JORNAL DO MÉDICO INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA DE GOV. VALADARES Edição Janeiro | Fevereiro 2014 - ANO XXVI - Nº 77 Do sonho à realidade. Casa do Médico será entregue em 2016. Págs. 04 e 05 CULTURA DIRETORIA CIÊNCIA DENÚNCIA AMGV e Germed trazem a GV espetáculo com atriz global e apresentação gratuita para associados. Saiba quem são os novos diretores da AMGV e as expectativas de alguns membros sobre nova gestão. Dr. Cícero Moraes apresenta estudo sobre trauma realizado no Hospital Municipal de Governador Valadares. Após reportagem, CFM divulga nota com sugestões para coibir irregularidades na venda de órteses e próteses. Página 06 Págs. 08 e 09 Página 10 Página 13 Jornal do Médico 3 • Eletrocardiograma • Ecocolorcardiograma • Monitorização ambulatorial de pressão arterial (Mapa) • Ultra sonografia vascular Dra. Joselma Mouffarreg da Costa CRM 28991 Atendemos particular e convênios. Rua Barão do Rio Branco, 681 - Sls. 402/603 | Ed. Climério Vieira. Centro - Goval. 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Foi muito Delegados Junto à Comissão de Defesa do Médico: Dr. Márcio Abreu Lima Rezende Dra. Márcia Maria Magalhães Oliveira Dr. Luiz Marcos Murta Dr. Emerson Ramos Lopes estão sendo firmadas. Podemos observar ainda novidades no layout do Jornal do Conselho Fiscal Titulares: Dr. Eduardo Souza Borges Dr. Guilherme Vieira da Rocha Dr. Ricardo Sacramento de Andrade Dra. Junea G. de Oliveira Ferrari Dr. Ronald de Souza Ramos ANUNCIAR LIGUE: (33) 9976-3874 27/02/15 13:30 Diretor de Comunicação da Associação Médica de Gov. Valadares prazeroso trabalhar com a antiga diretoria, que aqui homenageio em nome do ex Secretária AMGV: Maria da Penha Pereira Sant'Ana Anúncio IR 2015 ABO_22,5x16cm - Leste Mineiro.indd 1 Dr. Rodrigo Bretas Abreu Deleg. Titulares Junto à AMMG: Dr. Anderson Pereira dos Santos Dr. Daniel Gomes de Alvarenga Dr. Paulo Roberto de Azevedo Bicalho Dr. Wyllian Franco Villas Boas Dr. Ronald de Melo Costa Dr. Sebastião Fontes Santiago Dr. Fábio Mesquita de Souza Dr. Lucas Antônio Miranda R. Coelho Departamento de Relação com a Comunidade: Dr. Maurício Campos Dutra Dr. Rômulo Cesar Leite Coelho www.unicred.com.br/lestemineiro EDITORIAL Presidente Dr. Roberto Carlos Machado Vice-presidente Dr. Rômulo Cesar Leite Coelho I Diretor Financeiro Dr. Wilson Morlim Pereira II Diretor Financeiro Dr. Nilo Sérgio Nominato Secretária Geral Dra. Eusana M. Lemes Milbratz Diretor de Eventos Dr. Ubirajara Avelino Filho Dir. de Assuntos Profissionais Dra. Rosimara Morais Bonfim Capella Diretor Científico Dr. Cícero Morais Diretor de Comunicação Dr. Rodrigo Bretas Abreu Jornalista Responsável: Honofre Campos de Souza - DRT/MG 10946 Contato: [email protected] Impressão: Gráfica Nacional • Periodicidade: Bimestral • Tiragem: 1000 exemplares Distribuição gratuita: Associados AMGV, imprensa e autoridades. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da Associação Médica de Governador Valadares, bem como do Jornal do Médico. presidente Dr. Rômulo Coelho, com quem aprendi muito. Mas já neste breve período trabalhando com o novo presidente, Dr. Ro- berto Carlos Machado, vejo novidades interessantes e promissoras. São projetos relacionados à construção da Casa do Médico, que comeca a chegar em sua reta final; na Comunicação com nossos associados e aumento do número de beneficios oferecidos aos mesmos pela Associação Médica através de parcerias que Médico, que traz um formato maior, moderno e à altura de nossa entidade. Bom, infelizmente não temos apenas motivos para celebrar. Estamos pas- sando por um periodo muito difícil em relação à política e economia brasileiros e isso, sem dúvida nenhuma, afeta a saúde e, mais especificamente, aos médicos brasileiros. Acredito então que este é o momento mais propício para, cada vez mais, nos unirmos para defender os nossos interesses, e principalmente, o interesse da saúde brasileira como um todo. Espero que vocês desfrutem o conteúdo desta edição, que traz artigos de relevância não somente para nós médicos, mas para pacientes e população em geral. Espero que possamos estar unidos neste ano, em prol da valorização da nossa profissão e desta Associação. Agenda Cientifica 14/04/2015 a 17/04/2015 - Congresso Internacional do Grupo Ibero-americano de Medicina Transfusional 30/04/2015 a 02/05/2015 - 17º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé 14/05/2015 a 16/05/2015 - III Congresso Mineiro de Neuropsicologia 20/05/2015 a 23/05/2015 - 11º Congresso Mineiro de Nefrologia 03/06/2015 a 06/06/2015 - XVIII Congresso Brasileiro de Mastologia 19/06/2015 a 20/06/2015 - I Simpósio de Cuidado Paliativo da Zona da Mata Mineira 09/11/2016 a 12/11/2016 - XV Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar Jornal do Médico 4 Proprietários de salas no La Vitta aguardam ansiosos e otimistas QUA SE LÁ Símbolo de força e união da classe médica, Casa do Médico fica pronta em 2016 da construção e anuncia que serão desenvolvidas ações promocionais ao longo de 2015, visando o término do projeto com êxito. Entre elas, um concurso para escolha do nome de um médico para o auditório da Casa do Médico e a venda de espaços nas cadeiras do centro de convenções para aqueles que queiram ali eternizar o seu nome, de algum familiar ou empresa. “Precisamos conscientizar os colegas sobre a dimensão deste projeto e sua importância, não apenas para a nossa classe, que será diretamente beneficiada com o espaço, mas para toda comunidade”, argumenta o médico. “Diante das atuais circunstâncias no país, mais do que nunca o médico precisa mostrar sua força, e esta só acontece quando a classe permanece junta”, completa o ginecologista. Fot o: L e o M ora i s A classe médica de Governador Valadares e região terá em breve motivo para muito orgulho e satisfação. Um sonho que se prolonga há mais de 20 anos no imaginário da Associação Médica de Governador Valadares (AMGV) e seus associados, está enfim, prestes a tornar-se realidade. Trata-se da Casa do Médico, um projeto ousado e inédito em território nacional, que colocará a cidade no centro de um debate cada