JORNAL DO MÉDICO
INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA DE GOV. VALADARES
Edição Janeiro | Fevereiro 2014 - ANO XXVI - Nº 77
Do sonho
à realidade.
Casa do Médico
será entregue
em 2016.
Págs. 04 e 05
CULTURA
DIRETORIA
CIÊNCIA
DENÚNCIA
AMGV e Germed
trazem a GV espetáculo
com atriz global e
apresentação gratuita
para associados.
Saiba quem são os
novos diretores da
AMGV e as expectativas
de alguns membros
sobre nova gestão.
Dr. Cícero Moraes
apresenta estudo sobre
trauma realizado no
Hospital Municipal de
Governador Valadares.
Após reportagem,
CFM divulga nota com
sugestões para coibir
irregularidades na venda
de órteses e próteses.
Página 06
Págs. 08 e 09
Página 10
Página 13
Jornal do Médico
3
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Diretoria - 2014/2016
C
aros colegas, é com muito apreço que
escrevo o primeiro editorial do Jornal
do Médico desta nova diretoria, na
função de Diretor de Comunicacão. Foi muito
Delegados Junto à Comissão
de Defesa do Médico:
Dr. Márcio Abreu Lima Rezende
Dra. Márcia Maria Magalhães Oliveira
Dr. Luiz Marcos Murta
Dr. Emerson Ramos Lopes
estão sendo firmadas. Podemos observar ainda novidades no layout do Jornal do
Conselho Fiscal Titulares:
Dr. Eduardo Souza Borges
Dr. Guilherme Vieira da Rocha
Dr. Ricardo Sacramento de Andrade
Dra. Junea G. de Oliveira Ferrari
Dr. Ronald de Souza Ramos
ANUNCIAR LIGUE: (33) 9976-3874
27/02/15 13:30
Diretor de Comunicação da
Associação Médica de Gov. Valadares
prazeroso trabalhar com a antiga diretoria, que aqui homenageio em nome do ex
Secretária AMGV: Maria da Penha
Pereira Sant'Ana
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Dr. Rodrigo Bretas Abreu
Deleg. Titulares Junto à AMMG:
Dr. Anderson Pereira dos Santos
Dr. Daniel Gomes de Alvarenga
Dr. Paulo Roberto de Azevedo Bicalho
Dr. Wyllian Franco Villas Boas
Dr. Ronald de Melo Costa
Dr. Sebastião Fontes Santiago
Dr. Fábio Mesquita de Souza
Dr. Lucas Antônio Miranda R. Coelho
Departamento de Relação
com a Comunidade:
Dr. Maurício Campos Dutra
Dr. Rômulo Cesar Leite Coelho
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EDITORIAL
Presidente
Dr. Roberto Carlos Machado
Vice-presidente
Dr. Rômulo Cesar Leite Coelho
I Diretor Financeiro
Dr. Wilson Morlim Pereira
II Diretor Financeiro
Dr. Nilo Sérgio Nominato
Secretária Geral
Dra. Eusana M. Lemes Milbratz
Diretor de Eventos
Dr. Ubirajara Avelino Filho
Dir. de Assuntos Profissionais
Dra. Rosimara Morais Bonfim Capella
Diretor Científico
Dr. Cícero Morais
Diretor de Comunicação
Dr. Rodrigo Bretas Abreu
Jornalista Responsável:
Honofre Campos de Souza - DRT/MG 10946
Contato: [email protected]
Impressão: Gráfica Nacional
• Periodicidade: Bimestral
• Tiragem: 1000 exemplares
Distribuição gratuita:
Associados AMGV, imprensa e autoridades.
Os artigos assinados são de inteira
responsabilidade de seus autores e não
refletem necessariamente a opinião da
Associação Médica de Governador Valadares, bem como do Jornal do Médico.
presidente Dr. Rômulo Coelho, com quem aprendi muito.
Mas já neste breve período trabalhando com o novo presidente, Dr. Ro-
berto Carlos Machado, vejo novidades interessantes e promissoras. São projetos
relacionados à construção da Casa do Médico, que comeca a chegar em sua reta
final; na Comunicação com nossos associados e aumento do número de beneficios oferecidos aos mesmos pela Associação Médica através de parcerias que
Médico, que traz um formato maior, moderno e à altura de nossa entidade.
Bom, infelizmente não temos apenas motivos para celebrar. Estamos pas-
sando por um periodo muito difícil em relação à política e economia brasileiros
e isso, sem dúvida nenhuma, afeta a saúde e, mais especificamente, aos médicos
brasileiros.
Acredito então que este é o momento mais propício para, cada vez mais,
nos unirmos para defender os nossos interesses, e principalmente, o interesse da
saúde brasileira como um todo.
Espero que vocês desfrutem o conteúdo desta edição, que traz artigos de
relevância não somente para nós médicos, mas para pacientes e população em geral. Espero que possamos estar unidos neste ano, em prol da valorização da nossa
profissão e desta Associação.
Agenda Cientifica
14/04/2015 a 17/04/2015 - Congresso Internacional do Grupo Ibero-americano
de Medicina Transfusional
30/04/2015 a 02/05/2015 - 17º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia
do Tornozelo e Pé
14/05/2015 a 16/05/2015 - III Congresso Mineiro de Neuropsicologia
20/05/2015 a 23/05/2015 - 11º Congresso Mineiro de Nefrologia
03/06/2015 a 06/06/2015 - XVIII Congresso Brasileiro de Mastologia
19/06/2015 a 20/06/2015 - I Simpósio de Cuidado Paliativo da Zona da Mata
Mineira
09/11/2016 a 12/11/2016 - XV Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e
Epidemiologia Hospitalar
Jornal do Médico
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Proprietários de salas no La Vitta aguardam ansiosos e otimistas
QUA SE LÁ
Símbolo de força e união da classe médica,
Casa do Médico fica pronta em 2016
da construção e anuncia que
serão desenvolvidas ações promocionais ao longo de 2015, visando o término do projeto com
êxito. Entre elas, um concurso
para escolha do nome de um
médico para o auditório da Casa
do Médico e a venda de espaços
nas cadeiras do centro de convenções para aqueles que queiram ali eternizar o seu nome, de
algum familiar ou empresa.
