Gilberto Kassab
PREFEITO DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO URBANO
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU),
órgão da administração do município de São Paulo, é responsável
por formular políticas, diretrizes e ações estratégicas relativas ao
desenvolvimento urbano da cidade. Está entre suas atribuições
desenvolver mecanismos e modelos mais adequados para a
viabilização e implementação de projetos urbanísticos. Com
base nos instrumentos de política urbana e considerando
potenciais parcerias com a iniciativa privada, com outras esferas
de Governo e com a sociedade, os projetos são desenvolvidos
buscando uma cidade melhor para todos.
Miguel Luiz Bucalem
SECRETÁRIO
Domingos Pires de Oliveira Dias Neto
SECRETÁRIO ADJUNTO
Eduardo Mikalauskas
CHEFE DE GABINETE
SP URBANISMO
Miguel Luiz Bucalem
PRESIDENTE
A SP Urbanismo, empresa vinculada à Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano, também responde pela elaboração
de projetos de desenvolvimento urbano da cidade, além da
realização de análises econômicas, sociais e de meio ambiente
para a sua implantação.
Esses projetos e estudos são estrategicamente idealizados,
sob a supervisão e em conjunto com a Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Urbano, por uma equipe multidisciplinar,
formada por engenheiros, arquitetos, urbanistas, economistas
e sociólogos.
Atualmente, a SMDU e SPUrbanismo desenvolvem muitos
projetos para a cidade de São Paulo. Esta publicação resume 18
desses projetos.
Antonio Carlos Cintra do Amaral Filho
CHEFE DE GABINETE
COORDENADORES DE PROJETOS
Fernando Henrique Gasperini
João Cyro André
Lisandro Frigerio
Luis de Oliveria Ramos
Luiz Laurent Boch
Maria Teresa de Oliveira Grillo
Nilza Maria Toledo Antenor
Rita Cassia Gonçalves
Vladir Bartalini
COORDENAÇÃO
Carla Poma
Laiz Rodrigues Gonçalves Landi
Yara Lydia de Moraes Santos
TEXTOS
Paulo Kehdi
PROJETO GRÁFICO
Juliana Cipolletta
INTERVENÇÕES URBANAS
TRANSFORMANDO O ESPAÇO URBANO
PROJETOS URBANÍSTICOS
DESENVOLVIDOS PARA A CIDADE DE SÃO PAULO
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8
9
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CONCESSÃO URBANÍSTICA NOVA LUZ
EXPO SÃO PAULO (Expo 2020)
GERENCIAMENTO DE ÁREAS DE RISCO (GRIDS)
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA BRANCA
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA ESPRAIADA
OPERAÇÃO URBANA CENTRO
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA LAPA–BRÁS E MOOCA–VILA CARIOCA
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA RIO VERDE–JACU
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA FARIA LIMA
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA VILA SÔNIA
PLANO DE REVITALIZAÇÃO DO PARQUE DOM PEDRO II
PLANO DIRETOR DE MACRODRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
POLO INSTITUCIONAL ITAQUERA
PARQUE TECNOLÓGICO DA ZONA OESTE
PLANO SP 2040
BAIRRO UNIVERSITÁRIO
VALE DO ANHANGABAÚ
ÁREA DE INTERVENÇÃO URBANA VILA PRUDENTE
CONCESSÃO URBANÍSTICA NOVA LUZ
UM BAIRRO CERCADO POR ELEMENTOS
HISTÓRICOS E CULTURAIS QUE IRÁ
OFERECER AINDA MAIS ENTRETENIMENTO,
MORADIA, PASSEIOS, PARQUES,
OPORTUNIDADE DE ESTUDO E TRABALHO
E MOBILIDADE PRIVILEGIADA PARA O
PEDESTRE E O CICLISTA
O principal objetivo do Projeto Nova Luz é promover a
requalificação urbana em 45 quadras que compõem
o perímetro circundado pelas Avenidas Cásper Líbero,
Ipiranga, São João, Duque de Caxias e Rua Mauá,
trazendo novos moradores para a região, aproveitando
a infraestrutura instalada no local, especialmente com
relação à acessibilidade à rede de transporte público
de alta capacidade e equipamentos culturais. A região
é servida por quatro linhas ferroviárias da CPTM e
três linhas do Metrô. As estações Luz e Júlio Prestes
encontram-se nas quadras lindeiras ao perímetro do
Projeto Nova Luz. A Concessão vai permitir a geração
de 19 mil novos empregos, com cerca de 370 mil m2
de área adicional dedicados ao estímulo da atividade
econômica. Também serão instaladas habitações
de interesse social (mais de 5 mil novas moradias,
sendo mais de 2,5 mil unidades de habitação popular
e interesse social, trazendo 12 mil moradores para a
região), escola (infantil e fundamental), creches, unidade
básica de saúde, equipamentos de assistência social e
REGIÃO SERVIDA POR AMPLA REDE
DE METRÔ E TRENS METROPOLITANOS
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
GERAÇÃO DE 19 MIL EMPREGOS | 12 MIL NOVOS
MORADORES | 2,5 MIL UNIDADES DE HABITAÇÃO
POPULAR | EQUILÍBRIO ENTRE MORADIA, COMÉRCIO
E SERVIÇOS EM UM MESMO BAIRRO | CICLOVIAS,
PRAÇAS | ESPAÇOS PARA LAZER E CULTURA |
PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA REGIÃO
de cultura, ciclovias (mais de 1 km exclusivo e uma rede
de vias compartilhadas, totalizando 5,2 km), calçadas
mais largas, três novos espaços abertos (duas praças e
um largo para convívio da comunidade), novo sistema de
iluminação pública, melhorias dos acessos ao transporte
metro-ferroviário, além de promover a restauração
do patrimônio histórico da região. A preservação da
memória do bairro foi considerada no desenvolvimento
do projeto, estando prevista a permanência de 77%
da área construída existente, incluindo as edificações
protegidas pelos órgãos de patrimônio histórico, que
serão restauradas em sua totalidade. Está previsto
ainda a criação de um espaço privado de uso público
destinado a um centro de entretenimento com cinemas,
teatros e restaurantes.
O projeto leva em conta toda a estrutura de cultura e
lazer já instalada, como a Pinacoteca do Estado, a Sala
São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa e o Parque
da Luz, entre outros. O objetivo é que essas atividades
sejam incrementadas e articuladas com novos espaços
culturais. A ideia é que a Nova Luz torne-se um espaço
que seja ocupado e aproveitado 24 horas por dia, 7 dias
por semana.
7
EXPO SÃO PAULO (EXPO 2020)
O MAIOR E MAIS EQUIPADO CENTRO DE
CONVENÇÕES DA AMÉRICA LATINA
O Parque de Eventos e Exposições de Pirituba EXPO-SP
foi idealizado tendo como premissa que São Paulo é
o maior centro de negócios do Brasil, maior cidade
da América do Sul, porta de conexão com o exterior
e palco de grandes eventos, feiras e congressos de
caráter internacional.
Neste contexto, uma das últimas áreas livres de
edificações e propícia para abrigar um parque de
eventos e de exposições foi escolhida em Pirituba.
A criação de uma nova centralidade no local
possibilitará o desenvolvimento urbano e econômico
do território da Subprefeitura de Pirituba, por meio
de ampliação de espaços públicos de convivência
e de lazer para os moradores e usuários das novas
atividades. Ainda será o propulsor de melhorias no
sistema viário e de transporte.
PAVILHÃO DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES | PARQUE
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS | INTEGRAÇÃO COM
O SÍTIO
Dotada de acessibilidade rodoviária (Rodovia dos
Bandeirantes) e ferroviária (CPTM), a área terá
futuramente a Linha 6 (laranja) do metrô. O projeto
prevê acesso exclusivo ao parque de eventos por meio
de trevo implantado na Rodovia dos Bandeirantes, com
vias de acesso sobre a linha férrea e a implantação
de uma nova estação da CPTM. Além disso, está
prevista a implantação de novo terminal de ônibus e
pátio de estacionamento de ônibus e de passarelas
interligando a estação de trem com o Parque de
Eventos e Exposições Pirituba.
