Blogs: uma proposta de trabalho para as aulas de língua portuguesa
Andréa Ad Reginatto 1
FAMES 2
Resumo: Ao propormos uma discussão que envolve tecnologia e ensino de língua materna,
estamos atendendo aos apelos da comunidade escolar e acadêmica de modo geral. Sabemos
que a escola e, por conseqüência, os cursos de formação de professores, precisam estar
atentos aos avanços digitais do mundo contemporâneo. Nesse sentido, a área dos estudos
lingüísticos pode discutir inúmeras propostas temáticas, envolvendo e-mail, chats, fóruns,
orkut, MSN, EAD (salas de aula virtuais). No entanto, há um outro gênero textual que
chama a nossa atenção, pelo crescimento desenfreado, nos últimos anos, em todos os
segmentos da sociedade – os blogs. Partindo deste cenário, centramos o foco de nosso
estudo na análise de parte de uma experiência, como docente de língua materna, voltada
para a implementação de modificações na área de produção de textos junto a alunos do
Curso de Letras da FAMES. A idéia principal é a realização de um trabalho com os gêneros
textuais em sala de aula, através da pesquisa e utilização de blogs variados, na tentativa de
despertar, no aluno em formação, possibilidades de novas práticas de ensino. Durante o
desenvolvimento do estudo, observamos que os aprendizes sentem-se valorizados e
estimulados a criar estratégias de ensino, baseadas em atividades que envolvam o universo
digital para suas aulas. No entanto, alguns ainda sentem receio e até “medo”, tendo em vista
as dificuldades encontradas na interação com a tecnologia. Entendemos que a prática de
ensino nos cursos de graduação/licenciatura necessita, cada vez mais, focalizar o universo
digital em seus currículos, a fim de que seja possível estabelecermos novos paradigmas
acerca das atividades em aulas de língua materna.
Palavras-Chave: Blogs – Ensino de Língua Portuguesa – TIC
Resumen
Cuando proponemos una discusión que envuelve tecnología y enseñanza de lengua materna,
estamos atendiendo a los llamamientos de la comunidad escolar y académica por regla
general. Sabemos que la escuela y, por consecuencia, los cursos de formación de profesores,
necesitan estar atentos a los avances digitales del mundo contemporáneo. En ese sentido, el
área de los estudios lingüísticos puede discutir innúmeras propuestas temáticas que resuenan
envolviendo correo electrónico, chats, fóruns, orkut, MSN, EAD (ambientes virtuales). Sin
embargo, hay un otro género textual que llama nuestra atención, por el crecimiento
desenfrenado, en los últimos años, en todos los segmentos de la sociedad – los blogs.
Partiendo de este escenario, centramos el foco de nuestro estudio en el análisis de parte de
una experiencia, como docente de lengua materna, direccionada para la implementación de
1
2
Professora da FAMES – Curso de Letras. Mestre em Letras PUCRS. [email protected]
Faculdade Metodista de Santa Maria.
modificaciones en el área de producción de textos junto a alumnos del Curso de Letras de
FAMES. La idea principal es la realización de un trabajo con los géneros textuales en aula, a
través de la investigación y utilización de blogs variados, en el intento de despertar, en el
alumno en formación, posibilidades de nuevas prácticas de enseñanza. Durante el desarrollo
del estudio, observamos que los aprendices se sienten valorizados y estimulados a crear
estrategias de enseñanza, basadas en actividades que envuelvan el universo digital para sus
clases. Sin embargo, algunos todavía sienten recelo y hasta “miedo”, teniendo en vista las
dificultades encontradas en la interacción con la tecnología. Entendemos que la práctica de
enseñanza en los cursos de graduación/licenciatura necesita, cada vez más, focalizar el
universo digital en sus currículos, a fin de que sea posible que establezcamos nuevos
paradigmas acerca de las actividades en clases de lengua materna.
Palabras-Claves: Blogs – Enseñanza de Lengua Portuguesa – TIC
1 Introdução
Ao iniciarmos a dinâmica da disciplina de Didática da Língua Portuguesa no Curso de
Letras da FAMES 3 ouvimos dos alunos indagações, já comuns, feitas sobre o ensino da
Língua Portuguesa: como trabalhar a língua de modo diferenciado? Como deixá-la menos
complicada e mais atrativa? Como motivar os alunos de ensino fundamental e médio a
estudarem e a gostarem das aulas? Essas são apenas algumas das tantas interrogações que
povoam o imaginário dos docentes em formação.
