5º ACREDITA MINAS
BELO HORIZONTE, 7 DE NOVEMBRO DE 2014
MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE:
O
PAPEL DA ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À
SAÚDE COMO ELEMENTO-CHAVE NA
VIABILIDADE DO SISTEMA
EUGENIO VILAÇA MENDES
A TRANSIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE
•  ELAS SE DÃO NO CONTEXTO DOS SISTEMAS DE SAÚDE POR
MEIO DE QUATRO MOVIMENTOS DE TRANSIÇÃO
CONCOMITANTES:
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
TRANSIÇÃO TECNOLÓGICA
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
A
A
•  ELAS SINALIZAM PROPECTIVAMENTE PARA UMA SITUAÇÃO
DE SAÚDE COM PARTICIPAÇÃO RELATIVA CRESCENTE DAS
CONDIÇÕES CRÔNICAS, ESPECIALMENTE DAS DOENÇAS
CRÔNICAS, NA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
•  ELAS DETERMINAM UMA TRANSIÇÃO DOS SISTEMAS DE
ATENÇÃO À SAÚDE: DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS PARA
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL
BRASIL: Distribuição da população por grupos etários (%), 1950-2050
100%
3
3.9
5.5
9.6
90%
22.5
80%
70%
55.5
55.8
64.9
60%
70.4
50%
62.8
40%
30%
20%
4 1. 6
40.3
29.6
10%
20.1
14 . 7
0%
1950
1975
2000
2020
2050
0-­‐14
15-­‐64
65+
Fontes:
IBGE. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 1980-2050. Revisão 2004. Rio de Janeiro, IBGE, 2004
Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011
A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL
1974-2009
POPULAÇÃO ADULTA
POPULAÇÃO DE 5 A 9 ANOS
Fonte: Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011
A TRANSIÇÃO TECNOLÓGICA:
O PARADOXO DA TECNOLOGIA MÉDICA
OS AVANÇOS NA CIÊNCIA E TECNOLOGIA TÊM MELHORADO
A HABILIDADE DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE EM
DIAGNOSTICAR E TRATAR AS CONDIÇÕES DE SAÚDE, MAS O
ALTO VOLUME DAS TECNOLOGIAS DESENVOLVIDAS
SUPERA A CAPACIDADE DOS SISTEMAS EM APLICÁ-LAS DE
FORMA RACIONAL
Fonte: Smith M et al. Best care at lower cost: the path to continuously learning health care in America. Washington,
Institute of Medicine, The National Academies Press, 2013
O LADO POSITIVO DA INCORPORAÇÃO DE
TECNOLOGIA MÉDICA:
O TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO E DO CÂNCER
Fontes:
Nabel EG, Braunwald E. A tale of coronary artery disease and myocardial infarction. New England Journal of
Medicine. 366: 54-63, 2012
DeVita Jr VT, Rosenberg AS. Two hundred years of cancer research. New England Journal of Medicine,
366:2207-2214, 2012
O LADO NEGATIVO DA INCORPORAÇÃO E
DO USO DA TECNOLOGIA MÉDICA
“OS ESTADOS UNIDOS GASTAM
COM INTERVENÇÕES MÉDICAS
DESNECESSÁRIAS 30% A 50%
DO GASTO TOTAL EM SAÚDE, O
QUE SIGNIFICA ENTRE 500 A
700 BILHÕES DE DÓLARES
ANUAIS E ESSES
PROCEDIMENTOS
INJUSTIFICADOS SÃO
RESPONSÁVEIS POR 30 MIL
MORTES A CADA
ANO” (Brownlee, 2008).
Fontes:
Brownlee S. Overtreated: why too much medicine is making us sicker and poorer. New York, Bloomsbury USA, 2007
Welch HG, Schwartz LM, Woloshin S. Overdiagnosed: making people sick in the pursuit of health. Boston, Beacon Press, 2011
A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA
PERDIDOS AJUSTADOS POR INCAPACIDADE
(DALYs)- BRASIL, 1998
GRUPO I
GRUPO II
GRUPO III
GRUPO 1: 23,6%
Doenças
infecciosas e
causas maternas e
perinatais
GRUPO 2: 66,2%
Doenças crônicas
GRUPO 3: 10,2%
Causas externas
Fonte: Schramm M et al. Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva.
