REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AA ANO LXV - Nº 72 - TERÇA-FEIRA, 18 DE MAIO DE 2010 - BRASÍLIA-DF MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2009/2010) PRESIDENTE MICHEL TEMER – PMDB-SP 1º VICE-PRESIDENTE MARCO MAIA – PT-RS 2º VICE-PRESIDENTE ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – DEM-BA 1º SECRETÁRIO RAFAEL GUERRA – PSDB-MG 2º SECRETÁRIO INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR-PE 3º SECRETÁRIO ODAIR CUNHA – PT-MG 4º SECRETÁRIO NELSON MARQUEZELLI – PTB-SP 1º SUPLENTE MARCELO ORTIZ – PV-SP 2º SUPLENTE GIOVANNI QUEIROZ – PDT-PA 3º SUPLENTE LEANDRO SAMPAIO – PPS-RJ 4º SUPLENTE MANOEL JUNIOR – PMDB-PB CONGRESSO NACIONAL 20866 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 CÂMARA DOS DEPUTADOS SUMÁRIO SEÇÃO I 1 – ATA DA 110ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, SOLENE, MATUTINA, DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 17 DE MAIO DE 2010 I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Leitura do expediente OFÍCIOS AVISO Nº 40/2010 – Do Banco Central do Brasil – Encaminha ao Congresso Nacional o demonstrativo das emissões referentes ao primeiro trimestre de 2010, as razões delas determinantes e a posição das reservas internacionais a elas vinculadas, bem como o relatório da execução da programação monetária..................................................................... 20874 Nº 150/10 – Do Senhor Deputado Lincoln Portela, Líder do PR, em exercício, solicitando o desligamento da Deputada Luciana Costa da CPI para investigar denúncia feita, sobre a existência do comércio clandestino de substâncias abortivas e da prática do aborto no Brasil.............................. 20886 N° 127/10 – Do Senhor Deputado Cláudio Cajado, Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, comunicando a apreciação do PL nº 6.255/09.................................................................. 20887 N° 128/10 – Do Senhor Deputado Cláudio Cajado, Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, comunicando a apreciação do PL nº 6.019/09.................................................................. 20887 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS N° 156/10 – Do Senhor Deputado Cláudio Cajado, Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, comunicando a apreciação do PL nº 5.397/09.................................................................. Nº 311/10 – Do Senhor Deputado Dr. Ubiali, Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, comunicando que o PL nº 32/99 recebeu pareceres divergentes das Comissões de mérito, passando a tramitar sob a apreciação do Plenário........................................... Nº 316/10 – Do Senhor Deputado Dr. Ubiali, Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, comunicando a apreciação do PL nº 4.707/09. .............................. N° 238/10 – Do Senhor Deputado Pepe Vargas, Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, comunicando a leitura do Aviso nº 26/10, do Banco Central do Brasil.......................................... N° 5/10– Do Senhor Deputado Jorge Khoury, Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, comunicando a apreciação do PL nº 623/03...................................................... Nº 59/10 – Do Senhor Deputado Mário Negromonte, Presidente da Comissão de Minas e Energia, comunicando a aprovação do PL nº 4.251/08 e seus apensados................................................... Nº 72/10 – Do Senhor Deputado Emanuel Fernandes, Presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, comunicando a apreciação da PFC nº 40/08................................... Nº 152/10 – Do Senhor Deputado Vieira da Cunha, Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, comunicando que o PL nº 3.481/08 recebeu pareceres divergentes das Comissões de mérito, passando a tramitar sob a apreciação do Plenário................................................................... Nº 190/10 – Do Senhor Deputado Vieira da Cunha, Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, comunicando a apreciação do PL nº 5.216/09............................................................. Nº 198/10 – Do Senhor Deputado Vieira da Cunha, Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, comunicando que o Deputado Manato assumirá a direção dos trabalhos da referida Comissão no período de 17 a 27-5-10................... Nº 81/10 – Do Senhor Deputado Alex Canziani, Presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, comunicando a aprovação do PL nº 6.472/09................................................... Nº 305/10 – Do Senhor Deputado Arnaldo Faria de Sá, solicitando o envio da Medida Privisória nº 475/08 ao Senado Federal............................ Nº 116/10 – Do Gabinete da Senhora Deputada Janete Rocha Pietá, encaminhando correspondência para ser anexada ao Ofício JRP 112/10, de 28-4-10................................................................... Terça-feira 18 20867 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO 20887 N° 483/2010 – do Sr. Gonzaga Patriota – Dá nova redação ao inciso II e acrescenta o inciso IV-A ao art. 37 da Constituição Federal.......................... 20895 PROJETOS DE LEI 20887 20888 20888 20889 20889 20889 20889 20890 20890 20891 20891 20892 N° 7.245/2010 – do Senado Federal – Inclui o nome do cidadão Pedro Aleixo na galeria dos que foram ungidos pela Nação Brasileira para a Suprema Magistratura...................................................... N° 7.253/2010 – do Sr. Sandro Mabel – Altera a redação do art. 285 e do § 2º do art. 288 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre recurso contra infração........................................... N° 7.262/2010 – do Sr. Antônio Roberto – Inclui artigo na Lei Nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para dispor sobre a adoção do carregador de celular universal. ............................................................... N° 7.265/2010 – do Sr. Márcio França – Dispõe sobre a instalação de anteparos visuais em caixas e terminais de auto-atendimento em estabelecimentos bancários.......................................... N° 7.268/2010 – do Sr. Wellington Fagundes – Dispõe sobre a obrigatoriedade dos condutores manterem acesos os faróis dos veículos automotores nas rodovias federais, utilizando luz baixa, independente do horário......................................... N° 7.269/2010 – do Sr. Wellington Fagundes – Determina a interdição de estabelecimentos e instituições que facilitem ou promovam a exploração sexual comercial e o aliciamento de crianças e adolescentes........................................................ N° 7.270/2010 – do Sr. Wellington Fagundes – Dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção de registro dos usuários de “lan houses” e estabelecimentos similares que provêm acesso à internet................................................................. N° 7.278/2010 – do Senado Federal – Denomina “Avenida de Integração Prefeito Olavo de Matos” o trecho da BR-259 que liga os Municípios de Curvelo e Inimutaba, no Estado de Minas Gerais....................................................................... N° 7.280/2010 – do Sr. Átila Lira – Acrescenta alíneas d, e e f ao art. 3º da Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965, que regulamenta o exercício da profissão de Administração para permitir aos diplomados em cursos superiores de Tecnologia, Mestrados e Doutorados em Administração o exercício da profissão. .......................................................... N° 7.281/2010 – do Sr. Fábio Faria – Dispõe sobre prazo de entrega e de cobrança de faturas.. N° 7.283/2010 – do Sr. Carlos Bezerra – Altera o caput do art. 468 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, relativo ao Tribunal do Júri...................................... 20899 20899 20900 20901 20901 20902 20903 20903 20904 20904 20905 20868 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS N° 7.284/2010 – do Sr. Regis de Oliveira – Dispõe sobre o arquivamento de inquérito policial nos tribunais........................................................... N° 7.286/2010 – do Senado Federal – Altera a Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, e a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, para permitir aos conselhos estaduais, municipais e distrital de educação o exercício das competências do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (CACS– Fundeb) e do Conselho de Alimentação Escolar (CAE)............................................... N° 7.287/2010 – do Senado Federal – Autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Vale do Itajaí (UFVI)........................................... N° 7.288/2010 – do Senado Federal – Dispõe sobre a prática de esportes radicais ou de aventura no País e dá outras providências............................ N° 7.289/2010 – do Senado Federal – Autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal da Baixada Maranhense (UFBAM), com sede no Município de Pinheiro – MA.................................... N° 7.290/2010 – do Senado Federal – Autoriza o Poder Executivo a implantar campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte no Município de Lajes – RN.............................................................. N° 7.292/2010 – do Senado Federal – Autoriza o Poder Executivo a implantar campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte no Município de Macaíba – RN......................................................... N° 7.293/2010 – do Senado Federal – Autoriza o Poder Executivo a implantar campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte no Município de Alexandria – RN...................................................... 20907 20908 20908 20909 20909 20910 20910 20910 PROJETOS DE DECRETO LEGISLATIVO N° 2.590/2010 – da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Autoriza a União a ceder ao Estado de Rondônia, a título gratuito, o uso de imóvel de sua propriedade para a implantação do Parque Estadual de Corumbiara... N° 2.602/2010 – do Sr. Sarney Filho – Susta os efeitos do Decreto nº 7.154, de 9 de abril de 2010........................................................................ 20911 21089 RECURSO N° 413/2010 – Dos Srs. Ana Arraes e Chico Lopes – Solicita reconsideração da decisão exarada na Questão de Ordem 620/2010............................ 21091 REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃO Nº 4.947/2010 – Da Srª Vanessa Grazziotin – Solicita ao Senhor Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, no âmbito da Secretaria do Patrimônio da União, informações acerca da Lei nº 11.952, de 2009...................................................... 21095 Maio de 2010 Nº 4.949/2010 – Do Sr. Chico Alencar – Solicita informações ao Ministro de Estado da Saúde, relativas à fiscalização da utilização de ambulâncias, oriundas de verbas federais, cedidas ao Rio do Janeiro e demais Estados................................. Nº 4.951/2010 – Do Sr. Professor Ruy Pauletti – Solicita informações ao Senhor Ministro de Estado do Turismo a respeito da execução do Orçamento da União do exercício de 2009............................... Nº 4.952/2010 – Do Sr. Professor Ruy Pauletti – Solicita informações ao Senhor Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a respeito da execução do Orçamento da União do exercício de 2009.................................................... Nº 4.953/2010 – Do Sr. Raul Jungmann – Solicita informações ao Ministro dos Transportes sobre as obras de implantação da Ferrovia Transnordestina, nos termos que especifica.............................. Nº 4.954/2010 – Do Sr. Raul Jungmann – Solicita informações ao Ministro das Cidades sobre as obras do Metrô do Recife, no Estado de Pernambuco, nos termos que especifica............................ Nº 4.955/2010 – Do Sr. Raul Jungmann – Solicita informações ao Ministro da Integração Nacional sobre as obras de implantação do Canal do Sertão no Estado de Pernambuco, nos termos que especifica................................................................ Nº 4.956/2010 – Do Sr. Raul Jungmann – Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia sobre o projeto de implantação da Refinaria Abreu e Lima no Estado de Pernambuco, nos termos que especifica................................................................ Nº 4.957/2010 – Do Sr. Raul Jungmann – Solicita informações ao Ministro da Saúde sobre as obras de implantação da fábrica de hemoderivados de Pernambuco, nos termos que especifica........... Nº 4.958/2010 – Do Sr. Raul Jungmann – Solicita informações ao Ministro da Integração Nacional sobre as obras de Transposição do Rio São Francisco, nos termos que especifica..................... Nº 4.959/2010 – Da Srª Vanessa Grazziotin – Solicita ao Senhor Ministro da Integração Nacional informações sobre empresas envolvidas em fraudes na antiga Sudam..................................................... Nº 4.960/2010 – Da Srª Vanessa Grazziotin – Solicita ao Senhor Ministro Chefe da ControladoriaGeral da União informações sobre verbas repassadas aos municípios amazonenses.......................... Nº 4.961/2010 – Da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional – Solicita Informação ao Sr. Ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre os beneficiários dos subsídios e dos prêmios obtidos em leilões organizados pela CONAB para a comercialização da safra agrícola.. Nº 4.962/2010 – Do Sr. João Bittar – Solicita envio de Requerimento de Informações ao Sr. Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e 21095 21096 21096 21097 21099 21099 21100 21100 21101 21102 21102 21102 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Combate à Fome – MDS , no sentido de esclarecer esta Casa quanto aos programas federais e recursos orçamentários destinados à população idosa.................................................................... Nº 4.963/2010 – Do Sr. Átila Lira – Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação informações sobre a tramitação dos processos de credenciamento e recredenciamento dos Centros Universitários............................................ Nº 4.964/2010 – Do Sr. Gustavo Fruet – Solicita, ao Ministro de Estado da Integração Nacional, informações relativas à execução dos Programas de Resposta aos Desastres e Reconstrução e de Prevenção e Preparação para Desastres............... Nº 4.966/2010 – Do Sr. Gustavo Fruet – Solicita informações ao Sr. Ministro da Defesa sobre projetos de obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – em aeroportos.................... Nº 4.967/2010 – Do Sr. Gustavo Fruet – Solicita informações ao Sr. Ministro dos Transportes sobre projetos de obras em Terminais Fluviais incluídos no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. ....................................................... Nº 4.968/2010 – Do Sr. Gustavo Fruet – Solicita informações à Srª Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República sobre objetivos e resultados da viagem da Delegação Governamental brasileira a La Paz, Bolívia, no período de 6 a 8 de abril de 2010........................................................... Nº 4.969/2010 – Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – Solicita informações ao Ministro da Previdência Social, objetivando a apresentação de argumentos julgados convenientes sobre os pontos elencados na PFC nº 25/2007..... Nº 4.970/2010 – Do Sr. Edio Lopes – Solicita ao Sr. Ministro de Minas e Energia, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), informações sobre valores cobrados e cargas tributárias na distribuição de energia elétrica no Brasil......................................................................... Nº 4.971/2010 – Do Sr. Júlio Delgado – Solicita informações à Ministra do Meio Ambiente sobre Portaria nº 5, de 5 de março de 2010, editada pelo Ibama. . .................................................................. Nº 4.972/2010 – Do Sr. Júlio Delgado – Solicita informações ao Ministro dos Transportes sobre a construção da Rodovia BR-440 em Juiz de Fora/ MG. ........................................................................ Nº 4.973/2010 – Do Sr. Dimas Ramalho – Solicita informações ao Sr. Márcio Pereira Zimmermann, Ministro de Minas e Energia, sobre os procedimentos tomados em relação ao erro de cálculo tarifário constatado nas contas de energia elétrica............. Nº 4.975/2010 – Do Sr. Odair Cunha – Solicita informações ao Sr. Ministro de Minas e Energia sobre o andamento do Programa Luz Para Todos em Minas Gerais..................................................... 21103 21104 21104 21105 21106 21106 21108 21108 21109 21109 21110 21110 Terça-feira 18 20869 Nº 4.976/2010 – Da Srª Vanessa Grazziotin – Solicita ao Ministro da Justiça informações acerca de quantitativo de defensores públicos no país...... Nº 4.977/2010 – Da Srª Vanessa Grazziotin – Solicita ao Ministro da Educação informações acerca da educação inclusiva................................. Nº 4.978/2010 – Da Srª Vanessa Grazziotin – Solicita ao Senhor Ministro das Cidades informações acerca dos municípios contemplados com o programa de revitalização de espaços públicos..... Nº 4.979/2010 – Do Sr. Duarte Nogueira – Solicita informações ao Senhor Ministro da Defesa, Nelson Azevedo Jobim nova prestação de informações sobre os vôos do Boeing 737 de prefixo 2116, da Força Aérea Brasileira realizados no dia 09 de outubro de 2009, tendo em vista o não atendimento a contento do Requerimento anterior, Nº 4549/2009............................................................... Nº 4.980/2010 – Do Sr. Gustavo Fruet – Solicita informações ao Ministro de Estado das Minas e Energia sobre o leilão da Usina de Belo Monte........ Nº 4.981/2010 – Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – Solicita informações ao Senhor Ministro da Saúde, relativamente à realização de processo licitatório nos últimos 05 (cinco) anos, para compras e/ou serviços, pagos por toda rede de hospitais federais localizados no Estado do Rio de Janeiro, à empresa “Extencion”......................... Nº 4.982/2010 – Do Sr. Sérgio Barradas Carneiro – Solicita ao Exmo.Sr. Ministro da Fazenda informações acerca da reativação da Agência Bancária do Banco do Brasil no Município de Candeal, Estado da Bahia..................................................... Nº 4.983/2010 – Do Sr. Sergio Petecão – Solicita informações ao Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, acerca da disponibilidade (número) no Estado do Acre de mamógrafos para a realização de exames como determina a legislação e as condições de uso.......................................................... Nº 4.984/2010 – Do Sr. Sergio Petecão – Solicita informações ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, acerca da responsabilidade técnica e civil da construção da ponte sobre o Rio Caeté, situada na BR 364 (município de Sena Madureira, Estado do Acre) e o montante despendido pela União para a realização da obra..................... Nº 4.985/2010 – Do Sr. Luiz Alberto – Solicita ao Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão informações relativas à contribuição previdenciária vertida por servidores públicos federais aposentados e pensionistas................................... Nº 4.986/2010 – Da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional – Solicita Informação ao Sr. Ministro das Comunicações, José Artur Filardi Leite, sobre o montante repassando do Governo Federal para as operadoras de telefonia móvel, fixa, comunitária e Internet, nos estados do Amapá, Acre e Amazonas............. 21111 21111 21112 21112 21113 21114 21114 21115 21116 21116 21117 20870 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 4.987/2010 – Do Sr. Mendonça Prado – Solicita informações ao Ministro-Chefe da Casa Civil em relação ao andamento da reestruturação da carreira de especialista de meio ambiente (IBAMA, MMA e ICMBio)...................................................... Nº 4.988/2010 – Do Sr. Valdir Colatto – Requer o envio de solicitação de informação ao Ministério da Justiça................................................................ 21118 21119 REQUERIMENTOS Nº 6.765/2010 – Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Solicita reconstituição da TVR 1.990/09.............................. Nº 6.767/2010 – Do Sr. Luiz Fernando Faria – Solicita revisão do despacho exarado ao Projeto de Lei nº 6942, de 2010. ....................................... Nº 6.771/2010 – Do Sr. Edinho Bez – Solicita a retirada do PL nº 488-A/07.................................. Nº 6.781/2010 – Do Sr. Eliene Lima – Requer Voto de Pesar pelo falecimento do Senhor Clementino Barbosa de Oliveira......................................... Nº 6.802/2010 – Da Comissão de Finanças e Tributação – Requer a reconstituição do PL nº 7.090/06................................................................. Nº 6.810/2010 – Do Sr. Lira Maia – Requer nos termos do art. 117, XIX, o envio de Voto de regozijo e louvor para as FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJÓS com sede no Município de Santarém no Estado do Pará....................................................... Nº 6.823/2010 – Do Sr. Vital do Rêgo Filho – Requer registrar nos Anais desta Casa Voto de Louvor pelos 102 anos de existência do Jornal O Norte, do Estado da Paraíba.................................. Nº 6.837/2010 – Do Sr. Marcio Junqueira – Requer a retirada de tramitação do PL 3.255, de 2008........................................................................ Nº 6.844/2010 – Da Srª Vanessa Grazziotin – Requer Voto de Louvor à representante do Amazonas, Lílian Lopes, pelo segundo lugar na 56ª edição do concurso de Miss Brasil, no domingo (9), em São Paulo....................................................................... Nº 6.845/2010 – Da Srª Vanessa Grazziotin – Requer Voto de Louvor pelo dia 12 de maio, em que se comemora mundialmente o Dia do Enfermeiro.................................................................... Nº 6.852/2010 – Do Sr. Sergio Petecão – Requer retirada de assinatura aposta ao recurso 424/2010................................................................. Nº 6.854/2010 – Do Sr. Antonio Carlos Magalhães Neto – Requer nos ternos do art. 117, inciso XIX do Regimento Interno, Voto de Louvor pelo aniversário de setenta anos do Colégio e Faculdade Santíssimo Sacramento de Alagoinhas.................. Nº 6.883/2010 – Do Sr. Marcelo Itagiba – Requer retirada do Requerimento de Informação nº 5010, de 2010......................................................... 21120 21120 21120 21120 21121 21122 21122 21123 21123 21124 21124 21124 21124 Maio de 2010 IV – Homenagem Homenagem póstuma à assistente social Neide Castanha...................................................... PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Composição da Mesa Diretora dos trabalhos. Homenagem póstuma à assistente social Neide Castanha. . ..... Orador: PAULO HENRIQUE LUSTOSA (Bloco/PMDB – CE). .................................................... Usaram da palavra os Srs. MÁRCIA USTRA SOARES, Secretária-Adjunta da Subscretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente; VICENTE FALEIROS, Coordenador do Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes — CECRIA..................... Declamação de poesia pelo Sr. BRUNO BRANDÃO, voluntário do Projeto Giração.............. Usou da palavra o Sr. UIRÁ CASTANHA, filho da assistente social Neide Castanha...................... PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Justificativa da ausência da Deputada Rita Camata na sessão solene. Agradecimento aos Parlamentares e convidados presentes. Enfrentamento da exploração e da violência sexual contra crianças e adolescentes no País.............................................. V – Encerramento 2 – ATA DA 111ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 17 DE MAIO DE 2010 * Inexistência de quorum regimental para abertura da sessão I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Leitura do expediente IV – Pequeno Expediente MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE – Pela ordem) – Apelo à Advocacia-Geral da União de atendimento ao pleito da Associação dos Aposentados da Rede Ferroviária Federal S.A. . ......... EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC – Pela ordem) – Necessidade de realização de inspeção sanitária para o cumprimento da cota de aquisição de alimentos da agricultura familiar destinados à merenda escolar..................................................... ERNANDES AMORIM (PTB – RO – Pela ordem) – Expectativa de aprovação pela Casa do projeto de lei de conversão da Medida Provisória nº 472, de 2009...................................................... RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB – DF – Pela ordem) – Realização do XVI Congresso Eucarístico Nacional, em Brasília, Distrito Federal..... EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC) – Realização da 18ª Festa Nacional da Maçã, no Município de São Joaquim, Estado de Santa Catarina. Visita à Expofeira Comercial e Industrial de Indaial. Realização da 12ª Festa Catarinense do Arroz — FECARROZ. 21126 21126 21128 21130 21132 21132 21132 21133 21134 21134 21134 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sucesso da Cavalgada Nevasca FM, realizada no Município de São Joaquim. Realização do Rodeio Crioulo da Integração e da Festa da Madeira, no Município de Otacílio Costa. Realização da 8ª Festa da Paçoca, do 4º Rodeio Crioulo e da 1ª Feira do Terneiro, no Município de Capão Alto, e da Festa do Pinhão, no Município de Lages. Realização da 21ª Expofeira de Produtos da Indústria e Comércio da Região Sul — PRODUSUL, no Município de Tubarão. . ................................................................... LUIZ COUTO (PT – PB) – Editorial publicado pela revista CartaCapital, de Mino Carta, a respeito do livro Ditadura e Repressão, de autoria do escritor Anthony Pereira. Imediata nomeação, pelo Governo do Estado da Paraíba, de candidatos aprovados em concurso público para preenchimento de cargos na Polícia Civil............................................................. PAES LANDIM (PTB – PI. Discurso retirado pelo orador para revisão.) – Transcurso do Dia do Enfermeiro. Homenagem à enfermeira Maria Savina Marques de Sousa, Diretora do Pronto Socorro Municipal de Parnaíba, Estado do Piauí................. ERNANDES AMORIM (PTB – RO) – Desapropriação da Fazenda Santa Elina para fins de reforma agrária, no Município de Chupinguaia, Estado de Rondônia. Apelo ao Governo Federal de adoção de providências diante de invasões de propriedades rurais e assassinatos praticados pela Liga dos Camponeses Pobres.............................................. ALBERTO FRAGA (DEM – DF) – Críticas à atuação da imprensa. Equívoco de matérias jornalísticas acerca da reação do orador contra a utilização do seu nome por personagem do filme Tropa de Elite 2................................................................. RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB – DF) – Vigência da lei sobre a obrigatoriedade de divulgação pela Internet, em tempo real, das contas de governantes e de órgãos públicos, a chamada Lei Capiberibe. Imediata aprovação do Projeto Ficha Limpa pelo Senado Federal. . ................................ V – Grande Expediente MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE – Pela ordem) – Instalação da Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira — UNILAB, no Município de Redenção, Estado do Ceará............. EMÍLIA FERNANDES (PT – RS) – Reflexões sobre a história política e econômica do País. Necessidade de resgate da soberania nacional diante de grandes interesses econômicos e políticos internacionais. Criação de políticas de inclusão social e de desenvolvimento da infraestrutura nacional. Importância da eleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a redução das desigualdades e o desenvolvimento do País. Comparação entre os Governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Crise econômica reinante na Europa. Investimentos realizados pelo Governo Federal no Estado do Rio Grande do Sul. Êxito de programas 21135 21135 21136 21140 21140 21141 21142 Terça-feira 18 20871 de cunho social, lançados pelo Governo petista. Confiança na continuidade do projeto de desenvolvimento do País com a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República. . ........................ EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC – Como Líder) – Impactos sobre a agroindústria catarinense, advindos das restrições impostas pela Argentina às exportações de produtos brasileiros. Duplicação da BR-101 na Região Sul............................................ EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC) – Expectativa quanto à realização da reforma política. Avaliação do quadro econômico brasileiro. Importância da realização de reformas estruturais para o desenvolvimento do Brasil, em especial das áreas tributária, fiscal e previdenciária. Crise do setor de segurança pública no País...................................... EMÍLIA FERNANDES (PT – RS – Pela ordem) – Transcurso do Dia Internacional de Combate à Homofobia. Anúncio de realização pela Casa do VII Seminário de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Realização da 1ª Marcha Nacional contra a Homofobia, em Brasília, Distrito Federal................................................................. FRANCISCO ROSSI (Bloco/PMDB – SP) – Promoção da 1ª Semana de Combate à Pedofilia, no Município de Osasco, Estado de São Paulo. Relevância dos trabalhos desenvolvidos pela CPI da Pedofilia, presidida pelo Senador Magno Malta. Apoio à proposta de emenda à Constituição sobre a imposição da pena de prisão perpétua para pedófilo. Implantação no País de campanha permanente de combate ao crime de pedofilia................................ ARLINDO CHINAGLIA (PT – SP – Como Líder) – Celebração de acordo entre o Brasil, a Turquia e a República Islâmica do Irã a respeito do programa nuclear iraniano...................................... MARCIO JUNQUEIRA (DEM – RR – Como Líder) – Apelo ao Governo Luiz Inácio Lula da Silva de adoção de providências acerca da situação da BR-174 no Estado de Roraima. Interdição da BR401 de ligação entre os Municípios de Boa Vista e Normandia. Apelo ao Prefeito Municipal de Boa Vista e ao Governo Estadual de ações em prol das comunidades ribeirinhas atingidas pelas cheias. Aumento dos casos de dengue e malária em Boa Vista em decorrência das enchentes. Solicitação à Casa Civil da Presidência da República e aos Ministério das Cidades e da Integração Nacional de imediata liberação de recursos emergenciais ao Estado............................................................. ARNALDO VIANNA (PDT – RJ) – Desastre ambiental ocorrido no Golfo do México em decorrência do vazamento de petróleo. Importância da implementação do Plano de Emergência Individual e do Plano Nacional de Contingência, para a prevenção de acidentes na exploração e no transporte de petróleo no País. Defesa de manutenção da sistemática de distribuição de royalties de petróleo. Alerta 21143 21148 21149 21157 21158 21161 21163 20872 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sobre a situação do Hospital Geral de Guarus, no Município de Campos dos Goytacazes, Município do Rio de Janeiro. Crise da área de saúde na municipalidade. Transcurso do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Solicitação ao Presidente da CPI da Pedofilia, Senador Magno Malta, de investigação da existência de rede de pedofilia em Campos dos Goytacazes............................................................. Apresentação de proposição: FRANCISCO ROSSI..................................................................... VI – Comunicações Parlamentares MARCIO JUNQUEIRA (DEM – RR) – Elogio ao Deputado Arnaldo Vianna por discurso proferido. Aplausos aos Juízes Rodrigo Furlan e Euclydes Calil pela coordenação do Mutirão da Justiça no Estado de Roraima, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça. Alerta sobre a falta de transporte para visita a presidiários no Estado................................ LUIZ COUTO (PT – PB) – Matéria divulgada pela revista IstoÉ a respeito de assassinatos praticados pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.................................................................... DOMINGOS DUTRA (PT – MA – Pela ordem) – Luta do Senador José Sarney e da Governadora Roseana Sarney pela anulação da decisão do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores sobre a escolha do nome do candidato do partido ao Governo do Estado do Maranhão...................... FÁTIMA BEZERRA (PT – RN – Pela ordem) – Regozijo com o desempenho da candidata Dilma Rousseff em pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República. Apoio de gestores municipais do Estado do Rio Grande do Norte à presidencial petista. Regulamentação da Emenda Constitucional nº 63, de 2010, a respeito do piso salarial profissional nacional e de planos de carreira de agentes comunitários de saúde e de agentes de combate às endemias. Realização da 1ª Marcha Nacional Contra a Homofobia, em Brasília, Distrito Federal. Realização na Casa do 7º Seminário de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Retomada das votações da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. Realização da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. . .................................................... PAES LANDIM (PTB – PI e como Líder. Discurso retirado pelo orador para revisão.) – Aplausos ao jornal O Globo pela divulgação do editorial Ameaça de retrocesso a respeito do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.923, acerca do modelo de gestão de organizações sociais. Avanço da criação da Controladoria-Geral da União............................ PEDRO WILSON (PT – GO – Pela ordem) – Celebração de convênio entre o Brasil, a Turquia e a República Islâmica do Irã sobre o programa 21164 21168 21169 21170 21177 Maio de 2010 nuclear iraniano. Participação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião de cúpula de países da América Latina e da Europa, em Madri, Espanha. Realização da XIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Saudações aos gestores municipais do Estado de Goiás participantes no evento. Liderança da candidata Dilma Rousseff em pesquisas de intenção de voto à sucessão presidencial. Concessão do título de Cidadão Honorário de Hidrolândia ao orador e ao ex-Prefeito Municipal Iris Rezende. Realização de encontro de agentes comunitários de saúde, em Goiânia, Estado de Goiás. Congratulações aos profissionais da área de saúde pela luta empreendida em prol da saúde mental. Artigo A social-democracia neoliberal, de Emir Sader, publicado pelo jornal Correio Braziliense.................................................................. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC – Pela ordem) – Realização, pela Comissão de Turismo e Desporto, do Seminário Educação Física Escolar Especial, a Inclusiva e as Paraolímpicas, no Auditório Nereu Ramos da Casa. Instituição do Biênio de Educação Física Escolar 2009/2010, pelo Conselho Federal de Educação Física — CONFEF em conjunto com os Conselho Regionais de Educação Física — CREFs..................................................... MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE) – Empenho do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na busca de solução para a questão nuclear da República Islâmica do Irã....................................... VII – Encerramento 3 – PARECERES – Projetos de Lei nºs 623A/03, 4.251-B/08, 4.707-B/09, 5.216-A/09, 5.397B/09, 6.019-A/09, 6.255-A/09 e 6.472-A/09; Proposta de Fiscalização e Controle nº 40-A/08................... 21178 21183 21183 21233 COMISSÕES 21177 21178 4 – ATAS Comissão de Finanças e Tributação, 9ª Reunião (Ordinária), em 5-5-10.................................... Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 7.709/07, 1ª Reunião (Ordinária), em 6-3-07, 2ª Reunião (Ordinária), em 8-3-07, 3ª Reunião (Ordinária), 13-3-07, 4ª Reunião (Ordinária), 14-3-07, 5ª Reunião (Ordinária), 15-3-07, 6ª Reunião (Ordinária), 20-3-07, 7ª Reunião (Ordinária), 21-3-07, 8ª Reunião (Ordinária), 27-3-07, 9ª Reunião (Ordinária), 28-3-07, 10ª Reunião (Ordinária), 29-3-07, 11ª Reunião (Ordinária), 3-4-07 e 12ª Reunião (Ordinária), 25-4-07........................... 5 – NOTAS TAQUIGRÁFICAS – Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Seminário 20 Anos de Direitos da Criança e do Adolescente, em 15 e 16-10-09; Seminário Drogas, Redução de Danos, Legislação e Intersetorialidade, em 20 e 21-10-09 e, Seminário sobre o tema “Emergências Socioambientais e Direitos Humanos”, em 28-10-09................................................................. 21274 21280 21290 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 6 – DESIGNAÇÃO a) Comissão de Educação e Cultura, em 17.5.10.................................................................... 21481 SEÇÃO II 7 – ATOS DO PRESIDENTE a) Dispensar: Iracema Candida Coelho Marques........................................................................ 21481 b) Designar: Ana Cristina Silva de Oliveira, Tiana Maria da Silva............................................... 21482 c) Designar (substitutos): Clemar Pereira Gonçalves da Silva Côrtes, Diomar Corrêa da Costa Neto, Divani Alves dos Santos, Eduardo Mayer de Aquino, Fabiano Fernandes Rocha, Fátima Aparecida Camargo, José Luiz Camargo da Costa, Luiz Cláudio de Moraes Pinheiro, Luiz Gonzaga de Souto, Maria de Lourdes Oliveira, Roberta Cabral Rabay, Terça-feira 18 20873 Roberto Campos da Rocha Miranda, Ronaldo Machado Carneiro....................................................... d) Tornar sem Efeito Nomeação: Francisco Inairo Gomes do Nascimento................................. e) Exonerar: Ana Maria de Oliveira Lima, André Dutra Dórea ávila da Silva, Italo Junior Vieira Todde, Marluce Paulista Braúna, Rúbia Setúbal Cunha, Vanizia Marques de Freitas........................ f) Nomear: Almicherla Thais Silva dos Santos, Crhisthiano Santos, Eli Regina Pereira Borges Queiroz, Eliane de Oliveira, Flavio Henrique Costa Pereira, Marluce Paulista Braúna, Osvaldo Henrique Ribeiro de Melo Silva, Thiago Menezes de Lucena Claudino.................................................................. 8 – MESA 9 – LÍDERES E VICE-LÍDERES 10 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO 11 – COMISSÕES 21482 21483 21483 21484 20874 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 SEÇÃO I Ata da 110a Sessão, Solene, Matutina, em 17 de maio de 2010 Presidência dos Srs.: Mauro Benevides, Paulo Henrique Lustosa, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno I – ABERTURA DA SESSÃO (10 horas e 25 minutos) O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Passa‑se à leitura do expediente. O SR. EDINHO BEZ, servindo como 1º Secretário, procede à leitura do seguinte II – LEITURA DA ATA O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior. III – EXPEDIENTE Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20875 20876 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20877 20878 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20879 20880 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20881 20882 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20883 20884 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20885 20886 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Terça-feira 18 20887 Ofício nº 156 /2010 – P Brasília, 12 de maio de 2010 Ofício nº 127 /2010 – P Brasília, 28 de abril de 2010 Ao Excelentíssimo Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Publicação do PL nº 6.255/2009 Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao disposto no artigo 58 do Regimento Interno, a apreciação do Projeto de Lei nº 6.255/2009, do Sr. Jilmar Tatto, que “Proíbe a inclusão de registro de consumidor nos serviços de proteção ao crédito por dívidas oriundas de serviços essenciais.”. 2. Solicito portanto autorizar a publicação da referida proposição e do parecer a ela oferecido. Atenciosamente, – Deputado Cláudio Cajado, Presidente. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente. Ao Excelentíssimo Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Publicação do PL nº 5.397/2009 Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao disposto no artigo 58 do Regimento Interno, a apreciação do Projeto de Lei nº 5.397/2009, do Sr. Jefferson Campos, que “Dispõe sobre a necessidade de anuência prévia dos clientes para o provimento de serviços adicionais pelas prestadoras de serviço telefônico fixo comutado”. 2. Solicito portanto autorizar a publicação da referida proposição e do parecer a ela oferecido. Atenciosamente, – Deputado Cláudio Cajado, Presidente. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente. COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO Ofício-Pres nº 311/2010-CDEIC Brasília, 0 de maio de 2010 Ofício nº 128 /2010 – P Brasília, 28 de abril de 2010 Ao Excelentíssimo Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Publicação do PL nº 6.019/2009 Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao disposto no artigo 58 do Regimento Interno, a apreciação do Projeto de Lei nº 6.019/2009, da Srª Eliene Lima, que “Dispõe sobre a etiquetagem de peça de vestuário”. 2. Solicito portanto autorizar a publicação da referida proposição e do parecer a ela oferecido. Atenciosamente, – Deputado Cláudio Cajado, Presidente. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente. A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Assunto: Publicação do Projeto de Lei nº 32/1999 (Pareceres divergentes) Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência que o Projeto de Lei nº 32/1999, do Sr. Paulo Rocha-PT/PA, que “cria o balanço social para as empresas que menciona e dá outras providências”, inicialmente despachado às Comissões para apreciação conclusiva, nos termos do art. 24, II, do Regimento Interno da Casa, decaiu dessa condição, por ter recebido pareceres divergentes na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, e nesta Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, que lhe apreciaram o mérito, passando doravante a tramitar sujeito à apreciação do Plenário, com base na alínea g, inciso II, do referido art. 24. Respeitosamente, – Deputado Dr. Ubiali, Presidente. 20888 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Transfira-se ao Plenário a competência para apreciar o PL nº. 32/1999, pois configurouse a hipótese do art. 24, inciso II, alínea g do RICD. Oficie-se. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente. Ofício-Pres nº 316/2010-CDEIC Brasília, 5 de maio de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Assunto: Publicação de Projeto de Lei. Maio de 2010 Senhor Presidente, Em cumprimento ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, comunico a Vossa Excelência a apreciação do Projeto de Lei nº 4.707/2009 por este Órgão Técnico. 2. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido. Respeitosamente, – Deputado Dr. Ubiali, Presidente. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Terça-feira 18 20889 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL Of.Pres – nº 72/10-CREDN Nº 5/10 CMADS Brasília, 12 de maio de 2010 Brasília, 12 de maio de 2010 Ao Excelentíssimo Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Senhor Presidente, Em cumprimento ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, comunico a Vossa Excelência a apreciação, nesta data, do Projeto de Lei nº 623, de 2003, por este Órgão Técnico. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido. Respeitosamente, – Deputado Jorge Khoury, Presidente. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente. A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Gabinete do Presidente Ed. Principal Assunto: Comunica apreciação de Proposição. Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, para as providências regimentais cabíveis, que a Proposta de Fiscalização e Controle nº 40, de 2008, foi apreciada, nesta data, por este Órgão Técnico. Atenciosamente, – Deputado Emanuel Fernandes, Presidente. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente. COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA Ofício nº 152/2010-P COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA Ofício nº 59 Brasília, 5 de maio de 2010 Exmº Sr. Deputado Michel Temer D.D. Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Tenho a honra de dirigir-me a V. Exa. para comunicar que este Órgão Técnico, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 4.251/2008 e os Projetos de Lei nºs 1.509/2007 e 1.158/2009, apensados, nos termos do Substitutivo apresentado pelo Relator, Deputado Silvio Lopes. Ante o exposto, solicito a V. Exa., nos termos regimentais, seja autorizada a publicação da referida proposição, com o respectivo parecer. Na oportunidade, apresento a V. Exa. meus protestos de consideração e apreço. – Deputado Mário Negromonte, Presidente. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente. Brasília, 28 de abril de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência que o Projeto de Lei nº 3.481/08, da Srª. Vanessa Grazziotin, que “Dispõe sobre a gratuidade de transporte às gestantes carentes para realização de assistência pré-natal nas unidades básicas do Sistema Único de Saúde e dá outras providências” e seu apensado o PL 5.090/09, do Sr. Felipe Bornier, inicialmente despachados às Comissões para apreciação conclusiva, nos termos do art. 24, II do Regimento Interno da Casa, decaiu dessa condição, por ter recebido pareceres divergentes nas Comissões de Viação e Transportes e de Seguridade Social e Família, que lhe apreciaram o mérito, passando doravante a tramitar sujeito à apreciação do Plenário, com base na alínea g, inciso II, do referido art. 24. Respeitosamente, – Deputado Vieira da Cunha, Presidente. Transfira-se ao Plenário a competência para apreciar o PL 3.481/2008, pois configurouse a hipótese do art. 24, inciso II, alínea g, do RICD. Oficie-se. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente. 20890 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 apreciação, por este Órgão Técnico, do Projeto de Ofício Nº 190/2010-P Brasília, 12 de maio de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Nesta Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao disposto no artigo 58 do Regimento Interno, a Lei nº 5.216/09 Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e do respectivo parecer. Respeitosamente, – Deputado Vieira Da Cunha, Presidente. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO Of. P-081/10-CTASP Brasília, 12 de maio de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Apreciação conclusiva de projeto de lei Senhor Presidente, Em cumprimento ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, comunico a V. Exª que a Comissão Terça-feira 18 20891 de Trabalho, de Administração e Serviço Público, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 6.472/09 – do Poder Executivo – que “altera o art. 1º da Lei nº 11.145, de 26 de julho de 2005, que institui a Fundação Universidade Federal do ABC – UFABC”. Atenciosamente, – Deputado Alex Canziani, Presidente. Publique-se. Em 17-5-10. – Michel Temer, Presidente. 20892 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20893 20894 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 483, DE 2010 (Do Sr. Gonzaga Patriota e outros) Dá nova redação ao inciso II e acrescenta o inciso IV-A ao art. 37 da Constituição Federal. Despacho: Apense-Se (À)Ao PEC439/2005. Por oportuno, tendo em vista a correlação das matérias, revejo o despacho aposto à PEC nº 370/2005, para determinar sua apensação à Pec nº 439/2005. Apreciação: Proposição sujeita à apreciação do Plenário. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional: Art. 1º . O art. 37 da Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações: Dê-se a seguinte redação ao inciso II do art. 37 da Constituição Federal: “Art. 37 .................................................. II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, vedada a realização de concurso público exclusivamente para a formação de cadastro de reserva”. (NR) (...) Acrescente-se o seguinte inciso ao art. 37 da Constituição Federal: IV-A – as vagas publicadas no edital de convocação deverão ser preenchidas no prazo de valildade do concurso público, ficando assegurada, ao candidato aprovado, a investidura no cargo para o qual concorreu, respeitada a ordem de classificação”. Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Nos últimos anos, a Administração tem promovido concursos públicos destinados exclusivamente à formação de cadastro de reserva. Trata-se de modalidade de concurso em que o edital de convocação não indica o número de vagas a serem preenchidas; e o Terça-feira 18 20895 certame ocorre mesmo que não haja cargos disponíveis no órgão envolvido. Nessa hipótese, o edital costuma prever que os aprovados ingressarão no serviço público à medida que forem surgindo vagas. Ressalte-se que, na maioria das vezes, inexiste no ato convocatório qualquer previsão sobre a quantidade de cargos a serem providos, o que pode gerar uma falsa expectativa de nomeação para os candidatos concorrentes. Essa forma de realização de concursos tem sido alvo de grande contestação, uma vez que, além frustrar o interesse de inúmeros candidatos, afronta princípios que devem nortear a atividade administrativa. Afinal, o Estado não pode deflagrar concursos nos quais sequer existe uma estimativa de vagas a serem ocupadas. Em primeiro lugar, a realização de certame deve ocorrer quando a Adminitração realmente necessita de novos servidores. Não havendo essa carência, o edital do concurso estará desprovido de motivação, que é um dos requistos indispensáveis de qualquer ato administrativo. Outra questão igualmente relevante diz respeito às taxas de inscrição, nem sempre módicas, cobradas dos concorrentes. Como no cadastro de reserva não há garantia de nomeação dos aprovados, a taxa de inscrição torna-se uma espécie de receita paralela para a Administração, sobre a qual a sociedade não possui controle algum. Não seria exagero afirmar que tal procedimento acaba também beneficiando a chamada “indústria dos concursos”, o que afronta diretamente os princípios da moralidade e da impessoalidade. Aqueles que defendem a realização do cadastro de reserva afirmam que a Constituição Federal não veda expressamente esta modalidade de concurso, sendo, portanto, lícita sua utilização. Ocorre que a atual Carta Política brasileira prevê em seu artigo 37, inciso II, a investidura em cargo público por meio de concurso de provas ou de provas e títulos, não fazendo qualquer menção ao concurso para cadastro de reserva. Com efeito, as normas constitucionais que regulamentam o exercício de direitos se interpretam restritivamente; logo, não pode o administrador estabelecer novas regras ou condições para o provimento de cargos públicos. Conclui-se, assim, que ao criar uma espécie de certame não prevista na Constituição, a Administração excede sua competência originária, praticando abuso de poder e violação ao princíopio da legalidade. Cumpre ainda mencionar que a realização de concurso público de provas ou de provas e títulos já 20896 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS conta com um cadastro de reserva, pois os candidatos aprovados, que não estejam classificados dentro do número de vagas, guardam o direito de serem convocados com prioridade sobre novos concursados enquanto durar o prazo de validade previsto no edital. A segunda alteração proposta diz respeito às hipóteses em que a Administração realiza certame com a finalidade de contratar novos servidores, mas deixa de nomeá-los, ainda que haja vagas publicadas no edital e o prazo de validade do concurso esteja em vigor. Tal situação tem se mostrado recorrente e gera tamanho inconformismo, que os interessados acabam recorrendo ao Poder Judiciário no intuito de obter seu direito à nomeação e posse. Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por meio do julgamento do RMS 30.459/ PA, publicado no DJ de 08/02/2010, que “candidatos aprovados dentro do número de vagas previstas no edital possuem direito subjetivo à nomeação para os cargos a que concorreram”. Entendeu, portanto, o Tribunal que nessas circunstâncias não se trata de mera expectativa de direito do candidato aprovado. Ao proferir seu voto, a relatora da citada ação, Min. Laurita Vaz, afirmou que o edital do certame publicado pela Administração produz lei entre as partes, de forma que tanto o Poder Público como os interessados em participar do concurso ficam vinculados a seus termos. Entende-se, assim, que antes do lançamento do edital, a entidade administrativa competente poderá, com base na discricionariedade que lhe é conferida, decidir sobre o momento, a necessidade e a conveniência para o provimento de cargos. Contudo, uma vez realizado o evento (concurso), surgem para a Administração determinados deveres, que ela não poderá desrespeitar. Para o candidato aprovado (administrado) nascem não apenas deveres, mas também direitos. Da mesma forma como o interessado haverá de ser obediente e correto com os termos e regras impostos para sua participação no certame, a Administração Pública deverá agir com responsabilidade perante o interessado. Afinal, muitos daqueles que se submetem à realização de provas se afastam dos seus afazeres e até mesmo de suas atividades profissionais em busca da aprovação no concurso. Sendo assim, a Administração somente terá legitimidade para desistir do provimento das vagas previstas no edital se confirmada a superveniência de fatos que afetem diretamente os rumos administrativos e o interesse público. Não havendo qualquer acontecimento relevante entre a decisão de se estabelecer o certame e sua concretização e homologa- Maio de 2010 ção, a Administração terá o dever de ocupar os cargos postos em disputa e, assim, concluir o processo seletivo a que deu início. Tal entendimento tem sido confirmado pelo STJ em diversos julgados, entre os quais podemos citar: – RMS 22.597/MG, Rel. Min. Jane Silva – Desembargadora convocada do TJ/MG, DJ de 25/08/2008; – RMS 27.508/DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJ de 18/05/2009; – AgRg no RMS 22.568/SP, Rel. Min. Paulo Gallotti, DJ de 27/04/2009; – MS 10.381/DF, Rel. Min. Nilson Naves, DJ de 24/04/2009; – RMS 26.426/ AL, Rel. Min. Laurita Vaz, DJ de 19/12/2008. Nessa mesma linha, manifestou-se o Supremo Tribunal Federal, ao decidir no julgamento do RE 227.480/RJ, publicado em 21/08/2009, que “se o Estado anuncia em edital de concurso público a existência de vagas, ele se obriga ao seu provimento, se houver candidato aprovado”. Proclamou ainda, na referida decisão, que “a recusa da Administração Pública em prover cargos vagos quando existentes candidatos aprovados em concurso público deve ser motivada, e esta motivação é suscetível de apreciação pelo Poder Judiciário”. Verifica-se, portanto, que a partir do instrumento convocatório para o provimento de cargos, a nomeação e posse, que a princípio seriam atos discricionários, tornam-se vinculados, gerando, por conseguinte, direito subjetivo para o candidato aprovado dentro do número de vagas previstas no edital. Sendo assim, a presente proposta aborda questões conexas e tem por objetivo impor novas regras à realização de concursos públicos, de forma que princípios constitucionais como a legalidade, a moralidade e a impessoalidade, imprescindíveis à prática de atos administrativos, sejam definitivamente respeitados. Por todo o exposto e diante da relevância da matéria, contamos com o apoio de nossos nobres pares para aprovação da presente Proposta de Emenda à Constituição. Sala das sessões, 5 de maio de 2010. – Deputado Gonzaga Patriota, PSB/PE. Proposição: PEC Nº 483/10 Autor: Gonzaga Patriota e Outros Data de Apresentação: 5-5-2010 2:55:27 PM Ementa: Dá nova redação ao inciso II e acrescenta o inciso IV-A ao art. 37 da Constituição Federal. Possui Assinaturas Suficientes: SIM Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Total de Assinaturas: Confirmadas: Não Conferem: Fora do Exercício: Repetidas: Ilegíveis: Retiradas: Total: Assinaturas Confirmadas 1 – JOÃO MAGALHÃES (PMDB – MG) 2 – GILMAR MACHADO (PT – MG) 3 – ALEX CANZIANI (PTB – PR) 4 – BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB – MG) 5 – MÁRCIO MARINHO (PRB – BA) 6 – ROBERTO ALVES (PTB – SP) 7 – ANDRÉ DE PAULA (DEM – PE) 8 – RATINHO JUNIOR (PSC – PR) 9 – VALADARES FILHO (PSB – SE) 10 – ANTONIO CRUZ (PP – MS) 11 – MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR – AL) 12 – PAES LANDIM (PTB – PI) 13 – FLÁVIO BEZERRA (PRB – CE) 14 – SÉRGIO MORAES (PTB – RS) 15 – LEANDRO SAMPAIO (PPS – RJ) 16 – MARCOS LIMA (PMDB – MG) 17 – JOSÉ PAULO TÓFFANO (PV – SP) 18 – RIBAMAR ALVES (PSB – MA) 19 – GEORGE HILTON (PRB – MG) 20 – AELTON FREITAS (PR – MG) 21 – MIGUEL CORRÊA (PT – MG) 22 – CAPITÃO ASSUMÇÃO (PSB – ES) 23 – LUIZ CARLOS BUSATO (PTB – RS) 24 – ANTÔNIO ROBERTO (PV – MG) 25 – FERNANDO CHIARELLI (PDT – SP) 26 – GONZAGA PATRIOTA (PSB – PE) 27 – SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP) 28 – TATICO (PTB – GO) 29 – JÔ MORAES (PCdoB – MG) 30 – ROGERIO LISBOA (DEM – RJ) 31 – PEDRO EUGÊNIO (PT – PE) 32 – DELEY (PSC – RJ) 33 – MENDES RIBEIRO FILHO (PMDB – RS) 34 – PEDRO WILSON (PT – GO) 35 – CÂNDIDO VACCAREZZA (PT – SP) 36 – ENIO BACCI (PDT – RS) 37 – MAGELA (PT – DF) 38 – FERNANDO DE FABINHO (DEM – BA) 39 – PAULO BAUER (PSDB – SC) 40 – NELSON PELLEGRINO (PT – BA) 41 – ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP) 42 – POMPEO DE MATTOS (PDT – RS) 43 – CARLOS ALBERTO CANUTO (PSC – AL) 186 002 001 005 000 000 194 Terça-feira 18 20897 44 – ILDERLEI CORDEIRO (PPS – AC) 45 – ANSELMO DE JESUS (PT – RO) 46 – WOLNEY QUEIROZ (PDT – PE) 47 – IRINY LOPES (PT – ES) 48 – FERNANDO MELO (PT – AC) 49 – FILIPE PEREIRA (PSC – RJ) 50 – LUIZA ERUNDINA (PSB – SP) 51 – LUIZ BASSUMA (PV – BA) 52 – RICARDO BERZOINI (PT – SP) 53 – DAVI ALCOLUMBRE (DEM – AP) 54 – PROFESSORA RAQUEL TEIXEIRA (PSDB – GO) 55 – EVANDRO MILHOMEN (PCdoB – AP) 56 – ANTÔNIO ANDRADE (PMDB – MG) 57 – PAULO ABI – ACKEL (PSDB – MG) 58 – ANTÔNIO CARLOS BIFFI (PT – MS) 59 – MÁRIO HERINGER (PDT – MG) 60 – DEVANIR RIBEIRO (PT – SP) 61 – ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA) 62 – SILVIO TORRES (PSDB – SP) 63 – MOACIR MICHELETTO (PMDB – PR) 64 – JURANDIL JUAREZ (PMDB – AP) 65 – ALCENI GUERRA (DEM – PR) 66 – PEDRO CHAVES (PMDB – GO) 67 – VILSON COVATTI (PP – RS) 68 – CHICO ALENCAR (PSOL – RJ) 69 – AUGUSTO FARIAS (PTB – AL) 70 – TADEU FILIPPELLI (PMDB – DF) 71 – ARIOSTO HOLANDA (PSB – CE) 72 – VICENTINHO ALVES (PR – TO) 73 – NELSON MARQUEZELLI (PTB – SP) 74 – FRANCISCO PRACIANO (PT – AM) 75 – RAUL HENRY (PMDB – PE) 76 – DÉCIO LIMA (PT – SC) 77 – PAULO PEREIRA DA SILVA (PDT – SP) 78 – BETINHO ROSADO (DEM – RN) 79 – EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ) 80 – SANDRO MABEL (PR – GO) 81 – FERNANDO NASCIMENTO (PT – PE) 82 – PAULO ROCHA (PT – PA) 83 – PAULO RUBEM SANTIAGO (PDT – PE) 84 – MARCO MAIA (PT – RS) 85 – PAULO ROBERTO PEREIRA (PTB – RS) 86 – CIRO PEDROSA (PV – MG) 87 – LUCIANA GENRO (PSOL – RS) 88 – TAKAYAMA (PSC – PR) 89 – ULDURICO PINTO (PHS – BA) 90 – NEUDO CAMPOS (PP – RR) 91 – MENDONÇA PRADO (DEM – SE) 92 – LAERTE BESSA (PSC – DF) 93 – VALTENIR PEREIRA (PSB – MT) 94 – MOISES AVELINO (PMDB – TO) 95 – EDIO LOPES (PMDB – RR) 20898 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 96 – DR. NECHAR (PP – SP) 97 – FERNANDO COELHO FILHO (PSB – PE) 98 – FRANCISCO TENORIO (PMN – AL) 99 – VELOSO (PMDB – BA) 100 – JACKSON BARRETO (PMDB – SE) 101 – ÁTILA LIRA (PSB – PI) 102 – FELIPE BORNIER (PHS – RJ) 103 – EUNÍCIO OLIVEIRA (PMDB – CE) 104 – MARCELO CASTRO (PMDB – PI) 105 – LEONARDO VILELA (PSDB – GO) 106 – MAJOR FÁBIO (DEM – PB) 107 – MARCONDES GADELHA (PSC – PB) 108 – JOSÉ OTÁVIO GERMANO (PP – RS) 109 – FÉLIX MENDONÇA (DEM – BA) 110 – OSVALDO REIS (PMDB – TO) 111 – DAMIÃO FELICIANO (PDT – PB) 112 – ELIENE LIMA (PP – MT) 113 – MÁRCIO FRANÇA (PSB – SP) 114 – EDINHO BEZ (PMDB – SC) 115 – FRANCISCO RODRIGUES (DEM – RR) 116 – ARNON BEZERRA (PTB – CE) 117 – FERNANDO GONÇALVES (PTB – RJ) 118 – CHICO DA PRINCESA (PR – PR) 119 – SÉRGIO BRITO (PSC – BA) 120 – NELSON BORNIER (PMDB – RJ) 121 – ABELARDO CAMARINHA (PSB – SP) 122 – LUIZ CARREIRA (DEM – BA) 123 – VICENTINHO (PT – SP) 124 – CEZAR SILVESTRI (PPS – PR) 125 – ANTONIO BULHÕES (PRB – SP) 126 – DILCEU SPERAFICO (PP – PR) 127 – ASDRUBAL BENTES (PMDB – PA) 128 – JORGE BITTAR (PT – RJ) 129 – PAULO PIMENTA (PT – RS) 130 – FERNANDO CHUCRE (PSDB – SP) 131 – ASSIS DO COUTO (PT – PR) 132 – EFRAIM FILHO (DEM – PB) 133 – FLÁVIO DINO (PCdoB – MA) 134 – OSMAR JÚNIOR (PCdoB – PI) 135 – EDUARDO SCIARRA (DEM – PR) 136 – EDUARDO DA FONTE (PP – PE) 137 – LEONARDO PICCIANI (PMDB – RJ) 138 – MARCOS MEDRADO (PDT – BA) 139 – JOSÉ FERNANDO APARECIDO DE OLIVEIRA (PV – MG) 140 – EUGÊNIO RABELO (PP – CE) 141 – MANATO (PDT – ES) 142 – GERSON PERES (PP – PA) 143 – PAULO HENRIQUE LUSTOSA (PMDB – CE) 144 – CELSO MALDANER (PMDB – SC) 145 – OSMAR SERRAGLIO (PMDB – PR) 146 – CLEBER VERDE (PRB – MA) 147 – PAULO PIAU (PMDB – MG) Maio de 2010 148 – ELISMAR PRADO (PT – MG) 149 – RÔMULO GOUVEIA (PSDB – PB) 150 – CARLOS SANTANA (PT – RJ) 151 – LELO COIMBRA (PMDB – ES) 152 – EUDES XAVIER (PT – CE) 153 – SILAS BRASILEIRO (PMDB – MG) 154 – ALDO REBELO (PCdoB – SP) 155 – JOAQUIM BELTRÃO (PMDB – AL) 156 – SERGIO PETECÃO (PMN – AC) 157 – PEDRO FERNANDES (PTB – MA) 158 – JOÃO DADO (PDT – SP) 159 – LEONARDO MONTEIRO (PT – MG) 160 – JOSÉ EDUARDO CARDOZO (PT – SP) 161 – ODAIR CUNHA (PT – MG) 162 – EDUARDO VALVERDE (PT – RO) 163 – JORGE KHOURY (DEM – BA) 164 – ZÉ GERALDO (PT – PA) 165 – WILSON BRAGA (PMDB – PB) 166 – CARLOS WILLIAN (PTC – MG) 167 – RUBENS OTONI (PT – GO) 168 – ADEMIR CAMILO (PDT – MG) 169 – EDGAR MOURY (PMDB – PE) 170 – ZÉ GERARDO (PMDB – CE) 171 – JÚLIO DELGADO (PSB – MG) 172 – JEFFERSON CAMPOS (PSB – SP) 173 – JERÔNIMO REIS (DEM – SE) 174 – DANIEL ALMEIDA (PCdoB – BA) 175 – GERALDO PUDIM (PR – RJ) 176 – NELSON MEURER (PP – PR) 177 – NEILTON MULIM (PR – RJ) 178 – ZEQUINHA MARINHO (PSC – PA) 179 – PAULO TEIXEIRA (PT – SP) 180 – COLBERT MARTINS (PMDB – BA) 181 – NELSON TRAD (PMDB – MS) 182 – CHARLES LUCENA (PTB – PE) 183 – MÁRIO DE OLIVEIRA (PSC – MG) 184 – JULIÃO AMIN (PDT – MA) 185 – MAURO NAZIF (PSB – RO) 186 – LUIZ BITTENCOURT (PMDB – GO) Assinaturas que Não Conferem 1 – MARCOS ANTONIO (PRB – PE) 2 – WELLINGTON ROBERTO (PR – PB) Assinaturas de Deputados(as) fora do Exercício 1 – ÍRIS SIMÕES (PR – PR) Assinaturas Repetidas 1 – OSMAR SERRAGLIO (PMDB – PR) 2 – ANTÔNIO ANDRADE (PMDB – MG) 3 – MÁRCIO MARINHO (PRB – BA) 4 – CIRO PEDROSA (PV – MG) 5 – GONZAGA PATRIOTA (PSB – PE) Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 7.245, DE 2010 (Do Senado Federal) PLS Nº 437/2009 OFÍCIO Nº 746/2010 – SF Inclui o nome do cidadão Pedro Aleixo na galeria dos que foram ungidos pela Nação Brasileira para a Suprema Magistratura. Despacho: Às Comissões de: Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O cidadão Pedro Aleixo, Vice-Presidente da República impedido de exercer a Presidência em 1969, em desrespeito à Constituição Federal então em vigor, figurará na galeria dos que foram ungidos pela Nação Brasileira para a Suprema Magistratura, para todos os efeitos legais. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 30 de abril de 2010. - Senad.or José Sarney, Presidente do Senado Federal PROJETO DE LEI Nº 7.253, DE 2010 (Do Sr. Sandro Mabel) Altera a redação do art. 285 e do § 2º do art. 288 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre recurso contra infração. Despacho: Apense-se ao PL7369/2002. Apreciação: Proposição sujeita à apreciação do Plenário. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei altera a redação do art. 285 e do § 2º do art. 288 da Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre recurso contra infração. Art. 2º O art. 285 da Lei nº 9.503, de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 285. O recurso contra infração será interposto perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê-lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias. Terça-feira 18 20899 § 1º O recurso terá efeito suspensivo, por solicitação do recorrente. § 2º ....................................................... § 3º O recurso que não for apreciado no prazo máximo de sessenta dias, contado de sua apresentação pelo recorrente, terá provimento imediato.”(NR) Art. 3º O § 2º do art. 288 da Lei nº 9.503, de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 288. ............................................... ............................................................... § 2º O recurso que não for apreciado no prazo máximo de sessenta dias, contado de sua apresentação pelo recorrente, terá provimento imediato.”(NR) Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O mais sério problema que enfrenta um recorrente de infração de trânsito é a demora no julgamento do recurso pelos órgãos de trânsito. Relata-se que alguns recursos levam anos para serem apreciados em toda a instância administrativa, trazendo tremendas dificuldades para o proprietário do veículo . Em nossa opinião, isso se deve a dois dispositivos que beneficiam a administração de trânsito e acobertam a sua morosidade e falta de interesse em ser ágil no julgamento desses recursos. O primeiro é o que estabelece que o recurso não terá efeito suspensivo (CTB, art. 285, § 1º). O segundo, é o que determina que no caso de penalidade de multa, o recurso das decisões da JARI somente será admitido se comprovado o recolhimento do valor dessa multa (CTB, art. 288, §2º). Pelos dispositivos em vigor, o recorrente já é punido antes de ser julgado e, tendo pago a multa, a administração fica descansada, pois já arrecadou o que tinha de arrecadar, e posterga o quanto pode o exame do caso. Assim, para acabar com esse problema que enfrenta o recorrente há que se alterar esses dois dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro, da forma como estamos propondo neste projeto de lei. Será importante lembrar que no primeiro recurso de infração que é apresentado, na defesa de autuação, o recorrente só paga a multa e recebe a pontuação quando há o indeferimento. Pode-se considerar, então, que para esse recurso há efeito suspensivo. Por que 20900 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS não continuar esse efeito se houver a necessidade de se recorrer a uma segunda instância de recursos? Por outro lado, de nada adiantará alterar tais disposições, se não se impuser sanção pelo não cumprimento dos prazos para o julgamento do recurso, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro. Para preencher essa lacuna, estamos propondo que se não for julgado no prazo máximo de sessenta dias, o recurso terá o seu provimento automático. Acreditamos que com essas alterações que propomos se imporá maior agilidade da administração de trânsito, de forma a se evitar que o recorrente de infração enfrente dificuldades em licenciar ou comercializar o seu veículo. Pela importância desta iniciativa, esperamos têla aprovada pelos ilustres Parlamentares. Sala das Sessões, 4 de maio de 2010. – Deputado Sandro Mabel. PROJETO DE LEI Nº 7.262, DE 2010 (Do Sr. Antônio Roberto) Inclui artigo na Lei Nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para dispor sobre a adoção do carregador de celular universal. Despacho: Apense-se (à)ao PL-7 .133/2010. Por oportuno, revejo o despacho aposto ao PL 7.133/10, para determinar que seja apreciado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que deverá se pronunciar antes da Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 2,4 II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei inclui artigo na Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para dispor sobre a adoção do carregador de celular universal. Art. 2º Inclua-se o artigo 130-A na Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, com a seguinte redação: “Art. 130-A O Poder Concedente disciplinará a padronização dos carregadores de aparelho celular comercializados no Brasil, conforme as normas adotadas internacionalmente, ficando vedada a venda de carregadores fora do padrão no prazo de 12 meses a partir da vigência da lei.” Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Maio de 2010 Justificação O ganho de escala fez com que o serviço móvel pessoal fosse a modalidade de comunicação que mais se proliferasse no Brasil nos últimos anos. Os aparelhos celulares, que, no início do serviço, chegavam ao País cotados em moeda estrangeira, hoje são encontrados em todos os preços e gostos possíveis. Entretanto, há um custo agregado que está sendo cada vez mais questionado no serviço celular, que está embutido no valor dos acessórios para o uso do aparelho. A diversidade de marcas e modelos de terminais se repete também nos carregadores de bateria, cuja vida útil é bem maior do que os próprios aparelhos em si, que duram em média um ano e meio. Só nos Estados Unidos, calcula-se o descarte de 130 milhões de estações móveis por ano. No intuito de otimizar o uso dos carregadores, facilitando a vida do usuário, reduzindo os custos da indústria e o valor do produto final e evitando o descarte desnecessário de bens nocivos ao meio ambiente, estamos propondo a padronização dos carregadores de celular, vedando-se a comercialização de modelos fora das especificações técnicas definidas. Estabelecemos ainda que o Poder Regulador definirá o padrão a ser adotado no Brasil, em conformidade com as decisões a serem tomadas no resto do mundo. Estabelecemos por fim um prazo de um ano para a adoção da medida, no sentido de permitir a adaptação da indústria, antecipando assim o prazo que os grandes fabricantes mundiais estão se impondo para lançar no mercado os carregadores universais. Optamos por incluir artigo na Lei Geral de Telecomunicação, a Lei Nº 9.472, de 16 de julho de 1997, no título que trata dos “Dos Serviços Prestados em Regime Privado”. Lembramos que a própria LGT prevê, expressamente, a possibilidade de imposição, por lei e pela regulamentação, de novos condicionamentos na prestação do serviço, na forma do art. 130 e outros dispositivos da LGT. Certos de que a medida trará impactos positivos do ponto de vista econômico, mercadológico, ambiental e também funcional, solicitamos o apoio dos Parlamentares à presente proposição. Sala das Sessões, 4 de maio de 2010. – Deputado Antônio Roberto, PV-MG. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 7.265, DE 2010 (Do Sr. Márcio França) Dispõe sobre a instalação de anteparos visuais em caixas e terminais de autoatendimento em estabelecimentos bancários. Despacho: Apense-se à(ao) PL nº 5.101/2009. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º As instituições bancárias e financeiras são obrigadas a instalar artefatos que isolem visualmente o cliente, atendido em caixas ou terminais eletrônicos, dos demais clientes, garantindo o atendimento individual, a privacidade na execução de suas transações e a sua segurança. §1º Os caixas devem estar localizados em área restrita, em que apenas os clientes que estejam sendo atendidos tenham acesso. Deverá apresentar instalações que garantam o isolamento entre eles, por meio de anteparos laterais que impeçam a visão por quem esteja em um caixa adjacente, assim como a impossibilidade de que o cliente que esteja sendo atendido possa ser visualizado por alguém mais além do atendente. § 2º As filas de espera por atendimento devem ser organizadas em área diversa à do atendimento ou em área separada por anteparo que isole visualmente os caixas. § 3º Os terminais eletrônicos de auto-atendimento deverão ser individualizados, por meio de cabines, com isolamento visual lateral e na porta de acesso ao mesmo. Art. 2° As instituições bancárias e financeira executarão as adaptações necessárias no prazo máximo de cento e vinte dias contados da publicação desta lei. Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O aumento significativo de ocorrências de assaltos em saídas de bancos tem gerado enormes prejuízos à população e diversos desfechos trágicos com ferimentos e mortes. A grande maioria dos assaltos nessa modalidade ocorre dentro de um sistema pré-estabelecido, no qual “olheiros” ficam postados dentro de agências Terça-feira 18 20901 bancárias identificando os clientes que realizam saques de certo vulto, para avisarem seus comparsas, postados fora da agência, sobre a identidade da vítima em potencial. A fim de evitar esse tipo de ação criminosa propomos o projeto de lei em questão. Os mecanismos por ele propostos impedem que identifique-se o que os clientes fizeram em suas transações bancárias, impossibilitando a determinação de alvos a serem assaltados. Os custos envolvidos na adequação das agências, por parte das instituições financeiras, será irrisório colocado em proporção à segurança que será garantida aos seus clientes. A fim de possibilitar o estudo e a implementação de forma adequada, propomos um tempo de 120 dias de adequação das instalações. Sala das Sessões, 5 de maio de 2010. – Deputado Márcio França, PSB/SP. PROJETO DE LEI Nº 7.268, DE 2010 (Do Sr. Wellington Fagundes) Dispõe sobre a obrigatoriedade dos condutores manterem acesos os faróis dos veículos automotores nas rodovias federais, utilizando luz baixa, independente do horário. Despacho: Apense-se à(ao) PL561/2007. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Todos os veículos automotores que transitarem em rodovias federais, ficam durante o período diurno obrigados a manterem ligados os faróis baixos dos automóveis, sob a pena de multa para os infratores. Art.2º Fica o Denatran, por meio dos órgãos competentes, obrigado a tomar todas as providências necessárias para a fiscalização dos automóveis nas rodovias federais. Art. 3º A presente lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Considerando que os veículos atuais têm as cores e os formatos que de certa forma camuflam os veículos nas rodovias, dificultando a visibilidade a uma determinada distância segura para uma direção defensiva, mesmo em condições de boa iluminação, 20902 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Considerando que as luzes ligadas do veiculo ajudam na visualização mesmo que à distância, dando maior segurança ao condutor do veiculo nas ultrapassagens. Assim sendo, com as considerações anteriores torna-se pertinente tornar obrigatório o uso do farol baixo nas rodoviárias federais, objetivando principalmente a redução de acidentes nas estradas federais que segundo o site do DNIT (www.dnit.gov.br), são alarmantes, segundo informações no site do o maior número de mortos está nas colisões frontais. Diante do exposto, conto com o apoio dos nobres pares para a aprovação do presente Projeto de Lei. Sala das Sessões, 5 de maio de 2010. – Deputado Wellington Fagundes. PROJETO DE LEI Nº 7.269, DE 2010 (Do Sr. Wellington Fagundes) Determina a interdição de estabelecimentos e instituições que facilitem ou promovam a exploração sexual comercial e o aliciamento de crianças e adolescentes. Despacho: Às Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Seguridade Social e Família e Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Art.1º Fica o Governo Federal, por meio dos órgãos competentes, obrigado a tomar providências para a interdição de estabelecimentos comerciais e instituições que facilitem ou promovam a exploração sexual comercial e o aliciamento de crianças e adolescentes. Art.2º Os estabelecimentos e instituições retrocitados serão imediatamente lacrados por autoridade administrativa competente e impedidos de funcionar nos casos em que a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes sejam comprovadas em razão de flagrante delito, na forma da Lei. Art.3º Aos Proprietários dos estabelecimentos comerciais e instituições, caracterizadas nesta lei, não será permitido manter ou participar de sociedade em quaisquer outros estabelecimentos comerciais, uma vez comprovada sua responsabilidade por decisão judicial transitada em julgado. Art.4º As medidas previstas na presente lei ocorrerão sem prejuízo de quaisquer outras providencias Maio de 2010 de caráter administrativo e judicial que venham a ser tomadas contra os estabelecimentos comerciais e instituições que facilitem ou promovam a exploração sexual comercial e o aliciamento de crianças e adolescentes. Art. 5º A presente lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A divulgação da Matriz Intersetorial de Enfrentamento da Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescente, trabalho coordenado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH-PR), com assessoramento técnico do Violes/SER/UNB/ (Grupo de Pesquisa sobre Violência e Exploração Sexual Comercial de Mulheres, Crianças e Adolescentesdo Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília) e apoio do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), demonstra a situação caótica que se apresenta em relação a este tema em todo o território nacional. Este estudo expõe informações preocupantes que servem, desde já, para dar início a ações combativas e preventivas. Um dos dados mais preocupantes neste trabalho é a constatação de que a exploração sexual contra crianças e adolescentes vêm se intensificado, se interiorizando e contrariando a crença de que atingiria apenas cidades litorâneas ou turísticas ( o chamado turismo sexual), alcança hoje cidades pequenas e pobres em todas as regiões do país. Como afirma o site CMI Brasil (Central de Mídia Independente do Brasil; www.midiaindependente.org): “Dos 5.561municípios brasileiros, ocorre exploração sexual de crianças e adolescentes em pelo menos 937. O Numero representa quase 17% das cidades do país. Apesar de a região Nordeste continuar como líder isolada do país, com 31,7% do total de municípios que tem o problema, as regiões ricas do Brasil responde por 43% das cidades em que o problema foi identificado. A região Norte detém 11,6% dos municípios e os 13,6% restantes se localiza no Centro-Oeste”. Portanto, em conseqüência do apelo social em relação a este tema, de sua gravidade, é fundamental que se intensifique o combate desta prática através de legislação mais rígida e fiscalização mais presente. Não se pode permitir que se prolongue esta situação expondo este risco à juventude do nosso país. Sala das Sessões, 5 de maio de 2010. – Deputado Wellington Fagundes. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 7.270, DE 2010 (Do Sr. Wellington Fagundes) Dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção de registro dos usuários de lan houses e estabelecimentos similares que provêm acesso à internet. Despacho: Apense-se ao PL nº 3.016/2000. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. O Congresso Nacional decreta: Art.1º Obriga que todos os estabelecimentos voltados à comercialização do acesso à internet deverão adotar sistemas de monitoramento por câmaras de vigilância de todos os usuários detes locais. Art.2º Os estabelecimentos de que trata essa lei deverão manter, pelo prazo de dois anos, cadastros de todos os usuários, contendo os seguintes dados: I – o tipo e o número do documento de identidade apresentado; II – o endereço e o telefone; III – o equipamento usado, bem como os horários de início e do término de sua utilização; IV – o Protocolo Internet – IP ( Internet Protocol) – do equipamento usado. Parágrafo Único. Os dados de que trata o caput deste artigo serão armazenados por meio eletrônico, ficando proibida sua divulgação, exceto mediante expressa autorização do cliente, pedido formal de seu representante legal ou ordem judicial. Art.3º A presente lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Nos últimos anos, temos acompanhado o crescimento exponencial dos estabelecimentos comerciais que disponibilizam o acesso público a internet. Esse fato se reveste de um caráter positivo, por facilitar a inclusão digital de milhares de cidadãos que não dispõe de acesso próprio a esse importante meio de comunicação e informação dos dias atuais. Mas, se por um lado esses estabelecimentos têm cumprido um importante papel na democratização da inclusão digital, por outro têm sido usado com freqüência para realização de atividades ilegais através da internet, por permitirem o acesso público não identificado à rede mundial de computadores. Terça-feira 18 20903 Uma lei distrital do deputado Rogério Ulisses que torna a obrigatoriedade de identificação de cada terminal de computador através do registro de Protocolo Internet – IP (Internet Protocol), torna-se de estrema importância tornar federal essa atitude pois com isso é possível identificar o computador que tenha sido utilizado para prática de atividade ilegal; mas o acesso público, sem identificação do usuário, dificulta a descoberta dos autores dos chamados “cybercrimes”. Com o objetivo de contribuir para a investigação e controle desse tipo de crime é que propomos a instituição de cadastro com nome, número da identidade e período de utilização por cada usuário e a identificação do computador usado. Observe-se que a intenção é o estabelecimento de critérios rigorosos para a utilização dos serviços disponibilizados pelas “lan house” e pelos “cyber cafés”, conforme ficaram conhecidas as milhares de lojas desse setor comercial, espalhadas por todo o País. A esse respeito, é importante destacar que a Constituição da República, em seu artigo 144, determina ser a Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Sabe-se que os estabelecimentos em questão são normalmente freqüentados por crianças e adolescentes. Ao inibir a prática de delitos, a medida em questão resguardará a segurança dos menores, afastando os delinqüentes desses estabelecimentos e, por conseguinte, de sua convivência. Diante do exposto, conto com o apoio dos nobres pares para a aprovação do presente Projeto de Lei. Sala das Sessões, 5 de maio de 2010. – Deputado Wellington Fagundes. PROJETO DE LEI Nº 7.278, DE 2010 (Do Senado Federal) PLS N° 23/2010 OFÍCIO N° 799/2010 – SF Denomina “Avenida de Integração Prefeito Olavo de Matos” o trecho da BR-259 que liga os Municípios de Curvelo e Inimutaba, no Estado de Minas Gerais. Despacho: Às Comissões de: Viação e Transportes; Educação e Cultura e Constituição e Justiça e Cidadania (Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24, Ii. 20904 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Congresso Nacional decreta: Art. 1º É denominado “Avenida de Integração Prefeito Olavo de Matos” o trecho da BR-259 que liga os Municípios de Curvelo e Inimutaba, no Estado de Minas Gerais. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 6 de maio de 2010. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. PROJETO DE LEI Nº 7.280, DE 2010 (Do Sr. Átila Lira) Acrescenta alíneas d, e e f ao art. 3º da Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965, que regulamenta o exercício da profissão de Administração para permitir aos diplomados em cursos superiores de Tecnologia, Mestrados e Doutorados em Administração o exercício da profissão. Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 3º da Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965, passa a vigorar acrescido das seguintes alíneas d, e e f: “Art. 3º.................................................... ............................................................... d) dos diplomados em curso superior de Tecnologia em Administração reconhecido pelo Ministério da Educação; e) dos portadores de diploma de Mestre ou de Doutor em Administração obtido no País, em curso de pós-graduação strictu sensu reconhecido pelo Ministério da Educação; f) dos portadores de diploma de Mestre ou de Doutor em Administração obtido no exterior, devidamente revalidado na forma da legislação em vigor. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A lei que disciplina o exercício da profissão de Administração, anteriormente Técnico em Administração (Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965, alterada pela Lei nº 7.321, de 13 de junho de 1985), foi concebida para regulamentar o exercício de profissão que, Maio de 2010 na época, apenas era permitido aos portadores de diplomas de bacharel em Administração devidamente registrados nos conselhos profissionais. Porém, nas últimas décadas, o mercado de trabalho passou a absorver diferentes tipos de profissionais com perfis semelhantes, o que propiciou o surgimento de cursos superiores de Tecnologia assim como o aprimoramento de inúmeros profissionais em outras áreas que, visando uma melhor qualificação técnica, buscaram cursos de mestrado e doutorado na área de Administração. E, tanto pelo exame dos currículos dos cursos superiores de tecnologia e dos de mestrado e doutorado em Administração credenciados ou reconhecidos pelo Ministério da Educação quanto pela profundidade dos temas abordados, podemos afirmar que esses profissionais estão mais do que preparados para o exercício da profissão de Administrador. Não estamos, dessa forma, propondo que qualquer um possa exercer a profissão de Administrador que já está devidamente regulamentada há vários anos. Queremos, sim, estender a atribuição profissional (e a respectiva disciplina da fiscalização) aos portadores de diplomas em cursos superiores de Tecnologia, Mestrados e Doutorados em Administração. E isso só pode ser pensado em decorrência da consolidação do ensino superior brasileiro em Administração, que tem sido feita de forma criteriosa e com qualidade crescente, tanto em relação aos cursos superiores em tecnologia quanto aos cursos em nível de graduação ou pós-graduação. Nossa pretensão é, portanto, ampliar o mercado para profissionais que estão sendo qualificados em cursos que não existiam à época da entrada em vigor da legislação regulamentadora do exercício da profissão de Administrador. Assim sendo, por acreditarmos que a nossa proposição fará justiça aos profissionais que, embora capacitados profissionalmente, não podem hoje exercer a profissão, pedimos o apoio dos nobres Colegas para a aprovação da matéria. Sala das Sessões, 11 de maio de 2010. – Deputado Átila Lira. PROJETO DE LEI Nº 7.281, DE 2010 (Do Sr. Fábio Faria) Dispõe sobre prazo de entrega e de cobrança de faturas. Despacho: Apense-se à(ao) PL nº 4911/2009. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O prazo para que o devedor efetue, sem ônus, o pagamento de faturas recebidas, comprovadamente, no dia do vencimento ou após esta data é de 48 (quarenta e oito) horas. Parágrafo único. Em caso de pagamento com multa e/ou juros, confirmada a data da entrega do documento na forma do disposto no caput, fica o credor obrigado a restituir o valor indevido na próxima fatura, se houver, ou disponibilizá-lo em espécie, no prazo de três dias úteis contados da data do respectivo pagamento. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Como é sabido, tem sido muito comum a ocorrência de atrasos na entrega de documentos de cobrança. Tal fato pode acarretar ao devedor um ônus adicional, ou seja o pagamento de multa e/ou juros. Independentemente de se arguir se tal fato ocorre por culpa da empresa ou dos serviços de entrega, é preciso disciplinar a questão. O presente projeto de lei pretende responsabilizar a empresa e/ou o serviço de entrega, em vez de repassar o ônus para o cliente. Nesse sentido, determina o prazo de 48 horas para que o devedor efetue o pagamento de faturas que sejam recebidas no dia do vencimento ou após a data firmada. Além disso, determina que em caso de pagamento com multa e/ou juros, confirmado o atraso na entrega do documento de cobrança, a empresa fica obrigada a restituir o valor indevido na próxima fatura ou em espécie, quando for o caso. Considerando o caráter meritório da proposição, solicito o apoio dos ilustres Parlamentares para a aprovação do presente projeto de lei. Sala das Sessões, 11 de maio de 2010. – Deputado Fábio Faria. PROJETO DE LEI Nº 7.283, DE 2010 (Do Sr. Carlos Bezerra) Altera o caput do art. 468 do DecretoLei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, relativo ao Tribunal do Júri. Terça-feira 18 20905 Despacho: À Comissão de: Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24. II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1o Esta Lei altera o caput do art. 468 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, relativo ao Tribunal do Júri, para assegurar ao Ministério Público e ao defensor do acusado a possibilidade de inquirir os jurados sorteados para formar o Conselho de Sentença previamente à oportunidade já garantida para a recusa de até três por cada parte. Art. 2o O caput do art. 468 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão inquirir os jurados sorteados e posteriormente recusá-los, cada parte até três, sem motivar a recusa. ..................................................... (NR)” Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O presente projeto de lei cuida de modificar o caput do art. 468 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, relativo ao tribunal do júri, com vistas a assegurar ao Ministério Público e ao defensor do acusado a possibilidade de inquirir os jurados sorteados para formar o Conselho de Sentença previamente à oportunidade já garantida para a recusa de até três por cada parte. Tal prerrogativa de publicamente questionar candidatos a jurados sorteados para integrar o Conselho de Sentença faz-se necessária para que as partes possam basear adequadamente as recusas já permitidas pelo referido Código. Diante das respostas dadas às perguntas formuladas, a parte poderá formar um melhor juízo para decidir a respeito da aceitação ou recusa de candidatos a jurado. Impende assinalar que seu conteúdo colhe os frutos de uma sugestão de medida legislativa apresentada por ROBERTO DELMANTO JUNIOR (mestre e doutor em direito processual penal pela Universidade 20906 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de São Paulo – USP, advogado criminalista e autor de várias obras) no bojo de artigo de sua autoria publicado sob o título “Jurados Imparciais e Impunidade” na edição do jornal Folha de São Paulo de 10 de fevereiro do corrente ano, página A-3, cujo teor se transcreve em parte adiante: “MERECEU destaque dos jornais norteamericanos uma decisão da Suprema Corte, de janeiro de 2010 (Estados Unidos versus Eric Presley), que, por 7 votos a 2, anulou um julgamento realizado por um Tribunal do Júri do Estado da Geórgia que resultara em uma condenação por tráfico. Isso porque o juiz presidente do Tribunal do Júri, durante a seleção dos jurados, não permitiu a presença do tio do acusado na sala de julgamento, alegando falta de espaço. A defesa protestou. Afirmou a Suprema Corte americana que a garantia constitucional que assegura a todos um julgamento público, prevista na primeira emenda da Constituição norte-americana, estende-se à publicidade dos atos processuais, inclusive do procedimento da seleção dos jurados, ainda que não pudesse a presença do tio do acusado alterar o julgamento ou afetar essa seleção. Devia o juiz ter de alguma forma acomodado o sujeito. Essa decisão nos reavivou a memória do que havíamos presenciado há mais de duas décadas quando assistíamos à seleção dos jurados em um Tribunal do Júri em Santa Bárbara, Califórnia. O advogado e o promotor questionavam publicamente os candidatos a jurado, fazendo-lhes toda sorte de indagações para aferir a sua potencial parcialidade. Indagavam, por exemplo, se tiveram parentes próximos assassinados, porque, tratando-se de um caso de homicídio, uma resposta afirmativa permitiria à defesa recusá-lo por entender que a sua decisão seria parcial. O mesmo para a acusação, que indagava se algum parente próximo do candidato a jurado já fora preso pelo mesmo tipo de crime. A possibilidade de questionar o candidato a jurado, com vistas ao caso concreto, é saudável e tem clara razão de ser., já que, ao absolver ou condenar alguém, o jurado não tem que dizer as razões de sua convicção, ao contrário do que ocorre, entre nós, nos jul- Maio de 2010 gamentos afetos ao juiz togado, que tem que motivar suas decisões. Sob a ótica da legislação brasileira, esse tema nos chama à reflexão em um momento em que um novo Código de Processo Penal é elaborado. O procedimento adotado no Brasil para a seleção dos jurados é inócuo e insensato, vazio por completo. Procedimento que sempre vigorou entre nós, não só na redação original do Código de Processo Penal, de 1941, como também após a reforma do Tribunal do Júri feita pela lei nº 11.689/08. Entre nós, embora possam a defesa e a acusação recusar até três jurados sorteados para compor o conselho de sentença, sem dar explicação (artigo 468), a nossa legislação não prevê que as partes façam uma única indagação ao candidato a jurado, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos. Aqui, as partes têm acesso ao seu nome, sexo, idade e profissão, nada mais. Ora, se não podem acusação e defesa questionar os candidatos a jurado, como teriam elementos para recusá-los ou aceitá-los, levantar impedimentos, confirmar uma suspeição ou incompatibilidade? Basta lembrarmos o exemplo de um julgamento por aborto, que no Brasil é afeto ao Tribunal do Júri. Saber a posição ideológica do jurado é fundamental, tanto à acusação quanto à defesa. A situação é de fato constrangedora, havendo, em nome de uma pseudoceleridade, inadmissível sacrifício do direito das partes a um julgamento isento, sobretudo porque, como dito, não explicam os jurados os motivos que os levaram a condenar ou a absolver alguém. É a chamada convicção íntima. Deparamo-nos, assim, com o absurdo de as partes terem o direito de recusar até três candidatos a jurado sem explicar o porquê, bem como levantar incompatibilidade, suspeição ou impedimento e, ao mesmo tempo, a proibição de fazer-lhes uma única indagação. As recusas dão-se às cegas, aleatoriamente, o que é uma contradição, uma insensatez. Trata-se de questão que diz com cidadania, na medida em que todo cidadão tem o direito de ser julgado por um tribunal imparcial. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E essa fatal contradição continua presente na proposta de um novo Código de Processo Penal (artigo 370), que se encontra no Congresso. Esperamos que os nossos congressistas levem em conta esse tema, que é de fundamental importância para o nosso futuro democrático, garantindo às partes a possibilidade de publicamente questionar os candidatos a jurado, trazendo ainda maior grandeza ao Tribunal do Júri, cuja competência deveria ser ampliada em nosso país para julgar outros crimes, como o de corrupção e peculato. Não temos dúvida de que, com o júri, a impunidade que assola o nosso país iria diminuir.” Certo de que a modificação legislativa ora proposta terá o condão de propiciar um significativo avanço na matriz legal sobre os procedimentos do tribunal do júri, esperamos contar com o apoio dos nobres Pares para a aprovação da presente proposição. Sala das Sessões, 11 de maio de 2010. – Deputado Carlos Bezerra. PROJETO DE LEI Nº 7.284, DE 2010 (Do Sr. Regis de Oliveira) Dispõe sobre o arquivamento de inquérito policial nos tribunais. Despacho: À Comissão de: Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. O Congresso Nacional decreta: Esta lei dispõe sobre o arquivamento de inquérito nos tribunais, a pedido do Ministério Público. O art. 28 do Código de Processo Penal – DecretoLei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: “Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá Terça-feira 18 20907 no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. Parágrafo único. O mesmo procedimento será aplicado nos tribunais, cabendo a qualquer de seus membros, em decisão majoritária do respectivo órgão, requerer as providências pertinentes. (NR)” Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A ação penal pública, atendendo-se o princípio da legalidade ou obrigatoriedade, deve ser intentada pelo Ministério Público, isto se houver elementos suficientes (autoria, fato delituoso, etc). Com a Lei do Juizado Especial Criminal, este princípio foi um tanto mitigado, pois facultou ao Ministério Público não oferecer a denúncia e propor ao autor do fato a aplicação de uma pena não privativa de liberdade. A teor do atual artigo 28 do Código de Processo Penal, pode o membro do Parquet requerer o arquivamento do Inquérito Policial ou de qualquer outra peça informativa. Neste caso o Juiz, considerando improcedentes as razões invocadas, encaminhará os autos ao Procurador-Geral de Justiça que dará a última palavra, insistindo no arquivamento ou não. O pedido de arquivamento de inquérito policial realizado pelo Ministério Público, muitas vezes encontra-se em dissonância com os clamores da sociedade e a realidade dos fatos apurados. É certo que o MP é o dominus litis, em ação penal pública, a teor do mandamento insculpido no art. 129 de nossa Magna Carta. Entretanto pode acontecer de algum de seus membros, por não estar interessado em certa demanda penal, requerer o arquivamento de inquérito policial. Ora, se a matéria é da competência originária de algum tribunal, não poderia um de seus membro requerer o prosseguimento normal de uma ação penal? Parece-nos não ser razoável tal cerceamento, daí que tem de existir um juízo de valor e uma decisão livre e independente de cada desembargador do Órgão Superior para que se prossiga ou não com o processo penal. Assim, a alteração proposta para o art. 28 do CPP é de todo pertinente, para ela conto com o apoio dos ilustres pares. Sala das Sessões, 4 de maio de 2010. – Deputado Regis de Oliveira. 20908 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 7.286, DE 2010 (Do Senado Federal) PLS N° 327/2005 OFÍCIO N° 819/2010 – SF Altera a Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, e a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, para permitir aos conselhos estaduais, municipais e distrital de educação o exercício das competências do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (CACS– Fundeb) e do Conselho de Alimentação Escolar (CAE). Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 24 da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 24................................................... ............................................................... § 14. As competências dos conselhos de que trata este artigo poderão ser exercidas pelos conselhos estaduais, municipais e distrital de educação, desde que o respectivo ente, por ato legislativo próprio, assim o defina, observadas as demais disposições deste artigo.” (NR) Art. 2º O art. 19 da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º, renumerando-se seu parágrafo único como § 1º: “Art. 19. ................................................. ............................................................... § 1º ....................................................... § 2º As competências dos conselhos de que trata este artigo poderão ser exercidas pelos conselhos estaduais, municipais e distrital de educação, desde que o respectivo ente, por ato legislativo próprio, assim o defina, observadas as demais disposições deste artigo e do art. 18.” (NR) Maio de 2010 Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, em 11 de maio de 2010. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. PROJETO DE LEI Nº 7.287, DE 2010 (Do Senado Federal) PLS N° 295/2005 OFÍCIO N° 820/2010 – SF Autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Vale do Itajaí (UFVI). Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a criar a Universidade Federal do Vale do Itajaí (UFVI), com sede no Município de Blumenau, no Estado de Santa Catarina. Art. 2º É o Poder Executivo autorizado a criar os cargos, funções e empregos indispensáveis ao funcionamento da UFVI. Art. 3º A UFVI terá por objetivo ministrar ensino superior, desenvolver pesquisas nas diversas áreas do conhecimento e promover a extensão universitária. Art. 4º A estrutura organizacional e a forma de funcionamento da UFVI serão definidas segundo seu estatuto e as normas legais pertinentes, observado o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Art. 5º A instalação da UFVI subordina-se à prévia consignação, no Orçamento da União, das dotações necessárias ao seu funcionamento. Art. 6º É a UFVI autorizada a receber os estudantes e, mediante doação ou cessão, o patrimônio da Universidade Regional de Blumenau. Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 11 de maio de 2010. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 7.288, DE 2010 (Do Senado Federal) PLS N° 403/2005 OFÍCIO N° 821/2010 – SF Dispõe sobre a prática de esportes radicais ou de aventura no País e dá outras providências. Despacho: Às Comissões de: Turismo e Desporto e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei estabelece normas para a prática de esportes radicais ou de aventura no País. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, consideram-se: I – esporte de aventura: prática esportiva não formal, vivenciada em interação com a natureza a partir de sensações e de emoções, sob condições de risco calculado e de incerteza em relação ao meio, sendo realizada em ambientes naturais como forma de exploração das possibilidades da condição humana em resposta aos desafios desses ambientes, exigindo-se para a sua prática o controle das condições de uso dos equipamentos, a formação de seus recursos humanos e a sustentabilidade socioambiental; II – esporte radical: prática esportiva formal ou não formal, vivenciada em interação com a natureza a partir de sensações e de emoções, sob condições de risco calculado, sendo realizada por meio de manobras arrojadas e controladas como forma de superação de habilidades de desafio extremo em ambientes controlados, exigindo-se para a sua prática o controle das condições de uso dos equipamentos, a formação de seus recursos humanos e a sustentabilidade socioambiental. Art. 2º A prestação de serviços que ofereçam a prática de esporte de aventura ou radical é condicionada à comprovação, na entidade de administração do desporto, de qualificação específica dos instrutores e profissionais responsáveis pela preparação de locais e operação de equipamentos. Terça-feira 18 20909 Parágrafo único. As regras para a certificação de qualificação a que se refere o caput e para a renovação periódica dessa certificação serão definidas em regulamento. Art. 3º Os equipamentos a serem utilizados na prática de esporte de aventura ou radical deverão seguir as normas de segurança definidas pela entidade nacional de administração do desporto. Art. 4º A inobservância das determinações desta Lei pelos prestadores de serviços que ofereçam a prática de esporte de aventura ou radical sujeita o infrator às sanções civis e penais cabíveis. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 11 de maio de 2010. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. PROJETO DE LEI Nº 7.289, DE 2010 (Do Senado Federal) PLS N° 212/2006 OFÍCIO N° 822/2010 – SF Autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal da Baixada Maranhense (UFBAM), com sede no Município de Pinheiro – MA. Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a criar a Universidade Federal da Baixada Maranhense (UFBAM), localizada no Município de Pinheiro – MA, bem como os cargos, funções e empregos indispensáveis ao seu funcionamento. Art. 2º A UFBAM terá por objetivo ministrar ensino superior, desenvolver pesquisas nas diversas áreas do conhecimento e promover a extensão universitária. Art. 3º A estrutura organizacional e a forma de funcionamento da UFBAM serão definidas segundo seu estatuto e as normas legais pertinentes, observado o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 20910 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 4º A instalação da UFBAM subordina-se à prévia consignação, no Orçamento da União, das dotações necessárias ao seu funcionamento. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 11 de maio de 2010. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. PROJETO DE LEI Nº 7.290, DE 2010 (Do Senado Federal) PLS N° 269/2009 OFÍCIO N° 823/2010 – SF Autoriza o Poder Executivo a implantar campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte no Município de Lajes – RN. Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a implantar campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (Instituto Federal do Rio Grande do Norte) no Município de Lajes – RN. Art. 2o As despesas decorrentes da implantação a que se refere o art. 1o correrão à conta dos recursos orçamentários assinalados ao Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 11 de maio de 2010. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. PROJETO DE LEI Nº 7.292, DE 2010 (Do Senado Federal) PLS N° 297/2009 OFÍCIO N° 825/2010 – SF Autoriza o Poder Executivo a implantar campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte no Município de Macaíba – RN. Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54, Maio de 2010 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a implantar campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (Instituto Federal do Rio Grande do Norte) no Município de Macaíba – RN. Art. 2º As despesas decorrentes da implantação a que se refere o art. 1o correrão à conta dos recursos orçamentários assinalados ao Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 11 de maio de 2010. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. PROJETO DE LEI Nº 7.293, DE 2010 (Do Senado Federal) PLS N° 299/2009 OFÍCIO N° 826/2010 – SF Autoriza o Poder Executivo a implantar campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte no Município de Alexandria – RN. Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a implantar campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (Instituto Federal do Rio Grande do Norte) no Município de Alexandria – RN. Art. 2º As despesas decorrentes da implantação a que se refere o art. 1o correrão à conta dos recursos orçamentários assinalados ao Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 11 de maio de 2010. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20911 20912 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20913 20914 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20915 20916 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20917 20918 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20919 20920 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20921 20922 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20923 20924 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20925 20926 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20927 20928 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20929 20930 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20931 20932 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20933 20934 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20935 20936 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20937 20938 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20939 20940 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20941 20942 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20943 20944 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20945 20946 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20947 20948 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20949 20950 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20951 20952 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20953 20954 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20955 20956 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20957 20958 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20959 20960 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20961 20962 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20963 20964 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20965 20966 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20967 20968 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20969 20970 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20971 20972 Terça-feira 18 DIÁRIO DA 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18 20987 20988 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20989 20990 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20991 20992 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20993 20994 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20995 20996 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20997 20998 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 20999 21000 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21001 21002 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21003 21004 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21005 21006 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21007 21008 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21009 21010 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21011 21012 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21013 21014 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21015 21016 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21017 21018 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21019 21020 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21021 21022 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21023 21024 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21025 21026 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21027 21028 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21029 21030 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21031 21032 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 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DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21049 21050 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21051 21052 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21053 21054 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21055 21056 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21057 21058 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21059 21060 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21061 21062 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21063 21064 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS 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21080 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21081 21082 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21083 21084 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21085 21086 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21087 21088 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.602, DE 2010 (Do Sr. Sarney Filho) Susta os efeitos do Decreto nº 7.154, de 9 de abril de 2010. Despacho: Às Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Minas e Energia; e Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD) Apreciação: Proposição sujeita à apreciação do Plenário. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Este Decreto Legislativo susta os efeitos do Decreto nº 7.154, de 9 de abril de 2010, que “sistematiza e regulamenta a atuação de órgãos públicos federais, estabelecendo procedimentos a serem observados para autorizar e realizar estudos de aproveitamentos de potenciais de energia hidráulica e sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica no interior de unidades de conservação bem como para autorizar a instalação de sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica em unidades de conservação de uso sustentável”. Art. 2º Ficam sustados os efeitos do Decreto nº 7.154, de 9 de abril de 2010, que “sistematiza e regulamenta a atuação de órgãos públicos federais, estabelecendo procedimentos a serem observados para autorizar e realizar estudos de aproveitamentos de potenciais de energia hidráulica e sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica no interior de unidades de conservação bem como para autorizar a instalação de sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica em unidades de conservação de uso sustentável”. Art. 3º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O Decreto nº 7.154, de 9 de abril de 2010, tem por fim estabelecer procedimentos para a autorização e realização de estudos de aproveitamentos de potenciais de energia hidráulica e sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica no interior de unidades de conservação (UC). Visa, também, definir normas para que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) autorize a instalação de sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica em UCs de uso sustentável. Conforme o Decreto, o ICMBio pode autorizar, mediante processo administrativo próprio, a realização Terça-feira 18 21089 dos estudos técnicos em UCs federais, tendo em vista o aproveitamento de potenciais de energia hidráulica e a implantação de sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica no interior dessas áreas. Em Área de Proteção Ambiental (APA) e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), a realização desses estudos prescinde da autorização do ICMBio. Essas medidas ferem a Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que “regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III, e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências” (Lei do SNUC), ao admitirem a realização de estudos sobre o potencial hidráulico nas UCs de proteção integral (Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre). As UCs de proteção integral destinam-se a “preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei” (art. 7º, § 1º). Para cada categoria de UC, a Lei indica as atividades admitidas e estabelece condições para seu desenvolvimento. A realização de estudos sobre o potencial de energia hidráulica não consta em nenhum dispositivo da Lei do Snuc, relativamente a cada uma das categorias de UCs de proteção integral. Além disso, a Lei veda a realização de atividades não previstas entre os objetivos e no Plano de Manejo de cada UC. Diz a Lei: “Art. 28. São proibidas, nas unidades de conservação, quaisquer alterações, atividades ou modalidades de utilização em desacordo com os seus objetivos, o seu Plano de Manejo e seus regulamentos. Parágrafo único. Até que seja elaborado o Plano de Manejo, todas as atividades e obras desenvolvidas nas unidades de conservação de proteção integral devem se limitar àquelas destinadas a garantir a integridade dos recursos que a unidade objetiva proteger, assegurando-se às populações tradicionais porventura residentes na área as condições e os meios necessários para a satisfação de suas necessidades materiais, sociais e culturais.” Assim, não há como permitir que o ICMBio autorize a realização de estudo sobre aproveitamento do potencial hidráulico em Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre, se a Lei do Snuc não prevê essa possibilidade. Ressalte-se que a realização dessas pesquisas é incompatível com as UCs de proteção integral, pois 21090 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS elas destinam-se à preservação. Preservar significa manter os ecossistemas nativos intactos, o máximo possível livres de qualquer interferência humana. Atividades que não a recreação, a educação e a pesquisa ecológica são, em geral, consideradas inconvenientes, pois podem implicar impactos que não devem ocorrer na área. Outro aspecto a chamar a atenção é a dispensa de autorização para realização dos mesmos estudos em APA e RPPN. Embora sejam unidades de uso sustentável, as RPPNs são destinadas apenas à visitação pública e à pesquisa científica. Quanto às APAs, a Lei 9.985/2000 prevê que, nas áreas sob domínio público, as condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. Portanto, também com relação a RPPN e APA o Decreto extrapola o poder regulamentar previsto na Lei do SNUC. O Decreto 7.154/2010 não fica restrito somente a estudos. O art. 8º prevê que o concessionário, o permissionário ou o autorizado responsável pela distribuição ou transmissão de energia elétrica poderá requerer autorização para instalação desses empreendimentos nas UCs federais de uso sustentável, por meio de processo administrativo próprio requerido pelo interessado junto ao ICMBio. Conforme o art. 9º do Decreto, tal requerimento deve abranger as alternativas técnicas e locacionais que provoquem a menor interferência nos atributos ambientais da unidade. Ora, com esses dispositivos, o Decreto substitui o licenciamento ambiental e o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) por um simples requerimento. O licenciamento ambiental está previsto na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente. O art. 10 da Lei exige a aplicação desse instrumento para a “construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental”. O art. 8º, I, da Lei 6.938/1981 delegou ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) a competência para estabelecer normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras. A transmissão de energia elétrica está entre os serviços de utilidade pública sujeitos a licenciamento ambiental, conforme a Resolução Conama nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Além disso, a Resolução Conama nº 1, de 23 de janeiro de 1986, Maio de 2010 art. 2º, determina que o licenciamento ambiental de linhas de transmissão de energia elétrica acima de 230KV depende de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA). Verifica-se que o Decreto 7.154/2010, art. 10, estipula os requisitos a serem atendidos para a autorização para instalação de linhas de transmissão, mas passou ao largo de todas as normas referentes ao licenciamento ambiental, como se a simples autorização do ICMBio fosse suficiente para a implantação de empreendimentos desse porte. O Decreto 7.154/2010 também desconsiderou o plano de manejo da UC, previsto no art. 23 da Lei do Snuc O plano de manejo é o “documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade” (art. 2º, XVII). Toda atividade a ser desenvolvida na UC deve estar prevista e disciplinada no plano de manejo da unidade. Há que ressaltar, ainda, que as UCs de uso sustentável também requerem medidas bastante restritivas de gestão. A abertura de linhas de transmissão implica alterar o uso dessas áreas e, assim, depende de lei alterando o ato que criou a referida UC, conforme determina a Constituição da República, art. 225, § 1º, inciso III. Conclui-se que o Decreto 7.154/2010 é inconstitucional e exorbita do poder regulamentar, tendo em vista que fere a Constituição Federal, art. 225, § 1º, III, ao possibilitar a abertura de linhas de transmissão na UC sem alteração da lei que a criou. O referido Decreto também afronta a Lei do Snuc, ao estabelecer normas para a execução de atividades não previstas legalmente em unidades de proteção integral e ao admitir a realização de estudos sobre potenciais de energia hidráulica em APAs e RPPNs, sem autorização do órgão responsável por sua gestão. Por fim, o Decreto 7.154/2010 fere a Lei 6.938/1981, ao possibilitar a implantação de linhas de transmissão em UCs sem licenciamento ambiental. Por essas razões, e em obediência às determinações da Constituição Federal, art. 49, V, contamos com o apoio dos nobres Pares para a aprovação deste Projeto de Decreto Legislativo. Sala das Sessões, 11 de maio de 2010. – Deputado Sarney Filho. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21091 21092 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21093 21094 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.947 DE 2010 (Da Senhora Vanessa Grazziotin) Solicita ao Senhor Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, no âmbito da Secretaria do Patrimônio da União, informações acerca da Lei nº 11.952, de 2009. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e no art. 115, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito de V. Exa. que seja encaminhado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão o seguinte pedido de informação: A Lei nº 11.952, de 2009 que trata da regularização fundiária de terras federais na Amazônia foi criada com o objetivo de promover a inclusão social e a Justiça agrária, dando amparo a posseiros de boa-fé, que retiram da terra o seu sustento; e aperfeiçoar o controle e a fiscalização do desmatamento na Amazônia, ao permitir uma melhor definição dos responsáveis pelas lesões ao meio ambiente nas áreas regularizadas. Com o intuito tão somente de acompanhar o desempenho dessa legislação, solicitamos saber como está a aplicação da referida lei, discriminando a quantidade de títulos expedidos até o presente momento, discriminando uma a um por unidade federativa, município e área (ha)/módulo. Sala das Sessões, 13 de abril de 2010. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.949, DE 2010 (Do Sr. Chico Alencar) Requer informações ao Ministro de Estado da Saúde, relativas à fiscalização da utilização de ambulâncias, oriundas de Terça-feira 18 21095 verbas federais, cedidas ao Rio do Janeiro e demais Estados. Solicito a Vossa Excelência, com base no art. 50, § 2º da Constituição Federal e na forma dos artigos. 115 e 116 do Regimento Interno, que, após consulta à Mesa, sejam requeridas ao Ministro de Estado da Saúde as seguintes informações, relativas à fiscalização da utilização de ambulâncias cedidas pelo Ministério da Saúde ao Estado do Rio de Janeiro e demais Estados; nos últimos cinco anos: Após a cessão de ambulâncias, há algum tipo de fiscalização ou controle da utilização e manutenção das mesmas, por parte do Ministério da Saúde? Como o Ministério faz a distribuição de ambulâncias do Programa SAMU aos entes federativos e para quais órgãos? Há relatórios estatísticos com o número de ambulâncias em operação, seus modelos e anos de fabricação, e sua situação atual, com eventual danificação ou necessitando de reparos? Em vista de denúncia apresentada ao nosso mandato, que aponta a existência de vinte ambulâncias em processo de sucateamento, num depósito em São Gonçalo, e quarenta e seis outras ambulâncias no mesmo processo, na zona norte do Rio de Janeiro, modelos master e sprinter, questiona-se: como se deu o processo de cessão de mais 18 novas ambulâncias ao Rio de janeiro, conforme informação do portal da saúde, datada de 25 de março de 2010? Quais as medidas que o Ministério irá adotar para garantir que ambulâncias cedidas aos demais entes federativos sejam efetivamente colocadas a serviço da saúde da população? Justificação É um fato incontroverso que a saúde no Brasil não recebe os recursos necessários para o atendimento de excelência que a população merece e espera. No momento em que, além de contar com escassos recursos, os gestores não utilizam os recursos disponíveis de forma eficiente, ou deixam de fiscalizar a sua utilização, a situação já precária se torna odiosa. Condutas como essas devem ser rechaçadas. Nesse sentido, com a finalidade de obter informações acerca do sistema fiscalizatório do Ministério da Saúde, apresenta-se o presente requerimento, diante das denúncias de má utilização das ambulâncias adquiridas com verbas federais. Requer, assim, o envio a esta Casa Legislativa de todas as informações. Nestes termos, requer o encaminhamento. Brasília, 14 de abril de 2010. – Deputado Chico Alencar, PSOL/RJ. 21096 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.951 DE 2010 (Do Senhor Dep. Prof. Ruy Pauletti) Solicita informações ao Senhor Ministro de Estado do Turismo a respeito da execução do Orçamento da União do exercício de 2009. Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50, § 2°, da Constituição Fe deral, e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas as seguintes informações ao Senhor Ministro de Estado do Turismo: 1. Os motivos pelos quais não foi executada a emenda nº 25640002, no valor de R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), apresentada ao Orçamento da União do exercício de 2009 no âmbito do Ministério do Turismo, em benefício dos Municípios de: Canela – 023353/2009 Guaporé – 059260/2009 Gramado – ;047618/2009 Imbé – 030973/2009 Nova Pádua –;052289/2009 Santo Antônio da Patrulha – 045106/2009 Santo Antônio do Palma – 073344/2009 Serafina Corrêa –; 023659/2009 Três Passos –; 039394/2009 Vacaria – 090949/2009 Santa Teresa – Eventos; 063229/2009 Todos no Estado do Rio Grande do Sul, tendo em vista que os municípios cumpriram, dentro do prazo, a exigência de apresentação das propostas, devidamente aprovadas pelos técnicos que as analisaram, conforme consta do Portal de Convênios do Governo Federal – SICONV. 2. Com base no limite de empenho e pagamento estabelecido no Decreto de Programação Orçamentá- Maio de 2010 ria e Financeira de 2009, qual o critério adotado para a liberação das emendas? 3. Listagem de emendas parlamentares empenhadas no exercício de 2009. Justificação A informação que ora requeremos é de fundamental importância para o desempenho de nossas atribuições constitucionais de acompanhamento das ações do Poder Executivo. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputado Professor Ruy Pauletti Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.952 DE 2010 (Do Senhor Dep. Prof. Ruy Pauletti) Solicita informações ao Senhor Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a respeito da execução do Orçamento da União do exercício de 2009 Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50, § 2°, da Constituição Fe deral, e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas as seguintes informações ao Senhor Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: 1. Os motivos pelos quais não foi executada a emenda nº 25640001, no valor de R$2.450.000,00 (dois milhões e quatrocentos e cinqüenta mil reais), apresentada ao Orçamento da União do exercício de 2009 no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em benefício dos Municípios de: Água Santa – 024663/2009 Alto Feliz –004881/2009 Arvorezinha – 051339/2009 Antônio Prado – 062765/2009 Barão do Cotegipe – 045847/2009 Barros Casal – 037188/2009 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Capivari do Sul – 076675/2009 Cristal – 048174/2009 Dom Feliciano – 037399/2009 Giruá – 029426/2009 Gramado dos Loureiros – 060290/2009 Guabiju – 051966/2009 Erval Grande – 020957/2009 Humaitá 28893/2009 Itatiba do Sul – 030940/2009 Mostardas – 026744/2009 Picada Café – 035941/2009 Santo Antônio do Planalto – 037081/2009 Santa Vitória do Palmar – 085815/2009 São José do Hortêncio – 026998/2009 São Sebastião do Caí – 030853/2009 Sede Nova – 065853/2009 Três Arroios – 066695/2009. Todos no Estado do Rio Grande do Sul, tendo em vista que os municípios cumpriram, dentro do prazo, a exigência de apresentação das propostas, devidamente aprovadas pelos técnicos que as analisaram, conforme consta do Portal de Convênios do Governo Federal – SICONV. 2. Com base no limite de empenho e pagamento estabelecido no Decreto de Programação Orçamentária e Financeira de 2009, qual o critério adotado para a liberação das emendas? 3. Listagem de emendas parlamentares empenhadas no exercício de 2009. Justificação A informação que ora requeremos é de fundamental importância para o desempenho de nossas atribuições constitucionais de acompanhamento das ações do Poder Executivo. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputado Professor Ruy Pauletti. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – Terça-feira 18 21097 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.953, DE 2010 (Do Sr. Raul Jungmann) Requer informações ao Ministro dos Transportes sobre as obras de implantação da Ferrovia Transnordestina, nos termos que especifica. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja encaminhado, por meio da Mesa Diretora desta Casa, ao Ministro dos Transportes, Sr. Paulo Sérgio Passos, pedido de informações sobre as obras de implantação da Ferrovia Transnordestina: o valor total do projeto; os valores referentes a recursos externos (caso hajam); eventuais contrapartidas da União, Estado e/ou municípios; execuções orçamentária e financeira atualizadas até 31 de março de 2010; cronograma de desembolso até sua conclusão; data de lançamento do projeto; estágio da obra; previsão inicial e previsão atual de conclusão da obra. Justificação O governo federal anunciou um conjunto de obras relevantes que atendem a uma justa aspiração das populações pernambucana e nordestina pelo seu imenso potencial econômico e social, com amplos reflexos no desenvolvimento do Estado e da região. Refiro-me à construção da refinaria Abreu e Lima, ao Canal do Sertão, à Ferrovia Transnordestina, à transposição do Rio São Francisco, à instalação de fábrica de hemoderivados em Pernambuco e à ampliação do metrô do Recife. Passou-se, então, a comemorar o início e/ou o término de etapas meramente administrativas, para se fazer estardalhaço sobre a atuação “positiva” do Governo Federal, com fins claramente eleitoreiros. No entanto, permanece um alto grau de incerteza, de apreensão mesmo, diante da falta de informações e ações concretas com relações a essas obras. Diante de assunto de clara relevância nacional e regional, requeiro a Vossa Excelência o envio deste Requerimento de Informações, nos termos legais e regimentais, ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado dos Transportes. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputado Raul Jungmann, PPS/PE. 21098 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.954, DE 2010 (Do Sr. Raul Jungmann) Requer informações ao Ministro das Cidades sobre as obras do Metrô do Recife, no Estado de Pernambuco, nos termos que especifica. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja encaminhado, por meio da Mesa Diretora desta Casa, ao Ministro das Cidades, Sr. Márcio Fortes de Almeida, pedido de informações sobre as obras do Metrô de Recife e respectivos terminais de integração, no Estado de Pernambuco: o valor total do projeto; os valores referentes a recursos externos (caso hajam); eventuais contrapartidas da União, Estado e/ ou municípios; execuções orçamentária e financeira atualizadas até 31 de março de 2010; cronograma de desembolso até sua conclusão; estágio da obra; previsão de conclusão e início de operação definitiva. Justificação O governo federal anunciou um conjunto de obras relevantes que atendem a uma justa aspiração das populações pernambucana e nordestina pelo seu imenso potencial econômico e social, com amplos reflexos no desenvolvimento do Estado e da região. Refiro-me à construção da refinaria Abreu e Lima, ao Canal do Sertão, à Ferrovia Transnordestina, à transposição do Rio São Francisco, à instalação de fábrica de hemoderivados em Pernambuco e à ampliação do metrô do Recife. Passou-se, então, a comemorar o início e/ou o término de etapas meramente administrativas, para se fazer estardalhaço sobre a atuação “positiva” do Governo Federal, com fins claramente eleitoreiros. No entanto, permanece um alto grau de incerteza, de apreensão mesmo, diante da falta de informações e ações concretas com relações a essas obras. Diante de assunto de clara relevância nacional e regional, requeiro a Vossa Excelência o envio deste Requerimento de Informações, nos termos legais e regimentais, ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado das Cidades. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputado Raul Jungmann, PPS/PE. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e Terça-feira 18 21099 com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.955, DE 2010 (Do Sr. Raul Jungmann) Requer informações ao Ministro da Integração Nacional sobre as obras de implantação do Canal do Sertão no Estado de Pernambuco, nos termos que especifica. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja encaminhado, por meio da Mesa Diretora desta Casa, ao Ministro da Integração Nacional, Sr. João Reis Santana Filho, pedido de informações sobre as obras de implantação do Canal do Sertão no Estado de Pernambuco: o valor total do projeto; os valores referentes a recursos externos (caso hajam); eventuais contrapartidas da União, Estado e/ ou municípios; execuções orçamentária e financeira atualizadas até 31 de março de 2010; cronograma de desembolso até sua conclusão; data de lançamento do projeto; estágio da obra; previsão de conclusão e do início das operações daquele canal por ocasião do lançamento do projeto. Justificação O governo federal anunciou um conjunto de obras relevantes que atendem a uma justa aspiração das populações pernambucana e nordestina pelo seu imenso potencial econômico e social, com amplos reflexos no desenvolvimento do Estado e da região. Refiro-me à construção da refinaria Abreu e Lima, ao Canal do Sertão, à Ferrovia Transnordestina, à transposição do Rio São Francisco, à instalação de fábrica de hemoderivados em Pernambuco e à ampliação do metrô do Recife. Passou-se, então, a comemorar o início e/ou o término de etapas meramente administrativas, para se fazer estardalhaço sobre a atuação “positiva” do Governo Federal, com fins claramente eleitoreiros. 21100 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS No entanto, permanece um alto grau de incerteza, de apreensão mesmo, diante da falta de informações e ações concretas com relações a essas obras. Diante de assunto de clara relevância nacional e regional, requeiro a Vossa Excelência o envio deste Requerimento de Informações, nos termos legais e regimentais, ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Integração Nacional. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputado Raul Jungmann, PPS/PE. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.956, DE 2010 (Do Sr. Raul Jungmann) Requer informações ao Ministro de Minas e Energia sobre o projeto de implantação da Refinaria Abreu e Lima no Estado de Pernambuco, nos termos que especifica. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja encaminhado, por meio da Mesa Diretora desta Casa, ao Ministro de Minas e Energia, Sr. Márcio Pereira Zimmernmann, pedido de informações sobre o projeto de implantação da Refinaria Abreu e Lima no Estado de Pernambuco: o valor total do projeto; os valores referentes a recursos externos (caso hajam); eventuais contrapartidas da União, Estado e/ ou municípios; execuções orçamentária e financeira atualizadas até 31 de março de 2010; cronograma de desembolso até sua conclusão; data de lançamento do projeto; estágio da obra; previsão de conclusão e previsão do início das operações da unidade de refino e razões para o adiamento do início das operações. Maio de 2010 Justificação O governo federal anunciou um conjunto de obras relevantes que atendem a uma justa aspiração das populações pernambucana e nordestina pelo seu imenso potencial econômico e social, com amplos reflexos no desenvolvimento do Estado e da região. Refiro-me à construção da refinaria Abreu e Lima, ao Canal do Sertão, à Ferrovia Transnordestina, à transposição do Rio São Francisco, à instalação de fábrica de hemoderivados em Pernambuco e à ampliação do metrô do Recife. Passou-se, então, a comemorar o início e/ou o término de etapas meramente administrativas, para se fazer estardalhaço sobre a atuação “positiva” do Governo Federal, com fins claramente eleitoreiros. No entanto, permanece um alto grau de incerteza, de apreensão mesmo, diante da falta de informações e ações concretas com relações a essas obras. Diante de assunto de clara relevância nacional e regional, requeiro a Vossa Excelência o envio deste Requerimento de Informações, nos termos legais e regimentais, ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado de Minas e Energia. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputado Raul Jungmann, PPS/PE. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.957, DE 2010 (Do Sr. Raul Jungmann) Requer informações ao Ministro da Saúde sobre as obras de implantação da fábrica de hemoderivados de Pernambuco, nos termos que especifica. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputados, que seja encaminhado, por meio da Mesa Diretora desta Casa, ao Ministro da Saúde, Sr. José Gomes Temporão, pedido de informações sobre as obras de implantação da fábrica de hemoderivados em Pernambuco: o valor total do projeto; os valores referentes a recursos externos (caso hajam); eventuais contrapartidas da União, Estado e/ou municípios; execuções orçamentária e financeira atualizadas até 31 de março de 2010; cronograma de desembolso até sua conclusão; data de lançamento do projeto; estágio da obra; previsão atual de conclusão e do início das operações da fábrica por ocasião do lançamento do projeto. Justificação O governo federal anunciou um conjunto de obras relevantes que atendem a uma justa aspiração das populações pernambucana e nordestina pelo seu imenso potencial econômico e social, com amplos reflexos no desenvolvimento do Estado e da região. Refiro-me à construção da refinaria Abreu e Lima, ao Canal do Sertão, à Ferrovia Transnordestina, à transposição do Rio São Francisco, à instalação de fábrica de hemoderivados em Pernambuco e à ampliação do metrô do Recife. Passou-se, então, a comemorar o início e/ou o término de etapas meramente administrativas, para se fazer estardalhaço sobre a atuação “positiva” do Governo Federal, com fins claramente eleitoreiros. No entanto, permanece um alto grau de incerteza, de apreensão mesmo, diante da falta de informações e ações concretas com relações a essas obras. Diante de assunto de clara relevância nacional e regional, requeiro a Vossa Excelência o envio deste Requerimento de Informações, nos termos legais e regimentais, ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Saúde. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputado Raul Jungmann, PPS/PE. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – Terça-feira 18 21101 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.958, DE 2010 (Do Sr. Raul Jungmann) Requer informações ao Ministro da Integração Nacional sobre as obras de Transposição do Rio São Francisco, nos termos que especifica. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja encaminhado, por meio da Mesa Diretora desta Casa, ao Ministro da Integração Nacional, Sr. João Reis Santana Filho, pedido de informações sobre as obras de Transposição do Rio São Francisco: o valor total do projeto; os valores referentes a recursos externos (caso hajam); eventuais contrapartidas da União, Estado e/ou municípios; execuções orçamentária e financeira atualizadas até 31 de março de 2010; cronograma de desembolso até sua conclusão; data de lançamento do projeto; estágio da obra; previsão atual de conclusão e início de operação, por ocasião do lançamento do projeto. Justificação O governo federal anunciou um conjunto de obras relevantes que atendem a uma justa aspiração das populações pernambucana e nordestina pelo seu imenso potencial econômico e social, com amplos reflexos no desenvolvimento do Estado e da região. Refiro-me à construção da refinaria Abreu e Lima, ao Canal do Sertão, à Ferrovia Transnordestina, à transposição do Rio São Francisco, à instalação de fábrica de hemoderivados em Pernambuco e à ampliação do metrô do Recife. Passou-se, então, a comemorar o início e/ou o término de etapas meramente administrativas, para se fazer estardalhaço sobre a atuação “positiva” do Governo Federal, com fins claramente eleitoreiros. No entanto, permanece um alto grau de incerteza, de apreensão mesmo, diante da falta de informações e ações concretas com relações a essas obras. Diante de assunto de clara relevância nacional e regional, requeiro a Vossa Excelência o envio deste Requerimento de Informações, nos termos legais e regimentais, ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Integração Nacional. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputado Raul Jungmann, PPS/PE. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e 21102 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.959 DE 2010 (Da Senhora Vanessa Grazziotin) Solicita ao Senhor Ministro da Integração Nacional informações sobre empresas envolvidas em fraudes na antiga Sudam. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e no art. 115, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito de V. Exa. que seja encaminhado ao Ministério da Integração Nacional o seguinte pedido de informação: Após uma década, o prejuízo que o Tesouro Nacional arcará com o resultado das fraudes praticadas na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e na Superintendente de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) é da ordem de R$16,6 bilhões de reais. Esse foi o espólio deixado a cargo desse Ministério, responsável pelo passivo dos fundos de investimento das superintendências, quando da extinção dessas, em 2001. Entre superfaturamento, empresas fantasmas, projetos inexistentes, encontram-se empresários, políticos e servidores envolvidos. Nesse sentido, solicitamos o encaminhamento das empresas envolvidas no esquema de fraude e que têm sede ou filial no Estado do Amazonas bem como o valor da dívida para com o erário público. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Maio de 2010 Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.960 DE 2010 (Da Senhora Vanessa Grazziotin) Solicita ao Senhor Ministro Chefe da Controladoria-Geral da União informações sobre verbas repassadas aos municípios amazonenses. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e no art. 115, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito de V. Exa. que seja encaminhado à Controladoria-Geral da União o seguinte pedido de informação: Considerando que grande parte das irregularidades na aplicação das verbas federais dos diversos Ministérios são cometidas devido à fragilidade da fiscalização, esta incumbida de verificar a aplicação dos recursos repassados, solicitamos lista com dados atualizados dos municípios amazonenses que constam no relatório da Controladoria com aplicação irregular de recursos. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.961, DE 2010 (Da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional) Solicita Informação ao Sr. Ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre os beneficiários dos subsídios e dos prêmios obtidos em leilões organizados pela CONAB para a comercialização da safra agrícola. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a Mesa, seja solicitada Informação ao Sr. Ministro da fazenda, Senhor Guido Mantega, sobre os beneficiários dos subsídios e dos prêmios obtidos em leilões organizados pela CONAB para a comercialização da safra agrícola. Justificação A autorização formal para aplicação de R$5,1 bilhões em subvenção públicas na comercialização da safra esbarra na falta de controle e transparência na concessão de subsídios e dos prêmios, na imposição de limites individuais para o auxilio financeiro em leilões organizados pela CONAB. Segundo autoridades do governo federal, há excessiva concentração de subsídios nas mãos de poucos produtores. O posicionamento do Tesouro Nacional pela transparência encontra resistência dentro do Ministério da Agricultura. Um conjunto de associações de pequenos produtores concorda com a imposição de limites individuais nos leilões da CONAB, como forma de evitar a concentração nas mãos de poucos produtores. Conhecer como se deu a concessão no passado, é o objeto do presente Requerimento de Informação. Sala da Comissão, 14 de abril de 2010. – Deputado. Marcelo Serafim, Presidente. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES No 4.962, DE 2010 (Do Sr. João Bittar) Requer o envio de informações sobre programas sociais e recursos orçamentários destinados à população idosa. Senhor Presidente: Requeiro a V. Exa., com base no art. 50 da Constituição Federal, e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações ao Sr. Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, no sentido de es- Terça-feira 18 21103 clarecer esta Casa quanto aos programas federais e recursos orçamentários destinados à população idosa, especialmente quanto aos seguintes aspectos: montante de recursos destinado ao Fundo Nacional do Idoso no Orçamento Geral da União; programas a serem beneficiados pelos referidos recursos orçamentários; critérios de distribuição dos recursos orçamentários; procedimentos que devem ser observados por instituições que trabalham na proteção da população idosa para credenciamento e posterior recebimento de recursos; Outras informações relevantes para que se possa obter uma visão abrangente e fidedigna dos programas e recursos destinados à população idosa. Justificação A população brasileira tem acompanhado o fenômeno demográfico mundial do aumento da expectativa de vida dos cidadãos. Diante desse quadro, o envelhecimento populacional passou a fazer parte da agenda política nacional, demandando-se a adoção de políticas públicas específicas para a população idosa, a fim de garantir-lhe dignidade e qualidade de vida. Desse expressivo grupo social, fazem parte milhares de idosos que, infelizmente, ainda não recebem a devida assistência estatal, seja por desinformação ou por dificuldade de acesso aos programas governamentais existentes. No sentido de conhecer melhor a realidade dos programas, solicitamos o envio das informações requeridas, que serão de suma importância para a elaboração de propostas que visem o aperfeiçoamento dos programas e, por consequência, a melhoria da vida desse importante e crescente segmento da população. Sala das Sessões, 14 de abril de 2010. – Deputado Joâo Bittar. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – 21104 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.963 DE 2010 (Do Sr. Átila Lira) Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação informações sobre a tramitação dos processos de credenciamento e recredenciamento dos Centros Universitários. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 50, § 2º, da Constituição Federal e na forma dos art. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputado s, sejam solicitadas ao Senhor Ministro de Estado da Educação informações sobre a tramitação dos processos de credenciamento e recredenciamento dos Centros Universitários. Justificação A Resolução CNE/CES nº 1, de 20 de janeiro de 2010, que passou a ter aplicabilidade imediata para processos propostos a partir de então, apresentou novos critérios, criou novas exigências e acrescentou requisitos, revogando integralmente o texto da Resolução nº 10, de 4 de outubro de 2007. Para os processos de credenciamento e recredenciamento protocolados antes de 29 de março de 2007, contudo, a nova normatização trouxe a previsão de normas específicas de transição, no seguinte sentido: Art. 8º Para os processos de credenciamento de Centros Universitários protocolados no Ministério da Educação até 29 de março de 2007, como também para os processos referentes ao primeiro recredenciamento de Centros Universitários credenciados até a mencionada data, serão observadas as seguintes regras de transição: I – ficam dispensados do cumprimento do requisito de funcionamento regular há, no mínimo, 6 (seis) anos, estabelecido no art. 2º desta Resolução; II – ficam dispensados do cumprimento dos requisitos dos incisos V e VI do art. 3º desta Resolução; III – a instituição proponente deve possuir, no mínimo, 5 (cinco) cursos de graduação reconhecidos e avaliados com conceito satisfatório pelo Ministério da Educação, em substituição ao contido no inciso III do art. 3º. § 1º Deverão ter prioridade de tramitação, em especial quanto à programação de visitas, os processos referidos no caput, observando-se o art. 73 do Decreto nº 5.773/2006. § 2º As Faculdades que postulam o credenciamento como Centro Universitário nos termos deste artigo terão considerada a avaliação institucional exter- Maio de 2010 na mais recente nos processos de recredenciamento respectivos. (grifos editados) A celeridade da tramitação dos processos é necessária pois inúmeras instituições aguardam a finalização do trâmite de seu processo há mais de 4 (quatro ) anos, sendo que o parágrafo transcrito acima expressamente impõe tramitação preferencial para tais processos. Contudo, conforme recentes e reiterados relatos que tem chegado a esta Frente por meio dos Sindicatos e Associações representativas, na prática este direito de tramitação preferencial não tem sido respeitado e os processos de credenciamento e recredenciamento de centros universitários, que já tramitavam antes de março de 2007, permanecem no mesmo estado de análise e a SESU ainda não encaminhou os referidos processos para o Conselho Nacional de Educação ao arrepio do que determina Resolução que, patente ressaltar, foi homologada por este próprio Ministério, descumprindo ainda a Lei nº 9.784, de 1999. Ante o exposto, espero poder contar com o apoio do ilustre ministro da Educação com o envio a esta Casa Legislativa das informações de que trata a presente proposição e/ou outros esclarecimentos que julgar pertinentes. Sala das Sessões, 15 de abril de 2010. – Deputado Átila Lira, PSB – PI. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.964, DE 2010 (Do Sr. Gustavo Fruet) Solicita, ao Ministro de Estado da Integração Nacional, informações relativas à execução dos Programas de Resposta aos Desastres e Reconstrução e de Prevenção e Preparação para Desastres. Senhor Presidente: Com fundamento nos artigos 50, § 2º, da Constituição da República, 115, I, e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS que, ouvida a Mesa, encaminhe, ao Ministro de Estado da Integração Nacional, o presente requerimento para que S. Exª informe: (a) os critérios adotados na transferência de recursos da União para demais entes da Federação na execução dos Programas de Resposta aos Desastres e Reconstrução e de Prevenção e Preparação para Desastres nos exercícios financeiros de 2004 a 2010; (b) os motivos pelos quais, conforme evidenciado pela auditoria operacional realizada, nos autos de n. TC 008.556/2009-3, pelo Tribunal de Contas da União, o Estado da Bahia foi o ente da Federação que, nos exercícios financeiros de 2004 a 2010, mais recebeu recursos federais na execução dos Programas de Resposta aos Desastres e Reconstrução e de Prevenção e Preparação para Desastres; todas as propostas ou pedidos de transferência intergovernamental de recursos federais que, inclusive na forma de planos de trabalho, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios apresentaram durante os exercícios financeiros de 2008 e de 2009, relacionando os que foram aprovados pelo Governo Federal e os que não foram, os que foram atendidos ou não, indicando as razões pelas quais não foram aprovados ou atendidos, e, ainda, encaminhando inteiro teor dos autos dos respectivos procedimentos administrativos. Justificação No dia 07 de abril de 2010, e ao cabo de auditoria operacional que teve, por objeto, a execução, durante os exercícios financeiros de 2004 a 2009, dos Programas de Resposta aos Desastres e Reconstrução e de Prevenção e Preparação para Desastres, o Tribunal de Contas da União chegou à conclusão de que tal execução se realizou sem “critérios técnicos claramente definidos para justificar a alocação dos recursos para os diversos entes da federação, notadamente para o financiamento das ações de prevenção a desastres”. O Tribunal de Contas da União também detectou “a ausência de mapeamento de áreas de riscos; falta de integração entre a Sedec e outros órgãos, inclusive na esfera federal”, e que os recursos federais “foram concentrados, sem justificativa técnica, em poucos estados”, vez que “a distribuição de valores não seguiria nenhuma tendência razoável, baseada em critérios de risco, histórico dos eventos, etc”. Desse modo, e em face dos graves e recentes desastres naturais que vitimaram a população do Estado do Rio de Janeiro, o Ministério da Integração Nacional deve explicar a ausência de financiamento federal de ações preventivas de defesa civil que impedissem ou mitigassem os danos sofridos pelos fluminenses. Sala das sessões, 15 de abril de 2010. – Deputado Gustavo Fruet, PSDB/PR. Terça-feira 18 21105 Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.966, DE 2010 (Do Sr. Gustavo Fruet ) Solicita informações ao Sr. Ministro da Defesa sobre projetos de obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – em aeroportos. Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50, § 2°, da Constituição Federal, e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas as seguintes informações ao Sr. Ministro da Defesa sobre projetos de obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – nos aeroportos especificados a seguir. Cópia do inteiro teor dos projetos básicos e executivos das obras do PAC nos seguintes aeroportos, especificando aquelas previstas, em execução e concluídas: Aeroporto de Congonhas – SP; Aeroporto de Fortaleza – CE; Aeroporto Santos Dumont – RJ; Aeroporto de Salvador – BA; Aeroporto de Boa Vista – RR; Aeroporto de Brasília – DF; Aeroporto de Vitória – ES; Aeroporto de Macapá – AP; Aeroporto de Guarulhos – SP; Aeroporto de Foz do Iguaçu – PR; Aeroporto de São José dos Pinhais – PR: Aeroporto de Florianópolis – SC; Aeroporto do Galeão – RJ; Aeroporto de Manaus – AM; Aeroporto de Confins – MG; Aeroporto de Santarém – PA; Aeroporto de Viracopos – SP; Aeroporto de Porto Alegre – RS; Aeroporto de Teresina – PI; 21106 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aeroporto de Recife – PE; Aeroporto de São Gonçalo do Amarante – RN. Cronogramas de execução das obras dos projetos executivos de cada aeroporto a que se refere a pergunta nº 1. Nomes dos responsáveis técnicos pelos projetos executivos a que se refere a pergunta nº 1. As informações que ora requeremos são importantes para o desempenho de nossas atribuições constitucionais de acompanhamento das ações do Poder Executivo. Sala das Sessões, 15 de abril de 2010. – Deputado Gustavo Fruet. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.967, DE 2010 (Do Sr. Gustavo Fruet) Solicita informações ao Sr. Ministro dos Transportes sobre projetos de obras em Terminais Fluviais incluídos no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50, § 2°, da Constituição Federal e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações ao Sr. Ministro dos Transportes sobre projetos de obras em Terminais Fluviais (Hidroviários) incluídos no PAC, especificados a seguir: Cópia do inteiro teor dos projetos básicos e executivos das obras do PAC nos seguintes Terminais Fluviais (Hidroviários), especificando aquelas previstas, em execução e concluídas: no Estado do Amazonas: São Raimundo, Mancapuru, Itacoatiara, Coari, Manicoré, Tefé, Alcazes, Borba, Lábrea, Boca do Acre, Maués, Santa Isabel, Fonte Boa, Humaitá, Manaquiri, Benjamin Constant, Urucurituba, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Itapiranga, Careiro da Maio de 2010 Várzea, Miranduba, Codajás, Beruri, Tapauá, Canatuma, Sâo Gabriel, Guajará, Ipichuna, Itamarati, Carauari, Eirunepé, Tabatinga, Sâo Sebastião do Atumã, Inhamundá; no Estado do Pará: Monte Alegre, Breves, Santarém; no Estado de Rondônia: Porto Velho. Cronogramas de execução das obras dos projetos executivos de cada Terminal Hidroviário a que se refere a pergunta nº 1. Nomes dos responsáveis técnicos pelos projetos executivos a que se refere a pergunta nº 1. As informações que ora requeremos são importantes para o desempenho de nossas atribuições constitucionais de acompanhamento das ações do Poder Executivo. Sala das Sessões, 15 de abril de 2010. – Deputado Gustavo Fruet. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.968, DE 2010 (Do Sr. Gustavo Fruet ) Solicita informações à Sra. MinistraChefe da Casa Civil da Presidência da República sobre objetivos e resultados da viagem da Delegação Governamental brasileira a La Paz, Bolívia, no período de 6 a 8 de abril de 2010. Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50, § 2°, da Constituição Federal e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações à Sra. Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República sobre objetivos e resultados da viagem da Delegação Governamental brasileira a La Paz, Bolívia, no período de 6 a 8 de abril de 2010, chefiada pelo Sr. Marco Aurélio de Almeida Garcia, Assessor-Chefe da Assessoria Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Especial do Presidente da República – Processo nº 00033.000023/2010-17, publicado no Diário oficial da União – Seção 2, de 5/4/2010: Quais os objetivos e resultados da viagem? Nomes dos membros da Delegação Governamental e de representantes de empresas. Cópia do inteiro teor dos relatórios referentes à viagem dos Srs. Marco Aurélio de Almeida Garcia e Marcel Fortuna Biato. Justificação O Broadcast da Agência Estado publicou, em 05/04/2010, análise de Pedro Botelho, da Factual Informação e Análise, sob o título: “Jornal Boliviano diz que assessor Garcia negocia em nome da Petrobras”: BRASÍLIA, 15 – O jornal boliviano El Deber, em editorial, examina a recente visita de “frondosa delegação” de empresários brasileiros ao país, sob o comando do assessor internacional do presidente Lula, o professor Marco Aurélio Garcia. Confesso que tive de ler duas vezes para ter certeza, mas é verdade, está escrito que o “senhor Garcia assegurou que a empresa estatal Petrobras decidiu pedir novas áreas para explorar petróleo e gás em território boliviano”. Para maior espanto, “o assessor Garcia disse que os empresários brasileiros estão convencidos de que as leis bolivianos lhes asseguram suficiente segurança jurídica para que possam operar no país”. O próprio editorialista ficou tão estupefato com tal declaração, que ele mesmo observou em seguida: ora, se a Bolívia enfrenta atualmente uma etapa de escassez de investimentos, isso se deve exatamente a que os empresários consideram que não existe suficiente segurança jurídica na Bolívia. Aí é de se perguntar: se a Petrobras (e seu principal acionista, o Tesouro brasileiro) já foi chacoalhado no país vizinho, quem é a autoridade que determina que deve a Petrobrás continuar a fazer investimentos no país do presidente Evo Morales. O professor Garcia? Durante a visita do assessor de Lula a La Paz, bateu-se também o tambor quanto ao interesse brasileiro no lítio e no potássio do salar de Uyuni. Mas, lembra o editorialista, nada ocorrerá enquanto o governo não apresentar uma nova lei de mineração. Por isso, prossegue o editorial, “o provável é que as empresas brasileiras, assim como as do resto do mundo, optem por esperar pela aprovação da nova lei, antes de decidir se vêm ou não investir no país. Quererão saber, pelo menos, quanto vão pagar de impostos”. E a insegurança jurídica não é só essa: há também a dúvida quanto à propriedade dos recursos naturais, que segundo a nova Constituição de Morales, pertence aos povos indígenas, os chamados povos Terça-feira 18 21107 “originários”. Quanto aos investimentos em agricultura, o editorialista recomenda cuidado aos brasileiros, pois o governo poderá voltar, a qualquer momento, a fazer o que já fez no passado: proibir as exportações. Minha pergunta singela é: por que o comando de missão empresarial não esteve sob o comando do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio Exterior, Miguel Jorge?” O Editorial da edição impressa do jornal El Deber de 14/4/2010: “El interés brasileño Una frondosa delegación de empresarios brasileños visitó el país en los últimos días bajo la conducción de Marco Aurelio García, asesor del presidente Lula da Silva. Los empresarios pidieron información sobre las posibilidades de invertir en Bolivia y se fueron con el anuncio de que analizarán lo que puedan hacer. Por de pronto, el señor García aseguró que la empresa estatal Petrobras ha decidido pedir nuevas áreas para explotar petróleo y gas en el territorio boliviano. El asesor García dijo que los empresarios brasileños están convencidos de que las leyes bolivianas les dan la suficiente seguridad jurídica para que puedan operar en el país. Sin embargo, la escasez de inversiones que se registra en este momento en el país se debe precisamente a que los empresarios consideran que no hay seguridades jurídicas en Bolivia. En el caso de la minería, quizá los empresarios brasileños interesados en el litio y el potasio de Uyuni tengan que esperar que el gobierno boliviano termine de elaborar la anunciada nueva ley de minería. En efecto, el ministro José Pimentel ha llegado a revelar algunos detalles de la nueva ley, que está en proceso de estudio por parte del Parlamento. Su criterio es que las tasas impositivas son muy bajas y que es preciso elevarlas, pues en este momento la empresa San Cristóbal tiene exportaciones anuales por 1.000 millones de dólares pero sólo paga 35 millones de impuestos. Es probable, por lo tanto, que las empresas brasileñas, así como las del resto del mundo, opten por esperar a que sea aprobada la nueva ley, antes de decidir si vienen o no a invertir en el país. Querrán saber, por lo menos, cuánto impuesto deberán pagar.Además, hay la duda referida a la propiedad de los recursos naturales que, según la Constitución, pertenecen a los pueblos originarios. Aunque el Gobierno nacional ha decidido cambiar ese 21108 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS detalle para evitar que los originarios perjudiquen a la economía, se trata de un tema pendiente de solución. Por otro lado, las empresas que llegaron para observar las posibilidades de invertir en el sector agrícola tendrán que esperar a que se aclaren algunas cosas en el país. Quizá no les atraiga mucho la perspectiva de venir a invertir en agricultura sabiendo que en cualquier momento el Gobierno puede prohibir las exportaciones, como lo ha hecho el año pasado y este año en el caso de las oleaginosas y del azúcar, respectivamente. El esfuerzo de traer una delegación tan grande de empresarios brasileños hubiera sido más fructífero si el Gobierno nacional hubiera tomado previsiones referidas, precisamente, a la seguridad jurídica que reclaman los empresarios en cualquier parte del mundo. Cabalmente por la falta de seguridad jurídica el Senado de España aprobó una recomendación a los empresarios de esa nacionalidad para que no inviertan en Cuba, Venezuela, Nicaragua, Bolivia o Ecuador. La recomendación del Senado español se produjo una semana antes de que llegaran a Bolivia los empresarios brasileños. Es probable que la intención verdadera de esta gestión haya sido dar al Gobierno boliviano un apoyo político, pero está visto que las condiciones reales para la inversión no son alentadoras, como lo ilustra el hecho de que la tasa de inversión en Bolivia sea la más baja de América latina.” As informações que ora requeremos são de fundamental importância para o desempenho de nossas atribuições constitucionais de acompanhamento das ações do Poder Executivo. Sala das Sessões, 15 de abril 2010. – Deputado Gustavo Fruet Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – Maio de 2010 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.969, DE 2010 (Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle) Solicita informações ao Ministro da Previdência Social, objetivando a apresentação de argumentos julgados convenientes sobre os pontos elencados na PFC nº 25/2007. Senhor Presidente, Solicito a Vossa Excelência, com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, encaminhar ao Senhor Ministro da Previdência Social, requerimento de informação solicitando a apresentação de argumentos julgados convenientes sobre os pontos elencados na PFC nº 25/2007, a qual “Propõe que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputadosverifique a atuação da Secretaria de Previdência Comple-mentar na fiscalização das entidades fechadas de previdência complementar, bem como na aprovação de expedientes submetidos à sua apreciação.”: Acrescento que as informações solicitadas constam do Relatório Prévio cuja cópia segue anexa, aprovado na reunião ordinária do dia 14/04/2010. Sala das Comissões, 16 de abril de 2010. – DeputadoNelson Bornier, Presidente. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.970, DE 2010 (Do Sr. Edio Lopes) Solicita ao Sr. Ministro de Minas e Energia, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), informações sobre valores cobrados e cargas tributárias na distribuição de energia elétrica no Brasil. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 115 e 116 do Regimento Interno, que ouvida a Mesa, seja solicitado ao Sr. Ministro de Minas e Energia, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a fornecer as seguintes informações, sem censuras: O valor médio do Megawatt vendido pelas grandes geradoras, tais como Itaipú, Tucuruí, Chesf e outras. A carga tribuitária individualizada por tributos nesta fase. O valor médio do Megawatt cobrado pelas distribuidoras de energia. A carga tributária individualizada por tributos nesta fase. A tributação federal na transmissão de energia elétrica, incluindo a C.S.L.L. Justificação A referida solicitação objetiva colher, no citado documento, subsídios para meu trabalho Parlamentar. Sala das Sessões, 20 de Abril de 2010. – Deputado Edio Lopes, (PMDB/RR). Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.971, DE 2010 (Do Sr. Júlio Delgado) Solicita informações à Ministra do Meio Ambiente sobre Portaria nº 5, de 5 de março de 2010, editada pelo Ibama. Senhor Presidente, Nos termos do art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e dos arts. 115, inciso I do Regimento Interno, solicito a V.Exa. que seja encaminhado à Sra. Ministra do Meio Ambiente o seguinte pedido de informações: Observadas as determinações constantes na Portaria nº 5, de 5 de março de 2010, editada pelo Presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, julgamos necessário contar com os seguintes esclarecimentos: Quais os critérios adotados e justificativas apresentadas para a decisão de fechamento com o escritório Terça-feira 18 21109 do Ibama no município de Juiz de Fora/MG, passando este a ser considerado base avançada? Qual a razão para a decisão de subordinar a unidade do Ibama em Juiz de Fora/MG ao escritório do órgão em Lavras/MG, tendo em vista que a distância entre ambos é de 235 km? Sala das Sessões, 20 de abril de 2010. – Deputado Júlio Delgado. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.972, DE 2010 (Do Sr. Júlio Delgado) Solicita informações ao Ministro dos Transportes sobre a construção da Rodovia BR-440 em Juiz de Fora/MG. Senhor Presidente, Nos termos do art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e dos arts. 115, inciso I do Regimento Interno, solicito a V.Exa. que seja encaminhado ao Sr. Ministro dos Transportes o seguinte pedido de informações: Diante da construção, sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da BR-440, que ligará a BR-040 à BR267, em Juiz de Fora/MG, que representará um grande impacto ecológico no referido município e sendo esta uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), avaliada em cerca de R$108 milhões, julgamos necessário contar com os seguintes esclarecimentos: Qual a data em que o projeto base da referida Rodovia foi elaborado? O projeto considerou, para a realização da obra, o crescimento urbano da cidade, como, por exemplo, os bairros já consolidados e que terão toda sua dinâmica alterada, além de diversas desapropriações? Como o projeto se comporta diante do impacto ambiental que irá ocasionar no município, tendo em vista que a obra da BR-440 inicia-se passando a menos 21110 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de 15 metros da Represa de São Pedro, responsável por até 12% do abastecimento local? Qual o valor a ser repassado para execução da primeira fase da construção da rodovia e para qual trecho exato da mesma se destina, tendo em vista que a obra foi dividia em três ou quatro trechos a serem executados ao longo dos quase dois anos de previsão de sua duração? Sala das Sessões, 20 de abril de 2010. – Deputado Júlio Delgado. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.973, DE 2010 (Do Sr. Dimas Ramalho) Solicita informações sobre os procedimentos tomados em relação ao erro de cálculo tarifário constatado nas contas de energia elétrica. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exa, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, que ouvida a Mesa, seja solicitado informações ao Sr. Márcio Pereira Zimmermann, Ministro de Minas e Energia em relação aos procedimentos tomados em relação ao erro no cálculo de reajuste tarifário aplicados nas contas de energia elétrica a partir da portaria interministerial (Ministério de Minas e Energia e Ministério da Fazenda) No. 25, de 24 de janeiro de 2002, levando-se em consideração a responsabilidade em esclarecer e tomar providências diante de tão grave afronta aos princípios constitucionais e consumeristas. Quais foram as providências tomadas em relação ao erro constatado? Há a previsão de ressarcimento dos consumidores? Em que termos e modo que se dará esse ressarcimento? Maio de 2010 Caso não haja devoluções a serem feitas, de quem é a responsabilidade sobre essa cobrança indevida? Dimas Ramalho, DeputadoFederal (PPS/SP). Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.975, DE 2010 (Do Sr. Odair Cunha) Solicita informações ao Sr. Ministro de Minas e Energia sobre o andamento do Programa Luz Para Todos em Minas Gerais. Senhor Presidente: Solicito a Vossa Excelência, com fundamento no art. 50, §2º, da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, sejam requeridas ao Sr. Ministro de Minas e Energia, as seguintes informações, relativas ao andamento do Programa Luz Para Todos no Estado de Minas Gerais: Os Termos de Compromisso assinados entre a CEMIG e o Ministério de Minas e Energia; Os contratos assinados entre a ELETROBRÁS e a CEMIG, incluindo os aditivos contratuais; O Balanço do Programa referente à área de concessão da CEMIG; A meta de ligação da CEMIG no Estado de Minas Gerais e o que falta ser feito na área de concessão da empresa no ano de 2010. Justificação Esse requerimento de informação se justifica pelo atraso no cumprimento do cronograma de implementação das Metas do Programa Luz Para Todos no Estado de Minas Gerais. Certo de contar com a atenção deste Ministério, aproveito a oportunidade de reafirmar meus votos de alta consideração. Sala das Sessões, 27 de abril de 2010. – Deputado Odair Cunha (PT/MG), Terceiro-Secretário. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Terça-feira 18 21111 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.977, DE 2010 (Da Senhora Vanessa Grazziotin) Solicita ao Ministro da Educação informações acerca da educação inclusiva. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e no art. 115, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito de V. Exa. que seja encaminhado ao Ministério da Justiça o seguinte pedido de informação: Com base no Memo nº 8208/2009-DPGU/GAB, de 20 de dezembro de 2009, a Defensoria Pública-Geral da União informou que houve a “criação de cargos para ampliar a presença deste Órgão em todo o território nacional”. De forma a complementar tal informação, solicitamos o encaminhamento de quadro contendo o quantitativo de defensores públicos por unidades da federação e por localidade. Sala das Sessões, 27 de abril de 2010. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e no art. 115, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito de V. Exa. que seja encaminhado ao Ministério da Educação o seguinte pedido de informação: De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), 96,5% dos entrevistados (professores, diretores, profissionais de educação, pais e também alunos) afirmam ter preconceito ou apresentam algum distanciamento social em relação às pessoas deficientes. Assim, é imprescindível que as escolas considerem em sua organização pedagógica as diferenças entre alunos, a fim de que preconceitos possam ser superados e as diversidades sejam valorizadas como forma de educar inclusivamente e melhorar a qualidade do ensino. Nesse sentido, a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência tem por objetivo assegurar o desfrute pleno e equitativo de todos seus direitos, garantindo-lhes cidadania e dignidade. Mas, para tanto surgem alguns questionamentos relativos a esse assunto, considerando que as pessoas com deficiência chegam à rede de ensino regular, mas quantas têm tido oportunidades reais de desenvolvimento? Além disso, quais as providências encaminhadas por esse Ministério que visam o atendimento adequado ao aluno com deficiência na rede regular de ensino, em termos de infra-estrutura e pessoal? Sala das Sessões, 27 de abril de 2010. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM. Despacho Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.976, DE 2010 (Da Senhora Vanessa Grazziotin) Solicita ao Ministro da Justiça informações acerca de quantitativo de defensores públicos no país. 21112 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.978, DE 2010 (Da Senhora Vanessa Grazziotin) Solicita ao Senhor Ministro das Cidades informações acerca dos municípios contemplados com o programa de revitalização de espaços públicos. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e no art. 115, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito de V. Exa. que seja encaminhado ao Ministério das Cidades o seguinte pedido de informação: De acordo com Nota Técnica nº 24/2010 – SNPU/ MCIDADES, de 15 de março de 2010, relativa ao programa de revitalização de espaços públicos, mais de 140 municípios foram apoiados quando da criação do referido programa, desde “elaboração de planos de reabilitação, projetos e execução de obras por meio da assinatura de contratos com a Caixa, convênios, Acordos de Cooperação Técnica, dentre outras ações”. Nesse contexto, solicitamos o encaminhamento de quadro do programa, discriminando municípios por unidade da federação bem como as modalidades (ações) pelas quais foram viabilizados os programas de revitalização. Sala das Sessões, 27 de abril de 2010. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N° 4.979 DE 2010 (Do Sr. Duarte Nogueira ) Solicita informações ao Senhor Ministro da Defesa, Nelson Azevedo Jobim nova prestação de informações sobre os vôos do Boeing 737 de prefixo 2116, da Maio de 2010 Força Aérea Brasileira realizados no dia 09 de outubro de 2009, tendo em vista o não atendimento a contento do Requerimento anterior, Nº 4549/2009. Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50, § 2°, da Constituição Federal, e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno requeiro que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas as seguintes informações ao Senhor Ministro da Defesa, Nelson Azevedo Jobim, no sentido de esclarecer esta Casa porque não foi respondido integral e explicitamente o Requerimento anterior n. 4549/2009 e alertar que a autoridade incorre em crime de responsabilidade pelas razões alinhadas no Art.50 da CF, estando já, por ausência de respostas explícitas, sujeita a queixa ao Ministério Público. Desse modo, resta em pendência de resposta os seguintes questionamentos: Nomes dos tripulantes do Boing 737 de prefixo 2116, incluindo Oficiais da Força Aérea Brasileira, embarcados em Gavião Peixoto – SP e dos demais passageiros embarcados no aeroporto de Congonhas – SP e/ ou Guarulhos – SP; Nomes das autoridades que solicitaram os vôos originais e posteriores alterações de trechos, no dia 09 de outubro de 2009; Nomes dos convidados do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que utilizaram a aeronave, no dia 09 de outubro de 2009. Nomes de outras pessoas que voaram na aeronave estranhas ao serviço público, e respectivos trechos voados nos dias 9, 10, 11, 12 e 13 de outubro de 2009. Sala das Sessões, 27 de abril de 2010. – Deputado. – Dep. Duarte Nogueira, PSDB/SP. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.980, DE 2010 (Do Sr. Gustavo Fruet e Vanderlei Macris) Solicita informações ao Ministro de Estado das Minas e Energia sobre o leilão da Usina de Belo Monte Senhor Presidente: Com fundamento nos artigos 50, § 2º, da Constituição da República, 115, I, e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência que, ouvida a Mesa, encaminhe, ao Ministro de Estado das Minas e Energia, o presente requerimento solicitando cópia do inteiro teor da nota técnica elaborada por Furnas e Eletrosul em abril de 2010, que não aconselhava a participação de estatais no leilão da Usina Belo Monte, citada na matéria transcrita abaixo, publicada no jornal O Globo do dia 23 de abril de 2010, pág. 27 “Um parecer oficial contra Belo Monte Henrique Gomes Batista Nota técnica de Furnas e Eletrosul não recomenda estatais no projeto Uma nota técnica elaborada por duas estatais de energia do grupo Eletrobras, Furnas e Eletrosul, indicou que a construção da usina de Belo Monte era um mau negócio. Segundo o documento ao qual o GLOBO teve acesso e que foi elaborado dia 18 de abril, dois dias entes do leilão, uma análise do edital da obra, das condições de mercado e dos acordos entre as empresas que formavam o consórcio Belo Monte Energia alertava que não era seguro para as estatais participar do leilão. O consórcio – que abrigava, além das duas subsidiárias da Eletrobras, a construtora Andrade Gutierrez, a Vale, a Neoenergia e a Companhia Brasileira de Alumínio, divisão do grupo Votorantim – acabou perdendo o leilão. Pequena lucratividade, riscos financeiros, da obra, do projeto e de operação foram apresentados como problemas que tornariam a obra pouco viável. O documento, de uso interno das estatais, estima que a obra custará R$28,5 bilhões – bem acima da previsão oficial de R$19 bilhões. Mas isso nem é surpresa, já que todos os analistas consideravam os números do governo subestimados. O que assustou os analistas das estatais foram os outros números do empreendimento. A taxa interna de retorno (a chamada TIR, que demonstra a margem de lucratividade de uma atividade financeira), foi estimada em apenas 3%, considerando riscos extras de questões ambientais e fundiárias de R$2,7 bilhões. Terça-feira 18 21113 Mesmo que estes custos extras não se confirmem, a lucratividade do negócio é baixa: 4,4%, diz o documento. O valor é quase a metade da taxa prevista pelo governo, de 8%, que forçou essa margem às pressas, pouco antes do leilão, para tentar o sucesso da concorrência, visto que a previsão anterior era bem mais generosa e em linha com grandes empreendimentos de infraestrutura, com uma taxa de 12%. Custos ambientais subavaliados De maneira geral, os técnicos das duas estatais indicam diversos problemas no projeto baseado na proposta do governo. Faltaram, segundo a nota, estudos geológico-geotécnicas. Além disso, teria havido subavaliação dos custos ambientais, falta de recursos para seguros e uma precificações mais correta dos serviços de remoção da população local. Isso indica que tanto o governo como os consórcios – estimulados pelas estatais – entraram no negócio de forma açodada. A proposta do consórcio, segundo o estudo de Furnas e Eletrosul, previa que o BNDES financiaria R$15,3 bilhões do projeto. Esse valor supera o possível no momento, que é de R$13,5 bilhões. Para ser viabilizado, o banco precisaria aumentar o seu patrimônio líquido. Embora o governo e o próprio banco não comentem este movimento, a equipe econômica prepara, para breve, mais um aumento no patrimônio do BNDES, o que poderia atender aos objetivos do consórcio. A participação do BNDES também é vista com cautela pelos técnicos da estatais por outros dois pontos. Segundo a nota, causa certa apreensão um eventual descasamento entre os desembolsos necessários à obra e a liberação de recursos pelo BNDES. O estudo também alerta que, como deve ocorrer um atraso na obtenção da licença ambiental de instalação – necessária para o início da construção da usina –, o financiamento do empreendimento poderia ficar fora do Programa de Sustentação de Investimento (PSI), previsto para acabar no fim de 2010. Este programa é um dos mais vantajosos do país atualmente, por ter juros anuais de 4,5% – na prática, juros negativos, pois a inflação prevista para 2010 está em 5,32%. ‘Sem segurança’ para o projeto “Concluindo, a análise dos documentos disponibilizados não dão a segurança e o conforto necessários para recomendar a assinatura por Furnas/ Eletrosul”, afirma o documento de 30 páginas, após uma análise dos aspectos técnicos, do orçamento, energético e de comercialização. Os problemas técnicos e financeiros deverão levar a um atraso no cronograma da obra em, pelo menos 21114 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 13 meses, ou seja, a fabricação de energia não deve começar em maio de 2015. Isso se a licença de instalação for concedida até maio de 2011. Esta previsão já prevê, no mínimo, um atraso de cinco meses a partir da tentativa oficial de liquidar esta questão com o Ibama ainda em 2010. Apesar dessa análise técnica, o consórcio apresentou uma proposta no leilão. As duas estatais, juntas, representavam 49% do grupo. Mas o Belo Monte Energia não foi o vencedor do certame. O consórcio apresentou uma proposta de R$82,90 por Megawatthora (MWh), valor muito próximo ao teto estimado pelo governo, de R$83/MWh. O consórcio Norte Energia, formado por nove empresas, entre elas o Grupo Bertin, a construtora Queiroz Galvão e a estatal Chesf – também com participação de 49% –, venceu o leilão com uma proposta de R$R$77,97 MWh. A Eletrobras, holding estatal que controla Furnas e Eletrosul, informou que não comentaria o estudo. A assessoria de imprensa afirmou que nenhum documento com análises sobre Belo Monte foi tornado público.” Sala das sessões, 27 de abril de 2010. – Deputado Gustavo Fruet, PSDB/PR; Deputado Vanderlei Macris, PSDB/SP. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.981, DE 2010 (Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle) Solicita informações ao Senhor Ministro da Saúde, relativamente à realização de processo licitatório nos últimos 05 (cinco) anos, para compras e/ou serviços, pagos por toda rede de hospitais federais localizados no Estado do Rio de Janeiro, à empresa “Extencion”. Maio de 2010 Senhor Presidente, Solicito a Vossa Excelência, com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, encaminhar ao Senhor Ministro da Saúde “pedido de informações para que aquela autoridade remeta todos os processos licitatórios que contemplaram a empresa “Extencion”, para compra e/ou serviços pagos por toda rede de hospitais federais localizados no Estado do Rio de Janeiro, nos últimos 05 (cinco) anos.” Acrescento que as informações solicitadas decorrem da aprovação, no plenário desta Comissão, do Requerimento nº 328/2010 (cópia anexa), aprovado na reunião ordinária do dia 28/04/2010. Sala das Comissões, 28 de abril de 2010. – DeputadoNelson Bornier, Presidente. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 4.982, DE 2010. (Do Sr. DeputadoSérgio Barradas Carneiro) Solicita ao Exmo.Sr. Ministro da Fazenda informações acerca da reativação da Agência Bancária do Banco do Brasil no Município de Candeal, Estado da Bahia. Senhor Presidente. Requeiro a Vossa Excelência, com base no artigo 50, § 2º da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que ouvida a Mesa, seja solicitada informações ao Exmo.Sr. Ministro da Fazenda acerca da reativação da Agência Bancária do Banco do Brasil no Município de Candeal, Estado da Bahia. Justificação No dia 12 de abril de 2010, os moradores da cidade de Candeal, no Estado da Bahia, foram acordados com uma explosão na agência do Banco do Brasil. A Policia Militar foi acionada e dois policiais de plantão foram em direção à agência bancária, sendo recebi- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS dos a bala. Os policias revidaram a injusta agressão da quadrilha fortemente armada e solicitaram reforços de policiais militares de Serrinha, Ichú, Conceição do Coité, Riachão do Jacuípe, Tanquinho e Feira de Santana, todos municípios próximos a Candeal. O modus operandi dessas quadrilhas é assaltar as agências bancárias durante o dia, fazendo reféns e disparando tiros a ermo com a simples finalidade de estabelecer um verdadeiro cenário de guerra e terror nas pequenas cidades do interior do País. No Município de Candeal, os quinze assaltantes da quadrilha optaram por medida mais extrema, explodindo a área interna da agência bancária, com dinamite, onde estava o cofre e atingindo também a casa vizinha. O município tem uma população de cerca de 9.050 habitantes( IBGE 2009), e fica distante 168 KM de Salvador, Capital do Estado da Bahia. Desde de então, os moradores da cidade que tem na agência uma grande prestadora de serviços aos idosos, aposentados, pensionistas e demais correntistas ficaram completamente em situação difícil com a interrupção dos trabalhos da agência bancária, tendo de viajar até outros municípios limítrofes, causando transtornos e problemas para quem não tem a mínima condição de sair da cidade. Tal pedido, fundamenta-se na necessidade de o mais rápido possível, seja a agência bancária do Banco do Brasil reativada, para que possa voltar a normalidade dos bons serviços prestado pelo Banco do Brasil naquele pequeno município do sertão baiano. Face ao exposto, solicito informações ao Exmo. Sr. Ministro da Fazenda para que informe quando será reativada a agência bancária do Banco do Brasil no Município de Candeal/BA. Sala das sessões, 28 de abril de 2010. – Deputado Sérgio Barradas Carneiro, PT/BA. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – Terça-feira 18 21115 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.983, DE 2010 (Do Sr. Sérgio Petecão) Solicita informações ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, acerca da disponibilidade (número) no Estado do Acre de mamógrafos para a realização de exames como determina a legislação e as condições de uso. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º da Constituição Federal e no art. 115, inciso I combinado com o art. 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputado s, solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Sr. Ministro da Sáude, José Gomes Temporão, solicitação de informações acerca da disponibilidade (número) no Estado do Acre de mamógrafos para a realização de exames como determina a legislação e as condições de uso. Justificação a) Considerando o nível de doenças que acometem as mulheres em todo o país,em particular as relacionadas à mama e o perigo que representa para o bem estar de larga parcela da população feminina; b) Considerando a incidência em larga escala do câncer de mama,sobretudo na população feminina mais carente,que tem na saúde pública o único de derradeiro meio para exame e determinação do nível de saúde; c) Considerando que a própria Imprensa nacional,em particular a edição do Programa Fantástico do dia 25 de abril, informa a carência de mamógrafos para exame periódico e/ou incidental da população feminina em particular no estado do Acre,o que causou séria apreensão em todo o Estado, mais especificamente na população feminina que se utiliza da saúde pública e dela depende unicamente ; d) Considerando que a existência do número suficiente de mamógrafos é condição sine qua non para a prática correta da medicina no que se refere á diagnósticos e tratamento de doenças muitas vezes fatais, e) Considerando que saúde pública é fator essencial para qualquer Governo ou esfera administrativa,e prevenção e tratamento de doenças devem ter a mais absoluta prioridade em qualquer esfera pública; Diante do exposto, gostaria que a presente solicitação gozasse da devida apreciação e resposta das autoridades competentes Sala das sessões, 27 de abril de 2010. – Deputado Sérgio Petecão, PMN/AC. 21116 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.984, DE 2010 (Do Sr. Sérgio Petecão) Solicita informações ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, acerca da responsabilidade técnica e civil da construção da ponte sobre o Rio Caeté, situada na BR 364 (município de Sena Madureira, Estado do Acre) e o montante despendido pela União para a realização da obra. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º da Constituição Federal e no art. 115, inciso I combinado com o art. 