“Precisamos conscientizar os colegas sobre a dimensão
deste projeto e sua importância,
não apenas para a nossa classe,
que será diretamente beneficiada com o espaço, mas para
toda comunidade”, argumenta
o médico. “Diante das atuais circunstâncias no país, mais do que
nunca o médico precisa mostrar
sua força, e esta só acontece
quando a classe permanece junta”, completa o ginecologista.
Fot o: L e o M ora i s
A classe médica de Governador Valadares e região terá em
breve motivo para muito orgulho e satisfação. Um sonho que
se prolonga há mais de 20 anos
no imaginário da Associação
Médica de Governador Valadares (AMGV) e seus associados,
está enfim, prestes a tornar-se
realidade. Trata-se da Casa do
Médico, um projeto ousado e
inédito em território nacional,
que colocará a cidade no centro
de um debate cada vez mais relevante: a união da classe.
Por reunir num mesmo
local os escritórios das principais entidades médicas do país
– Associação Médica, Sindicato
dos Médicos e Conselho Regional de Medicina – este conglomerado de instituições médicas
apresenta-se como uma representação física e simbólica do
ideal de união. “É, sem dúvida,
um marco na história da nossa
Associação Médica e será também um símbolo nacional da
luta médica, pois representa a
união física e ideológica das nossas três principais entidades”, diz
o presidente da AMGV, Dr. Roberto Carlos Machado.
Após uma série de alterações e adequações no projeto,
visando o pleno atendimento
das necessidades do segmento
médico, a obra que está sendo
construída num dos pontos mais
valorizados da cidade (rua 7 de
setembro, próximo ao shopping)
caminha a passos largos para sua
concretização. A previsão de entrega é para maio de 2016.
Ocupando um espaço
privilegiado nos andares iniciais
do edifício La Vitta, A Casa do
Médico terá um amplo salão de
festa com capacidade para 470
lugares, auditório multiuso com
200 cadeiras, biblioteca, videoteca salas para reuniões e um
espaço adequado para as atividades administrativas. Com três
andares de estacionamento subterrâneo, o prédio contará ainda com 66 salas, que abrigarão
diversos consultórios e clínicas
na área médica, além de outros
serviços.
Machado, que inicia sua
gestão à frente da AMGV, está
otimista quanto ao andamento
Edifício La Vitta abrigará sede da AMGV, CRM e Sinmed.
Casa do Médico terá auditório para eventos científicos
Projeto tambémconta com amplo salão de festas
Jornal do Médico
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Com um espantoso recorde nas
vendas – todas as unidades comercializadas em menos de 10 dias – o edifício
La Vitta onde estará situada a Casa do
Médico, tende a ser um novo referencial em serviços de saúde em Valadares. Localizado próximo ao Shopping e
nas imediações do Hospital Unimed, o
prédio oferece conforto e comodidade
aos usuários dos serviços que ali serão
prestados. Por estes e outros atributos,
proprietários de salas no local aguardam
com enorme expectativa pela conclusão
Dr. João Douglas
da obra.
O cirurgião oncológico João Douglas Nico aposta no La Vitta como um
centro de convergência na área médica. Ao tomar conhecimento da proposta, tornou-se um dos investidores do
empreendimento. “Minha expectativa
é muito boa, pois teremos outros colegas médicos trabalhando ali no mesmo
prédio. A localização é excelente e teremos também lá a sede de nossas três
entidades, onde poderemos usufruir de
uma magnífica estrutura para eventos de
Obras do edifício La Vitta. Prédio abrigará Casa do Médico
“Até o momento
não tivemos nenhuma dificuldade que
pudesse prejudicar o
andamento da obra”,
afirma conselheiro
fiscal
Mensalmente, representantes do condomínio se
reúnem com os engenheiros
responsáveis pela construção
para uma prestação de contas. Eles recebem um relatório do que foi desenvolvido,
gasto, pago, e a disponibilidade de recursos financeiros. “Até o momento não
tivemos nenhuma dificuldade que pudesse prejudicar o
andamento da obra”, afirma
o administrador Élio Antônio Lacerda, proprietário de
uma sala e conselheiro fiscal
do grupo que acompanha a
obra. Segundo ele, o prédio
está com 24 meses de andamento, tendo evoluído mais
da metade. Atualmente os
trabalhos já avançam para a
5ª lage.
natureza diversa”, argumenta.
Atento ao cronograma da construção, o ginecologista Fredson Guilherme aguarda com ansiedade pela inauguração. “Tenho acompanhado e fico
satisfeito, pois o cronograma está sendo
seguido rigorosamente e sem inadimplência”, diz o médico. Ele explica que
o plano de investir no La Vitta veio a partir da idéia de descentralização da área
médica, partindo para uma região valorizada e com amplos benefícios para os
seus usuários.
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Jornal do Médico
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Teatro
Associação Médica traz peça com atriz global a GV
Espetáculo “Doutor! Como enlouquecer um médico em um dia”
terá apresentação exclusiva para médicos no Atiaia
Estrelada pela atriz global Rosane Gofman
(conhecida pela atuação em diversas novalas) e seu
filho Yuri Gofman, a peça “Doutor! Como enlouquecer um médico em um dia” enfoca a questão
da vocação. O espetáculo promovido pela Associação Médica de Governador Valadares (AMGV)
em parceria com a farmacêutica Germed, terá uma
apresentação exclusiva para a classe médica, no
dia 23 de abril, no teatro Atiaia.
“Doutor! Como Enlouquecer um Médico
em um Dia” é uma comédia produzida em família.
A montagem tem autoria, direção e encenação de
Yuri Gofman (um dos novos nomes da cena de dramaturgos e diretores cariocas), que se divide em
seis personagens enquanto contracena com sua
mãe, a atriz Rosane Gofman. O espetáculo conta
ainda com a direção de produção de Kauê Gofman
e assistência de direção de Daniel Gofman.
Inspiradora, irônica e inteligente, a peça diverte o público ao contar a história de Consuelo
(Rosane Gofman), uma médica que não vê mais o
glamour da profissão, mas continua dedicada. Ela
enfrenta a rotina de uma casa em constantes obras,
uma cachorra diabética, um marido em férias com
insuportável déficit de atenção e uma sogra infernal com a mania
de ser: o diabo em pessoa.