O projeto prevê a implantação de pavilhões de feiras,
centro de convenções, shopping center, centro
hoteleiro e centro empresarial.
O equipamento dotará a cidade de novo espaço
capaz de abrigar grandes eventos internacionais e faz
parte do projeto para São Paulo sediar a Exposição
Mundial de 2020.
8
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
GERENCIAMENTO DE ÁREAS DE RISCO
(GRIDS)
Desenvolvido ao longo de 2011, o estudo das
áreas de risco teve por finalidade identificar o
acervo de intervenções e consolidar o montante de
investimentos em andamento e previstos até o ano
de 2016, visando à otimização das ações da PMSP
e do uso de seus recursos, com o principal objetivo
de erradicar — pelo reassentamento de moradores
ou por meio de intervenções urbanas — as áreas
de risco geotécnico R3 e R4 (classificação abaixo)
e proporcionar condições de vida com qualidade
e segurança no município de São Paulo. Para tanto
foram mapeadas 407 áreas em 26 subprefeituras. O
mapeamento, contratado pela PMSP e executado pelo
IPT, foi subdividido em quatro categorias, de acordo
com o grau de risco apresentado:
• Risco Baixo (R1): não se espera a ocorrência de
acidentes;
• Risco Médio (R2): é reduzida a possibilidade de
ocorrência de acidentes;
• Risco Alto (R3): é possível a ocorrência de
acidentes;
• Risco Muito Alto (R4): é muito provável a
ocorrência de acidentes.
O estudo contou com a colaboração de outras
secretarias. A Secretaria de Coordenação das
Subprefeituras apresentou o mapeamento de áreas
de Risco Geológico (2010), além das intervenções
setoriais em áreas de risco (obras de contenção,
urbanização, infraestrutura e produção de unidades
habitacionais). Já a Secretaria de Habitação, o
PMH (Plano Municipal de Habitação) e seus 223
PAIs — Perímetro de Ação Integrada. A Secretaria
do Verde e Meio Ambiente, o Plano de Parques
Naturais, Lineares e Urbanos. As áreas de risco
estão contempladas em planos e programas de
ação dessas secretarias. Foram consideradas ainda
as ações da Secretaria de Segurança Urbana, com
UMA AÇÃO INTEGRADA DE DIFERENTES
INICIATIVAS QUE SOMADAS VISAM
GERENCIAR E ERRADICAR AS ÁREAS
DE RISCO NO MUNICÍPIO
a Operação Defesa das Águas, seu monitoramento e
preservação de áreas recuperadas e o Plano Preventivo de
Defesa Civil (PPDC), para o período de chuva. Dentro
desse cenário o estudo propõe o mapeamento
contínuo de áreas de risco, com indicadores de
evolução da situação, nos moldes do contratado junto
ao IPT, o planejamento com portfólio de intervenções
específicas hierarquizadas para setores de risco R3
e R4 (para subsidiar as ações das Subprefeituras), o
estancamento de novas ocupações ou de reocupação
de áreas desocupadas e a implantação de um sistema
de acompanhamento contínuo com incorporação
estrutural e institucional do trabalho realizado. Os
estudos também reconheceram os custos e os números
de intervenções previstas, por subprefeitura.
PLANO DE CHUVAS DE VERÃO | PLANO DE
MACRODRENAGEM | PLANO DE GERENCIAMENTO
DE ÁGUAS PLUVIAIS | INVESTIMENTO EM
INFRAESTRUTURA | PARCERIA COM O INSTITUTO
DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
9
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA
ÁGUA BRANCA
REVISÃO DA LEI DA OPERAÇÃO TRAZ O
CONCEITO DE CIDADE COMPACTA, ALÉM
DE PROPOR NOVAS FORMAS DE INDUZIR
A OCUPAÇÃO DESEJADA
•
•
A Operação Urbana Consorciada Água Branca (Lei nº
11.794/1995), foi instituída visando à estruturação
de nova centralidade de prestação de serviços devido
à fácil acessibilidade por metrô e ferrovia, tendo por
objeto a realização de programa de obras em drenagem,
melhoramentos viários e áreas verdes. Em área com 540
hectares, situada junto à marginal do Rio Tietê e próxima
do centro da cidade, contém áreas públicas e privadas
ociosas. Os novos conceitos adotados pela SMDU para
o desenvolvimento das operações urbanas na cidade
indicaram a necessidade de se reformular a operação Água
Branca no sentido de dotar a prefeitura de instrumentos
e mecanismos de maior e melhor direcionamento das
atividades imobiliárias para que fossem efetivamente
alcançados os principais objetivos do projeto: o
adensamento populacional e construtivo, a diversidade de
renda, a adequação das tipologias às características locais,
a menor dependência dos deslocamentos motorizados, o
reconhecimento da importância da presença de pedestres
e ciclistas na recuperação das funções vitais das ruas e a
recuperação ambiental da região.
Os principais aspectos incorporados à revisão da Operação
Urbana são:
• Adequar à legislação federal (Estatuto da Cidade) e ao
Plano Diretor Estratégico;
1.050.000 M2 DE ESTOQUE RESIDENCIAL
ADICIONAL |800.000 M2 DE ESTOQUE NÃO
RESIDENCIAL ADICIONAL | PROGRAMA DE
DRENAGEM NA VÁRZEA DO RIO TIETÊ |
MELHORIAS VIÁRIAS | ÁREAS VERDES |
PERMEABILIDADE DA REGIÃO DA FERROVIA |
OCUPAÇÃO E ADENSAMENTO PLANEJADO
10
•
•
•
•
•
•
Elaborar Estudo de Impacto Ambiental; Instituir CEPACs
(Certificado de Potencial Adicional de Construção);
Adequar a destinação e distribuição da área construída
adicional (estoque) residencial e não residencial, com a
capacidade da rede viária e de transporte;
Concentrar a utilização dos estoques de área adicional
em eixos visando à conformação de centralidades de
referência funcional e visual;
Oferecer incentivos ao padrão residencial médio e
restringir a oferta de vagas de estacionamento nos
novos empreendimentos;
Adequar o programa de investimentos às novas
diretrizes, melhorando as condições de mobilidade,
baseando-se na utilização do metrô e ferrovia e
implantando sistema de áreas verdes associado ao
sistema de drenagem;
Permitir e incentivar a transposição do Rio Tietê a pé e
por bicicletas concectando os bairros situados ao norte
com a centralidade da operação urbana;
Integrar diretrizes ao Plano Urbanístico da
Operação Urbana, que promovam a recuperação
funcional e paisagística da orla ferroviária contida
no perímetro da operação;
Instituir a gestão compartilhada.
A Licença Ambiental Prévia foi expedida pela Secretaria
do Verde e Meio Ambiente, o novo plano urbanístico está
concluído e o projeto de lei em fase final de elaboração
para envio à Câmara de Vereadores. Em 2011 foi concluído
o projeto executivo de macrodrenagem das bacias dos
córregos Sumaré e Água Preta e concluída a licitação
para execução das obras, cujo inicio depende da emissão
da licença de instalação. Parte significativa dos recursos
desta operação urbana deverá ser utilizada na execução
dessas obras de drenagem. Está em fase de elaboração
o projeto de extensão da avenida Auro Soares de Moura
Andrade desde a Casa das Caldeiras até a Rua do Curtume.
A revisão da Operação Urbana Consorciada Água Branca
deve ser interpretada como a 1ª fase da Operação Urbana
Consorciada Lapa-Brás e a compatibilidade entre as duas
está refletida em seus projetos urbanísticos.
