5º ACREDITA MINAS BELO HORIZONTE, 7 DE NOVEMBRO DE 2014 MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE: O PAPEL DA ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE COMO ELEMENTO-CHAVE NA VIABILIDADE DO SISTEMA EUGENIO VILAÇA MENDES A TRANSIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE • ELAS SE DÃO NO CONTEXTO DOS SISTEMAS DE SAÚDE POR MEIO DE QUATRO MOVIMENTOS DE TRANSIÇÃO CONCOMITANTES: A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL TRANSIÇÃO TECNOLÓGICA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA A A • ELAS SINALIZAM PROPECTIVAMENTE PARA UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE COM PARTICIPAÇÃO RELATIVA CRESCENTE DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS, ESPECIALMENTE DAS DOENÇAS CRÔNICAS, NA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • ELAS DETERMINAM UMA TRANSIÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE: DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS PARA AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL BRASIL: Distribuição da população por grupos etários (%), 1950-2050 100% 3 3.9 5.5 9.6 90% 22.5 80% 70% 55.5 55.8 64.9 60% 70.4 50% 62.8 40% 30% 20% 4 1. 6 40.3 29.6 10% 20.1 14 . 7 0% 1950 1975 2000 2020 2050 0-‐14 15-‐64 65+ Fontes: IBGE. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 1980-2050. Revisão 2004. Rio de Janeiro, IBGE, 2004 Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011 A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL 1974-2009 POPULAÇÃO ADULTA POPULAÇÃO DE 5 A 9 ANOS Fonte: Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011 A TRANSIÇÃO TECNOLÓGICA: O PARADOXO DA TECNOLOGIA MÉDICA OS AVANÇOS NA CIÊNCIA E TECNOLOGIA TÊM MELHORADO A HABILIDADE DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE EM DIAGNOSTICAR E TRATAR AS CONDIÇÕES DE SAÚDE, MAS O ALTO VOLUME DAS TECNOLOGIAS DESENVOLVIDAS SUPERA A CAPACIDADE DOS SISTEMAS EM APLICÁ-LAS DE FORMA RACIONAL Fonte: Smith M et al. Best care at lower cost: the path to continuously learning health care in America. Washington, Institute of Medicine, The National Academies Press, 2013 O LADO POSITIVO DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA MÉDICA: O TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E DO CÂNCER Fontes: Nabel EG, Braunwald E. A tale of coronary artery disease and myocardial infarction. New England Journal of Medicine. 366: 54-63, 2012 DeVita Jr VT, Rosenberg AS. Two hundred years of cancer research. New England Journal of Medicine, 366:2207-2214, 2012 O LADO NEGATIVO DA INCORPORAÇÃO E DO USO DA TECNOLOGIA MÉDICA “OS ESTADOS UNIDOS GASTAM COM INTERVENÇÕES MÉDICAS DESNECESSÁRIAS 30% A 50% DO GASTO TOTAL EM SAÚDE, O QUE SIGNIFICA ENTRE 500 A 700 BILHÕES DE DÓLARES ANUAIS E ESSES PROCEDIMENTOS INJUSTIFICADOS SÃO RESPONSÁVEIS POR 30 MIL MORTES A CADA ANO” (Brownlee, 2008). Fontes: Brownlee S. Overtreated: why too much medicine is making us sicker and poorer. New York, Bloomsbury USA, 2007 Welch HG, Schwartz LM, Woloshin S. Overdiagnosed: making people sick in the pursuit of health. Boston, Beacon Press, 2011 A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA PERDIDOS AJUSTADOS POR INCAPACIDADE (DALYs)- BRASIL, 1998 GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO 1: 23,6% Doenças infecciosas e causas maternas e perinatais GRUPO 2: 66,2% Doenças crônicas GRUPO 3: 10,2% Causas externas Fonte: Schramm M et al. Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 9: 897-908, 2004 A SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL: A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS • UMA AGENDA NÃO CONCLUÍDA DE INFECÇÕES, DESNUTRIÇÃO E PROBLEMAS DE SAÚDE REPRODUTIVA • O CRESCIMENTO DAS CAUSAS EXTERNAS • A FORTE PREDOMINÂNCIA RELATIVA DAS DOENÇAS CRÔNICAS E DE SEUS FATORES DE RISCOS, COMO TABAGISMO, INATIVIDADE FÍSICA, USO EXCESSIVO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E ALIMENTAÇÃO INADEQUADA Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. A TRANSIÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE • OS SISTEMAS FRAGMENTADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE • OS SISTEMAS INTEGRADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE: AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. AS CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE • ORGANIZADO POR COMPONENTES ISOLADOS • ORGANIZADO POR NÍVEIS HIERÁRQUICOS • ORIENTADO PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E AOS EVENTOS AGUDOS DECORRENTES DE AGUDIZAÇÕES DE CONDIÇÕES CRÔNICAS • VOLTADO PARA INDIVÍDUOS • O SUJEITO É PACIENTE • O SISTEMA É REATIVO • ÊNFASE EM AÇÕES CURATIVAS E REABILITADORAS • ÊNFASE NO CUIDADO PROFISSIONAL DO MÉDICO • GESTÃO DA OFERTA • PAGAMENTO POR PROCEDIMENTOS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. A REGRA DA METADE NA ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS 100 90 100% 80 70 60 50% 50 Série1 40 25% 30 12,5% 20 10 0 1 2 3 4 • CASOS TOTAIS • CASOS DIAGNOSTICADOS • CASOS CONTROLADOS • CASOS COM PROGRAMAS DE PREVENÇÃO FONTE: Hart JT. Rules of halves: implications of increasing diagnosis and reducing dropout for future workloads and prescribing costs in primary care. British Medical Journal. 42: 116-119, 1992. O CONTROLE DO DIABETES NO BRASIL • • • • • • APENAS 10% DOS PORTADORES DE DIABETES TIPO 1 APRESENTARAM NÍVEIS GLICÊMICOS CONTROLADOS APENAS 27% DOS PORTADORES DE DIABETES TIPO 2 APRESENTARAM NÍVEIS GLICÊMICOS CONTROLADOS 45% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM SINAIS DE RETINOPATIAS 44% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM NEUROPATIAS 16% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM ALTERAÇÕES RENAIS GASTO PER CAPITA/ANO EM SAUDE: US 721,00 NOS ESTADOS UNIDOS • • • • • • • 17,9 MILHÕES DE PORTADORES DE DIABETES, 5,7% MILHÕES SEM DIAGNÓSTICO (32%) APENAS 37% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM NÍVEIS GLICÊMICOS CONTROLADOS 35% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM SINAIS DE RETINOPATIAS 58% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM DOENÇAS CARDIOVASCULARES 30% A 70% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM NEUROPATIAS 15% DOS PORTADORES DE DIABETES SUBMETERAM-SE A AMPUTAÇÕES GASTO PER CAPITA/ANO EM SAUDE: US 7.164,00 Fontes: Dominguez BC. Controle ainda é baixo no Brasil. RADIS, 59: 11, 2007. National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Disease. National Diabetes Statistics 2007. Disponível em: www.diabetes.niddk.gov World Health Organization. World Health Statistics 2011. Geneva, WHO, 2011 O PROBLEMA A INCOERÊNCIA ENTRE UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE QUE COMBINA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E TRANSIÇÃO NUTRICIONAL ACELERADAS E TRIPLA CARGA DE DOENÇA, COM FORTE PREDOMINÂNCIA DE CONDIÇÕES CRÔNICAS, E UM SISTEMA FRAGMENTADO DE SAÚDE QUE OPERA DE FORMA EPISÓDICA E REATIVA E QUE É VOLTADO PRINCIPALMENTE PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E ÀS AGUDIZAÇÕES DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. FONTE: MENDES (2009) A EXPLICAÇÃO DA CRISE CONTEMPORÂNEA DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE BRECHA UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DO SÉCULO XXI, COM PREDOMINÂNCIA RELATIVA DE CONDIÇÕES CRÔNICAS, SENDO RESPONDIDA SOCIALMENTE POR UM MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE DESENVOLVIDO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX QUANDO PREDOMINAVAM AS CONDIÇÕES AGUDAS 100% 90% 80% 70% 60% POR QUÊ? 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1930 1935 1940 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009 Infecciosas e parasitárias Aparelho circulatório Neoplasias Outras doenças Causas externas O DESCOMPASSO ENTRE OS FATORES CONTINGENCIAIS QUE EVOLUEM RAPIDAMENTE (TRANSIÇÕES DEMOGRÁFICA, NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E EPIDEMIOLÓGICA ) E OS FATORES INTERNOS (CULTURA ORGANIZACIONAL, RECURSOS, SISTEMAS DE INCENTIVOS, ESTILOS DE LIDERANÇA, MODELOS DE ATENÇÃO E ARRANJOS ORGANIZATIVOS) Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. A SOLUÇÃO DO PROBLEMA A SITUAÇÃO DE TRIPLA CARGA DE DOENÇA COM PREDOMÍNIO RELATIVO FORTE DE CONDIÇÕES CRÔNICAS EXIGE UM SISTEMA INTEGRADO DE SAÚDE QUE OPERA DE FORMA CONTÍNUA E PROATIVA E VOLTADO EQUILIBRADAMENTE PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS: AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. AS DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS FRAGMENTADOS E AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE SISTEMA FRAGMENTADO REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE § ORGANIZADO POR COMPONENTES ISOLADOS § ORGANIZADO POR UM CONTÍNUO DE ATENÇÃO § ORGANIZADO POR NÍVEIS HIERÁRQUICOS § ORGANIZADO POR UMA REDE POLIÁRQUICA § ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A CONDIÇÕES § ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A CONDIÇÕES AGUDAS CRÔNICAS E AGUDAS § VOLTADO PARA INDIVÍDUOS § VOLTADO PARA UMA POPULAÇÃO § O SUJEITO É O PACIENTE § O SUJEITO É AGENTE DE SAÚDE § REATIVO § PROATIVO § ÊNFASE NAS AÇÕES CURATIVAS § ATENÇÃO INTEGRAL § CUIDADO PROFISSIONAL § CUIDADO INTERDISCIPLINAR § GESTÃO DA OFERTA § GESTÃO DE BASE POPULACIONAL § FINANCIAMENTO POR PROCEDIMENTOS § FINANCIAMENTO POR CAPITAÇÃO OU POR UM CICLO COMPLETO DE ATENDIMENTO A UMA CONDIÇÃO DE SAÚDE FONTES: FERNANDEZ (2009) Fonte: Mendes EV. As redes de(2003); atenção àMENDES saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. O CONCEITO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE SÃO ORGANIZAÇÕES POLIÁRQUICAS DE CONJUNTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, VINCULADOS ENTRE SI POR UMA MISSÃO ÚNICA, POR OBJETIVOS COMUNS E POR UMA AÇÃO COOPERATIVA E INTERDEPENDENTE, QUE PERMITEM OFERTAR UMA ATENÇÃO CONTÍNUA E INTEGRAL A DETERMINADA POPULAÇÃO, COORDENADA PELA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE - PRESTADA NO TEMPO CERTO, NO LUGAR CERTO, COM O CUSTO CERTO, COM A QUALIDADE CERTA E DE FORMA HUMANIZADA E COM RESPONSABILIDADES SANITÁRIA E ECONÔMICA POR ESTA POPULAÇÃO Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. AS EVIDÊNCIAS SOBRE AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE • MELHORAM OS RESULTADOS SANITÁRIOS NAS CONDIÇÕES CRÔNICAS • DIMINUEM AS REFERÊNCIAS A ESPECIALISTAS E A HOSPITAIS • AUMENTAM A EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE • PRODUZEM SERVIÇOS MAIS CUSTO/EFETIVOS • AUMENTAM A SATISFAÇÃO DAS PESSOAS USUÁRIAS Fonte: Mendes EV. Revisão bibliográfica sobre as redes de atenção à saúde. Belo Horizonte, SESMG, 2008 OS ELEMENTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE § A POPULAÇÃO § A ESTRUTURA OPERACIONAL § OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE • OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS • OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 DUAS CARACTERISTICAS BÁSICAS NA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS • A ESTABILIZAÇÃO • O AUTOCUIDADO APOIADO Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 A ESTABILIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS HbA1c (%) CUSTO MÉDIO (EM US $) AUMENTO % 6 8.576 - 7 8.954 5% 8 9.555 11% 9 10.424 21% 10 11.629 36% Fontes: Skyler JS. Diabetes control and complications trial. Endocrinol. Metab. Clin. North Am., 25: 243-254,1996 Gilmer TP et al. The cost to health plans of poor glycemic control. Diabetes Care. 20: 1847-1853, 1997. O AUTOCUIDADO APOIADO As mudanças no autocuidado apoiado objetivam preparar e empoderar as pessoas usuárias para que autogerenciem sua saúde e a atenção à saúde prestada. Isso se faz por meio de: Ênfase no papel central das pessoas usuárias no gerenciamento de sua própria saúde; Uso de estratégias de apoio para o autocuidado que incluam a avaliação do estado de saúde, a fixação de metas a serem alcançadas, a elaboração dos planos de cuidado, as ações de resolução de problemas e o monitoramento; Organização dos recursos das organizações de saúde e da comunidade para prover apoio ao autocuidado dos usuários. Fonte: Improving chronic illness care. The chronic care modelo. Disponível em: http://www.improvingchroniccare.org, acesso em dezembro de 2010 OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS • O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA • O MODELO DA PIRÂMIDE DE RISCO • UM MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS PARA O SUS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA (CHRONIC CARE MODEL) Fonte: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998 (Direito de uso de imagem concedido pelo American College of Physicians/Tradução de responsabilidade do