No seu último dia como médica da emergência, esperando
descansar da sua dupla jornada, Dra. Consuelo nem imagina o que
a espera em seu consultório particular. Seu último consolo é seu
filho não ter escolhido a mesma profissão e ter ido estudar engenharia. Mas esse dia louco está apenas começando e muitas surpresas
podem fazer nossa
Atenção!
doutora refletir sobre toda a sua vida
Data: 23 de abril | Local: Teatro Atiaia, 21h
até aqui e fazer o
Ingressos: A entrada é franca para associapúblico dar muitas
dos AMGV em dia com a entidade.
gargalhadas de todos
Como adquirir: Interessados devem fazer a
reserva dos ingressos na AMGV pelo telefoque passam por seu
ne (33) 3271-4902 e retirá-los em mãos na
consultório e vão dar
secretaria da entidade (edifício Montenegro,
um novo significado
8º andar, sala 805, Centro).
a palavra “Dodói”.
Jornal do Médico
7
Questão puramente ética
Dia 23 de abril, às 21h, no Teatro Atiaia
Ronald Amaral Júnior
Membro permanente da Comissão de
Defesa do Médico, advogado da AMGV
e do SINMED-GV
É do conhecimento de todos o caso de um médico, no interior do Estado de São Paulo, que atendeu
uma jovem de apenas 19 anos, a qual, anteriormente, dera causa à interrupção de sua gravidez, ao tomar
quatro comprimidos de Cytotec, remédio para úlcera,
mas usado como abortivo.
Apresentam:
Após prestar assistência médica a essa paciente, o
médico julgou por bem comunicar à polícia o ocorrido,
isto é, levou ao conhecimento da autoridade policial
um crime de aborto de autoria da paciente, tanto que
esta foi presa em flagrante, e depois liberada mediante
pagamento de fiança.
Em cena, Dra. Consuelo (Rosane Gofman) e o filho Yuri Gofman
Comédia produzida em família para a família
Diante desse caso, o que se lê e ouve nos noticiários é atuação de ofício do Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo, por entender que o
médico incorreu em falta ética, descumprindo o artigo
73 do Código de Ética Médica, bem como a resolução 24.292/2000, já que em caso de abortamento “não
pode o médico comunicar o fato à autoridade policial
ou mesmo judicial, em razão de estar diante de uma
situação de segredo profissional”.
Ainda baseado nos noticiários, fala-se em até cassação do registro profissional do médico. A questão é
puramente ética, não se tem a menor dúvida, fato a
ser rigorosamente apurado em procedimento ético profissional, oportunizando-se ao médico o exercício do
contraditório e da ampla defesa. A cassação é medida
extrema, muito desproporcional ao fato em si; quem
sabe uma advertência reservada, de conteúdo pedagógico, não só visando o próprio médico, mas advertindo
todos os profissionais da medicina a importância de se
conhecer o Código de Ética Médica.
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Jornal do Médico
Meio A cadêmico
Estudantes de medicina
retomam atividades
Presidente: Dr. Roberto Carlos Machado
Especialidade: Ginecologia
Expectativa: A nova diretoria está composta por pessoas especiais,
de maneira pessoal e profissional, as quais concordaram em ceder
parte do seu tempo para o crescimento de toda a classe médica.
Nesta gestão queremos valorizar a classe tão depreciada de duas
maneiras: Com uma entidade forte e representativa; e uma sede
condizente com nossa classe.
Diretor Científico: Dr. Cícero Morais
Especialidade: Ortopedia
Expectativa: Houve uma renovação importante na diretoria e é sempre bom que outros colegas tenham oportunidades de mostrar seu
trabalho. A diretoria científica pretende fazer reuniões nos moldes
antigos da Quinta Científica, reorganizar as especialidades médicas
em departamentos dentro da AMGV, organizando encontros científicos dessas especialidades e começar a programar um grande congresso regional em junho de 2016, na inauguração da nova sede.
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Jornal do Médico
Gestão
Conheça os novos diretores da Associação Médica
Foto: Leonardo Morais
Em 2015, cinquenta novos estudantes de medicina entram
para o quadro da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Valadares, somando ao grupo de veteranos formado por aproximadamente outros 200 alunos. Para receber os novos colegas de
uma forma pró-ativa, membros do Diretório Acadêmico Eduardo
Henrique Beber (DAEHB) promovem pela segunda vez um trote
solidário, com intuito de arrecadar alimentos, mantimentos e outros materiais a entidades
filantrópicas.
“Há um ano organizamos essa gincana. Foi um sucesso,
conseguimos arrecadar
130 quilos de alimentos”, conta Roni Duque,
vice-presiente do DA.
Este ano, a universidade abraçou o projeto,
ampliando-o para todos
os cursos, transformando
numa gincana solidária,
Roni e Rinaig, do DAEHB
na qual os participantes
tem uma pontuação e podem ser premiados com brindes. No
retorno às atividades acadêmicas, o DAEHB se organiza para realizar novas eleições para diretoria, com mandato anual, renovado
em março. Em seus primeiros anos de atuação o diretório acadêmico do curso de medicina vem tentando abrir portas para os
alunos e se inserir na sociedade de Valadares. “Tivemos algumas
conquistas como, por exemplo, a captação de professores para
o curso. Hoje 80% deles são de Valadares. Isso graças também à
participação da AMGV. Conseguimos a aprovação de uma lei na
Câmara Municipal para obtenção de ossos para estudos acadêmicos, participamos de um acordo com a Polícia Civil buscando
apoio com peças cadavéricas para nosso laboratório anatômico,
entre outras ações”, cita Rinaig Carvalho, presidente do DA. Também por articulação do DAEHB, os alunos de medicina da UFJF
participam com um estande na feira Saber Mais, no qual farão um
registro histórico do curso, apresentando-o à comunidade.
8
Diretor de Comunicação: Dr. Rodrigo Bretas Abreu
Especialidade: Patologista
Expectativa: Estou com uma expectativa muito boa com a construção da Casa do Médico e inúmeras novas idéias que estamos
colocando em prática, principalmente no sentido de aumentar os
benefícios e aproximarmos mais os nossos associados.
Delegada Junto à Comissão de Defesa do Médico:
Dra. Márcia Maria Magalhães Oliveira
Especialidade: Clínica Médica
Expectativa: Nesta gestão, espero que a Associação Médica seja
parceira do médico, principalmente na prática de novos conhecimentos, reforçando os departamentos científicos e congregando o
médico em novos conhecimentos para melhoria profissional, bem
como no reencontro de velhos e novos colegas.
