Professor Marcello Giulian REDAÇÃO OFICIAL1 Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo. A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: "A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)". Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remontam ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no período republicano. Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público). Características da Redação Oficial A Impessoalidade (a concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade) A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União. Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que 1 Esta parte do material foi retirado do Manual de Redação da Presidência da República https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm disponível em 15/10/2006 Curso TCE - 2013 1 Professor Marcello Giulian permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. Formalidade e Padronização As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. Curso TCE - 2013 2 Professor Marcello Giulian A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização. Consulte o Capítulo II, As Comunicações Oficiais, a respeito de normas específicas para cada tipo de expediente. Concisão e Clareza A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias. O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao princípio de economia lingüística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e Recomendações2 1 – NOMENCLATURAS DE DOCUMENTOS OFICIAIS Artigo - Cada uma das divisões, ordinalmente numeradas, de lei, decreto, código, documento oficial, etc. Parágrafo – Unidade de texto escrito contendo uma idéia central, um só tópico. Inciso - subdivisão de um artigo da lei, que, por sua vez, pode ser subdividido em alíneas. Alínea - cada uma das subdivisões de um artigo de lei, decreto, contrato e similares, indicada pelos sinais a), b), c) etc. 2 – NUMERAÇÃO DE ARTIGOS – Deve ser numerado por algarismos ordinais do primeiro ao nono, e por intermédio de cardinais do décimo em diante. Art. 9º Os proprietários deste condomínio ... Art. 10. Serão proibidas atividades no pátio após ... 3 – GRAFIA DOS PARÁGRAFOS – A expressão parágrafo único, quando citada ou escrita, deve ser escrita por extenso. Quando tratar de parágrafos numerados, usa-se o símbolo apropriado § (Lei no. 5.692, de 11-8-1971.) Art. 41. A educação constitui dever da União, dos Estados ... Parágrafo único. Respondem, na forma da lei, solidariamente com o poder público ... Art. 56. Cabe à União destinar recursos ... § 1º Aos recursos federais, os Estados, ... 2 Esta parte do material foi adaptada de KASPARY, Adalberto J. Redação Oficial: normas e modelos. 16. Ed. Porto Alegre: EDITA, 2003. Curso TCE - 2013 3 Professor Marcello Giulian 4 – GRAFIA DAS DATAS a) Na designação de ano, os números cardinais devem ser escritos sem ponto ou espaço separando as classes: 2003, 2004 (adequado) 2.003, 2.004 ou 2 003, 2 004 (inadequado) b) É preferível usar hífen para separar os elementos de uma data (dia, mês, ano) ao ponto ou à diagonal: 26-12-2003 (adequado) 26.12.2003 ou 26/12/2003 (inadequado) c) Para resguardar a data contra possíveis fraudes, por questões estéticas, por exigências burocráticas, ou por características da linguagem eletrônica, é possível antepor um zero ao número indicativo do dia e do mês: 02-01-2004. d) Em atos normativos, o nome dos meses deve ser escrito por extenso, o algarismo indicativo do dia sem zero, o primeiro dia do mês deve ser indicado pelo número ordinal correspondente: 2 de janeiro de 2004, 1º de janeiro de 2004. (adequado aos atos normativos) 1 (ou 01) de janeiro de 2004. (adequados a outros documentos) 5 – TRANSLINEAÇÃO a) Por questão de estética, não se deve isolar uma vogal de palavra translineada no fim ou no início de linha: i-déia idéi-a. b) Deve-se evitar a translineação em que parte da palavra dividida lembre palavra obscena ou ridícula: a-bundar cô-mico de-putada, c) Deve-se, ao translinear palavras compostas hifenizadas, repetir o hífen na nova linha3. (...) nós chegaremos as segunda--feira (...) solicitamos encontrar--nos na repartição (...) d) O hífen da separação silábica deve ser colocado exatamente ao lado da última letra escrita, nunca embaixo dessa letra, e também não se deve dar espaço entre a última letra e o hífen nem para emparelhar a margem direita do papel. e) Não se deve dar espaços entre as letra de uma palavra com a finalidade de emparelhar a margem direita: m a r g e m (inadequado) margem (adequado) f) É errado usar determinados sinais (tapa-margem) para emparelhar a margem direita do papel. 3 Já existem autores que contestam mesmo para o uso oficial esta medida. Curso TCE - 2013 4 Professor Marcello Giulian (...) atendendo a sua solicitação // será enviado o documento com a máxima urgência (...) Observação – O tapa-margem só é permitido em documentos com finalidade de serem evitadas fraudes (Ata, por exemplo) g) Não convém translinear números relativos a valores monetários, no caso, completa-se a linha com reticências. (...) verificamos no processo que foi desviado o montante de R$ ... 18.000,00 (dezoito mil reais) das verbas que (...) Observação – Na indicação de outros conjuntos numéricos (identidade, etc.), é indiferente translinear ou não. h) É permitida a translineação de siglas. Faz-se a divisão em qualquer parte, se forem simples, ou separam-se os elementos se forem compostas: DE-TRAN, SSP-RS 6 – SINAIS DE PONTUAÇÃO – Os sinais de pontuação devem ser colocados imediatamente antes ou depois da palavra, ou seja não se deixa espaço entre o sinal de pontuação e a palavra, exceto o travessão: “Os brasileiros – trata-se de convicção generalizada – são pessoas muito criativas.” (KASPARY) 7 – SUBLINHA E SINAIS DE PONTUAÇÃO – Os sinais de pontuação não são sublinhados, com exceção do hífen de palavras compostas. (...) foi danificado o alto-falante e foram totalmente destruídos os equipamentos de filmagem do gru- po de pesquisadores (...) 8 – SUBLINHA ESPAÇO ENTRE PALAVRAS – Os espaços entre as palavras não são sublinhados. (...) foi danificado o alto-falante e foram totalmente destruídos os equipamentos de filmagem do gru- po de pesquisadores (...) Curso TCE - 2013 5 Professor Marcello Giulian 9 – DESTAQUE DE PALAVRAS E EXPRESSÕES – destacam-se expressões ou fragmentos de texto de diversas maneiras: a) b) c) d) e) f) sublinhando: As metas do Governo colocando entre aspas: “Associação Brasileira de Normas Técnicas” espaçando as letras: s e c r e t o escrevendo em caracteres maiúsculos: REGIMENTO INTERNO imprimindo em negrito: (...) no local, encontrei as provas do crime escondidas (...) mediante caracteres em itálico: (...) no local, encontrei as provas do crime escondidas (...) Observação – Não se mistura dois ou mais tipos de destaque. 10 – CARACTERES MAIÚSCULOS E ACENTUAÇÃO GRÁFICA – As palavras escritas em letras maiúsculas permanecem subordinadas às regras de acentuação gráfica. 