160508
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PAPIES | 2008
NA com menção honrosa
O Notícias Alentejo foi ontem distinguido com a «Menção
Honrosa» para a categoria de
Imprensa Regional nos Papies
2008. O «Grande Prémio», nesta
categoria, foi atribuído ao Açoriano Oriental, o jornal diário mais
antigo em Portugal.
Os prémios Papies, atribuídos
por profissionais do sector de Artes Gráficas, contam com perto
de 20 anos de existência e são
considerados os “óscares” das
Artes Gráficas.
Os Papies, instituídos pela
Revista doPAPEL/Agora Comunicação, reúnem todos os anos
players do mercado gráfico, tendo como objectivo acompanhar e
revelar o que de melhor se cria
no panorama nacional, premiando personalidades, empresas e
trabalhos do sector.
A Menção Honrosa atribuída na
17ª edição dos prémios Papies é
o segundo prémio conquistado
por publicações da responsabilidade gráfica de David Prazeres.
David Prazeres, director gráfico do Notícias Alentejo, viu o seu
trabalho na REVUÉ (Revista da
Universidade de Évora) distinguido na respectiva categoria na
edição de 2007. Na categoria Imprensa Regional, o prémio distingue «Para a melhor preparação
e impressão de jornais regionais,
em papel jornal».
O Notícias Alentejo foi fundado
em 2003, tendo arrancado inicialmente com a edição online. Seguiu-se a edição impressa (mensal) e a edição diária em formato
pdf. A versão papel é impressa
na CORAZE, de Oliveira de Azeméis, empresa a quem cabe uma
parte desta Menção Honrosa.De
parabéns ficam também todos
os colaboradores deste jornal,
que muito têm contribuído para
a qualidade gráfica e editorial de
cada edição.
Daparte da direcção, um agradecimento especial para a Susana Rodrigues e para a ElvasPress.
ÚLTIMAS
MEDIA
JUAN LUIS CEBRIAN
Concentração
é absolutamente
inevitável
A concentração dos órgãos
de comunicação social, no
mundo global, é “absolutamente inevitável”, afirmou
Juan Luís Cebrián, fundador
do jornal espanhol El País
e vice-presidente do grupo
Prisa, durante uma intervenção proferida ontem, em Lisboa.
“No cenário actual, as maiores dificuldades serão enfrentadas pelos órgãos que forem
demasiado grandes para
serem estritamente locais e
demasiado pequenos para
serem globais”, vaticinou Juan
Luís Cebrián durante a conferência “A Economia dos Media
em Portugal e Espanha Hoje”,
na Universidade Lusófona.
Em declarações à agência
Lusa após a palestra, o fundador do El País considerou que
“a concentração dos meios de
comunicação tem lugar no âmbito da concentração industrial
e lutar contra ela é como lutar
contra a força da gravidade”.
“Sem empresas fortes não
há liberdade de expressão e,
num mundo global, apenas as
empresas sólidas resistem”,
sublinhou Luís Cebrián.
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França distingue
pianista português
O pianista português António
Rosado, professor da Universidade de Évora, foi distinguido pelo
Governo francês com o Grau de
Chevalier des Arts et des Lettres,
por importantes serviços prestados à cultura, revelou hoje a academia alentejana.
Em declarações à agência
Lusa, o pianista, que fez os seus
estudos em Paris, no Conservatório Superior de Música, garantiu estar “muito honrado” com a
condecoração.
“Encaro esta distinção com
muita honra e prazer. Sinto-me
muito honrado, sobretudo por vir
de um país de que gosto muito,
onde passei muito tempo e a
quem devo muita coisa”, disse,
considerando França como a sua
“segunda casa”.
Segundo a Universidade de
Évora, a condecoração a António
Rosado, entregue ontem em Lisboa pelo embaixador de França
em Portugal, deve-se a “importantes serviços prestados à cul-
tura” por parte do pianista.
António Rosado está a comemorar este ano 30 anos de carreira, protagonizando cinco concertos no Museu Berardo, em
Lisboa, iniciados em Janeiro e
com término previsto para Julho.
“É uma série de concertos que
já vai a meio. Faltam o concerto
desta sexta-feira (dia 16) e mais
dois, em Junho e Julho”, explicou
à Lusa.
De acordo com a sua biografia,
António Rosado já foi considerado pela revista francesa Diapason
como um “intérprete que domina
o que faz”.
“Tem tanto de emoção e de poesia, como de cor e de bom gosto”, argumentou ainda a revista a
propósito do pianista, com uma
carreira reconhecida nacional e
internacionalmente.
