Desfile de musas, que aconteceu na cerimônia de Abertura do XX Jogos da UNISANTA Jogos da UNISANTA: recorde de participantes Serão 41 faculdades com cerca de 2.500 atletas O maior evento esportivo universitário da Baixada Santis ta, os Jogos da UNISANTA, começa no próximo dia 3 de maio, a partir das 19h, na própria Universidade. O início ocorrerá com a Cerimônia de Abertura, onde entre cinco e dez atletas uniformizados estarão representando suas faculdades. Em seguida será tocado o Hino Nacional Brasileiro e na seqüência acontece o Juramento do Atleta, que será executado pela judoca Danielle Zangrando, aluna do 1º ano de Jornalismo da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC), da UNISANTA. O evento ainda terá o concurso de Rei e Rainha dos Jogos, onde um rapaz e uma moça representam suas faculdades, na escolha dos mais belos atletas dos Jogos. Esta será a 21º edição da competição, com número recorde de faculdades inscritas, 41 ao todo, e a participação de cerca de 2.500 atletas competindo em diversas modalidades esportivas. Segundo o organizador dos Jogos da UNISANTA, o professor de Educação Física Milton José Ribeiro, o “Mono”, os jogos iniciaram em 1983, graças ao intercâmbio realizado com a Faculdade de Educação Física do antigo Centro Universitário Ceuban, atual Universidade Metropolitana de Santos (Unimes). “No começo eram apenas quatro cursos de cada universidade, e somente com os esportes disputados em quadra, como o basquete, voleibol, handebol, futebol de salão e tênis de mesa”, recorda Mono. Os Jogos permaneceram na organização das duas universidades até 1986, quando a UNISANTA começou a organizar os jogos, que passaram a ser chamados de Jogos da Sociedade Universitária de Santos. “Começamos a convidar as outras faculdades, proporcionando oportunidade a todas que quisessem participar”, relembra. “Este nome permaneceu até 1996, quando adotamos o nome da universidade, ficando conhecido como Jogos da UNISANTA”. Campeões Mono explica que existem dois troféus como premiação final dos jogos, sendo um por modalidade e outro transitório. “Para se ficar em definitivo com o troféu transitório dos jogos, é necessário que a faculdade vença por três anos consecutivos a competição ou por cinco anos alternados”. Feitos que, segundo ele, já foram conseguidos pela Faculdade de Engenharia da UNISANTA no masculino e pela Faculdade de Educação Física da Unimes no feminino. ESPORTES 13 PRIMEIRA IMPRESSÃO • ABRIL DE 2004 Edição e Diagramação: Amilcar Barreto • Fotografia: Mônica Vasconcelos Praia, amizade... e futebol S ilvio Simões Rosa, 50 anos, represen tante de vendas. Nilton Cabral, 60 anos, dono de transportadora. Wilson Fernandes Rodriques, 52 anos, O que estas três pessoas têm em comum? A resposta é uma só: a paixão pelo futebol. já “fazO pessoal parte da minha vida ” Nilton Cabral Independente da idade, todo homem, principalmente o brasileiro, é apaixonado por futebol. Mas o que talvez o santista não saiba é que existe uma turma tão apaixonada pela redondinha que até resolveram montar uma barraca na praia e fundaram o Igaratá Clube. Com 35 anos de existência, o clube possui 45 sócios com idade superior aos 35 anos. “Como nós somos um grupo de amigos com idade avançada, estipulamos esta idade para que os novos sócios tivessem os mesmos interesses que nós”, explica Silvio Rosa, um dos atacantes do clube. A sede do clube é uma barraca localizada no canal 4 em frente à Igreja do Embaré. Estruturada para receber as famílias dos jogadores, o local conta com cadeiras, ‘churrasquinho’ e, é lógico, muita cerveja. Mas engana-se quem pensa que o Igaratá é só mais uma turma que se reúne para jogar futebol. O clube é organizado. “Nós te- mos um presidente, vice, tesoureiro, juiz, entre outros cargos”, afirma Silvio. Outra característica que distingue o clube é a forma como cada sócio é selecionado. Para fazer parte deste grupo é preciso ser convidado ou indicado por algum sócio. Isso é para manter a