11 – USO DA ABREVIATURA DE SENHOR – Abrevia-se a palavra senhor apenas quando for seguida de substantivo próprio ou personalizado. Sr. Otávio Sr. Diretor Srs. Diretores 12 – EMPREGO DE ASPAS a) Em transcrições ou citações parciais (parte do período, frase ou expressão), os sinais de pontuação que encerram o texto ficam fora delas. Mário Quinta, certa vez, disse que “eles passarão, eu passarinho”. b) Em transcrições ou citações integrais (período, frase ou expressão) os sinais de pontuação que encerram o período ficam dentro delas: “Densa tristeza me escurece a mente.” (BARBOSA,Rui) c) Em transcrições de apenas um parágrafo, as aspas devem ser colocadas no início e no fim do parágrafo. d) Em transcrições de diversos parágrafos, as aspas devem ser colocadas no início de cada parágrafo e no fim apenas do último parágrafo. e) Em citações feitas dentro de trechos transcritos, as aspas devem ser colocadas no início de cada linha e no fim da última linha. f) Para evitar excesso de aspas em citações internas na transcrição, usam-se aspas simples ou sublinha: “Em janeiro de 1884, Rui leva a esposa à ‘Fazenda Santa Genebra’ propriedade de genro do conselheiro Albino”. (d’Amaral) 13 – GRAFIA DE PALAVRAS E EXPRESSÕES ESTRANGEIRAS – Sempre que se fizer necessário o uso de palavras ou de expressões estrangeiras, elas devem ser escritas entre aspas ou sublinhadas (grifo da tipografia): O “Shopping Center Praia de Belas” (Shopping Center Praia de Belas) está fechado. 14 – CAIXA POSTAL E TELEFONE – Nunca são precedidos de vírgula, mesmo que omitida a abreviatura no. (número): telefone no. 3232-2895, telefone 3232-2895. Caixa postal no. 354, caixa postal 354. Curso TCE - 2013 6 Professor Marcello Giulian 15 – NOME E NÚMERO DE RUA – Põe-se vírgula depois do nome da rua, avenida, etc. (a abreviatura no. é dispensável): Rua das Rosas, 23. 16 – TRAÇO PARA ASSINATURA – O traço acima do nome do signatário é dispensável. 17 – FORMAS COMBINADAS E PARÊNTESES – Usam-se parênteses apenas em formas combinadas quando, se retirados, a leitura do novo grupo de letras resultar palavra normal: senhor(es) = senhores, doutor(a) = doutora. Procure evitar combinações como comprarei(emos), psicólogo(a) = comprareiemos, psicólogoa. 18 – DESTAQUE NO ENDEREÇAMENTO – No endereçamento interno, não se destaca o nome do destinatário. Destaca-se apenas a localidade de destino: PORTO ALEGRE – RS, NESTA CAPITAL. 19 – DESTAQUES INDEVIDOS – “Não se deve escrever inteiramente em caracteres maiúsculos o vocativo, certos fechos (atenciosamente, saudações, etc.) e o nome e o cargo ou função de quem assina a correspondência.” (KASPARY) 20 – ESPAÇO ENTRE O NÚMERO E O SÍMBOLO DA UNIDADE – Pode-se escrever o símbolo da unidade ao lado do número correspondente ou com intervalo entre eles. 20h ou 20 h 50m ou 50 m 21 – PONTUAÇÃO DO VOCATIVO – O vocativo é, na correspondência oficial, seguido de dois pontos. Excelentíssimo Senhor Presidente: Senhora Diretora: Observação – No Manual de Redação da Presidência da República/1991, adotou-se a vírgula, o que contraria o tradicional dois-pontos. Emprego dos Vocativos na Redação Oficial Vocativos em redação oficial são qualificativos que antecedem as formas de tratamento. Para Excelência: Excelentíssimo Senhor (Exmo. Sr.) ou Digníssimo (DD.) Para Eminência: Eminentíssimo Senhor (Emmo. Sr.) Para Senhoria: Ilustríssimo Senhor (Ilmo Sr.) ou Mui(to) Digno (M.D.) Para juiz: Meritíssimo (MM) Para os Tribunais de Justiça: Egrégio Para Reitor de Universidade: Magnífico 22 – ESPAÇOS IMPRÓPRIOS – Não se deve deixar espaço: antes ou depois do hífen; entre as aspas e o que está escrito dentro delas; entre os parênteses e o que está escrito dentro deles; entre uma palavra e a pontuação que a segue. Observação: O travessão fica a um espaço da palavra anterior e a seguinte. Curso TCE - 2013 7 Professor Marcello Giulian 23 – NÚMERO EM INÍCIO DE FRASE – Não se deve iniciar frase com números: 1954 foi um ano que ... (inadequado) O ano de 1954 foi um ano ... (adequado) 80 % dos candidatos ... (inadequado) Oitenta por cento dos alunos ... (adequado) 24 – ALGARISMOS ROMANOS E PONTUAÇÃO – Escrevem-se os algarismos romanos em letra maiúscula e não são seguidos de ponto: V – (5) M – (1000). Na numeração de títulos: V – Credibilidade das fontes de informação. Observação – Com algarismos cardinais, usa-se ponto ou travessão: 5. Qualidades do texto, ou 5 – Qualidades do texto. 