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA
ÁGUA ESPRAIADA
A Operação Urbana Água Espraiada tem como objetivos
principais a reurbanização da várzea do córrego Água
Espraiada por meio do atendimento definitivo — e
dentro da área de abrangência da operação urbana —
aos moradores das favelas atingidas e a implantação
de ligação viária estrutural para a cidade entre a
Marginal Pinheiros e a Rodovia dos Imigrantes. Associase à operação Urbana Faria Lima na consolidação de
um novo e moderno distrito de negócios. O perímetro
da operação foi subdividido em seis setores: Brooklin,
Berrini, Marginal Pinheiros, Chucri Zaidan, Jabaquara e
Americanópolis. Estão em fase final de conclusão os
empreendimentos habitacionais destinados à população
moradora em vários núcleos precários. São eles, Jardim
Edite, Estevão Baião e Corruíras, totalizando 836
unidades. Além destes, foram licitados para construção
4.000 HIS para atendimento das famílias atingidas
pelas obras de prolongamento da Avenida Jornalista
Roberto Marinho — Túnel e Via Parque. Outras 4.500
HIS serão construídas com o mesmo objetivo, fruto de
convênio firmado entre Estado e Prefeitura e atualmente
mil famílias recebem aluguel social, totalizando 9.500
famílias que serão atendidas na Operação.
REQUALIFICAÇÃO URBANÍSTICA
CONTEMPLANDO HABITAÇÃO, MEIO
AMBIENTE E TRANSPORTE PÚBLICO
NOVO PARQUE PARA A CIDADE COM MAIS
DE 600 MIL M2 DE ÁREA
Estão em andamento projetos relativos às vias locais
do Brooklin, prolongamento da Avenida Jornalista
Roberto Marinho até a Rodovia dos Imigrantes, de
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
11
modo que, a partir das proximidades da Avenida
Pedro Bueno, o tráfego expresso seguirá por via
subterrânea, em túnel de aproximadamente 2.350 m.
Na superfície, será implantado o Parque Chuvisco,
ladeado por vias de acesso local aos bairros da
região, e a chamada Via Parque, um grande parque
linear com aproximadamente 612 mil m2, que prevê o
tratamento e a manutenção a céu aberto do córrego Água
Espraiada, permeado por conjunto de barragens e lagoas
em patamares, para aproveitamento paisagístico e de
retenção das águas pluviais, melhorando sensivelmente
a permeabilidade local.
Estão previstas ainda a implantação de diversos
equipamentos públicos na Via Parque como,
por exemplo, três centros de atendimento ao
público, centro de encontros, quiosques, quadras
poliesportivas, campos de futebol, conjunto de viveiros
que servirão para educação ambiental da população
local, pontilhões de transposição do córrego para
pedestres, um anfiteatro aberto e equipamentos de
lazer numa região absolutamente carente desses itens.
As obras do Governo do Estado de São Paulo relativas à
Linha 5 Lilás do Metrô e Linha 17 Ouro, em monotrilho
com capacidade de atendimento da ordem de 30 mil
passageiros por hora e por sentido, tiveram aporte
de recursos oriundos da venda de CEPACs por meio
de convênios firmados entre o estado e o município
de São Paulo, no valor de R$ 335 milhões. As obras
previstas no programa de intervenções da Operação
Urbana Consorciada Água Espraiada incluem também:
drenagem para a bacia dos córregos Cordeiro —
Americanópolis, e ainda o prolongamento da Avenida
Chucri Zaidan, que se estenderá desde as proximidades
do Shopping Morumbi até a Avenida João Dias.
Com extensão total de 3.420 m, o prolongamento
da Avenida Chucri Zaidan inclui abertura de via,
adequações de trechos existentes e a implantação
de um trecho de vias no subsolo sobrepostas, que
contará com aproximadamente um quilômetro. Em
complementação a esse eixo estruturador está sendo
proposto o Plano Urbanístico Chucri Zaidan que prevê
12
a implantação de uma rede de circulação por meio da
abertura, alargamento ou prolongamento do sistema
coletor e local que irá melhorar a acessibilidade de
pedestres e veículos numa região caracterizada por
quadras de grandes dimensões. Esse Plano é parte
do fortalecimento e expansão do eixo da Marginal
Pinheiros que irá favorecer os espaços públicos, a
infraestrutura verde e a circulação de pedestres e
ciclistas, reforçando a identidade do principal eixo
de negócios da cidade e criando condições para sua
expansão planejada: ao norte, pela implementação do
Parque Tecnológico do Jaguaré e o desenvolvimento
do Distrito Criativo (no perímetro da Operação Urbana
Vila Leopoldina-Jaguaré); ao sul, pelo novo distrito
de Negócios na extensão da Avenida Chucri Zaidan
e, na sequência, pelo desenvolvimento da Operação
Urbana Polo de Desenvolvimento Sul.
832 UNIDADES DE HABITAÇÃO SOCIAL EM
CONSTRUÇÃO | MAIS DE 4.000 UNIDADES
LICITADAS | VIA PARQUE, ESPAÇO PÚBLICO
MULTIFUNCIONAL | NOVA PONTE SOBRE O
RIO PINHEIROS | NOVAS ESTAÇÕES DE METRÔ
E DA CPTM | MONOTRILHO PARA 30 MIL
PASSAGEIROS POR HORA | PROLONGAMENTO
DA AVENIDA CHUCRI ZAIDAN QUE SE ESTENDERÁ
ATÉ A AVENIDA JOÃO DIAS POTENCIALIZANDO O
DISTRITO DE NEGÓCIOS DA REGIÃO SUDOESTE
(FARIA LIMA – BERRINI – CHUCRI ZAIDAN)
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
OPERAÇÃO URBANA CENTRO
INCENTIVOS PARA USOS RESIDENCIAIS,
HOTÉIS E EDIFICAÇÕES DESTINADAS
À EDUCAÇÃO E CULTURA
A Operação Urbana Centro visa a requalificação
urbana de uma área de aproximadamente 663
hectares. Busca estimular investimentos em uma
área específica — o centro da cidade —, que está
consolidada desde meados do século XX e que possui
a maior densidade construtiva da cidade.
Com recursos da Operação Urbana foi viabilizado o
projeto referente à Reurbanização do Parque Dom
Pedro II e entorno.
MUDANÇA DE USO PARA EMPREENDIMENTO DE
USO MISTO | TRANSFERÊNCIA DE POTENCIAL
CONSTRUTIVO DE EDIFICAÇÃO TOMBADA |
REURBANIZAÇÃO DO PARQUE DOM PEDRO II
E ENTORNO
Mediante contrapartida financeira essa operação
estabelece incentivos à produção de novas edificações,
à regularização de imóveis, à reconstrução e reforma
das existentes para sua adequação a novos usos, e
também cria condições especiais para a transferência
de potencial construtivo de imóveis de interesse
histórico. Sem pretender priorizar a arrecadação de
recursos financeiros, a Operação Urbana Centro inova
na criação de estímulos e benefícios para atrair os
investidores na construção de habitações, hotéis e de
edifícios garagem, bem como os destinados à cultura,
à educação e ao lazer.
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
13
Lançadas em maio de 2010, as intervenções têm como
objetivo promover uma melhor utilização de regiões
da chamada Orla Ferroviária compreendida por partes
das zonas centro, oeste e leste, localizadas em áreas
de três Operações Urbanas (Água Branca, Diagonal
Sul e Diagonal Norte). Estudos realizados pela SMDU
e SP Urbanismo apontaram a necessidade de nova
subdivisão destas áreas em duas Operações Urbanas
Consorciadas, Lapa-Brás e Mooca-Vila Carioca, além
da revisão da OU Água-Branca, que consiste na
primeira fase da Operação Lapa-Brás. O principal
objetivo dos projetos é promover o adensamento
dessa porção da região central e contribuir para a
reversão do movimento de espraiamento que ocorreu
na capital (crescimento das áreas periféricas em
detrimento do adensamento habitacional na região
central). Isso é considerado primordial pela Prefeitura
porque equilibra a relação emprego/moradia e
provoca a diminuição do chamado movimento
pendular (deslocamento de moradores da periferia
para o centro - local de trabalho — e seu retorno
à periferia). No Termo de Referência da Operação
Urbana Consorciada Lapa-Brás, consta, entre diversas
diretrizes, a substituição das linhas ferroviárias da
CPTM na superfície (consideradas uma barreira para
o desenvolvimento da região), por um sistema de alta
capacidade subterrâneo sobre trilhos, com extensão
de 12 quilômetros, acompanhada da implantação de
uma avenida com características de via parque (via
urbana), com calçadas largas, ciclovia e arborização
por todo o seu percurso.
