Com a assinatura do documento pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação, Edmundo Klotz, foram atingidas 16 categorias de alimentos – o equivalente a 90% dos industrializados. “Nossa intenção é estimular e apostar na capacidade de inovação da indústria. Ela foi uma parceira nesse período para superar a meta de redução e já conseguimos retirar mais de 11 mil toneladas de sódio dos alimentos industrializados no país”, referiu Padilha, em alusão às bisnaguinhas, massas instantâneas, bolos prontos, biscoitos e caldos. O objetivo agora, com a inclusão desses novos grupos, é a exclusão de 28 mil toneladas de sódio até 2020. Para Klotz, “uma das maiores vantagens é estimular a indústria a buscar cada vez mais soluções. Somos o segundo maior produtor de alimentos no mundo, maior gerador de renda desse país e nós precisamos desenvolver cada vez o valor agregado, a exemplo de iniciativas como essa proposta pelo Ministério da Saúde”, lembrou. Segundo a última Pesquisa do Orçamento Familiar (POF) do IBGE, os brasileiros consomem, em média, 12g de sódio por dia, entre o sal de mesa e o sódio dos alimentos. Ou seja, mais que o dobro dos 5g recomendados pela OMS. Com essa mudança, esperase reduzir em 15% as mortes por AVC. Essa é atualmente a principal causa de morte entre os brasileiros; só em 2011 foram 100 mil. Isso também reduziria significativamente o número de pessoas que necessitam de medicação para controlar a pressão alta, aumentando a expectativa de vida dos hipertensos. Também será renovada a cooperação da indústria com o MS que, desde 2007, resultou na reformulação das fórmulas dos alimentos processados. A parceria, além da redução do sódio, resultou na retirada de 230 mil toneladas de gordura trans do mercado. A atualização desse acordo vai permitir estudos e debates a fim de definir as categorias prioritárias para o próximo objetivo: a redução de açúcar e gorduras totais e saturadas. Fonte: Agência Saúde