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“A Administração e o Poderoso Chefão.”
Por: Adm. José Mauro Alvim Machado
Consultor Empresarial
outubro/2014
Não estamos na Itália e muito menos em Nova York dos anos 40, palco onde nos levou a
genialidade do escritor Mario Puzo, autor de nada mais, nada menos do que “O Poderoso
Chefão”, criação de 1969. Mário era descendente de uma família de sicilianos que residia num
bairro violento de NY. Sob a lúdica luz de tal obra literária, que além de outros pontos, descrevia a
prática do apadrinhamento de várias pessoas, assim fazia Don Corleone protagonista da história
aqui descrita, visando à troca de favores futuros, justamente como ainda acontece em algumas
Organizações.
Os gangsteres já se foram há muito, mais deixaram um legado que com algumas adaptações
formaram um grupo de poderosos aprendizes, que sob outro enfoque de negócio se encarregam
diariamente em detonar com as possibilidades de progresso de pessoas que estão interessadas em
construir possibilidades de crescimento para si e terem as condições ideais de oferecerem mais
conforto e segurança para suas famílias.
Essas pessoas poderosas as quais a pouco me referi, dentro das modernas organizações
produtoras de bens ou serviços, publicas, privadas ou de economia mista, exercitam seu potencial
criminoso perseguindo, oprimindo e isolando profissionais que demonstram ter condições de
desenvolverem processos e projetos que os farão ser percebidos e, consequentemente, elevando o
seu “status cor” e isto pode incomodar a um determinado grupo de influência, incomoda muito,
por fazer despertar forte desconforto numa zona até então compreendida como segura.
Na romântica e movimentada era da Máfia siciliana em N.Y., os chefões eram assessorados
por um de seus asseclas a ele mais próximo. Hoje em dia, podemos compará-los a certo número de
“puxa sacos” que dedicam seu tempo em tomar conta da vida dos outros. Se ficam sabendo de
alguma novidade, de preferência algo que seja constrangedor ou comprometedor e lá vão eles
correndo para contar para os seus Gerentes, sem se dar conta de que estão sendo usados para isto,
cujo comportamento lhes recompensará, apenas, com a falta de confiança de seus superiores. O
máximo que vão conseguir é o desprezo dos seus colegas de trabalho.
Uma característica bastante interessante e intrigante que vale citar é que as organizações
criminosas dos anos 40 eram extremamente machistas. As esposas e filhas dos líderes não
participavam do processo e muito menos tomavam conhecimento de nada a sua volta. Talvez por
isto, a mulher tenha sofrido tanta discriminação nos ambientes empresariais. Sempre com lugares
reservados aos postos de menor expressão, muitas vezes faziam as mesmas coisas que os homens
no entanto, ganhavam menos que eles. A ascensão do movimento feminista na França na década de
70, também conhecido como “A terceira onda”, foi o marco de profundas mudanças que tiveram
início no século passado e que não há mais como parar, graças a Deus.
As mulheres vêm ocupando os principais postos de trabalho nos governos assim como nas
empresas, isto não só no Brasil, mas em vários países percebendo remunerações equiparadas aos
demais executivos. Isto é um exemplo clássico de como se deve fazer justiça. Não quero dizer com
isto que as mulheres sejam mais ou menos competentes que os homens, deixo claro, assim, que tal
qual aos “Santos Anjos”, capacidade de realização não tem sexo.
Ao longo da história do Mundo assistimos a ascensão e queda de diversos modelos e
modismos. A quebra das fronteiras possibilitada pela tecnologia da informação tornaram o
mercado mais agressivo, diversificado e amplo, exigindo respostas mais rápidas e precisas das
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Organizações que desejam prosperar neste contexto. Talvez não seja um processo natural ou até
mesmo o ensaio de uma política que esteja sendo construída para aniquilar profissionais que não
estejam realmente capacitados para produzirem resultados. Vejo com otimismo e certa dose de
ansiedade que as sanguessugas corporativas finalmente sejam eliminadas dos grupos de influência
que ainda resistem como bactérias aos antibióticos, mas que cedo ou tarde também serão
relegados a algum lugar da história que algum escritor ousado decida contar.
A experiência me ensinou que a esperança é a única coisa da qual o ser humano jamais
deve abrir mão, portanto, com trabalho, esforço, criatividade e perseverança, conseguiremos ser
vistos pelos sucessores da prática nociva destacada no início deste artigo.
Quero crer que as escolas de Administração brasileiras sejam capazes de formar uma nova
geração de profissionais que, embora não tenham vivenciado os fenômenos de mudanças aqui
impressos, ao menos ao tomar conhecimento desses fatos ajudem a construir uma nova proposta
liderada por uma ciência comprometida com a igualdade e com a justiça. Desejo fazer parte desse
novo grupo de influência docente e estou me preparando para isto, unindo minha experiência
profissional e acadêmica de longos anos, numa aliança enviesada pelo ingresso em 2014 no
Mestrado. Se você tem um sonho, construa alicerces fortes para sustentá-lo. As paredes do castelo
de um profissional não são feitas de pedras e sim de conhecimento! Se você está insatisfeito com
algo que esteja acontecendo na sua vida, mude de vida, mude de atitude perante a vida!
O mundo avança, as empresas se renovam, e o mercado de trabalho torna-se cada vez mais
dinâmico. Espero em Deus que minha voz seja ouvida, ainda que pelo contato estreito com minhas
reais intenções que estas linhas aqui impressas pretensionam passar.
Aos profissionais da Administração que estejam lecionando nos cursos de graduação ou
Pós-Graduação, peço que ao terem contato com o presente texto, divulguem-no ao seu alunato,
fazendo com que o meu esforço em trabalhar em prol de uma educação que produza a
possibilidade de encontrarmos a felicidade também no trabalho, arregimente seguidores que se
estabeleçam como elos dessa corrente que deverá ser fortalecida à medida que os mafiosos
corporativos saírem de cena.
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O exercício da liderança deve ser compreendido como um