Literatura Brasileira de Expressão Alemã
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PROJETO DE PESQUISA COLETIVA
Coordenação geral: Celeste Ribeiro de Sousa
CHARLOTTE WOLLERMANN FISCHER
1902-1987
(Celeste Ribeiro de Sousa)
2013
Resumos comentados
Criações próprias:
Erinnerungen aus alter Zeit (Recordações de antanho), de 1962,
compõe-se de 3 textos, a saber: Der Urwald-Doktor (O doutor da
floresta), Der Philosoph (O filósofo) e Rittmeister von Raawen – von
den
...ten Husaren (Cavaleiro de Raawen, dos ...não sei quantos
hussardos). Der Urwald-Doktor tematiza a precariedade da vida dos
colonos, embrenhados e isolados na floresta, ilustrando um caso de
doença na cabana de um jovem camponês, recém-chegado à colônia.
Por perto não havia médico; havia, sim, um compatriota sem preparo
acadêmico algum, mas dono de boa vontade, de muita coragem e
experiência, que chegava a fazer cirurgias e, assim, salvava muita
gente e aliviava o sofrimento de muitas almas aflitas. A mensagem
do
texto,
contudo,
vai
além,
ao
colocar
em
contraponto
o
comportamento dos alemães nascidos na Alemanha e dos alemãesbrasileiros. Aqueles nascidos na Alemanha não teriam a boa vontade,
a prontidão para ajudar o próximo como os nascidos no Brasil, de
certo já um pouco “contaminados” pela cultura local, que exige
ajudar o próximo em quaisquer circunstâncias! Der Philosoph discorre
sobre uma lembrança dentro de uma outra lembrança. A narradora
registra
por
escrito
uma
recordação
a
ela
narrada
por
sua
empregada. Em criança, esta empregada teria encontrado, junto com
1
outras crianças, um velho andrajoso, que habitava solitário uma
gruta no meio da floresta, e este velho paradoxalmente contava-lhes
histórias em língua alemã culta. Rittmeister von Raawen – von den
...ten Husaren dá conta da existência de um certo jardineiro, que
outrora trabalhara para a narradora, preparando-lhe toda uma
coleção de orquídeas. Se durante o trabalho se mostrava bem
informado e até mesmo culto, nos fins de semana gastava todo o seu
salário com bebida e, por isso, era controlado de perto pelo filho, que
se apresentava na casa da narradora para receber o salário do pai,
deixando-lhe apenas o necessário para a cachaça do fim de semana.
Papagaien-Geschichten (Histórias de papagaios), de 1964,
reúne cinco histórias em torno de papagaios, considerados no sul do
Brasil, à época, animais domésticos, como os gatos e os cães. Ao
contar alguns casos curiosos, a narradora aproveita para mostrar
diferenças de costumes entre colonos alemães e colonos italianos, ou
para dar expressão a seus pontos de vista, por exemplo, sobre a
liberdade, sobre a verdade. A autora coloca em seus textos também
questões
sobre
a memória:
por
que
registraríamos
pequenos
incidentes, sem esforço, enquanto esqueceríamos tantas coisas úteis,
aprendidas com tanto empenho. Estas histórias possibilitam ao leitor
imaginar igualmente como se vivia nas pequenas cidades sulinas do
interior do Brasil à época.
Die Indianerin (A índia), também de 1964, é uma pequena
narrativa que dá notícia de um encontro absolutamente inesperado
entre a narradora e uma aborígene. De repente, na cozinha, a
narradora ouve uma voz, que a interpela com o vocativo „comadre“.
Ela volta-se e toma um susto: é uma índia, que lhe vem pedir
autorização para colher laranjas, porque há muitas nas árvores do
pomar. Como a índia chegou até a sua cozinha, a narradora não tem
a menor ideia, pois nenhum dos cães sequer deu um latido. Mesmo a
cadela, que dormia na cozinha, limitara-se a levantar a cabeça e a
adormecer em seguida. A índia promete pagar as laranjas com um
2
cesto artesanal bonito e, de fato, alguns dias mais tarde, volta com o
cestinho entrançado pelo filho. A narradora, como a índia não aceite
pagamento pelo cesto, resolve dar-lhe roupa de lã, pois é inverno e a
aborígene está visivelmente transida de frio. A índia aceita, logo se
enrola numa coberta, e vai-se embora sem uma palavra ou
agradecimento. Tal encontro dá margem a reflexões da narradora
acerca do modo de ser dos índios, absolutamente desconhecido, pois
seriam seres à margem da nossa civilização.