vez mais relevante: a união da classe. Por reunir num mesmo local os escritórios das principais entidades médicas do país – Associação Médica, Sindicato dos Médicos e Conselho Regional de Medicina – este conglomerado de instituições médicas apresenta-se como uma representação física e simbólica do ideal de união. “É, sem dúvida, um marco na história da nossa Associação Médica e será também um símbolo nacional da luta médica, pois representa a união física e ideológica das nossas três principais entidades”, diz o presidente da AMGV, Dr. Roberto Carlos Machado. Após uma série de alterações e adequações no projeto, visando o pleno atendimento das necessidades do segmento médico, a obra que está sendo construída num dos pontos mais valorizados da cidade (rua 7 de setembro, próximo ao shopping) caminha a passos largos para sua concretização. A previsão de entrega é para maio de 2016. Ocupando um espaço privilegiado nos andares iniciais do edifício La Vitta, A Casa do Médico terá um amplo salão de festa com capacidade para 470 lugares, auditório multiuso com 200 cadeiras, biblioteca, videoteca salas para reuniões e um espaço adequado para as atividades administrativas. Com três andares de estacionamento subterrâneo, o prédio contará ainda com 66 salas, que abrigarão diversos consultórios e clínicas na área médica, além de outros serviços. Machado, que inicia sua gestão à frente da AMGV, está otimista quanto ao andamento Edifício La Vitta abrigará sede da AMGV, CRM e Sinmed. Casa do Médico terá auditório para eventos científicos Projeto tambémconta com amplo salão de festas Jornal do Médico 5 Com um espantoso recorde nas vendas – todas as unidades comercializadas em menos de 10 dias – o edifício La Vitta onde estará situada a Casa do Médico, tende a ser um novo referencial em serviços de saúde em Valadares. Localizado próximo ao Shopping e nas imediações do Hospital Unimed, o prédio oferece conforto e comodidade aos usuários dos serviços que ali serão prestados. Por estes e outros atributos, proprietários de salas no local aguardam com enorme expectativa pela conclusão Dr. João Douglas da obra. O cirurgião oncológico João Douglas Nico aposta no La Vitta como um centro de convergência na área médica. Ao tomar conhecimento da proposta, tornou-se um dos investidores do empreendimento. “Minha expectativa é muito boa, pois teremos outros colegas médicos trabalhando ali no mesmo prédio. A localização é excelente e teremos também lá a sede de nossas três entidades, onde poderemos usufruir de uma magnífica estrutura para eventos de Obras do edifício La Vitta. Prédio abrigará Casa do Médico “Até o momento não tivemos nenhuma dificuldade que pudesse prejudicar o andamento da obra”, afirma conselheiro fiscal Mensalmente, representantes do condomínio se reúnem com os engenheiros responsáveis pela construção para uma prestação de contas. Eles recebem um relatório do que foi desenvolvido, gasto, pago, e a disponibilidade de recursos financeiros. “Até o momento não tivemos nenhuma dificuldade que pudesse prejudicar o andamento da obra”, afirma o administrador Élio Antônio Lacerda, proprietário de uma sala e conselheiro fiscal do grupo que acompanha a obra. Segundo ele, o prédio está com 24 meses de andamento, tendo evoluído mais da metade. Atualmente os trabalhos já avançam para a 5ª lage. natureza diversa”, argumenta. Atento ao cronograma da construção, o ginecologista Fredson Guilherme aguarda com ansiedade pela inauguração. “Tenho acompanhado e fico satisfeito, pois o cronograma está sendo seguido rigorosamente e sem inadimplência”, diz o médico. Ele explica que o plano de investir no La Vitta veio a partir da idéia de descentralização da área médica, partindo para uma região valorizada e com amplos benefícios para os seus usuários. Dr. Fredson Guilherme • Rampa de acesso para deficiente físico • Banheiro para cadeirante • Ambiente climatizado • Estacionamento para cliente • Laudo digital Seriedade, experiência e precisão. Trabalhamos pela excelência. Citologia em Meio Líquido Exames diagnósticos de citologia em meio líquido para preventivos, punções aspirativas e efusões pelo método Surepath BD. Resultados mais confiáveis de maneira mais rápida. 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O espetáculo promovido pela Associação Médica de Governador Valadares (AMGV) em parceria com a farmacêutica Germed, terá uma apresentação exclusiva para a classe médica, no dia 23 de abril, no teatro Atiaia. “Doutor! Como Enlouquecer um Médico em um Dia” é uma comédia produzida em família. A montagem tem autoria, direção e encenação de Yuri Gofman (um dos novos nomes da cena de dramaturgos e diretores cariocas), que se divide em seis personagens enquanto contracena com sua mãe, a atriz Rosane Gofman. O espetáculo conta ainda com a direção de produção de Kauê Gofman e assistência de direção de Daniel Gofman. Inspiradora, irônica e inteligente, a peça diverte o público ao contar a história de Consuelo (Rosane Gofman), uma médica que não vê mais o glamour da profissão, mas continua dedicada. Ela enfrenta a rotina de uma casa em constantes obras, uma cachorra diabética, um marido em férias com insuportável déficit de atenção e uma sogra infernal com a mania de ser: o diabo em pessoa. No seu último dia como médica da emergência, esperando descansar da sua dupla jornada, Dra. Consuelo nem imagina o que a espera em seu consultório particular. Seu último consolo é seu filho não ter escolhido a mesma profissão e ter ido estudar engenharia. Mas esse dia louco está apenas começando e muitas surpresas podem fazer nossa Atenção! doutora refletir sobre toda a sua vida Data: 23 de abril | Local: Teatro Atiaia, 21h até aqui e fazer o Ingressos: A entrada é franca para associapúblico dar muitas dos AMGV em dia com a entidade. gargalhadas de todos Como adquirir: Interessados devem fazer a reserva dos ingressos na AMGV pelo telefoque passam por seu ne (33) 3271-4902 e retirá-los em mãos na consultório e vão dar secretaria da entidade (edifício Montenegro, um novo significado 8º andar, sala 805, Centro). a palavra “Dodói”. Jornal