Diante desse cenário pensamos na possibilidade de envolver a tecnologia nas aulas de
didática, a fim de que ela sirva como recurso metodológico para o ensino da língua
portuguesa, tendo como objetivo atrair a atenção dos alunos e desmitificar os conceitos
negativos que permeiam o ensino do nosso idioma, além de contribuir para a melhoria no
aprendizado.
Ao considerarmos o contexto de trabalho das escolas de educação básica, via de regra,
pautado pela intenção de proporcionar à aprendizagem, pensamos em estratégias de ensino
que despertem o interesse dos alunos pelas aulas de língua portuguesa. Focamos nosso
olhar na velocidade das mudanças no mundo, e sentimos que as escolas não podem ficar
estanques em relação ao processo de inserção de novas tecnologias, entre elas, o
computador e o acesso à Internet.
Nesse sentido, o estudo que ora propomos está centrado em uma pesquisa realizada com
alunos do 4º semestre do Curso de Letras – Língua Portuguesa e Língua Espanhola e
Respectivas Literaturas da FAMES e está estruturado em dois eixos fundamentais,
construídos, a partir da pesquisa realizada com os alunos: Gêneros Textuais e Ensino – o
3
Faculdade Metodista de Santa Maria
que a escola tem a ver com isso?; Blogs e produção escrita – motivações para aulas de
língua portuguesa.
A seguir apresentamos a metodologia da pesquisa e procuramos desenvolver os eixos
citados, além de apresentarmos uma breve conclusão acerca do estudo proposto.
2 Metodologia
Este estudo foi realizado a partir de um Estudo de Caso que na perspectiva de Leffa (2005),
se caracteriza por ser uma “investigação profunda e exaustiva de um participante ou
pequeno grupo”. Assim, esse tipo específico de pesquisa possui como finalidade “investigar
tudo o que é possível saber sobre o sujeito ou grupo escolhido e que achamos que possa ser
relevante para a pesquisa”.
O Estudo de Caso é um tipo de pesquisa qualitativa, com ênfase maior na exploração e
descrição detalhada de um determinado evento ou situação, sem a preocupação de descobrir
uma verdade universal e generalizável. Suas aplicações não se restringem apenas à pesquisa,
mas se estendem à educação, como técnica de ensino (LEFFA, 2005).
A pesquisa envolveu um grupo de 5( cinco) acadêmicos, matriculados no quarto semestre,
na disciplina de Didática da Língua Portuguesa, do Curso de Letras da Faculdade Metodista
de Santa Maria, escolhidos a partir dos critérios de disponibilidade e freqüência às aulas,
tendo em vista o objetivo do estudo.
Os dados foram coletados através da aplicação de um questionário (anexo) para
investigarmos a relação dos sujeitos com a tecnologia em relação à educação. A partir das
respostas propormos atividades envolvendo dois blogs e a partir deles, os alunos
desenvolveram propostas de trabalho para aulas de língua portuguesa no ensino fundamental
e médio.
3 Revisão Bibliográfica
3.1 – Gêneros Textuais e Ensino – A Língua Portuguesa em questão
Quando pensamos em aulas de língua portuguesa, estamos trazendo à memória lembranças
de regras, gramática, sintaxe... Enfim, um arsenal que, muitas vezes, gera dor de cabeça em
alunos, professores e pais. Mas será que é preciso que seja assim? Esta interrogação
acompanha a vida profissional de muitos docentes em atuação e, também, aqueles em
processo de formação. Diante do cenário atual, é preciso repensar nossa prática e lançarmos
mão do que está ao nosso dispor, no campo teórico e metodológico. É assim, que entendo o
trabalho com gêneros textuais, como uma alternativa de inovar as aulas de língua
portuguesa.
Revistando os estudos na área percebemos que a palavra “gênero” é utilizada pela retórica e
pela literatura com acepção designadamente literária. Segundo Todorov (1978), essa palavra
tem sido usada desde Platão, cujo objetivo era distinguir o lírico, em que apenas o autor
falava; o épico, em que o autor e personagem falam; o dramático, em que apenas a
personagem falava.
Brandão (2001) apud Santos(2004) afirma que o estudo de gêneros foi uma constante
temática, interessava aos antigos, tanto na retórica quanto às pesquisas em, semiótica
literária e teorias lingüísticas. Os gêneros aparecem na perspectiva da fala e da escrita dentro
de um continuum tipológico das práticas sociais de produção textual (Bakhtin, (1992),
Marcuschi (2003), Rojo (2004) e Shneuwly e Dozl (1997)(LINS, 2007).