Traduções:
As muitas traduções realizadas por Charlotte Wollermann
Fischer (poesia e prosa) privilegiam os autores sulinos, quer de
alcance local e regional (Barbosa Lessa, Benito Jose Fattori, Ernesto
Vinhaes, José Condé, Manoelito de Ornellas, Nilo Ruschel, Padre Luiz
Pedro, Simões Lopes Netto, Vilmar Campos Bindé) quer de alcance
nacional (Érico Veríssimo).
No campo da poesia, Charlotte Wollermann Fischer traduziu
para o alemão em 1949 dois poemas do Padre Luiz Pedro (“O boato”
– “das Gerücht!” e “A calúnia” – “Die Verleumdung”), e, em 1953,
dois poemas de Vilmar Campos Bindé (“As três flores” – “Três flores”
e “Viehtreiben am Himmel” – “Rodeio no céu”). Trata-se de traduções
livres, que aparecem ao lado dos originais.
No campo da prosa, Charlotte Wollermann Fischer traduziu
Benito Jose Fattori, Barbosa Lessa, Érico Veríssimo, Ernesto Vinhaes,
José Condé, Nilo Ruschel, Manoelito de Ornellas e Simões Lopes
Netto.
O conto Die Hände meines Sohnes, de 1949, é uma tradução de
As mãos de meu filho de Érico Veríssimo, um dos melhores contos da
literatura brasileira. Tematiza a música como fonte redentora da
difícil relação de um menino com seu pai.
Tragödie im Urwald (Tragédia na floresta), também de 1949, é
a tradução de um trecho de Aventuras de um Repórter na Amazônia,
de Ernesto Vinhaes. O episódio passa-se às margens do Rio
3
Trombetas. Pedro David, administrador de uma fazenda no Pará,
convida o narrador, para com ele subir de barco o Rio Grande,
continuação do Rio Trombetas e buscar uma carga de cocos. Durante
a viagem, a paisagem amazônica é descrita em sua beleza exótica e
majestosa. Chegando ao destino, veem-se negras trabalhando a
mandioca, enquanto o filho de Pedro David, em companhia de três
negros e de um índio semi-civilizado, da tribo dos Cachuianans,
chamado Aitêtê, que se orgulhava de ter acompanhado o Marechal
Rondon, os espera. Seguem viagem e, no caminho, o narrador
aponta a espingarda para um macaco e atira. Este macaco é, na
verdade, uma fêmea com filhotes. A cena é dramatizada com a mãe
moribunda, rodeada pelas suas crias, olhando o matador.
O longo texto “Der Tod des Tiarajú. Eine Episode aus der
Geschichte von Rio Grande do Sul“ (A morte do Tiarajú. Um episódio
da história do Rio Grande do Sul), de 1952, é a tradução de um
recorte da obra Tiaraju, de Manoelito de Ornellas. Trata o texto das
“Guerras Guaraníticas” (1754-1756), travadas na região das reduções
jesuíticas entre portugueses, espanhóis e índios guaranis, que se
recusavam a aceitar o Tratado de Madrid, o qual estipulava a
passagem da região dos “Sete povos das Missões” para o governo
português e a passagem da Colônia do Sacramento para o governo
espanhol. Gomes Freire de Andrade chefiava as tropas portuguesas;
José Andonaegui e o governador de Montevideu, José Joaquim Viana,
as tropas castelhanas; o cacique Sepe Tiaraju, os indígenas.
Portugueses e espanhóis levam a melhor, destruindo todas as
missões. O texto foca em particular a batalha de Vacacaí (7 de
fevereiro de 1756), que levou à destruição da Missão São Miguel, a
mais próspera e resistente. Deste tema, a título de curiosidade,
também trata Alfred Döblin no segundo volume da AmazonasTrilogie: Der blaue Tiger.