Essa via consistiria em uma alternativa viária na
ligação leste-oeste da cidade e possibilitaria suprimir
14
FÁBIO ARANTES, 2011
UM PLANO DE DESENVOLVIMENTO E
OCUPAÇÃO ORDENADA JUNTO À ORLA
FERROVIÁRIA NO EIXO LESTE–OESTE
FÁBIO ARANTES, 2011
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA
LAPA-BRÁS E MOOCA-VILA CARIOCA
ALTERNATIVA DE MORADIA NAS PROXIMIDADES
DO CENTRO | NOVA AVENIDA SOBRE A
EXTENSÃO DA LINHA FÉRREA | ÁREAS VERDES
| PERMEABILIDADE DA REGIÃO | OCUPAÇÃO E
ADENSAMENTO PLANEJADO
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
ÁGUA BRANCA
LAPA-BRÁS
MOOCAVILA CARIOCA
A LONGO PRAZO, CERCA DE 300 MIL NOVOS
MORADORES E 600 MIL EMPREGOS NA LAPA-BRÁS.
JÁ NA MOOCA-VILA CARIOCA SERÃO 200 MIL NOVOS
MORADORES E 170 MIL NOVOS EMPREGOS
o Elevado Costa e Silva (Minhocão), reconhecido
como um fator de degradação e desvalorização da
região. Dessa forma, com as intervenções sugeridas,
busca-se uma total requalificação da área do Elevado
e de seu entorno, associando o adensamento à
requalificação urbanística.
A implantação do sistema de alta capacidade
subterrâneo sobre trilhos também permitirá um maior
adensamento em porções do território ao norte da
ferrovia. Apesar de sua importância reconhecida, a
ferrovia constitui uma barreira física e seu rebaixamento
possibilitaria que áreas hoje com baixa densidade
populacional possam ser melhor aproveitadas.
Já a Operação Urbana Consorciada Mooca-Vila
Carioca compreende a porção leste do centro
expandido da cidade de São Paulo, cujas estrutura
urbana e paisagem são determinadas pela várzea
do Rio Tamanduateí, pela ferrovia e pela Avenida do
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
Estado. Esta operação urbana está dividida em seis
setores, com características muito diversificadas,
destacando-se as colinas do Ipiranga e Mooca como
áreas de ocupação mista e maior dinâmica urbana e
uma grande área com ocupação predominantemente
industrial que domina a várzea e lhe proporciona
características singulares de volumetria e conjunto.
O foco da intervenção está na qualificação deste
território por meio da intensificação de sua ocupação,
com a melhoria das condições de mobilidade,
superando as barreiras do eixo ferroviário e da
Avenida do Estado, e buscando melhorar a relação da
cidade com o rio por meio de novas “frentes urbanas
fluviais”, soluções estas integradas com o aumento
de áreas públicas e verdes e aprimoramento do
sistema de drenagem.
15
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA
RIO VERDE-JACU
A conclusão do prolongamento da avenida Jacu-Pêssego
em 2010 trouxe a oportunidade da Operação
Urbana Rio Verde-Jacu tornar-se um instrumento de
desenvolvimento econômico da Zona Leste estruturado
por esta avenida, ao mesmo tempo que promove a
requalificação urbanística da região contemplando
habitação, meio ambiente e transporte público.
Os principais objetivos a serem alcançados pela
Operação Urbana Consorciada são: promoção, a longo
prazo, da renovação urbana da região estruturada
pelo eixo da Avenida Jacu Pêssego, importante ligação
viária entre o ABC, o Porto de Santos (Rodoanel) e
Guarulhos (Rodovia Ayrton Senna); incremento da
atividade econômica na zona leste, incentivando a
capacitação profissional e a geração de empregos
— aproveitando a proximidade do Polo Institucional
com o Polo Industrial de Itaquera — Polo Econômico
que terá suas atividades incrementadas —, além de
promover a requalificação ambiental (por meio do
aumento de parques e áreas verdes na região), a
melhoria do sistema de drenagem e o incentivo à
construção de habitações de interesse social (mínimo
de 15% dos recursos provenientes da venda de
CEPACs serão destinados para provisão habitacional).
Dessa forma, as intervenções vão trazer progresso para
a região, permitir um melhor uso da infraestrutura e
do sistema de transporte existente e a ser implantado
com o estímulo à atividade econômica, permitindo
que a população da região tenha a oportunidade de
encontrar oportunidades de trabalho na própria zona
leste, evitando assim os deslocamentos para outras
regiões da cidade.
DESENVOLVIMENTO URBANO E ECONÔMICO
NA REGIÃO LESTE, TORNANDO ITAQUERA
UM POLO TECNOLÓGICO E INSTITUCIONAL
CEPACS COMO FINANCIAMENTO PARA HABITAÇÃO
SOCIAL | NOVOS PARQUES LINEARES | POLO
INSTITUCIONAL ITAQUERA | OPORTUNIDADES DE
EMPREGO E SERVIÇOS PÚBLICOS MAIS PRÓXIMOS
| URBANIZAÇÃO DE COMUNIDADES
16
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA
FARIA LIMA
OPERAÇÃO URBANA QUE CONSOLIDA
PARTE DO NOVO DISTRITO DE NEGÓCIOS
DA CIDADE, ATENDE AOS MORADORES EM
FAVELAS DA REGIÃO E REORGANIZA OS
FLUXOS DA REGIÃO SUDOESTE
A Operação Urbana Consorciada Faria Lima
(Lei nº11.732/1995) compreende 650 hectares e
está situada na região sudoeste do município de São
Paulo. Tem por objetivos principais reorganizar os
fluxos de tráfego particular e coletivo ao implantar
o prolongamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima
interligando-a às avenidas Pedroso de Moraes e Hélio
Pelegrino até alcançar a Avenida República do Líbano,
além de construir terminal multimodal junto a estações
da CPTM e Metrô. Também são objetivos importantes da
Operação promover a reurbanização do Largo da Batata
e urbanizar as favelas em seu perímetro, ou entorno
imediato. Sua adequação ao Estatuto da Cidade resultou
na Lei nº13.769/04. Os recursos auferidos a partir
das propostas de participação na Operação Urbana
Consorciada Faria Lima, incluindo outorga e CEPAC,
foram investidos nas seguintes intervenções a partir
de 2005: prolongamento da Avenida Hélio Pellegrino e
implantação de avenida duplicada no eixo formado pela
Rua Funchal e Rua Haroldo Veloso; reconversão urbana
do Largo da Batata/Terminal Capri (Fase 1); HIS Real
Parque (em obras), que já beneficiou 337 famílias de
um total previsto de 1.250, além dos investimentos em
parceria com o Governo do Estado de São Paulo nas
obras da Linha 4 Amarela do Metrô.