O seu extenso repertório pianístico é prova do gosto que nutre pela diversidade, integrando
obras de compositores como Georges Gershwin, Aaron Copland,
Albéniz, Mozart ou Liszt.
Actuou em palco, pela primeira
vez, aos quatro anos de idade e
deu continuidade no Conservatório Nacional de Música de Lisboa,
onde terminou com 20 valores o
Curso Superior de Piano, aos estudos musicais iniciados com o
pai.
Aos dezasseis anos parte para
Paris, onde foi discípulo de Aldo
Ciccolini, no Conservatório Superior de Música e, em Itália, em
cursos de aperfeiçoamento em
Siena e Biella.
A estreia em concerto aconteceu em 1980, com a Orquestra
Nacional de Toulouse, tendo tocado, desde essa data, com inúmeras orquestras internacionais e
notáveis maestros, além de actuar também na música de câmara
ao lado de prestigiados músicos.
O primeiro disco de António
Rosado, que já recebeu diversos
prémios internacionais, foi gravado na década de 80, em Paris,
dedicado a Enescu.
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INSTRUÇÕES PRIMÁRIAS | António Saias
A explicação de Fátima
13 de Maio, na Cova da Iria,
etc…etc….350 000 pessoas prostradas numa Praça enorme, à espera de um milagre, de panaceia
que resolva os seus problemas
físicos, fisiológicos, psicológicos,
financeiros, éticos, morais.
30 000 arrastaram-se pelas
estradas, ao longo de dezenas,
centenas de quilómetros, desafiando os rigores meteorológicos
e a resistência física ao cansaço.
Ao cansaço e à capacidade de reposição da elasticidade muscular,
reconstituição de tecidos macerados como cachos de uva em prensa de lagar.
Não bastando o esmagamento
impiedoso das solas indefesas dos
seus pés, alguns lançam-se de joelhos, ou de rastos, supliciando o
corpo à espera de redimir a alma.
Os homens-bomba, por ideais
talvez até menos egoístas, explodem-se como forma de combater
o inimigo. E nós, com a cegueira
que nos habita desde que existimos, não resistimos a ridicularizar
os seus gestos biocidas.
O Cardeal Martins, que preside
às celebrações religiosas destes
noventa e não sei quantos anos
das Aparições, comete a temeridade de apelar à aproximação da
sua religião com o Islão. Talvez
o prelado conheça o segredo do
topónimo onde os acontecimentos
estranhos ocorreram vai fazer um
século. Fátima. Porquê?
Não terá a ver com o nome da
filha mais velha de Maomé?
Um cientista português, radicado nos Estados Unidos, acaba de
publicar um livro em que procura
explicar cientificamente o fenómeno “dança do Sol”, observado, ao
que parece, por dezenas de milhar
de crentes concentrados no local
da primeira Aparição.
E defende a tese – também
deste modesto efémero vivente
– de que o fenómeno Fátima não é
mais, e já não é nada pouco, diga-
se, do que uma clara manifestação
dos chamados Ovnis.
Os avanços exponenciais do
conhecimento levam-nos a admitir
as mais ousadas especulações.
Tenho, aqui ao lado, um exemplar da última edição da Science
& Vie,
que leio enquanto amador das
coisas da Ciência. Cujo tema de
Capa “ Boson de Higgs” a “partícula de Deus” ao alcance da mão,
remete para o anúncio de uma
descoberta bombástica esperada
já para este Outono: a confirmação da existência dessa ínfima
parte de matéria, já prevista e préanunciada, que explicará como se
formou o Universo.
Outro artigo da mesma Revista
diz: “traços de vida descobertos
(repérés) numa nuvem estelar” .
No centro da nossa Via Láctea, ou
Estrada de Santiago, ou lá o que
se lhe queira chamar, que se vê
bem à noite como uma mancha
clara, ligeiramente encurvada, que
atravessa o horizonte.
Até há meia-dúzia de anos, a
tecnologia espacial não conseguia
ainda dar sinais de planetas extra
sistema solar. Hoje – e há um puto
cientista português que é um Cristiano Reinaldo nessa arte – passa
da centena os que estão devidamente identificados.
Para dizer o quê?: que, sem
excluir a hipótese da existência
de Deus, os encontros dos pastorinhos de Fátima há quase uma
centena de anos terão sido, sim,
com seres superiores de outros
mundos – planetas, galáxias – que
nos visitam com alguma regularidade e, quem sabe, nos controlam
e dirigem, com uma margem mínima para a criatividade pessoal e o
livre-arbítrio.