O texto “Die Knechte” (Os trabalhadores da terra), de 1959, foi
provavelmente extraído da obra Campos verdes serenados, de Benito
4
Jose Fattori, e foca um momento da vida pacata na fazenda “Três
pinheiros” (Drei Pinien), onde duas crianças perderam a mãe. Este
mesmo trecho aparece publicado mais tarde, em 2001, no jornal
Brasil-Post, já depois da morte da autora, com outro título: “Doch die
Erinnerung bleibt” (Mas a recordação permanece...).
Das schwarze Hirtenbüblein. Eine Legende aus Rio Grande do
Sul. (O Negrinho do Pastoreio. Uma lenda do Rio Grande do Sul), de
1965, é uma tradução livre realizada por Charlotte Wollermann
Fischer, a partir do texto de igual título, de Simões Lopes Neto. O
negrinho do pastoreio, de Charlotte Wollermann Fischer, é constituído
por uma narrativa encaixada dentro de uma outra encaixante. A
narrativa encaixante é tecida a partir de um diálogo entre o narrador
e um seu interlocutor, de nome Charly. Charly entra na sala,
encontra o narrador absorto numa leitura e pergunta-lhe o que lê. O
narrador responde: uma lenda, O Negrinho do Pastoreio, de Simões
Lopes Neto. Segue-se uma conversa mais longa entre os dois, em
que a lenda é relacionada “a uma situação vivida por ambos numa
estância termal perto do rio Uruguay: em uma noite quente de verão
haviam descoberto uma luzinha no jardim do hotel. Alguém tinha
acendido lá uma vela, e este acontecimento era interpretado como
um vestígio da passagem do Negrinho do Pastoreio. Como Charly não
consegue entender a relação entre a vela e o Negrinho do Pastoreio,
pois nunca leu a lenda, o eu-narrador passa a contá-la, ressaltando
que o fará com suas próprias palavras, uma vez que há expressões
típicas dos gaúchos, impossíveis de traduzir.”1 A lenda, conhecida de
todos, narra a triste história do menino negro, a personagem central
do texto, que remete ao tempo da escravidão no sul do Brasil. Na
estância de um rico e insensível senhor, para quem os escravos não
eram seres humanos e, portanto, eram tratados como animais de
carga, havia entre eles um pequeno – o Negrinho -, que montava
1
- Sousa, Celeste H. M. Ribeiro de. A narrativa literária no Anuário do Correio
Serrano após 1948: temas. São Paulo, FFLCH-USP, 1980, p.77.
5
muito bem e tinha como tarefa pastorear os cavalos. Um dia, foi
encarregado de montar um baio e levá-lo à vitória numa corrida.
Como não conseguiu, foi açoitado pelo senhor. Para sua desgraça, ao
adormecer de dor e cansaço, deixou o baio e os demais cavalos
fugirem do pasto, pelo que voltou a ser surrado e incumbido de achar
cada um dos animais. No escuro da noite e na neblina, precisou usar
uma vela e, a cada pingo de cera caído, uma luz muito intensa se
acendia. Essas luzes iam iluminando o caminho do menino. Assim, ele
conseguiu, por fim, reunir os animais. Mas o filho do estancieiro, por
maldade, soltou e espantou o baio, o que acarretou ao Negrinho novo
espancamento, que o levou à morte física, mas não à morte de sua
figura imaginária: diante dos olhos do senhor, ele ergue-se vivo e
desaparece numa nuvem de poeira dourada, levando o baio e todos
os cavalos. Quando chamado por alguém, ele acorre e ajuda a
encontrar coisas perdidas. “Após relatar o assunto da lenda, a obra
de Charlotte Wollermann Fischer conclui com a volta do diálogo
inicial, completando a explicação do começo: aquela vela no jardim
do hotel fora acesa por alguém que perdera alguma coisa por ali, a
fim de que o Negrinho do Pastoreio a encontrasse e colocasse em
local visível para o dono.”2
Já as duas narrativas “Die Rückkehr” (O retorno) e “Die Villa”
(A vila), englobadas pelo título Zwei Geschichten aus der toten Stadt
(Duas histórias da cidade morta), de 1967, constituem a tradução de
parte da obra Histórias da cidade morta, de José Condé. Trata-se de
narrativas embrenhadas em atmosfera misteriosa, apontando para
tempos
brasileiros,
de
alguma
forma,
ainda
marcados
pela
escravidão.