Delegado Titular junto à AMMG: Dr. Lucas Antônio M. R. Coelho
Especialidade: Endocrinologia e metabologia
Expectativa: Minha expectativa é de que estejamos cada vez mais
unidos, pois passamos por momento em nosso país, no qual nossa classe não está sendo respeitada e é hora de mostrarmos nossa
união. Em especial, em Governador Valadares, que possamos promover ações, que busquem cada vez mais o
fortalecimento de nossa AMGV.
Delegado Titular junto à AMMG: Dr. Daniel G. de Alvarenga
Especialidade: Patologista
Expectativa: A AMGV continua em mãos fortes e seguindo o mesmo
norte! Por isso, continuo mais do que nunca participando da diretoria!
Delegado Titular junto à AMMG: Dr. Fábio Mesquita de Souza
Especialidade: Angiologia
Expectativa: Acho o colega Roberto Carlos um administrador experimentado e com muita competência para o cargo. Sua gestão na Sogileste
comprova o que digo! Desejo-lhe boa sorte neste novo desafio!
Em novembro de 2014 tomaram posse os membros da nova diretoria da AMGV para a gestão
que vai até 2016. Saiba quem são os novos diretores da Associação Médica de Governador Valadares,
suas respectivas funções, especialidade e a opinião de alguns membros da diretoria sobre
o que esperam de mais um período representando a classe médica em âmbito regional.
Vice-presidente: Dr. Rômulo Cesar Leite Coelho Delegados Titulares junto à AMMG: Dr. AnderEspecialidade: Gastroenterologia
son Pereira dos Santos; Especialidade: Cirurgia
Geral |
I Diretor Financeiro: Dr. Wilson Morlim Pereira Dr. Paulo Roberto de Azevedo Bicalho; EsEspecialidade: Cirurgia
pecialidade: Gastroenterologia | Dr. Wyllian
Franco Villas Boas; Especialidade: Anestesia |
II Diretor Financeiro: Dr. Nilo Sérgio Nominato
Dr. Ronald de Melo Costa; Especialidade: PeEspecialidade: Ginecologia
diatria | Dr. Sebastião Fontes Santiago; EspeciaSecretária Geral: Dra. Eusana M. Lemes Milbratz lidade: Cirurgia.
Especialidade: Oncologia
Delegados Junto à Comissão de Defesa
Diretor de Eventos: Dr. Ubirajara Avelino Filho
do Médico: Dr. Márcio Abreu Lima Rezende;
Especialidade: Ginecologia e Obstetrícia
Especialidade: Ultrassonografia | Dr. Luiz Marcos Murta; Especialidade: Ginecologia e
Diretora de Assuntos Profissionais: Dra. Rosimara Obstetrícia | Dr. Emerson Ramos Lopes; EspeMorais Bonfim Capella
cialidade: Urologia.
Especialidade: Cirurgia Plástica
Conselheiros Fiscais Titulares: Dr. Eduardo
Souza Borges; Especialidade: Ortopedia e
traumatologia | Dr. Guilherme Vieira da
Rocha; Especialidade: Cardiologia | Dr.
Ricardo Sacramento de Andrade; Especialidade: Neurologia | Dra. Junea G. de
Oliveira Ferrari; Especialidade: Infectolgia
| Dr. Ronaldo de Souza Ramos; Especialidade: Urologia
Departamento de Relação com a Comunidade: Dr. Maurício Campos Dutra; Especialidade: Oftalmologia | Dr. Rômulo
Cesar Leite Coelho; Especialidade: Gastroenterologia.
Jornal do Médico
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Epidemia dos tempos modernos
Estudo realizado no Hospital Municipal é apresentado por Dr. Cícero Moraes
em Congresso Mineiro de Ortopedia
Introdução:
O trauma tem aumentado e com ele a gravidade das lesões ortopédicas.
A amputação traumática é
uma lesão que tem aumentado também em nosso meio
e de resultados catastróficos
para o paciente, sua família
e a sociedade. Só com amputações em crianças de idade ≤ 17 anos os EUA gastam
21 milhões de dólares por
ano.
Objetivos:
Apresentar os casos de
amputação traumática ocorridos no ano de 2013, de pacientes atendidos no Hospital Municipal de Governador
Valadares (MG).
Materiais e Métodos:
Foi feito um estudo
retrospectivo dos prontuários, avaliando Idade, Sexo,
Local da amputação, Mês do
verdade funciona como um hospital regional, atende uma grande população
estimada em 1,8 milhões de habitantes,
composta por quase 80 municípios vizinhos.
A gravidade dos casos também tem
aumentado e observou-se um grande número de amputações traumáticas entre
as vítimas de acidentes. Isso leva a um
Jornal do Médico
Brasil avança no combate
à doença de Chagas
Trauma
O trauma virou uma epidemia nos
tempos modernos e o trânsito é uma das
principais causas. Nossa cidade, Governador Valadares, infelizmente tem acompanhado essa tendência, principalmente
pelas estradas que cortam a região e o
grande número de motocicletas usadas
atualmente.
O Hospital Municipal, que na
11
atendimento complexo, dispendioso e
que deixa seqüelas importantes, com um
custo pessoal e social muito grande.
Em virtude desta situação, apresentamos um estudo feito no Hospital
Municipal de Governador Valadares,
apresentado no 19º Congresso Mineiro
de Ortopedia e Traumatologia, na cidade
de Tiradentes, em 2014.
ano, Mecanismo do trauma,
Lado acometido; Lesões associadas e os índices de ISS
e MESS.
Resultados:
Um total de 27 pacientes foram vítimas de
amputações traumáticas no
ano de 2013, sendo 26 do
sexo masculino, os meses
mais acometidos foram janeiro, agosto e outubro, no
período da tarde. Os membros mais acometidos foram
a mão, o pé e a coxa.
Conclusões:
A incidência é alta
quando comparada com
outros trabalhos da literatura e alerta para a importância do tema e a necessidade
de estruturação qualificada
das instituições que atendem esse tipo de trauma
grave no atendimento pré e
hospitalar.
Uma vacina capaz de
impedir o avanço da doença
de Chagas e atenuar danos
causados por essa enfermidade acaba de ser testada com
sucesso em camundongos
no Instituto Oswaldo Cruz,
da Fundação Oswaldo Cruz
(IOC/Fiocruz). Os animais
apresentaram melhora significativa na sua função cardíaca.
