Autor: David Colbert
Cortesia Editora: Sextante
Fonte Digital: Sodiler Online
Livro: O Mundo Mágico de Harry Potter
O Mundo Mágico de Harry Potter
Adivinhação
Sibila Trelawney já acertou alguma coisa?
A matéria dada pela professora Trelawney, Adivinhação,
consiste em interpretar sinais e ações com o objetivo de
predizer o futuro, ver o passado ou, às vezes,
simplesmente encontrar objetos perdidos.
São usados muitos métodos para a adivinhação. O
romanos preferiam os augúrios e interpretavam o vôo
das aves. Outras culturas usam a hepatoscopia, que é o
exame das entranhas de animais sacrificados.
Não é por coincidência que o primeiro nome da
professora Trelawney vem das famosas profetisas da
mitologia, as Sibilas, que muitas vezes apresentavam
suas premonições sem nem mesmo terem sido
consultadas. Sibila Trelawney também é chegada a fazer
predições – muitas vezes aterrorizantes – sem que
ninguém tenha lhe pedido nada. Mal acabou de conhecer
Harry e já previu a sua morte. Mas, como bem lembra a
professora McGonagall, “Sibila Trelawney tem predito a
morte de um aluno por ano desde que chegou a esta
escola. Nenhum deles morreu ainda”.
J. K. Rowling parece não acreditar muito em adivinhação,
ou pelo menos mostra uma atitude ambivalente.
Hermione acha o assunto “meio confuso”, mas estuda
Aritmancia, que é a adivinhação por meios dos números.
Apesar de completamente obcecados pela leitura do
destino nas estrelas, os centauros da Floresta Proibida
são criaturas bastante inteligentes.
Talvez Rowling se sinta como Dumbledore, que explica a
Harry em Harry Potter e O Prisioneiro de Azkaban: “As
conseqüências dos nossos atos são sempre tão
complexas, tão diversas, que predizer o futuro é uma
tarefa realmente difícil.”
Alquimia
Os alquimistas procuravam mesmo uma
pedra mágica?
Exatamente o que os alquimistas tentavam fazer? Será
que eles chegaram a concluir alguma coisa ou todo o seu
trabalho desapareceu numa nuvem de fumaça?
Qualquer um que tenha lido Harry Potter e A Pedra
Filosofal sabe que a alquimia é uma antiga mistura de
química com magia. Os alquimistas tentavam criar ouro a
partir de metais menos nobres, assim como inventar uma
poção capaz de curar todas as doenças e tornar seu
usuário imortal.
Acredita-se que a origem da alquimia esteja no mundo
árabe. O nome vem do termo árabe al-kimia, que
também gerou a palavra “química”. No entanto, alguns
historiadores dizem que a raiz dessa palavra árabe vem
do grego antigo Khmia, que significa “Egito”. Eles
acreditam que os alquimistas egípcios possam ter
existido muito antes de o mundo árabe iniciar essa
prática. De qualquer maneira, a alquimia de fato se
desenvolveu em todo o mundo, inclusive na China e na
Índia.
Costumamos imaginar alquimistas como pessoas
gananciosas e ambiciosas, obcecadas por dinheiro e pela
imortalidade. Mas algumas pessoas pensam que o
trabalho deles lançou as bases da química moderna.
Vários cientistas sérios estudaram alquimia. O físico e
matemático Isaac Newton foi um deles, e escreveu
inúmeros tratados sobre o assunto. No entanto, Newton
respeitou a tradição de manter suas experiências com a
alquimia em segredo, chegando ao ponto de insistir para
que outro alquimista guardasse “segredo total” sobre seu
trabalho.
A capital da alquimia
Nos últimos anos do século XVI, dois imperadores
começaram a recrutar alquimistas para trabalhar na
cidade de Praga, localizada na atual República Tcheca. A
concentração de alquimistas no local deu à cidade o
apelido de “capital da alquimia”.
Imperadores,
no
entanto,
podem
ser
muito
temperamentais. Quando o alquimista inglês Edward
Kelley tentou produzir ouro, mas falhou, foi jogado numa
masmorra. Nem mesmo os esforços da rainha Elizabeth I
foram suficientes para livrá-lo da prisão. Kelley morreu
numa tentativa de fuga.
Evidentemente, havia muitas fraudes. Conta-se que, mais
ou menos nessa época, chegou a Praga um árabe, que
convidou os homens mais ricos da cidade para um
banquete, prometendo multiplicar todo o ouro que eles
levassem. Depois de juntar todos os objetos de valor
levados ao banquete, o falso alquimista preparou uma
mistura estranha que levava substâncias químicas e
diversas esquisitices, como cascas de ovo e estrume de
cavalo. Não tardaram a perceber para que servia a tal
mistura. Uma violenta explosão espalhou pela casa um
fedor tão terrível que atordoou os convidados e permitiu
que o charlatão fugisse com todo o ouro.
A pedra filosofal
Embora alguns estudiosos digam que o verdadeiro
processo seguido pelos alquimistas era “absurdamente
complicado”, suas bases eram bastante simples. De
acordo com a teoria básica seguida pelos alquimistas,
todos os metais não passavam de combinações de
enxofre e mercúrio. Quanto mais amarelo o metal, mais
enxofre havia na mistura. Para criar ouro, então, bastaria
combinar enxofre e mercúrio na proporção adequada e
seguindo uma seqüência correta.
Após algum tempo, os alquimistas começaram a ficar
frustrados, pois seu método simples não funcionava.
Então, iniciaram a procura de um ingrediente mágico,
que chamaram de pedra filosofal. Alguns alquimistas
continuaram a acreditar que o tal ingrediente mágico era
apenas enxofre. No entanto, em Harry Potter e A Pedra
Filosofal, ele é descrito como um objeto vermelhosangue. É provável que Rowling tenha pensado em
alguma coisa mais interessante...
Download

numa nuvem