do Médico 7 Questão puramente ética Dia 23 de abril, às 21h, no Teatro Atiaia Ronald Amaral Júnior Membro permanente da Comissão de Defesa do Médico, advogado da AMGV e do SINMED-GV É do conhecimento de todos o caso de um médico, no interior do Estado de São Paulo, que atendeu uma jovem de apenas 19 anos, a qual, anteriormente, dera causa à interrupção de sua gravidez, ao tomar quatro comprimidos de Cytotec, remédio para úlcera, mas usado como abortivo. Apresentam: Após prestar assistência médica a essa paciente, o médico julgou por bem comunicar à polícia o ocorrido, isto é, levou ao conhecimento da autoridade policial um crime de aborto de autoria da paciente, tanto que esta foi presa em flagrante, e depois liberada mediante pagamento de fiança. Em cena, Dra. Consuelo (Rosane Gofman) e o filho Yuri Gofman Comédia produzida em família para a família Diante desse caso, o que se lê e ouve nos noticiários é atuação de ofício do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, por entender que o médico incorreu em falta ética, descumprindo o artigo 73 do Código de Ética Médica, bem como a resolução 24.292/2000, já que em caso de abortamento “não pode o médico comunicar o fato à autoridade policial ou mesmo judicial, em razão de estar diante de uma situação de segredo profissional”. Ainda baseado nos noticiários, fala-se em até cassação do registro profissional do médico. A questão é puramente ética, não se tem a menor dúvida, fato a ser rigorosamente apurado em procedimento ético profissional, oportunizando-se ao médico o exercício do contraditório e da ampla defesa. A cassação é medida extrema, muito desproporcional ao fato em si; quem sabe uma advertência reservada, de conteúdo pedagógico, não só visando o próprio médico, mas advertindo todos os profissionais da medicina a importância de se conhecer o Código de Ética Médica. INGRESSOS LIMITADOS! Reserve o seu na Associação Médica de Governador Valadares pelo telefone (33) 3271-4902 Jornal do Médico Meio A cadêmico Estudantes de medicina retomam atividades Presidente: Dr. Roberto Carlos Machado Especialidade: Ginecologia Expectativa: A nova diretoria está composta por pessoas especiais, de maneira pessoal e profissional, as quais concordaram em ceder parte do seu tempo para o crescimento de toda a classe médica. Nesta gestão queremos valorizar a classe tão depreciada de duas maneiras: Com uma entidade forte e representativa; e uma sede condizente com nossa classe. Diretor Científico: Dr. Cícero Morais Especialidade: Ortopedia Expectativa: Houve uma renovação importante na diretoria e é sempre bom que outros colegas tenham oportunidades de mostrar seu trabalho. A diretoria científica pretende fazer reuniões nos moldes antigos da Quinta Científica, reorganizar as especialidades médicas em departamentos dentro da AMGV, organizando encontros científicos dessas especialidades e começar a programar um grande congresso regional em junho de 2016, na inauguração da nova sede. 9 Jornal do Médico Gestão Conheça os novos diretores da Associação Médica Foto: Leonardo Morais Em 2015, cinquenta novos estudantes de medicina entram para o quadro da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Valadares, somando ao grupo de veteranos formado por aproximadamente outros 200 alunos. Para receber os novos colegas de uma forma pró-ativa, membros do Diretório Acadêmico Eduardo Henrique Beber (DAEHB) promovem pela segunda vez um trote solidário, com intuito de arrecadar alimentos, mantimentos e outros materiais a entidades filantrópicas. “Há um ano organizamos essa gincana. Foi um sucesso, conseguimos arrecadar 130 quilos de alimentos”, conta Roni Duque, vice-presiente do DA. Este ano, a universidade abraçou o projeto, ampliando-o para todos os cursos, transformando numa gincana solidária, Roni e Rinaig, do DAEHB na qual os participantes tem uma pontuação e podem ser premiados com brindes. No retorno às atividades acadêmicas, o DAEHB se organiza para realizar novas eleições para diretoria, com mandato anual, renovado em março. Em seus primeiros anos de atuação o diretório acadêmico do curso de medicina vem tentando abrir portas para os alunos e se inserir na sociedade de Valadares. “Tivemos algumas conquistas como, por exemplo, a captação de professores para o curso. Hoje 80% deles são de Valadares. Isso graças também à participação da AMGV. Conseguimos a aprovação de uma lei na Câmara Municipal para obtenção de ossos para estudos acadêmicos, participamos de um acordo com a Polícia Civil buscando apoio com peças cadavéricas para nosso laboratório anatômico, entre outras ações”, cita Rinaig Carvalho, presidente do DA. Também por articulação do DAEHB, os alunos de medicina da UFJF participam com um estande na feira Saber Mais, no qual farão um registro histórico do curso, apresentando-o à comunidade. 8 Diretor de Comunicação: Dr. Rodrigo Bretas Abreu Especialidade: Patologista Expectativa: Estou com uma expectativa muito boa com a construção da Casa do Médico e inúmeras novas idéias que estamos colocando em prática, principalmente no sentido de aumentar os benefícios e aproximarmos mais os nossos associados. Delegada Junto à Comissão de Defesa do Médico: Dra. Márcia Maria Magalhães Oliveira Especialidade: Clínica Médica Expectativa: Nesta gestão, espero que a Associação Médica seja parceira do médico, principalmente na prática de novos conhecimentos, reforçando os departamentos científicos e congregando o médico em novos conhecimentos para melhoria profissional, bem como no reencontro de velhos e novos colegas. Delegado Titular junto à AMMG: Dr. Lucas Antônio M. R. Coelho Especialidade: Endocrinologia e metabologia Expectativa: Minha expectativa é de que estejamos cada vez mais unidos, pois passamos por momento em nosso país, no qual nossa classe não está sendo respeitada e é hora de mostrarmos nossa união. Em especial, em Governador Valadares, que possamos promover ações, que busquem cada vez mais o fortalecimento de nossa AMGV. Delegado Titular junto à AMMG: Dr. Daniel G. de Alvarenga Especialidade: Patologista Expectativa: A AMGV continua em mãos fortes