Restando ainda intervenções a executar, bem como
estoque disponível no perímetro da operação, foi
apresentado Projeto de Lei (PL) que permite a
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
emissão de novos CEPACs vinculados ao estoque
existente da Operação, estoques esses aprovados
anteriormente pela Lei nº13.769/04. O PL resultou na
Lei nº15.519 de 29/12/2011. De acordo com esta
nova Lei, o total de CEPACs da Operação Urbana Faria
Lima passou de 650 mil para 1 milhão de títulos, ou
seja, foram adicionados 350 mil títulos. O Programa
de Intervenções da operação urbana também foi
incrementado com a previsão de implantação de
sistema de transporte não poluente no eixo da Avenida
Brigadeiro Faria Lima. Entre as obras a se contemplar,
a partir dos recursos auferidos em nova distribuição
de CEPACs, figuram a implantação de ciclovias e de
sistema de transporte coletivo não poluente no eixo da
Avenida Brigadeiro Faria Lima, além da implantação
de Habitações de Interesse Social e do Boulevard
Juscelino Kubitscheck.
650 MIL CEPACS JÁ NEGOCIADOS |
350 MIL NOVOS TÍTULOS DE CEPAC A SEREM
NEGOCIADOS | IMPLANTAÇÃO DE TRANSPORTE
NÃO POLUENTE | MELHORIAS VIÁRIAS |
REURBANIZAÇÃO DO LARGO DA BATATA
17
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA
VILA SÔNIA
PROJETO ESTRUTURADO EM TRÊS EIXOS
ESTRATÉGICOS: PROMOÇÃO DE MELHORIAS
SOCIAIS, REALIZAÇÃO DE VALORIZAÇÃO
AMBIENTAL E PROMOÇÃO DE TRANSFORMAÇÕES
URBANÍSTICAS ESTRUTURAIS
Prevista no Plano Diretor Estratégico do município, a
Operação Urbana Consorciada Vila Sônia (OUCVS) possui
área de intervenção correspondente a 673 hectares,
distribuídos ao longo do traçado da Linha 4 (amarela) do
Metrô, como maneira de disciplinar a intensa ocupação
que deve decorrer da implantação da nova linha do metrô.
Em função das recomendações do Estudo de Impacto
Ambiental, e de contribuições da comunidade, esta
Operação Urbana vem sendo aperfeiçoada desde então.
Em 2010 foram realizados novos estudos de mobilidade,
transporte e sistema viário em conjunto com a Companhia
de Engenharia de Tráfego (CET). Os estudos mostraram
uma necessidade de abordar a questão para além dos
limites da Operação Urbana Consorciada, tornando
necessário identificar quais as principais obras viárias
para a região do Butantã, priorizando três intervenções:
melhoramentos no cruzamento da Rodovia Raposo
Tavares com a Rua Alvarenga, transposição norte-sul em
túnel (com novo traçado em função dos impactos locais)
e melhoramentos na Avenida Escola Politécnica (incluindo
nova ponte de acesso à marginal do Rio Pinheiros).
Também foi elaborado um complemento ao Estudo de
Impacto Ambiental (EIA-RIMA) da Operação, incluindo
os estudos supracitados e abordagem atualizada com
relação aos parques, áreas verdes e habitação de interesse
social (em consonância com o novo Plano Municipal de
Habitação), para posterior apreciação pelo CADES. As
propostas apresentadas foram objeto de interação com
a sociedade, por meio de reuniões, e preveem melhorias
sociais que se darão principalmente com a implantação de
Programa Habitacional de Interesse Social e urbanização
de assentamentos precários nas ZEIS do Jardim Jaqueline
e Vale da Esperança.
Ao menos 30% dos recursos arrecadados pela Operação
Urbana Consorciada serão destinados para essa
finalidade, demonstrando a prioridade da Prefeitura com
relação à questão social e de moradia. Na proposta original
estava previsto o patamar mínimo de 12% da arrecadação
18
NOVAS ÁREAS VERDES E RECUPERAÇÃO
PAISAGÍSTICA DOS PARQUES | RECUPERAÇÃO
URBANA DOS PRINCIPAIS EIXOS VIÁRIOS |
URBANIZAÇÃO DE COMUNIDADES | OCUPAÇÃO E
ADENSAMENTO PLANEJADOS | NOVA RODOVIÁRIA
| ESTAÇÕES DE METRÔ DA LINHA 4 AMARELA
TÚNEL SOB O PARQUE PREVIDÊNCIA | CICLOVIAS
estimada na Operação Urbana. No eixo da valorização
ambiental, propõe outra novidade para a comunidade,
a implantação de novos parques (Chácara do Jóckey e
Chácara da Fonte), ampliando as áreas verdes da região.
Ainda prevê a recuperação e integração entre os Parques
da Previdência e Luís Carlos Prestes, além da implantação
do parque linear ao longo do Córrego do Charque Grande e
da recuperação do Parque Raposo Tavares. Outro aspecto
amplamente discutido com a comunidade durante os
encontros foi a mudança do traçado do túnel referente a
transposição norte-sul de forma a minimizar seu impacto.
Previsto no PDE, tem o objetivo de melhorar a articulação
viária e a integração urbana da região, sobretudo entre os
modos de transporte (terminal de integração na estação
Morumbi do Metrô). Considerada uma intervenção viária
estrutural, vai permitir uma nova ligação conectando as
Avenidas Jorge João Saad e Corifeu de Azevedo Marques.
Seu traçado foi revisto deslocando-se o emboque norte
até a Avenida Corifeu de Azevedo Marques, preservando
a Praça Elis Regina. Por ser uma intervenção estrutural
deve buscar outras formas de financiamento. Os recursos
da OUCVS somente poderão ser empregados nela depois
de garantida a destinação de recursos da OUCVS para as
demais intervenções previstas pelo projeto.
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
PLANO DE REVITALIZAÇÃO
PARQUE D. PEDRO II
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), anunciou
em maio de 2011, o projeto de revitalização do Parque
Dom Pedro II. Elaborado com apoio da Fundação para a
Pesquisa em Arquitetura e Ambiente (FUPAM), ligada à
USP, o estudo teve como objetivo sugerir as principais
diretrizes de reocupação do Parque.
O projeto é essencial para a cidade de São Paulo, pois
busca devolver para a população um espaço público
emblemático, hoje isolado, além de estabelecer
as principais diretrizes de sua reocupação. Cria
condições para o parque ser importante área de lazer
e concretiza sua vocação como nó de articulação
de transporte público da cidade e de seu entorno. O
Plano Urbanístico organiza as intervenções na área e
está baseado em ações de curto e médio prazo.
REINTEGRAÇÃO DO PARQUE À CIDADE
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
Recuperação paisagística da área interna
do Parque Dom Pedro II
As intervenções propostas serão por fases, de forma
que proporcionem uma requalificação gradual da
área. Foram demolidos os edifícios Mercúrio, São Vito
e outras pequenas edificações no entorno. A próxima
etapa inclui a construção de um pontilhão simples
sobre o Rio Tamanduateí, que dará acesso à área
central e ao atual terminal de ônibus. A licitação para
essa obra já foi concluída. A intervenção possibilitará a
demolição do Viaduto Diário Popular, considerado um
fator de descaracterização do Parque Dom Pedro II.
Na porção oeste, vizinha ao terminal de ônibus, é
proposta a construção de um centro de compras e
estacionamento público cujo objetivo principal é dar
maior dinamismo ao eixo comercial da Rua 25 de
Março, entre a Ladeira General Carneiro e a Avenida
Rangel Pestana, e recuperar a Praça Fernando Costa.
Na porção norte, na área resultante das demolições
do viaduto Diário Popular e dos edifícios São Vito e
Mercúrio, é proposta a implantação de unidades do
19
PLANO DE REINSERÇÃO E RENOVAÇÃO
DA ÁREA, COM NOVAS E MELHORES
CONEXÕES COM O ENTORNO
SESC e do SENAC, que favorecerá a integração entre
o Mercado Municipal, o Espaço Catavento e o futuro
Museu de São Paulo (na antiga Casa das Retortas),
além de oferecer um leque de serviços ao cidadão.