O texto “Ein Pfirsich für seine Hochwohlgeboren” (Um pêssego
para o Meretíssimo), de 1969, é a tradução de um excerto da obra
Rua da praia, de Nilo Ruschel, e plasma a excitação de um jovem no
encontro inesperado com uma moça loura da colônia.
2
- Idem, ibidem, p. 78.
6
“Die Prozession des Azambuja” (A procissão do Azambuja), de
1971, é a tradução de um trecho, extraído do livro Histórias para
sorrir, de Barbosa Lessa. Trata o trecho do problema das secas e da
Revolução de 1893, no Rio Grande do Sul, ocorrida logo após a
proclamação da República em 1889. Esta revolução, liderada pelos
federalistas, teve por objetivo libertar o Rio Grande do Sul da tirania
do
governo
republicano
presidencialista,
de
defendendo
Júlio
o
de
sistema
Castilhos,
positivista
parlamentarista,
e
mais
autonomia para o Estado e, portanto, afastando-o da mão do poder
federal centralizador. De um lado, estavam os partidários de Castilho,
os castilhistas ou pica-paus; de outro, os partidários de Gaspar da
Silveira Martins, os gasparistas ou maragatos. Esta revolução foi
aniquilada em 24 de junho de 1895. O trecho escolhido por Charlotte
Wollermann Fischer para traduzir dá notícia da organização de uma
procissão para pedir a Deus chuva. E, de fato, durante a procissão, a
chuva veio, mas .... prevista pelo boletim metereológico da época, o
“Kalender”.
“Der Böse Blick” (O mau olhado), de 1972, é um texto extraído
de O boi das aspas de ouro. Histórias gauchescas, também de
Barbosa Lessa. O recorte escolhido por Charlotte Wollermann Fischer
dá notícia da superstição popular relativa ao “mau olhado”: uma das
personagens, o “seo” Serápio Costa, consegue com seu olhar e
palavras elogiosas secar uma esplendorosa seara de trigo e matar um
garboso cavalo de corrida.
Der Weihnachtsmann erzählt eine Geschichte (O papai Noel
conta uma história), de 1973, é a tradução da narrativa de Barbosa
Lessa Papai Noel conta um causo, que tem por pano de fundo, dentro
do sistema agrário do Rio Grande do Sul, a passagem do grande
latifúndio - a estância - ao minifúndio, quando os estancieiros
vendem suas propriedades aos imigrantes alemães. A história
envolve um velhinho contratado para representar o Papai Noel para
as crianças de uma determinada família. Numa conversa com o
7
senhor da casa, vem à baila a origem desse trabalho. E, então, o
Papai Noel conta como tivera uma vida boa como administrador de
uma grande propriedade e como observara a repentina mudança da
paisagem humana. A vizinhança enchera-se de cabeças louras e,
junto delas, seu filho havia conhecido os costumes natalinos alemães.
Mais tarde, quando a propriedade fora vendida pelos herdeiros, ele
ficara sem trabalho e passara por sérias dificuldades, que o levaram a
ganhar a vida com biscates aqui e ali e com o “teatro” do Papai Noel.
Ensaios:
O ensaio Briefe schreiben (Escrever cartas), de 1934, é um
texto muito bem humorado a pontuar as dificuldades paradoxalmente
insuperáveis, que justificam a baixa frequência da troca de cartas dos
imigrantes alemães no Brasil com as famílias deixadas na Alemanha.
O ensaio “Goethe und wir” (Goethe e nós), de 1949, é
explicitamente não dedicado à obra poética ou científica de Goethe,
mas focado em valores comportamentais defendidos por Goethe,
expressos em cartas, em prosa poética, em poemas, valores assim
transmitidos à colônia, de forma a não só preservar a sua identidade
com a cultura alemã mas também a assegurar e a estimular junto
aos membros da colônia um patamar superior de cultura.
O ensaio Keramiker im Tierreich (Ceramistas no reino animal),
de 1959, dá conta de um paciente observar da natureza, mais
precisamente, da construção de um ninho de vespas e de um ninho
de João de Barro, terminando com uma lenda, que diz ser o João de
Barro o conquistador espanhol Don Juan Hornero enfeitiçado.