25 – ASSINATURA POR DOIS CHEFES DE SERVIÇO – O chefe superior assina à esquerda do documento. À direita, assina o responsável pelo teor do documento. 26 – GRAFIA DOS NUMERAIS EM ATOS NORMATIVOS – Os numerais devem ser escritos por extenso quando apresentarem uma só palavra: (dez, onze, vinte, etc.). Quando formados por mais de uma palavra, escrevem-se em algarismos (21, 174, 1001, etc.). Os numerais indicativos de porcentagem seguem a mesma regra: dez por cento e 22 %. Não se usa a indicação em algarismo acompanhada da expressão por extenso. 27 – INICIAIS DO REDATOR E DO DIGITADOR/DATILÓGRAFO – Tanto as iniciais do redator quanto as do digitador/datilógrafo devem ser escritas com letras maiúsculas. 28 – PONTO ABREVIATIVO EM FINAL DE FRASE – Uma frase terminada em ponto abreviativo não recebe ponto-final, uma vez que o ponto da abreviação tem dupla função: abreviativo e final: A tarefa foi confiada à Engenharia Vila Nova Ltda. 29 – PONTUAÇÃO COM ETC. – A abreviatura etc. (e outras coisas) pode ser precedida de vírgula. 30. AS FORMAS DE TRATAMENTO NA REDAÇÃO OFICIAL Concordância Verbo, pronome oblíquo e pronome possessivo ► concorda com a terceira pessoa (do singular ou do plural) Exs.: Gostaríamos que Vossa Senhoria recebesse nossa manifestação. Gostaríamos que Vossas Senhorias recebessem nossa manifestação. A concordância é feita não com o GÊNERO GRAMATICAL das formas de tratamento e sim com o SEXO das pessoas por ela representadas. Exs.: Vossa Senhoria está sendo convidado (homem) para a cerimônia de premiação. Vossa Senhoria está sendo convidada (mulher) para a cerimônia de premiação. Como o artigo oferece um certo padrão de informalidade é proibido o seu emprego junto a um pronome de tratamento. Exs.: Lamentamos a ausência de Vossa Excelência na festividade. (adequado) Lamentamos a ausência da Vossa Excelência na festividade. (inadequado) Curso TCE - 2013 8 Professor Marcello Giulian Emprego de VOSSA e SUA VOSSA (direto) _____________________________________ SUA (indireto) _____________________________________ Emprego dos Pronomes de Tratamento na Redação Oficial PRONOME Vossa(s) Excelência(s) V.Exa V.Exas. Vossa(s) Magnificência(s) V.Maga, V.Magas Vossa(s) Senhoria(s) V.Sa, V.S as. Vossa(s) Santidade(s) V.S. , VV.SS. Vossa(s) Eminência(s) V.Ema , V.Em as. Vossa(s) Excelência(s) Reverendíssima(s) V.Exa Revma(s) Vossa(s) Reverendíssima(s) V.Revma. , V.Revmas. EMPREGO Presidente da República (o único que não admite a forma abreviada de Pron. de Trat.), Ministro, Embaixador, Governador, Secretário de Estado, Prefeito, Senador, Deputado, Juiz, General, Almirante, Brigadeiro, Presidente da Câmara de Vereadores, Membros do Ministério Público. Reitor de Universidade Qualquer autoridade ou pessoa civil Papa Cardeal Arcebispo e bispo Autoridades religiosas inferiores RELATÓRIO 1. Conceito Descrição minuciosa de fatos relevantes passados analisados com a intenção de orientar o serviço interessado ou superior imediato numa determinada ação. 2. Conteúdo Trata sempre de uma circunstância devidamente narrada. 3. Tipos Científico Econômico Jurídico Policial Investigativo 4. Estrutura do relatório a) Título Apresenta o nome do documento em letras maiúsculas: RELATÓRIO Curso TCE - 2013 9 Professor Marcello Giulian b) Invocação: Vocativo adequado ao tratamento da autoridade a quem se dirige o documento. c) Texto 1-Introdução (Não conta a numeração do parágrafo) Justificativa introdutória para a elaboração do documento. 