A unidade do SESC que será erguida no local, com
amplo leque de serviços, contará com teatro, piscina,
cinema, e demais infraestruturas de lazer. Já o SENAC
incluirá cursos de gastronomia devido à proximidade
com o Mercado Municipal.
O projeto ainda prevê a construção de dois túneis,
um em cada lado do leito do Rio Tamanduateí.
Os túneis ajudarão na transposição leste/oeste,
atualmente muito prejudicada, possibilitando que
o tráfego de passagem na Avenida do Estado seja
deslocado para essas novas opções viárias. Dentro
deste cenário, numa etapa subseqüente, haverá a
demolição de outros dois viadutos — 25 de Março e
Antonio Nakashima — criando condições para uma
reestruturação do sistema viário da região, atualmente
fragmentado. Pontilhões em nível serão propostos
para promover a extensão da Rua do Gasômetro, da
Rua Maria Domitila e da Avenida Rangel Pestana para
ajudar na transposição leste/oeste.
Na última etapa, o Terminal Urbano de ônibus Parque
Dom Pedro II e o Terminal Expresso Tiradentes
ficarão ao lado da estação Dom Pedro II do Metrô. A
mudança viabiliza a construção de um novo terminal
intermodal, que incluirá o terminal de ônibus, o
Expresso Tiradentes e a própria estação do Metrô,
criando um sistema integrado.
Complementando essa última etapa, na área onde está
atualmente o terminal de ônibus serão implantadas
20
lagoas de retenção, que além de terem uma função
paisagística, ajudarão o sistema de drenagem local,
protegendo a região de inundações. As lagoas
funcionarão ainda como purificadoras de águas, com
plantas em seu interior retirando parte da carga de
poluição difusa. Ao longo do sistema de lagoas, um
amplo boulevard conectará o terminal intermodal à
região da Rua 25 de Março.
ESPAÇOS COMUNITÁRIOS COM AMPLO LEQUE DE
SERVIÇOS À POPULAÇÃO | CENTRO COMERCIAL E
NOVAS CALÇADAS NA RUA 25 DE MARÇO | NOVO
TERMINAL ABRANGENDO TREM, ÔNIBUS E METRÔ |
LAGOA PAISAGÍSTICA | NOVO ACESSO ENTRE 25 DE
MARÇO E COLINA HISTÓRICA (PÁTIO DO COLÉGIO)
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
PLANO DIRETOR DE MACRODRENAGEM
E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
Mairiporã
Franco da Rocha
Caieiras
Mairiporã
Cajamar
Arujá
Guarulhos
Santana de Parnaíba
Itaquaquecetuba
Barueri
Poá
Osasco
Carapicuíba
Jandira
Ferraz de Vasconcelos
Cotia
Suzano
Taboão da Serra
São Caetano do Sul
Embu
Mauá
Ribeirão Pires
Diadema
Santo André
Rio Grande da Serra
Itapecerica da Serra
São Bernardo do Campo
São Lourenço da Serra
Embu-Guaçu
Cubatão
São Lourenço da Serra
Santos
Previsto no Plano Diretor Estratégico do município, o
desenvolvimento do Plano de Manejo de Águas Pluviais
do Município de São Paulo teve início em novembro de
2010 com a assinatura de contrato entre a Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) e a
Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH),
ligada à Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo. O Plano é considerado um importante instrumento
estratégico voltado para o combate às enchentes
no município de São Paulo e se desenvolve de forma
integrada com o Terceiro Plano Diretor de Macrodrenagem
da Bacia do Alto Tietê. Introduz novos paradigmas para
o planejamento da cidade, relacionados com a questão
da drenagem. O Plano Diretor de Drenagem e Manejo de
Águas Pluviais do Município de São Paulo (PDDMAPSP)
se assenta em três pilares: Manual de Drenagem Urbana,
Programas de Drenagem das Bacias do município de
São Paulo e Regulamentação do Uso e Ocupação do
Solo inseridos no contexto de revisão do Plano Diretor
Estratégico (PDE).
São Vicente
Juquitiba
Itanhaém
Praia Grande
Mongaguá
BACIAS HIDROGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
INSTRUMENTO ESTRATÉGICO VOLTADO
PARA O COMBATE ÁS ENCHENTES
DO MUNICÍPIO E BASE PARA UM
PLANEJAMENTO DA CIDADE COM
RELAÇÃO À QUESTÕES DE DRENAGEM
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
Nesse sentido, o conjunto de iniciativas desenvolvidas
procura incorporar soluções para o grave desequilíbrio
estrutural que o rápido e intenso processo de
urbanização introduziu nas dinâmicas das águas na
cidade. O plano apresentado busca estruturar uma
estratégia capaz de reverter este quadro e de apontar
as principais etapas e as iniciativas que façam de
São Paulo, na sua relação com as águas, uma cidade
mais próxima daquela que queremos deixar para as
próximas gerações.
Manual de Drenagem Urbana
O Manual de Drenagem de São Paulo tem como
objetivo orientar e subsidiar os profissionais da PMSP,
prestadores de serviço e empreendedores que atuam
nas áreas de:
• Planejamento e projetos de drenagem urbana (orientar);
• Planejamento e controle do uso do solo (subsidiar);
• Projeto, análise e aprovação de novos
empreendimentos (subsidiar).
21
Para atingir esse objetivo, o manual estabelece critérios
de planejamento, projeto e controle de intervenções
referentes à drenagem e ao manejo de águas pluviais,
tais como:
• Tratamento da drenagem urbana por bacias;
• Influência das vazões das bacias nos corpos
hídricos que as recebem;
• Variáveis hidrológicas regionalizadas;
• Elementos hidráulicos para os projetos de sistemas
de controle de drenagem na fonte, microdrenagem
e macrodrenagem;
• Controle da qualidade da água pluvial etc.
Programas de Drenagem das Bacias do município
de São Paulo
Os objetivos dos programas de drenagem para cada
bacia são os de diagnosticar e analisar o atual
sistema de macrodrenagem para cada uma delas
e propor um conjunto hierarquizado de soluções
estruturais e não estruturais capazes de reduzir os
efeitos das cheias com resultados para horizontes
de curto, médio e longo prazo. Os programas deverão
considerar implantação de medidas de curto (até 5
anos), médio (até 15 anos) e longo prazo (até 2040),
acompanhadas de análises de custo-benefício e de
avaliação ambiental estratégica.
Além disso, fornecerão subsídios para a implantação
de um sistema de gestão sustentável do sistema de
águas pluviais e para a articulação das ações de
drenagem com o planejamento territorial e serviços
de saneamento básico do município de São Paulo.
PRESERVAÇÃO DE LINHAS DE DRENAGEM |
MANUTENÇÃO DE CÓRREGOS E CANAIS |
SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA CONSERVAÇÃO
DE MANANCIAIS | RECUPERAÇÃO DE ÁREAS
ESTRATÉGICAS
A execução dos programas de drenagem se inicia com
seis bacias selecionadas, consideradas prioritárias
(Rio Aricanduva, Rio Cabuçu de Baixo, Córrego do
Cordeiro e Dreno do Brooklin, Córrego Morro do S,
Córregos Verde I e II e Córrego do Ipiranga). Após a
conclusão desses programas, eles servirão de subsídio
para desenvolvimento de estudos (programas) das
demais sub-bacias do município.
Os principais produtos dos programas de drenagem
de cada sub-bacia serão: cartografia básica
georreferenciada, modelos computacionais de
simulação hidrológica e hidráulica, mapeamento das
áreas de inundação para diversos riscos hidrológicos,
programa de controle de cheias e portfólio hierarquizado
de medidas estruturais.
22
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
POLO INSTITUCIONAL E TECNOLÓGICO
ITAQUERA
POLO INSTITUCIONAL VOLTADO
À FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO
PROFISSIONAL NA ZONA LESTE
O projeto também prevê a adequação do sistema
viário do entorno, compatibilizando elementos de
escala local, regional e metropolitana, buscando
promover uma ocupação confortável para o pedestre
e priorizando a acessibilidade por transporte público
coletivo de massa (Metrô e CPTM).