e seguindo o mesmo norte! Por isso, continuo mais do que nunca participando da diretoria! Delegado Titular junto à AMMG: Dr. Fábio Mesquita de Souza Especialidade: Angiologia Expectativa: Acho o colega Roberto Carlos um administrador experimentado e com muita competência para o cargo. Sua gestão na Sogileste comprova o que digo! Desejo-lhe boa sorte neste novo desafio! Em novembro de 2014 tomaram posse os membros da nova diretoria da AMGV para a gestão que vai até 2016. Saiba quem são os novos diretores da Associação Médica de Governador Valadares, suas respectivas funções, especialidade e a opinião de alguns membros da diretoria sobre o que esperam de mais um período representando a classe médica em âmbito regional. Vice-presidente: Dr. Rômulo Cesar Leite Coelho Delegados Titulares junto à AMMG: Dr. AnderEspecialidade: Gastroenterologia son Pereira dos Santos; Especialidade: Cirurgia Geral | I Diretor Financeiro: Dr. Wilson Morlim Pereira Dr. Paulo Roberto de Azevedo Bicalho; EsEspecialidade: Cirurgia pecialidade: Gastroenterologia | Dr. Wyllian Franco Villas Boas; Especialidade: Anestesia | II Diretor Financeiro: Dr. Nilo Sérgio Nominato Dr. Ronald de Melo Costa; Especialidade: PeEspecialidade: Ginecologia diatria | Dr. Sebastião Fontes Santiago; EspeciaSecretária Geral: Dra. Eusana M. Lemes Milbratz lidade: Cirurgia. Especialidade: Oncologia Delegados Junto à Comissão de Defesa Diretor de Eventos: Dr. Ubirajara Avelino Filho do Médico: Dr. Márcio Abreu Lima Rezende; Especialidade: Ginecologia e Obstetrícia Especialidade: Ultrassonografia | Dr. Luiz Marcos Murta; Especialidade: Ginecologia e Diretora de Assuntos Profissionais: Dra. Rosimara Obstetrícia | Dr. Emerson Ramos Lopes; EspeMorais Bonfim Capella cialidade: Urologia. Especialidade: Cirurgia Plástica Conselheiros Fiscais Titulares: Dr. Eduardo Souza Borges; Especialidade: Ortopedia e traumatologia | Dr. Guilherme Vieira da Rocha; Especialidade: Cardiologia | Dr. Ricardo Sacramento de Andrade; Especialidade: Neurologia | Dra. Junea G. de Oliveira Ferrari; Especialidade: Infectolgia | Dr. Ronaldo de Souza Ramos; Especialidade: Urologia Departamento de Relação com a Comunidade: Dr. Maurício Campos Dutra; Especialidade: Oftalmologia | Dr. Rômulo Cesar Leite Coelho; Especialidade: Gastroenterologia. Jornal do Médico 10 Epidemia dos tempos modernos Estudo realizado no Hospital Municipal é apresentado por Dr. Cícero Moraes em Congresso Mineiro de Ortopedia Introdução: O trauma tem aumentado e com ele a gravidade das lesões ortopédicas. A amputação traumática é uma lesão que tem aumentado também em nosso meio e de resultados catastróficos para o paciente, sua família e a sociedade. Só com amputações em crianças de idade ≤ 17 anos os EUA gastam 21 milhões de dólares por ano. Objetivos: Apresentar os casos de amputação traumática ocorridos no ano de 2013, de pacientes atendidos no Hospital Municipal de Governador Valadares (MG). Materiais e Métodos: Foi feito um estudo retrospectivo dos prontuários, avaliando Idade, Sexo, Local da amputação, Mês do verdade funciona como um hospital regional, atende uma grande população estimada em 1,8 milhões de habitantes, composta por quase 80 municípios vizinhos. A gravidade dos casos também tem aumentado e observou-se um grande número de amputações traumáticas entre as vítimas de acidentes. Isso leva a um Jornal do Médico Brasil avança no combate à doença de Chagas Trauma O trauma virou uma epidemia nos tempos modernos e o trânsito é uma das principais causas. Nossa cidade, Governador Valadares, infelizmente tem acompanhado essa tendência, principalmente pelas estradas que cortam a região e o grande número de motocicletas usadas atualmente. O Hospital Municipal, que na 11 atendimento complexo, dispendioso e que deixa seqüelas importantes, com um custo pessoal e social muito grande. Em virtude desta situação, apresentamos um estudo feito no Hospital Municipal de Governador Valadares, apresentado no 19º Congresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia, na cidade de Tiradentes, em 2014. ano, Mecanismo do trauma, Lado acometido; Lesões associadas e os índices de ISS e MESS. Resultados: Um total de 27 pacientes foram vítimas de amputações traumáticas no ano de 2013, sendo 26 do sexo masculino, os meses mais acometidos foram janeiro, agosto e outubro, no período da tarde. Os membros mais acometidos foram a mão, o pé e a coxa. Conclusões: A incidência é alta quando comparada com outros trabalhos da literatura e alerta para a importância do tema e a necessidade de estruturação qualificada das instituições que atendem esse tipo de trauma grave no atendimento pré e hospitalar. Uma vacina capaz de impedir o avanço da doença de Chagas e atenuar danos causados por essa enfermidade acaba de ser testada com sucesso em camundongos no Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Os animais apresentaram melhora significativa na sua função cardíaca. Resultados Os resultados foram apresentados por pesquisadores do Laboratório de Biologia das Interações do IOC, do Centro de Pesquisas René Rachou (também da Fiocruz), das universidades federais Fluminense, de Minas Gerais, O estudo foi publicado em janeiro deste ano na revista científica PloS Pathogens. A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e seu principal vetor é o inseto popularmente conhecido como barbeiro. Fase aguda Na fase aguda da doença, são comuns sintomas como inflamação do miocárdio (que pode resultar em dor no peito, batida anormal do coração e parada cardíaca) e do cérebro e meninges. Na fase crônica, aproximadamente 30% dos portadores da enfermidade desenvolvem sua forma cardíaca, O protozoário ‘Trypanosoma cruzi’ é o causador da doença de Chagas. (imagem: Ricardo Amaral/ LBI/ IOC) de Santa Catarina e de São Paulo e da Universidade de Massachusetts Medical School, nos Estados Unidos, todos ligados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas (INCTV). que pode levar a arritmias graves e insuficiência cardíaca. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 2 a 3 milhões de pessoas são portadoras da doença em sua forma crônica no Brasil. Vacina contra câncer apresenta 90% de eficácia Uma empresa israelense de biotecnologia está desenvolvendo uma vacina para o câncer, que não é criada para tratar a doença, mas para impedir que ela volte. A Vaxil BioTherapeutics, com sede em Nes Ziona, Israel, passou mais de meia década desenvolvendo a “ImMucin”. Vacina A vacina profilática contra o câncer pode desencadear uma resposta em aproximadamente 90% de todos os tipos de câncer, de acordo com a empresa. “A Vaxil está desenvolvendo um medicamento para impedir que o câncer volte”, conta Julian Levy, Diretor Financeiro da Vaxil, à NoCamels.com. “Estamos tentando aproveitar o poder natural do sistema imunológico para lutar contra o câncer, buscando células cancerosas e destruindo-as”. Levy explica que a ImMucin não é um substituto para os tratamentos tradicionais contra o câncer, como a quimioterapia, ou a radiação. Ele atua apenas nas fases iniciais da detecção e a remissão da doença. O medicamento exige um corpo relativamente saudável para ser totalmente eficaz. O remédio A ImMucin trabalha esti- mulando uma parte do sistema imunológico e ensinando-o a atacar certas células com certos marcadores que indicam a presença de câncer. Quando o medicamento é introduzido durante uma fase inicial do câncer, a esperança é de que enquanto o câncer de um paciente recua, o sistema imunológico é treinado adequadamente para saber quais células destruir e com quais não interferir. Testes Esta resposta imunológica foi consistente ao longo dos testes clínicos da Vaxil com a vacina ao longo dos últimos anos. A empresa realizou testes exclusivamente em pacientes com mieloma múltiplo até janeiro de 2014, quando iniciou os testes em pacientes com câncer de mama. A Levy está confiante que a ImMucin estará no mercado até o final desta década. Jornal do Médico 12 Jornal do Médico 13 Denúncia Virtudes Médicas – Confiabilidade momento de comunicar más notícias, como o diagnóstico de um câncer intratável ou a baixa expectativa de sobrevida num paciente grave internado na Unidade de Tratamento Intensivo. Alguns defendem que o médico pode ocultar o diagnóstico ou o prognóstico para oferecer momentos mais proveitosos ao paciente, para que se desfrute do resto da vida sem o peso da consciência da morte. Tal postura de ocultação da verdade, porém, é uma armadilha. Negar a realidade ao paciente autônomo é negar-lhe o conhecimento necessário acerca de sua vida para que ele programe de forma adequada suas prioridades. Se o diagnóstico e a informação do prognóstico demorarem muito, tempo precioso pode ser perdido, e danos irreversíveis podem ser acrescidos à situação já dramática do paciente. Com isso não quero dizer que a informação deve ser dada de qualquer forma e imediatamente. Daí a necessidade de treinar os jovens médicos na arte de comunicar más notícias. Algumas dicas preciosas do nefrologista Jean Hamburger: 1- O ponto primordial é a formação da relação com o paciente; 2- Não basta se apoiar somente no instinto e no amor ao próximo (há formas adequadas de executar ações em saúde); 3- Entender reações psicológicas do paciente; 4- Utilizar auxílio, informação e conforto como instrumentos terapêuticos; 5- Não utilizar palavras com forte conteúdo emotivo negativo como: morte, lepra, câncer, coma ou autópsia (ou fazê-lo de forma gradual e empática); 6- Explicar tudo ao paciente e jamais, jamais mentir; 7- A explicação de cada ato praticado reduz o desconforto e a dor; 8- Jamais anunciar uma doença como absolutamente incurável ou intratável; permitir um mínimo de esperança. Dr.Lincoln Miranda Alvarenga (DERMATOLOGISTA) (ALERGIAS E DOENÇAS DE PELE, CABELOS E UNHAS) Horário de atendimento: Segunda a Sexta - de 08 às 11 horas e das 14 às 18 horas Email: [email protected] Rua Israel Pinheiro - 2480 | Telefone: (33) 3271-4445 Jean Hamburger já avisava que certas palavras não devem ser utilizadas, e que um resquício de esperança, por menor que seja, nunca deve ser extirpado. Tais medidas temperam a confiabilidade do médico com tratos humanísticos e empáticos ao sofrimento do paciente [3]. O último conselho poderia ser questionado, mas o fato real é que inúmeras pesquisas acontecem todos os dias buscando soluções e alívio para doenças ainda incuráveis ou intratáveis, e a esperança de alguma novidade sempre existe. Até mesmo as situações mais corriqueiras do cotidiano médico exigem confiabilidade. Ao solicitar exames para diagnosticar determinada condição de saúde do paciente, o médico precisa ser claro e veraz em suas suspeitas, e informar ao paciente sobre as repercussões do diagnóstico. Ao realizar o diagnóstico, o médico precisa informar ao paciente o prognóstico de acordo com as diferentes formas de tratamento adotadas. O paciente precisa acreditar que o médico é confiável e benevolente, ou jamais confiará no plano terapêutico prescrito. E é preciso lembrar que o médico é buscado em uma situação extrema, na qual o paciente se encontra frágil, assustado e disposto a entregar, muitas vezes, grande parcela de sua autonomia em mãos de outrem, em quem deposita grandes esperanças. Cabe ao médico avaliar de forma verdadeira a esperança nele depositada e agir de acordo. Interesses discretos ou ocultos não cabem numa Relação Médico-Paciente saudável. O médico precisa ser bem claro e confiável até mesmo em relações entre profissionais, como apresentações acadêmicas nos congressos, informando possíveis interações com laboratórios e verbas recebidas de fontes privadas ou públicas. A confiabilidade também é crucial nas passagens de plantão, nas quais a informação transmitida poderá auxiliar a salvar vidas e ganhar tempo. Sem confiabilidade, a Medicina gerará somente desconfiança e hostilidade. Não está em jogo somente o nome do médico, mas toda a confiabilidade da sociedade na Medicina e a percepção dessa antiga profissão como empreendimento honrado. Fotos: Honofre Souza Uma virtude central em toda relação humana sem dúvida nenhuma é a confiabilidade[1]. Alain Peyrefitte já apontava o valor que a confiança tem no caminhar de uma sociedade e qual o seu