9: 897-908, 2004
A SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO
BRASIL:
A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS
•  UMA AGENDA NÃO CONCLUÍDA DE INFECÇÕES,
DESNUTRIÇÃO E PROBLEMAS DE SAÚDE REPRODUTIVA
•  O CRESCIMENTO DAS CAUSAS EXTERNAS
•  A FORTE PREDOMINÂNCIA RELATIVA DAS DOENÇAS
CRÔNICAS E DE SEUS FATORES DE RISCOS, COMO
TABAGISMO, INATIVIDADE FÍSICA, USO EXCESSIVO DE
ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E ALIMENTAÇÃO INADEQUADA
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
A TRANSIÇÃO DOS SISTEMAS DE
ATENÇÃO À SAÚDE
•  OS SISTEMAS FRAGMENTADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
•  OS SISTEMAS INTEGRADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE:
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
AS CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS
FRAGMENTADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
•  ORGANIZADO POR COMPONENTES ISOLADOS
•  ORGANIZADO POR NÍVEIS HIERÁRQUICOS
•  ORIENTADO PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E
AOS EVENTOS AGUDOS DECORRENTES DE AGUDIZAÇÕES
DE CONDIÇÕES CRÔNICAS
•  VOLTADO PARA INDIVÍDUOS
•  O SUJEITO É PACIENTE
•  O SISTEMA É REATIVO
•  ÊNFASE EM AÇÕES CURATIVAS E REABILITADORAS
•  ÊNFASE NO CUIDADO PROFISSIONAL DO MÉDICO
•  GESTÃO DA OFERTA
•  PAGAMENTO POR PROCEDIMENTOS
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
A REGRA DA METADE NA ATENÇÃO ÀS
DOENÇAS CRÔNICAS
100
90
100%
80
70
60
50%
50
Série1
40
25%
30
12,5%
20
10
0
1
2
3
4
•  CASOS TOTAIS
•  CASOS DIAGNOSTICADOS
•  CASOS CONTROLADOS
•  CASOS COM PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
FONTE: Hart JT. Rules of halves: implications of increasing diagnosis and reducing dropout for
future workloads and prescribing costs in primary care. British Medical Journal. 42: 116-119, 1992.
O CONTROLE DO DIABETES
NO BRASIL
• 
• 
• 
• 
• 
• 
APENAS 10% DOS PORTADORES
DE DIABETES TIPO 1
APRESENTARAM NÍVEIS
GLICÊMICOS CONTROLADOS
APENAS 27% DOS PORTADORES
DE DIABETES TIPO 2
APRESENTARAM NÍVEIS
GLICÊMICOS CONTROLADOS
45% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
SINAIS DE RETINOPATIAS
44% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
NEUROPATIAS
16% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
ALTERAÇÕES RENAIS
GASTO PER CAPITA/ANO EM
SAUDE: US 721,00
NOS ESTADOS UNIDOS
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
17,9 MILHÕES DE PORTADORES DE
DIABETES, 5,7% MILHÕES SEM
DIAGNÓSTICO (32%)
APENAS 37% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM NÍVEIS
GLICÊMICOS CONTROLADOS
35% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM SINAIS
DE RETINOPATIAS
58% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
30% A 70% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
NEUROPATIAS
15% DOS PORTADORES DE
DIABETES SUBMETERAM-SE A
AMPUTAÇÕES
GASTO PER CAPITA/ANO EM SAUDE:
US 7.164,00
Fontes:
Dominguez BC. Controle ainda é baixo no Brasil. RADIS, 59: 11, 2007.