O primeiro humano identificado
da Europa – diz ainda a S&V- terá
cerca de um milhão e duzentos
mil anos. O que seríamos todos
nessa altura? Qual a nossa rea-
ção se víssemos um vulgaríssimo
helicóptero de hoje pairando à entrada da gruta que nos servisse de
guarida?
Resto de escrito, sob forma de
poema, de que lembro só o fim:
……….
Somos macacos dos deuses
Pulamos de galho em galho
Beijinhos e abraços
[email protected]
NO FECHO
Design e cortiça
“Design Cork” é o mote para dois eventos de destaque em torno da cortiça e do Design e que terão
lugar amanhã, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
“Design Cork meets Science and Industry” é o
título do seminário internacional que acolhe oradores nacionais e internacionais de prestigiadas entidades científicas, nomeadamente do Massuchets
Institute of Technology (EUA), da Delft University of
Technology (Holanda), do Instituto Superior Técnico
e da Universidade do Minho, entre outras instituições desafiadas a reflectir sobre o tema sugerido e
a definir conceitos e propostas de futuro. O evento
conta, também, com a presença do Embaixador do
Reino dos Países Baixos em Portugal, Robert Jan
van Houturn, o secretário de estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e do presidente da Associação Portuguesa de Cortiça (Apcor),
António Amorim.
O programa integra apresentações acerca dos
novos desenvolvimentos nas áreas da Ciência dos
Materiais e do Design, cujas metodologias podem
representar um contributo efectivo para o desenvolvimento, inovação e sustentabilidade do sector
da cortiça.
O seminário estará dividido em quatro sessões de
trabalho a saber: “Tendências e desafios da sustentabilidade no sector da cortiça”; “Inovação dos novos materiais e tecnologias de cortiça”; “Desafios
do Design e novo desenvolvimento de produtos de
cortiça” e “O futuro da cortiça na ciência, tecnologia
e design”.
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TEMPO
MAX.: 19º
MIN.: 11º
Períodos de céu muito nublado, apresentando-se geralmente
muito nublado na região Sul até
ao inicio da tarde. Aguaceiros
em especial na região Sul.
EDUCAÇÃO
Mais ensino profissional
O secretário de Estado da
Educação, Valter Lemos, reafirmou, em Penafiel, que no
próximo ano lectivo cerca de
50 por cento dos alunos do
ensino secundário em Portugal frequentarão cursos profissionais.
Exames
Manuel Dinis P. Cabeça
http://www.mcabeca.blogspot.com
Comentários para:
[email protected]
do Vale do Sousa, que decorre
no Pavilhão de Exposições de
Penafiel até ao dia 18.
No certame estão representadas as principais escolas da
região, além de centros de formação, universidades e estruturas militares.
OPINIÃO | Palma Rita
APONTAMENTOS DO NADA
Hoje é dia de provas de aferição ao nível do 4º e 6º anos
da escolaridade. Dentro em
pouco será a vez dos exames
nacionais, primeiro de 9º ano,
logo depois de final de secundário. As provas de aferição
servem, dizem alguns entendidos, para aferir das aprendizagens, isto é, as diferenças entre o que se aprende e
aquilo que os currículos pretendem que seja ensinado.
Não contam para avaliação
ou para impedir as transições
de ano. Mas servem para
avaliar práticas, modelos e
processos de aprendizagem.
Ou seja, servem para avaliar
da adequação de uma escola
(fruto de um contexto e de um
dado conjunto de características) ao currículo nacional e
assim perceber ou procurar
compreender as influências
(eu direi, as interferências)
que os contextos exercem nas
aprendizagens. É dia formal e
solene em muitas escolas. O
rigor com que são definidos
os preceitos não deixa margens para dúvidas. É um dos
momentos mais formais do
ano lectivo e um dos poucos
momentos em que a senhora
ministra sabe, em rigor, o que
se passa nas escolas – realizam-se provas.
As questões em redor dos
exames dão pano para mangas e alargam-se os argumentos quanto à sua necessidade, pertinência, adequação
ou exactamente o seu contrário. Há os seus defensores
como há os seus detractores.