papel no desenvolvimento: sem confiança não há ambiente para nenhum tipo de progresso, somente há o caos[2]. Das relações de confiança que perduram nas diferentes sociedades, uma das mais emblemáticas e complexas, porém essencial, é a Relação Médico-Paciente. E parte dessa relação de confiança é a crença na disposição alheia em contar a verdade. O paciente busca o médico confiando que, geralmente: O médico o informará se o problema de saúde estiver acima de sua capacidade de resolução ou auxílio; O médico informará tudo o que é importante saber acerca da condição de saúde; O médico informará as melhores opções possíveis ao paciente, explicando cada uma e aconselhando se preciso for; O médico não esconderá informações intencionalmente ou, se o fizer considerando o bem do paciente, o fará apenas de forma temporária. Essa confiabilidade repousa sobre outras características também essenciais ao médico. A principal dessas características é o espírito de benevolência junto com seu complemento indispensável: a não maleficência. O médico porta-se de forma confiável sabendo que isso se traduz num bem para seu paciente, e este bem envolve a comunicação da verdade e a atuação sincera como elementos para a manutenção da integridade do paciente, considerando acima de tudo a integridade como um elemento beneficente, e a autonomia do paciente como um dos componentes da sua integridade. Outra característica é o autoconhecimento do médico, que deve verificar em sua consciência o que sabe, o quanto sabe e com que fim sabe algo. Sem a noção adequada do próprio conhecimento o médico age de forma imprudente (o contrário da grande virtude médica: a prudência ou phronesis). O médico utiliza a confiabilidade em diversas situações. Comento acerca de duas situações. Hoje em dia se fala muito acerca do Testamento Vital, no qual o paciente deixa um relato de como quer ser tratado próximo à sua morte. Cabe ao médico assistente fazer cumprir a vontade de seu paciente mesmo na ausência de sua consciência por motivo de agravo à saúde. O médico que recebeu a honrosa posição de protetor da vontade de seu paciente deve zelar com honra, veracidade e extrema confiabilidade no momento mais frágil da existência humana. Uma situação mais comum na realidade do médico brasileiro é o [1] PELLEGRINO, Edmund D.; THOMASMA, David C. The Virtues in Medical Practice. New York, NY: Oxford University Press, 1993, p. 65-78. [2] PEYREFITTE, Alain. La societe de confiance: Essai sur les origines et la nature du developpement. France: Editions O. Jacob, 1995. [3] HAMBURGER, Jean. Conseils aux étudiants en médicine dans mon service. Paris: Flammarion; 1963. Fonte: Academia Médica CFM divulga nota com sugestões para coibir irregularidades na venda de órteses e próteses O Conselho Federal de Medicina (CFM) já propôs às autoridades competentes – Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) – a criação de mecanismos para regular a comercialização de órtoses, próteses e materiais especiais, por meio da fixação de preços para o segmento. Dentre as vantagens desse mecanismo, destacam-se a maior transparência nas negociações com fornecedores; o aumento do controle do comportamento dos preços no mercado; a oferta de subsídios aos gestores na tomada de decisão; e a redução da possibilidade de lucros abusivos e exorbitantes, os quais abrem brechas para atividades ilícitas. Este é um dos itens de destaque em nota disponibilizada pela autarquia, que “reitera apoio às investigações para coibir práticas condenadas pela imensa maioria dos 400 mil médicos brasileiros, que, historicamente, têm se posicionado contra a cultura da impunidade – em todos os campos da vida em sociedade – no nosso país evitando danos aos pacientes e prejuízos econômicos”. Brasília, 6 de janeiro de 2015. NOTA DE ESCLARECIMENTO Á SOCIEDADE Com relação à denúncia de irregularidades na prescrição de órteses e próteses, o Conselho Federal de Medicina (CFM) esclarece que: 1) De acordo com os artigos 68 e 69, do Código de Ética Médica, é proibido ao médico interação com qualquer segmento da indústria farmacêutica e de outros insumos para a saúde com o intuito de manipular, promover ou comercializar produtos por meio de prescrição; 2) Em 2010, foi aprovada a Resolução CFM nº 1.956, que estabelece normas específicas para a prescrição de órteses, próteses e materiais implantáveis, que, entre outros pontos, veda ao médico exigir fornecedor ou marca comercial exclusivos. As regras valem para as relações dos médicos com instituições públicas, operadoras de planos de saúde e no setor privado; 3) Ao longo dos anos o CFM tem agido com critério e rigor no julgamento de processos ético-profissionais – em grau de recurso – cujo objeto seja denúncia de interação entre o médico e setores das indústrias de medicamentos ou de insumos, como órteses e próteses; 4) Desde 2004 até novembro de 2014, foram emitidas cerca de 230 penalidades ético-profissionais para casos onde se constatou este tipo de interação entre o médico e setores da indústria e da farmácia. Deste total, houve 28 cassações, 26 suspensões do exercício profissional e mais de 140 censuras; 5) Como solução para eliminar definitivamente possíveis irregularidades na comercialização das órteses e próteses, o CFM já propôs às autoridades competentes – Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) – a criação de mecanismos para regular esta prática, por meio da fixação de preços para o segmento (a chamada precificação); 6) Dentre as vantagens desse mecanismo, destacam-se a maior transparência nas negociações com fornecedores; o aumento do controle do comportamento dos preços no mercado; a oferta de subsídios aos gestores na tomada de decisão; e a redução da possibilidade de lucros abusivos e exorbitantes, os quais abrem brechas para atividades ilícitas; 7) Essa sugestão do CFM, já apresentada às autoridades competentes em diferentes oportunidades, ainda aguarda resposta e a tomada de decisão para implementação; 8) Independentemente disso, em 2014, foi apresentado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 7579/14, que se aprovado, altera a Lei nº 10.742, de 6 de outubro de 2003, para dispor sobre a regulamentação econômica do setor de órteses, próteses, produtos para a saúde e incluir na competência da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que já existe dentro da estrutura da Anvisa. Finalmente, o CFM reitera apoio às investigações para coibir práticas condenadas pela imensa maioria dos 400 mil médicos brasileiros, que, historicamente, têm se posicionado contra a cultura da impunidade – em todos os campos da vida em sociedade – no nosso país evitando danos aos pacientes e prejuízos econômicos. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA - CFM Jornal do Médico 14 15 A Verdade é Filha do Tempo! Mais Médicos Após 1 ano do programa, metade das prefeituras perdeu profissionais Das primeiras cidades a receber profissionais do Mais Médicos, quase metade (49%) tinha, após menos de um ano, uma quantidade menor de médicos na rede pública municipal do que no dia em que os bolsistas chegaram. Além disso, ao menos um de cada três médicos do programa trabalhava sem a supervisão prevista nas regras. Essas são algumas das constatações de uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) no principal programa social do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, usado como vitrine na campanha de reeleição. Para o órgão de controle, o Ministério da Saúde não faz um monitoramento adequado “para assegurar que os municípios não substituam médicos que já compunham equipes de atenção básica pelos participantes do projeto nem que haja redução do número de equipes”. Os ministros do TCU determinaram à pasta a abertura de apuração sobre o caso. O ministério informou ao jornal Folha de São Paulo, que os municípios foram notificados e apresentaram justificativas. Em 2013, ano inicial do projeto, 1.174 municípios receberam profissionais do programa, que busca levar médicos ao interior e a periferias das grandes cidades - para isso, trouxe cerca de 11 mil estrangeiros para o país. Em agosto daquele ano, a Folha mostrou que prefeitos de 11 cidades pretendiam demitir médicos após a chegada dos profissionais do programa. O então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que, quem fizesse isso, poderia sair do Mais Médicos. A ameaça pode ter tido algum efeito de assustar essas cidades que declararam que fariam as demissões: quatro das 11 receberam médicos até 2013, sendo que três aumentaram seus profissionais e só uma reduziu a quantidade. Pelo país inteiro, porém, a lógica foi diferente. Os técnicos do TCU constataram, ao comparar os médicos existentes em agosto de 2013 e abril de 2014, que 161 cidades (14%) sofreram redução –inclusive somando os profissionais do Mais Médicos. Nesses municípios, havia 2.630 médicos Jornal do Médico – que, somados aos 262 que chegaram pelo Mais Médicos, totalizaram 2.892. Em abril de 2014, porém, o TCU constatou só 2.288. Em outras 239 cidades, a quantidade estava igual a antes do início do programa. Em 168 houve aumento, mas em número menor do que a quantidade de profissionais enviadas pelo Mais Médicos. Outra constatação da auditoria é que 31% dos médicos do programa não tinham um supervisor, espécie de avalista com a função de auxiliá-los. O programa previa essa obrigatoriedade porque a maioria dos estrangeiros não teve o diploma revalidado. Nas entrevistas feitas pelos auditores, 18% dos médicos admitiram que a falta de conhecimento de protocolos clínicos atrapalhou o atendimento e 50% afirmaram terem entrado em contato com o supervisor para tirar dúvidas. O ponto positivo mostrado pelo TCU é que o número de atendimentos de atenção básica, como consultas, subiu 33% nas cidades atendidas pelo Mais Médicos, ante 14% naquelas sem programa. Por outro lado, 25% dos municípios que receberam o programa diminuíram o número de consultas, o que pode ser um indício de que os médicos já existentes foram de fato substituídos. Com informações da Folha de São Paulo. Dr. Geraldo Ferreira Filho Presidente Sinmed RN e Fenam certos os Latinos, Veritas Edostavam Tempore Filia, a verdade é filha tempo, ou mais comumente, em português: O Tempo é Senhor da Razão. A máscara do programa de saúde do governo, lançado em 2013, em resposta a pesquisas repetidas que mostravam a assistência à saúde como a principal preocupação dos brasileiros, cai pesadamente. O Programa Mais Médicos, que na visão do Ministério Público do trabalho, em denúncia exemplar do procurador, Dr. Sebastião Caixeta, precarizava as relações trabalhistas, simulando treinamento e ensino, para fraudar relações trabalhistas e pondo a população em risco, quando não permitia revalidação dos diplomas de intercambistas cubanos, com formação de qualidade suspeita, ferindo os direitos humanos e a boa fé dos doentes, se depara agora, dois anos após seu lançamento, com o ajuste de contas inevitável que todos têm que fazer com a história e com a verdade. O Tribunal de Contas da União, TCU, esfacela a credibilidade e os resultados do programa, em relatório de auditoria. Mas antes vamos ver como o governo usou o programa para demonizar os médicos, que sofreram as agressões e suportaram os adjetivos mais abjetos por que ousaram mostrar as verdades que agora se escancaram. Percebendo o risco para a população brasileira de um programa que fraudava a lei e a justiça, simulando ensino onde havia trabalho, importando técnicos cubanos, sem permitir que os Conselhos ou as Universidades os avaliassem, transferindo dinheiro para Cuba e tratando esses intercambistas como trabalho escravo, os médicos brasileiros se insurgiram contra o modelo, exigindo concurso, direitos trabalhistas, carreira médica. A resposta do governo foi brutal. De Playboys a mercenários, de descompromissados a grosseiros, de racistas a corporativistas, a ira do governo, que se julgava então dono de verdades absolutas, taxou a categoria médica brasileira. Como um trator de esteira, atropelou todas as discussões e num trabalho de marketing escandaloso, jogou o povo contra os médicos. Nada adiantou as Entidades médicas, Fenam e Sindicatos à frente, entrarem na justiça em