Para iniciarmos as discussões acerca do objeto de estudo é preciso trazer à cena teóricos cuja
discussão está centrada na língua falada e escrita. Marcuschi (2003. p. 17) e Ramo (1997)
têm a mesma concepção quando assumem que a correlação entre a fala e a escrita está num
continuum das práticas sociais.
Para designar gênero discursivo, Marcuschi (2000) utiliza a expressão Gêneros Textuais, uma
vez que se trata de aspectos que são constituídos da natureza empírica, sejam inseparáveis ou
extrínsecos da língua. Tal denominação também é justificada por se tratar de algo realizado
numa situação discursiva, entretanto se a opção for a de gênero discursivo, refere-se à situação
realizada no campo do discurso, isto é, a uma situação discursiva, como o contexto alude o seu
aspecto sócio-comunicativo (LINS, 2007).
Pereira et al(2006) entendem que para refletir sobre gênero textual e competência
lingüística é preciso considerar o contexto no qual está inserido o sujeito, pois é nele e
através dele que se estabelecem as relações sociais, as trocas de conhecimento e é aí que se
produzem diferentes textos e diferentes sentidos. É preciso, pois, reconhecer as diversas
formas de construção textual em função dos objetivos da interação falante-ouvinte, pois
isso é de extrema relevância para pensarmos a relação ensino-aprendizagem na escola.
(p.28)
Os gêneros textuais são amplamente discutidos e referenciados por Marcuschi (2004). O
autor aponta para uma nova perspectiva - o gênero digital conceituado como “o aparato
textual em que é possível, eletronicamente, utilizar-se da escrita de forma interativa ou
dinamizada.” Os e-mails, chats, blogs, vídeos-conferência e todos os outros recursos
disponíveis na Internet, com exceção para homepage, jogos interativos e o hipertexto, pois
o autor define os dois primeiros como suportes, sendo o primeiro, suporte de várias
informações acessíveis ao usuário; e o segundo caracterizado como suporte de ações
complexas e avançadas. Assim, tais gêneros fazem parte da comunicação eletrônica e
podem servir de suporte para as aulas de língua portuguesa.
3.2) Blogs e produção escrita – motivações para aulas de língua portuguesa
Discutir uma proposta de ensino de língua materna ligada às tecnologias digitais é , sem
dúvida, algo interessante e instigador. Nesse sentido, citamos Leffa(2006) que nos remete
aos conceitos acerca do gênero digital a partir de Baktin, Halliday e mais recentemente a Kress,
Lemke e outros, que enfatizam a concepção multimídia do texto, não mais restrito à palavra escrita,
mas usando também imagens, sons e animação (KRESS, 2000; KRESS e Van LEEU-WEN, 2001;
LEMKE, 2002; ECO, 1886).
O recorte que fizemos centra-se nos estudos dos blogs como ferramenta para as aulas de
língua portuguesa e, em função disso, importa percorrermos brevemente sobre o surgimento
desse gênero. Segundo Komesu(2006) o número crescente de blogs é um dos fenômenos
mais marcantes da Internet na atualidade. Se, primeiramente, muitos entendiam que se
tratava apenas de um fenômeno passageiro, a sua dimensão e expansão provam exatamente
o contrário.
De acordo com Komesu(2006) a ferramenta blog não foi concebida, como esclareceu em
entrevista um de seus criadores, Evan Williams, para a criação de blogs ou “diários digitais”
(UOL, 2001). No entanto, foi na produção dos chamados diários digitais, virtuais ou on-line,
que ela se tornou amplamente empregada. A partir disso podemos chegar as definições,
divulgadas em sites, acerca dos blogs.
No primeiro site consultado, encontramos a seguinte definição: apesar de estarem em voga,
o conceito de blogs não é nenhuma novidade. A idéia de uma ferramenta onde usuários
possam publicar conteúdos de forma fácil e intuitiva já tem alguns anos. Na verdade, vários
fatores aconteceram em paralelo e assim permitiram um crescimento significativo do poder
de influência dos blogs. 4
A seguir, outra definição: o Blog é um diário digital na internet que pode ser visto por
qualquer pessoa 5 . E, por fim, weblog é um diário virtual, onde você poderá disponibilizar
pensamentos, idéias e tudo o que você imaginar na internet 6 .