amizade existente entre os integrantes, que, segundo Silvio, é o grande diferencial. “Somos todos amigos de muito tempo. Ninguém é chamado pelo nome, só pelo apelido. E esses apelidos foram criados por situações que aconteceram durante os jogos”, diz Silvio , cujo apelido é “chupeta”.. Mais que um grupo de amigos que se reúne para jogar futebol todo sábado, das 16 às 18 horas, o Igaratá é considerado a segunda família por seus sócios. “O pessoal já faz parte da minha vida”, afirma Nilton Cabral, lateral esquerdo e atual presidente do clube. A maioria já se conhecia antes do clube, mas os laços foram firmados devido ao encontro semanal. “Não é só no futebol que nós nos encontramos. O pessoal sempre se reúne na padaria para tomar um cafezinho”, completa Silvio. Porém, nem tudo são flores. Por causa da lei que proíbe jogos antes das 16 horas na praia, os jogadores, às vezes, são recebidos com cara feia pelos banhistas. “Antes deste horário é muito cedo mesmo. Tem que haver aquela descansada depois do almoço. Mas várias vezes nós começamos a montar o campo no horário permitido e as pessoas ficaram olhando de cara feia. É um absurdo”, reclama Silvio. Outra tristeza do clube é o fato de ainda não existir um campeonato de praia em Santos para amadores. “É um desperdício de talentos”, afirmou o presidente. Futuro Do mesmo jeito que os sócios do Igaratá, existe uma outro grupo que se reúne pelas areias de Santos para praticar o esporte. É o caso de Gabriel de Deus Barreto, 18 anos, e seus amigos. Segundo Gabriel, a necessidade de se organizar para jogar foi natural. “Nós precisávamos de uma bola, então todo mundo juntou dinheiro e comprou. E foi assim com a trave e com a bomba”, explicou. Há seis anos reunidos, o grupo pretende seguir o exemplo do Igaratá. “Às vezes fica difícil porque um trabalha, outro estuda, há um até no exército, mas o importante é que a “galera” se reúne sempre quando pode”, afirma Gabriel. Mas, segundo Gabriel, um problema que realmente incomoda é a falta de estrutura da praia. “Depois das 20 horas, mesmo com as luzes acesas, fica impossível achar o gol”, comenta. Outro fato que Gabriel destaca são os “chutes fortes”. “É um problema ter que ir atrás da bola toda vez que alguém a chuta para longe (risos)”. O grupo ainda não tem nome definido, mas quem quiser participar é só aparecer na praia a partir das 17 horas, em frente a Avenida Conselheiro Nébias ou perto do canal 4. E não vá, com pressa de ir embora, pois, as partidas são duradouras. Priscila Peres Exclusões Segundo Mono, quatro faculdades estão automaticamente fora da competição, por não terem confirmado presença dentro do prazo estipulado pela organização dos Jogos. São elas: Fisioterapia/Unimonte, Fisioterapia/Unaerp, Enfermagem/ UniSantos e Psicologia/UniSantos. Imprensa acadêmica A cobertura dos Jogos será realizada pelos alunos de Jornalismo da UNISANTA. O evento será coberto por dois meios de comunicação, jornal impresso e televisão. O Jornal dos Jogos será o impresso que irá cobrir exclusivamente o evento. Cerca de 40 alunos estarão realizando as funções de repórteres, diagramadores, fotógrafos e editores. Segundo o coordenador do jornal, o professor Márcio Calafiori, alguns alunos que foram editores do jornal em anos anteriores hoje estão trabalhando na mídia esportiva da região. “Podemos citar como exemplo o editor-chefe do jornal do ano passado, Juan Reol, que está trabalhando na assessoria de imprensa do Santos Futebol Clube”. Também sendo realizado por alunos da faculdade o programa Momento dos Jogos, que será exibido pela Santa Cecília TV, de segunda a sexta-feira, das 11h45 ao meio-dia,. Uma equipe com cerca de 40 alunos será coordenada pelo jornalista André Mendes. Luiz Fernando Valentim Gabriel, amigos e convidados em mais um jogo de sabado a tarde. O jogo acontece sempre aos sabados à partir das 16h A praia é o grande ponto de encontro dos amigos que aproveitam especialmente os sábados à tarde para jogar futebol