Resultados
Os resultados foram
apresentados por pesquisadores do Laboratório de Biologia das Interações do IOC,
do Centro de Pesquisas René
Rachou (também da Fiocruz),
das universidades federais
Fluminense, de Minas Gerais,
O estudo foi publicado em janeiro deste ano na
revista científica PloS Pathogens. A doença de Chagas é
uma infecção causada pelo
protozoário
Trypanosoma
cruzi e seu principal vetor é o
inseto popularmente conhecido como barbeiro.
Fase aguda
Na fase aguda da doença, são comuns sintomas como
inflamação do miocárdio (que
pode resultar em dor no peito, batida anormal do coração e parada cardíaca) e do
cérebro e meninges.
Na fase crônica, aproximadamente 30% dos portadores da enfermidade desenvolvem sua forma cardíaca,
O protozoário
‘Trypanosoma cruzi’
é o causador da
doença de Chagas.
(imagem: Ricardo
Amaral/ LBI/ IOC)
de Santa Catarina e de São
Paulo e da Universidade de
Massachusetts Medical School, nos Estados Unidos, todos
ligados ao Instituto Nacional
de Ciência e Tecnologia de
Vacinas (INCTV).
que pode levar a arritmias
graves e insuficiência cardíaca. De acordo com dados do
Ministério da Saúde, cerca de
2 a 3 milhões de pessoas são
portadoras da doença em sua
forma crônica no Brasil.
Vacina contra câncer
apresenta 90% de eficácia
Uma empresa israelense
de biotecnologia está desenvolvendo uma vacina para o câncer, que não é criada para tratar a doença, mas para
impedir que ela volte. A
Vaxil BioTherapeutics,
com sede em Nes Ziona, Israel, passou mais
de meia década desenvolvendo a “ImMucin”.
Vacina
A vacina profilática contra o câncer pode
desencadear uma resposta em aproximadamente 90% de todos os
tipos de câncer, de acordo com
a empresa. “A Vaxil está desenvolvendo um medicamento
para impedir que o câncer volte”, conta Julian Levy, Diretor
Financeiro da Vaxil, à NoCamels.com. “Estamos tentando
aproveitar o poder natural do
sistema imunológico para lutar
contra o câncer, buscando células cancerosas e destruindo-as”.
Levy explica que a ImMucin
não é um substituto para os tratamentos tradicionais contra o
câncer, como a quimioterapia,
ou a radiação. Ele atua apenas
nas fases iniciais da detecção e
a remissão da doença. O medicamento exige um corpo relativamente saudável para ser
totalmente eficaz.
O remédio
A ImMucin trabalha esti-
mulando uma parte do sistema
imunológico e ensinando-o a
atacar certas células com certos marcadores que indicam a
presença de câncer. Quando o
medicamento é introduzido durante uma fase inicial do câncer,
a esperança é de que enquanto
o câncer de um paciente recua,
o sistema imunológico é treinado adequadamente para saber
quais células destruir e com
quais não interferir.
Testes
Esta resposta imunológica foi consistente ao longo
dos testes clínicos da Vaxil com
a vacina ao longo dos últimos
anos. A empresa realizou testes
exclusivamente em pacientes
com mieloma múltiplo até janeiro de 2014, quando iniciou
os testes em pacientes com
câncer de mama. A Levy está
confiante que a ImMucin estará no mercado até o final desta
década.
Jornal do Médico
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Jornal do Médico
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Denúncia
Virtudes Médicas – Confiabilidade
momento de comunicar más notícias,
como o diagnóstico de um câncer
intratável ou a baixa expectativa de sobrevida num paciente grave internado
na Unidade de Tratamento Intensivo.
Alguns defendem que o médico pode ocultar o diagnóstico ou
o prognóstico para oferecer momentos mais proveitosos ao paciente, para
que se desfrute do resto da vida sem
o peso da consciência da morte. Tal
postura de ocultação da verdade,
porém, é uma armadilha.
Negar a realidade ao paciente
autônomo é negar-lhe o conhecimento necessário acerca de sua vida para
que ele programe de forma adequada
suas prioridades. Se o diagnóstico e
a informação do prognóstico demorarem muito, tempo precioso pode ser
perdido, e danos irreversíveis podem
ser acrescidos à situação já dramática
do paciente.
Com isso não quero dizer que
a informação deve ser dada de qualquer forma e imediatamente. Daí a necessidade de treinar os jovens médicos
na arte de comunicar más notícias.
Algumas dicas preciosas do nefrologista Jean Hamburger:
1- O ponto primordial é a formação da relação com o paciente;
2- Não basta se apoiar somente no instinto e no amor ao próximo
(há formas adequadas de executar ações em saúde); 3- Entender
reações psicológicas do paciente; 4- Utilizar auxílio, informação
e conforto como instrumentos terapêuticos; 5- Não utilizar palavras com forte conteúdo emotivo negativo como: morte, lepra,
câncer, coma ou autópsia (ou fazê-lo de forma gradual e empática); 6- Explicar tudo ao paciente e jamais, jamais mentir; 7- A
explicação de cada ato praticado reduz o desconforto e a dor;
8- Jamais anunciar uma doença como absolutamente incurável
ou intratável; permitir um mínimo de esperança.
Dr.Lincoln Miranda Alvarenga
(DERMATOLOGISTA)
(ALERGIAS E DOENÇAS DE PELE, CABELOS E UNHAS)
Horário de atendimento:
Segunda a Sexta - de 08 às 11 horas
e das 14 às 18 horas
Email: [email protected]
Rua Israel Pinheiro - 2480 | Telefone: (33) 3271-4445
Jean Hamburger já avisava que
certas palavras não devem ser utilizadas, e que um resquício de esperança,
por menor que seja, nunca deve ser
extirpado. Tais medidas temperam a
confiabilidade do médico com tratos
humanísticos e empáticos ao sofrimento do paciente [3].
O último conselho poderia
ser questionado, mas o fato real é
que inúmeras pesquisas acontecem
todos os dias buscando soluções e
alívio para doenças ainda incuráveis
ou intratáveis, e a esperança de alguma novidade sempre existe.
Até mesmo as situações mais
corriqueiras do cotidiano médico
exigem confiabilidade.
Ao solicitar exames para diagnosticar determinada condição de
saúde do paciente, o médico precisa
ser claro e veraz em suas suspeitas, e
informar ao paciente sobre as repercussões do diagnóstico. Ao realizar
o diagnóstico, o médico precisa informar ao paciente o prognóstico de
acordo com as diferentes formas de
tratamento adotadas.
