, Patr´cia Coral, Juliano André Muzzio, Fábio Massaiti Iwamoto, Marcos Vinicios Della Coleta,Linen Cesoa Werneck. Acidente Vascular Cerebral em Pacientes Jovens. Disponílvel no Site <http://www.scielo.com.br acesso em 26/10/06. 2..Franco RF. Trombofilias Hereditárias. Medicina, Ribeirão Preto. 34:248-257, jul/dez 2001. 3. NITRINI RICARDO, BACHESCHI A. LUIZ. A Neurologia que todo Médico deve Saber.São Paulo: Maltese, 1991.cap.7 4.O’Sullivan,Susan B.FISIOTERAPIA Manole,1993.cap.17 Avaliação e Tratamento 2ºed,São Paulo: 5.. STOKES Maria. Neurologia para Fisioterapeutas. São Paulo: Premier,2000. cap.6. 6. COHEN Helen. Neurociências para Fisioterapeutas. 2ºed, São Paulo: Manole,2001. p. 419-438. 7.Adler.Beckers.Buck.PNF Método Kabat.Facilitação Proprioceptiva.1ºed,São Paulo: Manole, 1999.cap.3 Neuromuscular *Acadêmica de Fisioterapia 9º Período – NOVAFAPI. [email protected] **Professora de Estagio Supervisionado Neurofuncional – NOVAFAPI. [email protected]