National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Disease. National Diabetes Statistics 2007. Disponível em:
www.diabetes.niddk.gov
World Health Organization. World Health Statistics 2011. Geneva, WHO, 2011
O PROBLEMA
A INCOERÊNCIA ENTRE UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE QUE
COMBINA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E TRANSIÇÃO
NUTRICIONAL ACELERADAS E TRIPLA CARGA DE DOENÇA,
COM FORTE PREDOMINÂNCIA DE CONDIÇÕES CRÔNICAS, E
UM SISTEMA FRAGMENTADO DE SAÚDE QUE OPERA DE
FORMA EPISÓDICA E REATIVA E QUE É VOLTADO
PRINCIPALMENTE PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES
AGUDAS E ÀS AGUDIZAÇÕES DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
FONTE: MENDES (2009)
A EXPLICAÇÃO DA CRISE
CONTEMPORÂNEA DOS SISTEMAS DE
ATENÇÃO À SAÚDE
BRECHA
UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DO SÉCULO XXI,
COM PREDOMINÂNCIA RELATIVA DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS, SENDO RESPONDIDA
SOCIALMENTE POR UM MODELO DE
ATENÇÃO À SAÚDE DESENVOLVIDO NA
PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX QUANDO
PREDOMINAVAM AS CONDIÇÕES AGUDAS
100%
90%
80%
70%
60%
POR QUÊ?
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1930 1935 1940 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009
Infecciosas e parasitárias
Aparelho circulatório
Neoplasias
Outras doenças
Causas externas
O DESCOMPASSO ENTRE OS FATORES
CONTINGENCIAIS QUE EVOLUEM
RAPIDAMENTE (TRANSIÇÕES DEMOGRÁFICA,
NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E
EPIDEMIOLÓGICA ) E OS FATORES INTERNOS
(CULTURA ORGANIZACIONAL, RECURSOS,
SISTEMAS DE INCENTIVOS, ESTILOS DE
LIDERANÇA, MODELOS DE ATENÇÃO E
ARRANJOS ORGANIZATIVOS)
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
A SOLUÇÃO DO PROBLEMA
A SITUAÇÃO DE TRIPLA CARGA DE DOENÇA COM PREDOMÍNIO
RELATIVO FORTE DE CONDIÇÕES CRÔNICAS EXIGE UM SISTEMA
INTEGRADO DE SAÚDE QUE OPERA DE FORMA CONTÍNUA E
PROATIVA E VOLTADO EQUILIBRADAMENTE PARA A ATENÇÃO
ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS:
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
AS DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS
FRAGMENTADOS E AS REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE
SISTEMA FRAGMENTADO
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
§  ORGANIZADO POR COMPONENTES ISOLADOS §  ORGANIZADO POR UM CONTÍNUO DE
ATENÇÃO
§  ORGANIZADO POR NÍVEIS HIERÁRQUICOS
§  ORGANIZADO POR UMA REDE POLIÁRQUICA
§  ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A CONDIÇÕES
§  ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A CONDIÇÕES
AGUDAS
CRÔNICAS E AGUDAS
§  VOLTADO PARA INDIVÍDUOS
§  VOLTADO PARA UMA POPULAÇÃO
§  O SUJEITO É O PACIENTE
§  O SUJEITO É AGENTE DE SAÚDE
§  REATIVO
§  PROATIVO
§  ÊNFASE NAS AÇÕES CURATIVAS
§  ATENÇÃO INTEGRAL
§  CUIDADO PROFISSIONAL
§  CUIDADO INTERDISCIPLINAR
§  GESTÃO DA OFERTA
§  GESTÃO DE BASE POPULACIONAL
§  FINANCIAMENTO POR PROCEDIMENTOS
§  FINANCIAMENTO POR CAPITAÇÃO OU POR UM
CICLO COMPLETO DE ATENDIMENTO A UMA
CONDIÇÃO DE SAÚDE
FONTES:
FERNANDEZ
(2009)
Fonte: Mendes
EV. As redes de(2003);
atenção àMENDES
saúde. Brasília,
Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
O CONCEITO DE REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE SÃO ORGANIZAÇÕES
POLIÁRQUICAS DE CONJUNTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE,
VINCULADOS ENTRE SI POR UMA MISSÃO ÚNICA, POR OBJETIVOS