O paciente precisa acreditar
que o médico é confiável e benevolente, ou jamais confiará no plano
terapêutico prescrito. E é preciso lembrar que o médico é buscado em uma
situação extrema, na qual o paciente
se encontra frágil, assustado e disposto a entregar, muitas vezes, grande parcela de sua autonomia em mãos
de outrem, em quem deposita grandes
esperanças.
Cabe ao médico avaliar de
forma verdadeira a esperança nele depositada e agir de acordo.
Interesses discretos ou ocultos não cabem numa Relação Médico-Paciente saudável. O médico
precisa ser bem claro e confiável até
mesmo em relações entre profissionais,
como apresentações acadêmicas nos
congressos, informando possíveis
interações com laboratórios e verbas
recebidas de fontes privadas ou públicas. A confiabilidade também é crucial
nas passagens de plantão, nas quais a
informação transmitida poderá auxiliar a salvar vidas e ganhar tempo.
Sem confiabilidade, a Medicina gerará somente desconfiança e
hostilidade. Não está em jogo somente o nome do médico, mas toda a
confiabilidade da sociedade na Medicina e a percepção dessa antiga profissão como empreendimento honrado.
Fotos: Honofre Souza
Uma virtude central em toda
relação humana sem dúvida nenhuma
é a confiabilidade[1].
Alain Peyrefitte já apontava o valor que a confiança tem no
caminhar de uma sociedade e qual
o seu papel no desenvolvimento: sem
confiança não há ambiente para nenhum tipo de progresso, somente há
o caos[2].
Das relações de confiança
que perduram nas diferentes sociedades, uma das mais emblemáticas e complexas, porém essencial, é a Relação
Médico-Paciente. E parte dessa relação de confiança é a crença na disposição alheia em contar a verdade.
O paciente busca o médico
confiando que, geralmente:
O médico o informará se o
problema de saúde estiver acima de sua
capacidade de resolução ou auxílio;
O médico informará tudo o que é
importante saber acerca da condição
de saúde; O médico informará as melhores opções possíveis ao paciente,
explicando cada uma e aconselhando
se preciso for; O médico não esconderá informações intencionalmente
ou, se o fizer considerando o bem
do paciente, o fará apenas de forma
temporária.
Essa confiabilidade repousa
sobre outras características também
essenciais ao médico. A principal dessas características é o espírito de benevolência junto com seu complemento
indispensável: a não maleficência. O
médico porta-se de forma confiável
sabendo que isso se traduz num bem
para seu paciente, e este bem envolve
a comunicação da verdade e a atuação sincera como elementos para a
manutenção da integridade do paciente, considerando acima de tudo
a integridade como um elemento beneficente, e a autonomia do paciente
como um dos componentes da sua
integridade.
Outra característica é o autoconhecimento do médico, que
deve verificar em sua consciência o
que sabe, o quanto sabe e com que
fim sabe algo. Sem a noção adequada
do próprio conhecimento o médico
age de forma imprudente (o contrário da grande virtude médica: a prudência ou phronesis).
O médico utiliza a confiabilidade em diversas situações. Comento
acerca de duas situações.
Hoje em dia se fala muito
acerca do Testamento Vital, no qual
o paciente deixa um relato de como
quer ser tratado próximo à sua morte. Cabe ao médico assistente fazer
cumprir a vontade de seu paciente
mesmo na ausência de sua consciência
por motivo de agravo à saúde. O médico que recebeu a honrosa posição
de protetor da vontade de seu paciente deve zelar com honra, veracidade
e extrema confiabilidade no momento
mais frágil da existência humana.
Uma situação mais comum na
realidade do médico brasileiro é o
[1] PELLEGRINO, Edmund
D.; THOMASMA, David C. The Virtues in Medical Practice. New York,
NY: Oxford University Press, 1993,
p. 65-78. [2] PEYREFITTE, Alain. La
societe de confiance: Essai sur les origines et la nature du developpement.
France: Editions O. Jacob, 1995.
[3] HAMBURGER, Jean. Conseils
aux étudiants en médicine dans mon
service. Paris: Flammarion; 1963.
Fonte: Academia Médica
CFM divulga nota com sugestões para coibir
irregularidades na venda de órteses e próteses
O Conselho Federal de Medicina
(CFM) já propôs às autoridades competentes – Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Agência
Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa)
– a criação de mecanismos para regular a
comercialização de órtoses, próteses e materiais especiais, por meio da fixação de
preços para o segmento.
Dentre as vantagens desse mecanismo, destacam-se a maior transparência
nas negociações com fornecedores; o aumento do controle do comportamento dos
preços no mercado; a oferta de subsídios
aos gestores na tomada de decisão; e a
redução da possibilidade de lucros abusivos e exorbitantes, os quais abrem brechas
para atividades ilícitas. Este é um dos itens
de destaque em nota disponibilizada pela
autarquia, que “reitera apoio às investigações para coibir práticas condenadas pela
imensa maioria dos 400 mil médicos brasileiros, que, historicamente, têm se posicionado contra a cultura da impunidade – em
todos os campos da vida em sociedade –
no nosso país evitando danos aos pacientes e prejuízos econômicos”.