Outro grande projeto direcionado para a Zona Leste é
o Polo Institucional Itaquera, que faz parte do Plano de
Desenvolvimento da Zona Leste. A Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Urbano (SMDU), por meio da
Assessoria Técnica de Operação Urbana, desenvolveu
estudos urbanísticos para a área que abrange todo
o entorno do pátio de manobras do Metrô Itaquera.
Esta área conta com grande oferta de glebas públicas
desocupadas, em área de privilegiada acessibilidade.
Foi então desenvolvido programa para implantação de
equipamentos públicos, para atendimento direto às
demandas da região, a serem viabilizadas por meio
de parcerias com instituições públicas e privadas. Um
dos objetivos é constituir um polo educacional voltado
à formação e capacitação profissional, colaborando
com o esforço para a geração de empregos.
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
Equipamentos previstos no Polo a serem viabilizados
por meio de parcerias:
• Fórum: ampliação da capacidade de atendimento
da região pelos serviços do Poder Judiciário.
• Terminal Rodoviário: a população da zona leste é
obrigada a se dirigir para o Terminal Rodoviário do
Tietê ou da Barra Funda para destinos como o litoral
do estado, região Nordeste e o Rio de Janeiro, por
exemplo. A construção do Terminal acabaria com
o que os técnicos chamam de percurso negativo.
Estará integrado à estação Itaquera (Metrô e
CPTM) e ao terminal de ônibus urbano.
• Fatec/Etec: a Faculdade de Tecnologia e a Escola
Técnica do Centro Paula Souza serão responsáveis
por capacitação e formação profissionais.
• SENAI: a unidade do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial formará mão de obra
especializada para a indústria.
• Incubadora e Laboratórios: núcleo do futuro
Parque Tecnológico da Zona Leste, com
espaços voltados ao fomento de pesquisas e ao
desenvolvimento tecnológico.
• Centro de Convenções e Eventos: abrigará feiras,
exposições e eventos, contribuindo com o
desenvolvimento econômico local.
• Batalhão da Polícia Militar: serviços de segurança
para a região.
• Obra Social/Assistencial: visando oferecer cursos
de capacitação e formação profissional.
• Parque Linear Rio Verde: área verde interligada
com o Parque do Carmo, dotada de equipamentos
23
para o lazer, além de trazer melhorias no sistema
de drenagem e estar integrada ao sistema viário
estrutural da região.
Os estudos para desenvolvimento de projetos e
implantação dos equipamentos citados, além da
elaboração de projeto preliminar para urbanização e
paisagismo do Polo (boulevard, calçadas, passarelas etc)
contam com a colaboração de outros órgãos e secretarias.
Complementando o projeto, foi firmado convenio entre
o governo de Estado e a Prefeitura para a implantação
de intervenções viárias atendendo à demanda por
acessibilidade ao Polo Institucional Itaquera e ao
Estádio do Corinthians, escolhido em 2010 para receber
o evento da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.
24
Conheça as intervenções previstas:
• Novas alças de ligação no cruzamento da Avenida
Jacu Pêssego com a Avenida José Pinheiro Borges
(Nova Radial);
• Nova avenida de ligação Norte-Sul, no trecho entre
a Avenida Itaquera e a Nova Radial, incluindo as
transposições em desnível sobre as linhas do
Metrô e da CPTM;
• Avenida articulando a ligação Norte-Sul com a
Avenida Miguel Inácio Curi, junto à adutora da
SABESP existente;
• Passagem em desnível na Rua Dr. Luis Aires
(Radial Leste), no trecho em frente às estações
do Metrô e da CTPM;
• Adequação viária no cruzamento da Avenida
Miguel Inácio Curi com a Avenida Engenheiro
Adervan Machado.
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
PARQUE TECNOLÓGICO
DA ZONA OESTE
PARCERIA COM A INDÚSTRIA E
UNIVERSIDADE | NOVO USO PARA
EXTENSA ÁREA INDUSTRIAL |
APOIO À PESQUISA | LOCALIZAÇÃO
ESTRATÉGICA | INFRAESTRUTURA
DE TRANSPORTE EXISTENTE
Localizado em área estratégica com grande
potencial de transformação, oriunda de uma antiga
área industrial, próxima ao campus da USP, o Parque
Tecnológico vai trazer atividades ligadas à tecnologia,
pesquisa e inovação por meio da articulação entre
universidades, institutos de pesquisa, faculdades
tecnológicas, escolas técnicas, setor privado e os
órgãos públicos.
A proximidade com a universidade vai estimular
a procura e o aproveitamento de profissionais, a
multiplicação de conhecimento no desenvolvimento e
aplicabilidade de novos materiais em diversas áreas
como: química fina, biologia, genética, fármacos,
fibras óticas, entre outras. Desse modo, se consolidará
um ambiente de excelência para o desenvolvimento
econômico da região da cidade de São Paulo e de
referência para a cultura da inovação do país.
Sua localização, ao lado da Universidade de São Paulo, é
fundamental para o desenvolvimento de um novo conceito
de parque tecnológico, integrado à cidade, distinto de
modelos desenvolvidos sob a forma de loteamentos
industriais que ocorrem principalmente no interior de São
Paulo, como São Carlos e São José dos Campos.
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
O Parque Tecnológico da Zona Oeste será viabilizado
por meio do estabelecimento de um convênio entre o
Governo do Estado de São Paulo (GESP) e a Prefeitura
do Município de São Paulo (PMSP). O GESP será
o responsável pelo modelo de gestão do Parque,
enquanto o município caberá a atribuição de coordenar
a intervenção do ponto de vista urbanístico e ambiental.
Uma proposta de lei municipal, ainda em
desenvolvimento, cria uma Área de Intervenção Urbana
(AIU) no local onde será instalado o Parque. Essa
AIU traz parâmetros específicos de uso e ocupação
do solo para a área, estabelecidos com base em
plano urbanístico definido pela SMDU. Este plano
contempla diretrizes de adensamento, localização de
equipamentos públicos e principais intervenções em
melhoramentos viários e infraestrutura.
UM NOVO CONCEITO DE PARQUE
TECNOLÓGICO, PRÓXIMO À USP,
ABRIGARÁ ATIVIDADES LIGADAS À
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
25
PLANO SP2040
UM PLANO DE LONGO PRAZO PARA
SÃO PAULO QUE TRAÇARÁ AS DIRETRIZES
DE POLÍTICAS, AÇÕES E PARCERIAS PARA
OS PRÓXIMOS 30 ANOS
da universidade e consultores internacionais. Conta
ainda com um conselho consultivo no qual fazem parte
23 entidades representativas dos setores econômicos,
trabalhadores, associações profissionais e associações
com atuação relevante nas questões da cidade.
O Plano SP2040 procura traçar uma visão
estratégica para a cidade, além de orientar uma
ampla transformação social, econômica, ambiental
e territorial por meio do enfrentamento dos grandes
desequilíbrios estruturais que ela apresenta. Tratase, ao mesmo tempo, de uma ferramenta, para atrair
investimentos privados e promover sinergias entre
os investimentos públicos das diferentes esferas
de governo. O SP2040 tem sido construído a partir
de um amplo diálogo com diversos segmentos da
sociedade, técnicos da administração, especialistas
CIDADE DE 30 MINUTOS | RIOS VIVOS |
INCLUSÃO SOCIAL E ESPACIAL COM O PROJETO
COMUNIDADES | MAIS ÁREAS VERDES COM O
PROJETO PARQUES URBANOS | INCENTIVO ÀS
OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS
26
O processo de construção do plano confere, força
para sua implementação, representada pelos mais
de 25 mil munícipes que participaram da consulta
pública a fim de construir a “A Cidade que Queremos”.