COMUNS E POR UMA AÇÃO COOPERATIVA E INTERDEPENDENTE, QUE
PERMITEM OFERTAR UMA ATENÇÃO CONTÍNUA E INTEGRAL A
DETERMINADA POPULAÇÃO, COORDENADA PELA ATENÇÃO PRIMÁRIA
À SAÚDE - PRESTADA NO TEMPO CERTO, NO LUGAR CERTO, COM O
CUSTO CERTO, COM A QUALIDADE CERTA E DE FORMA HUMANIZADA E COM RESPONSABILIDADES SANITÁRIA E ECONÔMICA POR ESTA
POPULAÇÃO
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
AS EVIDÊNCIAS SOBRE AS REDES DE
ATENÇÃO À SAÚDE
•  MELHORAM OS RESULTADOS SANITÁRIOS NAS CONDIÇÕES
CRÔNICAS
•  DIMINUEM AS REFERÊNCIAS A ESPECIALISTAS E A
HOSPITAIS
•  AUMENTAM A EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À
SAÚDE
•  PRODUZEM SERVIÇOS MAIS CUSTO/EFETIVOS
•  AUMENTAM A SATISFAÇÃO DAS PESSOAS USUÁRIAS
Fonte: Mendes EV. Revisão bibliográfica sobre as redes de atenção à saúde. Belo Horizonte, SESMG, 2008
OS ELEMENTOS DAS
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
§  A POPULAÇÃO
§  A ESTRUTURA OPERACIONAL
§  OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES
DE ATENÇÃO À SAÚDE
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
•  OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS
•  OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
DUAS CARACTERISTICAS BÁSICAS NA
ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
•  A ESTABILIZAÇÃO
•  O AUTOCUIDADO APOIADO
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
A ESTABILIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES
CRÔNICAS
HbA1c (%)
CUSTO MÉDIO
(EM US $)
AUMENTO %
6
8.576
-
7
8.954
5%
8
9.555
11%
9
10.424
21%
10
11.629
36%
Fontes:
Skyler JS. Diabetes control and complications trial. Endocrinol. Metab. Clin. North Am., 25: 243-254,1996
Gilmer TP et al. The cost to health plans of poor glycemic control. Diabetes Care. 20: 1847-1853, 1997.
O AUTOCUIDADO APOIADO
As mudanças no autocuidado apoiado objetivam preparar e empoderar as
pessoas usuárias para que autogerenciem sua saúde e a atenção à saúde
prestada. Isso se faz por meio de:
Ênfase no papel central das pessoas usuárias no gerenciamento de sua
própria saúde;
Uso de estratégias de apoio para o autocuidado que incluam a avaliação
do estado de saúde, a fixação de metas a serem alcançadas, a elaboração
dos planos de cuidado, as ações de resolução de problemas e o
monitoramento;
Organização dos recursos das organizações de saúde e da comunidade
para prover apoio ao autocuidado dos usuários.
Fonte: Improving chronic illness care. The chronic care modelo. Disponível em:
http://www.improvingchroniccare.org, acesso em dezembro de 2010
OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS
CONDIÇÕES CRÔNICAS
•  O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA
•  O MODELO DA PIRÂMIDE DE RISCO
•  UM MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS PARA
O SUS
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA
(CHRONIC CARE MODEL)
Fonte: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective Clinical
Practice, 1: 2-4, 1998 (Direito de uso de imagem concedido pelo American College of Physicians/Tradução de
responsabilidade do autor)
AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO
MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE
A organização da atenção às condições crônicas é parte do plano estratégico
da organização;
Os líderes da organização dão suporte à implantação do modelo;
Os processos de melhoria da atenção às condições crônicas estão integrados
nos programas de qualidade da organização.