Brasília, 6 de janeiro de 2015. NOTA DE ESCLARECIMENTO Á SOCIEDADE
Com relação à denúncia de irregularidades na prescrição de
órteses e próteses, o Conselho Federal de Medicina (CFM) esclarece que:
1) De acordo com os artigos 68 e 69, do Código de Ética
Médica, é proibido ao médico interação com qualquer segmento
da indústria farmacêutica e de outros insumos para a saúde com
o intuito de manipular, promover ou comercializar produtos por
meio de prescrição;
2) Em 2010, foi aprovada a Resolução CFM nº 1.956, que
estabelece normas específicas para a prescrição de órteses, próteses
e materiais implantáveis, que, entre outros pontos, veda ao médico
exigir fornecedor ou marca comercial exclusivos. As regras valem
para as relações dos médicos com instituições públicas, operadoras
de planos de saúde e no setor privado;
3) Ao longo dos anos o CFM tem agido com critério e rigor no
julgamento de processos ético-profissionais – em grau de recurso
– cujo objeto seja denúncia de interação entre o médico e setores
das indústrias de medicamentos ou de insumos, como órteses e
próteses;
4) Desde 2004 até novembro de 2014, foram emitidas cerca
de 230 penalidades ético-profissionais para casos onde se constatou este tipo de interação entre o médico e setores da indústria e
da farmácia. Deste total, houve 28 cassações, 26 suspensões do
exercício profissional e mais de 140 censuras;
5) Como solução para eliminar definitivamente possíveis irregularidades na comercialização das órteses e próteses, o CFM já
propôs às autoridades competentes – Ministério da Saúde, Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) – a criação de mecanismos para regular
esta prática, por meio da fixação de preços para o segmento (a
chamada precificação);
6) Dentre as vantagens desse mecanismo, destacam-se a
maior transparência nas negociações com fornecedores; o aumento
do controle do comportamento dos preços no mercado; a oferta de
subsídios aos gestores na tomada de decisão; e a redução da possibilidade de lucros abusivos e exorbitantes, os quais abrem brechas
para atividades ilícitas;
7) Essa sugestão do CFM, já apresentada às autoridades competentes em diferentes oportunidades, ainda aguarda resposta e a
tomada de decisão para implementação;
8) Independentemente disso, em 2014, foi apresentado na
Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 7579/14, que se aprovado,
altera a Lei nº 10.742, de 6 de outubro de 2003, para dispor sobre
a regulamentação econômica do setor de órteses, próteses, produtos para a saúde e incluir na competência da Câmara de Regulação
do Mercado de Medicamentos (CMED), que já existe dentro da
estrutura da Anvisa.
Finalmente, o CFM reitera apoio às investigações para coibir
práticas condenadas pela imensa maioria dos 400 mil médicos brasileiros, que, historicamente, têm se posicionado contra a cultura
da impunidade – em todos os campos da vida em sociedade – no
nosso país evitando danos aos pacientes e prejuízos econômicos.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA - CFM
Jornal do Médico
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A Verdade é Filha do Tempo!
Mais Médicos
Após 1 ano do programa, metade das prefeituras perdeu profissionais
Das primeiras cidades
a receber profissionais do Mais
Médicos, quase metade (49%)
tinha, após menos de um ano,
uma quantidade menor de médicos na rede pública municipal
do que no dia em que os bolsistas chegaram.
Além disso, ao menos
um de cada três médicos do
programa trabalhava sem a supervisão prevista nas regras.
Essas são algumas das constatações de uma auditoria do TCU
(Tribunal de Contas da União)
no principal programa social do
primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, usado como
vitrine na campanha de reeleição.
Para o órgão de controle, o Ministério da Saúde
não faz um monitoramento
adequado “para assegurar que
os municípios não substituam
médicos que já compunham
equipes de atenção básica pelos participantes do projeto
nem que haja redução do número de equipes”. Os ministros
do TCU determinaram à pasta
a abertura de apuração sobre o
caso. O ministério informou ao
jornal Folha de São Paulo, que
os municípios foram notificados
e apresentaram justificativas.
Em 2013, ano inicial do projeto, 1.174 municípios receberam
profissionais do programa, que
busca levar médicos ao interior
e a periferias das grandes cidades - para isso, trouxe cerca de
11 mil estrangeiros para o país.
Em agosto daquele ano,
a Folha mostrou que prefeitos
de 11 cidades pretendiam demitir médicos após a chegada
dos profissionais do programa.
O então ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, disse que,
quem fizesse isso, poderia sair
do Mais Médicos.
A ameaça pode ter tido
algum efeito de assustar essas
cidades que declararam que
fariam as demissões: quatro
das 11 receberam médicos até
2013, sendo que três aumentaram seus profissionais e só uma
reduziu a quantidade.
Pelo país inteiro, porém, a lógica foi diferente. Os
técnicos do TCU constataram,
ao comparar os médicos existentes em agosto de 2013 e
abril de 2014, que 161 cidades
(14%) sofreram redução –inclusive somando os profissionais
do Mais Médicos. Nesses municípios, havia 2.630 médicos
Jornal do Médico
– que, somados aos 262 que
chegaram pelo Mais Médicos,
totalizaram 2.892. Em abril de
2014, porém, o TCU constatou
só 2.288.
Em outras 239 cidades,
a quantidade estava igual a antes do início do programa. Em
168 houve aumento, mas em
número menor do que a quantidade de profissionais enviadas
pelo Mais Médicos. Outra constatação da auditoria é que 31%
dos médicos do programa não
tinham um supervisor, espécie
de avalista com a função de
auxiliá-los.
O programa previa essa
obrigatoriedade porque a maioria dos estrangeiros não teve o
diploma revalidado. Nas entrevistas feitas pelos auditores,
18% dos médicos admitiram
que a falta de conhecimento de
protocolos clínicos atrapalhou o
atendimento e 50% afirmaram
terem entrado em contato com
o supervisor para tirar dúvidas.
O ponto positivo mostrado pelo TCU é que o número de atendimentos de atenção
básica, como consultas, subiu
33% nas cidades atendidas pelo
Mais Médicos, ante 14% naquelas sem programa. Por outro
lado, 25% dos municípios que receberam o programa diminuíram
o número de consultas, o que
pode ser um indício de que os
médicos já existentes foram de
fato substituídos. Com informações da Folha de São Paulo.
Dr. Geraldo Ferreira Filho
Presidente Sinmed RN e Fenam
certos os Latinos, Veritas
Edostavam
Tempore Filia, a verdade é filha
tempo, ou mais comumente,
em português: O Tempo é Senhor
da Razão. A máscara do programa de saúde do governo, lançado
em 2013, em resposta a pesquisas
repetidas que mostravam a assistência à saúde como a principal
preocupação dos brasileiros, cai
pesadamente. O Programa Mais
Médicos, que na visão do Ministério Público do trabalho, em denúncia exemplar do procurador,
Dr. Sebastião Caixeta, precarizava
as relações trabalhistas, simulando
treinamento e ensino, para fraudar relações trabalhistas e pondo a
população em risco, quando não
permitia revalidação dos diplomas
de intercambistas cubanos, com
formação de qualidade suspeita,
ferindo os direitos humanos e a
boa fé dos doentes, se depara agora, dois anos após seu lançamento, com o ajuste de contas inevitável que todos têm que fazer com
a história e com a verdade. O Tribunal de Contas da União, TCU,
esfacela a credibilidade e os resultados do programa, em relatório
de auditoria. Mas antes vamos ver
como o governo usou o programa
para demonizar os médicos, que
sofreram as agressões e suportaram os adjetivos mais abjetos por
que ousaram mostrar as verdades
que agora se escancaram.