2-Descrição Narrada dos fatos (Todos os parágrafos são contados) Descrição pormenorizada dos fatos apresentados seqüencialmente em parágrafos. Todos os parágrafos devem apresentar numeração – menos o primeiro. 3-Conclusão (analítica fundamentada na narração) Conclusão coerente de acordo com a narração exposta acima. 4-Sugestão ou recomendação Parágrafo que encerra a orientação do autor do documento para as devidas decisões da autoridade a quem o documento está sendo endereçado. d) Fecho Trata-se da apresentação das devidas formas de cortesia (opcional) e) Local e data Como o documento ofício (Ex.: Porto Alegre, 21 de março de 2002.) f) Assinatura Nome e cargo ou função da autoridade ou servidor que apresenta o relatório (podendo vir no plural no caso de mais de uma autoridade) Exemplo: RELATÓRIO Senhor Diretor-Geral: Consoante sua determinação, encaminhada a esta repartição em despacho 15 de outubro do corrente ano, passamos a relatar-lhe os acontecimentos ocorridos no dia 23 de abril último, nesta repartição. Encontrávamos cumprindo nossas atribuições funcionais, quando entrou na repartição o cidadão Rogério de Almeida Pereira, residente nesta cidade, que a nós se dirigiu solicitando informações sobre recolhimento de tributos devidos ao Estado. 2. Não estando esta repartição em condições de responder à consulta formulada, comunicamos ao referido Senhor que deveria fazê-la à Exatoria Estadual desta cidade. 3. Com isso não se conformou o referido cidadão e começou a proferir uma série de palavras de baixo calão em alto e bom som o que veio a surpreender as pessoas ali presentes. 4. O Senhor Rogério de Almeida Pereira, ao sair das dependências da repartição pública onde ocorreu o fato, jogou algumas moedas no chão em sinal de protesto proferindo injúrias contras os membros desta repartição pública. 5. Os funcionários públicos que presenciaram estes fatos foram José Arbim da Costa, Angélica Cunha, Fernando Pedrini e Carlos Roberto Muller os quais estavam desempenhando as suas tarefas comuns do exercício de suas funções. 6. Desta forma não pude verificar qualquer atitude inimigo dos funcionários desta repartição em relação ao cidadão Rogério de Almeida Pereira neste fato ocorrido no dia 23 de abril de 2005. Os registros apontam que os funcionários desta repartição é que foram alvo da agressão do Senhor Rogério. Curso TCE - 2013 10 Professor Marcello Giulian Sendo o que nos competia informar, atendendo à determinação dessa Direção-Geral, aguardamos com confiança o julgamento imparcial dos fatos pela superior administração. Porto Alegre, 28 de outubro de 2006. Pedro Américo Alves Chefe de Serviço de Pessoal Exemplo de texto para análise: Prezados Senhores, Venho, por meio desta, solicitar com muito empenho, dedicação, esforço e desejo de todo o meu ser uma oportunidade de estagiar no setor de informática desta empresa anteriormente mencionada acima. Exercícios: 1. Assinale a opção que apresenta um erro de correspondência das formas de tratamento. (A) V.Maga - Reitor (B) Ilmo. - M.D. (C) Exmo - DD. (D) Diretor do Clube - Ilmo (E) V.Exa. - Ilmo 2. Analise as assertivas abaixo. I. A forma de tratamento adequada ao Ministro do Trabalho pode ser V.Exa. e M.D. II. O vocativo DD. Fica perfeitamente adequado ao referir-se a um Procurador de Estado. III. O vocativo Mui Digno assim como o Digníssimo referem-se ao mesmo cargo público. Qual(s) as alternativas estão corretas? (A) apenas I (B) apenas II (C) apenas III (D) apenas I e II (E) I, II e III 3. Assinale a única alternativa que está correta na relação entre a forma e o cargo a que se refere. (A) Presidente da Câmara de Vereadores - Meritíssimo (B) Presidente da República – Ilustríssimo (C) Presidente do DCE da Universidade – DD. (D) Presidente do Conselho Deliberativo do Clube – M.D. (E) Diretor da Escola de Magistratura - Digníssimo ATESTADO 1. Conceito É um documento que se constitui em um ato administrativo pelo qual a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes. 2. Particularidades Curso TCE - 2013 11 Professor Marcello Giulian O atestado, ato administrativo, destina-se à comprovação de fatos ou situações passageiras que não são necessariamente constantes em livros, papéis ou documentos em poder da Administração, portanto passíveis de serem alteradas com certa freqüência. Quando se tratar de fatos ou situações permanentes e que constem em arquivos da Administração, o documento apropriado para comprovar a informação é a certidão. O atestado consiste em uma mera declaração, ao passo que a certidão é uma transcrição. 3. Partes a) Título – nome do documento b) Texto – apresentação do conteúdo da atestação (não é obrigatória a declaração da finalidade do documento, tampouco o registro de quem requer a informação). c) Local e data – cidade, dia, mês e ano da emissão do documento (é opcional o registro do nome do órgão onde a autoridade signatária do atestado exerce suas funções). d) Assinatura – nome e cargo (ou função) da autoridade signatária. MODELO ATESTADO Atesto que José Ferreira Guimarães é servidor funcionário deste Ministério, ocupando o cargo Inspetor Ambiental. Presta serviço nesta instituição desde o ano de 1993, quando ingressou no mês de janeiro, Percebendo atualmente o vencimento de R$ 5.342,00 (cinco mil e trezentos e quarenta e dois reais), da qual desconta os impostos devidos. Porto Alegre, 31 de março de 2005. Gregório Gama Diretor de Pessoal CERTIDÃO 1. Conceito “Certidão é o documento revestido de formalidades legais adequadas, mandado fornecer por autoridade competente, a requerimento do interessado, solicitado ou requerido ex oficio por autoridade administrativa ou judicial e destinado a fazer certa a existência de registro em livro, processo ou documento qualquer em poder do expedidor, referente a determinado ato ou fato, ou dar por certa a inexistência de tal registro.” (Regulamento de Correspondência do Exército – art. 174) 2. Particularidades As certidões podem ser de inteiro teor, ou resumidas, desde que apresente fielmente o que se contém no original donde foram extraídas. Quando a certidão consistir em transcrição verbum ad verbum, isto é, integral, também recebe o nome de translado. Curso TCE - 2013 12 Professor Marcello Giulian As certidões apresentam uma certa semelhança com a elaboração da ata: escrita em linhas corridas, sem emendas ou rasuras; eventuais erros podem ser ressalvados com a palavra digo ou a expressão em tempo (ao final do corpo do texto); quaisquer espaços em branco devem ser preenchidos com pontos ou outros sinais convencionais. 3. Partes a) Título – nome do documento b) Introdução – alusão ao ato que determinou a expedição do documento (poderá ser mencionado o documento ou livro donde a certidão está sendo extraída). c) Texto – efetiva descrição do que foi encontrado ou transcrição do documento original d) Fecho – termo de encerramento e assinatura dos funcionários que participaram do ato (quem lavrou o documento e quem o conferiu). e) Local e data – cidade, dia, mês e ano da expedição do ato normativo. f) Visto – da autoridade que autorizou a lavratura da certidão. MODELO CERTIDÃO CERTIFICO, em cumprimento do despacho do Senhor Diretor, exarado no Processo nº 443712, de 5 de novembro de 2005, que o Professor Pedro Zaraquiel ocupa atualmente o cargo de Diretor de Pedagogia do Distrito Federal do quadro de