A visão procura consolidar os consensos e as grandes
escolhas de São Paulo para as próximas décadas. Os
desequilíbrios estruturais foram identificados como
as principais heranças do desenvolvimento da capital
paulista e que marcam os grandes desafios a serem
enfrentados, entre eles, a distribuição desigual entre
moradia e empregos e o subaproveitamento de áreas
com boa infraestrutura. Os 5 eixos que norteiam o
SP2040 (Desenvolvimento Urbano, Coesão Social,
Mobilidade e Acessibilidade, Oportunidades de
Negócios e Melhoria Ambiental) trazem objetivos,
propostas e ações para os principais temas da cidade.
Nesse contexto, temos os projetos catalisadores, que
procuram traduzir as principais diretrizes do plano em
ações concretas, transversais, com grande visibilidade
e com potencial de promover atração de investimentos.
São eles: Comunidades, Rios Vivos, Parques Urbanos,
Cidade em 30 Minutos, Polos de Oportunidades e
Cidade Aberta. O SP2040 incorpora ainda o modelo
de financiamento, que procura identificar estratégias
para viabilizar o Plano do ponto de vista dos recursos
necessários. Por último, apresenta o sistema de
gestão, indicadores e metas, com o objetivo de
oferecer as ferramentas para que a sociedade monitore
o andamento do Plano durante sua execução.
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
BAIRRO UNIVERSITÁRIO
UM DISTRITO ESPECIALMENTE
PLANEJADO PARA EXPLORAR
O POTENCIAL DE CENTRO DE
SERVIÇOS, ATENDIMENTO
MÉDICO À POPULAÇÃO E ENSINO
SUPERIOR EM MEDICINA, NO
MESMO BAIRRO
A assinatura do Protocolo de Intenções entre a Prefeitura
de São Paulo, por meio da SMDU, a Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp) e a Sociedade Paulista
para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), em
maio de 2010, forneceu o arcabouço institucional
para implantar o Bairro Universitário, cujo objetivo é
promover a concentração dos serviços de saúde de
alto nível para a população, aliados a equipamentos de
pesquisa nas ciências da vida.
O projeto incorpora e amplia as diretrizes da Área de
Intervenção Urbana (AIU) Pedro de Toledo, promovendo
o adensamento das atividades de ensino e atendimento
médico e compatibilizando-as com os serviços
públicos e seu entorno, além de melhorar as condições
ambientais, por meio da criação de espaços livres e
caminhos verdes, que serão implantados visando obter
excelentes condições de acessibilidade e mobilidade.
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
No final de 2011, foi estabelecido um novo Plano Diretor
para o Bairro, dividido em duas etapas de implantação
de equipamentos e com previsão de execução para os
próximos dez anos.
MAIS ÁREAS VERDES | PASSEIOS VERDES
PARA USUÁRIOS DA REGIÃO | PLANO DIRETOR
REGIONAL | PARCERIA ENTRE UNIFESP, SMDU
E SPDM | MELHORAMENTO DE FLUXO DE
PESSOAS E TRANSPORTE PÚBLICO
27
VALE DO ANHANGABAÚ
PLANO DE REVALORIZAÇÃO DA ÁREA DO
VALE DO ANHANGABAÚ PROMOVENDO
SEU POTENCIAL DE REFERÊNCIA CULTURAL,
HISTÓRICA E TURÍSTICA DA CIDADE
O projeto de revitalização do Vale do Anhangabaú está
no contexto da requalificação da região central de São
Paulo, um dos objetivos primordiais da administração
municipal. Suas grandes diretrizes foram propostas pela
Secretaria Municipal da Cultura e tem como principal
ancora o projeto da Praça das Artes, irradiando vida
e oferecendo serviços à população. Nesse sentido,
estudos estão sendo realizados em conjunto com
outros órgãos e secretarias da Prefeitura, para promover
uma requalificação urbana do Vale, explorando suas
vocações e a infraestrutura existente, englobando
melhorias na mobilidade, criando condições para que
eventos culturais possam acontecer no local, melhoras
no paisagismo, implantação de mobiliário urbano, entre
outras. Podemos citar como algumas diretrizes de seu
plano urbanístico:
PROMOVER EVENTOS | BARES, CAFÉS E
LIVRARIAS | PISTA DE SKATE | ESPAÇO
PÚBLICO DIFERENCIADO | NOVA INTEGRAÇÃO
PAISAGÍSTICA
28
•
Abrir vão no Viaduto do Chá, que irá permitir que
pedestre tenha acesso melhorado para o Vale,
além de permitir circulação coberta entre as
galerias Prestes Maia e Rua Formosa;
•
Implantar atividades que possibilitem o uso
diuturno do Vale, como por exemplo: bares,
cafés, livrarias, abrigados sob estruturas leves e
removíeis. Criar áreas de concentração de público
para visualização do arco do Viaduto do Chá a ser
aproveitado eventualmente como estrutura para
instalação de palco e projeções;
•
Tratamento de piso e paisagismo para integração
do Boulevard São João com o Vale, desde a Praça
Antonio Prado até o Largo do Paiçandu;
•
Instalação de conjunto de mobiliário urbano, com
desenho especial de modo a criar ambientes
diferenciados.
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
ÁREA DE INTERVENÇÃO URBANA
VILA PRUDENTE
PROPOSTA DE NOVO PROJETO URBANÍSTICO
PARA A REGIÃO, PROPORCIONANDO AMPLIAÇÃO
DOS ESPAÇOS DE USO PÚBLICO COM
TRATAMENTO PAISAGÍSTICO E CAPACIDADE DE
SUPORTE À REDE VIÁRIA ESTRUTURAL
Como exemplo do modelo conceitual de requalificação do
entorno das estações de metrô pode-se citar a proposta
da Área de Intervenção Urbana (AIU) — Vila Prudente,
que propõe a reurbanização de algumas quadras no
entorno da estação de modo a propiciar a construção
de um boulevard interligando a estação Tamanduateí à
estação Vila Prudente, criando um caminho arborizado
convidativo para o percurso do pedestre e para estímulo
das alterações de uso com fachadas ativas.
O projeto urbano também propõe a separação do
tráfego geral de passagem da Avenida Professor LuÍs
Inácio de Anhaia Melo do caminho de pedestre que dá
acesso às estações do metrô, monotrilho e terminais
de ônibus. Esta estação é singular por ser intermodal,
estabelecendo conexões com a Linha 2 Verde e a futura
linha 15 (branca) de Vila Prudente até Tiquatira, com o
PROJETOS URBANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO 2009-2012
expresso Parque Dom Pedro até Vila Prudente e a sua
continuidade em monotrilho até a Cidade Tiradentes.
Nesta estação haverá ainda conexão com o Terminal
de ônibus Paes de Barros e com o Terminal de ônibus
intermunicipais da EMTU.
As transformações urbanísticas por meio da
implantação do Projeto Urbanístico Específico (PUE)
garantem o aumento de densidade demográfica
para diferentes faixas de renda e perfil familiar e de
emprego com qualidade ambiental, na medida em que
se projeta a ampliação dos espaços de uso público,
em especial áreas verdes com tratamento paisagístico
e ampliação da capacidade de suporte da rede viária
estrutural. Dessa forma, reforça-se o seu caráter de
centralidade importante da região leste.
BOULEVARD INTERLIGANDO AS ESTAÇÕES DE
METRÔ | REFORÇAR O CARÁTER DE CENTRO
DE BAIRRO DA VILA PRUDENTE | AUMENTAR A
DENSIDADE DEMOGRÁFICA E DE EMPREGO DA
REGIÃO | CALÇADAS CONVIDATIVAS E ARBORIZADAS
PROPORCIONANDO MELHOR QUALIDADE AMBIENTAL
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INTERVENÇÕES URBANAS
TRANSFORMANDO O ESPAÇO URBANO
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IMAGENS
acervos SMDU e SP Urbanismo
página 9 — SMSP, página 28 — SPTuris
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