DESENHO DA ATENÇÃO À SAÚDE
Há uma clara divisão de papéis na equipe multidisciplinar em função dos
estratos de risco das condições crônicas;
Há oferta da atenção programada e não programada;
Há oferta regular da atenção programada, individual e em grupo;
Utilizam-se regularmente novas tecnologias de encontros clínicos não
individuais
SUPORTE ÀS DECISÕES
Utilizam-se regularmente as diretrizes clínicas;
A APS está integrada com os especialistas que dão suporte às suas ações;
Há um sistema regular de educação permanente dos profissionais de saúde;
Há uma oferta regular de educação em saúde para as pessoas usuárias.
Fonte: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective
Clinical Practice, 1: 2-4, 1998
AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO
MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA
• 
AUTOCUIDADO APOIADO
• 
• 
Utilizam-se rotineiramente os instrumentos de autocuidado apoiado;
Há um plano de autocuidado apoiado elaborado, em conjunto, pela equipe de saúde e pela
pessoa usuária, com metas pactuadas;
O plano de autocuidado apoiado é monitorado regularmente;
A equipe multidisciplinar está capacitada para apoiar a pessoa usuária no seu
autocuidado.
• 
• 
• 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO CLÍNICA
• 
Há um prontuário clínico eletrônico capaz de gerar o registro das pessoas usuárias por
condições de saúde e por estratos de risco;
O prontuário clínico eletrônico é capaz de prover lembretes e alertas para as pessoas
usuárias e para os profissionais de saúde e contém informações necessárias para
elaborar e acompanhar o plano de cuidado;
O prontuário clínico eletrônico é capaz de dar feedbacks para a equipe de saúde e para as
pessoas usuárias.
• 
• 
• 
RECURSOS DA COMUNIDADE
• 
Há uma ligação estreita entre os serviços de saúde e as organizações da comunidade que
possam prover serviços complementares;
Há um Conselho Local de Saúde que faz o controle social efetivo das unidades de saúde,
incluindo a elaboração e o monitoramento da programação.
• 
Fonte: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness?
Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998
O MODELO DA PIRÂMIDE DE RISCO
Fontes:
Department of Health. Supporting people with long-term conditions: a NHS and social care model to support local innovation
and integration. Leeds, Long Term Conditions Team Primary Care/Department of Health, 2005
Porter M, Kellogg M. Kaiser Permanente : an integrated health care experience. Revista de Innovacion Sanitaria y Atencion
Integrada. 1:1, 2008
O MODELO DA DETERMINAÇÃO SOCIAL
DA SAÚDE DE DAHLGREN E WHITEHEAD
Fonte: Dahlgren G, Whitehead M. Policies and strategies to promote social equity in health. Stocolm, Institute for
Future Studies, 1991.
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES
CRÔNICAS (MACC)
Nível 3
Gestão
de C aso
Gestão da Condição
de Saúde
1- 5% de pessoas com
condições altamente
complexas
Nível 2
20-30% de pessoas com
condições complexas
Nível 1
Autocuidado Apoiado
70-80% de pessoas
com condições simples
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
O DECÁLOGO DE CHRIS HAM PARA OS
SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DE ALTA
PERFORMANCE EM CONDIÇÕES CRÔNICAS
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
COBERTURA UNIVERSAL
AUSÊNCIA DE PAGAMENTO DIRETO NO PONTO DE ATENÇÃO
FOCO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS
APOIO ÀS PESSOAS USUÁRIAS, CUIDADORES E FAMÍLIAS PARA O
AUTOCUIDADO
PRIORIDADE PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
GESTÃO DE BASE POPULACIONAL
COORDENAÇÃO E CONTINUIDADE DA ATENÇÃO
SUPORTE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
COORDENAÇÃO EFETIVA DO CUIDADO
ESTAS CARACTERÍSTICAS DEVEM SER INTEGRADAS NUM TODO
COERENTE, OU SEJA, EM REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Fonte: Ham C. The ten characteristics of the high-performing chronic care system. Health Economics, Policy and
Law, 5: 71-90, 2010
DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD GRATUIDO EM:
www.conass.org.br
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MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE: O PAPEL DA