BNDES aprova financiamento de R$ 350 milhões para fábrica de PET da M&G Notícia do site do BNDES de 04/12/06 · Projeto substituirá importação e transformará déficit comercial brasileiro da resina em superávit A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 350 milhões para a M&G Polímeros Brasil S.A . Os recursos serão destinados à construção de uma unidade de Polietileno Tereflalato (PET), com capacidade de produção de 474,5 mil toneladas por ano, no complexo industrial e portuário de Suape, município de Ipojuca, Pernambuco. A produção da nova fábrica atenderá a demanda do mercado nacional, substituindo a importação da resina PET, atualmente da ordem 250 mil toneladas/ano responsável por um saldo comercial negativo superior a US$ 300 milhões anuais. Os projeto transformará o déficit de oferta em superávit, uma vez que a capacidade excedente será exportada até que o mercado doméstico possa absorver a totalidade da produção da fábrica da M&G. Os investimentos criarão mais de 700 empregos diretos durante a construção da unidade de Pernambuco (1,2 mil na fase de pico) e outros 828 diretos e indiretos quando a unidade entrar em operação. O projeto está orçado em R$ 707,7 milhões. O BNDES participará com 52% do total, dos quais R$ 140 milhões financiados via agentes financeiros. A unidade de PET começará a produzir em fevereiro de 2007, utilizando tecnologia inovadora, que prevê significativos ganhos pelas reduções do nível de investimento e de custos. A escolha do local das obras recaiu sobre Suape em função da boa infraestrutura logística do porto e dos incentivos fiscais concedidos pelo governo de Pernambuco. Mercado - Durante os últimos 10 anos, a demanda global de PET cresceu de 3 milhões de toneladas em 1995 para 11,3 milhões de toneladas em 2005, resultando em um aumento de 14,3% ao ano. As previsões do setor apontam para uma elevação da demanda de PET para 18,6 milhões em 2014. No Brasil, a expansão tem sido significativa nos últimos anos, embasada no crescimento do mercado e na substituição de outros materiais mais tradicionais. A demanda subiu de 93 mil toneladas em 1995 para 434 mil toneladas em 2005 (alta de 16,7% ao ano) e deverá chegar a 728 mil toneladas em 2014. O setor de refrigerantes representou 74% do consumo de PET, em 2005, participação muito superior à de 38% no mercado global. A indústria petroquímica brasileira vem produzindo PET há mais de 15 anos a fim de suprir a demanda interna e a do Mercosul, mas não acompanhou a expansão do consumo. O déficit de produção foi de cerca de 142 mil toneladas no Brasil e 377 mil toneladas na América do Sul em 2005. A produção da unidade de Pernambuco atenderá, principalmente, os grandes centros de consumo de PET no Brasil, sobretudo a região Sudeste (com cerca de 46% do mercado brasileiro) e a Zona Franca de Manaus, com 30% do mercado brasileiro. Empresa - O grupo M&G, fundado em 1953 e de propriedade da família Ghisolfi, com sede social em Tortona, Itália, conta com operações na Itália, Estados Unidos, México, Brasil, Índia e China. Com 1,3 milhão de toneladas por ano ao final de 2005, é um dos maiores produtores de resina PET do mundo. No Brasil, a M&G começou suas atividades em 2002, com a aquisição de 88,46% da Rhodia-Ster, caracterizando-se por um crescimento acentuado nos últimos anos. A principal empresa do grupo no País é a M&G Fibras e Resinas Ltda, sucessora da Rhodia-Ster Fibras e Resinas Ltda. O grupo emprega cerca de 3 mil pessoas no mundo, sendo 32% deste total no Brasil.