Tenho de reconhecer que,
cada vez mais, os exames
(ou as provas de aferição)
são um mal necessário. Necessário porque sou acérrimo
“Estamos a trabalhar para
que os alunos possam sair
das escolas para o mundo do
trabalho levando consigo uma
qualificação”, salientou. Valter
Lemos falava na sessão de
abertura do Salão das Profissões, Formação e Emprego
defensor da autonomia e da
responsabilização da escola
na adequação de um currículo nacional a um contexto
específico. As escolas são
diferentes umas das outras,
os interesses que as populações colocam na escola são
diferenciados, como o são as
práticas e os modelos seguidos. Torna-se assim necessário definir um mecanismo
de regulação do sistema que
não passe por normalizar as
práticas pedagógicas mas
essencialmente por regular
as condições de términos da
escolarização. Aliviam-se os
processos em detrimentos
dos resultados, daí afirmar
serem um mal necessário.
Depois há as leituras, múltiplas e diferenciadas que se
colocam aos seus resultados. Seja pela elaboração de
rankings, sempre imprecisos
e condicionados pelas grelhas
de análise que se elaboram,
como provisórios fruto de uma
relação social que é estabelecida na e pela escola.
Na generalidade das situações o Alentejo não fica bem
na fotografia, seja nas provas
de aferição, seja nos exames
nacionais de 12º ano. Serão
os professores piores professores? Serão os alunos piores
alunos? Serão as condições
diferentes das do resto do
país? A tudo respondo simplesmente que não. Agora os
interesses e objectivos colocados perante a escola esses
são manifestamente diferentes de acordo com contextos
e regionalismos. Mas hoje – e
nos próximos dias de provas e
de exames – faça-se silêncio
para não perturbar o trabalho
e não dispersar as atenções.
Desenvolver o interior exige mais
do que programas avulsos
À conta dos fundos comunitários do QREN, o Governo lançou
um Programa de Valorização
Económica de Recursos Endógenos (PROVERE) das regiões
de baixa densidade populacional (territórios em desertificação,
correspondentes a toda a faixa
interior de Portugal), assente
na promoção de parcerias entre
agentes económicos: empresas,
municípios, associações de desenvolvimento local, centros de
formação ou instituições científicas e tecnológicas.
A ideia de estimular a cooperação institucional com vista a que
os territórios do interior possam
aproveitar os recursos financeiros do QREN em benefício do
seu desenvolvimento, promovendo actividades e gerando emprego em torno dos seus recursos endógenos, sendo louvável,
ganharia substancialmente se o
Governo assumisse uma orientação planeadora em consonância,
de forma a ampliar os resultados
esperados.
A título demonstrativo, vejase como a expansão desmesurada da Área Metropolitana de
Lisboa e a desertificação do interior de Portugal surgem como
pressupostos assumidos conscientemente no PNPOT (Plano
Nacional de Ordenamento do
Território).
É verdade que o PNPOT apresenta num conjunto de objectivos
estratégicos dirigidos às preocupações que resultam de ameaças
que pairam sobre a faixa costeira
do território continental, definindo uma estratégia reparadora e
preventiva de gestão integrada
da zona costeira, com vista a mitigar os efeitos do agravamento
dos fenómenos extremos e do
recuo da linha de costa.
Mas também é verdade que o
modelo territorial que serve de
base à estratégia do PNPOT tem
em conta um conjunto de condicionantes de ordem demográfica
e as suas repercussões na actividade económica, resultando num
lote de cenários construídos que
apontam invariavelmente a continuidade de uma forte atracção e
concentração populacional nos
centros urbanos e o êxodo do interior para o litoral, a par de um
crescimento modesto da dimensão dos pólos urbanos do interior,
considerado insuficiente para estancar a sua perda de peso e importância na economia, assumida
como irreversível.
As opções estratégicas para o
novo modelo territorial português,
construídas a partir de um quadro de referência demográfico e
económico que sustenta a visão
prospectiva de Portugal, parecem subvalorizar os possíveis
impactos económicos e sociais
associados às dinâmicas das actividades que possam inverter as
tendências demográficas negativas do interior, nomeadamente no
que refere aos projectos considerados estruturantes como Sines,
Alqueva, Aeroporto de Beja, cuja
capacidade de estancar a desertificação económica e demográfica não se afiguram suficientes.
Ora, perante esta prospectiva
do modelo de desenvolvimento
territorial, o PROVERE e outros
programas do mesmo tipo e semelhante filosofia poderão contribuir para uma estratégia de
eficiência colectiva, para estimular a capacidade de cooperação
entre os agentes económicos,
mas sem resultados práticos em
matéria de desenvolvimento do
interior do país, dificilmente ultrapassando o patamar do entretenimento, neste caso com fundos
comunitários.
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foi distinguido