pessoal da Secretaria de Educação para o qual foi nomeado pelo Ato no 5 de dez de maio de mil novecentos e oitenta e cinco, tendo tomado posse e entrando em exercício na mesma data. CERTIFICO ainda que as atribuições ao referido cargo se acham enumeradas no artigo 725 da consolidação das leis trabalhistas. CERTIFICO, finalmente, que o Senhor Pedro Zaraquiel foi efetivado no cargo de Diretor de Pedagogia desde a data de sua nomeação ) dez de maio de mil novecentos e oitenta e cinco) até a data que é expedida a presente certidão. Do que, para constar, eu, Jair Bernardo Souza, Auxiliar Administrativo, extraí a presente certidão, aos três dias do mês de abril de dois mil e seis, a qual vai devidamente conferida e assinada pelo Sr. Rui Guerra, Chefe da Seção de Pessoal, e visada pelo Sr. Nei Parente, Diretor da Divisão Administrativa da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Visto: Nei Cunha, Diretor Rui Guerra Chefe da Seção de Pessoal (Dos arquivos da Secretaria de Educação, D. F.) Curso TCE - 2013 13 Professor Marcello Giulian CIRCULAR 1. Conceito “Circulares são ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados funcionários ou agentes administrativos incumbidos de certo serviço, ou de desempenho de certas atribuições em circunstâncias especiais.” (Hely Lopes Meirelles – Direito Administrativo Brasileiro) 2. Particularidades circulação – interna ao órgão ou direcionada a órgãos que tenham a mesma condição, mesma função e que pertençam a mesma categoria; objetivo – sevem para divulgar matéria de interesse geral sobre atos e fatos administrativos. 3. Partes a) Numeração – número do ato e data de expedição b) Ementa – resumo do assunto da circular (opcional) c) Vocativo – também é opcional d) Texto – apresentação do conteúdo, podendo ser dividido em parágrafos e, se necessário, em alíneas (os parágrafos devem ser numerados, exceto o primeiro) e) Fecho – cortesia (opcional) f) Assinatura – nome da autoridade, seguido do cargo que ocupa ou função que exerce MODELO CIRCULAR No 1, DE 02 DE OUTUBRO DE 2005. A fim de obter-se economia necessária uniformidade nos textos dos atos submetidos ao Senhor. Ministro da Educação, recomendo ao Senhores Secretários de Educação que, a partir desta data, ao encaminharem pedidos de exoneração o façam com estrita observância dos modelos anexos. Amanda Barbieri Assessora do Ministério de Educação Curso TCE - 2013 14 Professor Marcello Giulian INFORMAÇÃO 1. Conceito “Informação é o ato de servidor subalterno incumbido de estudo de processo, instrumento ou qualquer documento e consta do esclarecimento que se fizer necessário, a fim de que o chefe imediato possa formar juízo exato sobre o assunto e deliberar ou encaminhar o caso em tela à autoridade superior.” (Gessner P.P. de Barros – A Redação na Administração Pública). 2. Particularidades Objetivo – instruir um chefe superior; esclarecer, provar e documentar um fato objeto de processo. 3. Partes a) Designação – número do processo colocado no centro do papel (poderá constar também o número da informação). b) Ementa – resumo do assunto (deve ser redigida pelo primeiro servidor que instruir o processo); colocada no alto da página à direita. c) Vocativo - obrigatório d) Texto – dividido em três partes (os parágrafos devem ser numerados, exceto o primeiro) Introdução – histórico Apreciação – desenvolvimento Conclusão - encerramento Observação: Qualquer referência a elementos constantes do processo deve ser acompanhada da indicação do número da folha respectiva do processo. e) Fecho – deve constar Denominação do órgão do servidor que elaborou o ato (permitida a abreviação) Data Assinatura Nome do servidor por extenso, cargo e função. MODELO Informação no. SCR/554-90 Processo no R/00.000-03 Senhor Diretor do Departamento de Pessoal: Jair Gonçalves, Escrevente-Datilógrafo, AF-320.0, do Quadro único de Pessoal – Parte Permanente, desta Universidade, Com exercício na Faculdade de Medicina, solicita exoneração do referido cargo, a partir de 20 de novembro de 1974. 