O ensaio Mit Orchideen auf du und du (Tratando orquídeas por
tu), também de 1959, gira em torno do cultivo de orquídeas,
historiando sua origem, os vários tipos, as primeiras dificuldades dos
botânicos com sua reprodução e a facilidade de, no Brasil, tê-las ao
alcance da mão em plena mata.
O ensaio Deutsche Rundfunkstunde in Südbrasilien (A hora da
Alemanha na rádio do Rio Grande do Sul), de 1963, dá notícias dos
8
objetivos, da abrangência e das etapas da montagem de um
programa radiofônico regional em língua alemã em cidadezinhas
brasileiras.
Charlotte Wollermann Fischer publica entre os anos de 1949 e
1987, mais ou menos no mesmo período que Alfred Reitz, ou Hilda
Siri, por exemplo, (autores também contemplados por este projeto).
Para se perceber o que há de genuíno e de localista na
literatura produzida por Charlotte Wollermann Fischer, basta olhar
para o espaço de cultura alemã e para o Brasil durante o mesmo
período. Os países de língua alemã conhecem vários movimentos
literários, que se articulam com as circunstâncias, com a História de
seu tempo, tais como: a Literatura da década de 50 (Heinrich Böll,
Alfred Andersch, Günter Grass, Marie Luise Kaschnitz, Paul Celan,
Hans Magnus Enzensberger, Rose Ausländer, Ingeborg Bachmann,
Eugen Gomringer, Siegfried Lenz Wolfgang Koeppen, Ernst Jünger,
Max Frisch, Uwe Johnson), a Literatura da década de 60 (Peter
Weiss, Hans Magnus Enzensberger, Martin Walser, Günter Grass,
Heinrich Böll, Peter Schneider, Gabriele Wohmann, Bernward Vesper,
Siegfried Lenz, Peter Härtling, Franz Xaver Kroetz, Max Frisch,
Friedrich Dürrenmatt, Peter Handke, Elias Canetti Günter Wallraff,
Helmut Heißenbüttel, Ernst Jandl Erich Fried, a Literatura da
década de 70 (Max Frisch, Peter Handke, Elias Canetti, Hubert
Fichte, Nicolas Born, Verena Stefan,Karin Struck, Christa Reinig,
Ingeborg
Bachmann,
Peter
Schneider,
Bernward
Vesper,
Peter
Rühmkorf, Karl Krolow, a Literatura da década de 80 (Yoko
Tawada,
Rafik
Schami,
Patrick
Süskind,
Anne
Duden,
Brigitte
Kronauer, Christa Wolf, Elfriede Jelinek, Sarah Kirsch, Michael Krüger,
Guntram Vesper, Ulla Hahn, Hans Magnus Enzensberger Christoph
Meckel, Alfred Andersch, Helga Novak, Tankred Dorst, Botho Strauß,
Thomas Bernhard, Heinrich Böll Martin Walser, Uwe Johnson,Alfred
Muschgel, Peter Bichsel, Peter Handke, Friederike Mayröcker).
9
No Brasil, esses mesmos anos pertencem ao Modernismo em
toda a sua extensão. Escrevem Carlos Drummond de Andrade, Mário
e Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Murilo Mendes, Vinicius de
Moraes, Cecília Meireles, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Jorge
Amado, Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, João Guimarães
Rosa, Dalton Trevisan, Rubem Fonseca, Geir Campos, Fausto Cunha,
Milton Dias Heitor Marçal, João Antônio, Ignácio de Loyola Brandão,
Fernando Gabeira, Vilma Guimarães Rosa, Maria Cecília Caldeira,
Ariano Suassuna, Rui Mourão, Esdras do Nascimento, José Cândido
de Carvalho, Murilo Rubião, Osman Lins, Orides Fontela, os escritores
da chamada prosa intimista: Lygia Fagundes Telles, Osman Lins
Autran Dourado Nélida Piñon, Hilda Hilst, os chamados autores da
prosa memorialista ou autobiográfica Pedro Nava e Érico Veríssimo, e
tantos outros.
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