várias instâncias, como justiça do trabalho, tribunal de justiça, STF, TCU. A razão social argumentada falsamente pelo governo de que faltavam médicos ou que médicos brasileiros não queriam ir para o interior ou periferias, ou que as denúncias visavam reserva de mercado, apoiada pela rede de mentiras e de pesquisas encomendadas, prevaleceu, sendo a maioria das ações arquivadas ou rejeitadas. Mas Veritas Tempore Filia, a verdade é filha do tempo. Mostrando que não encarava os formuladores do Mais Médicos como artífices de um plano que melhorava a sua saúde, a população derrotou fragorosamente nas eleições de 2014 os principais nomes que comandaram a criação, aprovação e implantação do programa. Padilha, o ministro, Rogério, o relator do projeto, e Mozart, o secretário do Ministério da Saúde, receberam o não dos brasileiros às pretensões políticas disputadas. Foi um sinal. Agora, o Tribunal de Contas da União, em relatório de auditoria desfaz o resto da farsa. Há menos médicos em 49% das cidades do que antes, um em cada três médicos não recebe tutoria, o que desfaz o mito de ensino, escancarando a fraude jurídica, há no Brasil onze mil estrangeiros, e os brasileiros perderam emprego, substituídos por eles, o número surpreendente de 25% de municípios fizeram menos consultas após o programa, mostrando que realmente médicos brasileiros foram demitidos. E por fim cai por terra o último grande mito que serviu ao marketing do governo - faltam médicos. As inscrições para o Provab de brasileiros foi este ano de 2015 de 15 mil médicos, a maioria recém-formados, o governo disponibilizou pouco mais de 3 mil e quinhentas vagas. Onze mil médicos brasileiros não encontraram onde trabalhar, estando, portanto, desempregados. E isso, antes da avalanche de vagas de medicina abertas em novas ou antigas faculdades, e sem a obrigatoriedade de serviços civil ou compulsório previstos em uma série de projetos. O que se fundamenta na fraude e na mentira, corre o risco de ruir, a tradição política, moral e religiosa do ocidente há tempos proclama que não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem há nada oculto que não venha a ser conhecido, ou que não se engana todo mundo o tempo todo. As posições da Procuradoria do trabalho, do TCU e o resultado das inscrições do Provab mostram a farsa do governo quando disse faltar médicos no Brasil ou que os Médicos não queriam ir para interior. A verdade hoje é que afrontando a lógica mais primária, médicos concursados e contratos pelos municípios convivem com médicos estrangeiros que ao menos nominalmente recebem mais do que eles, chegando numa prefeitura, como a de Natal no RN, a ser quase a metade, e sem as regalias de transporte, alimentação e moradia. Isso é certo? Diante disso não pode haver outro grito - Médicos todos à luta, todos às ruas. Cenário Médico - Atendimento HM - Após dois anos de tentativas (em vão) de sanar o problema do atendimento e internações em locais inapropriados no Hospital Municipal (HM), o Ministério Público ajuizou ação civil pública contra o Município de Governador Valadares. O processo pede para que seja aplicada multa de R$100,00 por pessoa encontrada no corredor. Caso não haja acordo, o MP também pede aplicação de multa no patrimônio particular da prefeita e da secretária municipal de saúde, caso haja algum descumprimento de ordem judicial. “Nos foram passadas informações de que a administração estaria tomando medidas paliativas para diminuir o problema. Todavia, comprovamos que o problema não está resolvido e a situação persiste”, explicou o promotor responsável pelo caso, Lélio Braga Calhau. “Já pedimos uma liminar para obrigar o município a tomar uma providência, mas o município agora pode recorrer e vamos aguardar o desfecho disso tudo”, disse Calhau. - Reajuste - O Jornal Diário do Rio Doce divulgou matéria sobre sentença favorável à classe médica perante o Município, em segunda instância, no processo impetrado pelo Sindicato dos Médicos de Governador Valadares, exigindo reajuste anual geral de 4% para os médicos que atuam na rede pública municipal. A sentença determina que o valor deve ser retroativo a agosto de 2012, época em que o reajuste começou a ser pago a todos demais servidores, exceto médicos e engenheiros. Ao se defender na reportagem, a Prefeitura informou na reportagem que até então não tinha conhecimento da sentença e que caberia recurso. Jornal do Médico Você conhece o Código de Ética Médica? 16 Classificado Prestando um serviço aos profissionais médicos associados, clínicas e consultórios, a AMGV Dr. Márcio Rezende Vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) disponibiliza este espaço gratuito para você que tenha interesse em anunciar locação, aluguel ou venda de salas para atividade profissional, bem como A RESOLUÇÃO CFM nº 1.649/2002, dispõe sobre descontos em honorários médicos através de cartões de descontos. “Art. 3º É considerada infração ética a comprovada associação ou referenciamento de médicos a qualquer empresa que faça publicidade de descontos sobre honorários médicos.” De acordo com a Resolução CFM 1931/2009 (Código de Ética Médica), é vedado ao médico: “Art. 18. Desobedecer aos acórdãos e às resoluções dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina ou desrespeitá-los.” Portanto, fica sujeito a punição ética o médico que se associa a cartão de desconto. www.laboratorioalvarenga.com.br Investindo no melhor para você. Ontem, hoje, amanhã! Em 2014: - Investimento em Agilidade: 90% dos exames liberados em até 5 DIAS ÚTEIS! - Investimento em Tecnologia: Pioneiro em Citologia de Base Líquida ; automação total do processo de coloração de lâminas; realização de colorações histoquímicas; uso de código de barras por leitura à laser nos pedidos e lâminas. - Investimento em Conhecimento: Aprovação do Dr. Daniel Alvarenga em concurso público para Professor Titular de Patologia da UFJF; participação no Congresso Brasileiro de Citopatologia. - Investimento em Confiança: 95% dos exames positivos ou suspeitos assinados por DOIS PATOLOGISTAS. 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