autor) AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA • • • • • • • ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE A organização da atenção às condições crônicas é parte do plano estratégico da organização; Os líderes da organização dão suporte à implantação do modelo; Os processos de melhoria da atenção às condições crônicas estão integrados nos programas de qualidade da organização. DESENHO DA ATENÇÃO À SAÚDE Há uma clara divisão de papéis na equipe multidisciplinar em função dos estratos de risco das condições crônicas; Há oferta da atenção programada e não programada; Há oferta regular da atenção programada, individual e em grupo; Utilizam-se regularmente novas tecnologias de encontros clínicos não individuais SUPORTE ÀS DECISÕES Utilizam-se regularmente as diretrizes clínicas; A APS está integrada com os especialistas que dão suporte às suas ações; Há um sistema regular de educação permanente dos profissionais de saúde; Há uma oferta regular de educação em saúde para as pessoas usuárias. Fonte: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998 AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA • AUTOCUIDADO APOIADO • • Utilizam-se rotineiramente os instrumentos de autocuidado apoiado; Há um plano de autocuidado apoiado elaborado, em conjunto, pela equipe de saúde e pela pessoa usuária, com metas pactuadas; O plano de autocuidado apoiado é monitorado regularmente; A equipe multidisciplinar está capacitada para apoiar a pessoa usuária no seu autocuidado. • • • SISTEMA DE INFORMAÇÃO CLÍNICA • Há um prontuário clínico eletrônico capaz de gerar o registro das pessoas usuárias por condições de saúde e por estratos de risco; O prontuário clínico eletrônico é capaz de prover lembretes e alertas para as pessoas usuárias e para os profissionais de saúde e contém informações necessárias para elaborar e acompanhar o plano de cuidado; O prontuário clínico eletrônico é capaz de dar feedbacks para a equipe de saúde e para as pessoas usuárias. • • • RECURSOS DA COMUNIDADE • Há uma ligação estreita entre os serviços de saúde e as organizações da comunidade que possam prover serviços complementares; Há um Conselho Local de Saúde que faz o controle social efetivo das unidades de saúde, incluindo a elaboração e o monitoramento da programação. • Fonte: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998 O MODELO DA PIRÂMIDE DE RISCO Fontes: Department of Health. Supporting people with long-term conditions: a NHS and social care model to support local innovation and integration. Leeds, Long Term Conditions Team Primary Care/Department of Health, 2005 Porter M, Kellogg M. Kaiser Permanente : an integrated health care experience. Revista de Innovacion Sanitaria y Atencion Integrada. 1:1, 2008 O MODELO DA DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE DE DAHLGREN E WHITEHEAD Fonte: Dahlgren G, Whitehead M. Policies and strategies to promote social equity in health. Stocolm, Institute for Future Studies, 1991. O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) Nível 3 Gestão de C aso Gestão da Condição de Saúde 1- 5% de pessoas com condições altamente complexas Nível 2 20-30% de pessoas com condições complexas Nível 1 Autocuidado Apoiado 70-80% de pessoas com condições simples Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 O DECÁLOGO DE CHRIS HAM PARA OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DE ALTA PERFORMANCE EM CONDIÇÕES CRÔNICAS • • • • • • • • • • COBERTURA UNIVERSAL AUSÊNCIA DE PAGAMENTO DIRETO NO PONTO DE ATENÇÃO FOCO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS APOIO ÀS PESSOAS USUÁRIAS, CUIDADORES E FAMÍLIAS PARA O AUTOCUIDADO PRIORIDADE PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE GESTÃO DE BASE POPULACIONAL COORDENAÇÃO E CONTINUIDADE DA ATENÇÃO SUPORTE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COORDENAÇÃO EFETIVA DO CUIDADO ESTAS CARACTERÍSTICAS DEVEM SER INTEGRADAS NUM TODO COERENTE, OU SEJA, EM REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Ham C. The ten characteristics of the high-performing chronic care system. Health Economics, Policy and Law, 5: 71-90, 2010 DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD GRATUIDO EM: www.conass.org.br