A partir das definições encontradas, mergulhamos no interior de um blog e percebemos as
possibilidades metodológicas para as aulas de língua portuguesa, pois o autor desse gênero
4
Disponível em: http://webinsider.uol.com.br/index.php/2005/07/19/o-poder-dos-blogs/
Disponível em: http://blig.ig.com.br
6
Disponível em http://weblogger.terra.com.br
5
pode postar textos, comentários, acontecimentos, links para outros sites e até mesmo, de
outros blogs, em ordem cronológica, disponibilizando aquele espaço para que os visitantes
comentem o que foi postado. Possui, em geral estrutura e textos leves, de descrição ou
opinião, como ressalta Marcuschi (2004), porém, pode apresentar textos mais longos para
comentários posteriores. Nesse sentido, podemos propor alternativas de trabalho
envolvendo leitura e produção de texto.
Vemos a utilização dos blogs na aula de Língua Portuguesa com o objetivo de proporcionar
uma nova experiência na produção de textos, estimulando a capacidade crítica através da
análise de fatos ou textos, ampliando a capacidade de interação, familiarização dos os
alunos com o gênero.
4 Os Blogs na sala de aula: um resultado animador
Ao analisar as respostas aos questionamentos propostos no questionário (anexo1)
encontramos o seguinte resultado
Questão 1 - Você já trabalhou com recursos tecnológicos como metodologia em aulas de
língua portuguesa?
Quatro alunos, dos cinco que compõem os sujeitos desta pesquisa, responderam
positivamente.
Questão 2 - Se você nunca utilizou, diga os porquês.
O único sujeito que responde negativamente a primeira questão, afirmou na segunda que “
não utilizo porque tenho receio de que os alunos façam outras atividades na aula,
principalmente, se a tecnologia a ser utilizada é o computador, com ou sem conexão a
internet.”
Questão 3 - O que exatamente você utilizou?
Dentre os quatro que responderam positivamente a primeira questão, três citaram a
utilização de “música, dvd e internet”. Um, apenas acrescentou blogs a sua lista.
Questão 4 - Como você decidiu trabalhar com tecnologia?
Em resposta a esta questão, por ser de caráter aberto, os sujeitos explicaram melhor a sua
relação com o universo digital, no que diz respeito a sua utilização como metodologia de
ensino.
Sujeito 1: “Decidi utilizar a fim de apresentar e ambientar os alunos às novas tecnologias,
pois além de (se bem utilizado) facilitar a compreensão, esses recursos nos possibilitam
utilizar animações, cores e efeitos que se fosse em uma aula convencional não
conseguiríamos utilizar. Esses recursos não substituem a função do professor, mas se bem
utilizados podem ser uma ferramenta de grande ajuda.”
Sujeito 2: “Achei que era uma forma mais fácil e lúdica para se trabalhar a matéria. É uma
maneira diferente de chamar a atenção dos alunos para o estudo da língua portuguesa, que,
às vezes, se torna cansativo, ainda mais se tratando de crianças de 5ª série.”
Sujeito 3: “Para pesquisa e melhor exposição dos conteúdos. É uma forma de entrosar o
aluno com o conteúdo aplicado sem que isso se torne muito cansativo. É um material
moderno, que os alunos gostam de trabalhar e com isso nos aproximamos mais do universo
do aluno.”
Sujeito 4: “Decidi utilizar porque é uma ferramenta para auxílio em sala de aula que
favorece o aprendizado, pois os alunos de hoje sentem a necessidade do uso destes meios.”
Sujeito 5: “Pensando em atrair o meu aluno, aguçar nele a vontade de aprender, o desejo
de querer saber sempre mais, de uma maneira prazerosa”.
Questão 5 - Você entende que a Tecnologia pode melhorar a qualidade do ensino?
Os cinco sujeitos responderam positivamente e um deles justifica a resposta negativa à
questão 1, afirmando que não utilizou, mas acha importante.
Partindo das respostas e analisando-as, percebemos que nosso recorte – blogs – não faz
parte da “rotina” de nossos sujeitos. Entendemos, com isso, que por mais que esteja
difundido, o trabalho com blogs na esfera educacional ainda pode render bons frutos e
motivar mais profissionais da área. Assim, iniciamos um trabalho com blogs, tendo como
premissa que os sujeitos não conheciam sua estrutura e seu funcionamento. Assim,
inicialmente, planejamos uma aula no Laboratório de Informática e lá, estabelecemos um
roteiro de trabalho que iniciou pela visita a blogs variados. Cada um dos cinco escolheu um
blog para analisar.