Percebendo o risco para
a população brasileira de um
programa que fraudava a lei e a
justiça, simulando ensino onde
havia trabalho, importando técnicos cubanos, sem permitir que os
Conselhos ou as Universidades os
avaliassem, transferindo dinheiro
para Cuba e tratando esses intercambistas como trabalho escravo,
os médicos brasileiros se insurgiram contra o modelo, exigindo
concurso, direitos trabalhistas,
carreira médica. A resposta do
governo foi brutal. De Playboys a
mercenários, de descompromissados a grosseiros, de racistas a corporativistas, a ira do governo, que
se julgava então dono de verdades
absolutas, taxou a categoria médica brasileira.
Como um trator de esteira, atropelou todas as discussões
e num trabalho de marketing escandaloso, jogou o povo contra
os médicos. Nada adiantou as Entidades médicas, Fenam e Sindicatos à frente, entrarem na justiça
em várias instâncias, como justiça
do trabalho, tribunal de justiça,
STF, TCU. A razão social argumentada falsamente pelo governo
de que faltavam médicos ou que
médicos brasileiros não queriam
ir para o interior ou periferias, ou
que as denúncias visavam reserva
de mercado, apoiada pela rede de
mentiras e de pesquisas encomendadas, prevaleceu, sendo a maioria das ações arquivadas ou rejeitadas. Mas Veritas Tempore Filia, a
verdade é filha do tempo.
Mostrando que não encarava os
formuladores do Mais Médicos
como artífices de um plano que
melhorava a sua saúde, a população derrotou fragorosamente
nas eleições de 2014 os principais nomes que comandaram a
criação, aprovação e implantação
do programa. Padilha, o ministro,
Rogério, o relator do projeto, e
Mozart, o secretário do Ministério
da Saúde, receberam o não dos
brasileiros às pretensões políticas
disputadas. Foi um sinal.
Agora, o Tribunal de Contas da União, em relatório de auditoria desfaz o resto da farsa. Há
menos médicos em 49% das cidades do que antes, um em cada
três médicos não recebe tutoria, o
que desfaz o mito de ensino, escancarando a fraude jurídica, há
no Brasil onze mil estrangeiros, e
os brasileiros perderam emprego,
substituídos por eles, o número
surpreendente de 25% de municípios fizeram menos consultas após
o programa, mostrando que realmente médicos brasileiros foram
demitidos.
E por fim cai por terra o
último grande mito que serviu ao
marketing do governo - faltam médicos. As inscrições para o Provab
de brasileiros foi este ano de 2015
de 15 mil médicos, a maioria
recém-formados, o governo disponibilizou pouco mais de 3 mil
e quinhentas vagas. Onze mil médicos brasileiros não encontraram
onde trabalhar, estando, portanto,
desempregados. E isso, antes da
avalanche de vagas de medicina
abertas em novas ou antigas faculdades, e sem a obrigatoriedade de
serviços civil ou compulsório previstos em uma série de projetos.
O que se fundamenta na fraude e
na mentira, corre o risco de ruir, a
tradição política, moral e religiosa
do ocidente há tempos proclama
que não há nada escondido que
não venha a ser revelado, nem
há nada oculto que não venha a
ser conhecido, ou que não se engana todo mundo o tempo todo.
As posições da Procuradoria do
trabalho, do TCU e o resultado
das inscrições do Provab mostram
a farsa do governo quando disse
faltar médicos no Brasil ou que
os Médicos não queriam ir para
interior. A verdade hoje é que
afrontando a lógica mais primária,
médicos concursados e contratos
pelos municípios convivem com
médicos estrangeiros que ao menos nominalmente recebem mais
do que eles, chegando numa prefeitura, como a de Natal no RN, a
ser quase a metade, e sem as regalias de transporte, alimentação e
moradia. Isso é certo? Diante disso
não pode haver outro grito - Médicos todos à luta, todos às ruas.
Cenário Médico
- Atendimento HM - Após dois anos de tentativas (em vão) de sanar
o problema do atendimento e internações em locais inapropriados
no Hospital Municipal (HM), o Ministério Público ajuizou ação civil
pública contra o Município de Governador Valadares. O processo
pede para que seja aplicada multa de R$100,00 por pessoa encontrada no corredor. Caso não haja acordo, o MP também pede aplicação de multa no patrimônio particular da prefeita e da secretária
municipal de saúde, caso haja algum descumprimento de ordem
judicial. “Nos foram passadas informações de que a administração
estaria tomando medidas paliativas para diminuir o problema. Todavia, comprovamos que o problema não está resolvido e a situação
persiste”, explicou o promotor responsável pelo caso, Lélio Braga
Calhau. “Já pedimos uma liminar para obrigar o município a tomar
uma providência, mas o município agora pode recorrer e vamos
aguardar o desfecho disso tudo”, disse Calhau.
- Reajuste - O Jornal Diário do Rio Doce divulgou matéria sobre
sentença favorável à classe médica perante o Município, em segunda instância, no processo impetrado pelo Sindicato dos Médicos de
Governador Valadares, exigindo reajuste anual geral de 4% para os
médicos que atuam na rede pública municipal. A sentença determina que o valor deve ser retroativo a agosto de 2012, época em que
o reajuste começou a ser pago a todos demais servidores, exceto
médicos e engenheiros. Ao se defender na reportagem, a Prefeitura
informou na reportagem que até então não tinha conhecimento da
sentença e que caberia recurso.
Jornal do Médico
Você conhece
o Código de Ética Médica?
16
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profissional, bem como
A RESOLUÇÃO CFM nº 1.649/2002, dispõe sobre descontos em honorários médicos
através de cartões de descontos.
“Art. 3º É considerada infração ética a comprovada associação ou referenciamento de
médicos a qualquer empresa que faça publicidade de descontos sobre honorários médicos.”
De acordo com a Resolução CFM 1931/2009 (Código de Ética Médica), é vedado ao
médico:
“Art. 18. Desobedecer aos acórdãos e às resoluções dos Conselhos Federal e Regionais
de Medicina ou desrespeitá-los.”
Portanto, fica sujeito a punição ética o médico que se associa a cartão de desconto.
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Edição de Janeiro e Fevereiro de 2015