2. Consoante informação da Seção de Preparo de Pagamento, deste Departamento, o postulante nada deve aos cofres da União, tendo cumprido com as demais exigências legais. Curso TCE - 2013 15 Professor Marcello Giulian 3. Isso posto, de acordo com disposto no item I do artigo 33 da lei no 1.752, de 21 de outubro de 1970, nada obsta a que seja atendida a solicitação, motivo porque remetemos, em anexo, o ato necessário à efetivação da medida. À consideração de Vossa Senhoria. SCRCE, em 10 de novembro de 2003. Sandro Ferreira Chefe MEMORANDO 1. Conceito Memorando é correspondência interna entre diretores e chefes de serviço. 2. Particularidades Tem como principal característica tratar sobre assuntos rotineiros, por isso prima pela simplicidade, rapidez, clareza e objetividade. 3. Partes Sugere-se uma estrutura similar a estrutura de um ofício (por tratar-se de um ofício em miniatura). MODELO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO Memo no 324 Porto Alegre, 06 de novembro de 2005. Do: Deoclides Azambuja Ao: Genaro da Silva Assunto: Solicita informação. Senhor Sicrano de Tal: Solicitamos informar, com a possível urgência, a data em que assumiu suas funções, neste Instituto, o Escrevente-Datilógrafo Bernardo Felice, lotado nesta Diretoria. Atenciosamente, Pedro Eugênio Dias Chefe Administrativo Curso TCE - 2013 16 Professor Marcello Giulian OFÍCIO 1. Conceito “Ofícios são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e superiores, e entre a Administração e particulares em caráter oficial.” (Hely Lopes Meirelles – Direito Administrativo Brasileiro). 2. Partes a) Timbre – identifica a esfera administrativa e o órgão de onde provém o documento b) índice e número – iniciais do órgão que expede o ofício, seguidas do número de ordem do documento (colocados à margem esquerda) c) local e data – na mesma altura do índice e número (margem direita do papel) d) vocativo e) assunto – resumo assunto principal do ofício f) texto – apresentação do assunto (os parágrafos devem ser numerados, exceto o primeiro) g) fecho – encerramento de cortesia sem enumeração h) assinatura – nome do signatário com seu cargo ou função i) endereço – tratamento e designativo do cargo ou função do destinatário, seguido da localidade de destino (endereço é colocado abaixo junto à margem esquerda da folha inicial – geralmente ocupa duas ou três linhas) Observação 1: As iniciais, sigla do redator e do datilógrafo (digitador) devem ser ambas com letras maiúsculas. Observação 2: Uma diagonal (/) logo acima do endereço, junto à margem esquerda, significa que o documento contém anexo cujo número é indicado com algarismos arábicos. Curso TCE - 2013 17 Professor Marcello Giulian MODELO Of. no JC/103-03 Porto Alegre, 02 de fevereiro de 2003. Senhor Diretor: Comunicamos a V. Sa. que, de acordo com a programação de trabalho aprovada para o presente exercício, este Tribunal realizará Inspeção Ordinária nesse Órgão, a partir de 10-02-03. 2. Dessa forma, solicitamos sua providência no sentido de proporcionar à Equipe de Inspeção deste Tribunal o amplo acesso a todas as dependências deste Órgão, condição indispensável ao pleno exercício da fiscalização financeira e orçamentária. Atenciosamente, José Fernandes Diretor Geral A Sua Senhoria o Senhor Hélio Guerra Supervisor Administrativo da Secretaria de Educação NESTA CAPITAL PDS/JC Curso TCE - 2013 18