Sugerimos, então, a partir das visitas, que utilizassem um dos blogs como motivação para
organizar atividades de uma aula de língua portuguesa no ensino fundamental. Dos cinco
sujeitos envolvidos com a pesquisa, 3 escolheram o blog - Tear de Sentidos
7
e, outros
dois, o de Luana Piovani – Com a palavra 8 .
A partir das escolhas, cada um deveria propor uma atividade, tendo como motivo algo
referente à leitura dos blogs.
7
Disponível
http://teardesentidos.blogspot.com/search/label/Linguagem%20e%20educa%C3%A7%C3%A3o
8
Disponível em: http://contato.luapio.blog.uol.com.br/
em:
Blog 1 - Tear de Sentidos
Blog2 – Com a palavra
As atividades propostas, em um primeiro momento, enfocaram a leitura dos textos
postados nos blogs. A seguir, foram surgindo idéias de atividades que envolveram
produção de texto e, também, a motivação para a produção de um blog do grupo, que está
em fase de construção.
5 Algumas conclusões
O trabalho com gêneros textuais em aulas de Língua Portuguesa pode ser um fator de
motivação decisivo na melhoria do aprendizado. A utilização dos blogs faz com os alunos
sintam-se motivados a produzir seus próprios materiais didáticos, o que leva, por
conseqüência, à utilização de novas metodologias de ensino.
Os resultados apresentadas correspondem a algumas tantas possibilidades de trabalhar os
gêneros digitais em salas de aula de Língua Portuguesa. Tendo em vista o avanço
tecnológico, o professor, hoje, precisa entender que a prática de ensino exige mudanças e
práticas contextualizadas com a realidade na qual o aluno está inserido.
A partir do momento em que o aluno interage com o professor ou com os colegas de sala,
produzindo, sendo participante das aulas, desenvolve o gosto pelo ensino, principalmente
da Língua Portuguesa, da qual se tem uma visão deturpada de que é complicada e maçante.
Observamos, com a pesquisa realizada junto aos alunos do 4º semestre do Curso de Letras,
que ao construírem suas metodologias a partir da tecnologia aliada à educação,
descobriram um novo caminho a seguir. Deixaram para trás algumas velhas práticas de
ensino e partiram rumo a propostas desafiadoras, mesmo sabendo que poderiam encontrar
dificuldades pelo caminho.
Após o desenvolvimento do estudo, entendemos que os aprendizes sentem-se valorizados e
estimulados a criar estratégias de ensino, baseadas em atividades que envolvam o universo
digital para suas aulas. No entanto, alguns ainda sentem receio e até “medo”, tendo em vista
as dificuldades encontradas na interação com a tecnologia. Entendemos que a prática de
ensino nos cursos de graduação/licenciatura necessita, cada vez mais, focalizar o universo
digital em seus currículos, a fim de que seja possível estabelecermos novos paradigmas
acerca das atividades em aulas de língua materna.
Entendemos, assim, que a prática de ensino nos cursos de graduação/licenciatura
necessita, cada vez mais, focalizar o universo digital em seus currículos, a fim de que seja
possível estabelecermos novos paradigmas acerca das atividades em aulas de língua
materna.
Referências
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MARCUSCHI, Luiz A.; XAVIER, Antônio C. (org.). Hipertexto e gêneros digitais. Rio
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________. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In:
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SOBRAL, Marília Maia. O trabalho com gêneros do discurso em Sala de aula: um caminho
de autoria? Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em
Lingüística da Universidade Federal de Santa Catarina, 2003.
Anexo – 1
Questionário – Pesquisa
Blogs - Alternativas para a produção de texto em Língua Portuguesa
Profª Andréa Reginatto
Este questionário faz parte de uma pesquisa. Por favor, responda com
atenção!! Obrigada!
1 Você já trabalhou com recursos tecnológicos como metodologia em aulas de
língua
portuguesa?
( ) SIM
( ) NÃO
2 Se você nunca utilizou, diga os porquês.
_______________________________________________________________
3 O que exatamente você utilizou?
( ) Internet
( ) DVD
( ) Música
( ) Blogs
( ) Chats
( ) Web quest
( ) MSN
( ) Orkut
( ) Mail
( ) Outro Qual?________________
4 Como você decidiu trabalhar com tecnologia?
_______________________________________________________________
5 Você entende que a Tecnologia pode melhorar a qualidade do ensino?
( ) SIM
( ) NÃO
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