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputado s, solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Senhor Ministro os Transportes, Paulo Sérgio Passos,solicitação de informações acerca da responsabilidade técnica e civil da construção da ponte sobre o rio Caeté, situada na BR 364(município de Sena Madureira,Estado do Acre) e o montante despendido pela União para a realização da obra. Justificação a) Considerando que cabe ao parlamentar, como atribuição inerente ao cargo, fiscalizar as ações de Governo e o uso adequado do erário; b) Considerando que a construção de pontes e outras obras de grande porte merecem uma atenção especial de controle e fiscalização das entidades públicas até por incluir a questão da segurança da obra; c) Considerando que, houve deslocamento do eixo central da ponte resultando em desnível acentuado, o que sugere possível erro de cálculo com conseqüências danosas pra a conclusão da obra; d) Considerando que a ponte é absolutamente fundamental para o trânsito da BR 364 que vai ligar Sena Madureira até Cruzeiro do Sul, no Vale do Ju- Maio de 2010 ruá, região que por muito tempo sofreu isolamento e todas suas mazelas; e) Considerando que empresas e técnicos de engenharia foram contratados para a execução da obra, o que implica em gasto público e responsabilidade assumida por todas as etapas da obra; Diante do exposto, gostaria que a presente solicitação gozasse da devida apreciação e resposta das autoridades competentes. Sala das sessões, 27 de abril de 2010. – Deputado Sérgio Petecão, PMN/AC. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES No 4.985, DE 2010 (Do Sr. Luiz Alberto) Solicita informações relativas à contribuição previdenciária vertida por servidores públicos federais aposentados e pensionistas. Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal, e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, para que se possa viabilizar a discussão em torno da Proposta de Emenda à Constituição nº 555, de 2006, solicito a Vossa Excelência seja encaminhado ao Sr. Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão requerimento demandando daquele órgão que encaminhe a esta Casa, por escrito, as seguintes informações, sempre considerada a série histórica anual desde o exercício de 2003: 1) valor total arrecadado pela União como receita proveniente de contribuições previdenciárias vertidas por servidores públicos ativos, inativos e pensionistas e o correspondente montante de benefícios de prestação continuada mantidas naquele âmbito; 2) discriminação dos valores identificados no item 1 supra por Poder, inserindo-se em informações apar- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS teadas os quantitativos referentes ao Ministério Público da União e ao Tribunal de Contas da União; 3) identificação, no universo dos valores referidos nos itens 1 e 2 supra, dos seguintes segmentos: a) contribuições vertidas por servidores em atividade; b) contribuições vertidas por servidores aposentados e pensionistas e os respectivos benefícios; c) contribuições vertidas por servidores aposentados e pensionistas com idade igual ou superior a 70 anos, exceto inválidos, e os respectivos benefícios; d) contribuições vertidas por servidores aposentados e pensionistas de sexo masculino com idade igual ou superior a 65 anos, exceto inválidos, e os respectivos benefícios; e) contribuições vertidas por servidores aposentados e pensionistas de sexo feminino com idade igual ou superior a 60 anos, exceto inválidos, e os respectivos benefícios; f) contribuições vertidas por pensionistas, de ambos os sexos, e os respectivos benefícios; g) contribuições vertidas por servidores aposentados por invalidez, de ambos os sexos, e os respectivos benefícios; h) contribuições vertidas por servidores aposentados e pensionistas enquadrados no art. 4º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, e os respectivos benefícios; 4) distribuição das contribuições por faixas de renda dos servidores ativos, aposentados e pensionistas contribuintes, considerando-se intervalos de R$3.000,00 (três mil reais); 5) quantitativo de servidores ativos, aposentados e pensionistas correspondente às informações identificadas nos itens 1 a 4 supra. Sala das Sessões, 29 de Abril de 2010. – Deputado Luiz Alberto, Relator. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – Terça-feira 18 21117 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 4.986, DE 2010 (Da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional) Solicita Informação ao Sr. Ministro das Comunicações, José Artur Filardi Leite, sobre o montante repassando do Governo Federal para as operadoras de telefonia móvel, fixa, comunitária e Internet, nos estados do Amapá, Acre e Amazonas. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a Mesa, seja solicitada Informação ao Sr. Ministro das Comunicações, Senhor José Artur Filardi Leite, sobre o montante repassando do Governo Federal para as operadoras de telefonia móvel, fixa, comunitária e Internet, nos estados do Amapá, Acre e Amazonas. Justificação O Ministério das Comunicações, gestor das concessões e regulamentações, tem também o dever de fiscalizar os recursos disponibilizados para que as comunidades recebam estes serviços. Em viagens aos estados da Região Amazônica, membros deste Colegiado, verificaram a ausência, ou a precariedade, na prestação desses serviços. Os moradores denunciam que a telefonia fixa, e os chamados orelhões (comunitários) muitas vezes não chamam e nem recebem ligações. A móvel, para muitos, é ainda um sonho distante, e quanto à Internet nas escolas, não chegou a todos os municípios. A Deputada Janete Capiberibe, ex-Presidente da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, em Audiência Pública, realizada por este Órgão no último dia 14.4, que debateu os Serviços de Internet e telefonias fixa e móvel nos estados do Amazonas e do Amapá, afirmou que “as comunidades indígenas e de pescadores também sofrem com o serviço de telefonia fixa. As pessoas vivem em um estado constante de separamento. É um absurdo que em uma comunidade isolada, as pessoas tenham telefones públicos que apenas recebem ligações. Não podendo usá-los sequer para chamar um médico”. Por essa razão, é necessário que saibamos, como representantes legítimos do povo, o quanto de recurso público tem sido disponibilizado para a implantação desses serviços nesses estados, que já sofrem com as desigualdades regionais, com a consequente exclusão digital e que são carentes de uma boa prestação de serviços de telefonia. Sala da Comissão, 28 de abril de 2010. – Deputado Marcelo Serafim, Presidente. 21118 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES DE Nº 4.987, DE 2010 (Do Sr. Mendonça Prado) Solicita informações ao Ministro-Chefe da Casa Civil em relação ao andamento da reestruturação da carreira de especialista de meio ambiente (IBAMA, MMA e ICMBio). Senhor Presidente, Venho respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar o presente Requerimento de Informação, com fulcro nos arts. 115 e 116, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a ser dirigido à MinistraChefe da Casa Civil, solicitando informações no tocante ao andamento atual do processo de reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente (IBAMA, MMA e ICMBio). Justificação Tendo em vista informações recebidas por este gabinete oriundas de entidades que defendem a referida categoria, entendemos por necessário a apresentação da presente solicitação de esclarecimento acompanhada de apelo pela agilidade na tramitação do referido processo. Para tanto, apresentamos a seguir a lista de considerações que nos foram apresentadas, em sua íntegra: “Considerando que as negociações em curso decorrem dos trabalhos realizados no âmbito do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria SRH/MP nº 2.951/2008 e GT no âmbito do Ministério do Meio Ambiente instituído pela Portaria nº 244 do MMA, de 29/07/2009; Considerando que o Ministro Carlos Minc, então Ministro do Meio Ambiente, encaminhou ao MPOG por meio do Aviso Ministerial nº 238/2009/GM/MMA, de 05/11/2009, proposta Maio de 2010 de reestruturação de carreira acordada entre o MMA e a representação dos servidores; Considerando que a reestruturação de carreira pretendida incide sobre quatro pontos essenciais: Tornar a carreira da área ambiental mais atrativa para o recrutamento e manutenção dos servidores, por meio de realinhamento de tabelas para correção de distorções salariais acumuladas nos últimos 08 anos de governo. Por exemplo, um servidor de nível superior do Ibama, no seu nível inicial, ganha menos que a metade de um servidor da ANA, ANEEL ou ANCINE e; ganha menos que servidores do nível médio do judiciário; Criar mecanismos que permitam o desenvolvimento de mestres e doutores nos quadros funcionais do IBAMA, MMA e ICMBio (atualmente conta-se apenas com 2,5% de servidores com doutorado e 5% de servidores com mestrado); Propiciar condições para fixação de servidores em locais adversos, remotos e com dificuldades de acesso (provavelmente o Ibama é o órgão com a segunda maior capilaridade do governo federal, atrás apenas dos correios); Reconhecer e valorizar os servidores que desempenham atividades de que importem em risco orgânico e segurança; Considerando que tais inconsistências na carreira de Especialista em Meio Ambiente tem levado a um êxodo intenso de servidores do quadro dos órgãos ambientais comprometendo as condições operacionais do Ibama e de outros órgãos do meio ambiente. Por exemplo, o tempo médio de permanência de um analista ambiental na Diretoria de Licenciamento Ambiental-DILIC é de apenas 24 meses, o que dificulta o andamento regular dos licenciamentos ambientais tão necessários para a sociedade. Desta maneira, até mesmo os recentes concursos públicos realizados no âmbito do Ibama não são eficazes para recomposição do quadro do órgão haja vista a alta rotatividade de servidores; Ressaltando-se que a GREVE nacional deflagrada em 05 de abril do corrente ano ocorreu em função do rompimento, por parte do Governo (SRH/MPOG) do acordo assinado entre servidores e governo federal para a reestruturação da carreira; Informamos que nesta terça-feira, 20 de abril, segundo informações dos representantes Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS da categoria, ocorreu reunião entre o Ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão e a representação dos servidores, com o intuito de finalizar as negociações da reestruturação da carreira”. Com base no exposto, viemos solicitar esclarecimentos tanto ao Ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão quanto à Ministra-Chefe da Casa Civil no tocante ao andamento da solução do problema ora apresentado. Ademais, salientamos nosso apoio à causa dessa categoria e entendemos ser extremamente necessário e urgente o envio de projeto do Poder Executivo, com a referida reestruturação, à tramitação em ambas as Casas legislativas do Congresso Nacional. Apresento votos de estima e consideração e coloco este gabinete à inteira disposição para sanar qualquer questão. Plenário da Câmara, 27 de abril de 2010. – Mendonça Prado, DeputadoFederal – DEM/SE. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 4.988, DE 2010 (Do Sr. Valdir Colatto) Requer o envio de solicitação de informação ao Ministério da Justiça. Excelentíssimo Senhor Ministro: Requeiro a V. Exa., com base no art. 50 da Constituição Federal e na mesma forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações ao Exmo. Sr. Ministro da Justiça, no sentido de esclarecer esta casa sobre o andamento do inquérito policial instaurado para apurar os fatos ocorridos em São Francisco do Paraguaçu – Cachoeira/BA, que ensejaram denúncia pelo Jornal A Tarde na edição de 23 de março de 2009. Terça-feira 18 21119 Justificação Com o escopo de obter informações sobre os fatos ocorridos em São Francisco do Paraguaçu – Cachoeira/ BA, na forma prevista pela Constituição Federal e pelo Regimento Interno desta casa, encaminhou-se os Requerimentos de Informações nºs 3.482 e 3.484/2009, respectivamente. Em resposta ao referido requerimento, o Exmo. Sr. Ministro da Justiça, encaminhou o MEMO nº 638/09 – ASPAR/GM, de autoria do Ilmo. Delegado Regional Executivo, Val Goular, informando o que segue: Que, no dia 18/03/2009 foi realizada uma operação policial na região de São Francisco do Paraguaçu, “(...)com a finalidade de realizar levantamento prévio em local para cumprimento de reintegração de posse concedida pelo MM. Juízo da 11ª Vara Federal em Salvador, nos autos do Processo nº 2007.5218-8, em virtude de requisição judicial de auxílio de força policial (...)”. Que os veículos utilizados na operação pertencem ao Departamento da Polícia Federal e que não houve qualquer disparo com arma de fogo, ao contrário do quanto informado na referida reportagem. Que os “homens fortemente armados teriam chegados à região em alta velocidade e disparando para o alto” referidos no manifesto divulgado pela ASSOCIAÇÃO DE ADVOGADOS DE TRABALHADORES RURAIS NO ESTADO DA BAHIA – AATR – BA, eram os Agentes da Polícia Federal. Dessa forma, considerando que à luz das informações prestadas, pode haver indícios de prática de ato criminoso, solicita-se que sejam prestadas informações acerca da instauração e do andamento do inquérito policial correspondente. Sala das Sessões, 29 de abril de 2010. – Deputado Valdir Colatto, PMDB/SC. Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento. Primeira-Vice-Presidência, 2010. – Deputado Marco Maia, Primeiro-Vice-Presidente, Relator. Aprovação pelo Presidente, Dep. Michel Temer, ad referendum da Mesa, do relatório do Dep. Marco Maia, pelo encaminhamento. Em 17-05-2010. – 21120 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 6.765, DE 2010 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) Solicita reconstituição da TVR 1.990/09, do Poder Executivo. Senhor Presidente, Requeiro, nos termos regimentais, as providências necessárias no sentido de autorizar a RECONSTITUIÇÃO, por motivo de extravio, da TVR nº 1.990/09, do Poder Executivo, que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 1.051, de 23 de dezembro de 2008, que outorga autorização à Associação de Desenvolvimento Social e Comunicação Comunitária de Caiçara Distrito de Cruz para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Cruz – Vila Caiçara, Estado do Ceará.” Sala da Comissão, 05 de maio de 2010. – DeputadoEunicio Oliveira, Presidente. Defiro, nos termos do art. 106, do RICD, a reconstituição da TVR n. 1.990/2009. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 6.767, DE 2010 (Dep. Luiz Fernando Faria) Solicita revisão do despacho exarado ao Projeto de Lei nº 6942, de 2010, que “Dispõe sobre o uso de biodiesel em veículos de passeio e veículos de carga de pequeno porte, e dá outras providências. Senhor Presidente, Solicito, nos termos regimentais, a revisão do despacho exarado ao Projeto de Lei nº 6942, de 2010, de autoria do Senhor DeputadoWilson Picler, que “dispõe sobre o uso de biodiesel em veículos de passeio e veículos de carga de pequeno porte, e dá outras providências”, no sentido de incluir entre as comissões responsáveis pela análise do Projeto, a Comissão de Minas e Energia (CME), com base no artigo 32, XIV, do Regimento Interno desta Casa. Sala das Sessões, 05 de maio de 2010. – Deputado Luiz Fernando Faria Chucre, PP/MG. Defiro, nos termos do art. 141 do RICD, a solicitação de redistribuição de proposição, e revejo o despacho inicial aposto ao Projeto de Lei n. 6942/10, para incluir a Comissão de Minas e Energia, que deverá pronunciar-se Maio de 2010 antes da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Publique-se. Oficie-se. [Novo Despacho: CME, CMADS, CCJC (RICD, art. 54) – Apreciação: proposição sujeita à apreciação conclusiva das Comissões (RICD, art. 24, II) – Regime de Tramitação: ordinário]. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 6.771, DE 2010 Retirada de Tramitação do PL nº 488A/2007 Senhor (a) Presidente (a), Solicito, nos termos do Art. 104 combinados com o Art. 114, inciso V, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a retirada de tramitação do PL nº 488A/2007, de minha autoria, em apreciação na Comissão de Finanças e Tributação. Sala das Comissões, 4 de maio de 2010. – DeputadoEdinho Bez, PMDB/SC. Submeta-se ao Plenário, nos termos do art. 104, § 1º do RICD. Oficie-se. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 6.781, DE 2010 (Do Sr. Eliene Lima) Requer Voto de Pesar pelo falecimento do Senhor Clementino Barbosa de Oliveira. Senhor Presidente, Com fulcro no Art. 117, inciso XVIII, e § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência se digne registrar nos Anais desta Casa voto de pesar pelo falecimento do Senhor Clementino Barbosa de Oliveira, ocorrido no município de Cuiabá, Mato Grosso, no dia 5 de abril do corrente. É a nossa homenagem. Na certeza do apoio dos nobres pares ao presente Requerimento, submetemos à apreciação. Justificação O Senhor Clementino Barbosa de Oliveira nasceu em 14 de novembro de 1929, no município de Cuiabá, Mato Grosso. Deixou muitos ensinamentos para os filhos, amigos e pessoas que procuravam orientações para suas vidas. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Senhor Clementino deixou esposa e os seguintes filhos: Basilio Barbosa de Oliveira; Lourenço Barbosa de Oliveira; José Barbosa de Oliveira; Jonas Barbosa de Oliveira e Jelson Barbosa de Oliveira. O Senhor Clementino prestou inúmero serviços a toda a comunidade mato-grossense, destacando-se principalmente pelo seu caráter de distinta honradez e espírito público. Diante do exposto, apresento esta justa homenagem ao Senhor Clementino Barbosa de Oliveira. Sala das Sessões, 5 de maio de 2010. – Eliene Lima, DeputadoFederal. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. Terça-feira 18 21121 REQUERIMENTO Nº 6.802, DE 2010 (da Comissão de Finanças e Tributação) Requer a reconstituição do PL nº 7.090/06, de autoria do Senador Augusto Botelho. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 106 do Regimento Interno, solicito a Vossa Excelência determinar a RECONSTITUIÇÃO, por motivo de extravio, do Projeto de Lei nº 7.090, de 2006, de autoria do Senador Augusto Botelho, que “altera a Lei nº 8.670, de 30 de junho de 1993, que dispõe sobre a criação de Escolas Técnicas e Agrotécnicas Federais, e dá outras providências”. Sala da Comissão, 06 de maio de 2010. – DeputadoPepe Vargas, Presidente. Defiro, nos termos do art. 106, do RICD, a reconstituição do PL nº. 7.090/2006. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. 21122 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 6.810 DE 2010 (Do Sr. Lira Maia) Requer nos termos do art. 117, XIX, o envio de Voto de regozijo e louvor para as FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJÓS com sede no Município de Santarém no Estado do Pará. Senhor Presidente, Nos termos do art. 117, inciso XIX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência o envio de votos de Regozijo e Louvor para as FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJÓS – FIT, com sede no Município de Santarém no Estado do Pará, em face da comemoração no dia 13 de maio de 2010, dos 25 da FIT. O endereço para encaminhamento é: Rua Rosa Vermelha, 335 – Aeroporto Velho – Santarém – PA – CEP: 68.010-200. Justificação As Faculdades Integradas do Tapajós – FIT, tiveram sua Mantenedora, ainda sob a denominação de Instituto Santareno de Educação Superior – ISES, instituída no ano de 1977. Em 1980 a mesma pleiteou junto ao Ministério da Educação a instalação dos cursos de administração, ciências contábeis e direito. Devido os entraves burocráticos, somente em 1985 os dois primeiros cursos solicitados foram autorizados e devidamente iniciados no dia 13 de maio, dando assim início ao funcionamento daquela que seria a primeira faculdade de Santarém e de todo o interior da Amazônia. Em 1990 foi implantada em Santarém uma nova faculdade com a denominação de Centro de Estudos Superiores do Médio Amazonas – CESMAZON, com os cursos de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas e de Graduação em Enfermagem e Obstetrícia, tendo como Mantenedora a Associação de Educação Superior do Médio Amazonas – AESMA. No ano de 1993 as duas Mantenedoras atuantes em Santarém acordaram em transferir os cursos da AESMA para que passassem a ser mantidos pelo ISES, de modo a reunir sob uma só administração todos os cursos da iniciativa privada na época em funcionamento na região, deliberação esta que foi submetida à apreciação do MEC e obteve referendo através da Portaria Ministerial nº 1.130, de 08 de setembro de 1995. Realizada a fusão das duas Mantenedoras, o ISES pleiteou junto ao MEC a mudança da denominação de sua Mantida para que passasse a denominarse Faculdades Integradas do Tapajós, com a sigla FIT. Maio de 2010 O que foi autorizado através da Portaria Ministerial nº 1.431, de 23 de dezembro de 1998. O antigo ISES iniciou sua atividade em um prédio alugado da Diocese da Santarém, onde funcionava e ainda funciona a Escola São Francisco. Hoje suas instalações próprias possuem 5.571 metros quadrados de área construída e mais de 6.000 metros quadrados de área para estacionamento e outros serviços acadêmicos. Atualmente as Faculdades Integradas do Tapajós (FIT) ministra 12 (doze) Cursos de Graduação, sendo: Licenciatura em Ciências Biológicas, Bacharelado em Enfermagem, Medicina Veterinária, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Administração, Comunicação Social (com Habilitação em Jornalismo e Propaganda & Publicidade) e Serviço Social, além dos cursos de Tecnologia em Processos Gerenciais, Tecnologia da Informação e Redes de Computadores e Gestão Empresarial. Se a cidade de Santarém é conhecida hoje como uma Cidade Universitária, grande parte disso se deve às Faculdades Integradas do Tapajós (FIT), cujos abnegados dirigentes não mediram esforços para que Santarém pudesse ter seus primeiros cursos universitários, ainda da década de oitenta. Nestes 25 (vinte e cinco) anos de atividades, a FIT já formou mais de 4.500 profissionais, dando assim uma imensa contribuição à melhoria da educação e das condições de vida da população da Região Oeste do Pará, sendo, pois, plenamente merecedora da manifestação desta Câmara dos Deputadosatravés de votos de Regozijo e louvou que ora proponho. Espero contar com o apoio dos Nobres Pares para a aprovação do presente Requerimento. Sala das Sessões, 11 de maio de 2010. – Joaquim de Lira Maia, Deputado Federal; Vice-Líder – DEM/PA. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 6.823, DE 2010 (Do Senhor Vital do Rêgo Filho) Senhor Presidente, Nos termos do art. 117, inciso XIX e § 3º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, venho respeitosamente, solicitar a Vossa Excelência se digne registrar nos Anais desta Casa Voto de Louvor pelos 102 anos de existência do Jornal O NORTE, do Estado da Paraíba, que desde o seu lançamento em 7 de maio de 1908, pelos irmãos Oscar Soares e Orris Eugênio Soares, em João Pessoa tem reunido em suas edições Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS diárias experiência e inovação constantes, retratando em suas páginas a história da Paraíba e do Brasil. O NORTE foi criado dentro dos mais modernos padrões jornalísticos da sua época, com revolucionária qualidade gráfica e editorial. Escola para profissionais da imprensa que hoje atuam nas mais diversas redações e áreas Brasil afora. Com linha editorial agressiva e ousada, o periódico foi perseguido politicamente e fechado por três vezes, em tentativas de calar a voz da comunicação democrática. Dos três episódios se recuperou e reabriu as portas ainda mais forte e respeitado pela sociedade paraibana e nordestina. O Jornal o NORTE destacou e divulgou com extrema competência momentos importantes da história da Paraíba como, por exemplo, o pleito eleitoral do paraibano Epitácio Pessoa à presidência da República, entre os idos de 1915 e 1919. Até a década de 1950 o Jornal passou pelas mãos de empresários e jornalistas influentes e que conseguiram manter a liderança absoluta do Jornal entre a sociedade local. Em 1954, o magnata da comunicação e paraibano Assis Chateaubriand compra O Norte, que passa a integrar os Diários Associados. A partir dessa data o Jornal nunca mais fechou suas portas – até hoje. Mantendo a linha da ousadia, em 2009, um ano após completar seu centenário, a direção dos Diários Associados decide inovar e dá a O Norte um novo formato – o Berliner –, seguindo uma tendência mundial em tamanho e conteúdo editorial, a exemplo de jornais como The Guardian, no Reino Unido; Le Monde, na França; O Expresso, em Portugal; e os brasileiros, Jornal do Brasil, O Dia e Zero Hora. Novo formato, nova marca, novos conteúdos e novos ares para o experiente Jornal paraibano que segue mantendo, acima de tudo, respeito à notícia e ao seu leitor. Uma postura que só um jornal centenário, mas cheio do vigor que a imprensa moderna exige, sabe adotar como nenhum outro. Parabéns pelos 102 anos do Jornal O Norte, e as sinceras congratulações à toda sua equipe, sob o comando de seu Diretor Presidente( Diários Associados Nordeste), o Sr. Joezil Barros, de seu Diretor Geral ( Nordeste), Sr. Guilherme Machado e de seu Diretor Institucional (João Pessoa) Sr. Paulo Mauricio Cunha e demais profissionais que têm contribuído para a ascensão desse grande veículo de comunicação no Estado da Paraíba. Sala das Sessões, 11 de maio de 2010. – Deputado Vital do Rêgo Filho. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. Terça-feira 18 21123 REQUERIMENTO Nº 6837/2010 (Dep. Marcio Junqueira) Requer a retirada de tramitação. Senhor Presidente, Requeiro a V. Ex.ª, nos termos do art. 104 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a retirada de tramitação do PL 3255, de 2008, de minha autoria, que “ obriga os veículos de comunicação rádio e televisiva a interiorizar a radiofrequência de sons e de imagens do território brasileiro e dá outras providências”. Sala das Sessões, 12 de maio de 2010. – Deputado Marcio Junqueira, DEM/RR. Defiro a retirada do Projeto de Lei n. 3.255/2008, nos termos do art. 104 c/c o art. 114, VII do RICD. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 6.844, DE 2010 (Da Senhora Vanessa Grazziotin) Requer Voto de Louvor à representante do Amazonas, Lílian Lopes, pelo segundo lugar na 56ª edição do concurso de Miss Brasil, no domingo (9), em São Paulo. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 117, inciso XIX e § 3º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, vimos respeitosamente, solicitar a Vossa Excelência se digne registrar nos Anais desta Casa, Voto de Louvor à representante do Amazonas, Lílian Lopes, pelo segundo lugar na 56ª edição do concurso de Miss Brasil, no domingo (9), em São Paulo. Lilian Lopes nasceu em São Bento do Sul, em Santa Catarina, mas mora em Manaus desde os três anos, onde estuda Administração Empresarial na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). E é no Amazonas que ela diz se sentir completa de corpo, alma e coração. É uma moça que tem entre os seus ídolos Zilda Arns e a miss Amazonas do ano de 1957, miss Brasil e vice miss Universo, Terezinha Morango. Gosta de literatura e é fã de autores como Clarice Lispector. Parabéns por representar tão bem o Amazonas nesse concurso. Sala das Sessões, 12 de maio de 2010. – DeputadaVanessa Grazziotin, PCdoB/AM. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. 21124 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 6.845, DE 2010 (Da Senhora Vanessa Grazziotin) Requer Voto de Louvor pelo dia 12 de maio, em que se comemora mundialmente o Dia do Enfermeiro. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 117, inciso XIX e § 3º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, vimos respeitosamente, solicitar a Vossa Excelência se digne registrar nos Anais desta Casa, Voto de Louvor pelo dia 12 de maio, em que se comemora mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a Florence Nightingale, um marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820. No Brasil, além do Dia do Enfermeiro, comemorase a Semana da Enfermagem entre os dias 12 e 20 de maio, em homenagem a dois grandes personagens da enfermagem no mundo, Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares. Essa profissão tem sua origem milenar e data da época em que ser enfermeiro era uma referência a quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficientes. É uma categoria respeitada de trabalhadores, indispensável para o bom funcionamento e atendimento dos órgãos de saúde pública e privada. É o profissional tão importante quanto o médico, que lida com a vida, ajuda no tratamento e no conforto dos pacientes. Parabéns a todos os profissionais de enfermagem pelo seu dia. Sala das Sessões, 12 de maio de 2010. – DeputadaVanessa Grazziotin, PCdoB/AM. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 6.852, DE 2010 (Do Sr° Sérgio Petecão) Requer a retirada de assinatura do recurso nº 424/2010, contra a apreciação conclusiva das comissões sobre o PL de Lei 5649/2009. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 102, § 4º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a retirada de minha assinatura aposta no recurso nº 424/2010, “contra apreciação conclusiva das comissões sobre o PL 5649/2009, de autoria do DeputadoJoão Campos, que” dispõe sobre a condição Maio de 2010 de perito oficial dos papiloscopistas em suas perícias específicas e dá outras providências”. Sala das Sessões, 12 de maio de 2010. – Deputado Sérgio Petecão, PMN/AC. Indefiro a retirada de assinatura do Recurso nº 424/2010, nos termos do art. 102, §4º, do RICD. Oficie-se. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 6.854, DE 2010 (Do Sr. Antonio Carlos Magalhães Neto) Requer nos ternos do art. 117, inciso XIX do Regimento Interno, Voto de Louvor pelo aniversário de setenta anos do Colégio e Faculdade Santíssimo Sacramento de Alagoinhas. Senhor Presidente, Nos termos do art. 117, inciso XIX do Regimento Interno, venho respeitosamente, solicitar a V. Exa. se digne a registrar nos Anais desta Casa, VOTO DE LOUVOR em homenagem ao Colégio e Faculdade Santíssimo Sacramento, de Alagoinhas, que completa hoje setenta anos. Fundada por um grupo de missionárias da Congregação do Santíssimo Sacramento e Maria Imaculada, determinadas a proporcionar uma educação de qualidade, esta valorosa Instituição construiu uma imagem sólida no meio educacional da nossa região, sendo responsável pela boa formação de nossas crianças e jovens. Hoje, sob a direção da Irmã Lúcia Sá Barreto de Freitas, consolida-se como ferramenta de orientação acadêmica e ética e conta com o reconhecimento da Bahia pelo brilhante trabalho dispensado à comunidade alagoinhense. Sala das Sessões, 12 de maio de 2010. – DeputadoAntonio Carlos Magalhães Neto, Segundo-Vice-Presidente. Publique-se. Em 17-05-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 6883/2010 (Do Sr. Marcelo Itagiba) Requer retirada do Requerimento de Informação nº 5010, de 2010, na forma regimental. Senhor Presidente, Requeiro, na forma do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a retirada do Requerimento Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de Informação nº 5010, de 2010, tendo em vista seu desmembramento nos Requerimentos de Informação nºs 5015, 5016 e 5017. Sala das Sessões, 12 de maio de 2010. – Deputado Marcelo Itagiba, PSDB-RJ. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 5.010, DE 2010 (Do Sr. Marcelo Itagiba) Requer aos Senhores Ministros de Estado das Pastas da Justiça, das Relações Exteriores e do Gabinete de Segurança Institucional as informações que especifica. Senhor Presidente: Requeiro a V. Exa., com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas aos Ministros de Estado das Pastas da Justiça, das Relações Exteriores e do Gabinete de Segurança Institucional, Senhores LUIZ PAULO TELLES FERREIRA BARRETO, CELSO AMORIM e JORGE ARMANDO FÉLIX informações, quanto (I) se há registro de entrada(s) no Brasil do Sr. Esmail Ghaani, em caso positivo, em que datas e o tempo de sua permanência, por viagem, em terras brasileiras (II) qual a função ou qualificação do Sr.������������������������������������ Esmail Ghaani quando integrou a Comitiva Oficial do Presidente Mahmoud Ahmadinejad, por ocasião da sua visita oficial ao Brasil; (III) se há registro, nos orgãos oficiais brasileiros de atividades terroristas e/ou atividades comerciais vinculadas ao Sr. Esmail Ghaani ou a Companhia IRISL no Brasil e no exterior ; (IV) garantindose aos Excelentíssimos Srs. Ministros das Pastas acima listadas que os����������������������������������������� documentos de caráter sigiloso, reservado ou confidencial, emitidos também pelos seus órgãos vinculados, observarão o prescrito no § 5º do art. 98 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Justificação A revista Veja, em 17 de abril do corrente exercício, trouxe a lume em matéria de autoria do jornalista Diogo Mainardi, fato extremamente preocupante e merecedor de esclarecimento urgente por parte de autoridades do Poder Executivo brasileiro, em especial, aquelas que são responsáveis, por força de lei, pelo assessoramento direto do Presidente da República relativamente a assuntos militares e de segurança nacional, pela entrada e saída de estrangeiros em território nacional, pela polícia judiciária da União e pela política externa da nossa nação. Devido à gravidade dos fatos narrados, mesmo que em linguagem jocosa, é de fundamental importância transcrevê-la, razão pela qual o faço a seguir, verbis: Terça-feira 18 21125 “Em 16 de maio, o bispo Lula emulará o presidente Romualdo e dará o passo mais ruinoso de sua carreira. Ele procurará Mahmoud Ahmadinejad em sua cadeia iraniana e negociará com ele ‘olho no olho’, prometendo ajudá-lo a escapar da polícia dos Estados Unidos e da Europa” O presidente Lula conduz o Itamaraty da mesma maneira que o bispo Romualdo conduz a Igreja Universal. Os dois recomendaram procurar os bandidos nas cadeias e negociar diretamente com eles, dizendo: “Pô, a gente está fazendo um trabalho tão bacana. Pô, todo mundo armado. Pô, a gente é companheiro ou não é?”. O bispo Romualdo, de acordo com a Folha de S.Paulo, resumiu candidamente o espírito desse seu empenho diplomático bilateral: “Nosso problema não é o bandido, nosso problema é a polícia”. É o que Lula tem repetido insistentemente nos últimos anos, em todos os encontros internacionais. Ele recomenda procurar os bandidos em suas cadeias e negociar diretamente com eles. Porque o problema, segundo Lula, não é o bandido de Cuba, o bandido de Gaza, o bandido da Coreia do Norte, o bandido da Guiné Equatorial, o bandido da Venezuela – o problema é a polícia. Em 16 de maio, o bispo Lula emulará o presidente Romualdo e dará o passo mais ruinoso de sua carreira. Ele procurará Mahmoud Ahmadinejad em sua cadeia iraniana e negociará com ele “olho no olho”, prometendo ajudá-lo a escapar da polícia dos Estados Unidos e da Europa. Lula retribui assim a visita de Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil, no fim do ano passado. Um de seus acompanhantes naquela visita foi Esmail Ghaani, que entrou anonimamente no país. Ele era comandante interino das Forças Quds, a unidade de elite da Guarda Revolucionária iraniana. A caminho do Brasil, Mahmoud Ahmadinejad e Esmail Ghaani fizeram uma escala no Senegal. O jornal Al Qanat, publicado no Líbano, em árabe, relatou que Esmail Ghaani usou sua passagem por Dacar para adquirir uma série de docas no porto local, em nome da companhia de fachada IRISL. Nessas docas, a Guarda Revolucionária iraniana pretende armazenar os produtos triangulados da América Latina, a fim de furar o bloqueio comercial imposto pela ONU. O contrabando é apenas uma das bandidagens praticadas pelas Forças Quds. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos denunciou-as por treinar, financiar e armar terroristas. O chefe de Esmail Ghaani, Qassem Suleimani, foi punido pela ONU, que congelou seus bens. A Europa acusou a Guarda Revolucionária de comandar o programa nuclear iraniano e passou a perseguir seu conglomerado de empresas por “proliferação de armas de destruição em massa”. O que Esmail Ghaani fez no Brasil? Com quem ele se encontrou? Empresas nacionais negociaram com 21126 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS as empresas de fachada das Forças Quds? Para Lula, nenhuma dessas perguntas importa. Afinal, a gente é companheiro ou não é? Olho no olho com Mahmoud Ahmadinejad, em maio, Lula poderá dizer mais uma vez: “Nosso problema não é o bandido, nosso problema é a polícia”(...) Ressalto que o requerimento torna-se ainda mais importante na medida em que as respostas oferecidas a esta Casa pelas autoridades suscitadas certamente irão trazer subsídios ao Congresso Nacional para assumir as suas responsabilidades, no âmbito da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, ínsitas no art. 6º da Lei nº 9.883, de 1999, que “Institui Sistema Brasileiro de Inteligência, cria a Agência Brasileira de Inteligência-ABIN, e dá outras providências” . Sala das Sessões, 05 de maio de 2010. – Deputado Marcelo Itagiba, PSDB/RJ. Defiro a retirada do Requerimento de Informação n. 5.010/2010, nos termos do art. 104 c/c o art. 114, VII do RICD. Publique-se. Michel Temer, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Finda a leitura do expediente, passa-se à IV – HOMENAGEM O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – A presente sessão solene realiza-se em homenagem póstuma à Sra. Neide Castanha e foi requerida pelo nobre Deputado Paulo Henrique Lustosa, uma das mais destacadas figuras deste Plenário, representante do Estado do Ceará e debatedor permanente das grandes questões nacionais. Convido para tomarem assento à Mesa o Sr. Uirá Castanha, filho da homenageada; a Sra. Márcia Ustra Soares, Secretária-Adjunta da Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, representando a Subsecretária Carmen Silveira de Oliveira; o Sr. Vicente de Paula Faleiros, Coordenador de Referência, Estudos e Ações sobe Crianças e Adolescentes – CECRIA, e o nobre Deputado Paulo Henrique Lustosa, autor do requerimento para a realização desta sessão. Convido todos para, de pé, ouvirem o Hino Nacional. (É executado o Hino Nacional.) O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Dentro da programação estabelecida, assistiremos agora a exibição de um vídeo alusivo à homenageada, que será projetado simultaneamente nos 2 telões instalados neste plenário. (Exibição de vídeo) Maio de 2010 O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Por este vídeo constata-se o proficiente desempenho da homenageada desta sessão, a assistente social Neide Castanha, que se dedicou, de corpo e alma, à tarefa de assistir crianças e adolescentes, e soube fazê-lo com incomparável devotamento, o que a credencia a merecer hoje o reconhecimento de todos nós por meio da Câmara dos Deputados, que, a requerimento do Deputado Paulo Henrique Lustosa, entendeu realizar esta sessão solene, aprovada por este Plenário e chancelada pelo Presidente da Casa, o nobre DeputadoMichel Temer. Esta exibição permite-nos fazer reverência ainda maior a essa grande propugnadora, assistente social que foi de uma assistência desvelada às crianças e aos adolescentes de todo o País. É uma homenagem, portanto, das mais justas que se presta a Neide Castanha, alvo das atenções do Plenário desta Casa legislativa, que representa o povo brasileiro. Senhores membros da Mesa, senhores convidados, demais autoridades, nobre Deputado Paulo Henrique Lustosa, o Presidente da Casa, Deputado Michel Temer, comunicou ao Deputado Paulo Henrique Lustosa e a este Deputadoque não seria possível chegar a tempo de participar desta sessão solene e delegou-me a prerrogativa de dirigi‑la até determinado momento, ser o porta-voz de mensagem extremamente significativa que redigiu. Se S.Exa. aqui estivesse, evidentemente, proferiria seu discurso, mas como não pôde chegar a tempo, coube-me a tarefa honrosa de ler o seu pronunciamento, em que destaca: “Senhoras e senhores, em primeiro lugar, quero felicitar o DeputadoPaulo Henrique Lustosa pela iniciativa de propor esta justa homenagem à memória da Sra. Neide Viana Castanha, personalidade de grande valor, que deixa enorme lacuna na luta pelos direitos humanos no Brasil. Todos aqueles que tiveram a oportunidade de conviver com Neide Castanha irão certamente concordar que ela foi, acima de tudo, uma guerreira, uma mulher de fibra e coragem, que lutou bravamente em defesa das causas que abraçou. Trabalhadora incansável, sempre ativa, sempre alegre e determinada, sua presença foi a todo instante uma força catalisadora que conseguia aglutinar a sua volta a energia e o talento necessários à realização das tarefas que se propunha. Esse espírito de liderança e essa dedicação de corpo e alma ao trabalho social fizeram de Neide Castanha um exemplo do que são Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS capazes os seres humanos integralmente dedicados ao bem comum e de como sua ação é capaz de produzir entusiasmo e esperança. Foi essa combinação de ousadia e generosidade que permitiu a Neide Castanha encontrar resultados positivos em todos os lugares onde trabalhou, deixando a marca registrada da luta em defesa das crianças e adolescentes brasileiros oprimidos pela miséria e pelo abandono. Nessa trajetória vitoriosa, devemos sempre ressaltar a luta em defesa do Estatuto da Criança e do Adolescente, o Disque-Denúncia 100, voltado para os direitos sexuais de crianças e adolescentes, e a organização do 3º Congresso Mundial de Enfrentamento à Violência Sexual, em 2008, no Rio de Janeiro. Merece destaque também o brilhante trabalho realizado à frente da Fundação de Serviço Social do Governo do Distrito Federal, na gestão do Governador Cristovam Buarque, quando cuidou com carinho e eficiência do Centro de Atendimento Juvenil Especializado (CAJE), revelando grande preocupação humanista por trás de suas ações em defesa de crianças e adolescentes em situação de risco. A pujança de sua ação transformadora foi inclusive reconhecida pelo Congresso Nacional, em 2008, quando foi agraciada com o Prêmio Mulher Cidadã Bertha Lutz, sempre indicado a personalidades de destaque no cenário nacional. Neste ano em que se comemoram 20 anos de vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente, é com sentimento de gratidão e justiça que devemos render nossa homenagem à memória de uma mulher que foi um dos pilares da luta pela efetiva implantação dessa inovação legal, que pode ser vista como um dos gestos inaugurais da mudança de mentalidade em relação à questão social no Brasil. Todos haverão de concordar que qualquer projeto de construção da cidadania em nosso País passa necessariamente pelo resgate dos direitos das crianças e adolescentes, que são as maiores vítimas da violência, do descaso e da desigualdade social. Todos aqueles que sonham com um país de verdade, no qual a cidadania não seja uma promessa vazia, todos os que acreditam que é possível viver com dignidade no Brasil devem respeito à memória de Neide Castanha. Temos aqui, hoje, depoimentos de quem teve a oportunidade e o privilégio de trabalhar junto com essa que foi uma das mais dedicadas Terça-feira 18 21127 e vibrantes assistentes sociais no Brasil. São essas pessoas e também os jovens brasileiros amparados pela mão firme e generosa dessa mulher inigualável que melhor expressam a dívida que temos com ela. Sempre que nos deparamos com situações vergonhosas em que crianças e adolescentes estejam submetidas a qualquer tipo de violência e discriminação, sempre que nos sentirmos agredidos por essa realidade, podemos recorrer aos ensinamentos deixados por Neide Castanha para resgatar a esperança na solidariedade e na ação responsável do Estado. É, portanto, com grande pesar que lamentamos o desaparecimento precoce de uma mulher que foi exemplo incontestável de cidadania responsável e de compromisso com a dignidade a que têm direito todos os seres humanos. O Brasil perdeu muito com sua morte. Perderam as crianças e adolescentes brasileiros. Perdemos uma guerreira incomparável, mas ao menos ficamos com seu dignificante exemplo. Onde quer que esteja agora, Neide Castanha certamente ficará feliz em saber que seguimos a sua luta e que a sua memória constitui um farol que ilumina nosso caminho na defesa dos direitos humanos no Brasil Obrigado”. (Palmas.) Esta a expressiva mensagem do Presidente Michel Temer que tenho a honra de ler neste instante e que será entregue ao DeputadoPaulo Henrique Lustosa, autor do requerimento do qual se originou esta sessão solene, e, naturalmente, ao filho da homenageada e às demais autoridades que compõem a Mesa neste momento. É uma manifestação expressiva do Presidente da Casa, que me propiciou a honra de ler em razão de sua eventual ausência, uma vez que, estando em São Paulo, não pôde chegar a tempo de participar desta solenidade, que marca, sem dúvida, a grande manifestação de homenagem, de reconhecimento a uma mulher extraordinária, que, na condição de assistente social, realizou um trabalho magnífico de assistência às crianças e aos adolescentes de nosso País. O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Neste momento, a palavra é oferecida ao nobre Deputado Paulo Henrique Lustosa que, como já mencionei no início desta sessão, é um dos mais destacados membros do Parlamento brasileiro, exerce o seu primeiro mandato e é sabido fazê-lo com extremo devotamento à causa pública, abordando nas Comissões da Casa, sobretudo neste plenário, as questões mais relevantes para o País e para o Estado que representamos. Neste momento, S.Exa. e eu representamos o Estado do Ceará, mas temos em vista sobretudo a discussão, 21128 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS com mais amplitude e abrangência, não só dos problemas regionais, mas também das magnas questões com que se defronta o País. Portanto, é com imenso prazer que concedo a palavra, neste instante, ao nobre Deputado Paulo Henrique Lustosa, autor do requerimento de realização de homenagem à memória imperecível de Neide Castanha, a assistente social a quem tanto devem o nosso País e seus habitantes. O SR. PAULO HENRIQUE LUSTOSA (Bloco/ PMDB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Mauro Benevides, obrigado pelas gentis e elogiosas palavras, meu caro Uirá Castanha, Dra. Márcia Ustra, Prof. Vicente de Paula Faleiros, senhoras, senhores, crianças, adolescentes, jovens presentes nesta sessão solene de homenagem póstuma à nossa amiga e querida Neide Castanha, 14 de maio é o dia em que o Brasil se mobiliza em torno do Dia Nacional de Luta contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Trata-se de uma data que não enseja comemorações, no sentido clássico de como entendemos a palavra “comemoração”, porque é a data em que um crime hediondo, ocorrido há 37 anos, em Vitória, no Espírito Santo, ceifou a vida de uma menina de 8 anos que foi raptada, drogada, violentada e teve o corpo carbonizado por um grupo de jovens, crime esse que até hoje permanece impune e prescrito. É uma data de comemoração porque, ainda que nascida desse fato lamentável, triste, passou a simbolizar para as pessoas que trabalham, militam na causa da infância e da adolescência um momento de reflexão, de mobilização, de chamamento da sociedade brasileira para que entendamos a complexidade da nossa sociedade, as dificuldades que as nossas crianças e adolescentes enfrentam e, acima de tudo, a obrigação e a necessidade de tratarmos essas crianças e adolescentes como cidadãos de direito, sujeitos que merecem o nosso respeito e merecem, como previsto na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, uma atenção especial, uma ação prioritária do Estado brasileiro, da sociedade e das famílias. Em suma, cada criança, cada adolescente que perdemos, que é violentada, que é explorada, que é objeto de sequestro dos seus direitos pode ser creditada na nossa responsabilidade de cidadãos, de agentes públicos, de agentes do Estado, de membros da família. Este 18 de maio, os 18 de maio que vêm sendo mobilizadores, serve para lembrarmos especificamente da exploração sexual de crianças e adolescentes como, talvez, uma das formas mais vis de sequestro de direitos de crianças e adolescentes. Nada mais oportuno que a Câmara dos Deputadosrealize esta sessão solene em homenagem a Neide Castanha precisamente na semana em que todos nós estamos nos mobilizando Maio de 2010 para convocar, mais uma vez, a sociedade brasileira e o Estado brasileiro a fazer bonito pelas nossas crianças e adolescentes, para que nos engajemos, para que avancemos na discussão dessa problemática da exploração da criança e do adolescente. Neide Castanha, como as palavras do Presidente Michel Temer já apontaram, foi um farol nessa dura caminhada da formação de uma consciência de direitos de crianças e adolescentes no País e esteve, desde os primeiros momentos, engajada em todas as discussões importantes atinentes à questão da criança e do adolescente, fosse aqui neste Congresso brigando, quando da discussão do Estatuto da Criança e do Adolescente, há 20 anos, fosse quando a Senadora Patrícia Saboya e a DeputadaMaria do Rosário encabeçaram uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre a exploração e a violência sexual contra crianças e adolescentes, aqui estava Neide. A cada ano, a cada momento, a cada discussão que vinha para esta Casa com relação a essa temática e outras afetas ao interesse e aos direitos de crianças e adolescentes do Brasil – e também do mundo –, estava Neide. Na organização do 3º Congresso Mundial, no final de 2008, lá estava Neide Castanha capitaneando, como disse o Prof. Faleiros, com seus 10 braços, mil braços, lá estava Neide com mãos à obra, trabalhando. Neide era assistente social, fazia reflexão acadêmica, Prof. Faleiros, mas, antes de mais nada, era uma obreira social. Ela refletia, ela falava, mas ela gostava mesmo era de meter a mão na massa e fazer com que as coisas acontecessem. Gostava de organizar os eventos. Ontem, Sr. Presidente, nesta semana de mobilização e reflexão, no Parque da Cidade, em Brasília, e em Fortaleza, houve uma caminhada, uma mobilização nacional em torno do Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Aquelas fotos apresentadas, nas quais Neide estava com uma camisa laranja, como as que alguns adolescentes estão usando, foi da mobilização do Dia Nacional no ano passado, em que ela estava, como sempre, à frente, organizando, mobilizando recursos, negociando em gabinetes, amarrando e soltando balões, enfim, participando das ações. Essa era a Neide, essa é a Neide e vai continuar sendo a Neide que está nas nossas lembranças, está no nosso dia a dia, está no trabalho que a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, que tenho a honra de coordenar, tem-se engajado e participado. Esta semana, que ontem começou com a atividade no Parque da Cidade, que reuniu mais de 700 adolescentes, como disse, uma festa mobilizadora, uma festa de consciência, prossegue com várias atividades. Hoje, neste plenário da Câmara dos Deputados, realizamos esta Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sessão solene em homenagem a Neide. Haverá à tarde exibição de filmes, apresentação de peças. Na terça-feira, dia 18, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos promoverá uma cerimônia em alusão à data do dia 18, com o lançamento do Prêmio Neide Castanha. Haverá audiência na Câmara Legislativa, certamente promovida pela Frente Parlamentar e, ousaria arriscar, provavelmente a DeputadaErika Kokay é uma das autoras do requerimento senão a autora, porque companheira de Neide e nossa na batalha na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Será realizado ainda o seminário nacional. Enfim, é uma semana inteira de mobilização e de discussão sobre temática tão relevante. A Frente Parlamentar, de sua parte, além desta sessão solene de homenagem a Neide, vem trabalhando em várias outras iniciativas e sempre teve, no diálogo com a Neide, no diálogo com o Comitê de Enfrentamento à Exploração Sexual, a sua orientação para o trabalho que desenvolveu aqui. Ao final desses 4 anos de mandato – ainda falta uma parte, mas já estamos caminhando para o término desta sessão legislativa, deste nosso mandato, Sr. Presidente –, podemos observar que a Frente Parlamentar teve, na questão do enfrentamento da exploração e da violência sexual de crianças e adolescentes, um dos seus temas centrais de discussão, fosse porque ainda tínhamos, como herança do bom trabalho feito pela CPMI, em 2003 e 2004, uma agenda de projetos tramitando nesta Casa que fizemos avançar – a maior parte deles hoje já está no Senado Federal –, fosse pela participação auxiliar e pela participação direta no Senado Federal, na CPI da Pedofilia, que está em andamento na douta Casa. Se me permitem, faço um parêntese, e o Prof. Faleiros certamente vai me ajudar nesse raciocínio. Respeitamos e apoiamos o trabalho que vem sendo feito pelo Senado na CPI da Pedofilia. Mas a lamentável ocorrência de Luziânia, no final do ano passado, chama a atenção para algo sobre o qual a Neide também sempre nos alertava. É bom aproveitarmos a televisão e a possibilidade de falar para muitos para chamarmos a atenção para isso: pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes parecem a mesma coisa, mas não são, e precisam, da parte do Estado e da sociedade, de tratamento distinto. Um explorador sexual precisa ser punido como a lei manda. Um pedófilo precisa ser punido como a lei manda, e precisa ser tratado. Caso contrário, cumpre-se a lei, mas o incidente volta a se repetir, o problema volta a se repetir, em razão de o pedófilo não ter sido adequadamente tratado pelo Estado. A Frente Parlamentar vem tentando, em vários fóruns nos quais tem participado, discutir essa questão e alertar a sociedade brasileira. Terça-feira 18 21129 Nós temos certeza de que, a partir do exemplo de Neide, do seu trabalho e do seu legado, podemos construir um Brasil muito melhor para as nossas crianças. Precisamos, cada vez mais, engajar-nos num movimento de defesa e de reconhecimento das crianças como sujeitos de direito, no entendimento de que nenhuma forma de violência é justificada para nenhum ser humano, muito menos para as nossas crianças e adolescentes. Parece lugar comum – talvez seja lugar comum –, mas é necessário que se diga, que se repita, que se diga outra vez. Esse era o trabalho que Neide fazia. Às vezes, chegava a ser monótono não no sentido de monótono, porque chato; monótono porque era o mesmo tom, o mesmo ritmo, a mesma afirmação da necessidade de o Brasil olhar para as suas crianças e os seus adolescentes e enxergar neles não apenas o nosso futuro, uma sociedade melhor, mas enxergar neles pessoas que precisam ser respeitadas e tratadas na integralidade do seu ser, das suas aspirações e dos seus direitos. Sr. Presidente, essa a grande lição que aprendi das várias conversas e das diversas oportunidades que tive com Neide. Essa a mensagem que a Frente Parlamentar reafirma e dissemina, quando participa de vários eventos e, em especial, desta sessão solene em homenagem à Neide Castanha. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – A Mesa cumprimenta o nobre DeputadoPaulo Henrique Lustosa pelo brilhante discurso, com a sua responsabilidade não apenas de representante do povo, mas sobretudo pelo acréscimo das responsabilidades de coordenar a Frente contra a violência sexual instalada no País. O seu pronunciamento baliza exatamente a atuação dele próprio e daqueles que integram o colegiado e sobretudo passa a ser uma conclamação, a fim de que instauremos, com a maior celeridade possível, uma cruzada envolvendo toda a cidadania para que combatamos a violência sexual praticada em todo o País, atingindo marcadamente as crianças e os adolescentes brasileiros. Portanto, em nome da Mesa, em nome do Presidente Michel Temer, cumprimento o DeputadoPaulo Henrique Lustosa pelo discurso, sobretudo pelas posições que há sabido assumir em defesa dessa diretriz que marcadamente se insere no contexto e no dever de preservação e aspiração justa e legítima da cidadania, que é impedir que prossigam esses gestos continuados atentatórios, como violência que são, às crianças e adolescentes brasileiros. Mais uma vez, transmito ao DeputadoPaulo Henrique Lustosa, em nome do Presidente Michel Temer, e no meu próprio, os cumprimentos pela brilhante oração que proferiu na tribuna da Câmara dos Deputados. A partir deste momento, convido o nobre Deputado Paulo Henrique Lustosa a assumir a direção dos tra- 21130 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS balhos, dentro de uma tradição regimental já instalada na Câmara dos Deputados. O Sr. Mauro Benevides, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Paulo Henrique Lustosa, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Dando prosseguimento à esta sessão solene, passo a palavra à Dra. Márcia Ustra Soares, Secretária‑Adjunta da Subscretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, representando a Secretária Carmen Silveira Oliveira. A SRA. MÁRCIA USTRA SOARES – Bom dia a todos. Inicialmente, cumprimento a Mesa, o Deputado Paulo Henrique Lustosa, o Sr. Uirá; companheiro Dr. Faleiros; Kátia Bordado, amiga de Neide Castanha, trago o abraço da Subsecretária Carmen Oliveira e, mais ainda, a homenagem do Ministro Paulo Vannuchi. A nossa tarefa neste momento é difícil, mas tem de ser cumprida como outras que temos de desempenhar. É difícil falar da nossa amiga Neide Castanha. Conversando com Carmen, quando lembramos de Neide Castanha evocamos duas palavras: compromisso e lealdade. Compromisso com cada uma das crianças deste País. Neide Castanha tinha um compromisso inalienável e absoluto com a defesa e a promoção dos direitos de crianças e adolescentes. E não era com um grupo de crianças, mas com cada uma delas. Inúmeras vezes vi Neide Castanha envolvida pessoalmente em resolver uma questão. Uma criança que tinha sido violada em Taguatinga, e a rede não dava conta, lá ia Neide Castanha pessoalmente resolver o problema daquela criança. Não foi uma nem foram duas vezes. Como Coordenadora Nacional do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte tive uma ou duas questões bastante importantes. Lembro-me do caso de Abaetetuba. Neide Castanha largou seus afazeres e veio sentar‑se conosco, com a equipe, para tratar da questão daquela menina. A menina passou por Brasília, e Neide Castanha a atendeu pessoalmente. O compromisso de Neide Castanha não era com o conjunto das crianças somente, mas com cada uma delas, com cada um dos adolescentes. Esta era a diferença de Neide Castanha: a capacidade de se envolver pessoalmente com o projeto e com o ser humano, com aquela pessoa, com aquele sujeito de direitos. Ela tinha lealdade com o projeto, com seus parceiros, com a instituição e com o compromisso. Neide Castanha era fundamentalmente talvez a melhor aliada que qualquer um poderia ter no Governo ou fora dele. Ela fazia uma crítica ácida e responsável das questões equivocadas, dizia ao Governo: “Com- Maio de 2010 panheira, isso não está correto. Precisamos seguir nesse caminho”. Ela tinha uma lealdade absoluta com os pactos que fazia. Neide Castanha tinha aversão às mazelas, às pequenas questões que envolviam e envolvem, às vezes, esse movimento. Não tinha medo e não se dobrava às maledicências, porque era absolutamente leal ao seu projeto. Independentemente do Governo que estivesse, do Deputado, do seu partido, se havia um compromisso com o projeto de defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes, lá estava Neide Castanha, com sua lealdade, com sua crítica e com compromisso com os pactos feitos. Ela era uma parceira absolutamente confiável. Poderíamos escutá-la para receber as críticas que o Governo precisa receber. Ela era para mim a sociedade civil organizada no que tem de melhor, porque sabia criticar, mas sabia respeitar os pactos feitos. Essa era Neide Castanha. Ela tinha absoluta capacidade de escutar cada um de seus parceiros e, mais do que isso, escutar as crianças e os adolescentes. No 3º Congresso Mundial um adolescente disse – havia adolescente em todas as mesas, e Neide foi nossa principal aliada representando o comitê – em dado momento: “Olha, vocês falam bonito, vocês falam muito bonito, mas está na hora de vocês fazerem bonito”. No ano seguinte, aconteceu a Campanha Faça Bonito. Neide Castanha sabia escutar seus parceiros e cada um dos adolescentes deste País. Essa era Neide Castanha, essa era a mulher que homenageamos hoje. Para concluir, quero dizer que perdemos um general nessa guerra, perdemos uma grande líder, com a morte da nossa amiga Neide. Perdemos um farol que nos iluminava, iluminava o horizonte e dava rumo para seguir e construir a política pública e defender direitos humanos de crianças e adolescentes. O que me vem de ensinamento e o que fica para nós é que talvez – só talvez –, se soubermos nos aliar, trabalhar em conjunto e reunir a pequena luz existente em cada um de nós, consigamos reconstruir essa chama, essa luz para iluminar o horizonte para onde temos de caminhar. Quem sabe, por meio da união de cada um de nós, do trabalho conjunto, do trabalho responsável, sejamos um farol e uma luz para os demais, para os que vêm vindo nesta luta. Por fim, convido todos a comparecerem amanhã, às 10h, ao Ministério da Justiça, ao Salão Negro, onde lançaremos o Prêmio Neide Castanha e discutiremos as questões afetas ao enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes. Será uma homenagem à Neide. Encerro agradecendo a presença a todos e dizendo que continuamos, mesmo sem Neide Castanha, dispostos a ser mais uma chama, a nos somar nessa chama para a construção desse farol de que este País precisa. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Relembro uma frase de Neide Castanha: “Criança não é propriedade de ninguém. Criança é de todos nós, criança é de todo o mundo, é deste País inteiro”. Pensando em “criança é responsabilidade de todos nós”, vamos continuar a parceria, vamos continuar trabalhando para construir um futuro melhor de defesa de direitos humanos para todas as crianças e adolescentes deste País. Obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Agradeço as palavras à Dra. Márcia Ustra. O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Antes de passar a palavra ao Prof. Vicente Faleiros, registro a presença de familiares da homenageada, Neide Castanha. Além do seu filho, Uirá Castanha, que está aqui ao meu lado, está a Kátia Bordado, já citada pela Dra. Márcia, companheira da Neide; a Nilda, irmã de Neide; Karina Figueiredo, que sucedeu Neide na Secretaria-Executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes; Thais Dumel Faria, da OIT, aqui representando a Dra. Laís Abramo; Maruska Pimentel Ribeiro, do Comitê Nacional de Combate à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes; Durisa Pimental; Dilma Camargo, Coordenadora Executiva do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes de Cuiabá, Mato Grosso; Dulce Regina Amorim, do Fórum Mato-Grossense de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil; Fátima Maria Ferreira Lopes, do CONVIVE, do Distrito Federal; além da importante presença dos jovens, dos meninos e das meninas do Projeto Giração, do Distrito Federal. O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Com a palavra o Prof. Vicente Faleiros. O SR. VICENTE FALEIROS – Bom dia. Minha saudação ao DeputadoPaulo Lustosa, à Márcia, ao Uirá, às companheiras e companheiros da luta pelos direitos da criança, aos companheiros do Projeto Giração, aos militantes pela causa da criança aqui presentes e a todos aqueles que lutam para o respeito e a dignidade das nossas crianças. Quando olhamos essa flor que está no peito de vocês, como disse a Márcia, nós nos lembramos da Neide, que é a terra que faz germinar essa flor. Ela é também o adubo que faz com que a luta continue. Ela simboliza a força que une as pétalas, porque na raiz dessa flor está escrito: “Proteja nossas crianças”. Fazer bonito é proteger. Fazer bonito é garantir e efetivar direitos. Fazer bonito é defender os direitos humanos das crianças e adolescentes. Fazer bonito é pensar na criança hoje como sujeito de direitos. Nesse sentido, a proteção aos direitos humanos das crianças e adolescentes significa uma diversidade de ações, de políticas, de compromissos com esses direitos. Terça-feira 18 21131 Cabe ao Estado estabelecer políticas públicas. O Disque 100 é uma dessas políticas pelas quais lutamos e que está sendo eficaz no encaminhamento de denúncias, com a capacitação, a metodologia estabelecida e organizada em parceria entre o CECRIA e a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. O comitê nacional é outro desses dispositivos que criamos em 2000, em parceria entre a sociedade e o Estado, aprovada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA. O plano nacional de enfrentamento é multiplicado em Estados e Municípios, é um paradigma de enfrentamento da violência sexual. Os municípios estão incorporando as diretrizes desse plano nacional em ações concretas, mas é preciso fazer muito mais. A sociedade em geral precisa se mobilizar, juntamente com a família e o Estado, trabalhando cada situação. Por exemplo, exigir dos hotéis ações que signifiquem um não à exploração; ou nas obras que serão realizadas para a Copa do Mundo, devemos dizer um não à exploração e ao abuso sexual; ou mesmo na construção das represas Belo Monte e Rio Madeira precisamos dizer não. Precisamos estar presentes para apoiar as famílias e, junto com a sociedade, dizermos não ao abuso e à exploração sexual. Cada taxista deve dizer não, cada família deve dizer não ao abuso sexual. Esta Câmara dos Deputados, neste plenário, já produziu grandes avanços para a proteção das nossas crianças. Quero lembrar uma das mais importantes: a mudança no Código Penal da tipificação desse crime, que foi transformado de crime contra os costumes para crime contra as pessoas. Antes, em nome dos costumes, os pais abusavam, os maridos batiam e os machos espancavam. Entendia‑se que todas essas ações eram relacionadas com os costumes. Hoje o abuso e a exploração sexual é crime contra a pessoa. Então, é uma violação da pessoa. Por isso devemos, ao defender o direito das crianças, lembrar o que a Neide sempre nos fez pensar: a criança e o adolescente são seres humanos, sujeitos em desenvolvimento que merecem respeito e dignidade e que a sociedade brasileira seja realmente valorizada por esse respeito. Portanto, não toleramos essas agressão, porque lembrar é combater e esquecer é permitir. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Obrigado, Prof. Faleiros. O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Gostaria de registrar a presença de Maria do Carmo Marques da Silva, assessora do DeputadoFederal Fernando Ferro, de Pernambuco, hoje Líder do Partido dos Trabalhadores nesta Casa. 21132 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Esta Presidência informa que a Daiana, do Projeto Giração, fará a entrega de um bottom que simboliza o movimento Faça Bonito. Na sequência, convido Bruno Brandão, também do Projeto Giração, para declamar uma poesia. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Vamos ouvir, então, a poesia de Bruno Brandão. O SR. BRUNO BRANDÃO – Bom dia a todos. Estou aqui representando o Projeto Giração neste dia especial em homenagem a Neide Castanha. Também quero falar de um acontecimento na rodoviária do Plano Piloto, no Distrito Federal, no dia 16 de novembro de 2006, que comoveu muitas pessoas, uma barbaridade que houve. Fiz um poema pensando na Ana Paula, que convivia conosco na época em que morávamos na rua – hoje não mais. Vou ler o poema que eu mesmo fiz: Num dia triste, em um lugar que não mais existe Um acontecimento entre quatro paredes de cimento. Não sei se é destino ou falta de sorte Bem no centro, entre a Asa Sul e a Asa Norte Não me lembro mais da data, Mas sei que atraiu muitos homens de terno e gravata Uma morte trágica em uma noite que era para ser mágica Uma mão insensata desferiu muitas pedradas E a mais bela das meninas teve a vida encerrada Seria inveja ou loucura? Um homem ou um animal? De onde terá surgido tanto desespero, tanto mal? Queria que você estivesse comigo dentro da sala de aula. Deus te abençoe, Ana Paula! É só isso. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Concedo a palavra ao Sr. Uirá Castanha. O SR. UIRÁ CASTANHA – Bom dia a todos. É meio difícil falar da minha mãe, Neide Castanha. Só quero agradecer a todos que aqui compareceram por nos transmitir essa força e esperança. Fico meio encabulado de falar. Só quero mesmo agradecer a todos por terem vindo e por estarem dando essa força a nós familiares. Maio de 2010 Obrigado de coração. Obrigado a todos e aos Deputados. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Antes de caminharmos para o encerramento da sessão, gostaria de registrar a presença do Itamar Batista, do Instituto WCF-Brasil. A DeputadaRita Camata, que coordenou a Frente Parlamentar e um dos principais nomes na Câmara dos Deputados na luta pela defesa e promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes, informa que seu filho está sendo operado no Hospital Sarah, de modo que ela não pôde se fazer presente a esta sessão solene, mas a está acompanhando. Tenho certeza de que assim como a DeputadaRita Camata, nossos outros companheiros da Frente Parlamentar estão nos apoiando. Ao encerrar esta sessão, agradeço a presença a todos e ao Presidência da Câmara dos Deputados, na pessoa do DeputadoMichel Temer, a oportunidade que nos deu para realizar esta sessão de homenagem mais do que merecida a Neide Castanha, mas também para trazer para a pauta desta Casa nesta semana esse tema tão importante: o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes. Ouvimos as palavras da Márcia, do Prof. Faleiros, do Bruno, do Uirá e do Deputado Mauro Benevides, falando em nome do Presidente Michel Temer. Fica para todos nós a certeza de que com a união das nossas forças, do compromisso de cada um de nós, de cada taxista, de cada gerente de hotel, de cada homem, de cada mulher conseguiremos enfrentar efetivamente esse problema. O Estado tem as suas responsabilidades, os governos têm de fazer seus programas, os Legislativos têm de fazer as leis, mas a erradicação desse problema só acontecerá quando percebermos que a responsabilidade de enfrentar a exploração e a violência sexual contra crianças e adolescentes é de cada um de nós. Muito obrigado. Bom dia a todos. (Palmas.) (Manifestação do Plenário: esquecer é permitir, lembrar é combater!) V – ENCERRAMENTO O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão. O SR. PRESIDENTE (Paulo Henrique Lustosa) – Está encerrada a sessão. (Encerra-se a sessão às 11 horas e 21 minutos) Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21133 Ata da 111ª Sessão, em 17 de maio de 2010 Presidência dos Srs. Luiz Couto, Mauro Benevides, Domingos Dutra, Fátima Bezerra, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Não havendo quorum regimental para abertura da sessão, nos termos do § 3º do art. 79 do Regimento Interno, aguardaremos até meia hora para que ele se complete. I – ABERTURA DA SESSÃO (Ás 14 horas e 30 minutos) O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior. II – LEITURA DA ATA O SR. MAURO BENEVIDES, servindo como 2º Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Passa-se à leitura do expediente. III – EXPEDIENTE (Não há expediente a ser lido.) O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Passa-se ao IV – PEQUENO EXPEDIENTE O SR. MAURO BENEVIDES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobre Deputado Luiz Couto, ilustre representante da Paraíba neste plenário, que aqui se distingue pela presença constante na tribuna defendendo teses relacionadas com o problema do Nordeste e do próprio País, Sras. e Srs. Deputados, uma demanda trabalhista, iniciada em 1978, envolvendo 1.038 ferroviários do meu Estado, ainda permanece insolúvel, com sucessivos recursos protelatórios da União, em uma das mais modorrentas tramitações, ao longo da qual faleceram 415 dos interessados, o que há gerado desespero entre aqueles beneficiados, remanescentes desse longo procedimento, já com decisão favorável por parte do Tribunal Superior do Trabalho, à época dirigido, clarividentemente, pelo Ministro Francisco Fausto, que honrou a Magistratura brasileira, no exercício de brilhante judicatura. Após recusa, recentemente, de mais um derradeiro embargo, impetrado pela Advocacia-Geral da União, no TRT da 7ª Região, vem sendo tentada uma conciliação entre a categoria e a AGU, na pessoa do seu titular, Ministro Luís Adams, e do seu Vice‑Ministro, Dr. Fernando Luiz Albuquerque, sem que, até agora, se vislumbre uma solução capaz de pôr termo a essa postulação enervante, embora seguidamente reconhecidas as reivindicações dos remanescentes da antiga Rede Ferroviária Federal. Durante a minha última estada em Fortaleza, participei de assembleia-geral dos postulantes e seus herdeiros, quando me foi transmitido candente e patético apelo para que retornasse à AGU para mostrar o quadro delicado que ali se criara, gerando um inconformismo latente, que me sensibilizou, compelindo-me a vir a esta tribuna apelar, ainda, à AGU, sempre vigilante no cumprimento de um imperativo básico: celeridade na prestação jurisdicional, virtualmente nulificada no processo ora mencionado, com precisão de dados, o que estarrecerá os eminentes integrantes daquele órgão. Como esta é a terceira vez que me detenho sobre essa temática, tornou-se imperativo de consciência voltar, com redobrada veemência, a esse assunto, na expectativa de que algo se faça para pôr fim a um feito dos mais delongados em nossa tradição forense. A Associação dos Aposentados, por intermédio do líder Francisco Sobreira, aguarda confiante em que as providências, ora alinhadas, venham a ser acolhidas, sem mais procrastinações, pela própria Justiça, especialmente a AGU, instituição de onde emanaria uma proposta de conciliação capaz de pôr termo a esse rumoroso procedimento. Sr. Presidente, como V.Exa. bem sabe, estou apelando para o Advogado-Geral da União, Dr. Luís Adams, e ao Vice-Ministro, Dr. Fernando, no sentido de que se encontre imediatamente uma forma de conciliar, já que todos os trâmites processuais foram ultrapassados pelos beneficiários, que nesses trinta e tantos anos permanecem à espera da decisão final e conclusiva da Justiça do Trabalho. É o novo apelo que entendi do meu dever formular da tribuna, para que realmente haja um deslinde em condições de dirimir uma questão que se arrasta por mais de 3 décadas. Muito obrigado, Sr. Presidente, muito obrigado Sras. e Srs. Deputados, pela atenção que me foi dispensada. 21134 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra pela ordem ao DeputadoEdinho Bez, do PMDB de Santa Catarina, por até 1 minuto. O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o cumprimento da cota de aquisição de alimentos oriundos da agricultura familiar, destinados à merenda escolar conforme lei que está em vigor, fica prejudicado sem a inspeção sanitária. Vejamos o exemplo das entidades ligadas à agricultura e à pecuária e representantes da Cooperativa dos Agricultores Familiares – COOPERFAMÍLIA, que se reuniram com o Prefeito Evanísio Uliano, de Braço do Norte, em Santa Catarina, para solicitar que seja criado e regulamentado o Sistema de Inspeção Municipal – SIM. Segundo os cooperativados, sem a prestação do serviço estão sendo prejudicadas outras atividades, entre as quais o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA. Eles definiram uma comissão formada por todas as entidades envolvidas para trabalhar conjuntamente na elaboração da lei. Os trabalhos prosseguem, e em breve teremos a conclusão do projeto. O projeto é inspirado em municípios que já implantaram o sistema, já adequado às exigências do Serviço Unificado Atenção à Sanidade Agropecuária – SUASA, programa do Governo Federal em fase de implantação em todo o País. A implantação do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável do Governo Federal precisa ser agilizado, da mesma forma como a realização de um seminário sobre desenvolvimento regional da agregação de valor aos produtos. Por isso, reitero a importância de ações pioneiras no Brasil para a implantação de políticas públicas de desenvolvimento da agricultura familiar e que esses produtos regionais, alimentos mais desenvolvidos em cada região do País, cheguem às escolas para alimentar os alunos. Era o que tinha a dizer. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra pela ordem ao Deputado Ernandes Amorim, do PTB de Rondônia. O SR. ERNANDES AMORIM (PTB-RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, informamos às pessoas que esperam amanhã, em Rondônia, a aprovação do projeto de lei de conversão da Medida Provisória nº 472, de 2009, que ele se encontra nas mãos do DeputadoMarcelo Ortiz, que nos prometeu trazer relatório pronto amanhã. Agregaram-se a ele outros 16 projetos. Nós, na Câmara e no Senado, já aprovamos a MP 472. Ela foi aprovada, é lei. O Presidente Lula tem de cumpri-la. Mas quiseram adicionar ao projeto de lei de conversão mais de 16 conteúdos diferentes que beneficiam médicos, PETROBRAS, educação, saúde, limites da Reserva Bom Futuro – problema social que tenho debatido bastante nesta Casa. Maio de 2010 O Senado englobou mais de 16 propostas. O DeputadoMarcelo Ortiz tem de incluir em seu relatório todas as reivindicações já aprovadas no Senado. Nesta Casa, tenho certeza de que amanhã, se porventura o relatório do DeputadoMarcelo Ortiz estiver pronto, os partidos, como fizeram na primeira votação, na qual tivemos 386 votos a favor – inclusive toda a bancada do PTB votou a favor –, votarão o projeto, se não, na quarta-feira. O povo de Rondônia espera essa votação; as 6 mil famílias esperam a regularização de sua situação na área de Bom Futuro. Há também projetos de interesse do Governo Lula, como o empréstimo à PETROBRAS. São 16 outras conjunções de projetos anexadas ao Projeto de Lei de Conversão nº 01, de 2010, que teremos de aprovar. Para acalmar a população de Rondônia, venho a esta tribuna dizer que, a partir de agora, nós Deputados representantes daquele Estado estaremos em todas as bancadas pedindo apoio para o projeto, a fim de que, ao vir para esta Casa, seja aprovado, dando tranquilidade aos funcionários públicos de Rondônia que não são incluídos na esfera federal. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a palavra pela ordem o DeputadoRodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal. O SR. RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSBDF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de registrar o acontecimento do XVI Congresso Eucarístico Nacional, grande evento da religião católica, que se iniciou na última quinta-feira, dia 13, e se estendeu até domingo, na Esplanada dos Ministérios. Foram 4 dias de oração, adoração e vivência eucarística; 4 dias de missas, debates, oficinas, conferências, formações, eventos culturais e feiras – tudo centrado em Jesus Cristo. Tive a oportunidade de participar dessa grande reunião de pessoas que vieram à Capital Federal para expressar a sua fé em Deus. Por toda parte, crianças, jovens, idosos, famílias inteiras, amigos grupos de oração, grupos de freiras e de frades, seminaristas e diáconos se juntaram perante o grande altar, monumento que foi montado na Esplanada. Participei da missa de abertura e da missa dedicada à juventude no último sábado. Impressionante o número de pessoas que participaram desse grande evento de celebração da Igreja Católica. O Arcebispo de Brasília, D. João Braz de Aviz, foi o anfitrião do XVI Congresso Eucarístico Nacional, que reuniu aproximadamente 6 mil peregrinos, sendo mais de mil padres e mais de 300 bispos de todo o Brasil. Segundo o religioso: “O Congresso é uma manifestação muito propícia, muito forte, do amor de Deus por nós. A Eucaristia está no coração da Igreja e nós celebramos nossa Páscoa Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS semanal na missa; nós adoramos Jesus nos nossos santuários de adoração eucarística perpétua, também nas nossas paróquias. Mas, a cada cinco anos, a Igreja quer que a Eucaristia vá também para as praças, para as ruas, de modo que essa vá para os corações de todos, do homem que passa na rua, que talvez não tenha muita ligação com a Igreja”. O encerramento do Congresso Eucarístico aconteceu com uma grandiosa missa, no domingo, 16 de maio. O sol forte e o calor de mais de 30 graus não intimidou os fiéis: 91 mil pessoas tomaram a Esplanada dos Ministérios, na manhã de ontem. O Arcebispo D. Cláudio Hummes, representando o Papa Bento XVI, em sua homilia, assim falou com muita propriedade: “Queremos louvar e agradecer a Cristo pelos dias e horas deste Congresso, em que pudemos sentir de perto a presença do Senhor Jesus e o calor de sua acolhida”. Continuou: “Somos seus discípulos e discípulas. Ele quer contar conosco. Cada um e cada uma de nós, segundo seu estado de vida e profissão, fará sua parte nesta missão. Então, a Igreja do Brasil será florescente e tantos que dela se afastaram irão reencontrar seu lugar à mesa do Senhor, na Igreja que um dia, no passado, os recebeu e os batizou”. Quero consignar o respeito e a admiração que tenho pela comunidade católica, não só do Brasil, mas do mundo inteiro. Nossa população tem um grande sentimento religioso e convive pacificamente com todas as crenças e religiões, o que demonstra o respeito e a maturidade do nosso povo. Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que autorize a divulgação deste pronunciamento nos órgãos de comunicação da Casa. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao primeiro orador inscrito, DeputadoEdinho Bez, do PMDB de Santa Catarina. O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Santa Catarina é conhecida nacional e internacionalmente por suas belezas naturais, etnias, cultura e folclore, por uma economia forte e diversificada, mas também, e especialmente, por suas tradicionais festas de outubro e por mais de uma centena de eventos realizados em vários Municípios do Estado, durante o ano. Recentemente, participei da 18ª Festa Nacional da Maçã, em São Joaquim, que agora também é um seleto produtor de vinhos finos, considerados os melhores da América Latina. A cidade mais fria do Brasil sabe receber as pessoas com a hospitalidade mais autêntica do povo serrano. Terça-feira 18 21135 Visitei 3 vezes a Festa Nacional da Maçã este ano. Além da grande mostra de maçãs de várias espécies, houve o Rodeio Crioulo Nacional e uma série de importantes palestras, que abordaram temas relativos ao principal motor da economia local: a maçã. Também estive em Indaial, acompanhado de amigos e militantes partidários. Visitamos a Expofeira Comercial e Industrial de Indaial – aliás, encontra-se aqui o Prefeito Serginho, com sua respectiva esposa –, que mostra e comercializa no parque municipal os principais produtos fabricados no Município. Destaco especialmente o Museu Histórico, que guarda um dos mais importantes acervos históricos do Vale do Itajaí. Em Massaranduba houve a 12ª Festa Catarinense do Arroz (FECARROZ). A cidade mostrou aos visitantes todo seu potencial em exposição e feira industrial, comercial e de animais (gado), artesanato, orquídeas, desfile de máquinas e muitas atrações. Fui representado pelo meu assessor Fernando Braga. A Cavalgada Nevasca FM, a mais tradicional da Serra Catarinense, movimentou um grande número de pessoas e grandes personalidades para São Joaquim. Sob um frio congelante, a Cavalgada resgatou o tradicionalismo tropeiro que teria fundado a região, além do compromisso direto com a natureza, que se infunde pelas matas araucárias. Cerca de 2 mil cavaleiros participaram de um megacafé da manhã e, em seguida, de uma cavalgada pelo Vale das Araucárias, mata adentro das florestas de altitude que se entornam pelas altimontanhas e chapadas serranas. Com um frio relativamente intenso, beirando os 4 graus negativos, e uma sensação térmica de 12 graus negativos no vento, em uma fila de 8 quilômetros de cavalos, a cavalgada partiu do Parque de Exposições da Maçã, em São Joaquim, e rumou para o aeroporto municipal. Logo após adentrou o Vale das Araucárias, contornando diversas encostas e fazendas até o seu retorno ao centro da cidade. Meus parabéns a Rogério Pereira, o Pirata, organizador da Cavalgada, extensivos aos demais integrantes da organização e a todo o povo da Serra Catarinense. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, informo também que, no último fim de semana, no Município de Otacílio Costa, houve o Rodeio Crioulo da Integração e a Festa da Madeira, com a presença de milhares de pessoas. Parabenizo o Prefeito Denilson Luiz Padilha, coordenador das atividades. O evento teve ótimas atrações, no Parque de Exposições Cambará. Estendo meus cumprimentos ao ex-Prefeito, ao Presidente da Câmara de Vereadores e às demais lideranças daquele Município. Nos dias 13 a 16 de maio, foram realizadas a 8ª Festa da Paçoca, o Rodeio Crioulo e a Feira do Ter- 21136 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS neiro, na cidade de Capão Alto, que também prepara grandes atrações para a comunidade e visitantes. Teremos agora, entre outras, a Festa do Pinhão, em Lages, considerada um dos grandes eventos de Santa Catarina e do Brasil, bem como a 21ª PRODUSUL, em Tubarão, no sul do Estado. São inúmeros os eventos da região serrana e da região litorânea de Santa Catarina. Há estâncias de águas termais, mais de 100 praias e grande diversidade de eventos. Aproveito para convidar os caros colegas e aqueles que estiverem nos assistindo pela televisão ou nos ouvindo pelo rádio para conhecerem aquela região. Durante o discurso do Sr. Edinho Bez, o Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Mauro Benevides, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Concedo a palavra ao Sr. DeputadoLuiz Couto, ilustre representante da Paraíba, que tem tido presença constante neste plenário, discutindo questões relacionadas ao seu Estado e ao País. O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em primeiro lugar, gostaria de registrar editorial da revista CartaCapital, de autoria do jornalista Mino Carta, que contém análise do livro Ditadura e Repressão, de Anthony Pereira, que revela que no Brasil só não se matou mais no tempo da ditadura, porque as forças que estavam ali não precisavam matar; usavam do expediente de tortura. Esse livro compara a ditadura brasileira com a argentina e a chilena. Registro esse editorial nos Anais da Casa. Sr. Presidente, novamente venho falar da segurança pública em meu Estado. Um boletim informativo dos concursados da Polícia Civil da Paraíba mostra que o concurso da Polícia Civil nesse Estado rasteja há quase 2 anos. Não se publica o resultado desse certame, e a Polícia Civil necessita de servidores concursados para realizar seus trabalhos, mas infelizmente a nomeação desses candidatos não é publicada. A Polícia Civil da Paraíba teve que entrar em greve para garantir o direito daqueles que passaram no concurso, ou seja, o direito à nomeação. O que é mais grave é a insegurança em meu Estado. O editorial desse jornal diz: “Você está satisfeito com a segurança na Paraíba?” É claro que não, porque, a cada final de semana, há um número grande de pessoas executadas, assassinadas. Precisamos de ação no sentido de dar segurança pública ao povo do meu Estado, com o direito de ir e vir sem ser molestado, sem ser violentado, assaltado e executado. Queremos que, de fato, a segurança pública seja Maio de 2010 um direito de todos. O que queremos é ter segurança, viver na tranquilidade e construir uma cultura de paz. Nesse sentido, Sr. Presidente, espero que este meu pronunciamento possa fazer com que o Governo do Estado tome providências com relação a esse concurso realizado. Essas pessoas estão há quase 2 anos esperando a nomeação, e o Governo do Estado não toma providências para segurar esses policiais civis que acreditaram que aquele concurso era para valer e que as vagas seriam preenchidas. Infelizmente, há quase 2 anos, estão aí exigindo seus direitos. Nesse aspecto, queremos fazer um apelo ao Secretário de Segurança e da Defesa Social, Gustavo Gominho, que diz que o Governo anterior é o culpado pela deficiência na Polícia Civil. A Paraíba, segundo ele, apresenta um déficit de 273 delegados. Ora, se foi realizado um concurso, por que então não se resolve esse déficit? Por que não se nomeiam os aprovados? Por que o policial é obrigado a fazer greve para que haja a nomeação? Sr. Presidente, nesse aspecto, queremos novamente pedir ao Governo do Estado que tome providências, porque o povo da Paraíba não aguenta mais. A todo momento essa pergunta não se cala na mente, no coração, nas entranhas do povo da Paraíba: “Você está satisfeito com a segurança na Paraíba?” A resposta da população é não. Parece que o Governo do Estado não toma providências para assegurar o que é fundamental para todo o povo paraibano: segurança de qualidade para todos. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – A Presidência cumprimenta o nobre Deputado Luiz Couto, que volta a trazer ao conhecimento desta Casa fatos relacionados com a segurança do seu Estado. Em outras oportunidades, V.Exa. tem falado sobre o problema do extermínio e, agora, num tema correlato, dirige-se ao Governo Estadual, pendido que sejam adotadas providências cabíveis para repressão a esse clima que está imperando em determinadas regiões do Estado. Aplicando a máxima do Evangelho, da qual V.Exa. é pregador, esperamos que não esteja clamando no deserto e que o Governo adote as providências cabíveis e reprima todas essas movimentações que ali se processam, atingindo a dignidade da pessoa humana, gerando esse clima de intranquilidade e afrontando os direitos da cidadania. Reitero também o apelo de V.Exa. para que o Governo do Estado adote as providências de sua alçada e restabeleça em toda plenitude as garantias devidas ao cidadão paraibano. O SR. LUIZ COUTO – Muito obrigado, Sr. Presidente. EDITORIAL A QUE SE REFERE O ORADOR Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21137 21138 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21139 21140 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PAES LANDIM (PTB-PI. Pronuncia o seguinte discurso.) – DISCURSO DO SR. DEPUTADO PAES LANDIM QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO. Durante o discurso do Sr. Paes Landim, o Sr. Mauro Benevides, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa da cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Deputado Ernandes Amorim, do PTB de Rondônia. O SR. ERNANDES AMORIM (PTB-RO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na semana passada reclamei dos cerca de 30 Ministérios que o Governo Lula criou neste País. E hoje se vê que só o Ministério das Cidades tem recursos. Os outros estão sem dinheiro para nada. Mas o Ministério das Cidades, que cuida do PAC do Presidente, tem dinheiro. Sras. e Srs. Deputados, há 15 anos houve uma chacina em Corumbiara, Rondônia. Onze pessoas – 9 agricultores e 2 policiais – morreram durante um conflito. Nesses 15 anos, o Governo não cuidou de assentar as famílias que moravam naquela região. Várias pessoas saíram perambulando pelo Estado. Muitas delas morreram de fome e outras se fixaram em outras propriedades. Algumas se encontram na cidade de Cujubim, em outro assentamento, há mais de 10 anos, plantando, colhendo, criando gado, com sua família tranquila, com seus filhos na escola. Embora a própria Justiça tenha autorizado a desapropriação dessa área, os Governos Fernando Henrique e Lula não a desapropriaram. A polícia está jogando os agricultores na rua. Para nossa surpresa, 15 anos depois, Deputado Mauro Benevides, o Governo resolveu desapropriar a Fazenda Santa Elina, onde não há mais sem-terra. A fazenda está produzindo em pleno vapor. Segundo notícia de jornal, o Governo vai usar a Polícia Federal e a Polícia Militar para cercar a área, a fim de que ninguém mais invada a fazenda até que o assentamento seja feito. Sr. Presidente, levaram 15 anos para aprovar o decreto de desapropriação. Será que a Polícia Federal e a Polícia Militar vão ficar 10 anos tomando conta dessa área até que se faça o assentamento? Isso nos preocupa, porque estão mexendo com uma fazenda produtiva, embora saibamos que, se fizerem esse assentamento, de qualquer maneira muita gente será beneficiada. Mas o Ministério do Desenvolvimento Agrário Maio de 2010 não tem dinheiro para pagar funcionários do INCRA, para comprar maquinários, para desapropriar outras áreas, como ocorre no Estado de Rondônia. Eu tenho denunciado aqui que, nos Municípios de Campo Novo de Rondônia, Buritis e outras regiões, há um movimento da Liga dos Camponeses Pobres, que está assassinando proprietários de terra, invadindo fazendas produtivas e se apropriando delas. Esta semana, mataram um policial rodoviário federal e quase mataram mais 2 pessoas. A polícia informou que integrantes da Liga dos Camponeses é que estão cometendo esses assassinatos. Há uma lista de 10 pessoas marcadas para morrer. Já mataram 4 ou 5. Inclusive o nome do atual Prefeito da cidade de Buritis, Elson Montes, está na lista dos que serão assassinados. Sr. Presidente, tenho denunciado o fato ao Ministro da Justiça, ao Governo Federal, à Casa Civil, ao próprio Governo do Estado, mas, lamentavelmente, não tenho tido resposta. É preciso que providências sejam tomadas. O Governo Federal tem o serviço de informações. A Polícia Federal está atuando em Rondônia, mais precisamente naquela região. Não há necessidade de haver um grupo de guerrilheiros superarmado, matando trabalhadores do Estado. Aliás, esses trabalhadores não têm o apoio do Governo Federal, apesar de o Ministério Público, o Poder Judiciário, a Polícia Civil, o Governo Estadual estarem atuando no local. As Polícias Federal e Militar foram acionadas para evitar novas invasões. Por que não cuidar daquela área com mais responsabilidade, dando segurança ao trabalhador, desapropriando as áreas que não estão produzindo para assentar os verdadeiros sem-terra? Muitos sem-terra estão ali para invadir e destruir propriedades. Rondônia é um caso especial. Na condição de Deputado Federal, representante do Estado, faço um apelo ao Presidente Lula, ao Ministro da Justiça, ao Ministro do Desenvolvimento Agrária, Guilherme Cassel, no sentido de que olhem para a população, deem segurança àquelas pessoas e condições de trabalho. Peço-lhes que combatam esses guerrilheiros que estão ali com o apoio das FARC, sob as barbas da Polícia Federal e do Governo Federal, praticando essas barbáries. Tenho certeza de que a Presidência da Casa e os nobres colegas apoiarão o Estado de Rondônia para que essas matanças não continuem. O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, venho à tribuna não para reclamar, mas para falar sobre o papel da imprensa no País. Reclama-se tanto da ditadura militar que vivemos, e que eu também abomino, mas vivemos hoje a ditadura da imprensa, e não vejo nada sendo feito por Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS esta Casa, que se omite, se acovarda. Muitas vezes, entendo que as notícias precisam ser veiculadas, mas de forma responsável. A grande verdade é que hoje a imprensa mais confunde as pessoas do que informa. Cito como exemplo o episódio em que eu, na maior transparência possível, me dirigi ao Presidente Michel Temer para pedir providência no sentido de que o filme Tropa de Elite 2 não seja exibido, porque nele há um personagem fictício de nome DeputadoFraga. Primeiro porque, nesta Legislatura, o único DeputadoFraga existente sou eu. Portanto, não é nome fictício. Dessa forma, a imprensa, sem nenhum argumento, divulgou que eu estava querendo fazer censura prévia do filme. Isso é mentira! Acusaram, inclusive, o próprio Presidente Michel Temer de também fazer censura prévia. Não, não é verdade. Não queremos, em hipótese alguma, fazer censura prévia do filme. O que eu pedi, e exijo, é respeito para com o meu nome. Meu nome é público e, no Congresso, eu nunca me envolvi em nenhum tipo de denúncia, ou em qualquer tipo de escândalo. Prova disso é que, no recente escândalo ocorrido em Brasília, em momento algum meu nome foi citado. Mas parece que a imprensa torce contra. Nos últimos 3 dias, como se não bastasse a história do filme Tropa de Elite 2, os jornais têm divulgado possíveis envolvimentos meus, em 1994, quando era Comandante na Ceilândia. Naquele época, policiais militares foram acusados de homicídio ao enfrentarem bandidos – que fique bem claro! –, e eu ouvi hoje a notícia com muita tristeza, mas vejo que, no fundo, há alguma coisa encomendada. Dizer que o assassinato teria sido cometido por ordem minha, e eu nem fui citado no inquérito, é de uma irresponsabilidade a toda prova e cabe reparação judicial, o que eu certamente vou buscar. Em nenhuma das minhas ações, como Comandante na Ceilândia, eu fugi ao meu compromisso de falar a verdade. Esses equívocos da imprensa são constantes. O que me deixa triste é que as penas, as responsabilidades, os resultados que devem ser imputados aos jornalistas praticamente não existem. E quando se fala em qualquer coisa, aí vem o direito de liberdade de expressão, etc. e tal. Não preciso citar os vários e vários episódios em que a imprensa errou, e errou feio. Desta Casa, duas grandes vítimas: Alceni Guerra e Ibsen Pinheiro. Em nosso País, tivemos aquele episódio, o mais conhecido, da escola de uma família japonesa acusada de sevícias, de pedofilia e outras práticas. Percebeu-se, então, que não havia absolutamente nada, depois de terem destruído a escola, depois de a família ter sofri- Terça-feira 18 21141 do ameaça de morte. Perderam tudo o que tinham, e a imprensa saiu incólume de todo esse escândalo. Sr. Presidente, nós temos de ter, sim, uma imprensa livre, e defendemos essa imprensa livre, mas com responsabilidade. Parem de mentir, parem de inventar coisas, porque a população está começando a perceber a verdadeira intenção da imprensa. Acho que a honra de alguém não vale uma cesta básica, e infelizmente hoje essa é a punição prevista para jornalistas. E quando se fala nesta Casa em votar projeto para penalizar o jornalista irresponsável, o jornalista mentiroso, lamentavelmente, a coisa não caminha. Peço ao DeputadoMichel Temer que me coloque como Relator da lei, porque eu terei a maior honra e o maior prazer em fazer o relatório. Ficha limpa para Deputados, mas ficha limpa também para alguns comentaristas, alguns apresentadores de televisão que têm um passado triste e são falsos moralistas. Há apresentador da Globo, que é funcionário do Banco do Brasil, mas nunca foi lá trabalhar. E fala-se em moralidade! Temos outros apresentadores de grande nome, de rádios como a CBN, que não resistem a uma investigação, a uma capa de sindicância. Vamos ver os absurdos que eles cometem no dia a dia. Então, Sr. Presidente, eu não vou nunca me calar tampouco me acovardar diante da opinião da imprensa. Respeito a imprensa e tenho o maior relacionamento com os jornalistas. Agora, respeitem o homem, porque, além de tudo, eu sou pai de família, agora avô, e também o meu nome, em Brasília, é público. Muito obrigado, Presidente. O SR. RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSBDF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, com muita alegria, comunico a todos que a partir de 27 de maio entrará em vigor a Lei Capiberibe, de autoria do Senador João Alberto Capiberibe. Essa lei obriga os Governos Federal, Estaduais e Municipais, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário a divulgarem, em tempo real pela Internet, todos os contratos, todas as compras, todos os pagamentos realizados pela administração pública. A Lei Capiberibe representa um grande avanço, pois, além da transparência, irá promover o controle social das contas públicas e combater a corrupção em nosso País. Sem dúvida, a transparência é uma grande aliada no combate à corrupção, e o controle social também é uma ferramenta fundamental, indispensável para o controle da corrupção. Pela Lei Capiberibe, pelo projeto de lei sobre transparência, qualquer cidadão brasileiro poderá acompanhar a que preço uma Prefeitura ou um Governo 21142 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Estadual irá comprar a merenda escolar, o cimento, e saber a que fornecedor está pagando. Essa é uma forma de controlar as contas públicas e apoiar a fiscalização dos recursos públicos. Como Deputado e Líder da bancada do PSB, sinto-me orgulhoso de o partido ter indicado como prioridade para votação o projeto de lei sobre transparência, de autoria do Senador Capiberibe, do PSB do Amapá. Manifesto a posição da bancada do Partido Socialista Brasileiro e clamo ao Senado Federal para que se sensibilize com a mobilização popular de milhões de brasileiros que apresentaram ao Congresso Nacional o projeto de iniciativa popular, o famoso Ficha Limpa, que irá garantir a melhoria da qualidade da política e dos políticos do País. O Senado Federal precisa aprovar, e precisa aprovar ainda essa semana, o projeto, para que passe a vigorar nas próximas eleições. Este é o clamor popular, é a vontade popular de milhões e milhões de brasileiros que se mobilizaram em torno desse projeto de iniciativa popular. A Câmara dos Deputados demonstrou o seu compromisso com a melhoria da atividade e da moralidade na política. Orgulho-me muito de a bancada do PSB ter sido a de maior participação e de maior votação favorável ao projeto. Dos nossos 26 Deputadosno exercício do mandato, 25 votaram favoravelmente. A única ausência se deu pelo fato de um Parlamentar estar em missão oficial no exterior. Esta Casa precisa trabalhar com as Lideranças dos partidos no Senado para que aprovem o Projeto Ficha Limpa ainda esta semana, a fim de encaminhá‑lo à sanção do Presidente da República. É importante que o Senado o faça sem mudanças, sem alterações, para que não retorne à Câmara e vá imediatamente à sanção presidencial. É importante ressaltar que todas as modificações feitas na Câmara dos Deputados, pelo eminente e brilhante Relator, DeputadoJosé Eduardo Cardozo, foram realizadas numa negociação transparente com a sociedade civil, e os proponentes reconheceram que as mudanças apresentadas pelo Relator aperfeiçoavam e melhoravam o projeto. Por isso, quero congratular-me com o Movimento de Combate à Corrupção, com a CNBB, a OAB e diversas instituições que estiveram à frente da mobilização popular para a aprovação do Projeto Ficha Limpa. Conclamo o Senado Federal a desobstruir a pauta de votações e, esta semana, atendendo à vontade popular, a analisar e aprovar o Projeto Ficha Limpa, mostrando que o Congresso Nacional está sintoniza- Maio de 2010 do com os mais legítimos interesses da população brasileira. Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Passa-se ao V – GRANDE EXPEDIENTE O SR. MAURO BENEVIDES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB-CE. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em solenidade levada a efeito em Redenção, na última sexta-feira, sob a direção da Prefeita Cimar Torres, o Governo do Estado do Ceará firmou contrato, no valor de 3 milhões de reais, para a construção do campus da Universidade Federal de Língua Portuguesa, cujo projeto, já aprovado na Câmara, será encaminhado amanhã ao Senado Federal. Compuseram a mesa, além da Chefe da Municipalidade, do Secretário Renê Barreira, do Reitor Paulo Speller e dos Deputado Eudes Xavier e Mauro Filho, convidados oficiais de Municípios circunvizinhos, como Guaiuba e Barreira, o Reitor em exercício da Universidade Federal do Ceará, o Presidente da Câmara Municipal, o pároco e outras autoridades destacadas pelo Cerimonial. No discurso que, então, proferi, destaquei a ousada proposição do Presidente Lula e do Ministro Fernando Haddad, não me dispensando de realçar o sentido integracionista de portentosa iniciativa, espelhada pela aguardada presença de alunos dos demais países lusófonos – Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, Timor Leste e São Tomé e Príncipe, o que impulsionará o fácies cultural daquela faixa geográfica de minha unidade federada. A Universidade Federal do Ceará, em seus 56 anos de existência, funcionará como tutora da nova instituição nessa fase que se seguirá à sua implantação na estrutura do ensino superior. Como primeira cidade brasileira a libertar os escravos, Redenção foi cognominada de Rosal da Liberdade pelo professor e jornalista Perboyre e Silva, um dos expoentes da nossa intelectualidade, de quem me honro de haver sido discípulo na tradicional Faculdade de Direito do Estado que represento nesta Casa. Todos os órgãos oficiais mobilizam-se nessa gloriosa cruzada, cujo êxito se tornará irreversível, para engrandecer o Ceará, o Nordeste e o País. Sr. Presidente, era o registro que, com a aquiescência de V.Exa., me permiti fazer neste Grande Expe- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS diente que agora se inicia com a comunicação de um acontecimento excepcional para o meu Estado, para o Nordeste e para o País e que representa praticamente o início das atividades da Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira – UNILAB, localizada no Município de Redenção, no Ceará. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra à Sra. DeputadaEmília Fernandes, do PT do Rio Grande do Sul. A SRA. EMÍLIA FERNANDES (PT-RS. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputado s, povo do Brasil, esta Casa é um espaço privilegiado para apresentação de ideias e de elaboração política de pensamentos, opiniões, análises. É nesse sentido que eu também gostaria de, neste momento, colaborar com o debate em curso em todo o País sobre o novo momento histórico em que vive o Brasil e refletir sobre a importância de darmos continuidade e aprofundar o processo, iniciado pelo Presidente Lula, de construir e fortalecer uma sociedade solidária para a grande maioria dos 190 milhões de brasileiros. Resgato aqui um pouco da nossa história – não se trata de ficar olhando para trás –, pela necessidade de fundamentar, nas constatações do passado e do presente, a análise do futuro do País e da nossa gente em direção ao avanço ou ao retrocesso, às experiências anteriores que sempre foram desenvolvidas e defendidas pela elite brasileira de construir uma sociedade para poucos. Minha reflexão objetiva demonstrar o quanto a Oposição, adversários deste novo Brasil, que se agiganta não apenas na América Latina, como no mundo, muitas vezes, envergonhada e sem condições de defender um processo em condições de políticas claras, não faz a defesa do seu projeto, tenta confundir parte do nosso povo com argumentos falsos. Às vezes, afirma que não tivemos avanços; outras, que o Governo Lula é a continuidade do Governo FHC. Tenta dizer que há pouca diferença entre os 2 projetos, ou ainda, que será mantido o que está bom e se melhorará o que não está. Sr. Presidente, para ficar mais claro, eu, que trabalho e analiso a política brasileira, ao longo dos 22 anos de mandato parlamentar, sendo 8 anos como Senadora, tenho militância, com visão educacional – sou professora no Estado do Rio Grande do Sul, e para fazer essa análise temos de recuperar um pouco da história brasileira –, lembro que o Brasil, em seus 510 anos, teve quase 400 anos de escravidão e foi um dos últimos países a acabar com esse crime contra a humanidade. Mas a discriminação, o preconceito e a exclusão ainda permanecem presentes, e a elite do- Terça-feira 18 21143 minante, que governou por anos, décadas, este País, ao longo da história, construiu um dos países mais injustos do mundo. O Sr. Mauro Benevides – V.Exa. me permite fazer um aparte, nobre DeputadaEmília Fernandes? Saúdo-a, primeiro, por sua presença na tribuna. V.Exa., como eu, teve condições de pontificar em outra Casa e o faz também neste plenário. Na outra Casa, tive uma atuação razoável e aqui tenho procurado cumprir meus encargos como representante do povo cearense. Quando V.Exa., à altura desse pronunciamento, fala exatamente sobre liberdade, libertação de escravos, permito-me dizer que represento neste plenário a primeira cidade brasileira a libertar os escravos: Redenção, no Estado do Ceará. Se V.Exa. não achar demasiado, a segunda cidade a libertar os escravos – atente bem para o que vou dizer – localiza-se no Estado do Pará. Trata-se da cidade de Benevides, fundada por um dos meus antepassados. Portanto, tenho essa gênese de defender sobretudo também a liberdade. Por isso, nesta tribuna, na outra que ocupei e nas anteriores, na Assembleia Legislativa do Ceará, tenho estado sempre presente a essa temática que V.Exa. desenvolve com brilho e proficiência habituais. Cumprimentos a V.Exa. A SRA. EMÍLIA FERNANDES – Muito obrigada, colega Deputado, ex-Senador Mauro Benevides. É sempre bom reafirmar esses exemplos de V.Exa., porque quando falamos e resgatamos a escravidão no Brasil, referimo-nos a todas as formas de discriminação e preconceito que a sociedade brasileira enfrenta, desafia e, diria, vence. Nesse contexto, sob minha ótica, análise, inclusive, na condição de professora de História do Brasil, a elite não tem demonstrado nenhum compromisso com o povo valoroso do País, com essas pessoas que organizaram, planejaram e construíram esta grande Nação. Tivemos, sem dúvida, nessa caminhada histórica, uma ruptura importante, que registramos no resgate histórico que foi a Revolução de 30, que, de certa forma, interrompeu a chamada política café com leite, passou-se a presidência das mãos de Washington Luís, que afirmava que a questão social é uma questão de polícia, para o grande estadista e meu conterrâneo Getúlio Vargas. O principal legado de Getúlio foi a criação de um Estado nação. Mediante um projeto nacional, políticas sociais, legislação trabalhista, deu início a um longo período de expansão da economia e de ampliação de direitos. Foi naquele período que nós, as mulheres, conquistamos o direito ao voto. Até então, a elite nos tratava como pessoas de segunda categoria, assim como aos analfabetos e negros. 21144 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Vargas transformou o País e inclui o Brasil no mundo do desenvolvimento industrial. Como símbolos desse legado, cito a PETROBRAS e a CLT. Esse processo de alargamento dos direitos não foi tranquilo, nem é, pois nossos adversários sempre tentaram restringir as conquistas do povo brasileiro; sabemos inclusive dos motivos que resultaram no suicídio de Vargas. Na década de 60, o Brasil sofreu outra ruptura, mas esta provocada, mais uma vez, pelas elites que interromperam o processo democrático e deram o golpe de 64 e o sustentaram por décadas. Conforme afirma Emir Sader: “A ditadura golpeou profundamente a sociedade brasileira em todas as suas formas: dos sindicatos urbanos aos rurais, das universidades às escolas básicas, dos intelectuais aos artistas, dos jornais cotidianos às revistas, dos Parlamentares progressistas aos juízes, das editoras de livro aos teatros e aos produtores de cinema, dos militantes aos simpatizantes de esquerda”. Do ponto de vista econômico, é verdade, houve algum progresso naquele período, mas não desenvolvimento e muito menos distribuição de riqueza. Ao contrário, realizaram uma brutal concentração de renda e endividamento externo do País, empobrecimento e desemprego. O golpe de 64 revelou também que a grande elite brasileira não tem qualquer compromisso com esta democracia, com a verdadeira democracia. A democracia, para eles, é funcional, pregaram e apoiaram a ditadura. A continuidade na construção de uma sociedade para poucos e poucas, subordinada aos interesses do capital internacional pela elite brasileira, intensificou-se na década de 90. Essa se entrega às políticas ditadas pelo Banco Mundial, pelo FMI, pelo Departamento do Tesouro do Governo norte-americano. As políticas da cartilha do chamado Consenso de Washington passa a responder pelas ações governamentais: limitação dos gastos do Estado; redução do Estado, enquanto promotor das políticas públicas; busca de uma reforma tributária que ampliasse o peso dos impostos indiretos e diminuísse a progressividade; liberalização, desregulamentação financeira e retirada do Estado do setor; liberalização do comércio exterior para impulsionar a globalização da economia; eliminação de restrições ao capital externo; privatização, com a venda das empresas estatais; desregulamentação do processo econômico e das relações trabalhistas; defesa da propriedade intelectual. Seus defensores não levaram em consideração as questões sociais e os problemas históricos do Brasil, como a concentração de renda e a pobreza. Do ponto Maio de 2010 de vista econômico, pelo seu fracasso, a menor taxa média de crescimento do século XX, 1,65%, foi apelidada de década perdida. Tivemos várias consequências, Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, desse período histórico do Brasil, que gostamos, até porque nos identificamos com a História e a análise deste País, tendo em vista os vários anos em que estive em sala de aula fazendo esse belo debate democrático com os nossos alunos. Sabemos das consequências: a abertura comercial e o câmbio sobrevalorizados, que tiveram um efeito fulminante no mercado de trabalho; a taxa de desemprego foi uma das mais elevadas – na região metropolitana de São Paulo, chegou a 19,3%; as condições de trabalho se deterioraram, pois foi crescente a informalidade, trabalhos precários e de curta duração, salários arrochados e descontínuos e sem contribuição para a Previdência Social – 2 a cada 5 trabalhadores na informalidade; de 1991 a 2002 foram privatizadas 69 empresas de vários setores, entre eles, elétrico, petroquímico, mineração, portuário, informática e da malha rodoviária e ferroviária. No período FHC, já chegando na História mais próxima, além do desmonte de vários setores estratégicos, ainda está viva na lembrança do povo brasileiro expressões que jamais um Presidente da República poderia sequer ter pensado e muito menos citado. Lembro perfeitamente que até mesmo os nossos estudantes nos questionavam por que um sociólogo, Presidente do Brasil, falava: “Esqueçam o que eu disse” ; por que um Presidente da República, um sociólogo, chamava os aposentados de “vagabundos”. Ainda vimos a maior demonstração da falta de compromisso da História com o trabalhismo brasileiro, quando propôs apagar a Era Vargas ao afirmar: “Viremos a página do Getulismo”, tal era o espírito de desconstrução nacional. O Sr. Edinho Bez – Concede-me um aparte, nobre Deputada? A SRA. EMÍLIA FERNANDES – Sim, Deputado. O Sr. Edinho Bez – Primeiro, quero cumprimentar V.Exa. pelo brilhante pronunciamento. Como catarinense, vizinho do Rio Grande do Sul, exatamente ao sul de Santa Catarina, conheço V.Exa. como a grande Senadora que tivemos e depois como colega Deputada na Câmara dos Deputados. É verdade que a ditadura trouxe alguns progressos – admitimos isso –, mas nos distanciou, sem sombra de dúvidas, do desenvolvimento. O mundo inteiro prega a democracia, embora ainda estejamos amadurecendo o processo democrático no Brasil. Não o considero ainda pleno; de vez em quando, vejo alguém que tenta nos assustar, embora não haja clima para isso. Por exemplo, nunca acreditei Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS num terceiro mandato do Presidente Lula, que criaria um clima ruim aqui em função de tudo o que estamos fazendo em prol da democracia e do País. Fui Secretário de Estado da Infraestrutura em Santa Catarina e tive ene oportunidades de conversar, inclusive pessoalmente, eu e o Governador Luiz Henrique, com o próprio Presidente Lula. Há mais de 40 anos não se tem um planejamento voltado para essa área, o que lamentamos, sob pena de, de repente, estarmos proibidos de crescer. É lamentável isso, mas pensamos em aplicar, em todos os modais: rodovias, aerovias, ferrovias, vias portuárias e navegáveis. Não quero aqui tirar o tempo de V.Exa., mas cumprimentá-la e regozijar-me pela oportunidade de estar aqui assistindo ao seu pronunciamento. Parabéns. A SRA. EMÍLIA FERNANDES – Muito obrigada. O Sr. Ernandes Amorim – Nobre Deputada Emília Fernandes. A SRA. EMÍLIA FERNANDES – Concederei o aparte imediatamente. Apenas eu gostaria de acrescentar, agradecendo ao nosso colega Deputadopelo aparte, que exatamente nessa visão, nessa análise do Brasil, nos debatemos porque o País nunca estabeleceu, objetivamente, políticas de curto, médio e longo prazos, a continuidade, ou uma análise mais profunda da repercussão que determinadas medidas, às vezes eventuais, outras vezes propositais, tinham na vida do povo brasileiro. O País se enfraqueceu na sua base de infraestrutura, nas suas estradas, nas suas obras. Hoje, há um resgate histórico. Estão aí os grandes projetos de desenvolvimento, como o PAC 1 e o PAC 2, os grandes programas de habitação nacional. Exatamente na direção dessa ideia, que V.Exa acrescenta à reflexão na minha fala, que o País precisa resgatar a sua autoestima, o valor do seu povo, a soberania nacional, o respeito diante dos grandes interesses econômicos e políticos internacionais, em que sempre o Brasil viveu de chapéu na mão, mendigando, devendo e se submetendo. Agora, retomamos um período histórico brasileiro. Não estamos dizendo que é uma pessoa ou um partido. Estamos dizendo que é um grande projeto nacional que passa a ser construído nesses últimos 8 a 10 anos, a partir de uma nova visão do povo, que está sendo incluído e olhado, porque não há país com desenvolvimento se não há obras, infraestrutura e políticas de inclusão de justiça social. Muito obrigada pelo aparte de V.Exa. Concedo um aparte ao Deputadoe também exSenador, meu colega nas 2 Casas, Ernandes Amorim. Terça-feira 18 21145 O Sr. Ernandes Amorim – Nobre DeputadaEmília Fernandes, tenho muito orgulho de ter sido Senador ao lado de V.Exa., tendo em vista o trabalho que V.Exa. teve como Senadora no Congresso Nacional e hoje aqui apresentando um brilhante discurso, inteligente e preciso. Só pedi esse aparte para fazer referência à escravidão branca. Muitas pessoas mal remuneradas deste País, às vezes não com tanta informação, da base, ganham salário mínimo e trabalham em áreas de difícil acesso, como fazendas, sem geladeira, cama especial e ar-condicionado. Quantas pessoas, principalmente do setor trabalhista, de Ministérios, querem processar esses empregadores, como se estivessem escravizando aquelas pessoas pelo trabalho. É bom que se deixe claro que muitas vezes aquelas pessoas estão ali trabalhando por falta de empregos melhores, por falta de um poder aquisitivo melhor e se sujeitam a determinado trabalho. Devido àquela situação, não poderiam ter um ambiente melhor que aquele oferecido pelos proprietários ou pelos empregadores. Às vezes, são mal-entendidos e querem incriminar aquelas pessoas alegando que aquilo é escravidão branca. Apenas esse esclarecimento quero dar a V.Exa., porque a isso, na área rural, constantemente estamos assistindo. Pedimos compreensão a esses agentes públicos, para – quando tiver que punir uma pessoa criminalmente, como, por exemplo, uma exploração ou uma escravidão – se diferenciar essa escravidão. V.Exa. está de parabéns pelo brioso discurso que ora oferece ao povo brasileiro. A SRA. EMÍLIA FERNANDES – Muito obrigada, colega Deputado. Essa reflexão que acrescenta ao nosso discurso também é oportuna. Eu dizia no início da minha fala que as formas de exploração e de escravidão se manifestam de muitas maneiras. Temos exatamente de buscar combatê-las por meio da ação decisiva do Estado, de políticas públicas, do chamamento à iniciativa privada, daqueles que produzem e que empregam. Este País só será grandioso se distribuirmos renda, gerarmos empregos, mas dentro de condições reais de respeito e de valorização da classe trabalhadora e, principalmente, daqueles que produzem dentro do correto, dos limites necessários para desenvolver o nosso País. Sr. Presidente, eu falava dessa análise da política feita há algum tempo. Vimos o Brasil avançando, tendo esses diversos momentos históricos desafiadores que estão escritos nas páginas da História do Brasil. Ideias conservadoras, amparadas por um incondicional respaldo das grandes empresas de comunicação que também pregavam o fim das ideologias e tentaram impor a ditadura do pensamento único. A sociedade brasileira, reafirmando seus ideais de liberdade 21146 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 cívica e democrática, diz não ao projeto neoliberal de FHC e em 2002 a maioria da povo brasileiro escolheu outro caminho para o nosso País, outro projeto, um novo projeto, que vinha sendo alicerçado com os movimentos sociais, com a classe trabalhadora, com o olhar atento às grandes mazelas e exclusão que ainda existiam no País. Em 2003, o Brasil, então, opta por eleger um operário metalúrgico com um projeto de País solidário. O Brasil inicia um novo período de desenvolvimento, combinando desenvolvimento econômico com a redução das desigualdades, o combate à fome e o enfrentamento a todas as formas de discriminação e preconceito. O Estado retoma suas funções públicas de valorização e de planejamento de médio e longo prazos. Alguns dados macroeconômicos nos permitem tranquilamente perceber a grandiosa diferença entre o nosso projeto, do Governo Lula, e o do Governo anterior. Passo a citar alguns dados. Hoje, 24 milhões de pessoas, homens e mulheres, deixaram o nível de miséria; outros, mais de 30 milhões, chegaram à classe média; o Bolsa Família, que foi muito criticado, hoje é reconhecido como um grande projeto nacional, até exemplo para fora do Brasil como projeto de distribuição de renda e de enfrentamento à pobreza e à fome, pois atende 12 milhões de pessoas que resgatam a sua dignidade, se alimentam, crianças estudam, pessoas estão consumindo e produzindo mais e melhor. Por isso, Sr. Presidente, ainda é importante que se registrem dados entre 2007 e 2009. Vimos o mundo passando pela maior crise econômica internacional, desde a crise de 1920 e 1930, no século passado, iniciada por quem? Pelos Estados Unidos, pelo centro do sistema econômico mundial dominador. E o nosso País, o nosso Governo, com políticas de estímulo, geração de emprego e de investimentos, sem baixar a cabeça ou demonstrar temor, mas com firmeza, determinação e projetos, responde com medidas sem precedentes na história recente do nosso País. Faz investimentos, gera empregos e diz que este é um País que não apenas avança, como também tem de ser olhado e respeitado. Estamos, agora, mais uma vez, lamentando e observando a situação da Europa. Como pessoas esperançosas que somos, no sentimento solidário e humanitário de integração nacional e internacional que temos hoje desenvolvido no Brasil, podemos, com certeza, olhar para o futuro com esperança. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não posso passar por esta tribuna sem resgatar algumas questões que estão diretamente ligadas ao meu Estado, o Rio Grande do Sul. Não poderia, portanto, deixar de registrar que inúmeras obras, muitos investimentos foram levados ao Rio Grande do Sul pelo Governo Federal, pelo Governo do Presidente Lula. Nos últimos 3 anos, por meio do PAC, o Estado recebeu investimentos de mais de 30 bilhões de reais. Há uma previsão de mais 8,9 bilhões após 2010. Não fosse o respeito, o espírito democrático e o carinho, Lula/Dilma, sim, pelo que ela conhece e pelo que fez e continua fazendo pelo Estado do Rio Grande do Sul, estaríamos passando por uma situação de muitas dificuldades, dada a política que vem sendo desenvolvida em âmbito estadual. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS É importante que se ressalte que hoje os investimentos na minha região, a metade sul do Estado gaúcho, que há mais de 40 anos não recebia investimentos significativos, no Polo Naval da Cidade de Rio Grande, estão mudando o seu perfil, assim como também a conclusão da Fase III da Usina Termoelétrica de Candiota, onde milhares de empregos são gerados e bilhões de reais investidos em setores estratégicos. Essas obras serão entregues até setembro deste ano e disponibilizadas para o povo do Rio Grande do Sul e para o País como um todo. Cabe ainda ressaltar, Sr. Presidente, a importância da construção de parque eólico na minha distante cidade, Sant’Ana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, com investimentos da ordem de 400 milhões de reais e geração de centenas de empregos. Defendíamos, há vários anos, desde quando eu era Senadora, na minha luta e protagonismo em defesa da educação, a implantação de uma universidade federal na região da fronteira oeste do Estado do Rio Grande do Sul. Pois hoje temos a Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, com mais de 10 campi universitários espalhados em várias cidades, levando conhecimento, pesquisa e desenvolvimento regional a Alegrete, Bagé, Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Itaqui, Jaguarão, Sant’Ana do Livramento, São Borja, São Gabriel e Uruguaiana. Temos também a Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, na região norte do Estado, em Cerro Largo, Erechim e Palmeira das Missões. Outra grande vitória é a determinação do Governo Lula de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul para o litoral norte do nosso Estado, reivindicação antiga que avança para a realidade. Espaços de conhecimento e pesquisa de qualidade e ensino superior gratuito que se somam às 53.775 bolsas universitárias distribuídas pelo Governo Federal para alunos em todo o Rio Grande do SUL pelo PROUNI. É importante ressaltar também a expansão do ensino profissionalizante em todo o País, como não poderia ser diferente. Também no Rio Grande do Sul, o Governo Lula amplia e fortalece o ensino técnico e passa de 12 unidades preexistentes para 30 em várias regiões do Estado gaúcho. Obras rodoviárias estão em todo o Estado: BR392, entre Pelotas e Rio Grande; BR-158, entre Santa Maria e Rosário do Sul, melhoram a região sul do Estado. O norte e o centro do Estado gaúcho também recebem investimentos em infraestrutura: a BR-116, trecho Estância Velha-Dois Irmãos-Rio Gravataí; a grande duplicação da BR-101; o Trem Urbano de Porto Alegre, com a ampliação de Porto Alegre a Novo Terça-feira 18 21147 Hamburgo, melhorando as condições de integração, transporte e mobilidade social e econômica. Sr. Presidente, peço a benevolência de V.Exa., porque, dados os apartes, meu pronunciamento se estenderá além do tempo previsto. Peço ainda mais alguns minutos para terminar minha reflexão. Nas políticas de segurança pública, o programa Territórios de Paz, do PRONASCI, se afirma gradativamente como uma grande ação de iniciativa do nosso futuro Governador do Rio Grande, Tarso Genro, Ministro da Justiça, por meio de ações preventivas e integradas para enfrentar e prevenir a criminalidade e a violência nas regiões metropolitanas. No Rio Grande do Sul também fazem grande diferença. O Programa Minha Casa, Minha Vida, esse grande projeto de construção de unidades habitacionais, elaborado pelo Presidente Lula, já está visto, falado e aplaudido. Inspirado na sensibilidade social da Ministra Dilma, está modificando a vida das pessoas em todo o País, retirando famílias de áreas de risco, resgatando a autoestima e a dignidade das pessoas. No Rio Grande do Sul, temos investimentos de aproximadamente 400 milhões de reais, com o propósito de construir mais de 51 mil moradias para pessoas que mais precisam. O debate da política urbana de forma permanente e qualificada com o respeito ao valor do saber do povo e o compromisso do Governo Federal fortalece o desenvolvimento, com sustentabilidade e geração de empregos. A democracia muda de qualidade quando o Poder Público se une à experiência acumulada da sociedade civil organizada e potencializa a sua participação na elaboração, acompanhamento e avaliação dos programas e políticas, assim como afirmou o nosso Presidente Lula. Dois outros grandes programas do Governo Lula é o Bolsa Família e o Programa Luz para Todos. No Rio Grande do Sul, mais de 500 mil famílias gaúchas estão incluídas nesse importante programa de distribuição de renda e combate à miséria e à fome, com investimentos de mais de 450 milhões de reais ao ano. No Programa Luz para Todos, cerca de 400 mil pessoas já foram contempladas com energia elétrica gratuita; 4 usinas de biodiesel – Granol, Oleoplan, BrasilEcodiesel RS e BSBios; 337.533 famílias foram contempladas, somando mais de 2 milhões de reais de investimentos na agricultura familiar do Estado. Portanto, podemos afirmar, com certeza, que há muita diferença, sim, entre o projeto do Brasil com Lula – que avança, dialoga com a sociedade, com os movimentos sociais, com as entidades organizadas, com o fazer acadêmico e a pesquisa, que respeita os entes federados, valoriza o funcionalismo público e 21148 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS respeita os trabalhadores e as trabalhadoras – e o de Governos anteriores. O País avança com o Governo Lula, com a cara do Brasil, com soberania, determinação, espírito democrático, humanitário e solidário, com a sua gente e com o mundo. Esse projeto que defendemos e estamos ajudando a construir e o das elites que exploraram e dominaram este País são completamente diferentes. Temos consciência de que as mesmas forças que levaram Vargas ao suicídio, que golpearam o Brasil, que depuseram Jango, que apoiaram a ditadura, hoje, são as forças conservadoras que querem o retrocesso do Brasil e se opõem ao Governo Lula. O País da estabilização econômica, evolução de empregos e renda, aumento real do salário mínimo, do respeito à luta organizada da classe trabalhadora, do pré-sal, dos grandes projetos de desenvolvimento PAC 1 e PAC 2, com investimentos em infraestrutura que se moderniza e se amplia. O Brasil tem hoje energia garantida para sustentar o crescimento dos próximos anos. Os investimentos nesse setor totalizam 175 bilhões de reais, graças ao conhecimento, capacidade e espírito de Brasil gigante da nossa Ministra Dilma Rousseff, junto com o nosso Presidente Lula, administrando e construindo alternativas em várias áreas, para o País que o fazem ser respeitado por todo o mundo. Assim, nosso povo, que teve a sabedoria de eleger Lula e se orgulha dos avanços, com certeza vai fazer neste ano, decisivo para os rumos do nosso País, uma grande reflexão e abraçar mais uma vez quem tem o melhor modelo de Governo para o Brasil. O Brasil do Presidente operário agora vai voltar seus olhos e sua consciência para a importância de elegermos a primeira mulher Presidenta do Brasil, por ser mulher, sim, mas acima de tudo por ser uma mulher lutadora, de fé, competente e comprometida com um projeto de Nação, solidária, cada vez mais desenvolvida, justa e igual. Era esse o registro, Sr. Presidente, que gostaria de fazer nesta tarde, contribuindo com reflexões para esse grande momento que vive o País do ponto de vista político, econômico e social. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao DeputadoEdinho Bez, para uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco PMDB/PTC. S.Exa. dispõe de até 10 minutos. O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, colegas Parlamentares, o Governo argentino pode proibir a importação de alimentos com similar nacional, o que atinge diretamente a carne catarinense. Eles Maio de 2010 pretendem impedir que redes de supermercados importem alimentos também produzidos pela indústria local argentina. A previsão é de que a medida entre em vigor já em 10 de junho. Tal medida é vista como abusiva e inaceitável pela Federação das Indústrias de Santa Catarina – FIESC, enquanto produtores catarinenses se mostraram descrentes de que o bloqueio realmente seja posto em prática. A decisão argentina pode afetar duramente o Estado e outros 37 segmentos da indústria brasileira que comercializam alimentos com o país vizinho. A indústria brasileira vem sendo submetida a restrições de importação argentina desde 2002. Desde então, as exportações brasileiras só têm caído. Esse resultado se deve à falta de vontade política do nosso Governo de enfrentar a questão. Existe uma determinação do Presidente Lula segundo a qual temos obrigação de colaborar com a Argentina, pois o nosso mercado interno está bombando. Não discordamos, mas que isso não venha a nos prejudicar. Com isso, o problema não se resolve, e o país vizinho sente-se à vontade para impor os bloqueios. Entre os 10 itens catarinenses mais exportados para a Argentina, 2 estão na categoria de alimentos: a carne suína – Santa Catarina é o maior produtor de carne suína do Brasil –, inclui corte, carcaça e produto industrializado, que somam 30,2 milhões de dólares, volume exportado em 2009, do qual a Argentina é o quinto maior comprador; e a banana, sendo fresca, seca ou caramelizada e embalada para consumo direto. Mais relevante que listar os produtos barrados é não aceitar pacificamente essas barreiras sem atitudes de enfrentamento, mesmo que sejam de retaliação. A Federação das Indústrias de Santa Catarina pretende reagir, e o setor industrial vai reclamar, vai se manifestar, mas cabe ao Governo Federal adotar as medidas de retaliação, caso sejam necessárias. Embora esse tipo de medida restritiva seja considerada normal, resulta de uma política em defesa do setor. Essa decisão pretende criar a possibilidade de negociação com o Brasil, mas é provável que ela não se sustente, uma vez que eles não conseguem suprir o mercado interno. Se não importarem, podem acabar causando uma explosão nos preços. A agroindústria catarinense, responsável pela maior produção de suínos no País, entende que a decisão argentina é intempestiva e, por isso, não se sustentará por muito tempo. O que precisamos, meus caros colegas, é conscientizar nossas autoridades, iniciando pelo Ministério da Agricultura. Precisamos falar com o nosso Ministro Wagner Rossi, para que tomemos, juntos, uma posi- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ção firme de conversar com a representatividade dos argentinos. Sem sombra de dúvida, se não tomarmos essa medida, será prejudicado o Estado de Santa Catarina – e Santa Catarina pertence ao Brasil. A agroindústria catarinense, como já falei, responde pela maior produção suína do País, por isso merece o maior respeito. Levarei esse assunto ao Ministro da Agricultura e ao Presidente Lula, se necessário for. Cito apenas o exemplo de uma agroindústria de Santa Catarina: a Aurora. Com uma produção mensal de 70 mil toneladas, das quais 87% ficam no Brasil e 13% vão para o mercado externo, a Aurora exporta uma média de 400 toneladas a 500 toneladas mensais de carne suína para a Argentina, que ocupa o quarto lugar como importador da empresa. Sabemos que a Argentina é um bom comprador, porém, é necessário bom senso. Espera-se que os argentinos voltem atrás. Se mantiverem o bloqueio, o Brasil poderá redistribuir o produto no mercado interno. Este Deputado vem acompanhando e estudando alternativas de ação para as dificuldades que os nossos produtores da suinocultura catarinense vêm enfrentando nos últimos 10 anos. Nesse sentido, havia períodos de maiores dificuldades por parte dos produtores. Obviamente, as dificuldades oscilam em alguns momentos. Caro Presidente, colegas Deputados, telespectadores da TV Câmara por este Brasil afora, ouvintes do programa A Voz do Brasil, estamos tentando buscar o entendimento. Caso contrário, precisamos, sem sombra de dúvida, agir com firmeza, porque não poderemos correr o risco de interferir em outros mercados, ou até contaminá-los. Cito, por exemplo, o mercado da Rússia, maior comprador de carne suína do Brasil e, consequentemente, de Santa Catarina. É importante que o Governo Federal tome uma posição firme com os nossos vizinhos argentinos no que tange ao respeito aos nossos produtos e ao cumprimento dos acordos internacionais. Para isso existem os acordos internacionais! Não vamos admitir que o nosso vizinho, a Argentina, venha impor ao Brasil medidas que não fazem parte do nosso acordo com eles e dos nossos acordos internacionais. Santa Catarina é o maior produtor de carne suína do País, repito, e por inúmeras vezes tem interferido no mercado internacional. Na qualidade de Secretário de Estado de Infraestrutura de Santa Catarina, por exemplo, estive pessoalmente na Rússia, com o Governador Luiz Henrique da Silveira – tratamos de inúmeros assuntos em outros países também. Depois de muita negociação entre os Ministérios da Agricultura do Brasil e da Rússia, nós nos entendemos e resolvemos o problema. Terça-feira 18 21149 Não vai ser com a Argentina, com um mercado menor, que não poderemos, juntos, cara Deputada Emília Fernandes, minha colega do Rio Grande do Sul, resolver esse problema. Estou confiante em que, antes do dia 10 de junho, quando entrará em vigor a medida imposta, possamos, juntos, resolver esse problema. Levando em consideração os aspectos quantitativos da nossa produção, não podemos aceitar que a Argentina nos imponha regras que interfiram nos demais mercados de interesse do Brasil. Essa é uma decisão que teremos de tomar. Estarei atento a isso. Quero agradecer a manifestação de preocupação à FIESC, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Esse assunto interessa ao País, não somente a Santa Catarina. Interessa ao Rio Grande do Sul, à Santa Catarina e ao Paraná outro assunto também: a duplicação da BR-101. A obra da rodovia, citada aqui pela nossa Deputada Emília Fernandes, anda em marcha lenta. Nosso movimento é constante, e poucos conhecem a história da duplicação da BR-101 como este Parlamentar. Quando estávamos aqui discutindo esse assunto, determinado dia entrou em contato comigo o então Governador do Paraná, Roberto Requião, e disse: “DeputadoEdinho Bez, se for preciso a ajuda do Governo do Paraná, para interferir e acelerar o processo de duplicação da BR-101, conte com o Paraná, porque a demora dessa obra está atrapalhando o desenvolvimento do Estado.” Trata-se de uma obra que, obviamente, interessa a nós catarinenses, mais especificamente, ao sul do Estado – vejo que está visitando o Congresso Nacional, com seus filhos, o meu amigo Canela, de Araranguá, que sabe do que estou falando, sabe da importância da duplicação da BR-101 –, mas interessa também ao País, à América do Sul, à América Latina. Então, é um assunto que não podemos deixar passar em branco. Era isso, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao DeputadoEdinho Bez. S.Exa. agora dispõe de 25 minutos no Grande Expediente. O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, colegas Parlamentares, lamento não termos feito a reforma política. Vejo aqui o meu colega Mauro Benevides, nosso professor, que foi Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, com quem temos o privilégio de conviver. S.Exa. foi um dos que lutaram para que fizéssemos a reforma política. Infelizmente, não conseguimos fazêla. Aqueles que puxaram o freio de mão tentaram nos convencer de que ela deveria ficar para 2011. Temos fé – ter fé é acreditar em algo que não se conhece – e 21150 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS esperança de que iniciaremos a reforma política. Nesta oportunidade falarei também de outros assuntos. O Sr. Mauro Benevides – V.Exa. me permite? O SR. EDINHO BEZ – Ouço com satisfação o nosso professor Mauro Benevides. O Sr. Mauro Benevides – DeputadoEdinho Bez, agradeço a V.Exa. a referência generosa à minha presença tanto nesta Casa como na outra. A Senadora Emília Fernandes, que está aqui conosco, também teve o privilégio de integrar as 2 Casas do Congresso Nacional. Eu comungo da preocupação de V.Exa. por não termos feito uma reforma política com a amplitude e abrangência desejadas. Limitamo-nos a fazer algumas alterações na legislação prevalecente até o momento, sem que isso atendesse basicamente àqueles anseios que, durante tantas e seguidas vezes, V.Exa., eu e tantos outros colegas debatemos neste plenário. É bom que V.Exa. volte a enfatizar a necessidade de nós legislarmos em torno da reforma política. Ao fazêlo, devemos ter a preocupação de fixar pontos básicos, fundamentais, essenciais. Cito o financiamento público de campanha, como grande norma para evitar a influência do poder econômico nas eleições. Portanto, comungo do pensamento de V.Exa. e me solidarizo com o pronunciamento que faz. Também lastimo que não tenhamos promovido uma reforma que tivesse condições de conduzir o País rumo a uma linha ética e inarredável em termos de procedimento eleitoral. V.Exa. tem sobradas razões para fazer essa lamentação, com a qual sou obrigado a comungar, porque nenhuma alteração prevalecerá nesta eleição. Se tivermos o arrojo de fazer a reforma desejada, talvez alcancemos em outras Legislaturas o nosso desiderato, hoje enfatizado por V.Exa. na tribuna da Casa. Congratulo-me com V.Exa. pela abordagem do tema. O SR. EDINHO BEZ – Agradeço a V.Exa. a manifestação. Com muita satisfação, incorporo-a ao meu pronunciamento. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, utilizo a tribuna neste Grande Expediente para fazer uma reflexão. Eu estava participando de um debate. Nele estavam vários palestrantes, meu caro Presidente, Deputada Emília Fernandes e DeputadoFrancisco Rossi, grande Deputado por São Paulo, que tive o privilégio de conhecer – peço-lhe que me permita chamá-lo de amigo. A política propicia-nos muitas coisas boas. Uma delas é conhecer as pessoas e fazer amizades. Num determinado momento, houve uma pergunta, uma manifestação da plateia. Um colega nosso expressou-se da seguinte maneira: “O que estamos fazendo para as futuras gerações?” O nosso palestrante, inteligentemente, respondeu: “O que estamos fazendo para Maio de 2010 as futuras gerações depende dos filhos e dos netos que deixarmos para as futuras gerações”. Pergunto : o Brasil será competitivo? Será mesmo o país do futuro que sonhamos para as gerações seguintes? Estamos preparando nossos filhos, nossos netos, que serão o futuro do Brasil e do mundo? Este Deputadocrê – e trabalha para que isso se concretize – que o Brasil será o país do futuro. Mas, apesar de figurar entre os países com bom nível de desenvolvimento, o que é bastante positivo, ainda há muito a ser feito. Temos tempo para isso e não podemos perdê-lo. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou um relatório em que consta que o Brasil passou a integrar a lista dos 70 países que têm nível mínimo para ocupar o espaço que pertence a quem tem autodesenvolvimento humano. O Brasil entrou para a lista devido ao momento econômico estável e a projetos sociais que aumentaram a renda do trabalhador, mas ainda falta muito para figurarmos entre os melhores e darmos à nossa população oportunidade de educação, transporte, segurança, saúde de qualidade, entre outros. É claro que não podemos desconsiderar os avanços dos últimos 20 anos. A expectativa de vida do brasileiro aumentou, o número de pessoas pobres diminuiu, temos uma democracia consolidada e uma política monetária forte. Não há dúvidas de que a economia brasileira avançou. Temos um sistema financeiro forte. Digo isso porque fui o Relator-Geral do Sistema Financeiro Nacional, na era Fernando Henrique Cardoso. Conheci-o muito bem. Visitamos inúmeros países e chegamos à conclusão de que o Brasil tem um sistema financeiro eficiente. Isso se deve à continuidade da política econômica, à inteligência do Presidente Lula, que deu continuidade principalmente ao trabalho da área econômica, com a acertada adoção do regime de metas, com o controle da inflação e com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Também contaram a favor o crescimento sustentável da economia mundial, durante boa parte da década, e a impressionante expansão da China, que passou a ser a grande compradora de nossas commodities, além de outros países, é claro. Para que os bons ventos continuem soprando e para que nos destaquemos como uma nação sólida e desenvolvida, precisamos aparar algumas arestas. É necessário que façamos urgentemente as reformas política, tributária, previdenciária. Além disso, temos de voltar a repensar em áreas estratégicas para o desenvolvimento e o bem-estar, como as de infraestrutura, agricultura e segurança pública. Precisamos priorizar o lazer, uma vez que o Brasil tem um dos melhores Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pontos turísticos do mundo. Cito como exemplo o meu Estado, Santa Catarina. Se na questão da política monetária nós atingimos a maturidade, não podemos dizer o mesmo da área fiscal. Tentamos fazer a reforma tributária. Juntamente com o DeputadoAntonio Palocci, Presidente da Comissão Especial da Reforma Tributária – fui o primeiro Vice-Presidente –, percorremos o País discutindo essa questão. O nosso sistema atual é arcaico, ultrapassado, prejudica nossas empresas e nosso desenvolvimento. A proposta foi encaminhada pelo Governo, depois de muitas discussões nesta Casa. Avançamos bastante. Confesso que não entendi por que não concluímos as reformas tributária e fiscal. O desânimo é total. Nós acreditávamos que modificaríamos a proposta que apresentamos depois de muita discussão e de adequação, baseada em inúmeras sugestões. Lamentavelmente, tenho de levar em consideração alguns aspectos. Cito entre eles o fato de o Governo ter puxado o freio de mão e também, infelizmente, os interesses individuais de segmentos dos Estados, dos Municípios e até mesmo de empresários. Mas não podemos desanimar. No ano que vem teremos de retomar essa discussão, sob pena de ficarmos para trás. O mundo evolui diariamente, para não dizermos de hora em hora, minuto a minuto. Não podemos ter um sistema tributário tão arcaico, tão ultrapassado e tão ruim como o brasileiro. Se do lado da política monetária atingimos essa fortaleza, esse reconhecimento – o mundo sabe que somos fortes nisso –, temos de acreditar em outras reformas. As contas do Governo ainda estão inchadas e precisam ser compensadas por juros mais elevados, desestimulando investimentos na produção. A mudança previdenciária e a reforma fiscal são as grandes alavancas da economia para o futuro. Na qualidade de Vice-Presidente da Comissão Especial da Reforma Tributária da Câmara dos Deputados, sempre defendi a eliminação de alguns entraves. Por exemplo: a tributação elevada e a rigorosa legislação trabalhista, que acabam dificultando os investimentos em infraestrutura. Em relação à infraestrutura, aqui citada resumidamente pela nobre Deputada Emília Fernandes, minha vizinha no Rio Grande do Sul, nós precisamos estar atentos. Esse assunto é bastante sério. Muitos de nós, e a população de um modo geral, ainda não entendemos isso. Precisamos mudar o sistema de transporte brasileiro. Não podemos ficar somente com essa cultura de rodovia. Terça-feira 18 21151 Quando digo que precisamos investir em portos, precisamos investir em ferrovias, precisamos continuar investindo em rodovias, tranquilizo os caminhoneiros, por exemplo, dizendo que o caminhão não entra na roça – é um linguajar popular que usamos. O caminhão sempre será importante, mas não podemos abrir mão de nenhum modal. Visitei os Estados Unidos no ano passado, num encontro sobre portos e vias navegáveis. Visitamos o Rio Mississipi, com 3 mil quilômetros, pelo qual são transportados 30% da produção norte-americana. Ficamos sabendo que – obviamente a lei nos Estados Unidos tem um certo incentivo – há um barateamento no frete, o que torna o produto competitivo, apesar de a produção ser mais cara que no Brasil. Ouço com satisfação e muita alegria a nobre DeputadaEmília Fernandes. A Sra. Emília Fernandes – Nobre Deputado Edinho Bez, peço-lhe desculpas por interromper o seu pronunciamento sobre um tema fundamental. V.Exa. começou citando as novas gerações. O que será das nossas crianças, dos nossos netos, dos nossos filhos, enfim, da juventude deste País? O que desejamos? O que nós, adultos – pais, mães, avós, professores, educadores, governantes –, estamos fazendo pelas nossas crianças e pelos nossos jovens? Sr. Presidente, Sr. Deputado que nos concede este aparte, estamos numa segunda-feira, iniciando um dia de trabalho nesta Casa, e vemos nas galerias do plenário crianças, estudantes que nos visitam, juntamente com colegas professoras. Peço licença para fazer esta homenagem. É uma homenagem deste País que se agiganta, que coloca, com toda força, com todo carinho, investimentos, espaços, voz e vez para a nossa juventude. Precisamos, urgentemente, olhar cada vez mais para as crianças brasileiras. Certamente, os que estão nas galerias hoje poderão estar neste plenário amanhã. Poderão ser Deputados, Senadores, governantes deste País, construindo leis, decidindo sobre orçamentos e políticas públicas. Espero que possamos assumir, cada vez mais, como nação soberana e comprometida com as novas gerações, todas as políticas que trazem crianças e jovens para o real objetivo da educação: lazer, esporte e oportunidades culturais. Espero, principalmente, que se faça o enfrentamento decisivo contra toda forma de exploração das crianças – sexual, trabalho infantil. Acima de tudo, que enfrentemos com muita força e determinação essa odiosa praga que chega a inúmeras famílias e jovens: a droga. Cumprimento estes jovens e crianças que nos visitam. Reafirmo neste plenário – o espaço mais importante da nossa política é o Congresso Nacional –, junto com a sociedade brasileira, que haveremos de preparar um 21152 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS grande Brasil para as novas gerações, como V.Exa. disse no início do seu pronunciamento. Cumprimento V.Exa. pela inspiração que trouxe a esta Deputada, professora, ao ver também estas crianças e minhas colegas nas galerias. O SR. EDINHO BEZ – Coincidentemente, minha colega, DeputadaEmília Fernandes, aproveitou para registrar a presença de crianças e jovens nas galerias. Retornem sempre. Concedo um aparte ao nobre DeputadoFrancisco Rossi, amigo de longa data nesta Casa. O Sr. Francisco Rossi – DeputadoEdinho Bez, é um prazer aparteá-lo. V.Exa. faz um brilhante pronunciamento. V.Exa., que representa com tanto brilhantismo o povo de Santa Catarina, foi Secretário de Estado e agora é atuante Deputado nesta Casa. Antes de entrar no tema que V.Exa. aborda, também faço coro com a Deputada Emília Fernandes e ressalto a presença destes jovens, cumprimentando os professores que tomaram a iniciativa de trazê-los a esta Casa. É importante que tomem conhecimento do que significa o Poder Legislativo, a Câmara Federal. Logo após o pronunciamento de V.Exa., falarei sobre pedofilia. É claro que, quando vemos crianças, imediatamente passamos a ter preocupação com esse tema, que logo mais abordaremos. Quero cumprimentá-lo, Deputado, pelo pronunciamento feito nesta tarde com muita competência e profundidade. Passo a me reportar à reforma política, o primeiro assunto citado por V.Exa. Lembro que nós, do PMDB, oferecemos uma proposta de reforma política que não dependia de proposta de emenda à Constituição. Bastaria apenas uma legislação ordinária para que fossem aprovados os 4 itens propostos por nossa bancada naquela oportunidade. O DeputadoIbsen Pinheiro e eu redigimos a proposta apresentada e a submetemos à votação da bancada, que a aprovou por dois terços de sua maioria. Mas, por esses mistérios que não conseguimos entender, nada que chegou ao plenário foi aprovado, nem mesmo os mecanismos indutores da fidelidade partidária. Foi aprovada uma fidelidade partidária meia-sola, que permite aberrações como as que vemos em alguns Estados, que matam o princípio da eleição em 2 turnos e permitem determinadas situações. Em São Paulo, nosso partido, sem passar pela convenção, já diz que apoia o candidato do PSDB ao Governo, quando nosso Presidente Nacional está praticamente indicado como Vice de Dilma Rousseff. Por quê? Porque não existe fidelidade partidária. Isso é remetido para a decisão dos diretórios nacionais, que acabam constrangidos pelo fato de ter de, subitamente, enfiar num partido democrático como o nosso, goela abaixo, essa situação que não podemos aceitar. Hoje, provavelmente a Maio de 2010 reforma política seja a coisa mais importante e urgente que temos de fazer no País. Parabéns, Deputado Edinho Bez, pela abordagem desses temas de suma importância. O SR. EDINHO BEZ – Agradeço a manifestação a V.Exa., nobre DeputadoFrancisco Rossi, que engrandece nosso pronunciamento, a exemplo dos apartes do DeputadoMauro Benevides e da DeputadaEmília Fernandes. Não tenho a menor dúvida em afirmar que todos os candidatos a Presidente da República deveriam assumir o compromisso de fazer as reformas. Vamos pensar neste País com uma visão macro, não a curto prazo. Como disse a DeputadaEmília Fernandes, trata-se de um planejamento a curto, médio e longo prazos. Não é possível que não mudemos e não nos atualizemos. O mundo muda. Nós precisamos ter coragem de fazer a reforma da Previdência. Não é possível perdermos tempo todos os anos. Eu não gosto de usar esse verbo, porque defender aposentado e tratar de assuntos importantes não é perda de tempo. Poderíamos utilizá-lo para outras coisas importantes, se tivéssemos um sistema previdenciário completo, competente e atualizado. Cito como exemplo a Áustria e a Alemanha. Neste último país, quando um trabalhador entra no mercado de trabalho, sabe antecipadamente o que vai ocorrer durante o período em que estiver trabalhando e de quanto será sua aposentadoria. Poderá contribuir com 30% para a previdência privada e com 70% para a previdência pública. Se não quiser contribuir para a previdência privada, levará para o resto da vida 70% do que ganhou na ativa. Se contribuir para a previdência privada, levará 100% do seu salário da ativa. Se ele ganha 2 mil euros na ativa, ganhará 2 mil euros quando se aposentar. Se optar somente pela previdência pública, ganhará 1.400 euros de aposentadoria. Não temos Governos com coragem de fazer uma reforma na Previdência para valer. Daí o desgaste desta Casa, dos segmentos, dos Governos. Faltalhes coragem e determinação para fazer as reformas importantes. O momento é propício para cobrar dos candidatos à Presidência da República as reformas que consideramos importantes. A reforma política, como disse o DeputadoFrancisco Rossi, deverá ser a reforma das reformas. Faltam ainda a previdenciária, a tributária, a do Poder Judiciário e um projeto agrícola definitivo que atenda aos nossos agricultores, pecuaristas e piscicultores, para incentivá-los a ficar na base em que nasceram e onde vivem, mas com perspectiva de renda, de qualidade de vida, porque todos são impor- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tantes. O Brasil pertence aos brasileiros. Precisamos ter coragem de fazer essa cobrança. Dando continuidade ao meu pronunciamento, afirmo que a história se repete. O Brasil precisa simplificar, reduzir os custos de produção para cobrar sobre o consumo, a exemplo das economias mais desenvolvidas. Já se sabe que a carga tributária paga pelo contribuinte brasileiro é extremamente elevada, exorbitante, se comparada com os serviços públicos recebidos em troca. Infelizmente, os últimos Governos, inclusive o atual, não tiveram coragem de fazer a reforma – estimularam, mas correram da raia. O chamado Custo Brasil é o resultado dos problemas que o País precisa resolver para efetivamente se posicionar entre as nações mais desenvolvidas do planeta. Está diretamente vinculado às dificuldades associadas ao cumprimento das tarefas e à manutenção de uma empresa com condições de produzir e vender. Ainda é caro contratar, produzir, transportar e exportar. Para expandir seus negócios ou simplesmente dar conta de sua produção, o empresário defronta-se com dificuldades para encontrar financiamentos acessíveis e mão de obra preparada ou compatível com as remunerações que pode pagar; garantir segurança e proteção para seus equipamentos, bem como para seus empregados; obter mecanismos que minimizem oscilações cambiais voltadas para a importação e a exportação; transportar, armazenar e despachar produtos, entre outros. Infelizmente, os últimos Governos, inclusive o atual, não tiveram coragem de estimular a reforma tributária, saindo do jogo no meio da partida, atendendo alguns interesses. Todas essas barreiras têm travado o desenvolvimento econômico. Porém, nenhuma delas tem sido vista como mais grave do que o custo tributário, que sobrecarrega a empresa e desestimula o empresário. Resultado disso é o aumento da informalidade e da sonegação, outra chaga para o crescimento do País. Perdemos a chance de fazer a reforma tributária. Mas a base está ali, e não será difícil darmos continuidade a ela a partir de 2011. Ou mudamos essa realidade ou veremos a nossa economia continuar perdendo para nações menores, porém mais produtivas. Já dizia meu saudoso pai, Silvio João de Oliveira, que tudo na vida tem limites. Obviamente que a frase não era dele, mas gostava de aplicá-la como base de seu princípio. O Brasil está abusando desses limites. Por falar em alavancas para o nosso crescimento, farei alguns comentários mais aprofundados sobre infraestrutura. Esse tema me é muito caro e importante para o fortalecimento da nossa economia. Além de ter Terça-feira 18 21153 sido Secretário de Estado de Infraestrutura em Santa Catarina, no Governo Luiz Henrique, atualmente respondo pela Vice-Presidência de Portos e Vias Navegáveis da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraestrutura Nacional. Nessa condição, pude me aprofundar no potencial – e também nas carências – do Brasil, que hoje é a décima maior economia do mundo; e tem a expectativa de se tornar uma das 5 maiores até o final da próxima década. Somos o segundo maior exportador de produtos alimentícios, um dos maiores produtores de petróleo e minerais e o quinto maior mercado automobilístico do mundo. Somos um continente à parte dentro da América Latina. No entanto, a exemplo do que ocorre com outras economias emergentes, o Brasil enfrenta grandes desafios estruturais que estão diretamente relacionados à evolução histórica do País, à sua inserção no sistema mundial de governança e aos gargalos e disparidades econômicas, sociais e regionais que há séculos definem a nossa sociedade. As deficiências em infraestrutura merecem atenção especial, pois os investimentos nesse campo induzem o crescimento econômico e, de certo modo, contribuem para a distribuição de renda. Deve-se ressaltar que uma infraestrutura de qualidade propicia ganhos para inúmeros setores, beneficiando o País como um todo, desde a questão econômica (no transporte de bens e na oferta de serviços) até áreas como a de turismo (vide a lista de obras necessárias para recebermos a Copa do Mundo de 2014). Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que, entre as maiores economias mundiais, o Brasil é o país que apresenta a menor taxa de investimento em relação ao PIB. Enquanto a China investiu 40% do PIB em obras de infraestrutura no ano de 2007 e a Índia investiu 33,8% no mesmo período, o Brasil investiu somente 15,7% – menos da metade do que investiram os indianos. Entre os países do BRIC, que conta também com a Rússia, somos os “lanterninhas”. Até recentemente, uma das explicações mais aceitas para a limitação desses recursos era a prolongada crise fiscal do Estado brasileiro. Outra explicação era o elevado custo dos financiamentos – ou mesmo a sua escassez, no caso daqueles que demandam maiores prazos e volume. Com o objetivo de compensar essa limitação, o Governo incentivou a participação da iniciativa privada, por meio de programas de desestatização e de concessão de serviços públicos, em âmbito federal e estadual. Porém, mesmo com a expansão observada nos investimentos e 21154 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS com o aumento da oferta, diversos setores ainda apresentam gargalos estruturais relevantes. Dados recentes mostram que a participação da União e das empresas estatais nos investimentos em infraestrutura vêm apresentando crescimento relevante nos últimos anos. Em 2008, esses investimentos foram de R$77 bilhões – 13,7% do total de R$561 bilhões. Expectativas consolidadas para 2009 mostravam que a tendência era de participação ainda maior, na faixa dos 20% do total de investimentos, o que somaria cerca de R$100 bilhões. Mas ainda não é o suficiente. Uma das principais medidas para o setor é ampliar os investimentos na manutenção e construção de infraestrutura de transportes, para que tenhamos condições de baratear os custos dos fretes e, dessa forma, nos tornarmos ainda mais competitivos no mercado internacional. A situação é preocupante, uma vez que a fragilidade da nossa infraestrutura viária põe em risco todo o esforço realizado pelo País para crescer em ritmo acelerado. Ademais, temos um desafio gigantesco para enfrentar: alterar o perfil de nossa matriz de transportes, em sintonia com os problemas ambientais e com as demandas da economia. Na contramão de sua enorme extensão territorial, o Brasil optou por um sistema de transportes em que quase 60% dos produtos transitam por rodovias. A malha ferroviária representa aproximadamente 25%, enquanto o modal aquaviário não chega a 15%. Sabemos que o sistema hidroviário brasileiro, por exemplo, pode ser enormemente ampliado, levando-se em conta o potencial de muitos de nossos rios para a navegação. Temos 8 mil quilômetros de costa, e grande parcela da economia nacional está fortemente concentrada no litoral. A natureza abençoou o Brasil com uma extensão hidroviária considerável. Entretanto, não estamos sabendo aproveitá-la em todo o seu potencial, ao contrário de outras nações economicamente mais desenvolvidas. Até mesmo países com menos recursos hidroviários utilizam esse modal de transporte de forma mais eficiente que o Brasil. Razões naturais talvez possam explicar a pouca utilização de nossas hidrovias. A exuberante Serra do Mar, que se estende do Espírito Santo até Santa Catarina, faz com que grande parte dos rios das Regiões Sudeste e Sul corram para o interior, o que sempre inviabilizou o acesso aos portos de Santos e do Rio de Janeiro por via totalmente fluvial. Mesmo com a economia do País se estendendo para o interior, com a abertura de novas fronteiras agrícolas nas Regiões Centro-Oeste e Norte, os produtos continuaram a ser embarcados nos portos do Sudeste Maio de 2010 e do Sul, o que acabou por impulsionar o desenvolvimento do modal ferroviário no início do século passado e, a partir dos anos 50, do modal rodoviário, em nossa matriz de transporte de cargas. Hoje, a maior parte dos produtos agrícolas colhidos nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Pará e Tocantins é transportada por caminhões até os portos do Sudeste, com elevados custos de frete. Essa situação reduz a competitividade dos produtos no mercado internacional e diminui consideravelmente a renda dos agricultores, pois, além do dispêndio maior para o escoamento da produção, os preços dos insumos agrícolas tendem a aumentar, em função da dificuldade de transporte. O crescente desenvolvimento da produção agrícola no Centro-Oeste e no Norte obriga-nos a rever nossa matriz de transportes de carga. Grande parte de nossas exportações de grãos poderia ser feita pelos portos do Norte e do Nordeste, como Belém e São Luís, se fossem utilizadas hidrovias como as TocantinsAraguaia e Tapajós. Combustíveis e fertilizantes, hoje transportados em carretas, poderiam ser levados na viagem de retorno, o que representaria uma enorme redução dos custos de produção. Outro ponto fundamental para a viabilização do transporte hidroviário, Sr. Presidente, Sras e Srs. Deputados, é que o consumo de combustíveis nesse modal é muito inferior ao consumo via rodoviária e ferroviária. Em alguns casos, os gastos com combustíveis pelas hidrovias chegam a ser até 20 vezes menores do que os gastos com a mesma carga, quando transportada por rodovias. Além de ser uma questão econômica importante, pois aumentará a competitividade de produtos brasileiros, a redução do consumo de combustível é de extrema importância do ponto de vista ambiental. A redução, especialmente no uso de derivados de petróleo, é um dos quesitos fundamentais na jornada mundial em prol da diminuição da emissão de gases que provocam o efeito estufa, causa principal das mudanças climáticas em nosso planeta. Assim, o estímulo ao uso da vasta rede de hidrovias brasileiras propiciará o desenvolvimento econômico em bases sustentáveis, com baixo consumo energético e reduzida emissão de poluentes na atmosfera. Vale lembrar que, de 19 a 22 de outubro do ano passado, em missão oficial coordenada pela ANTAQ, visitamos os portos do complexo hidroviário nos Estados americanos de Mississippi, Missouri e Louisiana e pudemos constatar a eficácia e a importância econômica desse tipo de transporte. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quanto maior a distância, a exemplo dos trilhos/ trens, mais barato o frete. Com isso, aumenta nossa competitividade. Para conhecimento de V.Exas., destaco aqui a diferença do custo de frete em várias formas de transporte. Rodovias: R$120,00 por tonelada. Ferrovias: R$75,00 por tonelada. Portos/Hidrovias: R$40,00 por tonelada. Não podemos desprezar nenhuma alternativa, mas devemos reconhecer nosso atraso no que tange a investimentos na área de ferrovias, portos e hidrovias, além da demora na retomada da construção naval. Nada justifica esse atraso se levamos em consideração a extensão territorial de vias navegáveis que tem o Brasil, em função de nosso gigante agronegócio, que irá crescer ainda mais. Por isso, precisamos adiantar e planejar a navegação de cabotagem o mais rápido possível. Sr. Presidente, em um país com uma matriz de transportes tão desequilibrada como o nosso, onde o modal rodoviário, como já dissemos, é responsável pelo transporte de quase 60% das cargas, vale destacar a importância da multimodalidade, já que a eficiência de um sistema de transportes decorre da atuação de cada uma dessas opções nas distâncias e perfis de cargas consideradas ideais para cada modal. Sendo assim, entendemos que é indispensável que a ferrovia e a hidrovia ampliem sua participação de mercado, como de fato já vem ocorrendo, mesmo que timidamente. Mas a transferência de cargas só será otimizada quando ocorrer em um cenário em que as ferrovias e os portos tenham sido modernizados e concorram com um sistema rodoviário também ágil e moderno. A multimodalidade é, portanto, um desafio à minimização dos custos de transportes em nosso País. Investir nisso é condição imperativa para o nosso crescimento econômico sustentável. Outro grave problema a ser corrigido é o déficit da previdência, causado em grande parte por privilégios milionários, que devem ser eliminados. O Governo, ao negar-se a elevar o reajuste das aposentadorias em 7,7%, está agindo da melhor forma, no sentido de resolver o déficit previdenciário do Brasil? Entendemos que não. É importante registrar que a Previdência Social está inserida num conceito mais amplo de seguridade social, definido na Constituição de 1988. A seguridade social integra 3 pilares: previdência, assistência social e saúde. A finalidade do sistema previdenciário é repor, total ou parcialmente, o ganho do indivíduo (e de seu grupo familiar), quando cessa ou se interrompe a capacidade laborativa, em Terça-feira 18 21155 função de idade, desgaste profissional, doença, invalidez, morte ou desemprego involuntário. A Previdência, portanto, é considerada um seguro, onde há uma forte relação entre os valores pagos e os benefícios recebidos. É sobre esse prisma que os governantes deveriam se ater para conceder as justas reivindicações aos aposentados brasileiros. Entendemos, nesse contexto, que os objetivos de uma reforma na área da previdência devem ser orientados para o aperfeiçoamento do sistema, atendendo aos critérios básicos de equidade e de equilíbrio financeiro e atuarial. Digo isso porque a defesa dos aposentados é uma das bandeiras que mais defendi ao longo de 4 Legislaturas na Câmara Federal. Sendo assim, não posso deixar de registrar a importante vitória conquistada neste Parlamento, na questão do reajuste de 7,7% à categoria, que além de recuperar parte da perda provocará uma ampla reflexão sobre o tema. O sistema está ruim e precisamos modificá-lo. Vamos aguardar a manifestação do Governo. Ainda que a União argumente que o aumento de pelo menos 7% (retroativo a janeiro) seja o limite do reajuste, acredito que esteja aquém das necessidades básicas de aposentados e pensionistas – brasileiros que dedicaram a vida inteira ao trabalho e que hoje vivem com muito menos do que recebiam quando estavam na ativa. Quem depende do uso de medicamentos contínuos sabe que cada centavo a mais pode ser decisivo em sua vida. Não é culpa deste Governo. É uma história de inúmeros Governos. Há aposentados que sustentam a família, pagam a mensalidade da universidade do filho ou do neto. Existem aposentados que não ganham sequer para custear o medicamento de que necessitam. Por isso, precisamos também fazer a reforma da Previdência, como eu disse. Há, claro, a possibilidade de o Governo vetar o aumento definido no Congresso Nacional. Contudo, por convicção e respeito a essa categoria, farei o possível para que se chegue a um consenso o mais rápido possível. Se o Bolsa Família, que atende o pobre desempregado, também é importante para a economia, em especial nos locais em que são distribuídos os recursos, segundo o próprio Governo, e nós concordamos com ele, por que a interpretação não é a mesma para os aposentados e pensionistas? Há outras batalhas em curso no Congresso Nacional. Uma delas é pelo fim do chamado fator previdenciário (Projeto de Lei nº 3.299/08), instituído há mais de 10 anos, que reduz o benefício pago a homens que se aposentam antes dos 65 anos e a mulheres que se aposentam antes dos 60 anos. Outro tema de grande relevância está previs- 21156 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS to no Projeto de Lei nº 4.434/08, que recupera o número de salários mínimos a que tinha direito o aposentado no momento da concessão do benefício. Essas arestas previdenciárias demonstram a necessidade de o Governo promover uma ampla reforma, que defina a questão dos aposentados e pensionistas no País. Com sensibilidade política e prudência no trato econômico, esse debate levará dignidade e esperança a um numeroso e relevante segmento da população brasileira. É mister que se faça também uma reforma política ampla e irrestrita e se fale dela, pois, no Estado que queremos, o partido é mais forte do que o político e não o contrário – e é o que vem acontecendo. O sistema de coligações, já no primeiro turno da campanha eleitoral, vem desmotivando os partidos políticos, uma vez que não estão sendo consideradas as ideologias partidárias. Por isso, segundo pesquisas do IBOPE, 83% do eleitorado não votam em partido e sim no candidato. Fiz parte do grupo que discutiu a reforma política nesta Casa e sugeri que questões como fidelidade partidária, voto em lista fechada distrital, financiamento público de campanha, mandatos de 5 anos, fim da reeleição, entre outras, devem ser discutidas à luz da sociedade, por mais polêmicas que pareçam. Caso contrário, continuará a corrupção vergonhosa no Brasil. Precisamos de mecanismos para combater a corrupção para valer, e vejo na reforma política um deles. Vejamos, por exemplo, o caso do voto em lista fechada, que já coloca em sua origem a necessidade de fortalecimento dos partidos. Os candidatos eleitos pelas listas devem, obrigatoriamente, ser fiéis ao programa da legenda. Caso queiram mudar de partido, perderão automaticamente o mandato. Acima do candidato, o eleitor estará optando pelas ideias e programas que cada sigla defende. Repito: com os partidos fragilizados, hoje o eleitor vota inteligentemente no candidato, pois, se ele errar ao votar, perderá o voto por 4 anos, uma vez que o partido não tem força para mudá-lo. Mas há também a proposta do voto distrital, que pretende estreitar os laços entre as lideranças regionais de cada partido e os eleitores, que irão conhecer melhor quem são seus representantes. Dadas as condições para um amplo debate e a necessidade de aperfeiçoar o sistema vigente, acreditávamos que o Executivo iria encaminhar uma proposta de reforma política e eleitoral condizente com sua retórica de mudança. Não o fez. Não teve coragem de manter a proposta para esta Casa nem de seguir com ela. Correu da raia, perdendo uma grande oportunidade. Lamento. Maio de 2010 Porém, aquilo que foi apresentado e aprovado no mês de julho de 2009 pela Câmara dos Deputados tornou-se uma piada de mau gosto com o eleitor, uma reforma meia-sola, feita, efetivamente, para não mudar o que deveria ser mudado. Prevê apenas questões como propagandas nas ruas e na Internet, quase irrelevantes diante da necessidade de se fazer uma ampla mudança e trazer um sopro de renovação ao ambiente político. O tempo vai passando e os corruptos vão se beneficiando de um sistema desatualizado e falido. Enquanto forem permitidos o troca-troca partidário, a profusão de legendas sem programas e os custos milionários das campanhas, entre inúmeros outros problemas, não avançaremos um passo sequer rumo à moralização da política, favorecendo a maioria que é corrupta ou que tem dinheiro no período eleitoral. Obviamente, temos de separar o joio do trigo. Existem muitos políticos bons, que se elegem comprometidos com a sociedade brasileira. Infelizmente são a minoria. Com o atual sistema, há pouca negociação e muita negociata, lamentavelmente. A configuração do sistema eleitoral partidário é determinante para o enfraquecimento das instituições e o excessivo personalismo na política brasileira. Países de democracia mais madura, como Estados Unidos, Inglaterra, França, entre outros, valorizam os partidos como principal mecanismo de representação política. No Brasil, infelizmente, é mais regra do que exceção a personalização do candidato acima do programa partidário. Ele se comporta como se não estivesse em uma legenda, com plataforma definida, diretrizes, visão de mundo. Olha apenas o crescimento do seu interesse político pessoal e de sua rede de influências. Temos o personalismo, o populismo, que contaminam o Estado Democrático de Direito. Isso vai totalmente contra a construção de uma república moderna, que se constrói com instituições. As pessoas passam. As instituições é que ficam para aplicar a lei, servir de exemplo e referência. Ter 2, 3 ou 4 partidos com programas diferentes, que sejam respeitados e que permitam ao eleitor escolher determinado caminho, ajuda a fortalecer a democracia. Para comprovar o que digo, registro aqui um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que aponta a relação direta entre a prevalência de partidos nacionalmente institucionalizados e programáticos e políticas públicas eficientes e de qualidade. Sendo assim, a reforma política deve, necessariamente, atacar a debilidade dos nossos partidos. Acreditamos que propostas sobre o fim da reeleição, o mandato de 5 anos ou o terceiro mandato são casuísmos que não alteram significativamente o sistema. Por outro lado, a aprovação de voto na legenda e Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS em lista fechada distrital preordenada, sem coligações e com cláusula mínima de desempenho, certamente resultará na redução do número de partidos e no fortalecimento interno das legendas. Tenho observado que grandes empresas de marcas fortes, sem nenhum problema, vêm se fundindo, juntando-se para serem ainda maiores e eficientes. Estou pensando em apresentar uma proposta no mesmo sentindo, fundindo os partidos políticos. Por fim, as campanhas eleitorais no Brasil são extremamente caras e consideradas a principal semente da corrupção. Embora o País tenha uma Justiça Eleitoral atuante, na prática são matematicamente impossíveis o monitoramento e a auditoria das contas de todos os candidatos em tempo hábil. A unificação das campanhas no partido reduzirá os custos e também facilitará o acompanhamento efetivo dos gastos e dos financiamentos pela Justiça Eleitoral e pela sociedade civil. Diante de tantos argumentos positivos, demonstramos a esta Casa de leis a necessidade de refletirmos e fazermos de fato uma reforma política abrangente e que mude o atual cenário de oportunismo e conchavos que permeia a classe política. No entanto, sem o comprometimento do Executivo, esta Casa dificilmente fará a reforma política. Devemos ter coragem de falar sobre reforma política. É necessário que haja mudanças. Precisamos, por exemplo, da fidelidade partidária, mencionada pelo meu colega Francisco Rossi. Os partidos, caros colegas, estão fragilizados. Segundo as últimas pesquisas, 83% do eleitorado dizem que votam no candidato e não mais no partido. Não acreditam mais em partido, em função das inúmeras coligações feitas no País, sem o mínimo de respeito às ideologias partidárias. O que vale são os interesses de grupos de negociação. Há muitas negociatas. Dependemos de uma boa reforma política neste País. Não tenho dúvida, caros colegas, de que no ano que vem teremos prioridade. Vamos cobrar dos candidatos à Presidência que façam as reformas. Quem assumir a Presidência, respaldado pela votação que tiver, estará comprometido com a implantação daquilo que foi dito nas campanhas eleitorais e nos programas, como plataforma de governo. Por isso, defendo várias reformas. Há dados de pesquisas feitas com a minha equipe de gabinete, dados que buscamos fora e dados alcançados com a nossa experiência. O Ministro Tasso Genro, ao deixar o Ministério, disse que o sistema de segurança pública no Brasil está falido. Concordo com S.Exa. Se consultarem os Terça-feira 18 21157 Anais desta Casa, meus colegas verão vários pronunciamentos que fiz nesse sentido. Fui gerente da Caixa Econômica Federal por 14 anos. Acompanhávamos casos de assalto a banco. Naquela época, e não faz muito tempo, um assalto a banco era planejado por 60 dias, 90 dias. Procuravam saber onde morava o gerente, a que horas ele saía de casa, quando chegava ao banco. Ao saírem da agência bancária com os malotes de dinheiro, lá fora já havia 2, 3 carros esperando. Eles saíam no primeiro carro, mil metros depois trocavam de carro, 10 quilômetros adiante trocavam de carro novamente. Eram considerados assaltantes profissionais. Hoje, a segurança pública em todo o País está tão desmoralizada que os assaltantes, até mesmo os amadores, ao andarem pela rua, resolvem assaltar o banco. Combinam o assalto na hora. Assaltam o banco e saem caminhando. Nem usam mais carro. As pessoas andam nas ruas e assaltam lojas, como se estivessem entrando ali para fazer uma compra normal. Assaltam e saem caminhando. Isso acontece em todos os Estado. Em Santa Catarina, que sempre foi exemplo, não é diferente. O sistema está falido. Matam as pessoas em suas casas. Só em Tubarão, cidade onde resido, nos últimos tempos mataram 9 pessoas – caso inédito em toda a história. Confio na minha reeleição. Acredito no meu trabalho. Respeito, obviamente, a opinião de todos. Vamos ter coragem de fazer uma mudança no sistema de segurança pública nacional. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – O próximo orador é o Deputado Francisco Rossi. Antes, porém, concedo a palavra pela ordem à DeputadaEmília Fernandes para uma breve comunicação. A SRA. EMÍLIA FERNANDES (PT-RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, hoje, 17 de maio, é o Dia Internacional de Combate à Homofobia. Está sendo realizada em Brasília, de ontem até o dia 19, a 1ª Marcha Nacional contra a Homofobia. Esse evento é muito importante. Inclusive, amanhã, no Congresso Nacional, teremos o VII Seminário de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais para discutir questões relacionadas à discriminação, ao preconceito e problemas ainda existentes na legislação devido às diferentes opções sexuais. Esse tema vem sendo trabalhado e está avançando em todo o mundo. Não podemos admitir que continue o preconceito por gênero, por raça, por etnia e também por opção sexual. Portanto, no dia 19, haverá uma grande marcha nacional em Brasília. O tema “homofobia” será tratado durante 3 dias, com aprofundamento e reflexão. 21158 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Apelamos a esta Casa para que se incorpore a esse debate. Esperamos que a sociedade avance e não haja qualquer tipo de preconceito. Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Deputado Francisco Rossi, do PMDB de São Paulo. S.Exa. dispõe de até 25 minutos. O SR. FRANCISCO ROSSI (Bloco/PMDB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Luiz Couto, Sras. e Srs. Deputados, vou falar sobre um tema árido, difícil de tratar. Ele chama a atenção das pessoas, mas gera um certo constrangimento no momento em que é discutido: a pedofilia. Começo dizendo o que aconteceu na cidade de Osasco, na primeira Semana de Combate à Pedofilia, realizada no período de 10 a 15 de maio. Esse evento já faz parte do calendário oficial do Município, instituído pela Lei nº 4.357, de 1º de outubro de 2009, de iniciativa da Vereadora Ana Paula Rossi. Na condição de pai da Vereadora, fiquei muito feliz com a iniciativa e com sua coragem de abordar esse tema em que ela se engajou. Quero também cumprimentar o Senador Magno Malta, que levantou com desassombro, coragem e intrepidez o assunto em todo o Brasil – e já alcançando outros países –, com providências que estão sendo tomadas no âmbito do Congresso Nacional e que eram necessárias para coibir algumas iniciativas em prol da pedofilia e que envolvem a Internet. O objetivo de estarmos conversando sobre o assunto é o de procurar levar informação a respeito do tema. É preciso informar o maior número de pessoas acerca desse assunto, visando à prevenção do abuso sexual de crianças e adolescentes. Durante toda a semana, em Osasco, uma das maiores cidades do País e que se tornou uma espécie de centro de combate à pedofilia no Estado de São Paulo, com a Vereadora Ana Paula promovendo encontros e proferindo palestras em universidades e escolas, estivemos distribuindo panfletos informativos em feiras livres, terminais de ônibus, estações ferroviárias etc. Foram ministradas palestras na UNIBAN e UNIFIEO, 2 grandes centros universitários, um com 13 mil estudantes, outro com aproximadamente 15 mil universitários. Essas palestras obtiveram ampla repercussão entre estudantes e professores. Como resultado dessa campanha, houve uma série de denúncias acerca de pedofilia não só em Osasco e região, mas em todo o Estado de São Paulo, uma vez que essas universidades recebem alunos de todas as regiões paulistas. Maio de 2010 O encerramento da campanha foi uma caminhada pelas ruas centrais de Osasco, também com objetivo de alcançar as pessoas e propiciar mais informações. A pedofilia é considerada e definida pela Organização Mundial de Saúde como desordem mental e de personalidade do adulto e também como um desvio sexual e se caracteriza pela atração sexual de adultos por crianças e adolescentes. Esse é um tema mundial. O FBI, órgão que cuida da segurança nos Estados Unidos, produziu um relatório sobre pedofilia, do qual consta uma série de símbolos usados pelos pedófilos para se identificarem. Esses símbolos são sempre compostos pela união de duas figuras semelhantes, uma dentro da outra. A forma maior identifica o adulto; a menor, a criança. A diferença de tamanho entre eles demonstra a preferência por crianças maiores ou menores. Homens são triângulos; mulheres, corações. Os símbolos são encontrados em sites, moedas e joias, como anéis e pingentes, entre outros objetos. Os triângulos representam homens que querem menino. Com um detalhe cruel: o triângulo mais fino representa homens que gostam de meninos bem pequenos. O coração representa homens ou mulheres que gostam de meninas; a borboleta, aqueles que gostam de ambos – em geral, as borboletas têm asa ou parte da asa na cor azul e a outra asa ou parte da outra asa na cor rosa. Essas são informações coletadas pelo FBI durante as investigações. Concedo um aparte ao DeputadoEdinho Bez. O Sr. Edinho Bez – Parabéns, caro colega Deputado Francisco Rossi! Apesar de hoje ser uma segunda-feira, tivemos grandes manifestações neste plenário. Fico feliz por isso. V.Exa. traz ao debate assunto que está assustando a população, mas do qual poucas pessoas tratam. Há quem diga que o pedófilo é uma pessoa doente. Não quero entrar em detalhes, mas é preciso levar em consideração que, repito, poucas pessoas tratam do assunto. Urge combater esse problema. Parabéns a V.Exa. por trazer o assunto ao plenário. Poucos estão tendo a coragem de vir aqui, na qualidade de representante do povo brasileiro, tratar de temas importantes como esse. Sem dúvida, a pedofilia merece a maior atenção desta Casa, inclusive a realização de audiências públicas a respeito em suas Comissões, como forma de combater, diuturnamente, esse tipo de crime. Mais uma vez parabenizo V.Exa. pela abordagem e me coloco à disposição para ser parceiro de V.Exa. O SR. FRANCISCO ROSSI – Agradeço a V.Exa., nobre Deputado Edinho Bez, que representa nesta Casa, de maneira brilhante, o povo de Santa Catarina, o aparte. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sras. e Srs. Deputados, apenas quando assisti à palestra do Senador Magno Malta, proferida em audiência pública na Câmara Municipal de Osasco, percebi o quanto eu era – entre aspas – “analfabeto” em relação ao tema pedofilia. Sabia do problema da pedofilia pelo que vejo na televisão, ouço no rádio e leio nos jornais. Mas quando ouvi a palestra do Senador Magno Malta, percebi a minha ignorância no assunto. E não imaginava que houvesse tantas pessoas envolvidas com pedofilia. Pasmem V.Exas.: a pedofilia, hoje, gera mais recursos financeiros do que o tráfico de drogas. E, também em comparação com o tráfico de drogas, a pedofilia é praticada por um número maior de pessoas. Por mais incrível que pareça, em 60% ou mais dos casos são os próprios pais que praticam essa forma de violência contra as crianças; em 95% das vezes, são pessoas da família ou bem próximas às crianças. A CPI da Pedofilia em curso no Senado e presidida pelo Senador Magno Malta tem levado essas informações ao povo brasileiro. Nas palestras da minha filha Ana Paula nas universidades e nas escolas, testemunho a perplexidade dos professores e de estudantes, que, depois, também confessam sua ignorância no assunto. É preciso que estejamos atentos a esse problema e abordemos o tema nesta Casa e no Congresso Nacional o maior número de vezes, para que aqueles que nos veem estejam informados e saibam que hoje, neste País e no mundo, existe uma frente de luta contra os pedófilos e a pedofilia. A referida CPI já alcançou algumas vitórias no que diz respeito a mudanças no Código Penal. Em agosto de 2009, foi suprimido o crime de atentado violento ao pudor. Agora, meninos também são protegidos pela nova legislação quando vítimas de estupro, o que não acontecia antes. É considerado estupro o ato de se obrigar alguém a praticar conjunção carnal ou ato libidinoso. Não há necessidade da conjunção carnal. Basta que haja atos libidinosos para configurar crime de pedofilia. E a pena é aumentada quando a vítima tiver menos de 18 anos. Agora há também na lei a tipificação dos crimes sexuais praticados contra os vulneráveis, os menores de 14 anos ou com deficiência mental. São muitas as crianças que não têm a mínima condição de defesa por serem deficientes mentais e que são abusadas. A deficiência mental exacerba o apetite sexual dos pedófilos que sentem mais atração sexual por crianças que não têm a menor condição de se defender. A Internet tem sido um dos meios mais utilizados por pedófilos para a troca de material de pornografia infantil e escolha das vítimas. Terça-feira 18 21159 Por essa razão, Sr. Presidente, os pais devem estar muito atentos àquilo que está acontecendo dentro de casa. A Internet tem sido usada de maneira absurda pelos pedófilos que, nas salas virtuais de bate-papo, se apresentam como se fossem crianças da mesma idade da vítima escolhida e a estimulam a se exibir, ser fotografada e filmada. Depois, esse material é exposto e negociado, gerando bilhões de dólares no Brasil e no mundo. Estamos atentos a essa questão, que queremos debater e divulgar para todo o Brasil por meio da TV Câmara, que hoje alcança o País inclusive, em alguns centros, com imagem digital, para que todos possam estar atentos ao que acontece, às vezes, na casa ao lado ou mesmo dentro da própria casa. Hoje, infelizmente, o Brasil é o maior consumidor de pornografia infantil na Internet. E a pornografia infantil, repito, gera bilhões de dólares, aproximadamente o dobro do que gera o narcotráfico. Essa informação deixa a todos estupefatos, causa perplexidade, porque quase ninguém tem ideia do que está acontecendo em relação a esse tema. Segundo o Senador Magno Malta, há no Brasil mais pessoas abusando de crianças do que consumindo drogas – dado extremamente alarmante. Apesar dos avanços na legislação, nem sempre conseguimos a punição dos abusadores por falta de provas. É muito difícil. As denúncias são milhares – e podem chegar a milhões os casos no mundo todo –, mas é muito difícil conseguir provas contra os abusadores. Ouço, com prazer, o nobre Deputado Arnaldo Vianna. O Sr. Arnaldo Vianna – Muito obrigado, Deputado Francisco Rossi. Quando V.Exa. toca nesse tema pedofilia e cita o Senador Magno Malta, lembro-me de que há pouco, nesta Casa, fiz uma denúncia contra uma rede de pedofilia que atua em Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, e que envolve empresários e políticos, denúncia essa que foi encaminhada ao Senador Magno Malta. S.Exa. marcou presença numa audiência realizada naquela cidade, mas até hoje nada aconteceu. Já escutamos dizerem que a CPI não vai dar em nada. Será? Confio no Senador Magno Malta, confio nesta Casa e no Senado. Tenho certeza de que não vamos deixar esse problema adormecer. Vamos lutar e colocar na cadeia aqueles que praticam esse crime hediondo. Parabéns a V.Exa. e muito obrigado. O SR. FRANCISCO ROSSI – DeputadoArnaldo Vianna, agradeço a V.Exa. o aparte, que vem corroborar aquilo que acabei de dizer: as denúncias são feitas, mas o difícil são as provas. A presunção da inocência joga a favor do pedófilo, que é sempre, ou na maioria das vezes, uma pessoa acima de qualquer suspeita no 21160 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS âmbito da sociedade em que vive. Quando aparece um acusador, vêm 20 defensores do pedófilo dizendo que ele é uma ótima pessoa, um ótimo pai, um ótimo filho, um ótimo marido. Não existe um perfil que o caracterize, a exemplo do que ocorre com outros criminosos. Reporto-me ao princípio de Lombroso: não existe o tipo lombrosiano que defina o pedófilo. Ele está acima de qualquer suspeita. Tenho certeza de que, neste exato instante, entre os que estão assistindo aos nossos trabalhos, há pessoas que foram abusadas sexualmente e que não tiveram como fazer as denúncias, entre outras razões, porque esbarraram ou esbarram na dificuldade de coletar provas para levar o pedófilo às barras dos tribunais. Confio, sim, na CPI da Pedofilia, presidida pelo Senador Magno Malta, que se não logrou êxito em relação ao caso levantado por V.Exa., tem obtido resultados extraordinários – e não apenas no Brasil, mas também em outros países. Lembro à Casa uma iniciativa do Senador em relação ao Orkut. O Brasil, em relação aos países que se servem do Orkut, representa 70% ou 80%. O Orkut, infelizmente, sempre foi usado para alimentar a pedofilia no Brasil e no mundo, haja vista a liderança que o País hoje ostenta em relação ao consumo de material de pedofilia. De cada 10 abusos praticados contra crianças e adolescentes, como disse, 6 são pelo próprio pai ou pela própria mãe. Em mais de 90% dos casos, o abusador é alguém da família ou de muita confiança da criança. O pedófilo age no escuro, serve-se da condição de não haver um perfil que defina o seu comportamento e abusa da criança em algumas situações que lhe são favoráveis. Lembro o caso de uma criança abusada por um policial que foi pego com a boca na botija, porque – o pedófilo é um exibicionista – ele se filmou, fotografou-se e colocou as imagens na Internet. E ele foi pego graças a essas fotos horríveis que o mostravam abusando dessa criança de apenas 3 anos, que ficou traumatizada. A criança foi levada por seus pais para dormir na casa da amiguinha, filha do policial, e ocorreu isso. Quem poderia imaginar que um policial de renome e conhecido fosse capaz de tal ato? Ele acabou se suicidando quando veio a público esse material nojento e horroroso, que retratava o abuso a que submeteu aquela criança. Os pais têm de estar atentos ao fato de o filho ir dormir na casa de amigos. É preciso prestar atenção nas mudanças de comportamento de seus filhos, que podem apresentar sintomas de abuso sexual. Maio de 2010 Como disse, o pedófilo é uma sombra. Ele age no escuro. Qualquer um põe a mão no fogo por ele, pois está acima de qualquer suspeita. É amável, sedutor e, na maioria dos casos, alguém da própria família ou do seu relacionamento. A pedofilia está presente nos mais diversos segmentos e em todas as classes sociais. Além disso, o pedófilo é compulsivo. Não adianta condená-lo a 5 ou 6 anos de prisão, porque, ao sair, ele vai cometer o mesmo crime. Temos de analisar friamente, portanto, a PEC do Senador Magno Malta que preconiza a prisão perpétua para o pedófilo. Mesmo a castração química não funciona absolutamente. O que vale é o isolamento e a segregação do indivíduo. A prisão perpétua suscita e vai suscitar ainda muita discussão, mas é uma maneira de proteger as crianças do assédio e do abuso sexual. O pedófilo não é truculento. Ele é conquistador, gosta de dar presentes, tem sempre alguma coisa na sua casa que chama a atenção da criança, como um DVD, um doce, um brinquedo. Com amizade e confiança demonstradas, ele conquista também a família da vítima. Se a família for pobre, ele se dispõe a socorrê-la. Mas existe um lado mais perverso ainda, a agressão psicológica, a imposição do império do medo após o abuso sexual. Pelos depoimentos, constatamos que o pedófilo diz para a criança que aquele é um segredo deles, que ninguém pode saber, nem o pai nem a mãe. Se alguém ficar sabendo, poderá acontecer alguma coisa ruim. Um pedófilo de Catanduva usava um GPS para assustar a criança. Ele dizia que tinha como localizá-la, assim como seus pais, portanto, poderia alcançá-los com violência e até matá-los se fosse denunciado. Depois de abusada, a criança passa a demonstrar, por meio de sinais, que algo não vai bem com ela. Mesmo não manifestando verbalmente que está sendo vítima de violência sexual, a criança dá sinais. Pode voltar a fazer xixi na cama; render menos na escola; começar a sofrer de transtornos alimentares; ficar deprimida, ter pesadelos à noite; gritar dormindo; reclamar de dor nas pernas. Mas não é dor nas pernas e, sim, resultado do abuso sexual – quando há penetração no ânus, e a criança não consegue definir onde sente a dor, diz que tem dor nas pernas, nas costas, na barriga. É cruel, Sr. Presidente! É claro que gera um certo constrangimento tratar do assunto, mas ele tem de ser abordado abertamente, sem nenhum medo de constrangimento ou qualquer outra coisa, porque as pessoas precisam ser informadas a respeito. O Senado Magno Malta diz que a informação forma o homem, e a falta dela o deforma. É preciso, Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS então, imunizar nossas crianças com informação. Afinal, o abuso acontece em todos os lugares e em todas as classes sociais. Ainda hoje ouvi hoje a notícia de que o combate à AIDS não está sendo alvo de campanhas nos países em que a doença está disseminada, porque hoje está em todos os lugares. Parece que as pessoas vão se habituando com a desgraça, vão se habituando com as coisas ruins, relaxam e já não prestam muita atenção a elas. Mas a informação é o melhor remédio. Precisamos fazer campanhas de prevenção ao abuso contra crianças e adolescentes – e essas campanhas não podem se encerrar em uma semana ou em determinado prazo. Elas devem ser permanentes. É fundamental que estejamos nesta Casa, e onde for preciso, denunciando os casos de pedofilia. A criança precisa ser protegida por todos os meios ao alcance das pessoas, para que essa não seja uma tarefa só da responsabilidade do poder público. É preciso denunciar! Temos hoje em todas as cidades o Disque 100 e também os conselhos tutelares. Sugerimos que as denúncias sejam feitas nos conselhos tutelares, para que não esfriem. Não há tanta eficiência em termos de rapidez, mas não fica por isso mesmo e não acaba em pizza, como alguns imaginam que possa acontecer em alguns lugares. Para as denúncias há também o telefone da Polícia Militar, o 181, o do Ministério Público e também o da Vara da Infância e da Juventude.. Atrevo-me ainda a deixar alguns telefones de Osasco, onde praticamente estamos centralizando as denúncias e as iniciativas de combate à pedofilia, lembrando o apoio que temos tido da Prefeitura do Município. Portanto, para aqueles que eventualmente queiram se comunicar conosco, o DDD é 11 e os números são: 3699-9155, 3699-9156 e 3682-7138. E os que quiserem entrar em contato conosco na Câmara Federal podem enviar suas mensagens para o nosso site ou para o e‑mail [email protected]. Sem sombra de dúvida, tomaremos as medidas necessárias para que atos de pedofilia, de violência contra a criança e abusos sexuais possam ser denunciados de maneira eficiente e não terminarem, como alguns imaginam, em nada. É importante denunciar. Portanto, não se acomodem, lembrem-se de que o sucesso dos criminosos acontece a partir da omissão dos bons. Encerro o meu pronunciamento, Sr. Presidente e nobres colegas, lembrando uma frase de Martin Luther King: “Nós vamos nos arrepender nessa geração, não apenas pelas palavras cruéis e ações Terça-feira 18 21161 das pessoas más, mas pelo silêncio terrível das pessoas boas”. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Parabenizo V.Exa., DeputadoFrancisco Rossi, pelo pronunciamento. De fato, há redes que ganham dinheiro com imagens produzidas por pedófilos. Há verdadeiras máfias que assim atuam em todo o mundo. Abordar esse assunto é muito importante. Como disse V.Exa., às vezes, as pessoas temem fazê-lo, mas é fundamental que, cada vez mais, informações sejam divulgadas para que se possa fazer um combate efetivo, porque o pedófilo, em muitos casos, é um psicopata que consegue enganar durante muito tempo. Apenas com conhecimento profundo do problema, é possível identificá-lo e fazer com que ele não continue cometendo esses crimes contra crianças e adolescentes. Parabéns a V.Exa. pelo pronunciamento. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao nobre DeputadoArlindo Chinaglia, para uma Comunicação de Liderança, pelo PT, por 9 minutos. Depois, retornaremos ao Grande Expediente com o DeputadoArnaldo Vianna. O SR. ARLINDO CHINAGLIA (PT-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, o noticiário internacional aponta um comunicado, assinado pelos chanceleres do Brasil, Turquia e Irã, no sentido de haver o equacionamento da questão nuclear do Irã. Penso que, apesar de ser um assunto rigorosamente árido, pelo menos, para a maioria das pessoas – inclusive, nós, que podemos não ter todas as informações –, ele é de vital importância para o mundo, para a paz mundial e, em um patamar inferior mas também muito importante, para o próprio Brasil. A primeira referência que faço é que, no noticiário, muitas vezes, tem-se a impressão de que o Irã parte de uma determinação, que nós não conseguimos identificar exatamente qual seja, mas que há certa tendência na interpretação comum de que ali há uma motivação exclusivamente religiosa. Pois bem, de outra parte, há ainda no noticiário o esforço norte-americano – com a simpatia praticamente mundial frente à eleição do Presidente Barack Obama – de que os Estados Unidos, inclusive, por intermédio de sua Chanceler Hillary Clinton, manifestam no mínimo seriíssimas dúvidas quanto à possibilidade de se produzir um acordo com o Irã, exceto por aquilo que Estados Unidos, França e Inglaterra defendem, que é a imposição de sanções àquele país. A história nos ensina, Sr. Presidente. 21162 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O regime do Xá Reza Pahlevi só se mantinha por meio do apoio norte-americano e também por uma brutal repressão e torturas promovidas pela sua polícia secreta, a terrível Savak. Pois bem, quando esse regime foi derrubado pela revolução dos aiatolás xiitas, os Estados Unidos vislumbraram em Saddam Hussein, no Iraque, um aliado inestimável, capaz de fazer frente àquilo que se chamava de perigo xiita, visto que Saddam Hussein era sunita. Saddam Hussein foi armado até os dentes, tendo recebido, inclusive, os precursores químicos necessários para fabricação de gás mostarda e sarin, bem como armas convencionais em abundância, até mesmo antraz em sua forma molhada, menos eficaz que em sua forma seca, mas igualmente perigosa. Por que fazemos uma reminiscência histórica? Porque, quando já não interessava mais aos norteamericanos o apoio de Saddam Hussein, ele foi derrubado pelos próprios norte-americanos. Antes, porém, Sadam Hussein invadiu o Irã, naquela que ficou conhecida como a Guerra Imposta, na qual morreram mais de 500 mil pessoas. O primeiro lembrete: pode o Irã passar uma borracha nessa não tão distante história de agressão, em que aquele país ficou completamente desprotegido exatamente porque um país vizinho decidiu, com o apoio de uma superpotência, invadir o seu território? Como já comentamos, posteriormente, Sadam Hussein foi denunciado pelos Estados Unidos de dispor de armas de destruição em massa. O Iraque foi bombardeado pelos Estados Unidos, na Guerra do Golfo, exatamente porque o país americano sabia ter fornecido aqueles armamentos. Sabia também que, quando da invasão do Iraque, aquilo já não se fazia mais necessário, pois era um país quebrado econômica e militarmente e submetido a investigações sem aviso prévio da Agência Internacional de Energia Atômica e também da Organização para a Proibição de Armas Químicas. A OPAQ tinha como Presidente o Embaixador brasileiro José Bustani, eleito por unanimidade por 145 países, mas que acabou derrubado por pressão norte-americana, porque, se aquela estratégia de atrair o Iraque para a OPAQ desse certo, não serviria aos propósitos norte-americanos, que já haviam decidido invadir aquele país. Essas referências são para fazer também a segunda observação: não basta um país defender apenas no discurso a democracia; tem de provar isso. No entanto, a história está cheia de exemplos. Quero dar um exemplo mais recente, não tão tenebroso. Em relação ao golpe que houve em Honduras, pode haver interpretações jurídicas de que o Presidente Maio de 2010 deposto teria tentado uma reeleição quando isso não era possível. No entanto, quando o Brasil mantém uma posição de princípio de não aceitar a eleição de Honduras após aquele golpe, outros países que divulgam e propugnam a democracia – e nós os aplaudimos quando o fazem – já incorporaram o Governo de Honduras ao pragmatismo da relação entre as nações. Creio que é fundamental para o Parlamento e para nós, brasileiros, entendermos o que está em jogo, porque quero fazer a terceira observação na forma de pergunta. O que o Brasil está fazendo lá? Primeiro, numa recente viagem de uma representação do Governo brasileiro, coordenada pelo Ministro do Desenvolvimento, estiveram 300 empresários brasileiros. Agora, o Presidente Lula nessa viagem vai disponibilizar 1 bilhão de dólares para que o Irã possa comprar produtos brasileiros. Ou seja, não é por acaso que o Brasil, de abril a abril, exportou 163 bilhões de dólares; depende de uma política em plano mundial. Não por acaso, o Brasil, que exportava 26% de toda sua exportação para os Estados Unidos, caiu para menos de 14%, e isso foi um dos elementos centrais para o País não sofrer demasiadamente com a crise econômica mundial que se abateu – a partir dos Estados do Unidos – sobre o planeta no final de 2008 e em todo o ano de 2009. Portanto, em vez de prestarem atenção no avião, prestem atenção naquilo que é feito pela diplomacia brasileira. Como ainda há, por parte inclusive da imprensa brasileira, manifestações de dúvidas, quero ler manchete da Folha do acordo Brasil Irã, das 15h43min, ou seja, de quase 2 horas atrás. O título é: Estados Unidos devem rejeitar acordo nuclear com o Irã, diz The New York Times. Entre aspas: “Para o jornal americano, o presidente dos EUA, Barack Obama, tem agora em suas mãos uma decisão importante. Se ignorar o acordo, pode emitir sinais de que está rejeitando termos muito parecidos aos que se dispôs a aceitar há 8 meses, quando o Irã acabou rejeitando a proposta na última hora. Por outro lado, se aceitar, muitos dos assuntos urgentes que deveriam ser discutidos com o Irã nos próximos meses, a maioria relacionados às suspeitas de produção da bomba atômica, terão que ser colocados de lado por pelo menos um ano ou até mais.” Ou seja, a manchete não condiz com aquilo que a própria Folha diz no texto. Mas se pairam dúvidas de como isso está sendo analisado pelo mundo, quero Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pegar, então, as palavras de um general norte-americano, de um comandante norte-americano. Refiro-me ao Comandante em Chefe da OTAN na Europa, General James Stavridis. Ele afirmou que o acordo é um exemplo do que todos buscamos, um sistema diplomático que vise um bom comportamento por parte do regime iraniano. Essa viagem do Presidente Lula e a atuação junto com a Turquia resultaram numa decisão do Irã, o que até então nunca tinha acontecido, de aceitar mandar para o exterior urânio pouco enriquecido, a 3,5%, para que na Turquia seja enriquecido a até 20%, retornando ao Irã, além de outras particularidades que aqui não cabe mencionar, submetendo-se ao que determina a Agência Internacional de Energia Atômica, ou seja, fiscalizações para impedir, por exemplo, que material radioativo seja desviado para funções militares. Isso diz respeito à quantidade; de outra parte, para não passar de 20% o enriquecimento do urânio; se passar de 90%, pode haver a fabricação de armamento. Sr. Presidente, agradeço a V.Exa. pela tolerância e finalizo dizendo que é evidente que ainda faltam alguns pontos, mas é claro que o acordo feito entre Brasil, Turquia e Irã é aquilo que já tinha sido proposto pelo Presidente Barack Obama e pela Agência Internacional de Energia Atômica. Portanto, o Brasil, ao defender a paz de forma combinada – inclusive, trabalhou pela liberação da professora francesa, um tema de direitos humanos –, é bom registrar que ele se credencia no plano internacional não só para ampliar os seus negócios, as exportações, por mais legítimo que seja, como para dar equilíbrio entre os poderes mundiais, para que se faça justiça na face da Terra. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Deputado Marcio Junqueira, para uma Comunicação de Liderança, pelo Democratas, por até 6 minutos. O SR. MARCIO JUNQUEIRA (DEM-RR. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna nesta tarde fazer pedido ao Governo do Presidente Lula, que cuida tão bem da política externa e que se arvora como solução de tantos problemas externos. Seria importante também que o Presidente Lula se ativesse às questões brasileiras, especificamente às do meu querido Estado de Roraima, que passa por situação calamitosa, tendo em vista as fortes chuvas que assolam aquela Unidade da Federação. O Estado de Roraima encontra-se praticamente ilhado em razão da precária condição da BR-174, que tem piorado ainda mais devido às chuvas e, agora, também ao forte tráfego de carretas que transportam óleo diesel – porque ali estamos gerando energia à Terça-feira 18 21163 base de diesel. Todos os dias são queimados 300 mil litros de óleo diesel, ou seja, diariamente 600 mil reais viram fumaça em Roraima. A BR-401, que liga Boa Vista a Normandia, na divisa com a Guiana Inglesa, encontra-se interditada. A estrada caiu. Abriu-se uma cratera no caminho, e as pessoas estão impossibilitadas de ir e vir. As comunidades ribeirinhas do Baixo Rio Branco – de Caicubi, Cachoeirinha, Terra Preta, Lago Grande e Boiaçu – estão em situação de penúria com as cheias do Rio Branco. A cidade de Boa Vista, nem se fala. Está submersa. Boa Vista está debaixo d’água. Faço, então, um clamor à Prefeitura Municipal de Boa Vista e ao próprio Governador do Estado, que tem demonstrado muita preocupação – o Governador estendeu a mão ao Município –, no sentido de que juntos possam resolver a situação de emergência vivida pela população local. Nos últimos 15 dias, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, têm aumentado meteoricamente os casos de dengue e malária em Boa Vista em razão das cheias. Hoje, para as pessoas terem acesso a determinados lugares da Capital, só de barco. É o caso da Vila Vintém, que abriga centenas de trabalhadores que vivem exclusivamente da produção de tijolo artesanal e estão impossibilitados de trabalhar. Essas pessoas não recebem qualquer benefício do Governo Federal, vivem apenas de seu trabalho. O Governo Lula, que se diz preocupado com os excluídos e desassistidos, deveria – e é por isso que estou aqui a clamar – olhar para esses roraimenses. Serão encaminhados ofícios à Casa Civil, ao Ministério das Cidades e ao Ministério da Integração Nacional no sentido de disponibilizarem, imediatamente, recursos para ajudar aquelas pessoas e o Estado de Roraima neste momento difícil. Ou será que só há dinheiro para o Rio de Janeiro e Santa Catarina? Não podemos diferenciar nenhum Estado, mas faço um questionamento: será que o meu Estado de Roraima, por estar tão distante e não ter tanto acesso à mídia, vai ficar de fora? Falo em nome da população de Roraima que vive este momento aflitivo e precisa do apoio do Governo Federal. Com a união da bancada federal e de toda a classe política do Estado, acredito que seremos atendidos. No entanto, quero registrar desde já: é importante que o Governo Federal atente para as questões do Brasil – e Roraima é Brasil. Espero que sejamos atendidos, pois a situação por que passa meu querido Estado de Roraima neste momento é difícil, precária e terrível. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado, Sr. Presidente. 21164 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Dando continuidade ao Grande Expediente, concedo a palavra ao DeputadoArnaldo Vianna, do PDT do Rio de Janeiro, que dispõe de até 25 minutos. O SR. ARNALDO VIANNA (PDT-RJ. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todos. Em primeiro lugar, agradeço a Deus, ao Presidente Luiz Couto e à população da minha cidade que está me assistindo por meio da TV Câmara. Mas, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna destacar 3 assuntos importantes. Falarei sobre royalties do petróleo, saúde e combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Estamos sendo testemunhas de gigantesco desastre ambiental causado pelo afundamento de uma plataforma de exploração de petróleo no Golfo do México. A situação é tão grave que especialistas estão prevendo que o vazamento de petróleo é 14 vezes maior que o esperado. E temem que o petróleo esteja vazando num volume de até 2,9 milhões de galões diários. As imagens que se projetam são cruéis: 1.600 quilômetros de águas irreparáveis e praias em risco, pesca prejudicada por várias temporadas, espécies frágeis extintas e uma indústria economicamente arrasada – sim, porque o impacto econômico é tão incerto quanto os danos ambientais. Estima-se um prejuízo de 1,6 bilhão de dólares, aí incluídas as perdas do turismo e da pesca, entre outras. E essa é só a ponta do iceberg. A propósito, lembro que recentemente, discutimos nesta Casa um novo marco regulatório para o sistema de partilha dos royalties do petróleo. Que pena que hoje a Casa não esteja repleta daqueles que defendiam, até de forma truculenta, que se dividissem os royalties pagos àqueles Estados e Municípios que realmente sofrem o dano causado pela exploração petrolífera com os outros entes da Federação que impacto nenhum sofrem. Um incidente com as mesmas características é passível de ocorrer no Brasil, uma vez que o problema se deu devido a uma falha em equipamento usado em todas as perfurações marítimas em águas profundas. Para que possamos estar mais bem preparados para responder a acidentes não só durante a exploração e a produção offshore, mas também no transporte do óleo e no que diz respeito às questões portuárias, algumas medidas devem ser tomadas – primeiramente, um avanço no cumprimento da legislação. A Lei nº 9.966 e sua regulamentação, por exemplo, ainda não são plenamente cumpridas. Em todo o Brasil, DeputadoDomingos Dutra, que ora assume a direção dos trabalhos desta sessão, muitas instalações Maio de 2010 portuárias ainda não possuem o Plano de Emergência Individual – PEI, nenhum Plano de Área foi consolidado até hoje, e o Plano Nacional de Contingência continua a ser discutido. O Plano de Emergência Individual tem como função garantir procedimentos e recursos de resposta local. E, se por um lado, muitas instalações portuárias, estaleiros, clubes e marinas ainda não possuem o PEI; por outro, todas as plataformas de exploração o têm, uma vez que, sem esses documentos, não seria possível obter a licença do IBAMA. Os Planos de Área que teriam por função agrupar os PEIs de uma região, criando uma estrutura regional de resposta, também ainda não existem. E o Plano Nacional de Contingência, que tem como objetivo criar uma estrutura nacional de resposta, definindo responsabilidades e um comando unificado, segue sendo discutido, impossibilitando que o Brasil participe dos planos internacionais de emergência. Mesmo com toda a tecnologia e know-how que a PETROBRAS detém, ainda não estamos livres de um acidente como o do Golfo do México. Essa tragédia está mostrando os riscos a que os municípios produtores estão expostos se isso vier a ocorrer em uma de nossas plataformas. Não destaco somente o desastre ambiental, que é terrível, mas também o impacto econômico e social. E não só o turismo é afetado, mas principalmente as milhares de famílias que dependem da pesca para sobreviver. É por esse e por outros motivos que defendo com unhas e dentes que os royalties continuem a serem pagos da mesma forma como ocorre hoje, fazendo justiça a esses Municípios. Devemos repensar, portanto, essa questão da redistribuição dos royalties, uma vez que estamos entrando em uma nova fase de exploração com a descoberta do pré-sal. Sr. Presidente, entre as diversas obras que pude realizar com os recursos dos royalties quando fui Prefeito da minha cidade, Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro, destaco o Hospital Geral de Guarus, que construí e equipei somente com recursos próprios da Prefeitura. Esse hospital foi projetado com tecnologia para ser referência nacional em vários setores. E, enquanto fui Prefeito, ele funcionou como deveria, mas, agora, para a minha tristeza e para o desespero da população, sobretudo de seus muitos pacientes, também o hospital está morrendo. O descaso com a saúde é o maior já visto em toda a história daquela cidade. Estão acabando com o Hospital Geral de Guarus, que atende a grande parte da população local, que está sofrendo sem conseguir marcar exames, cirurgias e até mesmo simples consultas. Os equipamentos estão quebrados, e há falta Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21165 de medicamentos – e, aí, o Governo Federal precisa estar alerta, pois esses medicamentos fazem parte de um programa nacional em que são utilizados recursos federais. Agora, para piorar, a Prefeitura abre fogo contra os médicos, enfermeiros e acadêmicos de Medicina. E é fácil entender o que está acontecendo, pois a Prefeita tem um professor pós-graduado na arte de perseguir. Matéria publicada no jornal Folha da Manhã, de Campos, informa que acadêmicos do curso de Medicina fizeram um protesto na manhã de terça-feira, dia 4, no Centro da cidade, por causa da resolução assinada pela Prefeita Rosinha Garotinho, no mês passado, que prevê a não realização de atendimentos nas unidades de saúde sem a presença de um médico supervisor, medida que não tem como base as resoluções do Conselho de Medicina e do Ministério da Educação. Os acadêmicos pedem a normatização de sua atividade. Eles não são contrários ao acompanhamento do profissional formado, mas também querem realizar atendimento, claro que sob a observação dos médicos, o que foi proibido com o decreto. Proibido! Estudei Medicina e foi dessa forma que aprendi. Milhares de outros médicos neste País e no mundo afora aprenderam da mesma forma. No Município de Campos, porém, o estado de exceção se instala, e os acadêmicos são proibidos de aprender nos hospitais públicos. Como vamos formar nossos profissionais na área da saúde? E não só os acadêmicos de Medicina, mas também os de Enfermagem, de Assistência Social, de Psicologia e outros. A medida do Governo Municipal foi adotada após denúncia sobre um atendimento médico realizado por um acadêmico – supervisionado por um médico – do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Campos, no Posto de Urgência de Guarus. A Diretora da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, Sra. Giselda Leão, mãe de uma paciente atendida por um universitário, acompanhado de um médico, repito, foi quem, sob orientação da Prefeita Rosinha, se dirigiu à 146ª Delegacia Legal para registrar ocorrência. A Prefeita ainda determinou a abertura de uma sindicância administrativa. O Sindicato dos Médicos reagiu de pronto. Em nota oficial, considerou “covarde e traiçoeira a atitude do Governo Municipal em relação ao fato ocorrido no dia 14 de abril de 2010 com uma médica e um interno no Posto de Urgência de Guarus”. Para melhor entendimento do caso, lei essa nota do Sindicato dos Médicos de Campos dos Goytacazes: O compromisso de campanha do atual Governo com a saúde é um blefe, e parece mais interessado em perseguir a classe médica. E, por isso, o Sindicato dos Médicos exige retratação! A médica e o interno acusados de irregularidades durante o plantão no PU Guarus no dia 14 de abril de 2010 não cometeram nenhum crime! Resoluções e pareceres do CREMERJ, do CFM e Códigos de Ética do Estudante de Medicina esclarecem a questão. Esperamos que a normatização dos estágios de acadêmicos, publicada no Diário Oficial do dia 19 de abril de 2010, evite a repetição de casos semelhantes em que pessoas sérias, de bem e conceituadas sejam injustamente acusadas de crimes que não cometeram, embora não estivessem atuando dentro das normas recém-publicadas e que não existiam por ocasião dos fatos. A saúde no município está um caos! O exemplo mais trágico é o HGG, que não atende às necessidades da população na qualidade de hospital. Até o grupo de Vereadores que apoia o Governo concorda. Cobramos a divulgação de todas as aquisições de materiais e medicamentos para a Rede Pública; licitações e concorrências! Apoiamos a apuração de todas as irregularidades e ilegalidades possíveis na Administração Pública Municipal de Campos. A Categoria está indignada e decepcionada! Os médicos não são bandidos! Médico não é escravo! Médico não é capacho! Ao contrário do que querem fazer crer, os médicos vêm sofrendo, como a população, todas as mazelas de um sistema de saúde que não funciona, devido, principalmente, a omissão e incompetência de políticos populistas, demagogos e corruptos que só pensam em suas próprias necessidades e nunca nas necessidades do povo. Postos de Urgência estão sobrecarregados! A rede ambulatorial não funciona! O Programa de Saúde da Família está parado! As unidades estão sucateadas! Os salários estão baixos! O PCCS não foi implantado! Os médicos estão se demitindo! As condições de trabalho são precárias! Falta segurança nos locais de trabalho! Gastos são realizados sem critério! Queremos justiça! Exigimos respeito”. “O Sindicato dos médicos de Campos considera tal ato medíocre e populista. Se possível fosse, Sr. Presidente, eu assinaria essa nota em conjunto com o Presidente do Sindica- 21166 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS to dos Médicos, porque concordo ipsis litteris com o seu conteúdo. Porém, quero comunicar aos meus colegas de profissão e também aos futuros médicos e enfermeiros que eles não estão sozinhos, pois estarei ao seu lado a todo momento, para combater mais essa covardia que fazem com a saúde. Para tanto, solicitei uma audiência com o Ministro da Saúde, com o objetivo de mostrar a S.Exa. uma radiografia da saúde de Campos e, se for o caso, solicitar uma intervenção urgente. E essa audiência já foi marcada para amanhã pela manhã. Aproveito, então, para agradecer ao Ministério a presteza e a rapidez no atendimento à solicitação. Ouço, com prazer, o Deputado Domingos Dutra. O Sr. Domingos Dutra – DeputadoArnaldo Vianna, obrigado pelo aparte. Quero contribuir com o pronunciamento de V.Exa. de maneira bem breve. Antes, porém, ressalto que o Rio de Janeiro é a cidade mais bonita do Brasil. Portanto, a cidade, o Estado e a população do Rio de Janeiro têm a admiração de todos. V.Exa. tem razão: o acidente no Golfo do México levou a uma reflexão todos aqueles que votaram diferentemente da proposta do Rio em relação aos royalties do pré-sal, inclusive eu. No entanto, os números que V.Exa. apresenta em relação à falência de serviços públicos também nos levam a um questionamento, porque o Rio de Janeiro há muito tempo recebe esses recursos. A descrição feita por V.Exa. da falência do sistema de saúde, do sistema de segurança e do sistema carcerário – eu estive no Rio de Janeiro e vi como o sistema carcerário funciona – leva-nos a uma pergunta: os recursos do petróleo obtidos pelo Rio de Janeiro ao longo dos anos têm servido para quê? Porque os números que V.Exa. descreve são iguais aos números do meu Estado, o Maranhão, onde a saúde está falida e há corrupção de todo tipo, pessoas morrendo à mingua, mulheres morrendo em decorrência de parto. Lá, quando adoecem, as pessoas têm de ir para Teresina, Belém ou Brasília. Portanto, tenho sensibilidade em relação à partilha dos recursos, acho que os Estados produtores têm de ter um cuidado maior por conta dos danos ambientais a que estão expostos. Mas, ao mesmo tempo, fico estarrecido ao ver um Estado que recebe recursos extras há tanto tempo com situação social ainda de muita penúria. Agradeço a V.Exa. a concessão do aparte. O SR. ARNALDO VIANNA – Muito obrigado, Deputado. É muito oportuna a sua observação. O que me permite falar, agora livre daquilo que a Assessoria preparou, de minha experiência. Maio de 2010 V.Exa. se referiu à situação do Rio de Janeiro, mas eu falava – e não gostaria de fazê-lo – do Governo da Sra. Rosinha Garotinho, que administra meu Município sob o comando de seu esposo, que lá não aparece, não conhece as realidades do Município no momento atual, não conhece nem a estrada que liga a sua residência oficial, no Rio de Janeiro, à Prefeitura de Campos, porque só usa helicóptero. Não sabe o que está acontecendo na BR-101 – e a concessão é um outro problema, que também passou por esta Casa. Foi feita uma concessão, e um trecho da BR-101 não acaba nunca. Portanto, eu não me referia ao Estado do Rio de Janeiro, mas ao Município de Campos dos Goytacazes. Infelizmente, a Capital também sofre. Quando V.Exa. fala da insegurança no Rio de Janeiro, devo defender o Governador Sérgio Cabral, que recebeu uma herança maldita dos Governos Anthony Garotinho e esposa – e lógico que se leva tempo para consertar isso. Fui Prefeito por duas vezes da cidade de Campos e a deixei arrumada. Com o sistema de saúde não poderia ser diferente, uma vez que sou médico. O setor saúde ficou totalmente organizado. Mas, em pouco tempo, a esposa do ex-Governador, atual Prefeita de Campos, destruiu o sistema de saúde, porque o casal não gosta da saúde. Posso dizer isso com autoridade, pois fui médico da família dele e me lembro de que ele não respeitava, DeputadosFrancisco Rossi e Domingos Dutra, nem o receituário do médico. Transformava os medicamentos receitados em placebos, utilizando miolo de pão para enganar a própria mãe, dizendo que estava tomando remédio. Para a surpresa de alguns e talvez dele, outro dia encontrei a sua mãe no centro da cidade, e ela me disse: “Ah, Dr. Arnaldo, que saudade! Por que meu filho fez essa covardia? Hoje não vejo mais o senhor na minha casa, não tenho mais o senhor como meu médico”. E eu lhe disse: “Dona Samira, estou à sua disposição. Na hora em que precisar do médico Arnaldo Vianna, estarei pronto para atendê-la em qualquer local.” Isso tudo que relatei só acontece porque o sistema de saúde acabou. Eles acabaram com o sistema de saúde. Não podemos generalizar, dizer que é em todo o Estado do Rio de Janeiro, que sofre em razão de uma herança amaldiçoada, de uma herança maldita, cuja consequência espero ver, em breve, resolvida. Voltando à questão do petróleo, que discutimos muito aqui, o que me chamou atenção agora, caro companheiro Deputado, foi o que aconteceu nesse acidente de proporções tão trágicas. Fico a me perguntar como ficariam as praias do Farol de São Tomé, lá no litoral de Macaé, de Carapebus e de Quissamã Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS se sofressem um dano desses. Como os pescadores, as colônias de pesca, que lutam diuturnamente pela sobrevivência, ficariam se acontecesse um acidente dessa monta? Já votamos a nova sistemática de distribuição dos royalties do petróleo aqui, e isso foi motivo de muita discussão, mas espero que no futuro possamos voltar ao tema. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ainda em relação à saúde, quero relatar o que aconteceu recentemente em uma emissora de rádio em Campos. Um cidadão de nome Anderson, deficiente visual, contou que estava e ainda está sofrendo de catarata, que, segundo suas palavras – não vou usar termos técnicos –, teria “estufado”, provocando fortes dores. Ao chegar ao hospital à procura de socorro, Anderson foi informado de que a única coisa que poderia ser feita por ele seria arrancar o seu olho. É óbvio que ele se recusou a submeter-se a tal atrocidade, que é como eu classifico essa postura do Hospital Ferreira Machado. Afinal, não era por ser deficiente visual que concordaria com essa atitude. Ele foi, então, ao Hospital Geral de Guarus, do qual – pasmem – o atual Diretor é médico oftalmologista. E qual foi a triste surpresa que o Anderson teve? Além de ser mal atendido, foi informado que o equipamento estava quebrado e que a cirurgia de que necessitava não estava sendo realizada. Como o Dr. Otávio Cabral, o Diretor do hospital, um oftalmologista, passa uma informação errada?! Fica difícil classificar, pois, certamente, ele está seguindo orientação do seu líder. É de se lamentar que o Dr. Otávio Cabral, um bom profissional, um bom médico, esteja sendo manipulado politicamente para acabar com a saúde. Esse é apenas um caso, um exemplo daquilo o que todos os dias a população de Campos tem sofrido quando precisa utilizar o sistema de saúde do Município – e não estou criando nenhum fato. Esse assunto tem sido a principal pauta da imprensa da cidade, a Rede Globo local o jornal Folha da Manhã têm acompanhado o quadro de perto e feito matérias sobre o caos em que se encontra a saúde de Campos. Os canais de comunicação via Internet têm crescido muito, e eu quero parabenizar todos os blogueiros de Campos e da região que têm utilizado essa ferramenta para divulgar, informar, esclarecer, criticar, enfim, abrir espaço para que sua opinião seja apresentada. Faço esse destaque, pois, além de todos esses problemas que estão sendo relatados, há outro, também de extrema importância, que vem sendo bastante cobrado na blogsfera e na comunidade como um todo. Refiro-me, caro DeputadoFrancisco Rossi, aos casos de pedofilia em Campos dos Goytacazes ainda não solucionados. Terça-feira 18 21167 Dessa forma, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, entro na última parte deste pronunciamento para falar de assunto delicado e triste: a exploração sexual de crianças. Amanhã, dia 18, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Segundo a Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde, nesta data, na década de 70, Araceli Cabrera Crespo, de 9 anos incompletos, desapareceu da escola onde estudava para nunca mais ser vista com vida. A menina foi estupidamente martirizada. Araceli foi espancada, estuprada, drogada e morta numa orgia de drogas e sexo. Seu corpo, o rosto principalmente, foi desfigurado com ácido. Apenas 6 dias depois do massacre, seu corpo foi encontrado num terreno baldio, próximo ao centro da cidade de Vitória, Espírito Santo. Seu martírio significou tanto, que a data foi transformada no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A propósito, registro que, neste momento, em Campos, a Vereadora Odisséia Carvalho, do Partido dos Trabalhadores, realiza audiência pública em que se discute a criação de uma rede de proteção e combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Apoio firmemente essa iniciativa do Legislativo local e me coloco à disposição para combater mais esse tipo de crime. Quero novamente lembrar ao Senador Magno Malta, Presidente da CPI da Pedofilia, a quem solicitei o acompanhamento do caso – meu pedido está prestes a completar um ano –, que uma rede de pedofilia em Campos foi denunciada, e há provas. Uma pessoa que fazia parte dessa rede foi presa em flagrante. Infelizmente, por qual motivo não fui informado, o Senador Malta não deu a devida importância a esse caso, que é muito grave, pois envolve, além de pedofilia, drogas e homicídios. Segundo informações reproduzidas pela imprensa, estão envolvidos políticos e empresários. Por isso, ouço comentários do tipo: “Isso não vai dar em nada, porque tem gente influente envolvida”. Será? Confio no Senado, confio na Câmara, confio no trabalho do Senador Magno Malta. Tenho certeza de que vamos ter um resultado positivo, sim, não só para o Município de Campos, mas para todo o Brasil. Na última sexta-feira, foi comentado na imprensa que o processo deu um passo. E não vou descansar um minuto sequer até que esses criminosos paguem pelos seus crimes, pois os que sustentavam ou sustentam essa rede estão circulando entre nós e nossos filhos e netos, procurando uma nova vítima. O Sr. Francisco Rossi – Permite-me V.Exa. um aparte, Deputado? O SR. ARNALDO VIANNA – Pois não. 21168 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Sr. Francisco Rossi – DeputadoArnaldo Vianna, quero cumprimentá-lo pelo pronunciamento, especialmente por abordar o desastre ambiental ocorrido no Golfo do México. É muito oportuna a sua reflexão: o que faríamos aqui no Brasil? Mesmo com vultosos investimentos e tecnologia avançada, os Estados Unidos não estão conseguindo resolver o problema. Uma barreira com mais de 300 quilômetros foi estendida para tentar impedir que o óleo chegue à costa dos países que podem ser atingidos pelas consequências desse desastre. Quero, portanto, cumprimentá-lo pelo pronunciamento. V.Exa. foi um grande Prefeito, tanto que o povo de Campos o trouxe a esta Casa. E, Se V.Exa. permitir, gostaria ainda de abordar duas questões de forma rápida para não prejudicar o seu tempo, Deputado. O SR. ARNALDO VIANNA – Não prejudica. V.Exa. enriquece o meu discurso. O Sr. Francisco Rossi – DeputadoArnaldo Vianna, somos da base do Governo e temos ótima convivência. Foi muito boa a minha passagem pelo PDT, quando tivemos oportunidade de nos conhecer. O SR. ARNALDO VIANNA – Inclusive, estive em São Paulo com V.Exa. num momento especial, naquela convenção que contou com a presença do Brizola. O Sr. Francisco Rossi – Que saudade do nosso querido Brizola! Que saudade! Mas, Deputado, eu ficaria extremamente constrangido se eu não declinasse aqui a minha condição de amigo pessoal do casal Garotinho. Sei da sensibilidade e da preocupação que eles têm com o próximo. Também o acompanhei em algumas oportunidades, porque éramos do mesmo partido, no Governo Anthony Garotinho e, posteriormente, no Governo Rosinha Garotinho – e nós nos surpreendemos com as conquistas alcançadas pelos 2 Governos. Quero, então, deixar registrada a amizade e o respeito que tenho por V.Exa. e também fazer essa observação, na condição de amigo e de observador do casal Garotinho. Finalmente, Deputado, ressalto minha admiração pelo Senador Magno Malta. S.Exa. não coloca panos quentes. Tenho certeza, por isso mesmo, de que não vai terminar em pizza essa questão. O SR. ARNALDO VIANNA – Nesse ponto concordo plenamente com V.Exa.: o Senador Magno Malta é um homem de bem e não vai deixar morrer essa questão. O Sr. Francisco Rossi – Ainda que esteja envolvida pessoa com a maior influência possível, tenho certeza de que isso não vai ficar barato. Vamos ver o resultado da ação da CPI da Pedofilia em Campos. No- Maio de 2010 bre DeputadoArnaldo Vianna, mais uma vez, cumprimento V.Exa. pelo pronunciamento em que aborda temas mundiais e municipais de grande amplitude, como o do abuso sexual – e, amanhã, comemoramos o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Parabéns, Deputado! O SR. ARNALDO VIANNA – Obrigado, Deputado. Como disse, concordo plenamente – e já estou encerrando, caro Presidente – com V.Exa. em relação ao trabalho do Senador Magno Malta, em quem também confio. Tenho certeza de que esse caso será solucionado. Lamentavelmente, não vou concordar com o outro ponto. Espero, porém, que V.Exa. não esteja, num futuro próximo, na lista de tantos ex-amigos do Sr. Anthony Garotinho, como Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Arnaldo Vianna, Carlos Alberto Campista, Fernando Leite e muitos outros. Com a arte que tem de fazer examigos, poderia até publicar um livro, porque ninguém consegue ser igual a ele. Encerro meu discurso com uma citação de Edmund Burke: “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada”. Muito obrigado, Sr. Presidente. Fiquem com Deus. Um beijo no coração de todos. E muito obrigado, Grace e Beatriz, que vieram do meu gabinete para ouvir este discurso. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Deputado Arnaldo Vianna, parabenizo V.Exa. pelo pronunciamento em que aborda a questão ambiental, a questão da saúde e a questão do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes vinculada com o tráfico e outros crimes. Tenho certeza de que o Senador Magno Malta vai agir, mas se V.Exa. quiser encaminhar esse processo também para a Comissão de Direitos Humanos, faremos um requerimento de realização de audiência na cidade de Campos para discutir a questão. O SR. ARNALDO VIANNA – Agradeço muito a V.Exa., em meu nome e em nome dos pais de Campos, que estão preocupadíssimos com essa questão. Muito obrigado, Sr. Presidente. Durante o discurso do Sr. Arnaldo Viana, assumem sucessivamente a Presidência os Srs. Domingos Dutra, e Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Apresentação de proposições. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Vai-se passar ao horário de VI – COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES Tem a palavra o primeiro inscrito, DeputadoMarcio Junqueira, de Roraima, pelo Democratas. O SR. MARCIO JUNQUEIRA (DEM-RR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero me juntar ao elogio do DeputadoLuiz Couto, que preside a sessão agora, ao DeputadoArnaldo Vianna, que, sem dúvida nenhuma, fez um pronunciamento que enriquece e mostra as qualidades do político. É como eu sempre digo: existem bons políticos, bons representantes do nosso País. Parabéns, Deputado Arnaldo Vianna! Neste momento, quero também elogiar e reconhecer publicamente o grande trabalho que 2 profissionais, homens brasileiros comprometidos com a justiça, realizaram, estão realizando e, se Deus quiser, vão realizar muitas vezes mais. Refiro-me aos Juízes Dr. Rodrigo Furlan e Dr. Euclydes Calil, que estão à frente do Mutirão Carcerário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça, com o objetivo de reavaliar processos de reeducandos. Fico muito à vontade e contente de poder falar dessa situação hoje, com a presença no plenário do DeputadoDomingos Dutra, do Maranhão, que foi Relator da CPI do Sistema Carcerário, que viu de perto e conseguiu contextualizar, de forma precisa, o sofrimento dos presidiários brasileiros, o sofrimento de seres humanos. Quero também reconhecer o grande trabalho que fez quando esteve à frente dessa relatoria. Não foi diferente o grande trabalho que o Dr. Rodrigo Furlan e o Dr. Euclydes Calil fizeram em Roraima, pois o mutirão da Justiça funcionou, sim. Só para V.Exas. terem uma ideia, dos 1.200 presos, que é a nossa população carcerária hoje, quase 25% foram ouvidos e tiveram os seus direitos reconhecidos. E a importância do mutirão da Justiça existe quando aquele que está amordaçado, que está sem voz, que está sem condição de reclamar consegue a sua liberdade. Nós, que conhecemos a vida difícil de um presidiário, sabemos o quanto é importante a liberdade de poder voltar para o seio da sua família, de poder voltar para o convívio dos amigos, de poder alimentar-se, tomar banho, ir de um lugar a outro no momento que quer. Liberdade não tem preço. Talvez o Dr. Rodrigo Furlan e o Dr. Euclydes Calil não consigam conceber o bem que prestaram a esses 250 seres humanos que obtiveram a sua liberdade graças a essa iniciativa, a essa disposição. Nesta tarde, eu não poderia deixar de reconhecer, em nome do Congresso Nacional, por que não dizer, Terça-feira 18 21169 e em nome da população de Roraima, o trabalho desses 2 profissionais. Portanto, muito obrigado ao Dr. Rodrigo Furlan e ao Dr. Euclydes Calil, em nome da população de Roraima. Mas ainda quero enaltecer que eles se preocuparam não só com a questão do reeducando, do presidiário, mas também com o acompanhamento das famílias, que cumprem pena junto com seu ente querido. Quando nós vemos uma condenação a um determinado cidadão ou cidadã, naquele momento a família também está sendo condenada. A família vai ter que conviver com o estigma, vai ter que conviver com as dificuldades. E no meu Estado são tantas! Faço, então, um alerta à Secretaria Nacional de Justiça, no intuito de nós conseguirmos transporte, tendo em vista que não temos uma linha exclusiva para as visitas à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, ao lado de Boa Vista. Não há também linha que vá a um presídio que fica a 400 quilômetros de distância de Boa Vista, em São Luiz do Anauá. As famílias estão totalmente impossibilitadas de assistir, de visitar, de ver como está seu ente querido, que, por um desvio, por um momento de dificuldade, passa pela privação da liberdade. O mutirão da Justiça, em Roraima, na pessoa do Dr. Rodrigo, do Dr. Euclydes e, quero reconhecer também, da Dra. Graciete, por meio da Cooperativa Vida Nova, que está sendo criada – desde já, quero dizer que ela tem meu apoio e também, tenho certeza, da classe política roraimense, dos políticos de bom senso –, visa dar um acompanhamento mais amplo, que ultrapasse os muros de uma penitenciária, que vá ate à casa do cidadão, da cidadã, da mãe, do pai, para conviver, para dividir o sofrimento, a fim de minimizar a agonia, a dor que é a privação da liberdade. Portanto, eu também quero reconhecer essa parceria. Tudo isso só é possível graças ao empenho do Sistema S – SESC, SENAI, SENAT, da CNC, da CNI, da CNA, da FECOMERCIO, na pessoa do Sr. Airton Dias, enfim, de todo esse conjunto. O Dr. Ricardo Matos mesmo é uma pessoa cujo coração não conseguimos mensurar. Embora seja uma pessoa anônima, ao mesmo tempo, é universal, é amplo como ser humano. Na tarde de hoje, quero dirigir estas palavras de elogio às pessoas que nos fazem acreditar de fato na Justiça e, acima de tudo, no senso humanitário, na fé, na presença divina. Mais uma vez, cito o nome do Dr. Ricardo Matos, que engloba tudo isso. Estou muito orgulhoso de poder, nesta tarde, tecer esses comentários e dizer, mais uma vez, que são com pessoas como essas que iremos construir 21170 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS uma sociedade mais justa, mais fraterna e, principalmente, mais livre. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Domingos Dutra) – Obrigado, DeputadoMarcio Junqueira. O tema que V.Exa. aborda é de caráter nacional e interessa a todo o povo brasileiro. A segurança pública brasileira não terá solução se não houver um tratamento legal no nosso sistema carcerário. Fico satisfeito com seu pronunciamento e me coloco à disposição para ir a Boa Vista entregar o relatório que fizemos na CPI. É importante envolvermos todos nesse debate sobre segurança pública. Durante o discurso do Sr. Márcio Junqueira, o Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Domingos Dutra, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Domingos Dutra) – Dando continuidade às Comunicações Parlamentares, concedo a palavra ao DeputadoLuiz Couto, pelo PT. O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a revista IstoÉ desta semana traz longa matéria com o seguinte título: “A tropa está fora de controle? Por que a PM paulista assassinou dois jovens motoboys, inocentes, e mata cada vez mais civis em confrontos.” Sr. Presidente, essa situação demonstra que o Estado de São Paulo tem sido uma referência com relação a mortes de civis. Em 2009, a Polícia Militar matou 33,7% civis a mais do que em 2008. O ex-Governador de São Paulo e hoje pré-candidato à Presidência da República, José Serra, diz que a segurança funcionava a mil maravilhas no Estado e que pretende criar o Ministério da Segurança Pública e uma guarda nacional para fiscalizar as fronteiras do País. Tudo isso se mostra uma grande balela, uma promessa fantasiosa. Não conseguem sequer no seu Estado, onde o PSDB governa há muito, realizar essa segurança, segundo falam, de qualidade. O que nós verificamos, Sr. Presidente, é que o histórico revela o contrário. Em março de 1997, 10 policiais do 24º Batalhão da Polícia Militar de Diadema torturaram moradores que passavam pela rua da Favela Naval. Um dos moradores daquela época, Mário Josino, de 29 anos, foi assassinado por um tiro de um soldado conhecido por Rambo, que tem várias denúncias de envolvimento com práticas criminosas. Lá começa esse raio da violência praticada por policiais militares em São Paulo. Em fevereiro de 2004, o dentista Flávio Santana, de 28 anos, negro, confundido com um ladrão, foi morto a tiros por 6 policiais. E o mais grave é que, nessa Maio de 2010 época, tentaram forjar um testemunho ao colocarem uma pessoa para dizer que o Flávio teria cometido um assalto. Matam e depois desqualificam, dizendo: “Matamos porque ele estava assaltando outra pessoa”. Mais uma postura de violência. Em dezembro de 2007, o adolescente Carlos Rodrigues Júnior, de 15 anos, foi torturado até a morte no Município de Bauru. Seis policiais estavam envolvidos nessa prática criminosa. Mataram com tortura de descarga elétrica. O laudo pericial revelou 30 lesões provocadas por descarga elétrica, a prática da tortura que leva até a morte. Em janeiro de 2008, o Coronel José Hermínio Rodrigues, que combatia a corrupção, que combatia o pagamento de propina por parte de narcotraficantes para policiais corruptos, foi executado, foi eliminado por esses policiais, é claro, para permitir que eles ficassem livres. Em outubro de 2008, 24 pessoas foram feridas num confronto entre policiais civis e militares, naquela época em que os policiais civis lutavam por salário em frente ao Palácio dos Bandeirantes. Até lá a violência acontecia, e não apenas nas periferias. Também as greves e as paralisações eram enfrentadas com violência. Em junho de 2009, PMs entraram em choque com estudantes, funcionários e professores da USP, que foi invadida, e 10 pessoas saíram feridas. Em março de 2010, além do uso do cassetete, a PM de São Paulo usou spray de pimenta, bombas de efeito moral e balas de borracha contra professores estaduais. Saíram 20 feridos, também próximo ao Palácio dos Bandeirantes, mostrando que ali também havia violência contra um movimento popular. Movimento de greve, movimento de professores, esses são sempre tratados com muita violência. Então, não é mais uma interrogação, se está fora de controle. De fato, há um descontrole total diante do que aconteceu. Agora, em maio de 2010, o que verificamos? Dois motoboys foram espancados e mortos de forma brutal e selvagem. Torturaram e mataram um rapaz que vinha do trabalho. Ele havia comprado uma moto, mas não conseguiu emplacá-la porque ainda não tinha recursos para isso. Foi espancado no Dia das Mães. Sua mãe presenciou seu filho ser barbaramente assassinado. Vejam como acontece. Em 2000, 524 civis foram executados; em 2001, 385; em 2002, 541; em 2003, 868; em 2004, 623; em 2005, 297; em 2006, 510; em 2007, 391; em 2008, 392; em 2009, 524. Nos mesmos anos, para cada policial assassinado, temos a seguinte proporção de pessoas consideradas suspeitas que Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS foram mortas: 33, 40, 42, 19, 25, 22, 29, 28, 19 e 16 policiais foram mortos. Os policiais devem, sim, ter um tratamento humano, mas se percebe que dentro da corporação existem aqueles que se desviaram e que estão, muitas vezes, a serviço do crime ou usam da violência e da tortura. Essa é mais uma prova de que não é realidade aquela propaganda de que a Polícia Militar de São Paulo trata todos com muito respeito. Terça-feira 18 21171 Agora vem a pergunta: será que a tropa da Polícia Militar de São Paulo está fora de controle? Ou será que essa Polícia precisa cada vez mais ser capacitada para tratar o cidadão e a cidadã com respeito, e não com violência, tortura e execução? Sr. Presidente, gostaria que a matéria da revista IstoÉ fosse registrada nos Anais da Casa. MATÉRIA A QUE SE REFERE O ORADOR 21172 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21173 21174 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21175 21176 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Durante o discurso do Sr. Luiz Couto, o Sr. Domingos Dutra, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pela Sra. Fátima Bezerra, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. A SRA. PRESIDENTA (Fátima Bezerra) – Concedo a palavra pela ordem ao companheiro Deputado Domingos Dutra. O SR. DOMINGOS DUTRA (PT-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Boa tarde, Sra. Presidenta, DeputadaFátima Bezerra, Sras. e Srs. Deputados, galerias que nos assistem, senhores que nos acompanham pela Internet e aqueles que nos acompanham pela TV Câmara, como o Deputado Estadual Mauro Jorge, o Alfredo e o Everaldo, que estão nos assistindo em Lago da Pedra. DeputadaFátima Bezerra, 3ª Vice-Presidente do PT Nacional, é muito oportuno V.Exa. estar na Presidência da Casa neste momento. No Maranhão está acontecendo algo inusitado: o diretório estadual promoveu o encontro para definição do candidato do PT ao Governo do Estado. O encontro foi no dia 27 de março. Havia 2 propostas: uma, a coligação PT, PSB e PCdoB, com o DeputadoFlávio Dino candidato a Governador; outra apenas com o nome dos partidos, porque não tiveram coragem de falar o nome da candidata, que era Roseana Sarney. O Presidente do PT, José Eduardo Dutra, esteve na véspera em São Luís e pediu a todos os grupos que fizessem um encontro civilizado, sem violência, para que não houvesse nenhum respingo na candidatura da companheira Dilma Rousseff. No dia do encontro, 27, o companheiro Paulo Frateschi, Secretário Nacional de Organização do PT, acompanhou o encontro. Tínhamos 81 votos. Aqueles que queriam o apoio a Sarney tinham 94. Portanto, eles consideravam que a vitória já estava garantida. Feito o debate, quando abriram as urnas, os 81 votos subiram para 87 e os 94 desceram para 85. Ganhamos no encontro. A partir de então, começou uma luta do Senador José Sarney para desmanchar o resultado do encontro. Primeiro, pediram intervenção. Não houve respaldo. Segundo, pediram anulação do encontro. Também não deu certo. Terceiro, pressionaram o PCdoB para tirar a candidatura do DeputadoFlávio Dino. Não deu certo. Quarto, insinuaram que no encontro marcado para o dia 22 deste mês eles iriam anular o encontro passado. Também não deu certo, porque haveria confusão. Ontem, o CNB – Construindo um novo Brasil do Estado do Maranhão criou uma novidade: fizeram um encontro num hotel; colheram assinaturas de qualquer jeito dos delegados; produziram um abaixo-assinado; chamaram a Governadora Roseana e lhe entregaram uma camiseta, DeputadoPedro Wilson, com uma faixa dizendo “PT e PMDB para vencer no Maranhão e no Terça-feira 18 21177 Brasil”. A camiseta não coube na Governadora porque não lhe perguntaram o número que veste e, tão incompetentes, lhe entregaram um número menor. A Governadora não a vestiu. O fundamental é que fizeram um abaixo‑assinado. Querem suspender um encontro convocado para escolher os DeputadosEstaduais e Federais, o ViceGovernador, o Senador e os 2 suplentes. Hoje, veio uma muvuca para cá. Vieram 10 a Brasília – com certeza, boa parte está usando dinheiro público – para entregar o abaixo-assinado ao Presidente José Eduardo Dutra, suponho. É uma vergonha! Existe a decisão de um encontro. DeputadoPedro Wilson, V.Exa. sabe que o encontro é a instância soberana. Enquanto não desmanchar essa decisão, eles não podem fazer o que estão fazendo. Estão envergonhando o PT! Estão constrangendo a Direção Nacional e o Presidente Lula! O mais grave: eles têm pegado assinaturas de qualquer jeito. Estou aqui com declaração de 3 delegados: Maria de Lourdes, de Buriti; Manuel Silva Araújo, de Bacabal; e Marcelo Souza Belford. Os 3 desautorizam a inclusão de seus nomes em qualquer abaixo-assinado que estão trazendo para a Direção Nacional do PT. DeputadaFátima Bezerra, V.Exa. é membro da Direção Nacional! O que o CNB está fazendo no Maranhão é vergonhoso, está constrangendo o Presidente Lula. O jornal O Globo divulgou, na sexta-feira, que o Senador Sarney e a Governadora Roseana estiveram com o Presidente Lula para que S.Exa. faça uma intervenção no PT do Maranhão. Agora esses companheiros do CNB estão envergonhando e constrangendo a Direção Nacional com esse abaixo-assinado, dizendo que não vai haver encontro no final de semana. Portanto, registro o nome dos 3 delegados – Belford, Manuel e Maria de Lourdes – que desautorizam serem incluídos em abaixo-assinado. Na sexta-feira, vamos realizar um grande ato em São Luís para lavar a camisa do PT com creolina e sabão em pó, para tirar a catinga de Roseana Sarney. Muito obrigado. Durante o discurso do Sr. Domingos Dutra, a Sra. Fátima Bezerra, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Para uma breve comunicação, concedo a palavra pela ordem à Deputada Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte. S.Exa. dispõe de até 3 minutos. A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT-RN. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, inicio nosso pronunciamento dizendo da nossa alegria com o resultado das 2 pesquisas divulgadas neste final de semana, da Vox Populi e do CNT/Census, ambas apon- 21178 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tando o crescimento da candidatura da Ministra Dilma. E a campanha ainda não começou! O Presidente Lula não começou ainda a fazer campanha. Na verdade, DeputadoLuiz Couto, não adianta o candidato tucano, Ministro do Governo anterior, José Serra, de repente, ir ao Nordeste, a Pernambuco, dizer que o Presidente Lula está acima do bem e do mal, querer posar de defensor do Presidente Lula. Não adianta! A população tem sabedoria suficiente para separar o joio do trigo. A população brasileira, satisfeita que está com o bom Governo que o Presidente Lula vem fazendo, está enxergando claramente que, para dar continuidade e avançar, a candidatura legítima e que melhor simboliza o Governo é a de Dilma. Parabéns, Ministra Dilma! Quero dizer a ela que, ainda nesta sexta-feira, em Natal, Deputado Luiz Couto, dando continuidade ao movimento suprapartidário, ao Comitê Pró-Dilma no Estado, realizamos mais uma importante iniciativa. Desta vez, os Prefeitos estão dizendo “sim” para a Ministra Dilma, no Rio Grande do Norte. Esperamos inclusive que, daqui para 13 de junho, na convenção que vai oficializá-la candidata do PT, de Lula e dos partidos aliados, a Ministra vá a Natal, ao Rio Grande do Norte. Todos estamos entusiasmados, ansiosos para recebê-la ainda na condição de pré-candidata. O Presidente do partido, José Eduardo Dutra, já assumiu esse compromisso e já está tratando da agenda da Ministra no Rio Grande do Norte. Quero também, rapidamente, dizer da nossa expectativa para esta semana, de intensa mobilização social e política no Congresso Nacional. Falo, Deputado Luiz Couto, por exemplo, dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias. Caravanas de todos os Estados vão vir a Brasília. É a marcha nacional pela regulamentação do piso salarial e do plano de carreira. Amanhã à tarde, na condição de Relatora, junto com os demais Parlamentares que formam a Comissão Especial que está analisando a regulamentação da Emenda Constitucional nº 63, de 2010, vamos ter audiência pública. Esperamos dar mais um passo para consolidar essa conquista tão importante para os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias, com a regulamentação do piso salarial e do plano de carreira. Daqui para quarta-feira, vamos ser recebidos pelo Ministro Padilha, ocasião em que reivindicaremos ao Presidente Lula que envie a esta Casa um projeto de lei para regulamentar a emenda que trata do piso salarial e do plano de carreira. Quero também, Sr. Presidente, falar da 1ª Marcha Nacional contra a Homofobia. Há muita movimentação em Brasília. Amanhã, vai começar o seminário que vai ser promovido pela nossa Casa, que temos realizado Maio de 2010 desde 2004. A temática é a situação dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Brasil. Vou participar dele também, que, na Comissão de Legislação Participativa, partiu de iniciativa do nosso mandato. Foi iniciativa da Comissão de Legislação Participativa, da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e da Comissão de Educação e Cultura. Esse é mais um momento importante na luta pela afirmação da cidadania da comunidade LGBT. Registro ainda a marcha pela aprovação da PEC nº 300, de 2008, que trata do piso salarial dos bombeiros e policiais militares e civis. Grande movimentação vai haver em Brasília. Do Rio Grande do Norte está chegando uma caravana. Esse é mais um momento para avançarmos no alcance de um piso salarial digno para os bombeiros e policiais militares e civis. Finalmente, e não menos importante, é a marcha dos Prefeitos. Prefeitos e Prefeitas de todo o País vão estar aqui, mais uma vez, lutando em defesa dos seus municípios. Esta vai ser uma semana, repito, de muita mobilização social e política, que vai contar com o envolvimento e apoio da bancada do Partido dos Trabalhadores. A hora é de avançar! Era o que tinha a dizer. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Para uma Comunicação Parlamentar, acrescida do tempo para Comunicação de Liderança, pelo PTB, concedo a palavra ao DeputadoPaes Landim. S.Exa. dispõe de até 13 minutos. O SR. PAES LANDIM (PTB-PI e como Líder. Pronuncia o seguinte discurso) DISCURSO DO SR. DEPUTADO PAES LANDIM QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Tem a palavra pela ordem o Sr. Deputado Pedro Wilson. S.Exa. dispõe de até 5 minutos. O SR. PEDRO WILSON (PT-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Luiz Couto, DeputadoPaes Landim, DeputadoEdinho Bez, servidores da Casa, nesta segunda-feira, a luta continua por democracia e cidadania. O Brasil de Lula na Rússia, na Turquia, no Irã. A paz é possível. Veja bem, Sr. Presidente, os jornais, a televisão, toda a mídia global já anunciava o grande fracasso, e ainda tenta fazê-lo, porque não foram atendidos os grupos militaristas dos Estados Unidos, de Israel e mesmo da Europa. Com o diálogo é possível, com a democracia é possível, com responsabilidade política mundial é possível. O Presidente Lula, o Presidente do Irã e da Turquia chegaram ao diálogo, ao invés de haver um enfrentamento quanto à questão da energia nuclear, Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS o que queremos sempre, pois o Brasil aderiu ao pacto para fins pacíficos. Por isso, a saudação ao Presidente Lula, ao Ministro Celso Amorim, ao Governo brasileiro, que quer o diálogo, quer resolver as questões pelo diálogo. Isso poderia ter sido feito anteriormente com a questão do Iraque, mas a mentira do Presidente Bush, a mentira do Vice-Presidente Cheney, a mentira do Pentágono colocou o mundo diante de uma guerra em que morrem milhares de americanos, milhares de iraquianos e a paz ficou por um fio. O diálogo do Presidente Lula, com sua simplicidade, não tem força no mundo, mas foi um ato de coragem que marcou um tento. Deslocou o eixo do diálogo pela paz mundial de um país hegemônico como os Estados Unidos para um país emergente como o Brasil. Traz a possibilidade de renovação da ONU e de seus organismos. Porém, o Brasil não manteve o diálogo com o Irã e a Turquia para ter um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Brasil seguiu esse caminho por uma posição política. Somos aliados ao mundo ocidental, mas queremos um diálogo maior com China, Índia e África do Sul. E por que não com o Irã? Por que não com os países do Oriente Médio? O Presidente Lula, neste momento, deixa o Irã após um esforço inaudito, mostrando que com sinceridade – conversou com Obama, conversou com a Hillary aqui no Brasil, conversou com o Presidente da Rússia – foi possível chegar a um diálogo, em vez de um enfrentamento. Precisamos de recursos humanos, dinheiro e energia para gerar no Brasil não a guerra, mas a paz com justiça. O Presidente Lula chega hoje a Madri para a cúpula dos países latinos das Américas e da Europa para buscar junto com o Presidente Zapatero, da querida Espanha, uma economia, uma política solidária. A própria Espanha vive momentos difíceis. Momento mais difícil ainda vive a Grécia, berço da civilização ocidental, e Portugal, com quem temos laços históricos. O Presidente Lula continua participando das negociações. Há críticas de que o Presidente Lula viaja muito. Temos um grande Vice‑Presidente, José Alencar, e somos um grande país que caminha, independentemente de o Lula estar ou não aqui. Quem deveria estar aqui, e está, é a ex‑Ministra Dilma, fazendo sua campanha para continuar o projeto do Presidente Lula no Brasil e no exterior. Por isso, esperamos que o Presidente Lula, o Presidente Zapatero e todos os Presidentes da América Latina e da Europa latina – Portugal, Itália, Espanha, França, Romênia – possam construir uma paz e uma integração do Mercado Comum Europeu com o MERCOSUL. Não queremos dividir, cada um com a Terça-feira 18 21179 sua parte, para ficar somente nos acordos bilaterais, o que acaba prejudicando uma busca maior. Sr. Presidente, permita-me falar sobre a importância da XIII Marcha dos Prefeitos a Brasília. Esta semana, todos os Prefeitos do Brasil, mais uma vez, serão recebidos pelo Presidente Lula, pelo Ministro Padilha e pelo Comitê de Articulação Federativa. A nossa saudação a todos os Prefeitos brasileiros, especialmente os Prefeitos de Goiás, como Paulo Garcia e Antônio Gomide e o ex-Prefeito Iris Rezende, que vêm a Brasília discutir pontos importantes, como a busca de mais recursos para os municípios. Não poderia deixar de falar da pesquisa da Vox Populi divulgada na sexta‑feira. Os jornais, no sábado e no domingo, não tiveram a coragem de publicá‑la, tiveram medo: “Será que essa pesquisa é verdadeira?” Eles esperavam que os eleitores do grande DeputadoCiro Gomes caminhassem em outra direção. Mas o que se viu é que o Nordeste está reafirmando a liderança do Presidente Lula, assim como Minas Gerais, que se sentiu frustrada porque o PSDB não teve a coragem de escolher como candidato à Presidência o Governador Aécio Neves. Então, lá também vencerá a mineira Dilma Rousseff. Com a ajuda de Minas, do Nordeste e de outros grandes Estados do Brasil, Dilma lidera em 2 pesquisas. Mas pesquisa varia de acordo com o momento. Vamos continuar fazendo a nossa campanha. Dilma navega na aceitação popular. Dilma para Presidente! Michel Temer para Vice-Presidente! A luta continua pelo progresso no Brasil! Amanhã, Sr. Presidente, infelizmente, não estarei em Hidrolândia. A cidade das águas, perto de Goiânia, vai conceder título de cidadania a Pedro Wilson e Iris Rezende. É a luta política do reconhecimento. Aliás, parabenizo o Vereador Derlei, Iranilde, José Antônio e todas as lideranças de Hidrolândia por esse título ao ex-Prefeito e ex‑Governador Iris Rezende, que vai ser o nosso candidato a Governador nas próximas eleições. Também destaco que realizamos um encontro com mil agentes de saúde em Goiânia, na luta pelo piso salarial e pela profissão. A luta continua, para que todos os profissionais de saúde e agentes comunitários de combate a endemias possam ter o seu plano de carreira e o piso salarial. A ilustre Deputada Fátima Bezerra é a Relatora, o Deputado Geraldo Resende é o Presidente e o Deputado Maurício Rands é o Vice-Presidente da Comissão que trata da questão do piso salarial para esses trabalhadores. Saúdo, neste mês de maio, os enfermeiros, assistentes sociais, médicos e psicólogos na luta pela saúde mental e contra a internação de doentes mentais, que são tratados como pessoas que não têm direito a melhores condições de vida. Hoje há uma nova 21180 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS política adotada pelo Presidente Lula e pelo Ministro Temporão. E mais, Sr. Presidente, informo que o PT de Goiás se reuniu e reafirmou a luta da aliança política para fortalecer a eleição de Dilma e, em Goiás, a de Iris Rezende. Por fim, o Brasil caminha e Lula lidera os brasileiros no esforço mundial pela paz e pela integração social, política e econômica, o que fortalece o diálogo e a paz. Por isso, a nossa saudação. Vida digna para todos nós! Sr. Presidente, peço a transcrição, na íntegra, de artigo intitulado A social‑democracia neoliberal, publi- Maio de 2010 cado ontem no Correio Braziliense, em que o grande sociólogo Emir Sader mostra e desnuda a política neoliberal da chamada social‑democracia do PSDB. Certamente, depois das eleições, o PSDB vai unir-se ao DEM para formar uma frente de centro-direita para se opor ao projeto de desenvolvimento econômico que PT, PMDB, PDT, PR, PCdoB e outros partidos vão construindo pela democracia no Brasil. Muito obrigado. ARTIGO A QUE SE REFERE O ORADOR Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21181 21182 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Para uma breve comunicação, concedo a palavra pela ordem ao último orador, DeputadoEdinho Bez, do PMDB de Santa Catarina. O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, caros colegas Parlamentares, antes de me manifestar, quero cumprimentar o nobre Deputado e amigo Pedro Wilson pela homenagem que receberá amanhã em Goiás. Parabéns! Sr. Presidente, na qualidade de membro efetivo da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, tive a honra de presidir, na última semana, no Auditório Nereu Ramos, em Brasília, o Seminário Educação Física Escolar Especial, a Inclusiva e as Paraolímpicas. O debate tomou todo o dia e, ao final, avançamos muito sobre esportes para pessoas com deficiências. O evento, promovido pela Comissão de Turismo e Desporto, discutiu as estratégias para incluir a prática desportiva entre as atividades dos alunos com deficiência especial. O Presidente do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, Jorge Steinhilber, e o Presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Andrew Parsons, foram alguns dos palestrantes do dia. O debate sobre o tema é extremamente importante, pois a prática de esportes entre pessoas com deficiência é um processo de reabilitação mundialmente conhecido. Para isso, elas necessitam, desde cedo e de preferência no próprio ambiente escolar, de espaço físico adaptado e específico para os treinamentos, além de profissionais capacitados. Os profissionais de Educação Física são os agentes capacitados para orientar e trabalhar o físico e a mente das nossas crianças. Sabedor disso, o sistema CONFEF/CREFs instituiu o Biênio de Educação Física Escolar 2009/2010. Essa iniciativa coloca em destaque o profissional formado e registrado, pois é ele quem deve estar à frente das aulas de educação física nas escolas. O sistema terá muito trabalho pela frente. O sucesso dessa empreitada depende muito do empenho e da participação de todos os profissionais. É importante que o professor de Educação Física encampe esse projeto e divulgue a sua importância, para que a sociedade tenha melhor qualidade de vida e possa se desenvolver, física e mentalmente, de forma equilibrada e saudável. Faço este pronunciamento com o objetivo de conscientizar a sociedade brasileira e, em especial, os nossos governantes – Prefeitos, Governadores e Terça-feira 18 21183 Governo Federal –, sobre a importância deste relevante tema. Era o que tinha dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Obrigado, DeputadoEdinho Bez. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Sr. DeputadoMauro Benevides, pelo Bloco Parlamentar PMDB/PTC. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB-CE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a imprensa internacional vem oferecendo ampla cobertura à árdua e desafiante missão que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dispõe a cumprir no Irã, na questão da política nuclear, buscando uma descontração no clima tenso que se constata no Ocidente, sem que nenhuma gestão empreendida pela Organização das Nações Unidas haja logrado êxito, o que motiva natural apreensão entre os demais países do mundo. Embora a descrença tenha preponderado até agora, com manifestação explícita, nesse sentido, da Secretaria de Estado norte-americana Hillary Clinton, o nosso Primeiro Mandatário vem-se mantendo confiante em que encontrará, com a sua hábil e oportuna mediação, uma abertura para o diálogo construtivo, capaz de reduzir a tensão até aqui existente em todos os continentes. Cansando de esperar por solução que não chega, sob esperanças de alguns e ceticismos de muitos, ele prossegue no seu afã pacifista, o que lhe tem valido uma dimensão de realce entre grandes e tradicionais lideranças. Nas gestões preliminares, o debate se estabeleceu como marco de uma diplomacia audaciosa, assistida pelo Ministro Celso Amorim, o qual, de pronto, partiu para uma ação precursora, fixando os parâmetros das primeiras conversações, ora conduzidas pela corajosa postura do Chefe do Executivo brasileiro. As atenções voltaram-se, portanto, para o trabalho que, ao seu estilo, Lula da Silva decidiu levar a cabo, arrostando, inevitavelmente, com a desconfiança generalizada, em face de uma radicalização até agora mantida, com inflexibilidade, pelo Irã. Para o Diretor da revista Newsweek, Farreed Zakaria, também apresentador da Rede CBN, o nosso dirigente maior “é um político maquiavélico”, ora despontando no cenário internacional e se tornando interlocutor em discussões de interesse vital para a humanidade. Qualquer que seja o resultado da tarefa a que se tem dedicado, com visível desejo de contribuir para a paz mundial, é inquestionável que o Brasil, com ru- 21184 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mos econômicos, políticos e democráticos consolidados, assuma uma postura irreversível de destaque, o que deve ser motivo de orgulho para todos os nossos compatrícios, daí este breve registro, para posicionar o Parlamento nesse episódio de transcendência incontestável. Nas próximas horas, o comunicado formal será divulgado, para tranquilizar as demais nações. Era o que tinha a dizer. VII – ENCERRAMENTO O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto.) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lembrando que amanhã, terça-feira, dia 18 de maio, às 10h, haverá sessão solene em homenagem à Música Popular Brasileira. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Encerro a sessão, designando para amanhã, terça-feira, dia 18 de maio, às 14h, a seguinte ORDEM DO DIA URGÊNCIA (Art. 62, § 6º da Constituição Federal) DISCUSSÃO 1 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 472-D, DE 2009 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, das Emendas do Senado Federal ao Projeto de Lei de Conversão nº 1, de 2010 (Medida Provisória nº 472-C, de 2009), que institui o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste – REPENEC; cria o Programa Um Computador por Aluno – PROUCA e institui o Regime Especial de Aquisição de Computadores para uso Educacional – RECOMPE; prorroga benefícios fiscais; constitui fonte de recursos adicional aos agentes financeiros do Fundo da Marinha Mercante – FMM para financiamentos de projetos aprovados pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante – CDFMM; institui o Regime Especial para a Indústria Aeronáutica Brasileira – RETAERO; dispõe sobre a Letra Financeira e o Certificado de Operações Estruturadas; ajusta o Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV; altera as Leis nº s 11.948, de 16 de junho de 2009, Maio de 2010 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387,de 30 de dezembrode 1991, 11.196, de 21 de novembro de 2005, 10.865, de 30 de abril de 2004, 11.484, de 31 de maio de 2007, 11.488, de 15 de junho de 2007, 9.718, de 27 de novembro de 1998, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e 11.977, de 7 de junho de 2009; revoga dispositivos das Leis nº s 7.944, de 20 de dezembro de 1989, 8.003, de 14 de março de 1990, 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 10.829, de 23 de dezembro de 2003, 5.025, de 10 de junho de 1966, e 6.704, de 26 de outubro de 1979; e dá outras providências. Pendente de parecer. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 08/02/2010 PRAZO NA CÂMARA: 22/02/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 12/03/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 25/05/2010. 2 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 476, DE 2009 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida provisória nº 476, de 2009, que dispõe sobre a concessão de crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI na aquisição de resíduos sólidos por estabelecimento industrial para utilização como matérias-primas ou produtos intermediários na fabricação de seus produtos, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 16, 17 e 20, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados(Questão de Ordem nº 478/2009). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 15/02/2010 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2010 3 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 478, DE 2009 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida provisória nº 478, de 2009, que dispõe Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sobre a extinção da Apólice do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH, altera a legislação tributária relativamente às regras de preços de transferência, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 39, 40 e 41, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados(Questão de Ordem nº 478/2009). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 15/02/2010 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2010 4 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 479, DE 2009 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida provisória nº 479, de 2009, que dispõe sobre o prazo para formalizar a opção para integrar o Plano de Carreiras e Cargos de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública, de que trata o art. 28-A da Lei nº 11.355, de 19 de outubro de 2006; a Gratificação de Qualificação – GQ, de que tratam as Leis nºs 11.355, de 2006, e 11.907, de 2 de fevereiro de 2009; as tabelas da Gratificação de Desempenho de Atividade de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública – GDACTSP, de que trata a Lei nº 11.355, de 2006; o Plano de Carreiras e Cargos do IPEA, de que trata a Lei nº 11.890, de 24 de dezembro de 2008; a Carreira de Perito Médico Previdenciário e a Carreira de Supervisor Médico-Pericial, de que trata a Lei nº 11.907, de 2009; as Carreiras da Área Penitenciária Federal, de que trata a Lei nº 11.907, de 2009; a integração ao Plano Especial de Cargos do Ministério da Fazenda – PECFAZ, de que trata a Lei nº 11.907, de 2009, de cargos vagos redistribuídos para o Quadro de Pessoal do Ministério da Fazenda; os Cargos em Exercício das Atividades de Combate e Controle de Endemias; a Gratificação Específica de Produção de Radioisótopos e Radiofármacos – GEPR, de que trata a Lei nº 11.907, de 2009; a transposição de cargos do PGPE, Terça-feira 18 21185 de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006, para o Plano de Carreiras e Cargos do Hospital das Forças Armadas – PCCHFA; o enquadramento dos servidores titulares dos cargos de provimento efetivo de Professor do Ensino Básico Federal e de Professor do Ensino Básico Federal dos ex-Territórios na Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, de que trata a Lei nº 11.784, de 22 de setembro de 2008; a tabela de valores da Gratificação de Apoio à Execução da Política Indigenista – GAPIN, de que trata a Lei nº 11.907, de 2009; a tabela de valor do ponto da Gratificação de Desempenho de Atividades Administrativas do DNPM – GDADNPM, e da Gratificação de Desempenho de Atividades Administrativas do Plano Especial de Cargos do DNPM – GDAPDNPM, de que trata a Lei nº 11.046, de 27 de dezembro de 2004; a Carreira do Seguro Social, de que trata a Lei nº 10.855, de 1º de abril de 2004; a possibilidade da aplicação do instituto da redistribuição de servidores para a Suframa e para a Embratur; a Gratificação Temporária das Unidades dos Sistemas Estruturadores da Administração Pública Federal – GSISTE, de que trata a Lei nº 11.356, de 19 de outubro de 2006; os servidores da extinta Fundação Roquette Pinto cedidos nos termos do inciso I do art. 22 e do art. 23 da Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998; as Carreiras de Oficial de Chancelaria e de Assistente de Chancelaria, de que trata a Lei nº 8.829, de 22 de dezembro de 1993; o exercício no âmbito do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público Federal – SIASS; a licença por motivo de doença em pessoa da família e o afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no País, de que tratam, respectivamente, os arts. 83 e 96-A da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; a transposição de cargos do PGPE, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006, para o Plano Especial de Cargos da Cultura, de que trata a Lei nº 11.233, de 22 de dezembro de 2005; reabre prazo para opção pela Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de que trata a Lei nº 11.355, de 2006; e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 72, 78, 145, 148, 149, 152, 21186 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 155, 159, 160, 162, 163, 166, 168, 169, 174, 185, 188, 189, 190, 191, 192, 193, 194, 195, 196 e 200, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados(Questão de Ordem nº 478/2009). As emendas de nºs 16, 28, 34, 43, 47, 84 124, 135 e 148, foram retiradas pela autora. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 15/02/2010 PRAZO NA CÂMARA: 01/03/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 19/03/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 01/06/2010 5 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 481, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 481, de 2010, que autoriza o Poder Executivo a doar estoques públicos de alimentos para assistência humanitária internacional. Pendente de parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 24/02/2010 PRAZO NA CÂMARA: 10/03/2010 PASSA A SOBRESTAR PAUTA: EM 28/03/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 10/06/2010. 6 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 482, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 482, de 2010, que dispõe sobre medidas de suspensão de concessões ou outras obrigações do País relativas aos direitos de propriedade intelectual e outros, em casos de descumprimento de obrigações do Acordo Constitutivo da Organização Mundial do Comércio – OMC. Pendente de parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 24/02/2010 PRAZO NA CÂMARA: 10/03/2010 PASSA A SOBRESTAR PAUTA: EM 28/03/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 10/06/2010. Maio de 2010 7 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 483, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 483, de 2010, que altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 21 a 26 e 28 a 38, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados(Questão de Ordem nº 478/2009). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 07/04/2010 PRAZO NA CÂMARA: 21/04/2010 PASSA A SOBRESTAR PAUTA: 09/05/2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 05/08/2010 8 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 484, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória Nº 484, de 2010, que dispõe sobre a prestação de apoio financeiro pela União aos Estados e ao Distrito Federal, institui o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio, para o exercício de 2010, e dá outras providências. Pendente do parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12/04/2010 PRAZO NA CÂMARA: 26/04/2010 PASSA A SOBRESTAR PAUTA: 14/05/2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 10/08/2010 9 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 485, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória Nº 485, de 2010, que abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Educação e de Transferências a Estados, Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Distrito Federal e Municípios, no valor global de R$1.600.000.000,00, para os fins que especifica; tendo parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, pelo atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência; pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; pela adequação financeira e orçamentária; e, no mérito, pela aprovação desta MPV; e pela rejeição da emenda nº 1 e pela inadmissibilidade da Emenda de nº 2 apresentadas na Comissão (Relator: Dep. Dilceu Sperafico). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12/04/2010 PRAZO NA CÂMARA: 26/04/2010 PASSA A SOBRESTAR PAUTA: 14/05/2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 10/08/2010 10 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 486, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória Nº 486, de 2010, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$1.429.428.268,00, para os fins que especifica. Pendente do parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12/04/2010 PRAZO NA CÂMARA: 26/04/2010 PASSA A SOBRESTAR PAUTA: 14/05/2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 10/08/2010 URGÊNCIA (Art. 62 da Constituição Federal) DISCUSSÃO 11 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 487, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória Nº 487, de 2010, que altera a Lei nº 12.096, de 24 de novembro de 2009, que autoriza a concessão de subvenção econômica ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, em operações de financiamento destinadas à Terça-feira 18 21187 aquisição e produção de bens de capital e à inovação tecnológica; afasta a incidência de restrição à contração de novas dívidas pelos Estados na hipótese de revisão do programa de ajuste fiscal em virtude de crescimento econômico baixo ou negativo; autoriza a União a permutar ações de sua propriedade por participações societárias detidas por entidades da administração pública federal indireta, a deixar de exercer e a ceder o seu direito de preferência para a subscrição de ações em aumentos de capital de sociedades de economia mista federais, a emitir títulos da dívida pública mobiliária federal em substituição de ações de sociedades de economia mista federais detidas pelo Fundo de Garantia à Exportação – FGE, e a realizar aumento de capital em empresas estatais, mediante a transferência de direitos decorrentes de adiantamentos efetuados para futuro aumento de capital; altera a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001; e dá outras providências.. Pendente do parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 09/05/2010 PRAZO NA CÂMARA: 23/05/2010 PASSA A SOBRESTAR PAUTA: 10/06/2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 06/09/2010 AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS I – EMENDAS II – RECURSOS 1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO – ART. 24, II, DO RICD INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS), ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), todos do RICD. Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD). 1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2019/2009 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Amigos de Palmelo – 21188 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ACAP a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Palmelo, Estado de Goiás. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 2138/2009 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Cultural de Radiodifusão Comunitária de Mimoso de Goiás-GO a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Mimoso de Goiás, Estado de Goiás. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2242/2009 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Simpatia Ltda para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Chapada, Estado do Rio Grande do Sul. Apensado ao TVR-1691/2009(Poder Executivo) DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2313/2009 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio e Televisão Bandeirantes Ltda. para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens, na cidade de Brasília, no Distrito Federal. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2325/2009 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Marilac a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Marilac, Estado de Minas Gerais. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2351/2009 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Beneficente e Cultural Comunitária de Carmo do Rio Claro e Região a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Carmo do Rio Claro, Estado de Minas Gerais. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2353/2009 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Capinzal a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão co- Maio de 2010 munitária no Município de Capinzal, Estado de Santa Catarina. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2383/2009 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Cultural de Santa Cruz da Baixa Verde a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Santa Cruz da Baixa Verde, Estado de Pernambuco. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 2406/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Sampaio & Martins Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Cavalcante, Estado de Goiás. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2412/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Cidadania e Desenvolvimento de Itambacuri a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Itambacuri, Estado de Minas Gerais. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2425/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Cultural Morungaba a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Morungaba, Estado de São Paulo. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 2434/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a AssociaçãoComunitária Radiodifusora Voz do Povo FM a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na Região Administrativa do Guará, Distrito Federal. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2442/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Cultural de Vitória Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Escada, Estado de Pernambuco. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 2457/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Serra Geral Sistema de Comunicação Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Nova Porteirinha, Estado de Minas Gerais. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 2462/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Comercial de Presidente Prudente Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, no Município de Presidente Prudente, Estado de São Paulo. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2475/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação do Movimento de Radiodifusão de São Valério do Sul a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de São Valério do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2478/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária e Cultural do Povoado Jenipapo – Lagarto/Sergipe a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Lagarto, Estado de Sergipe. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 2483/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza o Governo do Estado de Minas Gerais a executar serviço de radiodifusão de sons e imagens, com fins exclusivamente educativos, no Município de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, por intermédio da Assembleia Legislativa Estadual. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 2484/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Miguelina de Rádio Difusão Comunitária a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de São Miguel das Missões, Estado do Rio Grande do Sul. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Terça-feira 18 21189 Nº 2494/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Tropical do Agreste Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Lajedo, Estado de Pernambuco. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2498/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Vida Nova a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Conceição da Barra, Estado do Espírito Santo. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2499/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Cultural de Difusão Comunitária Semeando Vitória a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Juazeiro, Estado da Bahia. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2518/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio FM Princesa Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Itabaiana, Estado de Sergipe. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2525/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rio Alegre Radiodifusão Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Santa Maria da Vitória, Estado da Bahia. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2537/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga concessão à Sistema Integrado de Comunicação Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em ondas médias no Município de Arenápolis, Estado de Mato Grosso. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2541/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga concessão à CDIN – Canal Digital Internacional de Notícias Ltda. para explorar serviço de radiodifusão 21190 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de sons e imagens, no Município de Piracicaba, Estado de São Paulo. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 2545/2010 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação do Movimento de Radiodifusão Comunitária São Francisco de Assis a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Teixeira de Freitas, Estado da Bahia. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 PROJETO DE LEI Nº 1524/2003 (Senado Federal – Aloizio Mercadante) – Torna obrigatória a identificação dos servidores dos órgãos de segurança pública do Estado quando participem em operações de controle e manutenção da ordem pública e dá outras providências. Apensados: PL 1473/2003 (Selma Schons ) PL 1474/2003 (Selma Schons ) DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 5434/2005 (Eduardo Gomes) – Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional”. NOVA EMENTA DA REDAÇÃO FINAL: Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no tocante ao ensino da arte. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 7289/2006 (Senado Federal – Paulo Paim) – Dispõe sobre o exercício da profissão de Ortoptista, e dá outras providências. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Maio de 2010 Nº 1257/2007 (Ciro Pedrosa) – Dispõe sobre a obrigatoriedade de as empresas transportadoras orientarem os passageiros sobre a prevenção da trombose venosa profunda. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 2078/2007 (Silvinho Peccioli) – Dispõe sobre o encerramento das atividades de uma instalação radiativa e a limitação de sua radiação residual. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 3950/2008 (Poder Executivo) – Dispõe sobre a criação de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, destinados ao Ministério do Esporte. DECURSO: 2a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21/05/2010 Nº 3956/2008 (Poder Executivo) – Dispõe sobre a criação de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS destinados ao Ministério da Fazenda. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 4023/2008 (Poder Executivo) – Altera a Lei nº 11.358, de 19 de outubro de 2006, no tocante ao subsídio dos Policiais Rodoviários Federais. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 4226/2008 (Fernando Coruja) – Dá nova redação ao inciso II do art. 313 do Código de Processo Penal – Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, excluindo a decretação de prisão preventiva e a impossibilidade de concessão de fiança nos casos em que o indiciado é considerado vadio. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 7394/2006 (Ariosto Holanda) – Dispõe sobre o fomento à capacitação tecnológica da população e seu financiamento. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 4262/2008 (Gilmar Machado) – Denomina “Viaduto Arnaldo Borges Pereira” o viaduto localizado no cruzamento entre as Rodovias BR-050, BR-365, BR-452 e a Rodovia Municipal 030, no anel viário norte da cidade de Uberlândia, no Estado de Minas Gerais. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 29/2007 (Paulo Bornhausen) – Dispõe sobre a organização e exploração das atividades de comunicação social eletrônica e dá outras providências. Apensados: PL 1908/2007 (João Maia ) PL 332/2007 (Paulo Teixeira ) PL 70/2007 (Nelson Marquezelli ) DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 4326/2008 (Jair Bolsonaro) – Acrescenta art. 46-A à Lei nº 5.292, de 8 de junho de 1967, que dispõe sobre a prestação do Serviço Militar pelos estudantes de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária e pelos Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários, em decorrência de dispositivos da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, para conceder incentivo aos médicos Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS que tenham realizado o Estágio de Adaptação e Serviços (EAS) nas Forças Armadas. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 5079/2009 (Edson Aparecido) – Institui o dia 28 de abril como o Dia Nacional das Entidades de Segurança e Saúde do Trabalho. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 5164/2009 (Edinho Bez) – Denomina “Rodovia Abel Dal Pont” o trecho rodoviário da BR-285, entre as cidades de Timbé do Sul, no Estado de Santa Catarina, e São José dos Ausentes, no Estado do Rio Grande do Sul. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 5491/2009 (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO) – Dispõe sobre a criação de cargos e funções nos Quadros de Pessoal dos ramos do Ministério Público da União. DECURSO: 3a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20/05/2010 Nº 5566/2009 (Luiz Carlos Hauly) – Institui o dia 8 de agosto como “Dia Nacional do Elos Internacional da Comunidade Lusíada”. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 5643/2009 (Senado Federal – Serys Slhessarenko) – Dispõe sobre a gratuidade dos atos de registro, pelas associações de moradores, necessários à adaptação estatutária ao Código Civil e para fins de enquadramento dessas entidades como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. ÚLTIMA SESSÃO: 18/05/2010 Nº 5888/2009 (Raimundo Gomes de Matos) – Institui o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 5912/2009 (Poder Executivo) – Dispõe sobre a criação de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, destinados ao Ministério das Relações Exteriores, e dá nova redação ao inciso XIX do art. 29 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003. DECURSO: 2a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21/05/2010 Nº 6078/2009 (Poder Executivo) – Acresce e altera dispositivos da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, que dispõe sobre o Serviço Militar, e altera dispositivos da Lei nº 5.292, de 8 de junho de 1967, que dispõe so- Terça-feira 18 21191 bre a Prestação do Serviço Militar pelos Estudantes de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária e pelos Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 Nº 6089/2009 (Fátima Bezerra) – Declara Nilo Peçanha Patrono da Educação Profissional e Tecnológica. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS PROJETO DE LEI Nº 2511/2003 (Neucimar Fraga) – Altera o inciso I do art. 23 da Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública Direta, Indireta ou Fundacional, e dá outras providências. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 2059/2007 (Carlos Bezerra) – Acresce parágrafo ao art. 464, do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT –, para permitir o pagamento de parcelas salariais em rubrica única, mediante acordo ou convenção coletiva. DECURSO: 3a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20/05/2010 Nº 3411/2008 (Giacobo) – Dispõe sobre o prazo do seguro de automóveis. DECURSO: 3a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20/05/2010 Nº 3679/2008 (Eliene Lima) – Dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas de ônibus interestaduais e intermunicipais de implantarem em seus veículos sistema de rastreamento via satélite ou similar. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 4606/2009 (Roberto Britto) – Dispõe sobre a obrigatoriedade do Governo Federal a arcar com custos dos livros didáticos destinados aos alunos da Educação Básica das redes públicas. DECURSO: 2a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21/05/2010 Nº 4615/2009 (Flávio Bezerra) – Altera a redação do art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para dispor sobre a obrigatoriedade de aulas de natação nas escolas do ensino médio e fundamental. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 21192 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 1.3 PROPOSIÇÕES COM TRAMITAÇÃO CONJUNTA QUE RECEBERAM PARECERES FAVORÁVEIS A UMAS E/OU CONTRÁRIOS A OUTRAS, NÃO DIVERGENTES; E/OU PELA INCONSTITUCIONALIDADE; E/OU INJURIDICIDADE PROJETO DE LEI Nº 2192/2003 – Dispõe sobre a jornada de trabalho do Fonoaudiólogo. COM PARECER FAVORÁVEL: PL 2.192/2003, principal. COM PARECER CONTRÁRIO: PL 2.688/2003, apensado.) DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 630/2007 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de inclusão, nas faturas emitidas por concessionárias dos serviços públicos, de orientações sobre a racionalização do consumo de água, energia elétrica e gás, e dá outras providências. COM PARECER FAVORÁVEL: PL 630/07, principal. COM PARECER CONTRÁRIO: PL 1.135/07, apensado. DECURSO: 1a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24/05/2010 2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD (MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD) INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – Art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD. Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD). 2.1 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU ORÇAMENTÁRIA PROJETO DE LEI Nº 6082/2002 (Enio Bacci) – Autoriza a criação do Fundo Pró-Segurança Pública, pelos Estados e Distrito Federal e dá outras providências. DECURSO: 3a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20/05/2010 Nº 6362/2005 (Vicentinho) – Torna gratuito o transporte coletivo urbano metropolitano e intermunicipal nos dias da realização da votação de pleitos eleitorais. Apensados: PL 2679/2007 (Cristiano Matheus ) PL 358/2007 (Sérgio Brito ) PL 7687/2006 (Antônio Carlos Biffi ) DECURSO: 3a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20/05/2010 Maio de 2010 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 312/2005 (Fernando de Fabinho) – Autoriza o Poder Executivo a criar o Eixos de Desenvolvimento da BR-324 e da BR-116 e instituir o Programa Especial de Desenvolvimento das BR-324 e da BR-116. DECURSO: 3a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20/05/2010 Nº 297/2008 (Carlos Souza) – Autoriza o Poder Executivo a criar a Região Integrada de Desenvolvimento do Turismo da Microrregião de Tefé e a instituir o Programa Especial de Desenvolvimento do Turismo da Região Integrada de Desenvolvimento do Turismo da Microrregião de Tefé. ÚLTIMA SESSÃO: 18/05/2010 2.2 PELA INCONSTITUCIONALIDADE E/OU INJURIDICIDADE OU INADMISSIBILIDADE PROJETO DE LEI Nº 1767/2003 (Neucimar Fraga) – Fixa prazo para conclusão de ação fiscalizatória do Tribunal de Contas da União realizada em obras e edificações e dá outras providências. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDADE – ART. 164, § 2º, DO RICD (SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, APÓS OUVIDA A CCJC, NOS TERMOS DO ART. 164, §§ 2º e 3º DO RICD) Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (Art. 164, § 2º, do RICD). PROJETO DE LEI Nº 4328/1998 (Serafim Venzon) – Dispõe sobre o parcelamento de dívidas oriundas de contribuições sociais devidas ao Instituto Nacional do Seguro Social, alterando o art. 38 da Lei nº 8.212, de 24 julho de 1991. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 280/1999 (Rubens Bueno) – Altera o art. 1º da Lei nº 9.129, de 20 de novembro de 1995, que “autoriza o parcelamento do recolhimento de contribuições previdenciárias devidas pelos empregadores em geral, na forma que especifica e determina outras providências”. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 1055/1999 (Pauderney Avelino) – Altera a redação da Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, e dá outras providências. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 1824/1999 (Augusto Nardes) – Dispõe sobre o parcelamento de débitos de microempresas e empresas de pequeno porte para com a Fazenda Nacional, nas condições que estabelece. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 1902/1999 (Vic Pires Franco) – Dá ao Aeroporto Internacional de Val-de-Cães, em Belém, Estado do Pará, o nome de “Aeroporto Internacional Rômulo Maiorana.” DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 4894/1999 (Augusto Nardes) – Altera a redação do caput do art. 7º da Lei nº 9.639, de 25 de maio de 1998, estendendo o prazo para o parcelamento dos débitos das empresas para com o Instituto Nacional do Seguro Social. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 3457/2000 (Bispo Wanderval) – Dispõe sobre a forma de pagamentos das dívidas das entidades de utilidade pública junto ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 5066/2005 (Almir Moura) – Dispõe sobre o parcelamento de débitos junto ao Regime Geral de Previdência Social, por parte de segurados contribuintes individuais. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 5206/2005 (Geraldo Thadeu) – Prorroga prazos da Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003, que “altera a legislação tributária federal, dispõe sobre parcelamento de débitos junto à Secretaria da Receita Federal, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e ao Instituto Nacional do Seguro Social e dá outras providências”. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 5496/2005 (Gorete Pereira) – Dispõe sobre o parcelamento dos débitos tributários de hospitais, maternidades e casas de saúde que sejam entidades filantrópicas. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 5809/2005 (Antonio Carlos Mendes Thame) – Concede às pessoas jurídicas novo prazo de opção pelo parcelamento especial de débitos junto ao Tesouro Nacional – PAES. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Terça-feira 18 21193 Nº 6134/2005 (Antonio Carlos Mendes Thame) – Dispõe sobre o parcelamento de débitos relativos à contribuição prevista na alínea “a” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para os hospitais e entidades filantrópicas. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 6556/2006 (Pompeo de Mattos) – Dispõe sobre o parcelamento dos débitos das entidades filantrópicas da área de saúde junto ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 1787/2007 (João Dado) – Dispõe sobre a antecipação do pagamento dos débitos consolidados no Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, instituído pela Lei n° 9.964, de 10 de abril de 2000, e no Parcelamento Especial – PAES, instituído pela Lei n° 10.684, de 30 de maio de 2003. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 1916/2007 (Zé Geraldo) – “Dispõe sobre o parcelamento de débitos previdenciários dos Municípios em até 120 meses”. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 2704/2007 (Vanderlei Macris) – Dispõe sobre parcelamento de débitos de contribuintes pessoas físicas junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e ao Instituto Nacional do Seguro Social nas condições que especifica. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 3588/2008 (Roberto Britto) – Altera o art. 38 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre parcelamento de contribuições devidas à Seguridade Social. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 Nº 6202/2009 (Senado Federal – Demóstenes Torres) – Denomina “Viaduto Henrique Santillo” o viaduto localizado no entroncamento da BR-060 com a BR-153, no Município de Anápolis, Estado de Goiás. DECURSO: 4a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19/05/2010 4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES) INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPOSIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões. 21194 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS INDICAÇÃO Nº 6209/2010 (Homero Pereira) – Sugere ao Presidente do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, a instalação de uma Vara da Justiça Federal no município de Barra do Garças – MT. DECURSO: 2a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21/05/2010 Nº 6233/2010 (Carlos Abicalil) – Sugere ao Presidente do Conselho Nacional de Justiça e ao Presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região a criação de Vara da Justiça Federal em Barra do Garças, no Estado de Mato Grosso. DECURSO: 2a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21/05/2010 Nº 6275/2010 (Gorete Pereira) – Sugere a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará providências para consultar a população de Juazeiro do Norte sobre a mudança do nome da cidade para Juazeiro do Padre Cícero. ÚLTIMA SESSÃO: 18/05/2010 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 481/2010 (Ribamar Alves) – Altera os artigos 95 e 128 da Constituição Federal. ÚLTIMA SESSÃO: 18/05/2010 PROJETO DE LEI Nº 7132/2010 (Major Fábio) – Cria o Fundo de Amparo ao Servidor Público – FASP, nos termos que discrimina. ÚLTIMA SESSÃO: 18/05/2010 Nº 7162/2010 (Jorge Tadeu Mudalen) – Dispõe sobre a obrigaroriedad da instalação do “Telhado Verde” nos locais que especifica, e dá outras providências. ÚLTIMA SESSÃO: 18/05/2010 Nº 7267/2010 (Gonzaga Patriota) – Dá nova redação ao parágrafo único do artigo 1º da Lei Complementar nº 113, de 19 de setembro de 2001. DECURSO: 2a. SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21/05/2010 ARQUIVE-SE, nos termos do § 4º do artigo 58 do RICD, a seguinte proposição: PROJETO DE LEI Nº 6689/2002 (Adão Preto) – Dispõe sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de veículos utilitários destinados ao transporte de produção agrícola, nas condições que estabelece. Nº 4708/2009 (Senado Federal – Mário Couto) – Dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Maio de 2010 Exportação (ZPE) no Município de Breves, no Estado do Pará. Nº 4709/2009 (Senado Federal – Gim Argello) – Dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Distrito Federal. ARQUIVEM-SE, nos termos do artigo 133 do RICD, as seguintes proposições: PROJETOS DE LEI Nº 3.257/2004 (Geraldo Resende) – Acresce parágrafo ao art. 3º da Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, a qual dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências e Apensado: PL 5.244/05 (Ivan Paixão) Nº 2.438/2007 (Paulo Bornhausen) – Dispõe sobre o exercício da profissão de Supervisor de Segurança Portuária. Nº 3.757/2008 (Ricardo Quirino) – Estabelece que as salas de aula do ensino médio e superior, com 40 ou mais alunos, deverão dispor de dispositivo de sonorização. Nº 5.217/2009 (Eliene Lima) – Dispõe sobre a manutenção de equipes de socorristas/brigadistas nas escolas públicas gratuitas ou particulares. Nº 5.571/2009 (Ricardo Quirino) – Acrescenta e altera parágrafos ao artigo 54 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor. ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE EXPEDIENTE DO MÊS DE MAIO DE 2010 Dia 18, 3ª-feira 15:00 NILMAR RUIZ (PR – TO) 15:25 MARCELO ALMEIDA (PMDB – PR) Dia 19, 4ª-feira 15:00 MARCOS ANTONIO (PRB – PE) 15:25 VICENTINHO ALVES (PR – TO) Dia 20, 5ª-feira 15:00 RAUL JUNGMANN (PPS – PE) 15:25 RODRIGO ROLLEMBERG (PSB – DF) 15:50 ÁTILA LINS (PMDB – AM) 16:15 CLEBER VERDE (PRB – MA) 16:40 CARLOS ABICALIL (PT – MT) Dia 21, 6ª-feira 10:00 ANTÔNIO ROBERTO (PV – MG) 10:25 RODRIGO DE CASTRO (PSDB – MG) 10:50 JULIO SEMEGHINI (PSDB – SP) Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 11:15 EDINHO BEZ (PMDB – SC) 11:40 ANTONIO CRUZ (PP – MS) Dia 24, 2ª-feira 15:00 JÔ MORAES (PCdoB – MG) 15:25 ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA) 15:50 AFFONSO CAMARGO (PSDB – PR) 16:15 DAGOBERTO (PDT – MS) 16:40 DARCÍSIO PERONDI (PMDB – RS) Dia 25, 3ª-feira 15:00 ALBANO FRANCO (PSDB – SE) 15:25 JOÃO PAULO CUNHA (PT – SP) Dia 26, 4ª-feira 15:00 JOÃO LEÃO (PP – BA) 15:25 LELO COIMBRA (PMDB – ES) Dia 27, 5ª-feira 15:00 VICENTINHO (PT – SP) 15:25 JULIÃO AMIN (PDT – MA) Dia 28, 6ª-feira 10:00 DR. TALMIR (PV – SP) 10:25 LÁZARO BOTELHO (PP – TO) 10:50 RODRIGO ROLLEMBERG (PSB – DF) 11:15 CELSO MALDANER (PMDB – SC) 11:40 ASSIS DO COUTO (PT – PR) Dia 31, 2ª-feira 15:00 JOÃO MATOS (PMDB – SC) 15:25 ANÍBAL GOMES (PMDB – CE) 15:50 MAJOR FÁBIO (DEM – PB) 16:15 HENRIQUE FONTANA (PT – RS) 16:40 EDSON SANTOS (PT – RJ) ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES I – COMISSÕES PERMANENTES Terça-feira 18 21195 A – Requerimento: 1 – REQUERIMENTO Nº /2010 – do Sr. Leandro Vilela – que “requer que as reuniões da ‘Subcomissão Permanente para acompanhar o processo de fusão entre Perdigão e Sadia, JBS e Bertin, Marfrig e Seara, e propor medidas que evitem impactos negativos aos trabalhadores, produtores e às regiões onde as empresas estão instaladas’ convocadas para ouvir os técnicos, autoridades e representantes das empresas que estão participando de processo de fusão sejam realizadas em caráter reservado”. REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Anexo II, Plenário 04 HORÁRIO: 14h30min A – Audiência Pública: Tema: “discutir sobre a produção de leite nacional e mundial, a raça Girolando, o controle na formação e melhoramento genético da raça e apresentação do projeto da Girolando” Convidados: Dr. WAGNER ROSSI(confirmado) Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA; Dr. GUSTAVO VALONE(confirmado) Secretario de Agricultura Familiar do Ministérioo do Desenvolvimento Agrário – MDA; Dr. DUARTE VILELA(confirmado) Chefe-Geral da Embrapa Gado de Leite; e Dr. JOSÉ DONATO DIAS FILHO(confirmado) Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Autor do Requerimento nº 536/2010: DeputadoPaulo Piau – PMDB/MG COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL AVISOS REUNIÃO ORDINÁRIA PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) SUBCOMISSÃO PERMANENTE PARA ACOMPANHAR O PROCESSO DE FUSÃO ENTRE PERDIGÃO E SADIA, JBS E BERTIM, MARFRIG E SEARA, E PROPOR MEDIDAS QUE EVITEM IMPACTOS NEGATIVOS AOS TRABALHADORES, PRODUTORES E ÀS REGIÕES ONDE AS EMPRESAS ESTÃO INSTALADAS. LOCAL: Sala da Presidência da CAPADR – Anexo II, sala T-38 HORÁRIO: 14h DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 3.051/08 – do Sr. Sandes Júnior – que “dispõe sobre a delegação de atribuições de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal e altera a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950”. RELATOR: DeputadoHOMERO PEREIRA. 21196 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 5.973/09 – do Sr. Antônio Roberto – que “institui selo de qualidade ambiental para produto de origem animal”. RELATOR: DeputadoSILAS BRASILEIRO. PROJETO DE LEI Nº 7.139/10 – do Sr. José Airton Cirilo – que “dispõe sobre a concessão de benefício do seguro-desemprego a todo pescador profissional que exerça pesca comercial artesanal, ao trabalhador que exerça atividade pesqueira artesanal, ao que a estes se assemelham, entre eles os que capturam ou coletam caranguejos e mariscos e os que os processam, incluindo estes trabalhadores como segurados especiais do regime geral de previdência social”. RELATOR: DeputadoZONTA. PROJETO DE LEI Nº 7.154/10 – do Senado Federal – Gilberto Ghoellner – (PLS 276/2008) – que “altera a redação do art. 1º da Lei nº 9.481, de 13 de agosto de 1997, que “dispõe sobre a incidência de imposto de renda na fonte sobre rendimentos de beneficiários residentes ou domiciliados no exterior, e dá outras providências”, para reduzir a zero a alíquota do imposto de renda na fonte sobre o pagamento de juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento da produção de mercadorias agropecuárias de exportação”. RELATOR: DeputadoMARCOS MONTES. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 6.680/09 – do Sr. Marco Maia – que “altera as Leis nº 10.696, de 2 de julho de 2003, e nº 8.427, de 27 de maio de 1992, para incluir produtos extrativos no Programa de Aquisição de Alimentos e para autorizar subvenção de preços em apoio à agricultura familiar”. RELATOR: DeputadoBETO FARO. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21-05-10 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 5.591/09 – do Sr. Lelo Coimbra – que “altera a Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009”. RELATOR: DeputadoHUMBERTO SOUTO. Maio de 2010 COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 7.116/10 – da Sra. Solange Amaral – que “inclui parágrafo ao art. 4º da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências”, estabelecendo que o Poder Público adotará medidas à criação de um cadastro de crianças e adolescentes atingidos por estado de calamidade pública ou de situação de emergência”. RELATOR: DeputadoMARCIO JUNQUEIRA. PROJETO DE LEI Nº 7.175/10 – do Sr. Manoel Salviano – que “prorroga a vigência dos benefícios fiscais previstos no art. 4º da Lei n° 9.808, de 20 de julho de 1999, para empreendimentos localizados no Nordeste e na Amazônia” RELATOR: DeputadoURZENI ROCHA. PROJETO DE LEI Nº 7.176/10 – do Sr. Vicentinho Alves – que “dispõe sobre a criação da Zona do Processamento de Exportação no Município de Porto Nacional, no Estado do Tocantins”. RELATOR: DeputadoILDERLEI CORDEIRO. PROJETO DE LEI Nº 7.192/10 – do Sr. Ribamar Alves – que “altera a Lei nº 6.088, de 16 de julho de 1974, que “dispõe sobre a criação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco – Codevasf – e dá outras providências””. RELATOR: DeputadoROBERTO ROCHA. COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Plenário 13, Anexo II da Câmara dos Deputados HORÁRIO: 14h30 A – Audiência Pública: Tema: “A venda de espaços de transmissão em satélites para empresas não detentoras de outorgas de radiodifusão” Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Requerimento nº 227/2009, dos Deputados Celso Russomanno e Eduardo Gomes). Convidados: JOSÉ ARTUR FILARDI LEITE Ministro de Estado das Comunicações JOSÉ FORMOSO MARTINEZ Presidente da Empresa Brasileira de Telecomunicações S. A. (Embratel) AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 6.415/09 – do Sr. Dr. Nechar – que “acrescenta artigo à Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para dispor sobre o fornecimento de um carregador universal na venda de aparelhos terminais do assinante da telefonia móvel vendidos no País”. RELATOR: DeputadoBILAC PINTO. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 7.141/10 – do Sr. Rodrigo Rollemberg – que “institui o Plano de Incentivo à Pesquisa Científica e Inovação Tecnológica – PICT, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoJULIO SEMEGHINI. PROJETO DE LEI Nº 7.151/10 – do Sr. Edmar Moreira – que “dispõe sobre à adaptação de computadores em Lan Houses, Cyber Cafés, para utilização por pessoas portadoras de necessidades visuais e dá outras providencias” RELATOR: DeputadoPAULO TEIXEIRA. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REUNIÃO ORDINÁRIA LOCAL: Anexo II, Plenário 01 HORÁRIO: 14h30min A – Requerimentos: REQUERIMENTO Nº 141/10 Do Sr. Marçal Filho – (PL 4434/2008) – que “nos termos do art. 255 do RICD requeiro a Vossa Excelência realização de Audiência Pública com o Ministro de Estado da Previdência Social, Sr. JOSÉ BARROSO PIMENTEL, O Presidente da Frente Parlamentar em defesa dos Aposentados e Pen- Terça-feira 18 21197 sionistas, DeputadoCLEBER VERDE e do Presidente da COBAP, Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas, Sr. WARLLEY MARTINS GONÇALLES, com o objetivo de discutir a matéria do PL 4434/2008 que dispõe sobre o reajuste dos benefícios mantidos pelo regime geral de previdência social e o índice de correção previdenciária”. REQUERIMENTO Nº 157/10 Do Sr. Luiz Couto – que “requer a realização de Audiência Pública nessa Comissão para instruir o Projeto de Lei 4097, de 2004, que dispõe sobre as condições para a realização e análise de exames genéticos em seres humanos”. B – Redações Finais: PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.843/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1452/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Cultural Comunitária Interativa Estrelense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Estrela, Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.844/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1453/2009) – que “aprova o ato que autoriza a SEGUNDO GRUPO DE AGRICULTORES E CRIADORES DO HERVAL E ARREDORES a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Canguçu, Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.955/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1538/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Amigos da Cidade de Pelotas a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.993/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1610/2009) – que “aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio TV do Amazonas Ltda para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens, no Município de Manaus, Estado do Amazonas”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.008/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1571/2009) – que “aprova 21198 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS o ato que autoriza a Associação Comunitária Cultural Mostardense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Mostardas, Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.035/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1698/2009) – que “aprova o ato que outorga permissão à Gomes Comunicações Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Ladário, Estado do Mato Grosso do Sul”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.086/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1788/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação de Difusão Comunitária Paraíso de Rios a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Anitápolis, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.121/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1622/2009) – que “aprova o ato que renova a concessão outorgada à Fundação Educativa Nordeste para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, no Município de Lagoa Vermelha, Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.169/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1736/2009) – que “aprova o ato que outorga permissão à Sistema de Comunicação Sol Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Barcelos, Estado do Amazonas”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.176/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1765/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Santo Antônio de Lisboa – ACSAL a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Japira, Estado do Paraná”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.183/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1806/2009) – que “aprova o ato Maio de 2010 que autoriza a Associação Comunitária Vale do Acarape a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Acarape, Estado do Ceará”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.187/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1936/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Vila Soares – ASCOVIS a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Apuiarés, Estado do Ceará”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.195/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1916/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação de Moradores do Jardim Maluche e Parte do Bairro Souza Cruz a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Brusque, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.208/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1888/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Cidade de Gaspar a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Gaspar, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.220/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1817/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Junco – ASCOMJU a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Granjeiro, Estado do Ceará”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.223/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1830/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Cultural de Difusão Comunitária Canaã a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Ji-Paraná, Estado de Rondônia”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.237/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1633/2009) – que “aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Club de Nova Aurora Ltda. para explorar serviço de radiodifusão Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sonora em onda média, no Município de Nova Aurora, Estado do Paraná”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.279/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1873/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Witmarsuense de Cultura e Radiodifusão Comunitária a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Witmarsum, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.305/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1084/2008) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Cultural Educacional de Dom Eliseu – PA a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Dom Eliseu, Estado do Pará”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.311/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1500/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Cultural Abatiaense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Abatiá, Estado do Paraná”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.340/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1905/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária dos Moradores Muricienses a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Murici, Estado de Alagoas”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.358/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1603/2009) – que “aprova o ato que renova a concessão outorgada à Empresa Paulista de Televisão S.A. para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens, no Município de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.369/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1688/2009) – que “aprova o ato que outorga permissão à Moriá FM Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Floraí, Estado do Paraná”. Terça-feira 18 21199 RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.372/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1711/2009) – que “aprova o ato que outorga permissão à Rádio Brasil Sul FM Ltda para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Santa Mariana, Estado do Paraná”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.378/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1815/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Rádio Comunitária Corupá a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Corupá, Estado de Santa Catrarina”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.381/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1841/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária de Palma Sola a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Palma Sola, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.387/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1933/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Radiodifusão Comunitária de Campo Belo do Sul a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Campo Belo do Sul, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.409/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1717/2009) – que “aprova o ato que outorga permissão à Rádio Litoral Norte Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Piedade, Estado de São Paulo”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.420/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1968/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Aveirense de Rádio Comunitária Tropical – FM a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Aveiro, Estado do Pará”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. 21200 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.426/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1987/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Comunicação de Tunápolis a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Tunápolis, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.430/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 2003/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Querência – ACQUER a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Querência, Estado de Mato Grosso”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.437/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 2070/2009) – que “aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio Patativa Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Pinheiro, Estado do Maranhão”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.454/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1776/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Vargem Grande Paulista a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Vargem Grande Paulista, Estado de São Paulo”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE LEI Nº 1.654/07 – do Sr. Flávio Bezerra – que “”Institui o Dia Nacional em Defesa da Orla Marítima””. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 1.821/07 – do Sr. Luis Carlos Heinze – que “institui o Dia Nacional do Cooperativismo de Crédito”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 1.998/07 – do Sr. Zonta – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que especifica”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 2.163/07 – do Sr. Aelton Freitas – que “denomina “Rodovia Manoel Ferreira Lago” o trecho Maio de 2010 da rodovia BR-146, entre as cidades de Passos e Bom Jesus da Penha, no Estado de Minas Gerais”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 2.384/07 – do Sr. Afonso Hamm – que “inclui na relação descritiva das Rodovias do Sistema Rodoviário Nacional, integrante do anexo da Lei nº 5.917 de 10 de setembro de 1973, que “aprova o Plano Nacional de Viação”, a ligação rodoviária entre a BR-293 (município de Santana do Livramento) à BR-290 (município de Alegrete) no Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 3.551/08 – do Sr. Armando Abílio – que “denomina “Viaduto Engenheiro Ernesto de Souza Diniz” a obra-de-arte especial localizada na BR-230, Município de João Pessoa, Estado da Paraíba”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 3.557/08 – do Sr. Cláudio Diaz – que “inclui trecho rodoviário na Relação Descritiva das Rodovias do Sistema Rodoviário Federal, prevista no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 3.594/08 – do Sr. Luis Carlos Heinze – que “denomina Rodovia General Adalberto Pereira dos Santos o trecho da rodovia BR-158, entre as cidades de Santa Maria e Rosário do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 3.891/08 – do Poder Executivo – que “dispõe sobre a criação da Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira – UNILAB e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 5.895/09 – do Poder Executivo – que “transforma cargos vagos das Carreiras da Previdência, da Saúde e do Trabalho, estruturada pela Lei no 11.355, de 19 de outubro de 2006, e da Seguridade Social e do Trabalho, estruturada pela Lei no 10.483, de 3 de julho de 2002, em cargos do Plano de Carreiras de que trata a Lei nº 8.691, de 28 de julho de 1993, do Plano de Carreiras e Cargos do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, de que trata a Lei no 11.355, de 19 de outubro de 2006, e do Plano Especial de Cargos da Cultura, de que trata a Lei no 11.233, de 22 de dezembro de 2005, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 5.913/09 – do Poder Executivo – que “transforma Funções Comissionadas Técnicas – FCT, criadas pelo art. 58 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, em cargos do Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, em Gratificações de Exercício em Cargo de Confiança devida a militares e em Gratificações de Representação pelo Exercício de Função devida a militares”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. C – Proposições sujeitas à apreciação do Plenário: ESPECIAL PROJETO DE LEI Nº 6.542/06 – da Comissão especial Mista “Regulamentação da emenda 45” – que “regulamenta o inciso IX do art. 114 da Constituição Federal, para dispor sobre competências da Justiça do Trabalho referentes à relação de trabalho, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo. Vista ao DeputadoRegis de Oliveira, em 05/07/2007. O DeputadoMoreira Mendes apresentou voto em separado em 02/08/2007. URGENTE SUBSTITUTIVO DO SENADO AO PROJETO DE LEI Nº 4.208/01 – que “altera dispositivos do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, relativos à prisão, medidas cautelares e liberdade, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoJOSÉ EDUARDO CARDOZO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação dos seguintes dispositivos constantes: a) do art. 1º do Substitutivo do Senado Federal: §§ 2º e 7º do art. 282; dos §§ 1º e 2º do art. 283, em substituição aos §§ 1º a 3º do texto da Câmara dos Deputados; dos §§ 1º e 3º do art. 289; caput do art. 295; art. 299; parágrafo único do art. 300; caput do art. 306; incisos III e IV do art. 313; caput e os incisos I a III do art. 318; incisos I, IV, V e IX do art. 319; incisos I e II do art. 325 do Senado, em substituição aos incisos I, II e II da Câmara dos Deputados; inciso III do § 1º do art. 325; inciso V do art. 341; art. 343; caput do art. 350; art. 439, b) dos §§ 2º a 6º do art. 289-A, constante do art. 2º do Substitutivo do Senado Federal, em substituição aos §§ 2º a 4º do texto da Câmara dos Deputados e c) do art. 4º do Substitutivo do Senado Federal; pela rejeição: a) do art. 315-A, constante do art. 2º do Substitutivo do Senado Federal, e b) dos seguintes dispositivos constantes do art. 1º do Substitutivo do Senado Federal, para manutenção do respectivo dispositivo do texto da Câmara dos Deputados: §§ 4º e 6º do art. 282; incisos II e III do art. 310; art. 311; art. 321; caput do § 1º do Terça-feira 18 21201 art. 325; e pela manutenção dos demais dispositivos do texto da Câmara dos Deputados, que não foram alterados pelo Senado Federal. Suspensa a discussão por acordo, em 06/04/2010. PROJETO DE LEI Nº 5.486/01 – do Senado Federal – JOSE EDUARDO DUTRA – (PLS 196/1995) – que “concede anistia a dirigentes ou representantes sindicais e trabalhadores punidos por participação em movimento reivindicatório”. RELATOR: DeputadoJOSÉ GENOÍNO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 200/89 – do Senado Federal – Itamar Franco – (PLS 198/1989) – que “dispõe sobre os requisitos para o exercício dos cargos de diretoria e presidência do Banco Central do Brasil” (Apensados: PLP 3/1991, PLP 7/1995 (Apensados: PLP 12/1995, PLP 16/1995 e PLP 33/1995), PLP 40/1995, PLP 108/1996, PLP 109/1996, PLP 188/2001, PLP 32/2003, PLP 38/1991, PLP 67/1995 (Apensado: PLP 348/2006), PLP 106/1996, PLP 142/2004, PLP 261/2007, PLP 262/2007 e PLP 281/2008) RELATOR: DeputadoEDUARDO CUNHA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com emenda, do PLP 12/1995, do PLP 16/1995, do PLP 33/1995, do PLP 348/2006, do PLP 3/1991, do PLP 38/1991, do PLP 7/1995, do PLP 40/1995, do PLP 67/1995, do PLP 106/1996, do PLP 108/1996, do PLP 109/1996, do PLP 188/2001, do PLP 32/2003, do PLP 261/2007, do PLP 262/2007, do PLP 281/2008 e do PLP 142/2004, apensados. PRIORIDADE PROJETO DE LEI Nº 3.979/00 – do Senado Federal – Lúcio Alcântara – (PLS 286/1999) – que “dispõe sobre a inclusão de legenda oculta na programação das emissoras de televisão, fixa cota mínima de aparelhos de televisão com circuito de decodificação de legenda oculta e dá outras providências”. (Apensados: PL 5676/1990 (Apensados: PL 709/1999, PL 1476/1996, PL 1729/1999, PL 2092/1996, PL 2527/2000, PL 2633/2000, PL 3294/2000, PL 3621/2000, PL 3856/2000, PL 3955/1997, PL 4527/1998, PL 6552/2002, PL 6593/2002, PL 1053/2003, PL 5123/2001, PL 1828/2003 (Apensado: PL 3868/2008) e PL 3906/2008), PL 5088/2005, PL 683/2007 e PL 3395/2008) RELATOR: DeputadoEDUARDO CUNHA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, do Substitutivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, do PL 5676/1990, do PL 5088/2005, do PL 683/2007, do PL 3395/2008, do PL 1476/1996, do PL 2092/1996, do 21202 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PL 3955/1997, do PL 4527/1998, do PL 709/1999, do PL 1729/1999, do PL 2527/2000, do PL 2633/2000, do PL 3294/2000, do PL 3621/2000, do PL 3856/2000, do PL 5123/2001, do PL 6552/2002, do PL 6593/2002, do PL 1053/2003, do PL 1828/2003, do PL 3906/2008 e do PL 3868/2008, apensados, com emendas. PROJETO DE LEI Nº 3.288/04 – do Sr. José Carlos Araújo – que “altera o inciso VI, do art. 3º, da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, que dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995”. (Apensados: PL 5223/2005 (Apensado: PL 5616/2009), PL 662/2007, PL 827/2007, PL 2164/2007, PL 2224/2007, PL 3261/2008, PL 5350/2009 e PL 6907/2010) RELATOR: DeputadoJOÃO MAGALHÃES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, do PL 5223/2005, do PL 662/2007, com emenda, do PL 827/2007, do PL 2164/2007, do PL 2224/2007, com emenda, do PL 3261/2008, com emenda, do PL 5350/2009, com substitutivo, do PL 6907/2010, com emenda, e do PL 5616/2009, apensados. PROJETO DE LEI Nº 5.177/09 – da Comissão de Legislação Participativa – (SUG 101/2008) – que “altera a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, que “Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências””. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição. Vista ao DeputadoMendonça Prado, em 10/03/2010. Discutiram a matéria os DeputadosLuiz Couto e Flávio Dino, em 10/03/2010. EMENDAS DO SENADO AO PROJETO DE LEI Nº 5.798/09 – que “institui o Programa de Cultura do Trabalhador, cria o Vale-Cultura e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoFLÁVIO DINO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa das Emendas do Senado. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 200/01 – do Sr. Walter Pinheiro – que “dispõe sobre a participação popular no processo de elaboração do plano plurianual e dos orçamentos anuais da União e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela inconstitucionalidade, injuridicidade e má técnica legislativa. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 246/05 – do Sr. Celso Russomanno – que “estabelece requisitos Maio de 2010 para a concessão, por instituições públicas, de financiamento, crédito e benefícios similares”. RELATOR: DeputadoGERALDO PUDIM. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Vista ao DeputadoJosé Genoíno, em 25/08/2009. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 311/05 – do Senado Federal – Augusto Botelho – (PLS 162/2004) – que “dispõe sobre a atuação das Forças Armadas e da Polícia Federal nas unidades de conservação”. RELATOR: DeputadoFRANCISCO TENORIO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, dos Substitutivos das Comissões da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e da Subemenda da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Vista ao DeputadoLuiz Couto, em 30/03/2010. Discutiu a matéria o DeputadoAntonio Carlos Pannunzio, em 30/03/2010. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 277/08 – da Sra. Luciana Genro – que “regulamenta o inciso VII do art. 153 da Constituição Federal (Imposto sobre Grandes Fortunas)”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 455/09 – do Sr. Osmar Serraglio – que “dispõe sobre os processos eleitorais extrapenais, institui ritos processuais, altera a Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral); Lei Complementar n° 64, de 18 de maio de 1990 (Lei das Inelegibilidades); a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das Eleições) e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: Parecer com Complementação de Voto, Dep. Regis de Oliveira (PSC-SP), pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo. Vista conjunta aos Deputados Felipe Maia, Gerson Peres e Mendonça Prado, em 24/03/2010. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 476/09 – do Sr. Luiz Paulo Vellozo Lucas – que “altera os arts. 16, 19 e 20 da Lei Complementar nº 108, de 29 de maio de 2001, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com emenda, e das Emendas da Comissão de Seguridade Social e Família. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 174/09 – da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados – que “altera os arts. 66, 82 e 87 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, modificando o horário de funcionamento das sessões ordinárias do Plenário”. RELATOR: DeputadoELISEU PADILHA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito pela aprovação. Vista conjunta aos Deputados Antonio Carlos Pannunzio, Colbert Martins, Efraim Filho, José Eduardo Cardozo e José Genoíno, em 11/08/2009. PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 184/09 – do Sr. Hugo Leal – que “dispõe sobre o afastamento de Deputado para participar em evento no exterior”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. DISPOSIÇÕES ESPECIAIS PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 215/00 – do Sr. Almir Sá – que “acrescenta o inciso XVIII ao art. 49; modifica o § 4º e acrescenta o § 8º ambos no art. 231, da Constituição Federal”. (Apensados: PEC 579/2002, PEC 257/2004, PEC 275/2004, PEC 319/2004, PEC 156/2003, PEC 37/2007, PEC 117/2007, PEC 411/2009, PEC 415/2009 e PEC 161/2007 (Apensado: PEC 291/2008)) RELATOR: DeputadoGERALDO PUDIM. PARECER: pela admissibilidade desta, com emenda, da PEC 579/2002, da PEC 156/2003, da PEC 257/2004, da PEC 275/2004, da PEC 319/2004, da PEC 37/2007, da PEC 117/2007, da PEC 161/2007, da PEC 411/2009, da PEC 415/2009 e da PEC 291/2008, apensadas. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 286/00 – do Sr. Nilson Pinto – que “acrescenta alínea ao inciso XXXII do art. 5º da Constituição Federal”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PARECER: pela admissibilidade, com substitutivo redacional. Vista conjunta aos DeputadosColbert Martins e Silvinho Peccioli, em 18/03/2008. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 473/01 – do Sr. Antonio Carlos Pannunzio – que “dá nova redação ao inciso XIV do art. 84 e ao parágrafo único do art. 101 da Constituição Federal”. (Apensados: PEC 566/2002, PEC 484/2005, PEC 342/2009, PEC 393/2009, PEC 434/2009 e PEC 441/2009) RELATOR: DeputadoJOSÉ EDUARDO CARDOZO. PARECER: pela admissibilidade desta, da PEC 566/2002, da PEC 484/2005, da PEC 342/2009, da PEC 393/2009, da PEC 434/2009 e da PEC 441/2009, apensadas. Terça-feira 18 21203 Vista ao DeputadoJosé Genoíno, em 20/04/2010. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 317/04 – do Sr. Sandro Mabel e outros – que “acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para instituir a Carreira de Administrador Municipal” RELATOR: DeputadoLEO ALCÂNTARA. PARECER: pela admissibilidade. Vista ao DeputadoVicente Arruda, em 23/06/2009. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 83/07 – do Sr. José Fernando Aparecido de Oliveira e outros – que “acrescenta o § 4º ao art. 25 da Constituição Federal e o art. 182-A, instituindo o plano diretor metropolitano e sua obrigatoriedade”. RELATOR: DeputadoSARNEY FILHO. PARECER: pela admissibilidade. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 109/07 – do Sr. Mendes Ribeiro Filho – que “dispõe sobre a supressão do art. 31, do ADCT, da Constituição Federal, que trata da estatização das serventias do foro judicial”. RELATOR: DeputadoPAES LANDIM. PARECER: pela admissibilidade. Vista conjunta aos DeputadosAntonio Carlos Biscaia, Eduardo Cunha e Silvinho Peccioli, em 18/03/2008. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 122/07 – do Sr. Alfredo Kaefer – que “dá nova redação aos arts. 21 e 177 da Constituição Federal, para excluir do monopólio da União a construção e operação de reatores nucleares para fins de geração de energia elétrica”. RELATOR: DeputadoBRUNO ARAÚJO. PARECER: pela admissibilidade. Vista conjunta aos DeputadosChico Lopes e Regis de Oliveira, em 28/10/2008. O Deputado Chico Lopes apresentou voto em separado em 30/10/2008. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 198/07 – do Sr. André de Paula – que “acrescenta § 2º ao art. 161 da Constituição Federal”. RELATOR: DeputadoRICARDO TRIPOLI. PARECER: pela admissibilidade. Vista conjunta aos DeputadosAntonio Carlos Pannunzio, Colbert Martins e Silvio Costa, em 04/08/2009. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 295/08 – do Sr. Andre Vargas – que “altera os arts. 149, 159 e 239 da Constituição Federal para dispor sobre o Fundo Nacional do Ensino Técnico”. RELATOR: DeputadoGERSON PERES. PARECER: pela inadmissibilidade. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 305/08 – do Sr. Pompeo de Mattos – que “altera a redação do caput e acrescenta § 3º ao art. 61 e altera a redação 21204 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS do caput do art. 64, todos da Constituição Federal, para atribuir ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil a iniciativa de leis complementares e ordinárias referentes à administração da justiça”. RELATOR: DeputadoFLÁVIO DINO. PARECER: pela admissibilidade. Vista ao DeputadoVicente Arruda, em 16/03/2010. Mantida a inscrição do Deputado José Genoíno, em 16/03/2010. Discutiram a matéria os Deputados José Genoíno, Vicente Arruda, Gerson Peres e Sérgio Barradas Carneiro. Mantidas as inscrições dos DeputadosZenaldo Coutinho, Antonio Carlos Pannunzio, Flávio Dino, Bonifácio de Andrada, Maurício Rands e Marcelo Ortiz, em 05/05/2010. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 341/09 – do Sr. Regis de Oliveira – que “modifica os dispositivos constitucionais retirando do texto matéria que não é constitucional”. RELATOR: DeputadoSÉRGIO BARRADAS CARNEIRO. PARECER: pela admissibilidade, com dois substitutivos. Vista conjunta aos DeputadosAntonio Carlos Biscaia, Colbert Martins, Gerson Peres, Jorginho Maluly, Luiz Couto, Marcelo Itagiba, Mendonça Prado e Roberto Magalhães, em 14/07/2009. O Deputado Marcelo Itagiba apresentou voto em separado em 07/08/2009. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 353/09 – do Sr. Roberto Rocha – que “altera os arts. 149, 150, 153, 155, 156, 158 e 161 da Constituição Federal”. RELATOR: DeputadoMARCELO ORTIZ. PARECER: pela admissibilidade. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 364/09 – do Sr. Valtenir Pereira – que “dá nova redação ao inciso XLIII, do art. 5° da Constituição Federal”. RELATOR: DeputadoCIRO NOGUEIRA. PARECER: pela admissibilidade. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 376/09 – do Sr. Ernandes Amorim – que “estabelece a coincidência geral dos pleitos para todos os mandatos eletivos, aumenta de 8 para 10 anos o mandato de Senador, estabelece o mandato de 5 anos para todos os cargos eletivos e põe fim ao instituto da reeleição para os cargos do Poder Executivo”. (Apensado: PEC 378/2009) RELATOR: DeputadoGERALDO PUDIM. PARECER: pela admissibilidade desta e da PEC 378/2009, apensada. Maio de 2010 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 381/09 – do Sr. Regis de Oliveira – que “acrescenta o art. 144-A à Constituição Federal, criando e disciplinando o Conselho Nacional de Polícia”. RELATOR: DeputadoMARCELO ORTIZ. PARECER: pela admissibilidade. Vista conjunta aos DeputadosLuiz Couto, Paes Landim e Vicente Arruda, em 05/05/2010. O DeputadoPaes Landim apresentou voto em separado em 12/05/2010. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 385/09 – do Sr. Manoel Junior – que “acrescenta inciso V ao § 1º do art. 155 e inciso V ao art. 158 da Constituição Federal”. RELATOR: DeputadoMENDES RIBEIRO FILHO. PARECER: pela admissibilidade. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 405/09 – do Sr. Cleber Verde – que “altera a redação do § 8º do art. 195 da Constituição Federal, para assegurar ao Garimpeiro e ao Pequeno Minerador o direito à aposentadoria”. RELATOR: DeputadoARNALDO FARIA DE SÁ. PARECER: pela admissibilidade. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 406/09 – do Sr. Alfredo Kaefer – que “altera a redação do inciso IV do art. 158, do art. 159 e do art. 198, da Constituição Federal, para aumentar a parcela pertencente aos Municípios do produto da arrecadação do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, estabelecer montante mínimo anual de recursos do Fundo de Participação dos Municípios e seu aumento, e determinar que a União entregue aos Municípios parte da arrecadação das contribuições sociais sobre a receita ou o faturamento e sobre o lucro”. RELATOR: DeputadoVITAL DO RÊGO FILHO. PARECER: pela admissibilidade. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 422/09 – do Sr. Tadeu Filippelli – que “acrescenta os arts. 97, 98 e 99 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para desmembramento das áreas dos Municípios do Estado de Goiás que especifica e sua incorporação definitiva ao território do Distrito Federal”. RELATOR: DeputadoFLÁVIO DINO. PARECER: pela admissibilidade. Vista conjunta aos Deputados Efraim Filho e João Campos, em 15/12/2009. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 427/09 – do Senado Federal – Lúcia Vânia – que “altera o art. 193 da Constituição Federal”. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS RELATOR: DeputadoANTONIO CARLOS PANNUNZIO. PARECER: pela admissibilidade. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 430/09 – do Sr. Celso Russomanno – que “altera a Constituição Federal para dispor sobre a Polícia e Corpos de Bombeiros dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, confere atribuições às Guardas Municipais e dá outras providências”. (Apensado: PEC 432/2009) RELATOR: DeputadoMENDES RIBEIRO FILHO. PARECER: pela admissibilidade desta e da PEC 432/2009, apensada. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 455/10 – do Sr. Roberto Rocha – que “dá nova redação ao caput art. 5° da Constituição Federal, para incluir o meio ambiente ecologicamente equilibrado como um direito fundamental”. RELATOR: DeputadoLEO ALCÂNTARA. PARECER: pela admissibilidade. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 467/10 – do Sr. Sérgio Barradas Carneiro – que “revoga o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela admissibilidade. TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 411/07 – do Sr. Betinho Rosado – que “susta os efeitos de disposição contida no art. 4º da Resolução Normativa nº 207, de 09 de janeiro de 2006, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL”. RELATOR: DeputadoEFRAIM FILHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. PROJETO DE LEI Nº 2.889/97 – do Sr. João Paulo – que “proíbe a cobrança de estacionamento nos parques privativos em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços”. (Apensados: PL 1192/1999 (Apensados: PL 4973/2001, PL 2536/2003, PL 2573/2003 e PL 4304/2008), PL 3351/1997, PL 3356/1997, PL 3467/1997, PL 3552/1997 (Apensado: PL 5375/2005 (Apensado: PL 6061/2009)), PL 4170/2004, PL 5420/2005, PL 6921/2006, PL 7095/2006 (Apensado: PL 6492/2009), PL 7231/2006, PL 352/2007 (Apensados: PL 4471/2008 e PL 5804/2009), PL 1387/2007, PL 1402/2007, PL 1406/2007, PL 2621/2007, PL 3016/2008, PL 4242/2008, PL 4503/2008 e PL 4761/2009) RELATOR: DeputadoCHICO LOPES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, do PL 3732/2008, do PL 4973/2001, do PL 2536/2003, do PL 2573/2003, do PL 4304/2008, do PL 3351/1997, do Terça-feira 18 21205 PL 3356/1997, do PL 3467/1997, do PL 3552/1997, do PL 1192/1999, do PL 4170/2004, do PL 5420/2005, do PL 6921/2006, do PL 7095/2006, do PL 7231/2006, do PL 352/2007, do PL 1387/2007, do PL 1402/2007, do PL 1406/2007, do PL 2621/2007, do PL 3016/2008, do PL 4242/2008, do PL 4503/2008, do PL 4761/2009, do PL 5375/2005, do PL 6061/2009, do PL 6492/2009, do PL 4471/2008 e do PL 5804/2009, apensados, nos termos do Substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor, com emendas. Vista conjunta aos DeputadosColbert Martins, Eduardo Cunha e Regis de Oliveira, em 30/10/2008. O DeputadoRegis de Oliveira apresentou voto em separado em 05/11/2008. Durante verificação da votação de requerimento de retirada de pauta apresentado pelo DeputadoMendonça Prado, a sessão foi encerrada por falta de “quorum”, em 28/04/2010. PROJETO DE LEI Nº 515/03 – do Sr. Jair Bolsonaro – que “acrescenta dispositivo à Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, que “regula o Direito de Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade””. RELATOR: DeputadoMENDES RIBEIRO FILHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo. O DeputadoRegis de Oliveira apresentou voto em separado em 04/03/2009. PROJETO DE LEI Nº 1.982/03 – do Sr. Eduardo Valverde – que “regulamenta a assistência judiciária internacional em matéria penal, a ser prestada ou requerida por autoridades brasileiras, nos casos de investigação, instrução processual e julgamento de delitos, nas hipóteses em que especifica, e estabelece mecanismos de prevenção e bloqueio de operações suspeitas de lavagem de dinheiro”. RELATOR: DeputadoSÉRGIO BARRADAS CARNEIRO. PARECER: pela inconstitucionalidade, injuridicidade, má técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição deste, das Emendas da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e das Subemendas da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. EMENDAS DO SENADO AO PROJETO DE LEI Nº 2.390/03 – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que “dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências””. RELATORA: DeputadaSANDRA ROSADO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa das Emendas do Senado. 21206 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 3.169/04 – da Sra. Rose de Freitas – que “cria o Monumento Natural da Pedra do Penedo, no Município de Vila Velha, Estado do Espírito Santo”. RELATOR: DeputadoSARNEY FILHO. PARECER: pela injuridicidade. ROJETO DE LEI Nº 3.670/04 – do Sr. Paulo Rubem Santiago – que “altera a Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e revoga o art. 34 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e o art. 83 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996”. (Apensado: PL 1606/2007) RELATOR: DeputadoNELSON TRAD. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e do PL 1606/2007, apensado, com substitutivo. Vista conjunta aos DeputadosAntonio Carlos Biscaia, Eduardo Valverde, Fernando Coruja, Flávio Dino, Geraldo Pudim, Gerson Peres, João Campos, Jorginho Maluly, Joseph Bandeira, Marcelo Itagiba, Marcelo Ortiz, Odair Cunha, Roberto Magalhães e Silvinho Peccioli, em 05/03/2008. PROJETO DE LEI Nº 5.140/05 – do Sr. Marcelo Barbieri – que “modifica a Consolidação das Leis do Trabalho para dispor sobre a execução trabalhista e a aplicação do princípio da desconsideração da personalidade jurídica”. (Apensados: PL 5328/2005 e PL 870/2007) RELATOR: DeputadoZENALDO COUTINHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e do PL 5328/2005, apensado, nos termos do Substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição do PL 870/2007, apensado. Vista ao DeputadoEfraim Filho, em 07/05/2009. Os Deputados Luiz Couto e Regis de Oliveira apresentaram votos em separado. Adiada a votação, em virtude da falta de “quorum”, em 11/05/2010. PROJETO DE LEI Nº 5.172/05 – do Sr. Celso Russomanno – que “estabelece que as instituições de ensino superior podem ser autorizadas a executar serviço de radiodifusão comunitária”. RELATOR: DeputadoCARLOS WILLIAN. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, nos termos do Substitutivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. PROJETO DE LEI Nº 182/07 – do Sr. Takayama – que “dispoe sobre bloqueio judicial de conta bancária”. RELATOR: DeputadoEDUARDO CUNHA. Maio de 2010 PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. PROJETO DE LEI Nº 2.453/07 – da Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as causas, conseqüências e responsáveis pela crise do sistema de tráfego aéreo brasileiro, desencadeada após o acidente aéreo ocorrido no dia 29 de setembro de 2006, envolvendo um Boeing 737-800, da Gol (vôo 1907), e um jato Legacy, da América ExcelAire, com mais de uma centena de vítimas. – que “dispõe sobre o Sistema de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), a inviolabilidade do sigilo de suas investigações e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, nos termos do Substitutivo da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. PROJETO DE LEI Nº 3.063/08 – do Sr. Edio Lopes – que “altera a redação do art. 282, do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940”. RELATOR: DeputadoJOÃO CAMPOS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo. PROJETO DE LEI Nº 3.135/08 – da Sra. Manuela D’ávila – que “acrescenta a alínea “m” ao inciso II do art. 61 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal Brasileiro”. RELATOR: DeputadoBONIFÁCIO DE ANDRADA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. O DeputadoSérgio Barradas Carneiro apresentou voto em separado em 04/05/2010. PROJETO DE LEI Nº 3.622/08 – do Sr. Vital do Rêgo Filho – que “torna imprescritível a pretensão punitiva relativa a crimes hediondos”. RELATOR: DeputadoROBERTO MAGALHÃES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo. Vista ao DeputadoMendonça Prado, em 12/11/2009. PROJETO DE LEI Nº 3.821/08 – do Sr. Flávio Bezerra – que “acresce dispositivo no parágrafo único do art. 33 da Lei nº 9.605, de 1998”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com emenda. Vista conjunta aos Deputados Luiz Couto e Márcio Marinho, em 20/04/2010. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS D – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: PRAZO CONSTITUCIONAL PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.343/09 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1915/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Paubrasiliense de Radiodifusão Comunitária – APRC a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Pau Brasil, Estado da Bahia”. RELATOR: DeputadoPAULO MAGALHÃES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.408/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1658/2009) – que “aprova o ato que outorga permissão à Vale Verde Comunicações e Serviços Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de São Domingos do Prata, Estado de Minas Gerais”. RELATOR: DeputadoALEXANDRE SILVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.423/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1973/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária Rebouças FM – Paraná a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Rebouças, Estado do Paraná”. RELATOR: DeputadoOSMAR SERRAGLIO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.440/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 2093/2009) – que “aprova o ato que outorga permissão à Fundação Cultural Alzira da Silva Corrêa para executar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, com fins exclusivamente educativos, no Município de Luís Eduardo Magalhães, Estado da Bahia”. RELATOR: DeputadoPAULO MAGALHÃES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.504/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1958/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária e Cultural Jeruel a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de Terça-feira 18 21207 exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Pirapora, Estado de Minas Gerais”. RELATORA: DeputadaMARIA LÚCIA CARDOSO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.507/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1977/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Cultural Educativa e Desportiva “Monsenhor Jadir Brandão Costa” a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Felixlândia, Estado de Minas Gerais”. RELATORA: DeputadaMARIA LÚCIA CARDOSO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.517/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 2037/2009) – que “aprova o ato que outorga permissão à Rádio Som Alvorada Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Paranã, Estado do Tocantins”. RELATOR: DeputadoZENALDO COUTINHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.528/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 2066/2009) – que “aprova o ato que renova a permissão outorgada à Divisa FM Stéreo de Ourinhos Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Ourinhos, Estado de São Paulo”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.536/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 2086/2009) – que “aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Clube do Pará PRC-5 Ltda. para explorar, serviço de radiodifusão sonora em onda tropical, no Município de Belém, Estado do Pará”. RELATOR: DeputadoGERSON PERES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.557/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 2101/2010) – que “aprova o ato que outorga concessão à Rádio Bel Ltda. para explorar 21208 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS serviço de radiodifusão de sons e imagens, no Município de Varginha, Estado de Minas Gerais”. RELATOR: DeputadoCIRO NOGUEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.562/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 2076/2009) – que “aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Renascença Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, no Município de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo”. RELATOR: DeputadoCIRO NOGUEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.564/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 2068/2009) – que “aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio TV do Amazonas Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Manaus, Estado do Amazonas”. RELATOR: DeputadoZENALDO COUTINHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.576/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1629/2009) – que “aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio TV do Amazonas Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, no Município de Manacapuru, Estado do Amazonas”. RELATOR: DeputadoZENALDO COUTINHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.583/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1976/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária e Cultural Progresso a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Santa Lúcia, Estado de São Paulo”. RELATOR: DeputadoPAULO MALUF. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.586/10 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 1998/2009) – que “aprova o ato que autoriza a Associação Social e Beneficente Distrital a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de Maio de 2010 exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Ananindeua, Estado do Pará”. RELATOR: DeputadoZENALDO COUTINHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PRIORIDADE PROJETO DE LEI Nº 6.129/90 – do Senado Federal – FRANCISCO ROLLEMBERG – (PLS 123/1989) – que “estabelece diretrizes para uma Política Nacional de Habitação Rural e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoGERALDO PUDIM. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, da Emenda 2 da Comissão de Desenvolvimento Urbano e das Emendas 1 a 5 da Comissão de Finanças e Tributação, com substitutivo; e pela constitucionalidade, injuridicidade, má técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição da Emenda 1 da Comissão de Desenvolvimento Urbano. Vista ao Deputado Sérgio Barradas Carneiro, em 11/11/2008. O DeputadoSérgio Barradas Carneiro apresentou voto em separado em 07/04/2009. PROJETO DE LEI Nº 3.003/04 – do Sr. Tadeu Filippelli – que “dispõe sobre a alteração da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoGERALDO PUDIM. PARECER: Parecer com Complementação de Voto, Dep. Geraldo Pudim (PMDB-RJ), pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com substitutivo. Vista conjunta aos DeputadosBonifácio de Andrada, Luiz Couto e Silvinho Peccioli, em 03/06/2008. O DeputadoLuiz Couto apresentou voto em separado em 01/04/2009. PROJETO DE LEI Nº 6.751/06 – do Poder Executivo – que “autoriza a República Federativa do Brasil a efetuar doações a iniciativas internacionais de auxílio ao desenvolvimento”. RELATOR: DeputadoSÉRGIO BARRADAS CARNEIRO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, do Substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e da Subemenda da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. Vista conjunta aos Deputados João Campos e Mendonça Prado, em 23/03/2010. PROJETO DE LEI Nº 412/07 – do Senado Federal – Paulo Paim – (PLS 286/2006) – que “institui o Dia Nacional de reflexão do “Cantando as Diferenças”” RELATOR: DeputadoMOREIRA MENDES. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PARECER: pela inconstitucionalidade, injuridicidade e técnica legislativa. Vista ao DeputadoLuiz Couto, em 10/04/2008. O DeputadoLuiz Couto apresentou voto em separado em 15/04/2008. PROJETO DE LEI Nº 3.115/08 – do Senado Federal – Inácio Arruda – (PLS 69/2007) – que “institui o “Selo Estatuto da Cidade”, com o objetivo de impulsionar a implementação das ações e diretrizes contidas na Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que “regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências””. RELATOR: DeputadoPAULO MALUF. PARECER: pela inconstitucionalidade. Vista ao DeputadoChico Lopes, em 06/05/2010. PROJETO DE LEI Nº 3.236/08 – do Senado Federal – Marconi Perillo – (PLS 506/2007) – que “altera a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, para determinar a manutenção preventiva das redes de drenagem pluvial”. RELATOR: DeputadoCOLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Vista conjunta aos Deputados João Campos e José Genoíno, em 16/03/2010. PROJETO DE LEI Nº 3.939/08 – do Senado Federal – Demóstenes Torres – que “revoga o § 4º do art. 600 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, para não mais permitir que o apelante apresente as razões do recurso de apelação diretamente na instância superior”. (Apensado: PL 2633/2007) RELATOR: DeputadoEFRAIM FILHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com emenda, e do PL 2.633/2007, apensado, e, no mérito, pela aprovação. Vista conjunta aos DeputadosGeraldo Pudim e José Eduardo Cardozo, em 23/03/2010. O Deputado Geraldo Pudim apresentou voto em separado em 30/03/2010. PROJETO DE LEI Nº 4.570/08 – TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO – que “acrescenta dois cargos em comissão no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal de Contas da União para provimento em Gabinete de Auditor do Tribunal de Contas da União”. RELATOR: DeputadoELISEU PADILHA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e da Emenda da Comissão de Finanças e Tributação. Terça-feira 18 21209 TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA PROJETO DE LEI Nº 2.808/97 – do Sr. Jair Bolsonaro – que “altera o art. 83 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências””. (Apensados: PL 1596/2003 e PL 6081/2005) RELATORA: DeputadaSANDRA ROSADO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, do Substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família, com subemenda, do PL 1596/2003 e do PL 6081/2005, apensados. Vista conjunta aos DeputadosChico Lopes e Mendonça Prado, em 12/03/2009. O Deputado José Eduardo Cardozo apresentou voto em separado em 02/04/2009. PROJETO DE LEI Nº 2.179/99 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “prevê a elaboração e a aprovação de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) como requisitos prévios para a implantação de estabelecimentos comerciais de grande porte em áreas urbanas”. RELATOR: DeputadoEDUARDO CUNHA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e dos Substitutivos da Comissão de Desenvolvimento Urbano e da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, com subemenda. PROJETO DE LEI Nº 5.696/01 – do Sr. Pedro Fernandes – que “altera o § 2º, do art. 3º, da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, faculta a aplicação do rito sumaríssimo da referida Lei às causas que especifica e dá outras providências”. (Apensados: PL 599/2003 e PL 1415/2003 (Apensado: PL 1690/2007)) RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PARECER: pela inconstitucionalidade, injuridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição deste, do PL 599/2003, do PL 1415/2003 e do PL 1690/2007, apensados. Vista ao DeputadoGeraldo Pudim, em 28/10/2008. O Deputado Geraldo Pudim apresentou voto em separado em 11/11/2008. PROJETO DE LEI Nº 6.963/02 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “institui diretriz sobre a obrigatoriedade de implantação de programas de racionalização do uso da água”. (Apensado: PL 7345/2002) RELATOR: DeputadoANTONIO CARLOS PANNUNZIO. PARECER: Parecer com Complementação de Voto, Dep. Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, do Substitutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e do PL 7345/2002, apensado, com substitutivo. 21210 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Vista ao DeputadoLuiz Couto, em 06/05/2010. Vista ao DeputadoLuiz Couto, em 28/04/2010. PROJETO DE LEI Nº 544/03 – do Sr. Nelson Marquezelli – que “dispõe sobre a prática da drenagem linfática manual nos hospitais públicos, contratados, conveniados e cadastrados do Sistema Único de Saúde – SUS “. RELATOR: DeputadoNELSON TRAD. PARECER: pela inconstitucionalidade. Vista ao DeputadoRicardo Barros, em 16/04/2009. PROJETO DE LEI Nº 4.286/04 – do Sr. Celso Russomanno – que “altera a Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985, que “institui salário adicional para os empregados no setor de energia elétrica, em condições de periculosidade”, para tornar obrigatório o seguro contra acidentes pessoais”. RELATOR: DeputadoEDUARDO CUNHA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda. PROJETO DE LEI Nº 721/03 – do Sr. Tadeu Filippelli – que “altera a redação do art. 16 e respectivo § 1º, da Lei nº 7. 827, de 27 de setembro de 1989”. RELATOR: DeputadoCOLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do Substitutivo da Comissão de Finanças e Tributação. Vista conjunta aos Deputados Luiz Couto e Silvinho Peccioli, em 16/12/2008. PROJETO DE LEI Nº 1.408/03 – da Sra. Lúcia Braga – que “estabelece para idosos a partir de sessenta e cinco anos vantagem na compra de passagem em transporte rodoviário intermunicipal e interestadual”. (Apensados: PL 1758/2003, PL 2722/2003, PL 2879/2004, PL 2907/2004, PL 3528/2004 e PL 5132/2005) RELATOR: DeputadoRICARDO TRIPOLI. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, do Substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família, do PL 1758/2003, do PL 2722/2003, do PL 2879/2004, do PL 2907/2004, do PL 3528/2004 e do PL 5132/2005, apensados. Vista ao DeputadoLuiz Couto, em 24/06/2009. PROJETO DE LEI Nº 3.069/04 – do Sr. Geraldo Resende – que “dispõe sobre atendimento diferenciado à mulher chefe de família nos programas habitacionais populares, e dá outras providências”. RELATORA: DeputadaMARIA DO ROSÁRIO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do Substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Urbano. Vista ao DeputadoJoão Campos, em 16/03/2010. PROJETO DE LEI Nº 4.097/04 – do Sr. Zenaldo Coutinho – que “dispõe sobre as condições para a realização e análise de exames genéticos em seres humanos”. (Apensado: PL 1497/2007 (Apensado: PL 1505/2007)) RELATOR: DeputadoCOLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, do PL 1497/2007 e do PL 1505/2007, apensados, nos termos do Substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família, com subemenda. PROJETO DE LEI Nº 4.667/04 – do Sr. José Eduardo Cardozo – que “dispõe sobre os efeitos jurídicos das decisões dos Organismos Internacionais de Proteção aos Direitos Humanos e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoLUIZ COUTO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, com substitutivo, e pela rejeição da Emenda da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e do Substitutivo da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. PROJETO DE LEI Nº 4.875/05 – do Sr. Wladimir Costa – que “acrescenta a alínea “j”, ao art. 4º, da Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, que regula o direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade”. RELATOR: DeputadoWILSON SANTIAGO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. Vista conjunta aos DeputadosAntonio Carlos Biscaia, João Campos, Mendonça Prado e Sérgio Barradas Carneiro, em 02/04/2009. Os DeputadosCelso Russomanno e Sandra Rosado apresentaram votos em separado. PROJETO DE LEI Nº 5.062/05 – do Sr. Wladimir Costa – que “dispõe sobre a sujeição da OAB ao controle externo”. RELATOR: DeputadoMARCELO ORTIZ. PARECER: pela inconstitucionalidade. PROJETO DE LEI Nº 5.605/05 – da Sra. Gorete Pereira – que “acrescenta artigo à Consolidação das Leis do Trabalho, para dispor sobre a aplicação de multas trabalhistas a entidades filantrópicas que dependem da transferência de recursos públicos”. RELATOR: DeputadoARACELY DE PAULA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e da Emenda da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Vista conjunta aos DeputadosColbert Martins e Luiz Couto, em 05/08/2009. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O DeputadoLuiz Couto apresentou voto em separado em 24/09/2009. PROJETO DE LEI Nº 6.161/05 – do Sr. Jair Bolsonaro – que “revoga o § 2º, do art. 5º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, nos termos do Substitutivo da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. O DeputadoLuiz Couto apresentou voto em separado em 04/12/2009. PROJETO DE LEI Nº 6.243/05 – da Sra. Sandra Rosado – que “acrescenta inciso ao art. 473 da CLT, a fim de permitir ao empregado deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo de salário para acompanhar filho em virtude de enfermidade”. RELATOR: DeputadoCHICO LOPES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com emendas, e do Substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família, com subemendas. PROJETO DE LEI Nº 6.479/06 – do Sr. Zequinha Marinho – que “”Altera os limites do Parque Nacional da Serra do Pardo”” RELATOR: DeputadoGERSON PERES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do Substitutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. PROJETO DE LEI Nº 28/07 – do Sr. Edinho Bez – que “altera a Lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000, para prorrogar a vigência das sanções relativas ao descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal”. RELATOR: DeputadoMARCELO ORTIZ. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com emenda. Vista conjunta aos DeputadosJosé Maia Filho, Pastor Manoel Ferreira e Regis de Oliveira, em 30/06/2009. O DeputadoRegis de Oliveira apresentou voto em separado em 07/07/2009. PROJETO DE LEI Nº 353/07 – do Sr. Laerte Bessa – que “altera a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, regulando o porte de arma funcional dos integrantes dos órgãos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal, e permitindo a doação de armas de fogo, acessórios e munição apreendidas para Terça-feira 18 21211 as polícias civil, federal e militar, visando o combate ao crime e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoJOÃO CAMPOS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, nos termos das emendas da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, com subemendas. PROJETO DE LEI Nº 361/07 – do Sr. João Campos – que “dispõe sobre suspensão de prazos processuais em caso de advogada que deu á luz”. RELATORA: DeputadaSOLANGE AMARAL. PARECER: Parecer com Complementação de Voto, Dep. Solange Amaral (DEM-RJ), pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. Vista ao Deputado Antonio Carlos Biscaia, em 26/03/2008. O DeputadoRegis de Oliveira apresentou voto em separado em 07/07/2009. PROJETO DE LEI Nº 441/07 – da Sra. Sandra Rosado – que “acrescenta dispositivo ao art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, estabelecendo como equipamento obrigatório dos veículos que menciona, as barras laterais de proteção”. (Apensado: PL 3695/2008) RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com emendas, das Emendas da Comissão de Viação e Transportes e do PL 3695/2008, apensado. Vista conjunta aos DeputadosColbert Martins e Luiz Couto, em 15/07/2009. PROJETO DE LEI Nº 609/07 – do Sr. Luiz Sérgio – que “regulamenta as profissões de Pesquisador de Mercado, Opinião e Mídia e de Técnico de Pesquisa de Mercado, Opinião e Mídia” (Apensado: PL 1201/2007) RELATOR: DeputadoJOSÉ EDUARDO CARDOZO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, nos termos da Emenda da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e pela inconstitucionalidade do PL 1201/2007, apensado. PROJETO DE LEI Nº 1.018/07 – do Sr. Celso Russomanno – que “acrescenta dispositivos à Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para dispor sobre a renovação da frota de veículos das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transportes de valores”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com emenda, e das emendas da 21212 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão de Viação e Transportes; e pela antirregimentalidade da emenda apresentada nesta Comissão. PROJETO DE LEI Nº 1.126/07 – do Sr. Gastão Vieira – que “altera o art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para atribuir à União a incumbência de estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, os conteúdos mínimos de cada ano letivo da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio”. RELATOR: DeputadoCOLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE LEI Nº 2.466/07 – do Sr. Ilderlei Cordeiro – que “dispõe sobre o valor das multas aplicáveis a infrações ambientais em propriedades rurais”. RELATOR: DeputadoCARLOS WILLIAN. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do Substitutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com subemenda. PROJETO DE LEI Nº 2.945/08 – do Sr. Carlos Bezerra – que “altera o art. 15 do Código Civil”. (Apensado: PL 3208/2008) RELATOR: DeputadoCOLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição deste e pela aprovação do PL 3208/2008, apensado. Vista ao DeputadoEduardo Cunha, em 09/12/2008. PROJETO DE LEI Nº 2.986/08 – do Sr. Vinicius Carvalho – que “veda a inscrição de nome de consumidor de serviço público em cadastro de restrição ao crédito”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e das Emendas da Comissão de Defesa do Consumidor, com subemenda. PROJETO DE LEI Nº 3.079/08 – do Sr. Chico Lopes – que “estabelece obrigatoriedade de divulgação de normas de segurança no transporte terrestre e aquaviário de passageiros”. RELATOR: DeputadoJUTAHY JUNIOR. PARECER: pela inconstitucionalidade deste e do Substitutivo da Comissão de Viação e Transportes. PROJETO DE LEI Nº 3.161/08 – do Sr. Antonio Carlos Biscaia – que “acrescenta parágrafos ao art. 293 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, disciplinando a cobrança de juros progressivos e dá outras providências”. (Apensado: PL 3184/2008) RELATOR: DeputadoEDUARDO CUNHA. PARECER: inconstitucionalidade, injuridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição deste; e pela Maio de 2010 constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação do PL 3184/2008, apensado, com emenda. O DeputadoLuiz Couto apresentou voto em separado em 04/05/2010. PROJETO DE LEI Nº 3.377/08 – do Sr. Carlos Souza – que “acrescenta artigo à Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985 – Lei da Ação Civil Pública, para estabelecer prazo prescricional”. RELATOR: DeputadoBONIFÁCIO DE ANDRADA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. Vista ao DeputadoLuiz Couto, em 07/05/2009. O DeputadoLuiz Couto apresentou voto em separado em 04/06/2009. PROJETO DE LEI Nº 3.378/08 – do Sr. Antonio Palocci – que “dispõe sobre a alteração do artigo 20 da Lei Federal n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002, visando garantir a liberdade de expressão e informação”. RELATOR: DeputadoJOSÉ EDUARDO CARDOZO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo. Vista ao DeputadoRegis de Oliveira, em 28/04/2009. Encerrada a discussão, em 05/05/2009. PROJETO DE LEI Nº 3.545/08 – do Sr. Eduardo Cunha – que “cria o programa de incentivo ao atendimento voluntário para alunos com deficiência no aprendizado escolar”. RELATOR: DeputadoGERALDO PUDIM. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, nos termos das emendas da Comissão de Educação e Cultura. Vista ao Deputado Antonio Carlos Biscaia, em 12/11/2009. PROJETO DE LEI Nº 3.562/08 – do Sr. Filipe Pereira – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que “dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoLEO ALCÂNTARA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do Substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor, com subemenda. PROJETO DE LEI Nº 3.600/08 – do Sr. Vinicius Carvalho – que “acrescenta novo parágrafo ao art. 42 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que “Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências””. RELATOR: DeputadoCOLBERT MARTINS. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21213 PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e da Emenda da Comissão de Defesa do Consumidor. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE LEI Nº 3.729/08 – do Sr. Aelton Freitas – que “denomina Ney Junqueira, Dr José Humberto Rodrigues da Cunha, Professor Mário Palmério, Alexandre Jorge, Romes Daher, Adauto Pereira de Almeida e Major Geraldo da Silva Viera os viadutos localizados no perímetro urbano da Cidade de Uberaba – MG”. RELATOR: DeputadoBONIFÁCIO DE ANDRADA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE LEI Nº 4.516/08 – do Sr. Otavio Leite – (PL 3682/2008) – que “dispõe sobre a construção de cômodo para porteiros e demais empregados de edificações residenciais multifamiliares, comerciais e de serviços” RELATOR: DeputadoINDIO DA COSTA. PARECER: pela inconstitucionalidade. Vista conjunta aos DeputadosBonifácio de Andrada e Luiz Couto, em 06/05/2010. PROJETO DE LEI Nº 3.743/08 – do Sr. Paulo Rubem Santiago – que “acrescenta parágrafo único ao art. 201 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo Civil”. (Apensado: PL 5585/2009) RELATOR: DeputadoWOLNEY QUEIROZ. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e do PL 5585/2009, apensado, com substitutivo. PROJETO DE LEI Nº 5.023/09 – do Sr. Paulo Roberto – que “revoga o parágrafo único do art.147 do Código Penal”. RELATOR: DeputadoGEORGE HILTON. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo. PROJETO DE LEI Nº 3.833/08 – do Sr. Valdir Colatto – que “altera a Lei nº 7.408 de 25 de novembro de 1985, para dispor sobre a tolerância máxima sobre limites de peso dos veículos de carga”. RELATOR: DeputadoANTONIO CARLOS PANNUNZIO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, nos termos do Substitutivo da Comissão de Viação e Transportes, com subemenda. Vista ao DeputadoLuiz Couto, em 23/03/2010. PROJETO DE LEI Nº 3.912/08 – do Sr. Bernardo Ariston – que “acrescenta dispositivo ao artigo 312 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal”. RELATOR: DeputadoGERALDO PUDIM. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. Vista conjunta aos Deputados José Genoíno e Luiz Couto, em 28/05/2009. PROJETO DE LEI Nº 4.082/08 – do Sr. Walter Brito Neto – que “dá nova redação ao art. 5º da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que “Institui o Código Civil””. RELATOR: DeputadoCOLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. Vista ao Deputado Roberto Magalhães, em 22/10/2009. PROJETO DE LEI Nº 4.367/08 – da Sra. Elcione Barbalho – que “estabelece que o namoro configura relação íntima de afeto para os efeitos da Lei 11.340, de 7 de Agosto de 2006 – Lei Maria da Penha”. PROJETO DE LEI Nº 5.203/09 – do Sr. Arlindo Chinaglia – que “dispõe sobre as comissões intergestores do Sistema Único de Saúde e suas respectivas composições e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoJUTAHY JUNIOR. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com substitutivo. PROJETO DE LEI Nº 5.710/09 – do Sr. Átila Lira – que “dispõe sobre a denominação da Barragem de Piaus, no rio Marçal, entre os Municípios de Pio IX e São Julião, no Estado do Piauí”. RELATOR: DeputadoJOSÉ MAIA FILHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE LEI Nº 5.998/09 – do Sr. Marcelo Itagiba – que “declara a “Feira Nordestina de São Cristóvão” Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. PROJETO DE LEI Nº 6.011/09 – do Sr. José C. Stangarlini – que “institui o Dia do Corretor de Seguros”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e da Emenda da Comissão de Educação e Cultura. PROJETO DE LEI Nº 6.013/09 – do Sr. José C. Stangarlini – que “institui o Dia do Securitário”. RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e da Emenda da Comissão de Educação e Cultura. 21214 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 PROJETO DE LEI Nº 6.438/09 – do Sr. Vital do Rêgo Filho – que “acrescenta dispositivo na Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, para exigir depósito prévio para interposição do recurso de apelação”. RELATOR: DeputadoCOLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo. 1964, 8.177, de 1º de março de 1991, e 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoNELSON TRAD. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-05-10 AVISOS PROJETO DE LEI Nº 4.533/08 – do Sr. Jurandy Loureiro – que “acrescenta dispositivo sobre o tempo máximo de permanência na direção de estabelecimentos penais à Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que dispõe sobre a Execução Penal”. RELATOR: DeputadoVIEIRA DA CUNHA. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 534/07 – da Sra. Bel Mesquita – que “altera o caput do art. 852-A da Consolidação das Leis do Trabalho para aumentar o valor do limite máximo das causas submetidas ao procedimento sumaríssimo”. RELATOR: DeputadoGERALDO PUDIM. B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 932/07 – do Sr. Mauro Nazif – que “”Acrescenta dispositivo à Lei nº 7.986, de 28 de dezembro de 1989, para garantir o recebimento de gratificação natalina aos beneficiários de pensão vitalícia por ela instituída.”” RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21-05-10 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 2.021/07 – do Sr. Moreira Mendes – que “altera o art. 12 da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, que dispõe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal, alterado pelo art. 4º da Medida Provisória nº 2.183-56, de 24 de agosto de 2001, que acresce e altera dispositivos do Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, das Leis nºs 4.504, de 30 de novembro de Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 4.957/09 – do Sr. Carlos Bezerra – que “acrescenta artigo à Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoLEONARDO PICCIANI. PROJETO DE LEI Nº 6.275/09 – do Sr. Professor Victorio Galli – que “dispõe sobre a prescrição de informações negativas contidas em bancos de dados e cadastros de consumidores”. RELATOR: DeputadoCHICO LOPES. PROJETO DE LEI Nº 7.086/10 – do Senado Federal – Garibaldi Alves Filho – (PLS 418/2009) – que “acrescenta § 3º ao art. 1.565 e parágrafo único ao art. 1.725 da Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para autorizar o cartório que registrar o casamento ou lavrar a escritura de união estável a comunicar a outros órgãos a alteração de patronímicos e o regime de bens adotado”. RELATOR: DeputadoSÉRGIO BARRADAS CARNEIRO. PROJETO DE LEI Nº 7.107/10 – do Sr. Flávio Dino – que “altera dispositivos do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal”. RELATOR: DeputadoREGIS DE OLIVEIRA. PROJETO DE LEI Nº 7.135/10 – do Sr. Hugo Leal – que “altera a Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, que ‘’dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para estipular que a devolução dos autos pelo advogado dentro do prazo determinado na intimação publicada no Diário Oficial não constitui a infração disciplinar”. RELATOR: DeputadoMARCELO ORTIZ. PROJETO DE LEI Nº 7.187/10 – do Sr. Clóvis Fecury – que “obriga a intimação pessoal ou por AR do Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS proprietário quando ele não for parte no processo de conhecimento”. RELATOR: DeputadoROBERTO MAGALHÃES. B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 1.568/07 – do Senado Federal – Gerson Camata – (PLS 99/2003) – que “dispõe sobre requisitos para a concessão, por instituições públicas, de financiamento, crédito e benefícios similares”. RELATOR: DeputadoFÁBIO RAMALHO. PROJETO DE LEI Nº 1.666/07 – do Sr. Eliene Lima – que “altera o § 1º do art. 843 da Consolidação das Leis do Trabalho para estabelecer a exigência de o preposto ser empregado da reclamada, exceto nas hipóteses que especifica”. RELATOR: DeputadoCIRO NOGUEIRA. PROJETO DE LEI Nº 1.964/07 – do Sr. Edson Ezequiel – que “dispõe sobre o fornecimento do documento “nada-consta” pelas instituições financeiras”. RELATOR: DeputadoPAES LANDIM. PROJETO DE LEI Nº 2.548/07 – do Sr. Eliseu Padilha – que “regulamenta o exercício das atividades de Ioga”. RELATOR: DeputadoARNALDO FARIA DE SÁ. PROJETO DE LEI Nº 2.781/08 – do Sr. Walter Brito Neto – que “regulamenta o exercício profissional da grafologia e determina outras providências”. (Apensado: PL 3733/2008) RELATORA: DeputadaSANDRA ROSADO. PROJETO DE LEI Nº 3.056/08 – do Sr. Angelo Vanhoni – que “institui as unidades de preservação do patrimônio cultural brasileiro”. RELATOR: DeputadoMENDES RIBEIRO FILHO. PROJETO DE LEI Nº 3.556/08 – do Sr. Vital do Rêgo Filho – que “altera o art. 3º da Lei nº 7.649, de 25 de janeiro de 1988, que estabelece a obrigatoriedade do cadastramento dos doadores de sangue bem como a realização de exames laboratoriais no sangue coletado, visando a prevenir a propagação de doenças, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoCOLBERT MARTINS. PROJETO DE LEI Nº 3.706/08 – do Sr. Renato Molling – que “altera os arts. 10 e 11 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”. RELATOR: DeputadoCARLOS ABICALIL. PROJETO DE LEI Nº 4.373/08 – da Sra. Sueli Vidigal – que “dispõe sobre a proibição de tratamento discriminatório aos cidadãos doadores de sangue por parte das entidades coletoras”. Terça-feira 18 21215 RELATOR: DeputadoFERNANDO CORUJA. PROJETO DE LEI Nº 4.452/08 – do Sr. Humberto Souto – que “altera o art. 6º da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, obrigando os prestadores de serviços de concessões e permissões públicas a participarem de cursos e normas de atendimento ao consumidor”. RELATORA: DeputadaSANDRA ROSADO. PROJETO DE LEI Nº 4.681/09 – do Sr. Capitão Assumção – que “altera o Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, acrescentando o art. 11-A, prevendo o afastamento para acompanhar cônjuge para os policiais militares e bombeiros militares”. RELATOR: DeputadoJAIR BOLSONARO. PROJETO DE LEI Nº 4.988/09 – da Sra. Luciana Costa – que “institui o Dia do Peão de Rodeio, a ser comemorado, anualmente, no dia 25 de agosto”. RELATOR: DeputadoMÁRCIO FRANÇA. PROJETO DE LEI Nº 5.031/09 – do Senado Federal– Paulo Paim – (PLS 341/2008) – que “denomina “Ponte Luís Carlos Prestes” a ponte transposta sobre o rio Gravataí na BR-116, km 270, nos Municípios de Canoas e Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: DeputadoELISEU PADILHA. PROJETO DE LEI Nº 5.048/09 – do Sr. Inocêncio Oliveira – que “denomina “Viaduto Inspetor Vitorino” o viaduto construído no km 637 da BR-104, no Município de Caruaru, Estado de Pernambuco” RELATOR: DeputadoGONZAGA PATRIOTA. PROJETO DE LEI Nº 5.097/09 – do Sr. Paes de Lira – que “altera a Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, Código Brasileiro de Aeronáutica”. (Apensado: PL 5635/2009) RELATOR: DeputadoJOSÉ GENOÍNO. PROJETO DE LEI Nº 5.496/09 – do Sr. Hugo Leal – que “insere o nome e a efígie de Pedro Aleixo na galeria dos cidadãos brasileiros alçados ao cargo de Presidente da República”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 5.512/09 – do Sr. Vinicius Carvalho – que “dispõe sobre o atendimento ao público pelas empresas”. RELATOR: DeputadoPAULO MAGALHÃES. PROJETO DE LEI Nº 5.582/09 – do Sr. Milton Monti – que “denomina “Prof. Geraldo Maurício Lima” o viaduto localizado no km 75+650m, da BR-153, no município de Bady Bassitt / SP”. RELATOR: DeputadoPAULO MALUF. PROJETO DE LEI Nº 5.674/09 – do Sr. Zezéu Ribeiro – que “denomina Guimarães Rosa a ponte construída sobre o Rio São Francisco, ligando os Municípios 21216 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de Carinhanha e Malhada na BR-030, no Estado da Bahia”. RELATOR: DeputadoCOLBERT MARTINS. PROJETO DE LEI Nº 5.736/09 – do Senado Federal – Cristovam Buarque – (PLS 332/2008) – que “institui o “Dia Nacional do Piso Salarial dos Professores””. RELATOR: DeputadoMENDES RIBEIRO FILHO. PROJETO DE LEI Nº 5.759/09 – da Sra. Gorete Pereira – que “denomina Açude DeputadoFrancisco Diógenes Nogueira, o Açude Figueiredo, localizado no município de Alto Santo, no Ceará”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 5.920/09 – do Poder Executivo – que “dispõe sobre a instituição do Adicional por Participação em Missão no Exterior; a remuneração do Grupo de Suporte à Fiscalização Agropecuária, de que tratam as Leis nºs 10.484, de 3 de julho de 2002, 11.090, de 7 de janeiro de 2005, e 11.344, de 8 de setembro de 2006, da Carreira de Agente Penitenciário Federal, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009, dos Empregos Públicos do Quadro de Pessoal do Hospital das Forças Armadas – HFA, de que trata a Lei nº 10.225, de 15 de maio de 2001, do Plano de Carreiras dos Cargos de Tecnologia Militar, de que tratam as Leis nºs 9.657, de 3 de junho de 1998, e 11.355, de 19 de outubro de 2006, da área de Auditoria do Sistema Único de Saúde, de que trata a Lei nº 11.344, de 8 de setembro de 2006; a instituição de estrutura remuneratória para os cargos efetivos de Engenheiro, Arquiteto, Economista, Estatístico e Geólogo; a remuneração do Plano de Carreiras e Cargos da ABIN, de que trata a Lei nº 11.776, de 17 de setembro de 2008, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoTADEU FILIPPELLI. PROJETO DE LEI Nº 5.982/09 – do Sr. Jair Bolsonaro – que “altera a redação do § 1º do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências”. (Apensado: PL 5997/2009) RELATOR: DeputadoJOÃO CAMPOS. PROJETO DE LEI Nº 6.004/09 – do Sr. Indio da Costa – que “institui o Dia Nacional do Arcebispo Dom Hélder Câmara”. RELATOR: DeputadoTADEU FILIPPELLI. PROJETO DE LEI Nº 6.040/09 – do Sr. Mendes Ribeiro Filho – que “institui o Dia do Técnico Agrícola”. RELATOR: DeputadoELISEU PADILHA. PROJETO DE LEI Nº 6.289/09 – do Sr. Alex Canziani – que “altera a Lei nº 5.917, de 10 de setembro de Maio de 2010 1973, que aprova o Plano Nacional de Viação, de modo a incluir na Relação Descritiva das Rodovias do Sistema Rodoviário Federal, a rodovia de ligação que permitirá o acesso ao Instituto Federal do Paraná – IFPR (Campus Jacarezinho)”. RELATOR: DeputadoOSMAR SERRAGLIO. PROJETO DE LEI Nº 6.299/09 – do Senado Federal – Lúcia Vânia – (PLS 304/2008) – que “altera o caput do art. 60 da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, para reduzir o período sem registro na junta comercial que caracteriza a inatividade do empresário ou da sociedade empresária”. RELATOR: DeputadoVICENTE ARRUDA. PROJETO DE LEI Nº 6.350/09 – da Sra. Perpétua Almeida – que “inscreve o nome do grupo “Seringueiros Soldados da Borracha” no Livro dos Heróis da Pátria”. RELATOR: DeputadoZENALDO COUTINHO. PROJETO DE LEI Nº 6.377/09 – do Senado Federal– Cristovam Buarque – (PLS 171/2008) – que “institui o Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas”. RELATOR: DeputadoFÁBIO RAMALHO. PROJETO DE LEI Nº 6.381/09 – do Senado Federal – Alvaro Dias – (PLS 469/2007) – que “acrescenta artigo à Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, para determinar a divulgação, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, de relatórios periódicos dos postos de combustíveis autuados, interditados e fiscalizados, bem como daqueles sem fiscalização há mais de um ano”. RELATOR: DeputadoFÁBIO RAMALHO. PROJETO DE LEI Nº 6.428/09 – do Sr. Eduardo Barbosa – que “institui o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, e dispõe sobre sua comemoração”. RELATORA: DeputadaSOLANGE AMARAL. PROJETO DE LEI Nº 6.498/09 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “institui o ano de 2011 como o Ano da Holanda no Brasil”. RELATOR: DeputadoOSMAR SERRAGLIO. PROJETO DE LEI Nº 6.532/09 – do Sr. Lobbe Neto – que “confere ao Município de São Carlos, no Estado de São Paulo, o título de “Capital Nacional da Tecnologia””. RELATOR: DeputadoOSMAR SERRAGLIO. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 1.934/07 – do Sr. Wandenkolk Gonçalves – que “dispõe sobre o exercício da profissão de Oleiro ou Ceramista”. RELATOR: DeputadoJOSÉ MAIA FILHO. PROJETO DE LEI Nº 1.985/07 – do Sr. Wellington Fagundes – que “altera o anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, adicionando ao traçado da BR-080 o trecho, desde Entroncamento BR-158 (Vila Ribeirão Bonito) – Ribeirão Cascalheira, passando por Alô Brasil, Canabrava do Norte, São José do Xingu, até a cidade de Matupá”. RELATOR: DeputadoCARLOS BEZERRA. COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: A Definir HORÁRIO: 14h30min A – Audiência Pública: “ discutir o preço do serviço de telefonia móvel no Brasil “. Requerimento nº 242/2010 do Dep. Chico Lopes Convidados: NELSON MITSUO TAKAYANAGI (Confirmado) Gerente Geral de Comunicações Pessoais Terrestres da Superintendência de Serviços Privados (SPV) da ANATEL RICARDO MORISHITA WADA Diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça – DPDC/MJ EDUARDO LEVY ( confirmado) Diretor Executivo da Associação Brasileira de Telecomunicaçôes – Telebrasil AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 6.618/06 – do Sr. José Carlos Machado – que “autoriza o revendedor varejista de combustíveis automotivos a recarregar vasilhames de gás liquefeito de petróleo no estabelecimento denominado posto revendedor”. RELATOR: DeputadoCLAUDIO CAJADO. Terça-feira 18 21217 PROJETO DE LEI Nº 7.052/10 – do Sr. Cleber Verde – que “ “Acrescenta o artigo 37-A e 37 B na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para dispor sobre propaganda enganosa via internet, telemarketing enganoso, spams (mensagens não solicitadas), na publicidade de oferta de crédito ao consumidor em parcelas sem juros.”” RELATOR: DeputadoJULIO SEMEGHINI. PROJETO DE LEI Nº 7.066/10 – do Sr. Vicentinho Alves – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de laboratórios, hospitais e clinica odontológica credenciar a, no mínimo, três convênios de planos de saúde”. RELATOR: DeputadoROBERTO BRITTO. PROJETO DE LEI Nº 7.148/10 – do Sr. Edmar Moreira – que “dispõe sobre o tempo máximo de espera para realização de procedimentos médicos nas Unidades da Rede Pública de Saúde e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoEDSON APARECIDO. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 4.245/08 – do Sr. Filipe Pereira – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor”. (Apensados: PL 5039/2009 e PL 6593/2009) RELATOR: DeputadoLEO ALCÂNTARA. PROJETO DE LEI Nº 3.685/08 – do Sr. Edigar Mão Branca – que “veda a cobrança antecipada de diárias ou serviços em hotéis e estabelecimentos congêneres”. RELATORA: DeputadaANA ARRAES. COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Anexo II, Plenário 05 HORÁRIO: 14h A – Audiência Pública: Tema: “Debater o PDC 1.145, de 2008, que susta o Decreto Nº 6.654/2008, que aprova o Plano Geral de Outorgas de Serviços de telecomunicações prestado no regime público” Requerimento nº 298/2010 Autor: DeputadoDr. Ubiali Convidados: Representante do Ministério das Comunicações; DANIEL SLAVIEIRO – Presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão; 21218 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputado ARNALDO JARDIM – Autor do PDC 1.145/2008; Deputado RAUL JUNGMANN – Autor do PDC 1.145/2008; Deputado EUNÍCIO DE OLIVEIRA – Presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática; DeputadoELISEU PADILHA – Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania; * OBS: Presenças ainda não confirmadas. Maio de 2010 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 5.390/09 – da Sra. Perpétua Almeida – que “dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Brasiléia, Estado do Acre”. RELATOR: DeputadoJURANDIL JUAREZ. AVISOS COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) AVISOS DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 7.207/10 – da Sra. Jô Moraes e outros – que “altera a Subseção II da Seção VI do Capítulo II do Título III da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre a Reabilitação Profissional”. RELATOR: DeputadoANDRE VARGAS. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 5.375/09 – do Sr. Giovanni Queiroz – que “dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Marabá, Estado do Pará”. RELATOR: DeputadoJURANDIL JUAREZ. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 7.133/10 – do Sr. Edmilson Valentim – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de adoção de carregadores de terminais de telefonia celular com interfaces e propriedades elétricas padronizadas”. (Apensado: PL 7262/2010) RELATOR: DeputadoEVANDRO MILHOMEN. PROJETO DE LEI Nº 7.181/10 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “dispõe sobre a regulamentação da atividade das Empresas de Gerenciamento de Riscos em Operações Logísticas”. RELATOR: DeputadoSILAS BRASILEIRO. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-05-10 PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 6.926/10 – do Sr. Ronaldo Caiado – que “dispõe sobre reserva de recurso do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO para o desenvolvimento da Microrregião do Entorno do Distrito Federal”. RELATOR: DeputadoMARCELO MELO. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 3.656/08 – do Sr. Laerte Bessa – que “dispõe sobre a fixação de obstáculos nos limites nas quadras ou conjuntos residenciais dos Estados e do Distrito Federal”. RELATOR: DeputadoMARCELO MELO. PROJETO DE LEI Nº 6.709/09 – do Senado Federal – Rosalba Ciarlini – (PLS 198/2009) – que “altera a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que “regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências”, para acrescer dispositivos de controle social da política urbana e de habitação”. RELATOR: DeputadoCASSIO TANIGUCHI. PROJETO DE LEI Nº 7.059/10 – do Sr. Paulo Roberto Pereira – que “dispõe sobre o limite máximo de tempo de atraso permitido para a entrega de imóvel adquirido antes do término da obra”. RELATOR: DeputadoJOSÉ PAULO TÓFFANO. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS SEMINÁRIO COM A PARTICIPAÇÃO DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS E DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA LOCAL: Auditório Nereu Ramos HORÁRIO: 09h A – Seminário: TEMA: VII SEMINÁRIO DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSSEXUAIS NO CONGRESSO NACIONAL Direitos Humanos de LGBT: Cenários e Perspectivas Origem: Requerimentos: nº 118/10 – da deputada Fátima Bezerra e do deputado Pedro Wilson (CLP); nº 36/10 – da deputada Iriny Lopes (CDH); nº 309/10 – do deputado Iran Barbosa (CEC). • 09h – Inscrições no local • 09:30 – Solenidade de abertura DeputadoPaulo Pimenta Presidente da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados DeputadoDomingos Dutra Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados DeputadoIran Barbosa Representante da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados Senadora Fátima Cleide Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Sra. Lena Peres Representante da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Dra. Ana Maria Costa Diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa, da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde Dr. Eduardo Barbosa Diretor Adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde Lançamento da campanha “Sou Travesti”. Dr. Pedro Chequer Coordenador no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids Sr. Toni Reis Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT Sra. Keila Simpson Vice-Presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT Sra. Yone Lindgren Terça-feira 18 21219 Coordenação Política Nacional da Articulação Brasileira de Lésbicas – ABL O Hino Nacional será entoado pela cantora Ângela Leclery • 10 h – 1ª Mesa Tema: – ANÁLISE DA SITUAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DE LGBT NO BRASIL Coordenadora: DeputadaFederal Manuela D’Ávila Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Expositores*: Dr. Pedro Chequer Coordenador no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids Lançamento da campanha “Igual a Você”. Dra. Deborah Duprat Subprocuradora-Geral da República, Ministério Público Federal Tema: Supremo Tribunal Federal e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade nºs 4275 e 4277 Lena Peres Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Tema: Programa Nacional de Direitos Humanos III e a Comunidade LGBT DeputadaFederal Fátima Bezerra Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, autora do Requerimento nº 118/2010 solicitando junto à Comissão de Legislação Participativa a realização do VII Seminário Sr. Léo Mendes Secretário de Finanças da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Sra. Tathiane Araújo Secretária de Direitos Humanos da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Secretária de Articulação Política da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais Debatedor: DeputadoFederal Iran Barbosa Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, autor do Requerimento nº 309/2010 solicitando junto à Comissão de Educação e Cultura a realização do VII Seminário LGBT • 14h – 2ª Mesa Tema: UNIÃO ESTÁVEL, ESTADO LAICO E FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO Coordenadora: Senadora Serys Slhessarenko Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Expositores*: Dra. Rosa Maria Rodrigues de Oliveira 21220 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Advogada, Doutora em Ciências Humanas, pela Universidade Federal de Santa Catarina Tema: Isto é contra a natureza? Decisões e discursos sobre as conjugalidades homoeróticas em tribunais brasileiros Dr. Marcos Alves da Silva Professor de Direito Civil, Advogado e Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, Mestre em Direito das Relações Sociais pela UFPR e Doutorando em Direito Civil pela UERJ Tema: Fundamentalismo Religioso e Intolerância no Estado Democrático de Direito: a Questão da Homofobia Sr. Jean Wyllys Jornalista, Escritor e Professor da ESPM e Universidade Veiga de Almeida Tema: União Estável, Estado Laico e Fundamentalismo Religioso: Fundamentos Culturais das Homofobias DeputadoFederal José Genoino Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT DeputadoFederal Chico Alencar Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Sra. Irina Bacci Secretária Geral da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Sr. Carlos Magno Secretário de Comunicação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Debatedora: Deputada Federal Professora Raquel Teixeira Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Encerramento do Seminário Promoção: • Comissão de Legislação Participativa • Comissão de Direitos Humanos e Minorias • Comissão de Educação e Cultura • Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT • Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT Apoio: • Secretaria de Direitos Humanos – Presidência da República • Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Presidência da República • Ministério da Saúde – Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa • Ministério da Saúde – Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais • Ministério da Justiça – Secretaria Nacional de Segurança Pública Maio de 2010 • Ministério da Cultura – Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural • Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/ Aids – UNAIDS • Presenças a serem confirmadas. COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA SEMINÁRIO COM A PARTICIPAÇÃO DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS E DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA LOCAL: Auditório Nereu Ramos HORÁRIO: 09h A – Seminário: TEMA: VII SEMINÁRIO DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSSEXUAIS NO CONGRESSO NACIONAL Direitos Humanos de LGBT : Cenários e Perspectivas Origem: Requerimentos: nº 118/10 – da deputada Fátima Bezerra e do deputado Pedro Wilson (CLP); nº 36/10 – da deputada Iriny Lopes (CDH); nº 309/10 – do deputado Iran Barbosa (CEC). • 09h – Inscrições no local • 09:30 – Solenidade de abertura DeputadoPaulo Pimenta Presidente da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados DeputadoDomingos Dutra Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados DeputadoIran Barbosa Representante da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados Senadora Fátima Cleide Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Sra. Lena Peres Representante da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Dra. Ana Maria Costa Diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa, da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde Dr. Eduardo Barbosa Diretor Adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde Lançamento da campanha “Sou Travesti”. Dr. Pedro Chequer Coordenador no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids Sr. Toni Reis Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT Sra. Keila Simpson Vice-Presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT Sra. Yone Lindgren Coordenação Política Nacional da Articulação Brasileira de Lésbicas – ABL O Hino Nacional será entoado pela cantora Ângela Leclery • 10 h – 1ª Mesa Tema: – ANÁLISE DA SITUAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DE LGBT NO BRASIL Coordenadora: DeputadaFederal Manuela D’Ávila Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Expositores*: Dr. Pedro Chequer Coordenador no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids Lançamento da campanha “Igual a Você”. Dra. Deborah Duprat Subprocuradora-Geral da República, Ministério Público Federal Tema: Supremo Tribunal Federal e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade nºs 4275 e 4277 Lena Peres Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Tema: Programa Nacional de Direitos Humanos III e a Comunidade LGBT DeputadaFederal Fátima Bezerra Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, autora do Requerimento nº 118/2010 solicitando junto à Comissão de Legislação Participativa a realização do VII Seminário Sr. Léo Mendes Secretário de Finanças da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Sra. Tathiane Araújo Secretária de Direitos Humanos da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Secretária de Articulação Política da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais Debatedor: DeputadoFederal Iran Barbosa Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, autor do Requerimento nº 309/2010 solicitando junto à Comissão de Educação e Cultura a realização do VII Seminário LGBT • 14h – 2ª Mesa Tema: UNIÃO ESTÁVEL, ESTADO LAICO E FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO Terça-feira 18 21221 Coordenadora: Senadora Serys Slhessarenko Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Expositores*: Dra. Rosa Maria Rodrigues de Oliveira Advogada, Doutora em Ciências Humanas, pela Universidade Federal de Santa Catarina Tema: Isto é contra a natureza? Decisões e discursos sobre as conjugalidades homoeróticas em tribunais brasileiros Dr. Marcos Alves da Silva Professor de Direito Civil, Advogado e Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, Mestre em Direito das Relações Sociais pela UFPR e Doutorando em Direito Civil pela UERJ Tema: Fundamentalismo Religioso e Intolerância no Estado Democrático de Direito: a Questão da Homofobia Sr. Jean Wyllys Jornalista, Escritor e Professor da ESPM e Universidade Veiga de Almeida Tema: União Estável, Estado Laico e Fundamentalismo Religioso: Fundamentos Culturais das Homofobias DeputadoFederal José Genoino Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT DeputadoFederal Chico Alencar Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Sra. Irina Bacci Secretária Geral da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Sr. Carlos Magno Secretário de Comunicação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Debatedora: Deputada Federal Professora Raquel Teixeira Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Encerramento do Seminário Promoção: • Comissão de Legislação Participativa • Comissão de Direitos Humanos e Minorias • Comissão de Educação e Cultura • Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT • Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT Apoio: • Secretaria de Direitos Humanos – Presidência da República • Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Presidência da República 21222 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS • Ministério da Saúde – Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa • Ministério da Saúde – Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais • Ministério da Justiça – Secretaria Nacional de Segurança Pública • Ministério da Cultura – Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural • Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/ Aids – UNAIDS • Presenças a serem confirmadas. REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Anexo II, Plenário 10 HORÁRIO: 14h30min A – Audiência Pública: “ TROTES VIOLENTOS NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR” (Requerimento nº 293/10, de autoria dos Deputados Maria do Rosário e Pedro Wilson) Convidados: ADEMIR FIGUEIREDO Representante do Ministério de Estado da Educação LUIS SÍVERES Representante da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias – ABRUC JEFFERSON APARECIDO DIAS Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão CARMEN LUIZA DA SILVA Representante do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHà (DIA 19/05/2010) Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 5.344/09 – do Senado Federal – Fátima Cleide – que “insere o art. 24-A na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para obrigar as escolas públicas e privadas de educação básica a comprovar a existência de áreas cobertas destinadas à prática de educação física, esportes e recreação”. (Apensados: PL 5384/2009 e PL 6272/2009) RELATOR: DeputadoPAULO RUBEM SANTIAGO. Maio de 2010 PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 4.510/08 – do Sr. Reginaldo Lopes – que “denomina “Viaduto Dom Luciano Mendes de Almeida” o novo viaduto localizado no Km 592 da BR-040 entre os Municípios de Ouro Preto e Itabirito, no Estado de Minas Gerais”. RELATOR: DeputadoGILMAR MACHADO. PROJETO DE LEI Nº 4.592/09 – do Sr. Dr. Pinotti – que “dispõe sobre a criação do Dia Nacional de Combate às Perdas Gestacionais” RELATOR: DeputadoJORGE TADEU MUDALEN. PROJETO DE LEI Nº 5.216/09 – do Sr. Maurício Rands – que “acrescenta parágrafos à Lei nº 11.736, de 10 de julho de 2008, com o objetivo de instituir uma “Semana Nacional de Educação, Conscientização e Orientação sobre a Doença de Alzheimer”, e dá outras providências. Acrescenta parágrafos à Lei 11.736, de 10 de julho de 2008, com o objetivo de instituir uma “Semana Nacional de Educação, Conscientização e Orientação sobre a Doença de Alzheimer”, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoEDUARDO BARBOSA. PROJETO DE LEI Nº 5.457/09 – do Senado Federal – Aloizio Mercadante – (PLS 120/2003) – que “veda a cobrança de qualquer valor em processos seletivos de ingresso em cursos de graduação de instituições públicas federais de educação superior para os candidatos que menciona”. RELATOR: DeputadoMAURO BENEVIDES. PROJETO DE LEI Nº 6.130/09 – do Sr. Felipe Maia – que “autoriza a criação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Zona Oeste da cidade de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte”. RELATOR: DeputadoMARCELO ALMEIDA. PROJETO DE LEI Nº 6.167/09 – do Sr. Andre Vargas – que “denomina Rodovia Cecílio do Rego Almeida o trecho da BR-277 entre as cidades de Paranaguá e Curitiba, no Estado do Paraná”. RELATORA: DeputadaDALVA FIGUEIREDO. PROJETO DE LEI Nº 6.220/09 – do Sr. Rogério Marinho – que “dispõe sobre a criação de Escola Técnica Federal de Goianinha, Rio Grande do Norte”. RELATORA: DeputadaANGELA PORTELA. PROJETO DE LEI Nº 6.434/09 – do Sr. Valdemar Costa Neto – que “denomina como Rodovia Procurador Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21223 Haroldo Fernandes Duarte, o trecho da BR-101, no Estado do Rio de Janeiro, situado entre os Municípios de Santa Cruz e Parati”. RELATORA: DeputadaNILMAR RUIZ. “dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de João Monlevade, no Estado de Minas Gerais”. RELATOR: DeputadoJÚLIO CESAR. PROJETO DE LEI Nº 6.435/09 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “denomina “Rodovia DeputadoÁlvaro Gaudêncio Filho” a BR-412, no trecho entre o Km 0 (zero), na localidade Farinha, no município de Pocinhos (PB), até o final no KM 129, no município de Monteiro, Estado da Paraíba”. RELATOR: DeputadoOSMAR SERRAGLIO. PROJETO DE LEI Nº 7.080/10 – do Senado Federal – Renato Casagrande – (PLS 437/2008) – que “altera a Lei n° 6.194, de 19 de dezembro de 1974, para permitir o parcelamento do pagamento do prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via terrestre (DPVAT)”. RELATOR: DeputadoPEPE VARGAS. PROJETO DE LEI Nº 7.109/10 – do Senado Federal – Expedito Júnior – (PLS 48/2008) – que “assegura à estudante grávida o regime de exercícios domiciliares instituído pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969, e altera a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes, para possibilitar a interrupção do estágio da estudante grávida”. (Apensado: PL 5877/2009) RELATORA: DeputadaANGELA PORTELA. B – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária (art. 54): PROJETO DE LEI Nº 7.221/10 – do Sr. Angelo Vanhoni – que “institui o ano de 2011 como o Ano da Ucrânia no Brasil”. RELATORA: DeputadaMARIA DO ROSÁRIO. COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito: PROJETO DE LEI Nº 7.661/06 – da Sra. Perpétua Almeida – que “amplia a área de atuação da Área de Livre Comércio de Brasiléia, prevista na Lei nº 8.857, de 8 de março de 1994, que “autoriza a criação de Áreas de Livre Comércio nos Municípios de Brasiléia e Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre, e dá outras providências””. (Apensado: PL 7662/2006) RELATOR: DeputadoJOSÉ GUIMARÃES. PROJETO DE LEI Nº 4.281/08 – do Sr. Arnon Bezerra – que “obriga a inclusão na cesta básica de escova, creme dental e fio dental e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoRICARDO BERZOINI. PROJETO DE LEI Nº 4.727/09 – do Senado Federal – Wellington Salgado Oliveira – (PLS 246/2008) – que PROJETO DE LEI Nº 5.486/09 – do Sr. Felipe Maia – que “altera a redação do inciso III e acrescenta parágrafo ao art. 44 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”, para inserir a obrigatoriedade de processo seletivo para acesso a cursos e programas de pós-graduação e para delimitar os cursos e programas de nível superior aos quais se aplica o princípio constitucional da gratuidade do ensino público oferecido em estabelecimentos oficiais”. RELATOR: DeputadoGUILHERME CAMPOS. PROJETO DE LEI Nº 5.914/09 – do Poder Executivo – que “dispõe sobre a criação de cargos em comissão e funções de confiança destinados ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, e cria cargos efetivos de Perito Médico Previdenciário”. RELATOR: DeputadoPEPE VARGAS. PROJETO DE LEI Nº 6.697/09 – do MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO – que “altera a Lei n° 11.415, de 15 de dezembro de 2006, que dispõe sobre as Carreiras dos Servidores do Ministério Público da União, fixa os valores de sua remuneração e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoAELTON FREITAS. COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA SEMINÁRIO COM A PARTICIPAÇÃO DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS E DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA LOCAL: Auditório Nereu Ramos HORÁRIO: 09h A – Seminário: TEMA: VII SEMINÁRIO DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSSEXUAIS NO CONGRESSO NACIONAL Direitos Humanos de LGBT : Cenários e Perspectivas 21224 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Origem: Requerimentos: nº 118/10 – da deputada Fátima Bezerra e do deputado Pedro Wilson (CLP); nº 36/10 – da deputada Iriny Lopes (CDH); nº 309/10 – do deputado Iran Barbosa (CEC). • 09h – Inscrições no local • 09:30 – Solenidade de abertura DeputadoPaulo Pimenta Presidente da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados DeputadoDomingos Dutra Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados DeputadoIran Barbosa Representante da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados Senadora Fátima Cleide Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Sra. Lena Peres Representante da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Dra. Ana Maria Costa Diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa, da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde Dr. Eduardo Barbosa Diretor Adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde Lançamento da campanha “Sou Travesti”. Dr. Pedro Chequer Coordenador no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids Sr. Toni Reis Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT Sra. Keila Simpson Vice-Presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT Sra. Yone Lindgren Coordenação Política Nacional da Articulação Brasileira de Lésbicas – ABL O Hino Nacional será entoado pela cantora Ângela Leclery • 10 h – 1ª Mesa Tema: – ANÁLISE DA SITUAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DE LGBT NO BRASIL Coordenadora: DeputadaFederal Manuela D’Ávila Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Expositores*: Dr. Pedro Chequer Coordenador no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids Maio de 2010 Lançamento da campanha “Igual a Você”. Dra. Deborah Duprat Subprocuradora-Geral da República, Ministério Público Federal Tema: Supremo Tribunal Federal e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade nºs 4275 e 4277 Lena Peres Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Tema: Programa Nacional de Direitos Humanos III e a Comunidade LGBT DeputadaFederal Fátima Bezerra Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, autora do Requerimento nº 118/2010 solicitando junto à Comissão de Legislação Participativa a realização do VII Seminário Sr. Léo Mendes Secretário de Finanças da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Sra. Tathiane Araújo Secretária de Direitos Humanos da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Secretária de Articulação Política da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais Debatedor: DeputadoFederal Iran Barbosa Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, autor do Requerimento nº 309/2010 solicitando junto à Comissão de Educação e Cultura a realização do VII Seminário LGBT • 14h – 2ª Mesa Tema: UNIÃO ESTÁVEL, ESTADO LAICO E FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO Coordenadora: Senadora Serys Slhessarenko Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Expositores*: Dra. Rosa Maria Rodrigues de Oliveira Advogada, Doutora em Ciências Humanas, pela Universidade Federal de Santa Catarina Tema: Isto é contra a natureza? Decisões e discursos sobre as conjugalidades homoeróticas em tribunais brasileiros Dr. Marcos Alves da Silva Professor de Direito Civil, Advogado e Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, Mestre em Direito das Relações Sociais pela UFPR e Doutorando em Direito Civil pela UERJ Tema: Fundamentalismo Religioso e Intolerância no Estado Democrático de Direito: a Questão da Homofobia Sr. Jean Wyllys Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Jornalista, Escritor e Professor da ESPM e Universidade Veiga de Almeida Tema: União Estável, Estado Laico e Fundamentalismo Religioso: Fundamentos Culturais das Homofobias DeputadoFederal José Genoino Coordenação da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT DeputadoFederal Chico Alencar Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Sra. Irina Bacci Secretária Geral da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Sr. Carlos Magno Secretário de Comunicação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Debatedora: Deputada Federal Professora Raquel Teixeira Membro da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Encerramento do Seminário Promoção: • Comissão de Legislação Participativa • Comissão de Direitos Humanos e Minorias • Comissão de Educação e Cultura • Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT • Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT Apoio: • Secretaria de Direitos Humanos – Presidência da República • Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Presidência da República • Ministério da Saúde – Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa • Ministério da Saúde – Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais • Ministério da Justiça – Secretaria Nacional de Segurança Pública • Ministério da Cultura – Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural • Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/ Aids – UNAIDS • Presenças a serem confirmadas. COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Anexo II, Plenário 08 HORÁRIO: 14h Terça-feira 18 21225 A – Audiência Pública: Tema: RESULTADO DO 1º LEILÃO DE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL (Requerimento nº 329/2010, do Deputado Fernando Marroni) EXPOSITORES: (CONFIRMADO) MAURÍCIO TOLMASQUIM, Presidente da Empresa de Pesquisa Energética do Ministério de Minas e Energia (CONFIRMADO) RICARDO SIMÕES, Presidente da ABBEólica – Associação Brasileira de Produção de Energia Eólica (CONFIRMADO) CARLOS FARIA, Presidente da Anace – Associação Nacional dos Consumidores de Energia Elétrica (CONFIRMADO) LUÍS ANDRÉ D’OLIVEIRA, Gerente do Departamento de Telecomunicações do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CONFIRMADO) ANA KARINA ESTEVES DE SOUZA, Especialista em Energia da Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 21-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 7.196/10 – do Sr. Márcio França – que “dispõe sobre a guarda dos animais de estimação nos casos de dissolução litigiosa da sociedade e do vínculo conjugal entre seus possuidores, e dá outras providências”. RELATORA: DeputadaMARINA MAGGESSI. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 7.136/10 – do Sr. Onyx Lorenzoni – que “altera a Lei nº 5.197 de 3 de janeiro de 1967, que dispõe a proteção à fauna e dá outras providências” RELATOR: DeputadoARNALDO JARDIM. PROJETO DE LEI Nº 7.173/10 – do Senado Federal – Garibaldi Alves Filho – (PLS 448/2009) – que “altera a Lei n° 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que “dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei n° 6.813, de 10 de julho de 1980”, para determinar, no 21226 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 caso do transporte de produtos perigosos, a observância de legislação federal específica”. RELATOR: DeputadoHOMERO PEREIRA. LUIZ AUGUSTO CARNEIRO D’ ALBUQUERQUE Diretor do Serviço de Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo – Hospital das Clínicas de São Paulo COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO AVISOS AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24-5-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 7.112/10 – do Sr. Gilmar Machado – que “reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o Pis/Pasep e da Cofins incidentes sobre operações com combustíveis destinados às forças policiais dos Estados e Municípios”. RELATOR: DeputadoWILLIAM WOO. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) A PROPOSIÇÃO ABAIXO SOMENTE RECEBERÁ EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 2.648/07 – do Sr. Walter Brito Neto – que “institui o Sistema de Comunicação, Cadastro e Atendimento Psicológico e Social aos Pais de crianças e Adolescentes Desaparecidos e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoEDUARDO AMORIM. COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Anexo II, Plenário 07 HORÁRIO: 14h A – Audiência Pública: (Por solicitação dos DeputadosJosé Linhares, Germano Bonow, Elcione Barbalho e Cida Diogo) Tema: “Debater a Política Nacional de Transplantes.” Convidados: BEN-HUR FERRAZ-NETO Presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos ROSANA REIS NOTHEN Coordenadora-Geral do Sistema Nacional de Transplantes da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHà (DIA 19/05/2010) Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 2.110/07 – do Sr. Luiz Fernando Faria – que “inclui novos parágrafos 3º e 4º no art. 1º da Lei 10.820, de 17 de dezembro de 2003, que “Dispõe sobre a autorização para desconto de prestações em folha de pagamento, e dá outras providências” RELATOR: DeputadoLAEL VARELLA. PROJETO DE LEI Nº 4.522/08 – do Sr. Ilderlei Cordeiro – que “dispõe sobre a doação de óculos e aparelhos auditivos aos alunos carentes matriculados na rede pública”. RELATOR: DeputadoMAURO NAZIF. PROJETO DE LEI Nº 6.989/10 – do Sr. Eleuses Paiva – que “altera a lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, para conceder gratificação anual ao médico sobre os honorários pagos por operadoras de planos de assistência à saúde”. RELATOR: DeputadoNEILTON MULIM. PROJETO DE LEI Nº 6.995/10 – do Sr. Antônio Roberto – que “altera a redação do art. 11 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e os arts. 12 e 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fixar a contribuição previdenciária do aposentado que retorna à atividade e da empresa para a qual preste serviço”. RELATOR: DeputadoNEILTON MULIM. PROJETO DE LEI Nº 6.996/10 – do Sr. José Genoíno – que “dispõe sobre doação de sangue e células do corpo humano vivo para fins de transplante de medula óssea e de outros precursores hematopoéticos, e estabelece providências para sua recepção”. RELATORA: DeputadaRITA CAMATA. PROJETO DE LEI Nº 7.018/10 – do Sr. Zequinha Marinho – que “veda a adoção de crianças e adolescentes por casais do mesmo sexo”. RELATOR: DeputadoJOÃO CAMPOS. PROJETO DE LEI Nº 7.110/10 – do Senado Federal – Tião Viana – (PLS 373/2009) – que “altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências”, Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21227 para definir procedimentos de gestão cooperativa do Sistema Unico de Saúde pelos entes federados”. RELATOR: Deputado RAIMUNDO GOMES DE MATOS. COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 7.209/10 – do Sr. Ricardo Berzoini e outros – que “acrescenta o art. 59-A à Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre o direito à informação do segurado do Regime Geral de Previdência Social, quanto a resultados de exames médicopericiais para concessão de auxílio-doença”. RELATOR: DeputadoCHICO D’ANGELO. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) PROJETO DE LEI Nº 7.212/10 – do Sr. Ricardo Berzoini e outros – que “altera o § 1º do art. 20 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 para dispor sobre a doença do trabalho”. RELATOR: DeputadoCHICO D’ANGELO. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24-05-10 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 826/07 – do Sr. Fernando Coruja – que “proíbe a industrialização e comercialização de produtos alimentícios em cuja composição conste gordura transaturada”. (Apensados: PL 1319/2007 e PL 1770/2007) RELATOR: DeputadoDR. TALMIR. PROJETO DE LEI Nº 4.959/09 – do Sr. Fernando Coruja – que “modifica a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, extinguindo o prazo decadencial para que seja requerida a revisão do ato de concessão de benefício previdenciário no âmbito do Regime Geral de Previdência Social”. RELATOR: DeputadoJOFRAN FREJAT. PROJETO DE LEI Nº 5.668/09 – do Sr. Celso Maldaner – que “altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para permitir o recálculo da renda mensal do benefício de segurado que permanece ou que retorna a atividade”. (Apensados: PL 5693/2009 e PL 6552/2009 (Apensado: PL 6951/2010)) RELATOR: DeputadoDR. TALMIR. PROJETO DE LEI Nº 6.146/09 – do Sr. Arlindo Chinaglia – que “acrescenta dispositivo à Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, a fim de assegurar gratificação natalina aos médicos-residentes”. (Apensado: PL 7055/2010) RELATOR: DeputadoDR. PAULO CÉSAR. AVISOS DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24-05-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 6.594/02 – do Sr. João Sampaio – que “dispõe sobre diretrizes para realização de concursos públicos no âmbito dos Poderes da União”. (Apensado: PL 6794/2002) RELATOR: DeputadoMAURO NAZIF. PROJETO DE LEI Nº 2.140/03 – do Sr. Coronel Alves – que “dispõe sobre a proibição de realização de provas orais em concursos públicos e dá outras providências” (Apensado: PL 997/2007) RELATORA: DeputadaALICE PORTUGAL. PROJETO DE LEI Nº 3.688/04 – do Sr. Carlos Nader – que “proíbe a imposição de requisito relativo à idade máxima em concurso público nas hipóteses que especifica”. RELATORA: DeputadaGORETE PEREIRA. PROJETO DE LEI Nº 2.389/07 – do Sr. Otavio Leite – que “dispõe sobre a obrigatoriedade da inscrição via internet em concurso público”. RELATORA: DeputadaSANDRA ROSADO. PROJETO DE LEI Nº 2.572/07 – do Sr. José Fernando Aparecido de Oliveira – que “dispõe sobre a obrigatoriedade da inclusão de questões relativas ao Estatuto da Advocacia, Lei nº 8.906, de 1994, nas provas destinadas a Concursos Públicos que se destinem a preencher vagas de Nível Médio e Superior”. RELATOR: DeputadoMARCIO JUNQUEIRA. PROJETO DE LEI Nº 2.588/07 – do Sr. Neilton Mulim – que “institui responsabilidades para as pessoas responsáveis pela realização do concurso público e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoEUDES XAVIER. PROJETO DE LEI Nº 2.952/08 – do Sr. Ricardo Izar – que “proíbe as restrições que especifica para a inscrição em concurso público ou para a posse em cargo público”. RELATORA: DeputadaALICE PORTUGAL. PROJETO DE LEI Nº 4.645/09 – da Sra. Solange Amaral – que “acrescenta parágrafo ao art. 5º da Lei 8.112, de 1990, proibindo a reprovação de candidatos a concursos públicos por terem o nome em registros 21228 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, como SPC, Serasa e outros”. RELATORA: DeputadaEMILIA FERNANDES. PROJETO DE LEI Nº 6.139/09 – do Sr. Eliene Lima – que “insere parágrafos no texto do art. 11 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, para estabelecer normas relativas à exigência de conhecimento de língua estrangeira nos concursos públicos realizados no âmbito da administração pública federal”. RELATOR: DeputadoMAURO NAZIF. PROJETO DE LEI Nº 6.390/09 – do Sr. Milton Vieira – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de publicação de valores arrecadados a título de inscrição em concursos, e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoPAULO PEREIRA DA SILVA. PROJETO DE LEI Nº 7.034/10 – do Senado Federal – Flexa Ribeiro – (PLS 264/2009) – que “autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal do Pará, no Município de Redenção”. RELATORA: DeputadaEMILIA FERNANDES. PROJETO DE LEI Nº 7.054/10 – do Sr. Felipe Maia – que “determina que os editais de concursos públicos realizados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta elaborem cronograma das etapas e resultados”. RELATOR: DeputadoJÚLIO DELGADO. PROJETO DE LEI Nº 7.070/10 – do Sr. Carlos Bezerra – que “dispõe sobre o “dumping social””. RELATOR: DeputadoLUCIANO CASTRO. PROJETO DE LEI Nº 7.103/10 – do Sr. Moreira Mendes – que “altera a Lei n° 9.715, de 25 de novembro de 1998, excluindo receitas e transferências de estados, Distrito Federal e municípios, para efeito da base de cálculo da contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP e reduzindo a alíquota da contribuição para os referidos entes federados”. RELATORA: DeputadaANDREIA ZITO. PROJETO DE LEI Nº 7.124/10 – do Sr. Bonifácio de Andrada – que “regulamenta o art. 11 da Constituição Federal e dá outras providencias”. RELATOR: DeputadoLUCIANO CASTRO. PROJETO DE LEI Nº 7.144/10 – da Sra. Andreia Zito – que “altera a Lei nº 11.784, de 22 de setembro de 2008, para excluir o § 4º do artigo 120 e acrescentar o art. 120-A, dispondo sobre a Progressão Funcional por Titulação, na Carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico”. RELATORA: DeputadaMANUELA D’ÁVILA. Maio de 2010 PROJETO DE LEI Nº 7.156/10 – do Senado Federal – Serys Slhessarenko – (PLS 159/2009) – que “altera a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972, para dispor sobre multa por infração à legislação do trabalho doméstico, e dá outras providências”. RELATORA: DeputadaTHELMA DE OLIVEIRA. PROJETO DE LEI Nº 7.166/10 – do Sr. Colbert Martins – que “dispõe sobre a criação da Universidade Federal de Feira de Santana – UniFeira, por desdobramento da Universidade Federal da Bahia – UFBA e dá outras providências”. RELATORA: DeputadaALICE PORTUGAL. PROJETO DE LEI Nº 7.168/10 – do Sr. Colbert Martins – que “dispõe sobre a criação da Universidade Federal do Sudoeste da Bahia – UFSB, por desdobramento da Universidade Federal da Bahia – UFBA e dá outras providências”. RELATORA: DeputadaALICE PORTUGAL. PROJETO DE LEI Nº 7.169/10 – do Sr. Nelson Goetten – que “estatui o Consórcio de Empregadores Rurais e dá outras providências”. RELATOR: DeputadoLUCIANO CASTRO. PROJETO DE LEI Nº 7.171/10 – do Sr. Marcelo Itagiba – que “altera a Lei nº 11.530, de 24 de outubro de 2007, que Institui o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI, a fim de incluir os agentes das guardas portuárias no rol das categorias profissionais beneficiárias da “Bolsa-Formação””. RELATOR: DeputadoMAJOR FÁBIO. PROJETO DE LEI Nº 7.191/10 – do Sr. Dr. Ubiali – que “regula o exercício da atividade de condução de veículos de emergência”. RELATORA: DeputadaSANDRA ROSADO. PROJETO DE LEI Nº 7.202/10 – do Sr. Ricardo Berzoini e outros – que “altera a alínea b do inciso II do art. 21 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre situação equiparada ao acidente de trabalho ao segurado do Regime Geral de Previdência Social”. RELATOR: DeputadoVICENTINHO. PROJETO DE LEI Nº 7.203/10 – do Sr. Ricardo Berzoini e outros – que “altera o art. 18 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre a inclusão da habilitação profissional como prestação de serviço ao segurado e dependente do Regime Geral de Previdência Social”. RELATOR: DeputadoVICENTINHO. PROJETO DE LEI Nº 7.204/10 – do Sr. Ricardo Berzoini e outros – que “acrescenta § 6º ao art. 22 da Lei Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre a não exigência de Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT na concessão de benefício de auxílio-doença decorrente de acidente de trabalho”. RELATOR: DeputadoVICENTINHO. PROJETO DE LEI Nº 7.205/10 – do Sr. Ricardo Berzoini e outros – que “acrescenta o § 3º ao art. 21 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre a inclusão do empregado em aviso prévio em benefício decorrente de acidente de trabalho do Regime Geral de Previdência Social”. RELATOR: DeputadoVICENTINHO. PROJETO DE LEI Nº 7.219/10 – do Sr. Ricardo Berzoini e outros – que “altera o § 4º do art. 22 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre a ampliação da participação dos sindicatos no acompanhamento da cobrança de multas pela previdência social”. RELATOR: DeputadoVICENTINHO. PROJETO DE LEI Nº 7.238/10 – do Senado Federal – Marconi Perillo – (PLS 644/2007) – que “autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Nordeste de Goiás (UFNEG), com sede no Município de Formosa– GO”. RELATOR: DeputadoLUIZ BITTENCOURT. PROJETO DE LEI Nº 7.243/10 – do Senado Federal – Inácio Arruda – (PLS 288/2009) – que “autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal do Ceará no Município de Pacajus – CE”. RELATORA: DeputadaGORETE PEREIRA. PROJETO DE LEI Nº 7.244/10 – do Senado Federal – Cícero Lucena – (PLS 334/2009) – que “autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal da Paraíba no Município de Santa Rita – PB”. RELATOR: DeputadoWILSON BRAGA. PROJETO DE LEI Nº 7.246/10 – do Senado Federal – Lobão Filho – (PLS 370/2009) – que “autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do CentroNorte Maranhense, com sede no município de Santa Inês, no Estado do Maranhão”. RELATOR: DeputadoEDGAR MOURY. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 5.017/05 – do Sr. Cabo Júlio – que “inclui um Capítulo V-A, no Decreto-lei nº 667, de 2 de julho de 1969, versando sobre garantias dos integrantes da polícia militar e dos corpos de bombei- Terça-feira 18 21229 ros militar”. (Apensados: PL 5570/2005 (Apensados: PL 7453/2006, PL 1702/2007 e PL 4682/2009), PL 6545/2006, PL 6994/2006 e PL 1022/2007) RELATOR: DeputadoMAJOR FÁBIO. PROJETO DE LEI Nº 6.966/06 – do Sr. Inocêncio Oliveira – que “cria a profissão de Cuidador”. (Apensado: PL 2880/2008) RELATOR: DeputadoWILSON BRAGA. PROJETO DE LEI Nº 6.524/09 – do Sr. Edigar Mão Branca – que “altera a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, que “dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências”, a fim de considerar improbidade administrativa o retardardamento ou impedimento da adoção de medidas que objetivem a implementação de recursos provenientes da União, dos Estados e do Distrito Federal”. RELATOR: DeputadoJÚLIO DELGADO. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-05-10 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 4.495/08 – do Sr. Eduardo Cunha – que “dispõe sobre regulamentação do exercício da profissão de “Sommelier””. (Apensado: PL 4520/2008) RELATOR: DeputadoLUIZ CARLOS BUSATO. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 24-05-10 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 3.637/08 – do Sr. Moreira Mendes – que “altera a Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, para permitir a concessão de visto a estrangeiro portador de documento de viagem emitido por governo não reconhecido pelo Brasil”. RELATOR: Deputado CARLOS EDUARDO CADOCA. 21230 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES REUNIÃO LOCAL: Presidência da CVT (Anexo II – Sala 175-A) HORÁRIO: 17h A – Outros Eventos: Reunião da “SUBCOMISSÃO ESPECIAL PARA ACOMPANHAR A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DO TREM DE ALTA VELOCIDADE BRASILEIRO E AS AÇÕES PARA APRIMORAMENTO DOS SISTEMAS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SOBRE TRILHOS NAS REGIÕES METROPOLITANAS” AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-05-10 Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 6.409/09 – do Sr. Dr. Paulo César – que “altera o Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, para alterar diretriz da BR-492, no Estado do Rio de Janeiro”. RELATOR: DeputadoELISEU PADILHA. II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ANALISAR E PROFERIR AO PROJETO DE LEI Nº 3555-A, DE 2004, DO SR. JOSÉ EDUARDO CARDOZO, QUE “ESTABELECE NORMAS GERAIS EM CONTRATOS DE SEGURO PRIVADO E REVOGA DISPOSITIVOS DO CÓDIGO CIVIL, DO CÓDIGO COMERCIAL BRASILEIRO E DO DECRETO-LEI Nº 73 DE 1966 (REVOGA DISPOSITIVOS DAS LEIS NºS 556, DE 1850 E 10.406, DE 2002) REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Anexo II, Plenário 13 HORÁRIO: 14h30min A – Audiência Pública: Convidados: Maio de 2010 1) Jorge Hilário Gouvêa Vieira, Presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg); e 2) Roberto Westenberg, atuário de renome nacional, vinculado à Price Water House Soopers. AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHà (DIA 19/05/2010) Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 3.555/04 – do Sr. José Eduardo Cardozo – que “estabelece normas gerais em contratos de seguro privado e revoga dispositivos do Código Civil, do Código Comercial Brasileiro e do Decreto-Lei nº 73 de 1966”. RELATOR: DeputadoJORGINHO MALULY. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 213-A, DE 2007, DO SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA, QUE “DISPÕE SOBRE OS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA, OS SERVIDORES MUNICIPAIS E OS INTEGRANTES DA CARREIRA POLICIAL MILITAR DOS EX-TERRITÓRIOS DO AMAPÁ E RORAIMA” (ASSEGURA ISONOMIA ENTRE POLICIAIS MILITARES DO DISTRITO FEDERAL E DOS EX-TERRITÓRIOS DO AMAPÁ E RORAIMA; ALÉM DE PLANO DE CARREIRA, CARGOS E SALÁRIOS PARA OS SERVIDORES CIVIS) AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (10 SESSÕES) DECURSO: 8ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20-05-10 Proposta de Emenda à Constituição (Art. 202, §3º) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 213/07 – do Sr. Sebastião Bala Rocha – que “dispõe sobre os Servidores Públicos Federais da Administração Direta e Indireta, os Servidores Municipais e os integrantes da carreira policial militar dos ex-territórios do Amapá e Roraima”. RELATOR: DeputadoLUCIANO CASTRO. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 134-A, DE 2007, DO SR. ALCENI GUERRA, QUE “ACRESCENTA PARÁGRAFO AO ART . 208 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DÁ NOVA REDAÇÃO AO PARÁGRAFO 1º DO ART. 211” (PREVÊ A PUNIÇÃO PARA O AGENTE PÚBLICO RESPONSÁVEL PELA GARANTIA À EDUCAÇÃO BÁSICA, EM CASO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE FORA DA ESCOLA, E O ATENDIMENTO EM TEMPO INTEGRAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS) REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Anexo II, Plenário 05 HORÁRIO: 15h30min A – Audiência Pública: Convidados: 1) Prof. Doutor Célio da Cunha, representando a UNESCO; 2) Profa. Marilene Muntarroyos, Diretora do Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação – ICE, representando o Movimento Todos Pela Educação. 3) Jaqueline Moll, Diretora de Educ. Integral, Direitos Humanos e Cidadania do MEC; 4) Prof. Élvia Paranaguá, Secretária de Educação do Distrito Federal (Req. 02/10). COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI N. 6493, DE 2009, DO PODER EXECUTIVO, QUE “DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DA POLÍCIA FEDERAL” (LEI ORGÂNICA DA POLÍCIA FEDERAL; REVOGA DISPOSITIVOS DA LEI Nº 4.878, DE 1965) REUNIÃO ORDINÁRIA LOCAL: Anexo II, Plenário 03 HORÁRIO: 14h I – AUDIÊNCIA PÚBLICA. CONVIDADOS: Srs: 1) Diógenes Soares Lourenço, Coord. Da Seção Sindical do Dep. de Pol. Fed. – SESIN – DPF (Req. Nº 18); 2) Luis Claudio da Costa Avelar, Pres. Do Sind. Dos Pol. Fed. – SINDIPOL – DF (Req. Nº 22); 3) Telmo Correa Pereira dos Reis, Pres. Do Sind. Dos Serv. Do Dep. de Pol. Fed – RJ (Req. Nº 20); 4) Francisco Carlos Garisto, Diretor da Fed. Nac. dos Pol. Fed. (Req. Nº 33). II – DELIBERAÇÃO DE REQUERIMENTOS. REQUERIMENTO Nº 37/10 Do Sr. Eduardo Valverde – que “requer que seja convidado o Sr. Cláudio Beceto, professor da UFMG, para participar de audiência publica sobre o projeto de Lei”. Terça-feira 18 21231 REQUERIMENTO Nº 38/10 Do Sr. Eduardo Valverde – que “requer que seja convidada o Sra. Julieta Lengruber, professora da UFRJ, para participar de audiência publica sobre o projeto de Lei”. REQUERIMENTO Nº 39/10 Do Sr. Eduardo Valverde – que “requer que seja convidado o Sr. Luiz Eduardo Soares, professor da UFRJ, para participar de audiência publica sobre o projeto de Lei”. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI N. 7495, DE 2006, DO SENADO FEDERAL, QUE “REGULAMENTA OS §§ 4º E 5º DO ART. 198 DA CONSTITUIÇÃO, DISPÕE SOBRE O APROVEITAMENTO DE PESSOAL AMPARADO PELO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 2º DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 51, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2006, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (CRIA 5.365 EMPREGOS PÚBLICOS DE AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS, NO ÂMBITO DO QUADRO SUPLEMENTAR DE COMBATE ÀS ENDEMIAS DA FUNASA) REUNIÃO ORDINÁRIA LOCAL: Anexo II, Plenário 02 HORÁRIO: 14h30min I – Deliberação de Requerimentos. II – Audiência Pública convidados: 1 – José Gomes Temporão, Ministro de Estado da Saúde; (a confirmar) 2 – João Coser, Presidente da Frente Nacional dos Prefeitos; (a confirmar) 3 – Paulo Ziulkoski, Presidente da Confederação Nacional dos Municípios; (a confirmar) 4 – Francisco Batista Júnior, Presidente do Conselho Nacional de Saúde; (a confirmar) 5 – Antônio Carlos Figueiredo Nardi, Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASEMS; (a confirmar) 6 – Ruth Brilhante, Presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde; CONACS 7 – Elane Alves, Assessora Jurídica da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde – CONACS A – Requerimentos: REQUERIMENTO Nº 4/10 Do Sr. Rogerio Lisboa – (PL 7495/2006) – que “requer a inclusão do Sr. Roberto Marinho – Assessor Jurídico do SINDSPREV/RJ – Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro, em Audiência Pública para debater o Projeto de Lei nº 7.495/2010 e apensados, que “regulamenta os §§ 4º e 5º do art. 198 da Constituição, dispõe sobre o aproveitamento de pessoal amparado pelo parágrafo único do art. 2º da emenda constitucional nº 51, de 14 de fevereiro de 2006, e dá outras providências” (cria 5.365 empregos 21232 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS públicos de agente de combate às endemias, no âmbito do quadro suplementar de combate às endemias da FUNASA)”. REQUERIMENTO Nº 5/10 Do Sr. José Airton Cirilo – (PL 7495/2006) – que “requer a realização de seminário no Estado do Ceará com a finalidade de discutir o Projeto de Lei nº 7.495, de 2006, e seus apensos, com os seguintes convidados: Sra. Ruth Brilhante, Presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias (Conacs); Sra. Edilsa Andrade, Presidente da Federação dos Agentes de Saúde do Ceará; Sr. João Batista Júnior, Presidente do Conselho Nacional de Saúde; Sr. Raimundo José Arruda Bastos, Secretário de Saúde do Governo do Estado do Ceará; · Sr. Alexandre Mont’Alverne, Secretário Municipal de Saúde de Fortaleza-CE; Sra. Eliene Leite Araújo Brasileiro, Presidente da Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará – APRECE”. REQUERIMENTO Nº 6/10 Do Sr. Raimundo Gomes de Matos – que “solicita realização de Seminário para debater o Projeto de Lei nº 7495 de 2006 e seus apensos na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, com os seguintes convidados: Sra. Edilza Andrade – Presidente da Federação dos Agentes Comunitários de Saúde do Estado do Ceará; Sr. Marcos Brito – Presidente da Federação dos Agentes de Endemias do Estado do Ceará; Sr. Joaquim José Nunes Neto – Presidente do Conselho Estadual de Saúde do Estado do Ceará; Sra. Eliene Brasileiro – Presidente da Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará; Dr. Raimundo José Arruda Bastos – Secretário de Estado da Saúde do Ceará”. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 6716, DE 2009, DO SENADO FEDERAL, QUE “ALTERA A LEI Nº 7.565, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1986 (CÓDIGO BRASILEIRO DE AERONÁUTICA), PARA AMPLIAR A POSSIBILIDADE DE PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL EXTERNO NAS EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO” PL 841/95 APENSADO A ESTE. REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Anexo II, Plenário 06 HORÁRIO: 14h30min A – Audiência Pública: Convidados: GLAUCO MÉDICI PALHETA (a confirmar) Presidente da Associação dos Tripulantes da TAM – ATT; RAUL SCHENKEL (a confirmar) Presidente da Associação dos Aeronautas da GOL; GILBERTO CÂMARA (a confirmar) Maio de 2010 Diretor do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ; JOSÉ MÁRCIO MOLLO (confirmado) Presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias – SNEA ; PAULO DE TARSO GONÇALVES JR. (confirmado) Diretor do Sindicato Nacional dos Aeroviários – SNA; GRAZIELLA BAGGIO (a confirmar) Presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas; MARCELO SMITH (a confirmar) Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Aeroviários III – COMISSÕES MISTAS COMISSÃO MISTA DE PLANOS, ORÇAMENTOS PÚBLICOS E FISCALIZAÇÃO AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 DIAS ÚTEIS) DECURSO: 4º DIA ÚLTIMO DIA: 19/05/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO, referente ao Aviso 6/2010-CN, que “Encaminha ao Congresso Nacional cópia do Acórdão nº 241, de 2010 – TCU (Plenário), bem como do Relatório e da proposta de Deliberação que o fundamentam, referente ao Programa de trabalho 20.607.0379.1836.0052/2000 – Construção de obras de infraestrutura de irrigação de uso comum – Malhada dos bois – Construção da Adutora Serra da Batateira/BA, constante do Anexo VI, da Lei nº 12.214, de 26/01/2010 (Lei orçamentária de 2010), TC 016.358/2009-1.” RELATOR: Senador JEFFERSON PRAIA IV – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES EM 17/05/2010: Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania: PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.546/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.591/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.592/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.596/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.597/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.598/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.599/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.600/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.601/2010 PROJETO DE LEI Nº 1.514/2007 PROJETO DE LEI Nº 5.794/2009 PROJETO DE LEI Nº 7.222/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.239/2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 7.253/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.261/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.283/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.284/2010 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 483/2010 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 484/2010 RECURSO Nº 413/2010 RECURSO Nº 423/2010 Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio: AVISO Nº 40/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.601/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.269/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.281/2010 Comissão de Direitos Humanos e Minorias: PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.550/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.552/2010 Comissão de Educação e Cultura: PROJETO DE LEI Nº 7.245/2010 Comissão de Minas e Energia: PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.600/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.223/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.231/2010 Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público: PROJETO DE LEI Nº 7.280/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.286/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.287/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.289/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.290/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.292/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.293/2010 Comissão de Turismo e Desporto: PROJETO DE LEI Nº 7.195/2010 Comissão de Viação e Transportes: PROJETO DE LEI Nº 7.268/2010 PROJETO DE LEI Nº 7.278/2010 (Encerra-se a sessão às 18 horas e 55 minutos.) PARECERES PROJETO DE LEI Nº 623-A, DE 2003 (Do Sr. Maurício Quintella Lessa) Acrescenta art. à Lei nº 10.636, de 30 de dezembro, de 2002, que dispõe sobre Terça-feira 18 21233 a aplicação dos recursos originários da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – Cide; tendo parecer da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pela aprovação deste, do de nº 6.120/2009, apensado e da Emenda apresentada ao Substitutivo com Substitutivo, e pela rejeição do de nº 1.434/2003, apensado (relator: DEP. ARNALDO JARDIM). Despacho: Às Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Finanças E Tributação (Mérito e Art. 54, RICD); e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II Publicação do Parecer da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável I – Relatório Trata-se de projeto de lei de autoria do nobre Deputado Maurício Quintella Lessa, que objetiva incluir o art. 4º-A na Lei nº 10.636, de 30 de dezembro de 2002, que dispõe sobre a aplicação dos recursos originários da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). O art. 4º-A prevê a criação do Fundo para a Reparação de Danos Ambientais Causados por Poluição por Hidrocarbonetos, fundo esse contábil, de natureza financeira, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e destinado a implementar ações urgentes para a recuperação de danos ambientais decorrentes de poluição por hidrocarbonetos. Em sua justificação, o autor cita os impactos ambientais causados por acidentes com derramamento de óleo no mar e vazamentos em oleodutos, mencionando ainda exemplos semelhantes à medida aqui proposta – criação de um fundo para custear a recuperação de danos dessa natureza, não cobertos por seus responsáveis – em países do Primeiro Mundo. Em 2003, a proposição tramitou no âmbito da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias (CDCMAM) e, após a apresentação de parecer favorável à aprovação pelo relator Deputado Sandro Matos, na forma de um substitutivo, foi apensado a ele o PL 1.434/03, de autoria do DeputadoRenato Cozzolino, que dispõe sobre a criação do Fundo Nacional de Prevenção de Desastre Ambiental e dá outras providências. Em sua justificação, o autor do primeiro projeto apensado também se refere a vários acidentes ambientais registrados nos últimos anos, o que, segundo ele, legitimaria sua proposição, em vista do descaso 21234 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tanto do Poder Público quanto das empresas com a questão ambiental e da necessidade de reparação dos prejuízos causados ao meio ambiente e à população eventualmente atingida. Já no ano de 2004, após a divisão da CDCMAM, os projetos principal e apensado foram redistribuídos ao DeputadoWelinton Fagundes e, posteriormente, ao Deputado Renato Casagrande, cujo parecer acabou não sendo apreciado, já no âmbito desta Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS). Nos anos seguintes, os projetos foram redistribuídos, sucessivamente, aos DeputadosPaulo Marinho, Oliveira Filho e Givaldo Carimbão, cujos pareceres tampouco foram apreciados, depois ao DeputadoBrizola Neto e, por fim, a este relator. Em 2009, também foi apensado ao projeto principal o PL 6.120/09, do DeputadoCapitão Assunção, que cria o fundo dos custos de prevenção, precaução, correção e reparação de danos ambientais, com o objetivo de oferecer recursos para o desenvolvimento da política nacional de gestão de riscos ambientais decorrentes da atividade petrolífera. Em sua justificação, o autor do segundo projeto apensado faz menção às chamadas “manchas órfãs”, em que não se identificam os agentes causadores do dano, inviabilizando a sua responsabilização. O autor também defende a necessidade de reparar de imediato o dano causado, sob pena de ele atingir, desnecessariamente, magnitude incalculável. Decorridos os prazos regimentais no âmbito da anterior CDCMAM e desta CMADS, não foram oferecidas emendas aos projetos. É o relatório. II – Voto do Relator Conforme os pareceres anteriormente exarados, o Projeto de Lei nº 623, de 2003, vem em boa hora disciplinar e complementar o art. 177, § 4º, da Constituição Federal, bem como a Lei nº 10.636, de 2002, acrescentando-lhe o art. 4º-A, que prevê a criação do Fundo para a Reparação de Danos Ambientais Causados por Poluição por Hidrocarbonetos, destinado a implementar ações urgentes para a recuperação de danos ambientais decorrentes de poluição por petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. Conforme também já alertado nos pareceres anteriores, o § 1º do art. 4º da Lei 10.636/02 estatui que os recursos da CIDE não poderão ser aplicados em projetos e ações definidos como de responsabilidade dos concessionários nos respectivos contratos de concessão, firmados com a Agência Nacional de Petróleo Maio de 2010 (ANP). Desta forma, a reparação ambiental decorrente, por exemplo, de eventuais vazamentos comprovados em oleodutos ou petroleiros da Petrobras será de responsabilidade dessa empresa, não podendo ser custeada com recursos do fundo ora proposto. A segunda proposição apensada (o PL 6.120/09) vai na mesma linha do projeto principal, apenas com a ressalva de que “a reparação emergencial dos danos não substitui a responsabilidade do agente causador, que, regressivamente, deve restituir ao Fundo os custos de prevenção, precaução, correção e reparação do dano”. Trata-se de uma boa idéia, que complementa a determinação anterior, uma vez que não se pode esperar pela identificação do agente causador para, só então, adotar as medidas necessárias à mitigação do dano ocorrido. Quanto ao PL 1.434/03, que foi apensado em primeiro lugar, a despeito de seu meritório propósito, cremos que não deveria ser aprovado, pelos motivos que já se comentaram nos pareceres anteriores e que voltam a ser aqui explanados. Em primeiro lugar, o PL 1.434/03 apresenta superposição parcial com o projeto principal, no que tange à reparação de danos ambientais causados por poluição por hidrocarbonetos, objeto específico do PL 623/03. Assim, considera-se que, nesse aspecto, o projeto principal, ao prever a constituição de um fundo específico para cumprir o disposto no inciso II do art. 4º da Lei 10.636/02, suprirá a previsão constitucional do art. 177, § 4º, inciso II, alínea b (destinação de parte dos recursos arrecadados para o financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás). É necessário lembrar, contudo, que os recursos da CIDE só podem ser aplicados no financiamento de projetos ligados à indústria do petróleo, e não em quaisquer projetos “... que visem a prevenção de desastres ambientais, e em situações emergenciais e de calamidade pública”, como prevê o § 1º do art. 2º do PL 1.434/03. Quanto às situações de emergência e calamidade pública, tais temas estão afetos à atuação do Poder Público na área da defesa civil, que está organizada, no Brasil, sob a forma do Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC), no âmbito da Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC), órgão integrante do Ministério da Integração Nacional (MI). A atuação da defesa civil é multissetorial e executada nos três níveis de governo – federal, estadual e municipal –, com participação da comunidade. Por outro lado, o PL 1.434/03 prevê ainda, no parágrafo único do art. 1º, a manutenção de “... um sistema de monitoramento permanente junto às em- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS presas potencialmente poluidoras para sua identificação, mapeamento e fiscalização”. Ora, a atividade acima independe de lei, estando inserida nos processos de licenciamento e fiscalização ambiental a que estão sujeitos todos os empreendimentos e atividades potencialmente poluidores em nosso País. Tampouco dependem de norma legal os “... programas de educação ambiental, de reflorestamento de áreas degradadas e programas assistenciais e de orientação às comunidades atingidas...”, previstos no caput do art. 2º do projeto de lei apensado. Com relação ainda à ocorrência de desastres ambientais, é necessário lembrar que há, atualmente, pelo menos três projetos de lei em tramitação nesta Casa que tratam do assunto, objetivando a sua prevenção ou a redução de seus efeitos ao meio ambiente e às comunidades atingidas. São eles: o PL 937/03, do DeputadoDeley, que versa sobre a possibilidade de exigência pelo órgão licenciador, entre outros, de seguro de responsabilidade civil por dano ambiental e de auditoria ambiental; o PL 1.834/03, do Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, que torna a auditoria ambiental periódica compulsória para os órgãos públicos, empresas públicas, privadas e de economia mista, fundações e outras instituições cujas atividades possam causar significativo impacto ambiental; e, por fim, o PL 2.364/03, do Deputado Paulo Feijó, que torna obrigatória a elaboração de Análise de Risco Ambiental (ARA) no âmbito do licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades potencialmente poluidores ou degradadores do meio ambiente. Desta forma, não é a criação de mais um fundo genérico, conforme previsto no PL 1.434/03, que irá contribuir para a prevenção da ocorrência de desastres ambientais, mas sim a aprovação e a implementação dos dispositivos anteriores e o fortalecimento do fundo já existente, qual seja o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA). Criado pela Lei nº 7.797/89, o FNMA contribui, como agente financiador e por meio da participação social, para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente. A forma de gestão adotada pelo FNMA tem conferido ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) a possibilidade de contribuir efetivamente para solução de problemas ambientais que necessitam de recursos para tal. Ademais, e fazendo menção ao que propõe o art. 4º do PL 1.434/03, o FNMA tem como instância decisória um conselho deliberativo com representação de instituições não governamentais e órgãos e entidades do governo federal, sendo hoje referência pelo processo transparente e democrático na seleção de projetos, em que a relevância ambiental e a qualidade técnica são os critérios adotados para a descentralização de recursos. Todavia, não obstante o sucesso obtido Terça-feira 18 21235 nesses anos, ao FNMA têm sido destinados recursos escassos, para o que, em nossa modesta opinião, há que fortalecê-lo, destinando-lhe mais recursos. Não devemos nos preocupar, pois, em criar novos fundos, a não ser para cumprir uma determinação constitucional específica, como pretende o projeto principal e, implicitamente, o segundo projeto apensado. Esta é, pois, a razão de nosso posicionamento favorável à aprovação dos PLs 623/03 e 6.120/09, na forma do Substitutivo. Propõe-se a reformulação do art. 4º-A do projeto principal, com o intuito de dar-lhe maior amplitude, destinando os recursos do fundo não só a planos de contingência locais e regionais para situações de emergência, mas também a projetos de prevenção, revitalização e recuperação de áreas degradadas, entre outros, nos termos do art. 4º da Lei 10.636/02. Também se faz mister alterar a nomenclatura do fundo, ampliando seu objeto de atuação. Acrescenta-se o § 2º para dar melhor definição das fontes de recursos do fundo, dentre as quais o percentual de 12% da CIDE, e o § 3º, para aproveitar a boa idéia introduzida pelo § 2º do art. 2º do PL 6.120/09, anteriormente comentada. Finalmente, insere-se o § 4º, que estipula a competência do MMA na operacionalização do fundo. Feitas todas essas considerações, somos pela aprovação dos Projetos de Lei nº 623, de 2003, e 6.120, de 2009, na forma do Substitutivo, e pela rejeição do Projeto de Lei nº 1.434, de 2003. Sala da Comissão, 10 de março de 2010. – DeputadoArnaldo Jardim, Relator. SUBSTITUTIVO AOS PROJETOS DE LEI Nº 623, DE 2003, E 6.120, DE 2009 Acrescenta artigo à Lei nº 10.636, de 30 de dezembro de 2002, que dispõe sobre a aplicação dos recursos originários da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 10.636, de 30 de dezembro de 2002, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 4º-A: “Art. 4º-A Para o cumprimento do disposto nos incisos do caput do art. 4º, fica criado o Fundo de Financiamento a Projetos Ambientais Relacionados à Indústria de Petróleo e seus Derivados e do Gás e seus Derivados (FUPAP), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). § 1º O FUPAP é um fundo contábil, de natureza financeira, ao qual se aplica a norma contida no art. 73 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, e que observará em suas programações orçamentárias as diretrizes aprovadas pelo MMA. 21236 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS § 2º Constituem fontes do FUPAP: I – 12% (doze por cento) dos recursos originários da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE); II – recursos de que trata o inciso II do § 2º do art. 50 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997; III – dotações consignadas no Orçamento Geral da União e em créditos adicionais; IV – recursos oriundos de juros e amortizações de financiamentos; V – doações realizadas por entidades nacionais e internacionais, públicas ou privadas; VI – recursos decorrentes de acordos, ajustes, contratos e convênios, celebrados com órgãos e entidades da Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal; VII – empréstimos de instituições financeiras nacionais e internacionais. § 3º A aplicação emergencial de recursos do FUPAP na reparação de danos produzidos por agente inicialmente desconhecido, mas cuja identidade é revelada posteriormente, não o isenta de responsabilidade, devendo ele restituir ao FUPAP, no menor prazo possível, o montante total aplicado, acrescido de juros e correção monetária, conforme estipulado pelo MMA. § 4º Caberá ao MMA, como gestor do FUPAP, definir as normas para sua operacionalização, segundo disposições estabelecidas pelo Poder Executivo Federal.” Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão, 10 de março de 2010. – DeputadoArnaldo Jardim, Relator. EMENDA MODIFICATIVA AO SUBSTITUTIVO DO PROJETO DE LEI Nº 623/2003 Altera a redação do inciso I, § 2º do art. 4º da Lei nº 10.636, de 30 de dezembro de 2002, no acrescido pelo art. 1º do Substitutivo ao PL nº 623/2003: Art. 1º .................................................... “Art. 4º-A ............................................... ....................................................................... § 2º Constituem fontes do FUPAP: I – 12% (doze por cento) dos recursos originários da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) referente à parcela da União; NR ............................................................... Maio de 2010 Justificação A presente proposta de emenda foi construída pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e tem por objetivo alterar pontos do Substitutivo ao PL 623/2003 que tramita nesta Comissão, propondo a criação de um Fundo para Reparação de Danos Ambientais Causados por Poluição por Hidrocarbonetos com recursos da CIDE-combustível, dentre outras fontes. A CIDE é o único tributo arrecadado pela União na forma de Contribuição que é partilhado com os Estados e Municípios na base de 29% da receita total, conforme determinação constitucional (art. 159, III e § 4º). Destes 29% cabem aos Municípios 25% distribuído de acordo com índice de retorno do ICMS de cada Estado. Em 2009 a União arrecadou R$4.921 bilhões como CIDE, repassando aos Estados R$1.427 bilhões (29%) e aos Municípios R$357 milhões (25% do repasse aos Estados). Os 12% que a proposta pretende aplicar na criação do Fundo de Financiamento a Projetos Ambientais Relacionados à Indústria de Petróleo (FUPAP), refletirá no volume de recursos da contribuição que os Estados e Municípios recebem. No caso dos Municípios essa drenagem retiraria um naco aproximado de R$43 milhões/ano. Brasília, 15 de março de 2010. – DeputadoGervásio Silva, PSDB/SC. I – Relatório Trata-se de projeto de lei de autoria do nobre Deputado Maurício Quintella Lessa, que objetiva incluir o art. 4º-A na Lei nº 10.636, de 30 de dezembro de 2002, que dispõe sobre a aplicação dos recursos originários da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). O art. 4º-A prevê a criação do Fundo para a Reparação de Danos Ambientais Causados por Poluição por Hidrocarbonetos, fundo esse contábil, de natureza financeira, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e destinado a implementar ações urgentes para a recuperação de danos ambientais decorrentes de poluição por hidrocarbonetos. Em sua justificação, o autor cita os impactos ambientais causados por acidentes com derramamento de óleo no mar e vazamentos em oleodutos, mencionando ainda exemplos semelhantes à medida aqui proposta – criação de um fundo para custear a recuperação de danos dessa natureza, não cobertos por seus responsáveis – em países do Primeiro Mundo. Em 2003, a proposição tramitou no âmbito da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias (CDCMAM) e, após a apresentação de parecer favorável à aprovação pelo relator Deputado Sandro Matos, na forma de um substitutivo, foi apensado a ele o PL 1.434/03, de autoria do DeputadoRe- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nato Cozzolino, que dispõe sobre a criação do Fundo Nacional de Prevenção de Desastre Ambiental e dá outras providências. Em sua justificação, o autor do projeto então apensado também se refere a vários acidentes ambientais registrados nos últimos anos, o que, segundo ele, legitimaria sua proposição, em vista do descaso com a questão ambiental, tanto do Poder Público quanto das empresas, e da necessidade de reparação dos prejuízos causados ao meio ambiente e à população eventualmente atingida. Já no ano de 2004, após a divisão da CDCMAM, os projetos principal e apensado foram redistribuídos ao DeputadoWelinton Fagundes e, posteriormente, ao Deputado Renato Casagrande, cujo parecer acabou não sendo apreciado, já no âmbito desta Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS). Nos anos seguintes, os projetos foram redistribuídos, sucessivamente, aos DeputadosPaulo Marinho, Oliveira Filho e Givaldo Carimbão, cujos pareceres tampouco foram apreciados, depois ao DeputadoBrizola Neto e, por fim, a este ora relator. Em 2009, também foi apensado ao projeto principal o PL 6.120/09, do DeputadoCapitão Assunção, que cria o fundo dos custos de prevenção, precaução, correção e reparação de danos ambientais, com o objetivo de oferecer recursos para o desenvolvimento da política nacional de gestão de riscos ambientais decorrentes da atividade petrolífera. Em sua justificação, o autor do segundo projeto apensado faz menção às chamadas “manchas órfãs”, em que não se identificam os agentes causadores do dano, inviabilizando a sua responsabilização. O autor também defende a necessidade de reparar de imediato o dano causado, sob pena de ele atingir, desnecessariamente, magnitude incalculável. Decorridos os prazos regimentais no âmbito da anterior CDCMAM e desta CMADS, não foram oferecidas emendas aos projetos. Em 10/03/2010, apresentamos parecer favorável, com Substitutivo. No entanto, foi aberto novo prazo para emendas no âmbito da CMADS a partir de 12/03/2010, período em que foi oferecida emenda modificativa pelo DeputadoGervásio Silva. Em suma, S. Exa. propõe que os 12% dos recursos originários da CIDE, previstos no Substitutivo como uma das fontes do Fundo, refiram-se apenas à parcela da União, com a justificativa de que, se incidissem sobre o volume de recursos da contribuição que recebem os estados e os municípios, seriam retirados somente desses últimos cerca de R$43 milhões ao ano, considerando-se os valores repassados em 2009. É o relatório. Terça-feira 18 21237 II – Voto do Relator Conforme os pareceres anteriormente exarados, o Projeto de Lei nº 623, de 2003, vem em boa hora disciplinar e complementar o art. 177, § 4º, da Constituição Federal, bem como a Lei nº 10.636, de 2002, acrescentando-lhe o art. 4º-A, que prevê a criação do Fundo para a Reparação de Danos Ambientais Causados por Poluição por Hidrocarbonetos, destinado a implementar ações urgentes para a recuperação de danos ambientais decorrentes de poluição por petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. Conforme também já alertado nos pareceres anteriores, o § 1º do art. 4º da Lei 10.636/02 estatui que os recursos da CIDE não poderão ser aplicados em projetos e ações definidos como de responsabilidade dos concessionários nos respectivos contratos de concessão, firmados com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Desta forma, a reparação ambiental decorrente, por exemplo, de eventuais vazamentos comprovados em oleodutos ou petroleiros da Petrobras ou de outras companhias será de responsabilidade dessas empresas, não podendo ser custeada com recursos do fundo ora proposto. A segunda proposição apensada (o PL 6.120/09) vai na mesma linha do projeto principal, apenas com a ressalva de que “a reparação emergencial dos danos não substitui a responsabilidade do agente causador, que, regressivamente, deve restituir ao Fundo os custos de prevenção, precaução, correção e reparação do dano”. Trata-se de uma boa idéia, que complementa a determinação anterior, uma vez que não se pode esperar pela identificação do agente causador para, só após, adotar as medidas necessárias à mitigação do dano ocorrido. Quanto ao PL 1.434/03, que foi apensado em primeiro lugar, a despeito de seu meritório propósito, cremos que não deveria ser aprovado, pelos motivos que já se comentaram nos pareceres anteriores e que voltam a ser aqui explanados. Em primeiro lugar, o PL 1.434/03 apresenta superposição parcial com o projeto principal, no que tange à reparação de danos ambientais causados por poluição por hidrocarbonetos, objeto específico do PL 623/03. Assim, considera-se que, nesse aspecto, o projeto principal, ao prever a constituição de um fundo específico para cumprir o disposto no inciso II do art. 4º da Lei 10.636/02, suprirá a previsão constitucional do art. 177, § 4º, inciso II, alínea b (destinação de parte dos recursos arrecadados para o financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás). É necessário lembrar, contudo, que os recursos da CIDE só podem ser aplicados no financiamento de projetos ligados à indústria do petróleo, e não em 21238 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS quaisquer projetos “... que visem a prevenção de desastres ambientais, e em situações emergenciais e de calamidade pública”, como prevê o § 1º do art. 2º do PL 1.434/03. Quanto às situações de emergência e calamidade pública, tais temas estão afetos à atuação do Poder Público na área da defesa civil, que está organizada, no Brasil, sob a forma do Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC), no âmbito da Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC), órgão integrante do Ministério da Integração Nacional (MI). A atuação da defesa civil é multissetorial e executada nos três níveis de governo – federal, estadual e municipal –, com participação da comunidade. Por outro lado, o PL 1.434/03 prevê ainda, no parágrafo único do art. 1º, a manutenção de “... um sistema de monitoramento permanente junto às empresas potencialmente poluidoras para sua identificação, mapeamento e fiscalização”. Ora, a atividade acima independe de lei, estando inserida nos processos de licenciamento e fiscalização ambiental a que estão sujeitos todos os empreendimentos e atividades potencialmente poluidores em nosso País. Tampouco dependem de norma legal os “... programas de educação ambiental, de reflorestamento de áreas degradadas e programas assistenciais e de orientação às comunidades atingidas...”, previstos no caput do art. 2º do projeto de lei apensado. Com relação ainda à ocorrência de desastres ambientais, é necessário lembrar que há, atualmente, pelo menos três projetos de lei em tramitação nesta Casa que tratam do assunto, objetivando a sua prevenção ou a redução de seus efeitos ao meio ambiente e às comunidades atingidas. São eles: o PL 937/03, do DeputadoDeley, que versa sobre a possibilidade de exigência pelo órgão licenciador, entre outros, de seguro de responsabilidade civil por dano ambiental e de auditoria ambiental; o PL 1.834/03, do Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, que torna a auditoria ambiental periódica compulsória para os órgãos públicos, empresas públicas, privadas e de economia mista, fundações e outras instituições cujas atividades possam causar significativo impacto ambiental; e, por fim, o PL 2.364/03, do Deputado Paulo Feijó, que torna obrigatória a elaboração de Análise de Risco Ambiental (ARA) no âmbito do licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades potencialmente poluidores ou degradadores do meio ambiente. Desta forma, não é a criação de mais um fundo genérico, conforme previsto no PL 1.434/03, que irá contribuir para a prevenção da ocorrência de desastres ambientais, mas sim a aprovação e a implementação dos dispositivos anteriores e o fortalecimento do fundo já existente, qual seja o Fundo Nacional do Maio de 2010 Meio Ambiente (FNMA). Criado pela Lei nº 7.797/89, o FNMA contribui, como agente financiador e por meio da participação social, para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente. A forma de gestão adotada pelo FNMA tem conferido ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) a possibilidade de contribuir efetivamente para solução de problemas ambientais que necessitam de recursos para tal. Ademais, e fazendo menção ao que propõe o art. 4º do PL 1.434/03, o FNMA tem como instância decisória um conselho deliberativo com representação de instituições não governamentais e órgãos e entidades do governo federal, sendo hoje referência pelo processo transparente e democrático na seleção de projetos, em que a relevância ambiental e a qualidade técnica são os critérios adotados para a descentralização de recursos. Todavia, não obstante o sucesso obtido nesses anos, ao FNMA têm sido destinados recursos escassos, para o que, em nossa modesta opinião, há que fortalecê-lo, destinando-lhe mais recursos. Não devemos nos preocupar, pois, em criar novos fundos, a não ser para cumprir uma determinação constitucional específica, como pretende o projeto principal e, implicitamente, o segundo projeto apensado. Esta é, pois, a razão de nosso posicionamento favorável à aprovação dos PLs 623/03 e 6.120/09, na forma do Substitutivo. Propõe-se a reformulação do art. 4º-A do projeto principal, com o intuito de dar-lhe maior amplitude, destinando os recursos do fundo não só a planos de contingência locais e regionais para situações de emergência, mas também a projetos de prevenção, revitalização e recuperação de áreas degradadas, entre outros, nos termos do art. 4º da Lei 10.636/02. Também se faz mister alterar a nomenclatura do fundo, ampliando seu objeto de atuação. Acrescenta-se o § 2º para dar melhor definição das fontes de recursos do fundo, dentre as quais o percentual de 12% da CIDE, e o § 3º, para aproveitar a boa idéia introduzida pelo § 2º do art. 2º do PL 6.120/09, anteriormente comentada. Insere-se, ainda, o § 4º, que estipula a competência do MMA na operacionalização do fundo. Por fim, com relação à emenda proposta pelo Deputado Gervásio Silva, nada temos a opor, incorporando-a ao nosso Substitutivo Feitas todas essas considerações, somos pela aprovação dos Projetos de Lei nº 623, de 2003, e 6.120, de 2009, na forma do Substitutivo, e pela rejeição do Projeto de Lei nº 1.434, de 2003. Sala da Comissão, 4 de maio de 2010. – Deputado Arnaldo Jardim, Relator SUBSTITUTIVO AOS PROJETOS DE LEI Nº 623, DE 2003, E Nº 6.120, DE 2009 Acrescenta artigo à Lei nº 10.636, de 30 de dezembro de 2002, que dispõe sobre Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a aplicação dos recursos originários da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 10.636, de 30 de dezembro de 2002, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 4º-A: “Art. 4º-A Para o cumprimento do disposto nos incisos do caput do art. 4º, fica criado o Fundo de Financiamento a Projetos Ambientais Relacionados à Indústria de Petróleo e seus Derivados e do Gás e seus Derivados (FUPAP), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). § 1º O FUPAP é um fundo contábil, de natureza financeira, ao qual se aplica a norma contida no art. 73 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, e que observará em suas programações orçamentárias as diretrizes aprovadas pelo MMA. § 2º Constituem fontes do FUPAP: I – 12% (doze por cento) dos recursos originários da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) referentes à parcela da União; II – recursos de que trata o inciso II do § 2º do art. 50 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997; III – dotações consignadas no Orçamento Geral da União e em créditos adicionais; IV – recursos oriundos de juros e amortizações de financiamentos; V – doações realizadas por entidades nacionais e internacionais, públicas ou privadas; VI – recursos decorrentes de acordos, ajustes, contratos e convênios, celebrados com órgãos e entidades da Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal; VII – empréstimos de instituições financeiras nacionais e internacionais. § 3º A aplicação emergencial de recursos do FUPAP na reparação de danos produzidos por agente inicialmente desconhecido, mas cuja identidade é revelada posteriormente, não o isenta de responsabilidade, devendo ele restituir ao FUPAP, no menor prazo possível, o montante total aplicado, acrescido de juros e correção monetária, conforme estipulado pelo MMA. § 4º Caberá ao MMA, como gestor do FUPAP, definir as normas para sua operacionalização, segundo disposições estabelecidas pelo Poder Executivo Federal.” Terça-feira 18 21239 Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão, 04 de março de 2010. – DeputadoArnaldo Jardim, Relator. III – Parecer da Comissão A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 623/2003, o PL 6120/2009, apensado, com substitutivo, a Emenda ao Substitutivo, e rejeitou o PL 1434/2003, apensado, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Arnaldo Jardim. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Jorge Khoury – Presidente, João Oliveira, Marcos Montes e Paulo Piau – Vice-Presidentes, André de Paula, Edson Duarte, Fernando Marroni, Gervásio Silva, Leonardo Monteiro, Luiz Bassuma, Ricardo Tripoli, Roberto Rocha, Sarney Filho, Antônio Roberto, Arnaldo Jardim, Luiz Carreira, Nazareno Fonteles e Paulo Teixeira. Sala da Comissão, 12 de maio de 2010. – DeputadoJorge Khoury, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 4.251-B, DE 2008 (Do Senado Federal) PLS Nº 35/2004 OFÍCI0 (SF) Nº 1858/2008 Altera a Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, para incluir novas hipóteses de aplicação de sanções aos infratores que exercem atividades relativas à indústria de petróleo e ao abastecimento nacional de combustíveis; tendo pareceres: da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, pela aprovação deste e dos de nº 5.158/09 e 1.509/07, apensados, com substitutivo (relator: DEP. JOSÉ GUIMARÃES); e da Comissão de Minas e Energia, pela aprovação deste e dos de nº 5.158/09 e 1.509/07, apensados, com substitutivo (relator: SÍLVIO LOPES). Despacho: Às Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria E Comércio; Minas e Energia e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. Publicação do Parecer da Comissão de Minas e Energia I – Relatório O Projeto de Lei nº 4.251, de 2008, de autoria do Senador Gerson Camata, altera a Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, que dispõe sobre a fiscalização das atividades relativas ao abastecimento nacional 21240 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de combustíveis, de que trata a Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, estabelece sanções administrativas e dá outras providências. Na justificação da proposição, o autor manifestou preocupação com a frequente prática criminosa de adulteração de combustíveis que não vem sendo coibida a contento em razão das dificuldades para aplicação das penalidades de cancelamento de registro e de revogação de autorização conforme procedimentos atualmente definidos na Lei nº 9.847, de 1999. Para solucionar esse problema, o Projeto de Lei em exame propõe modificar dispositivos da Lei nº 9.847, de 1999, com o objetivo de estabelecer sanções mais severas para infrações às normas que regem o abastecimento nacional de combustíveis. Apenso à proposição principal tramitam: o Projeto de Lei nº 1.509, de 2007, de autoria do DeputadoGUILHERME CAMPOS, que dispõe sobre a cassação da eficácia da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda – CNPJ/MF e da autorização de exercício das atividades de estabelecimentos que, reincidentemente, distribuam, adquiram, comercializem, transportem ou estoquem derivados de petróleo, gás natural e suas frações recuperáveis ou biocombustíveis que estejam em desconformidade com as normas estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e dá outras providências; e o Projeto de Lei nº 5.158, de 2009, de autoria do Senador DEMÓSTENES TORRES, que acrescenta o art. 10-A à Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, para dispor que, nos casos de suspensão ou revogação de autorização para o exercício de atividades relativas à indústria do petróleo, a ANP deverá requerer a declaração de inaptidão da empresa no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). A proposição em tela foi distribuída às Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio – CDEIC; de Minas e Energia – CME; e de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJC, sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões e terminativa pela CCJC, nos termos, respectivamente, dos arts. 24, II, e 54 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Ao examinar a matéria, a CDEIC, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 4.351, de 2008, e os Projetos de Lei nº 1.509, de 2007, e nº 5.158, de 2009, apensados, com Substitutivo, nos termos do Parecer do Relator, DeputadoJOSÉ GUIMARÃES. Cabe a esta Comissão de Minas e Energia a apreciação da matéria, sob o enfoque da estrutura institucional e o papel dos agentes dos setores mineral Maio de 2010 e energético, e da política e estrutura de preços de recursos energéticos, a teor do disposto no art. 32, inciso XIV, alíneas “b” e “f”, do Regimento Interno. Decorrido o prazo regimental, nesta Comissão, não foram apresentadas emendas ao Projeto de Lei em exame. É o relatório. II – Voto do Relator Inicialmente, cabe lembrar que o italiano Cesare Bonesana, Marquês de Beccaria, autor do livro “Dos delitos e das penas”, obra que se insere no movimento filosófico e humanitário da segunda metade do século XVIII, ao qual pertencem trabalhos de pensadores como Voltaire, Rousseau e Montesquieu, e que se tornou precursora do direito penal moderno, ensina que não é a dureza da pena que previne os crimes, mas a certeza da punição. De acordo com Beccaria, o criminoso sempre faz uma análise das circunstâncias e consequências antes de atuar. Nessa análise, pesa especialmente a chance de o criminoso alcançar a impunidade. Por isso, ao contrário do que pensam muitos, penas elevadas não inibem a prática de ilícitos. Antes de tudo, é necessário garantir meios para a responsabilização do infrator (uma polícia eficiente) e para o processamento ágil das acusações (processo penal rápido), preservando-se as garantias constitucionais do acusado da ampla defesa e do devido processo legal. As penalidades definidas para cada caso não devem destoar das sanções estabelecidas para infrações de gravidade semelhante. Creio, portanto, que mais efetivo para coibir a adulteração de combustíveis no País seria dotar o órgão fiscalizador setorial, a ANP, dos meios necessários para exercer uma fiscalização mais eficaz sobre os agentes do setor. Certamente, os contingenciamentos orçamentários impostos todos os anos à ANP pelo Ministério do Planejamento impedem que a agência exerça da forma mais eficiente as suas competências, especialmente no que se refere à fiscalização setorial. Porém, à luz das normas orçamentárias em vigor, o contingenciamento do orçamento de seus órgãos é uma prerrogativa do Poder Executivo. Isto posto, afirmamos que comungamos com a ideia que permeia a proposição principal, seus apensos, e o Substitutivo proposto pela CDEIC, da necessidade de aperfeiçoamento das normas que regem o abastecimento nacional de combustíveis, de forma a coibir a prática danosa da adulteração de combustíveis. Feitas essas considerações preliminares, passamos a examinar as proposições em questão. Inicialmente, o PL nº 4.251, de 2008, altera substancialmente a redação do inciso I do art. 5º da Lei nº 9.847, de 1999, retirando a descrição da hipótese em que a interdição das instalações e equipamentos é ca- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS bível, e estabelecendo um prazo mínimo de dez dias para essa interdição. Essa alteração desarmoniza o inciso I com os incisos II e III do art. 5º. Também, o estabelecimento de prazo mínimo de interdição, a nosso ver, é incompatível com o que estabelece o § 2º desse mesmo artigo. Ademais, a interdição não é uma das sanções estabelecidas na Lei nº 9.847, de 1999, que estão relacionadas no seu art. 2º. A interdição é uma medida cautelar, ou seja, tem como objetivo evitar que os danos decorrentes da infração aumentem, ou que se prolongue o período em que há risco de danos a equipamentos, instalações ou mesmo vidas decorrentes dessa infração. Cremos, portanto, ser desaconselhável acatar essa proposta de modificação. Observamos que, no Substitutivo proposto pela CDEIC, são alteradas as redações dos incisos I, II e III do art. 5º da Lei nº 9.847, de 1999, sanando parcialmente a incompatibilidade que apontamos acima. Porém, a nosso ver, permanece a incompatibilidade do estabelecimento de prazo mínimo de interdição, nos incisos I, II e III, com o disposto no § 2º. Por esta razão, entendemos que as modificações propostas no Substitutivo aprovado na CDEIC para o art. 5º da Lei nº 9.847, de 1999, também não devem ser acatadas. Quanto às modificações propostas no PL nº 4.251, de 2008, para o art. 8º da Lei nº 9.847, de 1999, que define a aplicação da pena de suspensão temporária, total ou parcial, de funcionamento de estabelecimento ou instalação, estamos de acordo com a alteração proposta para o inciso II, que possibilita a aplicação da penalidade de suspensão de funcionamento no caso de reincidência. Trata-se de punição mais grave que a prevista no texto vigente, que prevê essa sanção apenas na segunda reincidência. Entretanto, não concordamos com a introdução do inciso III que torna obrigatória a sanção de suspensão de funcionamento nos casos que relaciona, pois tal providência contraria o princípio da gradação das penas que fundamenta o Direito Pátrio. Observamos, ainda, que tal modificação é incompatível com o texto vigente do art. 3º, que estabelece, para as mesmas hipóteses, a aplicação de multa, conforme faixa de valores definida. Também, não concordamos com a revogação do texto vigente do § 2º do art. 8º da Lei nº 9.847, de 1999, uma vez que tal dispositivo apenas transcreve o princípio basilar do Direito do devido processo legal (due process of law). Concordamos, contudo, com o aumento do prazo máximo do período de suspensão temporária constante do § 3º do art. 8º da Lei nº 9.847, de 1999. Mantemos o prazo mínimo de suspensão temporária vigente para não desencompatibilizar o texto do § 3º com o do § 4º. A maior parte das considerações acima estão contempladas nas modificações propostas no Substitutivo sugerido pela CDEIC para o art. 8º da Lei nº 9.847. Contudo, o Substitutivo proposto pela Terça-feira 18 21241 CDEIC revoga explicitamente o § 4º do art. 8º da Lei nº 9.847, de 1999, que é citado no caput do art. 9º do texto vigente da mesma Lei que, por sua vez, não é alterado pelo Substitutivo. Há, portanto, falhas nas redações das modificações propostas para o art. 8º da Lei nº 9.847, de 1999, tanto no PL nº 4.251, de 2008, quanto no Substitutivo proposto pela CDEIC. Prosseguindo, observamos que, de acordo com o texto vigente da Lei nº 9.847, de 1999, a pena de cancelamento de registro, conforme definido no art. 9º, é aplicada quando da segunda reincidência em infração punida com a sanção de suspensão temporária. O PL nº 4.251, de 2008, altera a redação vigente do caput do art. 9º da Lei nº 9.847, de 1999, e introduz o inciso I, para definir a aplicação da pena de cancelamento de registro quando da reincidência em infração punida com a sanção de suspensão temporária. Estamos de acordo com essa alteração. Por outro lado, rejeitamos a redação proposta no PL nº 4.251, de 2008, para o inciso II do art. 9º da Lei nº 9.847, de 1999, pelas mesmas razões que nos levaram a rejeitar a redação proposta no mesmo PL para o inciso III do art. 8º da citada Lei. Com relação ao texto proposto no PL nº 4.251, de 2008, para o parágrafo único do art. 9º da Lei nº 9.847, de 1999, estamos de acordo. Observamos que o Substitutivo proposto pela CDEIC adota texto semelhante para o art. 9º da Lei nº 9.847, de 1999. Contudo, temos dúvidas quanto à constitucionalidade desse texto, especialmente à luz do que estabelece a Constituição Federal em seu art. 5º inciso XLV, que define que “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido”. Entretanto, redação semelhante já consta do § 1º do art. 10 do texto vigente da Lei nº 9.847, de 1999. Também, o § 2º do art. 18 da mesma Lei aborda a questão da responsabilidade das pessoas físicas e jurídicas envolvidas em ilícitos. Considerando que o tema extrapola a esfera de competências desta CME, estamos certos de que o tema será convenientemente avaliado pela douta CCJC. Relativamente às alterações de redação proposta no PL nº 4.251, de 2008, para o art. 10 da Lei nº 9.847, de 1999, rejeitamos a redação proposta para o inciso III pelas mesmas razões que nos levaram a rejeitar a redação proposta, no mesmo PL, para o inciso III do art. 8º da referida Lei; e acatamos o texto proposto para o parágrafo único, mantidas as considerações que adotamos quando da análise feita acima para o texto proposto pelo PL para o parágrafo único do art. 9º da mesma Lei. O PL nº 1.509, de 2007, também propõe alteração para a redação do inciso III do art. 10 e introduz o 21242 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS § 3º nesse artigo. A alteração proposta para o referido inciso III aumenta significativamente o elenco de hipóteses em que a reincidência acarreta diretamente a revogação da autorização para a pessoa jurídica exercer atividades no setor de abastecimento de combustíveis nacional. Cremos que as hipóteses sugeridas são suficientemente graves para, ocorrendo reincidência, ensejar a revogação da autorização do agente, incluindo a descrita no inciso VI do art. 3º da Lei 9.847, de 1999, pois a documentação relativa à atividade exercida é essencial à fiscalização e à comprovação da fraude. Somos, portanto, favoráveis a que a modificação sugerida seja acatada. Ressaltando que, talvez, seja essa a mais importante alteração a ser introduzida na Lei nº 9.847, de 1999, para coibir a atuação de fraudadores de combustíveis, uma vez que confere maior agilidade à exclusão dos fraudadores reincidentes do setor. Quanto ao texto do § 3º do art. 10 proposto pelo PL nº 1.509, de 2007, consideramos que não deve ser acolhido. Toda decisão administrativa pode ser questionada no Judiciário, à luz do que estabelece a Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XXXV, não podendo Lei Ordinária conferir caráter definitivo a qualquer ato administrativo. Em suma, a primeira parte do dispositivo proposto é flagrantemente inconstitucional, e a segunda parte é desnecessária frente ao texto vigente do § 1º do mesmo artigo. No que se refere à suspensão ou cancelamento do CNPJ, ou declaração de inaptidão do CNPJ do infrator, nas hipóteses aventadas no PL nº 1.509, de 2007; no PL nº 5.158, de 2009, e no Substitutivo proposto pela CDEIC, a nosso ver, esse tipo de sanção é incompatível com os procedimentos vigentes para extinção de pessoas jurídicas e também inviabilizaria ou dificultaria em muito a cobrança de multas, impostos pendentes e a busca do ressarcimento dos danos associados às infrações cometidas pelas pessoas jurídicas em questão. Com base em todo o exposto, votamos pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 4.251, de 2008; do Projeto de Lei nº 1.509, de 2007; do Projeto de Lei nº 5.158, de 2009; e do Substitutivo proposto pela CDEIC, na forma do SUBSTITUTIVO que apresentamos em anexo, e solicitamos que os Nobres Pares nos acompanhem no voto. Sala da Comissão, 17 de março de 2010. – DeputadoSilvio Lopes, Relator. SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI No 4.251, DE 2008 (Apensos o PL nº 1.509, de 2007 e o PL nº 5.158, de 2009) Altera a Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, para incluir novas hipóteses de aplicação de sanções aos infratores que Maio de 2010 exercem atividades relativas à indústria de petróleo e ao abastecimento nacional de combustíveis. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Os arts. 8º, 9º e 10 da Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 8º ................................................... ....................................................................... II – no caso de reincidência. ............................................................... § 3º A pena de suspensão temporária será aplicada por prazo mínimo de dez e máximo de sessenta dias. ...................................................... (NR)” “Art. 9º ................................................... Parágrafo único. Aplicada a pena prevista neste artigo, a pessoa jurídica, seus responsáveis legais e administradores ficarão impedidos, pelo prazo de cinco anos, de exercer as atividades de que trata o art. 1º desta Lei. (NR)” “Art. 10. ................................................. ....................................................................... III – reincidir nas infrações previstas nos incisos II, VI, VIII, XI, XIII e XIV do art. 3º desta Lei; ............................................................... § 1º Aplicada a pena prevista neste artigo, a pessoa jurídica, seus responsáveis legais e administradores ficarão impedidos, pelo prazo de cinco anos, de exercer as atividades de que trata o art. 1º desta Lei. ...................................................... (NR)” Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão, 17 de março de 2010. – DeputadoSilvio Lopes. III – Parecer da Comissão A Comissão de Minas e Energia, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 4.251/2008, os PLs 1.509/2007 e 5.158/2009, apensados, nos termos do Substitutivo apresentado pelo Relator, DeputadoSilvio Lopes. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Mário Negromonte – Presidente, Rose de Freitas e Simão Sessim – Vice-Presidentes, Bernardo Ariston, Betinho Rosado, Bruno Rodrigues, Carlos Alberto Canuto, Carlos Brandão, Edmilson Valentim, Eduardo da Fonte, Eduardo Gomes, Eduardo Valverde, João Magalhães, José Otávio Germano, Julião Amin, Luiz Alberto, Luiz Fernando Faria, Marcio Junqueira, Marcos Lima, Silvio Lopes, Vander Loubet, Wladimir Costa, Zé Ge- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS raldo, Átila Lira, Edinho Bez, Elcione Barbalho, Eliene Lima, Gervásio Silva, Nelson Meurer e Tatico. Sala da Comissão, 5 de maio de 2010. – Deputado Mário Negromonte, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 4.707-B, DE 2009 (Do Senado Federal) PLS Nº 489/2007 OFÍCIO Nº 117/2009 (SF) Dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Tucuruí, no Estado do Pará; tendo pareceres: da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, pela aprovação (relator: DEP. SEBASTIÃO BALA ROCHA); e da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, pela aprovação (relator: DEP. JURANDIL JUAREZ; relator substituto: DEP. GUILHERME CAMPOS). Despacho: Às Comissões de Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD); e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. Publicação do Parecer da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústra e Comércio I – Relatório O projeto de lei ementado, oriundo do Senado Federal, onde tramitou como Projeto de Lei nº 489/2007, de autoria do nobre Senador Mário Couto, autoriza o Poder Executivo a criar uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Tucuruí, no Estado do Pará. Estabelece ainda que a sua criação, características, objetivos e funcionamento serão regulados pela Lei nº 11.508, de 20 de julho de 2007, e pela legislação pertinente. Em sua justificação, o ilustre autor argumenta que a instalação de uma ZPE em Tucuruí seria um forte estímulo para o desenvolvimento da economia do Município e da região, gerando empregos e renda e, consequentemente, garantindo melhores condições de vida para a população do Estado. O Projeto de Lei nº 4.707/09 foi distribuído, pela ordem, às Comissões da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de Finanças e Tributação, inclusive para exame de mérito, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, tramitando em regime de prioridade, com apreciação conclusiva pelas comissões. Terça-feira 18 21243 Na primeira Comissão a qual foi distribuída, a proposição foi aprovada unanimemente, em 02/12/2009, nos termos do parecer do relator, DeputadoSebastião Bala Rocha. Encaminhada a matéria ao nosso Colegiado, recebemos, em 03/03/2010, a honrosa missão de relatála. Não se lhe apresentaram emendas até o final do prazo regimental para tanto destinado. Cabe-nos, agora, nesta Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, apreciar a matéria quanto ao mérito, nos aspectos atinentes às atribuições do Colegiado, nos termos do art. 32, VI, do Regimento Interno desta Casa. É o relatório. II – Voto do Relator As Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) têm sido implantadas ao redor do mundo, com o intuito de atrair investimentos estrangeiros voltados para as exportações e, com isso, agregar valor aos produtos destinados às vendas externas, fortalecendo o balanço de pagamentos. Dessa forma, pretende-se criar novos postos de trabalho, difundir novas tecnologias e práticas mais modernas de gestão e, por fim, reduzir desequilíbrios regionais. Enquanto estratégia de desenvolvimento econômico, a ideia é que, por meio das ZPEs, sejam oferecidas aos investidores internacionais e aos empresários nacionais condições semelhantes àquelas presentes em outros países, como forma de atrair o investimento estrangeiro e aumentar a competitividade dos produtos brasileiros, incrementando o volume e o valor de nossas exportações. Com a edição da Lei nº 11.508, de 20/07/07, modificada pela Lei nº 11.732, de 30/06/08, regulamentadas pelo Decreto nº 6.814, de 06/04/09, a retomada do projeto de implantação de Zonas de Processamento de Exportação no Brasil voltou à agenda pública. Nesse sentido, foram apresentados diversos projetos de lei no Congresso Nacional, com o objetivo de autorizar a criação de ZPEs em inúmeros municípios brasileiros. Para julgar o mérito econômico da proposta em tela, temos que também analisar se o Município de Tucuruí atende aos requisitos mínimos necessários para sediar um desses enclaves. De acordo com o § 1º do art. 2º da Lei nº 11.508, de 2007, o Município deverá dispor de acesso facilitado a portos e aeroportos internacionais, disponibilidade financeira e infra-estrutura mínima e serviços capazes de absorver os efeitos de sua implantação. A esse respeito, cabe informar que Tucuruí é um dos mais importantes municípios paraenses, e é o centro econômico de uma vasta região. Com uma população de 96.000 habitantes, em 2009, conforme estimativa do IBGE, é um município com uma elevada 21244 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS renda per capita, em termos regionais: R$27.305,00. A construção da hidroelétrica, que recebeu o mesmo nome do município, mudou a geografia e a economia locais; hoje, o município apresenta um grande potencial de crescimento, pois dele parte um verdadeiro corredor de exportação, com base na hidrovia. A sua transformação em ZPE será, acreditamos, o apoio que falta para garantir um futuro de prosperidade a todos os seus filhos. Por fim, citamos a diretriz, estabelecida no artigo 1º da Lei nº 11.508/2007, de criação de ZPEs nas regiões menos desenvolvidas do País. Sabe-se que os indicadores sócio-econômicos do Estado do Pará o situam entre as regiões que carecem de maior apoio por parte do Governo Federal, onde o crescimento mais acelerado é essencial, em prol da redução das disparidades regionais, e onde esse desenvolvimento econômico deve vir sempre condicionado pelos parâmetros do desenvolvimento sustentável, com base em um modelo ambientalmente amigável. Julgamos, portanto, que essa unidade da federação deva ser priorizada quando da análise das propostas de criação de ZPEs. Considerados os argumentos e fatos expostos, acreditamos que as ZPEs podem desempenhar um papel importante na dinamização das atividades econômicas de regiões cujo potencial necessita de estímulos específicos, como é o caso de Tucuruí. Ante o exposto, votamos pela aprovação do Projeto de Lei nº 4.707, de 2009. Sala da Comissão, 05 de maio de 2010. – Deputado Jurandil Juarez; DeputadoGuilherme Campos, Relator Relator-Substituto. III – Parecer da Comissão A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 4.707/2009, nos termos do Parecer do Relator, DeputadoJurandil Juarez, e do Relator-Substituto, DeputadoGuilherme Campos. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Dr. Ubiali – Presidente, Laurez Moreira – Vice-Presidente, Andre Vargas, Edson Ezequiel, Renato Molling, Albano Franco, Guilherme Campos, José Carlos Machado, Moreira Mendes, Silas Brasileiro e Simão Sessim. Sala da Comissão, 5 de maio de 2010. – Deputado Dr. Ubiali, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 5.216-A, DE 2009 (Do Sr. Maurício Rands) Acrescenta parágrafos à Lei nº 11.736, de 10 de julho de 2008, com o objetivo de instituir uma “Semana Nacional de Educação, Conscientização e Orientação sobre Maio de 2010 a Doença de Alzheimer”, e dá outras providências; tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação (relator: DEP. LAEL VARELLA). Despacho: Às Comissões de Seguridade Social e Família; Educação e Cultura; e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. Publicação do Parecer da Comissão de Seguridade Social e Família I – Relatório O Projeto de Lei ora sob apreciação prevê a “Semana Nacional de Educação, Conscientização e Orientação sobre a Doença de Alzheimer”. Para tanto acrescenta quatro dispositivos ao Art. 1º da Lei 11. 736, de 10 de julho de 2008, que “Institui o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer.” Nesta Semana, deverão ser abordados temas relacionados às manifestações clínicas, prevenção, tratamento e auto-estima, entre outros aspectos relevantes desta doença. Para desenvolver estas atividades dirigidas a toda a sociedade, designa os Ministérios da Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia e Previdência Social e, ainda, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Em sua justificativa, sustenta ser fundamental a ampliação dos meios que favoreçam a conscientização da população sobre o Mal de Alzheimer, por se tratar de doença incurável, em que a prevenção e a detecção precoce podem favorecer uma melhor qualidade de vida ao portador em seu processo evolutivo. Esta Comissão tem poder conclusivo sobre a matéria, nos termos do art. 24, II, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Não foram apresentadas emendas no prazo regimental. II – Voto do Relator A proposição que apreciamos merece ser louvada, por se tratar de mais uma iniciativa no sentido de reforçar as atuais atividades voltadas a preparar a sociedade brasileira para enfrentar umas das doenças que mais crescem em nosso planeta. Esse avanço incontrolado do número de casos de Alzheimer é especialmente preocupante em nosso Pais, em razão do crescimento da expectativa de vida de homens e mulheres e o conseqüente avanço da presença de idosos em nosso meio. A previsão é de que em 2050 tenhamos um número de casos da doença até 20 vezes maior do que o atual. Assim, parece-nos fundamental que cada vez mais estejamos preparados para adotar as medidas preventivas Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS possíveis, realizar o diagnostico precocemente e adotar os cuidados necessários para garantir uma melhor qualidade de vida para os portadores deste mal. Apesar de afetar cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, com um contingente de vitimas estimado em torno de 1 milhão em nosso país, somente um quarto dos que sofrem com essa doença têm seu diagnóstico estabelecido. A descrição da doença de Alzheimer remonta ao início do século 20, no ano de 1906. Apesar de todo esse tempo e de muitas pesquisas dedicadas ao tema, as causas da doença de Alzheimer ainda não estão definitivamente esclarecidas. O impacto econômico do problema está na ordem de centenas de milhões de dólares por ano nos Estados Unidos, onde o mal de Alzheimer já é a quarta causa de óbitos. A doença apresenta estágios progressivos, nos quais os pacientes vão dependendo cada vez mais de auxílio para o dia-a-dia, até que se tornam totalmente dependentes mesmo para as funções básicas, como higiene pessoal e alimentação. O processo de evolução não tem um curso obrigatório, porém na média leva entre cinco a dez anos. Apesar de não sabermos a causa específica do mal de Alzheimer, alguns fatores de risco contribuem para seu aparecimento: idade avançada, a presença de alterações genéticas e uma história familiar de demência. Outros fatores que podem estar associados ao problema são depressão, traumatismos cranianos, doença vascular cerebral e baixa escolaridade. A presença desses fatores indica que algumas medidas preventivas podem ser propostas: manter a mente ativa, independente da idade; a prática de exercícios físicos e de bons hábitos de sono pode diminuir a chance do aparecimento da doença, entre outras. O tratamento da doença de Alzheimer consiste em controlar os sintomas e tentar retardar a evolução da doença para garantir a melhor qualidade de vida dos pacientes. Como se pode observar, o quadro evolutivo é complexo e embora não haja cura, é perfeitamente possível promover uma série de medidas de prevenção e outras tantas que favoreçam uma evolução melhor do quadro, com repercussões positivas tanto para o paciente quanto para seus familiares. Assim, mostra ser da maior importância a promoção de uma grande mobilização de toda a sociedade, para que tome consciência sobre os muitos aspectos que envolvem esta doença, que pelas suas características necessita do envolvimento e da participação permanente da família. Dessa forma, entendemos que deve ser apoiada a presente iniciativa de ampliar para uma semana as atividades voltadas a preparar a população e mesmo as instituições que direta e indiretamente devam estar Terça-feira 18 21245 envolvidas em buscar soluções para este sério problema de saúde pública. Diante do exposto, manifestamos nosso voto favorável ao Projeto de Lei nº 5.216, de 2009. Sala da Comissão, 2009. – Deputado Lael Varella, Relator. III – Parecer da Comissão A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 5.216/2009, nos termos do Parecer do Relator, DeputadoLael Varella. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Vieira da Cunha – Presidente, Sueli Vidigal, Germano Bonow e Manato – Vice-Presidentes, Alceni Guerra, Aline Corrêa, Angela Portela, Armando Abílio, Arnaldo Faria de Sá, Chico D’Angelo, Cida Diogo, Darcísio Perondi, Dr. Paulo César, Dr. Talmir, Geraldo Resende, Henrique Afonso, Henrique Fontana, Jô Moraes, Jofran Frejat, José Linhares, Lael Varella, Miguel Martini, Osmar Terra, Raimundo Gomes de Matos, Rita Camata, Saraiva Felipe, Vadão Gomes, Antonio Cruz, Janete Capiberibe, Jorge Tadeu Mudalen, Milton Vieira, Paes de Lira e Ronaldo Caiado. Sala da Comissão, 12 de maio de 2010. – DeputadoVieira da Cunha, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 5.397-B, DE 2009 (Do Sr. Jefferson Campos) Dispõe sobre a necessidade de anuência prévia dos clientes para o provimento de serviços adicionais pelas prestadoras de serviço telefônico fixo comutado; tendo pareceres: da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, pela aprovação (relator: DEP. FRANCISCO ROSSI); e da Comissão de Defesa do Consumidor, pela aprovação, com emenda (relator: DEP. VINICIUS CARVALHO). Despacho: Às Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; Defesa do Consumidor; e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. Publicação do Parecer da Comissão de Defesa do Consumidor I – Relatório O Projeto de Lei n° 5.397, de 2009, pretende estabelecer que o fornecimento, gratuito ou pago, de serviços ou facilidades adicionais pelas empresas prestadoras de serviço telefônico fixo comutado dependerá de anuência prévia dos usuários, a ser dada em documento específico a eles enviado juntamente 21246 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS com informações detalhadas sobre cada serviço ou facilidade oferecida, custos, prazos e condições de cancelamento Determina, ainda que os clientes que já usam os serviços ou facilidades adicionais sejam igualmente informados pelas prestadoras, se por eles solicitadas. Na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, a proposição foi aprovada em dezembro de 2009, nos termos do parecer elaborado pelo DeputadoFrancisco Rossi, no qual destacou que a matéria moderniza o marco legal da telefonia e contribui para a competitividade do setor. Nesta Comissão não foram apresentadas emendas. II – Voto do Relator Os serviços e facilidades adicionais oferecidos pelas prestadoras de serviços de telefonia fixa, cujos custos são cobrados dos usuários nas respectivas faturas, tornaram-se altamente prejudiciais para os consumidores, à semelhança das tarifas cobradas nos serviços prestados por instituições financeiras. As prestadoras perceberam a vantagem de oferecer tais serviços por meio de empresas de vendas por telefone, quando a simples anuência verbal da pessoa que atende ao telefone e recebe a oferta, seja o assinante do serviço ou não, tem a força de sua assinatura em um contrato. Este tipo de oferta é especialmente grave já que muitos usuários, como os idosos, são pessoas sem familiaridade com os serviços oferecidos, assim como com as expressões que os identificam. A contratação dos serviços pelos usuários passou a ser, unicamente, uma fonte de receita a ser perseguida pelas prestadoras, que não se interessam pela utilização das facilidades pelos consumidores No nosso entendimento este tipo de oferta afronta disposições do Código de Defesa do Consumidor, notadamente, os incisos III e IV do art. 6°, que asseguram a informação adequada e clara sobre os produtos e serviços e a proteção contra métodos comerciais coercitivos ou desleais e contra práticas abusivas no fornecimento de bens e serviços como direitos básicos dos consumidores. A proposição em comento, contribui sobremaneira para a proteção dos consumidores deste importante mercado de abrangência nacional, e insere-se nos objetivos da Política Nacional das Relações de Consumo, conforme explicitado no art. 4° do Código de Defesa do Consumidor. No entanto, julgamos desnecessário o § 3° proposto, já que o § 2° obriga que as informações e o termo de anuência sejam encaminhados a todos os clientes. Em face do exposto, votamos pela aprovação do Projeto de Lei n° 5.397, de 2009, com a emenda supressiva anexa. Maio de 2010 Sala da Comissão, 5 de maio de 2010. – Deputado Vinicius Carvalho, Relator. EMENDA SUPRESSIVA Suprima-se o § 3º do art. 2º do projeto de lei. Sala da Comissão, 5 de maio de 2010. – Deputado Vinicius Carvalho, Relator. III – Parecer da Comissão A Comissão de Defesa do Consumidor, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou, com emenda, o Projeto de Lei nº 5.397/2009, nos termos do Parecer do Relator, DeputadoVinicius Carvalho. Estiveram presentes os Senhores Deputados Claudio Cajado – Presidente; Walter Ihoshi, Vital do Rêgo Filho e Vinicius Carvalho – Vice-Presidentes; Ana Arraes, Antonio Cruz, Carlos Sampaio, Celso Russomanno, Chico Lopes, Dimas Ramalho, Edson Aparecido, Felipe Bornier, Filipe Pereira, José Carlos Araújo, Leo Alcântara, Luiz Bittencourt, Milton Vieira, Roberto Britto, Júlio Delgado e Julio Semeghini. Sala da Comissão, 12 de maio de 2010. – DeputadoClaudio Cajado, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 6.019-A, DE 2009 (Do Sr. Eliene Lima) Dispõe sobre a etiquetagem de peça de vestuário; tendo parecer da Comissão de Defesa do Consumidor, pela aprovação, com emenda (relator: DEP. LEO ALCÂNTARA). Despacho: Às Comissões de Defesa Do Consumidor; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. Publicação do Parecer da Comissão de Defesa do Consumidor I – Relatório Em reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, realizada hoje, fui designado novo relator da proposição em pauta e adotei o parecer do relator anterior, DeputadoElismar Prado, o qual transcrevo abaixo. O projeto de lei epigrafado estabelece que as etiquetas afixadas em peças de vestuário devam ser, obrigatoriamente, confeccionadas em tecido e linha finos, macios e incapazes de produzir alergia. Ao justificar a iniciativa, o ilustre Autor nos informa que o Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO aprovou, em 2008, o regulamento Técnico Mercosul sobre etiquetagem de produtos têxteis. O citado regulamento define as informações que devem estar contidas nas etiquetas, mas é omisso quanto às demais características e, sendo o Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS regulamento o mesmo para tapetes, cortinas e vestuário, permite que se afixe em peças de vestuário etiquetas grosseiras e confeccionadas em materiais que podem provocar alergia no consumidor. Dentro do prazo regimental, a proposição em estudo não recebeu emendas. II – Voto do Relator As etiquetas afixadas nas peças de vestuário são de grande utilidade para o consumidor. Ali estão muitas informações imprescindíveis, como o tamanho da peça, o tipo de tecido, as instruções para lavagem, a identificação do fornecedor, assim parece-nos evidente que sua utilização deva ser obrigatória. Também nos parece evidente que a etiqueta afixada na peça de vestuário estará constantemente em contato com a pele do consumidor e não pode, em hipótese alguma, lhe causar desconforto ou alergia. No nosso modo de ver, deveria ser do espontâneo interesse do fornecedor utilizar apenas etiquetas finas, macias e antialérgicas, de modo a não irritar a pele e o humor do consumidor de seus produtos. No entanto, infelizmente não é o que ocorre, por vezes nos vemos obrigados a arrancar a etiqueta da roupa, de tanto que ela incomoda, mesmo com o claro prejuízo da perda de informações relevantes sobre o produto. A proposição sob análise vem complementar de forma proveitosa as normas vigentes sobre etiquetagem, que são omissas quanto às características dos materiais com os quais as etiquetas devem ser confeccionadas e afixadas às peças de vestuário, proporcionando, desse modo, ao consumidor produtos com padrões adequados de qualidade e maior proteção à sua saúde. Nosso voto é, portanto, pela aprovação do Projeto de Lei nº 6.019, de 2009. Sala da Comissão, 28 de abril de 2010. – Dep. Leo Alcantara, Relator. COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO Em reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, realizada hoje, durante a discussão, acatei também a sugestão do nobre DeputadoVinícius Carvalho, de incluir o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro – como o órgão do poder público responsável pela fiscalização da futura lei. Para tanto, apresentei a emenda anexa que acrescenta um artigo 4º (quarto) ao projeto. Nosso voto é, portanto, pela aprovação do Projeto de Lei nº 6.019/2009, com a emenda anexa, contemplando a alteração proposta. Sala das Comissões, 28 de abril de 2010. – DeputadoLeo Alcântara, Relator. Terça-feira 18 21247 EMENDA Nº 01/2010 Inclua-se no projeto de lei o artigo 4°, renumerando-se o seguinte: Art. 4º Esta Lei será regulamentada e fiscalizada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro. Sala da Comissão, 28 de abril de 2010. – Deputado Leo Alcântara, Relator. III – Parecer da Comissão A Comissão de Defesa do Consumidor, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 6.019/2009, com emenda, nos termos do Parecer do Relator, DeputadoLeo Alcantara, que apresentou complementação de voto. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Claudio Cajado – Presidente; Walter Ihoshi, Vital do Rêgo Filho e Vinicius Carvalho – Vice-Presidentes; Ana Arraes, Antonio Cruz, Carlos Sampaio, Celso Russomanno, Chico Lopes, Dimas Ramalho, Edson Aparecido, Felipe Bornier, Filipe Pereira, José Carlos Araújo, Leo Alcântara, Luiz Bittencourt, Roberto Britto, Tonha Magalhães, Antonio Carlos Mendes Thame, Elismar Prado e Julio Semeghini. Sala da Comissão, 28 de abril de 2010. – Deputado Claudio Cajado, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 6.255-A, DE 2009 (Do Sr. Jilmar Tatto) Proíbe a inclusão de registro de consumidor nos serviços de proteção ao crédito por dívidas oriundas de serviços essenciais; tendo parecer da Comissão de Defesa do Consumidor, pela rejeição (relator: DEP. VINÍCIOS CARVALHO) Despacho: Às Comissões de Defesa do Consumidor e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. Publicação do Parecer da Comissão de Defesa do Consumidor I – Relatório Na reunião ordinária realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor, em 28 de abril de 2010, fui designado relator do projeto de lei em análise, sendo que adotei na íntegra o parecer favorável apresentado pelo DeputadoChico Lopes, antigo relator da matéria, o qual passo a transcrever. O projeto de lei em epígrafe deve ter seu mérito apreciado por esta comissão, especialmente no que 21248 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS concerne aos aspectos relacionados à economia popular e repressão ao abuso do poder econômico, bem como às relações de consumo e medidas de defesa do consumidor. O projeto veda a inclusão de registro de consumidor em serviços de proteção ao crédito por inadimplência referente a serviços essenciais. Define como serviços essenciais o fornecimento de água, energia elétrica e serviços de telefonia. Finalmente, sujeita os infratores às sanções previstas na Lei nº 8.078, de 1990, bem como às demais previstas na legislação em vigor. O nobre Autor da iniciativa, ao tempo em que reconhece a importância dos serviços de proteção ao crédito para o crescimento econômico do país, considera abusiva a inclusão dos inadimplentes com as companhias de fornecimento de serviços de água, energia elétrica e telefonia em cadastros de maus pagadores, haja vista que qualquer atraso no pagamento desses serviços essenciais gera uma imediata ação de cobrança e o corte sumário da prestação de um serviço essencial. Dentro do prazo regimental, à proposta sob exame não foram apresentadas emendas. II – Voto do Relator Como o nobre Autor da proposta em tela, reconhecemos a relevante função dos serviços de proteção ao crédito, necessários para preservar a saúde financeira das empresas contra a ação de consumidores irresponsáveis e de criminosos que praticam o roubo de mercadorias e serviços mediante calotes. Do ponto de vista do consumidor, sua inscrição no Serviço de Proteção ao Crédito funciona como uma punição, pois ele recebe o estigma de mau pagador e perde o acesso ao crédito. Do ponto de vista do fornecedor, é uma maneira de proteger-se contra maus pagadores e é um instrumento de cobrança, pois o consumidor somente voltará a ter acesso ao crédito quando as dívidas forem quitadas. No caso específico dos fornecedores de serviços públicos essenciais como água, energia elétrica e telefonia, apesar de serem considerados serviços essenciais de fornecimento contínuo, o inciso II do § 3º do art. 6º da Lei nº 8.987, de 1995, permite que o fornecimento desses serviços seja interrompido sempre que o consumidor esteja inadimplente. No nosso modo de ver, o corte no fornecimento de água, energia elétrica e telefonia, que é praticado sempre que o consumidor atrasa o pagamento, exerce função idêntica à inscrição do consumidor inadimplente em Serviço de Proteção ao Crédito, isto é, protege a empresa contra maus pagadores e é um instrumento de cobrança, pois o serviço só voltará a ser fornecido se o débito for quitado. Maio de 2010 Ainda no nosso modo de ver, a interrupção do fornecimento de serviços essenciais, da mesma forma que a inscrição do consumidor em um Serviço de Proteção ao Crédito, significa uma punição ao consumidor, neste caso muito mais humilhante e constrangedora, pois ele fica privado do fornecimento de serviços públicos essenciais, aos quais só voltará a ter acesso após pagar sua dívida. Sendo assim, não nos parece razoável que as empresas concessionárias de serviços públicos essenciais tenham o direito de punir em dobro os inadimplentes. A interrupção no fornecimento de serviço essencial já é forma de cobrança extremamente coercitiva e punição demasiado grave para a inadimplência, portanto é claramente desnecessária e abusiva a inscrição desse devedor em serviços de proteção ao crédito. Os fornecedores de serviços públicos essenciais devem ser incentivados a negociar, parcelar, até mesmo a cobrar judicialmente suas dívidas, mas proibidos de inscrever em bancos de dados e cadastros de proteção ao crédito o nome daquele cidadão que deixou de pagar uma conta de água, energia elétrica ou telefonia, pois os serviços de proteção ao crédito foram originalmente criados para proteger fornecedores que não têm a possibilidade de exercer formas de cobrança tão constrangedoras e humilhantes como a interrupção no fornecimento de serviços públicos essenciais à dignidade e à saúde do cidadão. Pelas razões acima enunciadas, para proteger a economia popular e reprimir o abuso do poder econômico, nosso voto é pela aprovação do Projeto de Lei nº 6.255, de 2009. Sala da Comissão, 28 de abril de 2010. – Deputado Vinicius Carvalho, Relator. COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO Em reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, realizada hoje, durante a discussão do parecer que proferi ao PL nº 6.255, de 2009, após as argumentações feitas pelo DeputadoWalter Ihoshi em seu voto em separado, considerei oportuna a alteração do meu posicionamento relativamente à referida proposição. Voto, portanto, pela rejeição do Projeto de Lei nº 6.255, de 2009. Sala das Comissões, 28 de abril de 2010. – DeputadoVinícius Carvalho, Relator. III – Parecer da Comissão A Comissão de Defesa do Consumidor, em reunião ordinária realizada hoje, rejeitou o Projeto de Lei nº 6.255/2009, nos termos do Parecer do Relator, DeputadoVinícius Carvalho, que apresentou complementação de voto. O DeputadoWalter Ihoshi apresentou voto em separado. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Estiveram presentes os Senhores Deputados: Claudio Cajado – Presidente; Walter Ihoshi, Vital do Rêgo Filho e Vinicius Carvalho – Vice-Presidentes; Ana Arraes, Antonio Cruz, Carlos Sampaio, Celso Russomanno, Chico Lopes, Dimas Ramalho, Edson Aparecido, Felipe Bornier, Filipe Pereira, José Carlos Araújo, Leo Alcântara, Luiz Bittencourt, Roberto Britto, Tonha Magalhães, Antonio Carlos Mendes Thame, Elismar Prado e Julio Semeghini. Sala da Comissão, 28 de abril de 2010. – Deputado Claudio Cajado, Presidente. VOTO EM SEPARADO (Do DeputadoWalter Ihoshi) I – Relatório O projeto, da lavra do Deputado Jilmar Tatto, proíbe a inclusão de registro de consumidor nos serviços de proteção ao crédito por dívidas oriundas de serviços essenciais. A matéria foi distribuída a esta Comissão de Defesa do Consumidor para análise de mérito e para a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, para constitucionalidade. Neste órgão técnico, foi designado relator o DeputadoChico Lopes. Não foram apresentadas emendas. O voto do relator é pela aprovação do projeto sem alterações. É o relatório. II – Voto O projeto de lei nº 6.255 de 2009 tem méritos incontestáveis ao proibir a inclusão de registro de consumidor nos serviços de proteção ao crédito por dívidas oriundas de serviços essenciais. Define como serviços essenciais o fornecimento de água, energia elétrica e telefonia. Em que pesem os méritos da proposição em tela, em 2008 foi apresentado pelo DeputadoVinicíus Carvalho, o PL nº 2.986 o qual também veda a inscrição do nome de consumidor de serviço público em cadastro de restrição ao crédito. Aqui nesta Comissão de Defesa do Consumidor, foi relator do projeto o Deputado Ricardo Tripoli, que deu nova redação ao artigo 1º daquele PL, passando ao seguinte teor, in verbis: “Art. 1º. É vedada a inscrição do nome do consumidor de serviço público em cadastro de restrição ao crédito e cartório de protesto em decorrência de atraso no pagamento da conta do consumidor pessoa física, de baixa Terça-feira 18 21249 renda, incluído nos critérios da tarifa social de energia elétrica. Parágrafo único. A vedação a que se refere o caput deste artigo ocorrerá quando o serviço for prestado de forma direta pela administração pública ou por meio de concessionária ou permissionária do serviço público, de água e de energia elétrica.” Na CCJC, o PL 2.986 de 2008 teve parecer do DeputadoRegis de Oliveira que exclui da nova redação do art.1º a expressão “e cartório de protesto”. O parecer pende de votação. Como se vê, o projeto de lei nº 6.255 de 2009, em tudo é semelhante ao Projeto de Lei nº 2.986 de 2008 que já tramitou pela CTASP, com parecer favorável, sem alteração, pela CDC, com as alterações acima e agora pende de aprovação pela CCJC nos termos do parecer do DeputadoRegis de Oliveira. Os aperfeiçoamentos porque passaram o PL nº 2.986 de 2008 são identicamente aplicáveis ao PL nº 6.255 de 2009. Por serem idênticos em seu objeto, deve-se evitar normas divergentes sobre o mesmo tema. Indo além do campo da legalidade e da sistematização do ordenamento jurídico-legal, as alterações aprovadas no PL nº 2.986 de 2008, restringem a possibilidade de fraudes, já que pessoas com capacidade contributiva que possuam imóveis não utilizados, podem deixar de pagar suas tarifas sem sofrerem nenhuma penalidade, posto que a suspensão dos serviços, nestes casos, não as afetaria. Exclui-se, também, as pessoas jurídicas dos benefícios deste projeto. Para evitar normas colidentes, ou ainda, normas idênticas aprovadas na mesma época, o que demonstraria a falta de cuidado do legislador, somos pela rejeição do Projeto de Lei nº 6.255 de 2009. Sala da Comissão, 28 de abril de 2010. – Deputado Walter Ihoshi, DEM/SP. PROJETO DE LEI Nº 6.472-A, DE 2009 (Do Poder Executivo) Mensagem nº 948/2009 Aviso nº 954/2009 – C. Civil Altera o art. 1º da Lei nº 11.145, de 26 de julho de 2005, que institui a Fundação Universidade Federal do ABC – UFABC; tendo parecer da Comissão de Trabalho, 21250 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de Administração e Serviço Público, pela aprovação, com emenda (relator: DEP. VICENTINHO). Despacho: Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD); e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. Publicação do Parecer da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público I – Relatório O Projeto de Lei nº 6.472, de 2009, visa alterar o texto do caput e revogar o parágrafo único do art. 1º da Lei nº 11.145, de 26 de julho de 2005, que instituiu a Fundação Universidade Federal do ABC – UFABC. No referido texto legal, acrescenta-se ao caput do art. 1º a referência ao fato de que a UFABC é fundação pública dotada de personalidade jurídica de direito público. Ato contínuo, a supressão do parágrafo único reitera tal posição pois elimina a necessidade de inscrição do ato constitutivo da UFABC, do qual seria parte integrante o seu Estatuto, no cartório de registro civil competente, para que lhe fosse conferida personalidade jurídica. Esgotado o prazo regimental de cinco sessões, aberto para apresentação de emendas ao projeto, nenhuma foi recebida. Cabe-nos agora, na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, analisar o mérito da proposição com base no que dispõe o art. 32, inciso XVIII, do Regimento Interno desta Casa. É o relatório. II – Voto do Relator Segundo a justificativa apresentada junto ao Projeto de Lei nº 6.472, de 2009, seu objetivo é solucionar a dificuldade encontrada pela Fundação Universidade Federal do ABC – UFABC no tocante à disposição contida no parágrafo único do art. 1º da Lei 11.145/05, que determinou o registro do Estatuto daquela Fundação no competente Cartório de Registro Civil, ato este que lhe conferiria personalidade jurídica. Ocorre que tal registro não se aplica a fundações públicas de direito público, além do fato de que as Normas de Serviço da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de São Paulo, no qual a UFABC tentou efetivar Maio de 2010 o registro de seu Estatuto, vedam o registro das fundações públicas de direito público. Assim, ao revogar a obrigatoriedade de registro dos atos constitutivos da UFABC, elimina-se a possibilidade de considerá-la fundação de direito privado e ganha relevo sua personalidade de direito público, semelhante às demais universidades criadas em nosso país como fundações públicas. A exemplo de outras instituições federais de ensino, a UFABC demonstra total capacidade para expandir sua atuação, promovendo a sua extensão universitária. Para tanto apresento emenda ao Art. 2º caracterizando sua inserção regional mediante atuação multicampi na região do ABC paulista, bem como em outras localidades de interesse institucional. Isto posto, só nos resta votar pela APROVAÇÃO, no mérito, do Projeto de Lei nº 6.472, de 2009, com emenda em anexo. Sala da Comissão, 7 de maio de 2010. – Deputado Vicentinho, Relator. EMENDA Dê-se ao Art. 2º do projeto a seguinte redação: “Art. 2 – a UFABC terá por objetivo ministrar educação superior, desenvolver pesquisa nas diversas áreas do conhecimento e promover a extensão universitária, caracterizando sua inserção regional mediante atuação multicampi na região do ABC paulista, bem como em outras localidades de interesse institucional. Deputado Vicentinho, Relator. III – Parecer da Comissão A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente, com emenda, o Projeto de Lei nº 6.472/09, nos termos do parecer do relator, DeputadoVicentinho. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Alex Canziani – Presidente, Gorete Pereira, Vicentinho e Sabino Castelo Branco – Vice-Presidentes, Andreia Zito, Chico Daltro, Daniel Almeida, Edgar Moury, Emilia Fernandes, Eudes Xavier, Fernando Nascimento, Geraldo Pudim, Júlio Delgado, Luciano Castro, Luiz Carlos Busato, Manuela d’Ávila, Mauro Nazif, Paulo Pereira da Silva, Paulo Rocha, Roberto Santiago, Sérgio Moraes, Thelma de Oliveira, Vanessa Grazziotin, Wilson Braga, Marcio Junqueira. Sala da Comissão, 12 de maio de 2010. – Deptado Alex Canziani, Presidente. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21251 21252 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21253 21254 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21255 21256 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21257 21258 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21259 21260 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21261 21262 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21263 21264 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21265 21266 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21267 21268 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21269 21270 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21271 21272 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Maio de 2010 Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Terça-feira 18 21273 21274 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÕES ATAS COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO 53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 9ª Reunião Ordinária Realizada em 5 de Maio de 2010. Às dez horas e trinta e nove minutos do dia cinco de maio de dois mil e dez, reuniu-se a Comissão de Finanças e Tributação, no Plenário Deputado Mussa Demes (Plenário nº 4) do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a presidência do Deputado Pepe Vargas, Presidente; e com a presença dos senhores Deputados Márcio Reinaldo Moreira e Guilherme Campos, respectivamente 1º e 2º Vice-Presidentes; Aelton Freitas, Alfredo Kaefer, Armando Monteiro, Arnaldo Madeira, Carlos Melles, Charles Lucena, Ciro Pedrosa, Félix Mendonça, Geddel Vieira Lima, João Dado, José Guimarães, Júlio Cesar, Luciana Genro, Luiz Carlos Hauly, Luiz Carreira, Manoel Junior, Osmar Júnior, Ricardo Barros, Ricardo Berzoini, Rodrigo Rocha Loures, Takayama, Vignatti e Virgílio Guimarães (Titulares); Alberto Fraga, Andre Vargas, Bilac Pinto, Ilderlei Cordeiro, João Bittar, Leonardo Quintão, Luis Carlos Heinze, Magela, Maurício Quintella Lessa, Regis de Oliveira, Rubens Otoni, Zenaldo Coutinho e Zonta (Suplentes). Compareceram também os Deputados Geraldo Simões, José Pimentel e Luiz Alberto, como não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Antonio Palocci, Gladson Cameli, Pedro Novais e Valtenir Pereira. Justificaram ausência os Deputado Pedro Eugênio e Silvio Costa, em razão de licença para tratamento de saúde. ABERTURA: Havendo número regimental, o Presidente declarou abertos os trabalhos e colocou em apreciação as atas da 7ª Reunião de Audiência Pública e 8ª Reunião Ordinária Deliberativa, realizadas, respectivamente, em 27 e 28 de abril de 2010, cujas cópias foram distribuídas aos membros. Em seguida, por solicitação dos Deputados Márcio Reinaldo Moreira e Rodrigo Rocha Loures, foi dispensada a leitura das atas e, não havendo quem quisesse discuti-las, para possíveis retificações, foram aprovadas, unanimemente, as atas da 7ª Reunião de Audiência Pública e 8ª Reunião Ordinária Deliberativa. Logo após, o Presidente saudou a presença do Ministro Geddel Vieira Lima. EXPEDIENTE: Na sequência, o Presidente anunciou a definição das três subcomissões permanentes. Informou também, que conforme manifestações dos parlamentares encaminhadas à Secretaria desta Comissão e observando a regra da proporcionalidade partidária, as subcomissões ficarão cons- Maio de 2010 tituídas da seguinte forma: a) Subcomissão Permanente de Assuntos Municipais, será composta por 09 (nove) membros titulares e 09 (nove) membros suplentes. Titulares: Deputados Aelton Freitas, Charles Lucena, Manoel Junior e Márcio Reinaldo Moreira, pelo bloco PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PT do B; José Maia Filho e Júlio Cesar, pelo bloco PSDB/DEM/PPS; João Dado, pelo bloco PSB/PDT/PC do B/PMN. Suplentes: Bilac Pinto, Pedro Eugênio e Régis Oliveira, pelo bloco PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PT do B; Valtenir Pereira, pelo bloco PSB/PDT/PC do B; b) Subcomissão Permanente dos Gastos Públicos: Folha, Custeio, Dívida e Investimentos, será composta por 07 (sete) membros titulares e 07 (sete) membros suplentes. Titulares: Charles Lucena e Eduardo Cunha, pelo bloco PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PT do B; Júlio Cesar e Alberto Fraga, pelo bloco PSDB/DEM/ PPS; Valternir Pereira, pelo bloco PSB/PDT/PC do B/ PMN. Suplentes: Félix Mendonça, pelo bloco PSDB/ DEM/PPS. c) Subcomissão Permanente das Micro e Pequenas Empresas, será composta por 07 (sete) membros titulares e 07 (sete) membros suplentes. Titulares: João Bittar, Pedro Eugênio, Rodrigo Rocha Loures e Vignatti, pelo bloco PMDB/PT/PP/PR/PTB/ PSC/PTC/PT do B; Guilherme Campos e Luiz Carlos Hauly, pelo bloco PSDB/DEM/PPS; Osmar Junior, do PC do B, pelo bloco PSB/PDT/PC do B/PMN. Suplentes: Aelton Freitas, Celso Maldaner, Charles Lucena e Silvio Costa, pelo bloco PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/ PTC/PT do B; Ilderlei Cordeiro, pelo bloco PSDB/DEM/ PPS; Valtenir Pereira, pelo bloco PSB/PDT/PC do B/ PMN. A seguir, o Presidente lembrou aos senhores membros que as subcomissões deverão reunir-se para ratificar, por meio de eleição, os nomes do seu Presidente, Vice-Presidente e Relator, bem como dar andamento aos seus trabalhos. ORDEM DO DIA: O Presidente comunicou que retiraria de pauta, de ofício, os itens 27, 42 e 43 em razão do autor das propostas haver requerido a retirada de tramitação das matérias, no Plenário da Casa. Na sequência, o Presidente registrou que o Deputado Pedro Eugênio encontrava-se internado na Unidade de Recuperação de Cirurgia Cardio Torácica, no Real Hospital Português e desejou o pronto restabelecimento da saúde do parlamentar. Logo após, o Presidente informou que havia sobre a mesa Requerimento de inversão de pauta para o item 24. REQUERIMENTO – do Sr. José Guimarães – para que “seja apreciado preferencialmente, o item 17, Projeto de Lei nº 5.920-A/09, nos termos regimentais”. O Presidente informou aos membros que apreciaria primeiro os requerimentos e, em seguida o item 17, objeto da inversão de pauta. Em seguida, passou-se a apreciação dos requerimentos. 01) REQUERIMENTO Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 252/10 – do Sr. Rodrigo Rocha Loures – para que seja convidado a participar de reunião de audiência pública o Ministro das Relações Exteriores, Sr. Celso Amorim, para tratar do reconhecimento da China como economia de mercado pelo Brasil. O Presidente concedeu a palavra ao autor do requerimento, Deputado Rodrigo Rocha Loures. Em votação, aprovado, unanimemente, o requerimento. 02) REQUERIMENTO Nº 254/10 – da Subcomissão Especial dos Cartões de Crédito – Sr. Leonardo Quintão – para que seja convidado a participar de reunião de audiência pública o Senhor Ronaldo Porto Macedo Júnior, Professor da Universidade de São Paulo, para discutir possíveis mudanças no funcionamento do setor de cartões de crédito. O Deputado Leonardo Quintão subscreveu o requerimento. Em votação, aprovado, unanimemente, o requerimento. 03) REQUERIMENTO Nº 255/10 – do Sr. Guilherme Campos – para que seja convidada a participar de reunião de audiência pública a Presidenta da Caixa Econômica Federal, Sra. Maria Fernanda Ramos Coelho, a fim de debater o repasse de recursos do orçamento da União. O Presidente concedeu a palavra ao Deputado Guilherme Campos, que retirou de pauta o requerimento. O Presidente informou que conforme contato com a Caixa Econômica Federal foi sugerida uma reunião de trabalho em vez Audiência Pública. Manifestaram-se os Deputados João Dado, que solicitou a sua participação na referida reunião e José Guimarães. O Presidente informou que agendaria a reunião para a próxima terça-feira, dia 11 de maio, no final da tarde. 04) REQUERIMENTO Nº 256/10 – do Sr. Zenaldo Goutinho – para que sejam convidados a participar de reunião de audiência pública a Secretária de Patrimônio da União, Sra. Alexandra Reschke; o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Sr. Ophir Cavalcante; o Presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil – IRIB, Sr. Helvécio Castello; e o Presidente da Associação dos Moradores Atingidos nas Terras Reclamadas pela União, Sr. Bento da Costa Pereira, a fim de debater o Projeto de Lei Complementar nº 116/2007, que acrescenta § 3º ao art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), prevendo a exclusão da incidência do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana sobre imóveis nos chamados terrenos de marinha. Retirado de pauta em virtude da ausência do autor. A seguir, passou-se a apreciação do requerimento de inversão de pauta para o item 17, apresentado no início da reunião. REQUERIMENTO – do Sr. José Guimarães – para que “seja apreciado preferencialmente, o item 17, Projeto de Lei nº 5.920-A/09, nos termos regimentais”. Em votação, aprovado, unanimemente, o requerimento. Passou-se a apreciação do Terça-feira 18 21275 item 17. 17) PROJETO DE LEI Nº 5.920-A/09 – do Poder Executivo (MSC nº 712/09) – que “dispõe sobre a instituição do Adicional por Participação em Missão no Exterior; a remuneração do Grupo de Suporte à Fiscalização Agropecuária, de que tratam as Leis nºs 10.484, de 3 de julho de 2002, 11.090, de 7 de janeiro de 2005, e 11.344, de 8 de setembro de 2006, da Carreira de Agente Penitenciário Federal, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009, dos Empregos Públicos do Quadro de Pessoal do Hospital das Forças Armadas – HFA, de que trata a Lei nº 10.225, de 15 de maio de 2001, do Plano de Carreiras dos Cargos de Tecnologia Militar, de que tratam as Leis nºs 9.657, de 3 de junho de 1998, e 11.355, de 19 de outubro de 2006, da área de Auditoria do Sistema Único de Saúde, de que trata a Lei nº 11.344, de 8 de setembro de 2006; a instituição de estrutura remuneratória para os cargos efetivos de Engenheiro, Arquiteto, Economista, Estatístico e Geólogo; a remuneração do Plano de Carreiras e Cargos da ABIN, de que trata a Lei nº 11.776, de 17 de setembro de 2008, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VIRGÍLIO GUIMARÃES. PARECER: pela adequação financeira e orçamentária do Projeto e pela incompatibilidade financeira e orçamentária das emendas da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e das emendas apresentadas na Comissão de Finanças e Tributação. O Presidente informou que havia sobre a mesa REQUERIMENTO do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta, o item 17, nos termos regimentais”. Em votação, rejeitado, o requerimento, contra o voto do Deputado Guilherme Campos. O Presidente passou a palavra ao relator, Deputado Virgílio Guimarães para fazer a leitura do parecer. Discutiram a matéria os Deputados João Dado, José Guimarães, Guilherme Campos, Leonardo Quintão, Márcio Reinaldo Moreira e Arnaldo Madeira. O Presidente anunciou que havia sobre a mesa Destaque de Bancada nº 01/10, do Sr. João Dado e outros, para votação em separado da Emenda nº 02 ao PL nº 5.920/09, aprovada na CTASP e Destaque nº 02/10, do Sr. Rodrigo Rocha Loures e outros, para votação em separado da Emenda nº 04 ao PL nº 5.920/09, aprovada na CTASP. Na sequência, o Deputado João Dado sugeriu votar o relatório retirando os destaques que foram apresentados. O Presidente anunciou que havia sobre a mesa REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – que “requer o adiamento de votação do PL 5.920/07, por 05 sessões, nos termos regimentais”. O Deputado Guilherme Campos concordou em retirar o requerimento de adiamento de votação apresentado se os destaques fossem retirados. Havendo acordo, votouse a matéria sem os destaques das emendas, sem 21276 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS verificação de votação e sem requerimento de adiamento da votação do relatório. O Deputado José Guimarães registrou que a bancada do PT é favorável aos destaques. Em votação, aprovado o parecer do item 17, com a Complementação de Voto do Deputado Virgílio Guimarães, com os votos contrários dos Deputados Guilherme Campos, Arnaldo Madeira e Luiz Carreira. Logo após, por acordo dos membros da Comissão, foram apreciadas em bloco as seguintes matérias: Bloco I: Projetos pela incompatibilidade e/ou inadequação financeira e orçamentária – Projetos Autorizativos: 07) PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 312/05 – do Sr. Fernando de Fabinho – que “autoriza o Poder Executivo a criar os Eixos de Desenvolvimento da BR-324 e da BR-116 e instituir o Programa Especial de Desenvolvimento da BR-324 e da BR-116”. RELATOR: Deputado VIGNATTI. 11) PROJETO DE LEI Nº 4.005-A/08 – do Sr. Dr. Ubiali – que “dispõe sobre a criação de Centro Federal de Educação Tecnológica-CEFET, com sede no Município de Franca, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. 13) PROJETO DE LEI Nº 4.716-A/09 – do Senado Federal (PLS nº 648/07) – que “dispõe sobre a criação de Zona de Exportação (ZPE) no Município de Açú, no Estado do Rio Grande do Norte”. RELATOR: Deputado JOÃO PAULO CUNHA. 19) PROJETO DE LEI Nº 4.703-B/09 – do Senado Federal (PLS nº 441/07) – que “dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Alta Floresta, no Estado do Mato Grosso”. RELATOR: Deputado SILVIO COSTA. 20) PROJETO DE LEI Nº 4.739B/09 – do Senado Federal (PLS nº 357/07) – que “dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Santarém, no Estado do Pará”. RELATOR: Deputado SILVIO COSTA. O Presidente anunciou que havia sobre a mesa requerimentos de retirada de pauta. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta o item 07, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. João Dado – para que “seja retirado de pauta o item 11, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta o item 13, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – dos Sr. José Guimarães – para que “seja retirado de pauta o item 19, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta o item 20, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – dos Sr. José Guimarães – para que “seja retirado de pauta o item 20, nos termos regimentais”. O Deputado Guilherme Campos solicitou a retirada de tramitação do requerimento de retirada de pauta do item 07. Em votação, aprovados, unanimemente, os requerimentos. Retira- Maio de 2010 dos de pauta os itens 11, 13, 19 e 20. Seguiu-se a apreciação do item 07. Em votação, aprovado, unanimemente, o parecer do item 07. Bloco II: Projetos pela incompatibilidade e/ou inadequação financeira e orçamentária. 05) PROJETO DE LEI Nº 6.362/05 – do Sr. Vicentinho – que “torna gratuito o transporte coletivo urbano metropolitano e intermunicipal nos dias da realização da votação de pleitos eleitorais”. (Apensados: PL’s nºs 7.687/06, 358/07 e 2.679/07). RELATOR: Deputado JOÃO DADO. 10) PROJETO DE LEI Nº 4.512-A/04 – do Sr. Vicentinho – que “institui Programa de Alimentação para os Trabalhadores Rurais”. (Apensado: PL nº 1.298/07). EXPLICAÇÃO DA EMENTA: obriga as empresas e empregadores rurais a fornecerem café da manhã e almoço aos trabalhadores rurais. RELATOR: Deputado GUILHERME CAMPOS. 23) PROJETO DE LEI Nº 7.064-A/02 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “dispõe sobre a complementação da aposentadoria a ex-servidores autárquicos do extinto Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VIGNATTI. 26) PROJETO DE LEI Nº 4.984-B/05 – do Sr. Luiz Carreira – que “altera o art. 3º da Lei nº 10.200, de 14 de fevereiro de 2001, que ‘acresce e altera dispositivos da Lei nº 8.929, de 22 de agosto de 1994, que institui a Cédula de Produto Rural, e dá outras providências’ “. Explicação da Ementa: autorizando a equalização de taxas de juros de financiamentos do BNDES para implantação de florestas homogêneas. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. 33) PROJETO DE LEI Nº 2.835-A/08 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “acrescenta § 4º ao art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para permitir que a dona de casa recolha contribuição previdenciária desde a data do casamento”. RELATOR: Deputado RICARDO BERZOINI. 34) PROJETO DE LEI Nº 6.082A/02 – do Sr. Enio Bacci – que “autoriza a criação do Fundo Pró-Segurança Pública, pelos Estados e Distrito Federal e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VIGNATTI. 35) PROJETO DE LEI Nº 2.770-A/03 – do Sr. Milton Monti – que “isenta do imposto de renda os rendimentos recebidos da previdência privada”. (Apensado: PL nº 6.555/06). RELATOR: Deputado CIRO GOMES. 36) PROJETO DE LEI Nº 6.214-A/05 – do Sr. Fernando de Fabinho – que “altera a Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, para reduzir as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes na importação e na comercialização do mercado interno de produtos da cesta básica de alimentos”. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: reduzindo a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre milho e seus derivados como: fubá, creme de milho e flocos, sal de cozinha e macar- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS rão. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. 41) PROJETO DE LEI Nº 3.595-B/08 – do Sr. Luis Carlos Heinze – que “dispõe sobre as contribuições sociais devidas pelo importador de produtos agroindustriais, acrescentando § 8º ao art. 22-A da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 (que lhe foi acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 10.256, de 9 de julho de 2001)”. Explicação da Ementa: estabelece que os produtos agroindustriais provenientes do exterior sejam submetidos à mesma incidência das contribuições sociais a que se submetem os produtos brasileiros. RELATOR: Deputado GUILHERME CAMPOS. O Presidente anunciou que havia sobre a mesa requerimentos de retirada de pauta. REQUERIMENTO – do Sr. José Guimarães – para que “seja retirado de pauta o item 10, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. José Guimarães – para que “seja retirado de pauta o item 23, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta, o item 26, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta o item 33, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta o item 35, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta, por 10 sessões, o item 36, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta o item 41, nos termos regimentais”. Em votação, aprovados, unanimemente, os requerimentos. Retirados de pauta os itens 10, 23, 26, 33, 35, 36 e 41. Seguiu-se a votação dos itens 05 e 34. Em votação, aprovados, unanimemente, os pareceres dos itens 05 e 34. Bloco III: Projetos pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela rejeição. 25) PROJETO DE LEI Nº 3.825-A/04 – do Sr. Milton Monti – que “acrescenta inciso ao art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, para permitir a movimentação da conta vinculada para a realização de reforma na moradia do titular”. RELATOR: Deputado VIGNATTI. 28) PROJETO DE LEI Nº 1.450A/07 – do Sr. Júlio Cesar – que “dá nova redação à Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998, para estimular a expansão da rede de gasodutos de transporte e construção de terminais de regaseificação de gás natural liquefeito”. RELATOR: Deputado SILVIO COSTA. 37) PROJETO DE LEI Nº 6.787/06 – do Sr. Celso Russomanno – que “modifica o art. 23 da Lei nº 6.830, de 1980, para permitir a arrematação com valor inferior ao dado pela avaliação ainda em primeiro leilão”. Explicação da Ementa: estabelece, ainda, que não Terça-feira 18 21277 havendo licitante, o juiz poderá designar novo leilão. RELATOR: Deputado CIRO GOMES. 40) PROJETO DE LEI Nº 3.411-A/08 – do Sr. Giacobo – que “dispõe sobre o prazo do seguro de automóveis”. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: estabelece a dilatação do prazo do seguro do automóvel pelo período que tenha permanecido em oficina credenciada para reparos. RELATOR: Deputado GUILHERME CAMPOS. 42) PROJETO DE LEI Nº 3.701-A/08 – do Sr. Vital do Rêgo Filho – que “altera dispositivos da Lei nº 11.345, de 14 de setembro de 2006, que ‘dispõe sobre a instituição de concurso de prognóstico destinado ao desenvolvimento da prática desportiva, a participação de entidades desportivas da modalidade futebol nesse concurso e o parcelamento de débitos tributários e para com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS; altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991, e 10.522, de 19 de julho de 2002; e dá outras providências’, para instituir novos percentuais de transferências e fixar novos critérios para escolha do Time do Coração”. RELATOR: Deputado JOÃO DADO. 43) PROJETO DE LEI Nº 4.460/08 – do Sr. Vital do Rêgo Filho – que “acrescenta dispositivo à Lei nº 7.730, de 31 de Janeiro de 1989, que ‘institui o cruzado novo, determina congelamento de preços, estabelece regras de desindexação da economia e dá outras providências’, para estabelecer prazo prescricional para demandas Judiciais”. RELATOR: Deputado ANTONIO PALOCCI. O Presidente anunciou que havia sobre a mesa requerimentos de retirada de pauta. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta o item 28, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. José Guimarães – para que “seja retirado de pauta o item 28, nos termos regimentais”. Em votação, aprovados, os requerimentos. Retirado de pauta o item 28. O Deputado Guilherme Campos solicitou a retirada do bloco, para discussão em separado, do item 25. O Presidente lembrou que os itens 42 e 43 haviam sido retirados de pauta no início da reunião. Seguiu-se a votação dos itens 37 e 40. Em votação, aprovados, unanimemente, os pareceres dos itens 37 e 40. Bloco IV: Projetos pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação: 06) PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 437/08 – do Sr. Luiz Alberto – que “altera a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, que ‘dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras providências’ “. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: propõe que o imposto devido em razão de serviços relacionados com a explora- 21278 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ção e explotação de petróleo, gás natural e de outros recursos naturais seja recolhido ao município onde o serviço for executado. RELATOR: Deputado ANDRE VARGAS. 09) PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.564/09 – dos Srs. Ana Arraes e Vital do Rêgo Filho – que “susta a aplicação do inciso V da CartaCircular nº 3.295, de 1º de fevereiro de 2008, do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil”. Explicação da Ementa: susta a cobrança de Tarifa de Liquidação Antecipada. RELATOR: Deputado JÚLIO CESAR. 12) PROJETO DE LEI Nº 2.765-A/08 – do Sr. Angelo Vanhoni – que “dispõe sobre a relação de Instituições do Poder Público e suas Associações de Amigos”. Explicação da Ementa: criação de associações de amigos do Poder Público. RELATOR: Deputado EDGAR MOURY. 29) PROJETO DE LEI Nº 2.010-A/07 – do Sr. Germano Bonow – que “acrescenta dispositivos à Lei nº 10.555, de 13 de novembro de 2002, a fim de autorizar condições especiais para o crédito de valores de que dispõe a Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001, nas contas vinculadas de que trata o § 3º do art. 14 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990”. Explicação da Ementa: concede ao empregador o direito de receber o complemento de atualização monetária na conta de não-optante ao regime de FGTS. RELATOR: Deputado RODRIGO ROCHA LOURES. O Presidente anunciou que havia sobre a mesa requerimentos de retirada de pauta. REQUERIMENTO – do Sr. Arnaldo Madeira – para que “seja retirado de pauta o item 06, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. José Guimarães – para que “seja retirado de pauta o item 09, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. João Dado – para que “seja retirado de pauta o item 09, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. José Guimarães – para que “seja retirado de pauta o item 29, nos termos regimentais”. O Presidente concedeu a palavra ao Deputado Luiz Alberto, que fez considerações acerca do item 06, e solicitou que o mesmo fosse retirado do bloco, para discussão em separado. O Presidente consultou o Deputado Arnaldo Madeira da possibilidade de retirar o requerimento de retirada de pauta. O Deputado Arnaldo Madeira não concordou e manteve o requerimento. Em votação, aprovados, unanimemente, os requerimentos. Retirados de pauta os itens 06, 09 e 29. Seguiu-se a votação do item 12. Em votação, aprovado, unanimemente, o parecer do item 12. Bloco V: Projetos pela compatibilidade e/ou adequação financeira e orçamentária: 15) PROJETO DE LEI Nº 6.103B/05 – do Senado Federal (PLS nº 217/01) – que “dispõe sobre a construção de prédio para funcionamento de creche e pré-escola em assentamentos rurais”. RE- Maio de 2010 LATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. 16) PROJETO DE LEI Nº 3.961-A/08 – do Poder Executivo (MSC nº 667/08) – que “dispõe sobre a criação de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS e Gratificação por Exercício em Cargo de Confiança, nos órgãos da Presidência da República”. RELATOR: Deputado VIGNATTI. 17) PROJETO DE LEI Nº 5.920-A/09 – do Poder Executivo (MSC nº 712/09) – que “dispõe sobre a instituição do Adicional por Participação em Missão no Exterior; a remuneração do Grupo de Suporte à Fiscalização Agropecuária, de que tratam as Leis nºs 10.484, de 3 de julho de 2002, 11.090, de 7 de janeiro de 2005, e 11.344, de 8 de setembro de 2006, da Carreira de Agente Penitenciário Federal, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009, dos Empregos Públicos do Quadro de Pessoal do Hospital das Forças Armadas – HFA, de que trata a Lei nº 10.225, de 15 de maio de 2001, do Plano de Carreiras dos Cargos de Tecnologia Militar, de que tratam as Leis nºs 9.657, de 3 de junho de 1998, e 11.355, de 19 de outubro de 2006, da área de Auditoria do Sistema Único de Saúde, de que trata a Lei nº 11.344, de 8 de setembro de 2006; a instituição de estrutura remuneratória para os cargos efetivos de Engenheiro, Arquiteto, Economista, Estatístico e Geólogo; a remuneração do Plano de Carreiras e Cargos da ABIN, de que trata a Lei nº 11.776, de 17 de setembro de 2008, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VIRGÍLIO GUIMARÃES. 21) PROJETO DE LEI Nº 5.771-A/09 – do Supremo Tribunal Federal (MSC nº 146/09) – que “dispões sobre a criação de cargos e de funções no Quadro de Pessoal do Conselho Nacional de Justiça”. RELATOR: Deputado JOÃO DADO. 30) PROJETO DE LEI Nº 3.752-A/08 – da Sra. Vanessa Grazziotin – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de presença de farmacêutico nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS)”. RELATOR: Deputado JOÃO DADO. O Presidente anunciou que havia sobre a mesa requerimentos de retirada de pauta. REQUERIMENTO – do Sr. João Dado – para que “seja retirado de pauta o item 15, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. Arnaldo Madeira – para que “seja retirado de pauta o item 15, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta o item 16, nos termos regimentais”. REQUERIMENTO – do Sr. Guilherme Campos – para que “seja retirado de pauta o item 21, nos termos regimentais”. Em votação, aprovados, unanimemente, os requerimentos. Retirados de pauta os itens 15, 16 e 21. O Presidente lembrou que o item 17 havia sido apreciado quando da inversão da pauta. Seguiu-se a votação do item 30. Em votação, aprovado, unanimemente, o parecer do item 30. Encerrada a Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS votação em bloco, o Presidente lembrou que no início da reunião já havia retirado de pauta o item 27. 27) PROJETO DE LEI Nº 488-A/07 – do Sr. Edinho Bez – que “reduz a 0 (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre as receitas decorrentes da venda de carvão coque nacional”. RELATOR: Deputado ARNALDO MADEIRA. PARECER: pela adequação financeira e orçamentária do Projeto e do Substitutivo da Comissão de Minas e Energia e, no mérito, pela rejeição do Projeto e do Substitutivo da CME. Retirado de pauta, de ofício. A seguir, o Presidente anunciou que por acordo dos Senhores Líderes retiraria de pauta os demais itens. 08) PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 530/09 – do Supremo Tribunal Federal – que “acrescenta o § 7º ao art. 20 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências”. Explicação da Ementa: atribui competência ao STF e ao Conselho Nacional de Justiça para reverem os limites repartidos das despesas com pessoal, no âmbito do Poder Judiciário da União. RELATOR: Deputado JOÃO PAULO CUNHA. PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação, com Substitutivo. Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes. 14) PROJETO DE LEI Nº 2.348-A/07 – do Senado Federal (PLS nº 272/06) – que “dispõe sobre a quitação antecipada de contratos de empréstimos e financiamentos com desconto em folha de pagamento e sobre cobrança de tarifas nessas operações”. (Apensado: PL nº 3.105/08). RELATOR: Deputado ARMANDO MONTEIRO. PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do PL nº 2.348/07, do PL nº 3.105/08, apensado, e do Substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor; e, no mérito, pela aprovação do PL nº 3.105/08, apensado, e pela rejeição do PL nº 2.348/07 e do Substitutivo da CDC. Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes. 18) PROJETO DE LEI Nº 687-A/07 – do Senado Federal (PLS nº 20/04) – que “revoga dispositivos da Lei nº 8.212 e da Lei nº 8.213, ambas de 24 de julho de 1991”. (Apensados: PL’s nºs 864/07 e 3.289/08). Explicação da Ementa: exclui da condição de segurado obrigatório da Previdência Social o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal que não seja vinculado a regime próprio de previdência social. RELATOR: Deputado JÚLIO CESAR. PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição Terça-feira 18 21279 da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do PL nº 687/07 e pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária dos PL’s nºs 864/07 e 3.289/08, apensados. Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes. 22) PROJETO DE LEI Nº 324-A/07 – do Sr. Augusto Carvalho – que “institui o Programa Nacional de Qualidade Ambiental e dá outras providências”. Explicação da Ementa: institui a “licitação sustentável”, para aquisição de madeira, seus subprodutos, ou mobiliário proveniente de produção sustentável. RELATOR: Deputado CIRO GOMES. PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do Projeto e das emendas da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e, no mérito, pela aprovação do Projeto e das emendas da CMADS, com Substitutivo. Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes. 24) PROJETO DE LEI Nº 2.134-A/03 – do Sr. Vicentinho – que “institui Programa de Alimentação para os trabalhadores da Construção Civil”. RELATOR: Deputado JOÃO DADO. PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação, com emenda. Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes. 25) PROJETO DE LEI Nº 3.825-A/04 – do Sr. Milton Monti – que “acrescenta inciso ao art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, para permitir a movimentação da conta vinculada para a realização de reforma na moradia do titular”. RELATOR: Deputado VIGNATTI. PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela rejeição. Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes. 31) PROJETO DE LEI Nº 5.251-A/05 – do Sr. Eduardo Barbosa – que “dispõe sobre a contagem do tempo de serviço do exercente de mandato eletivo no período entre fevereiro de 1998 e outubro de 2004”. RELATOR: Deputado ARMANDO MONTEIRO. PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária do Projeto e das emendas da Comissão de Seguridade Social e Família, na forma da emenda de adequação. Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes. 32) PROJETO DE LEI Nº 1.418/07 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “altera a tributação dos rendimentos financeiros percebidos por beneficiário residente ou domiciliado no exterior, revoga os arts. 1º e 3º da Lei nº 11.312, de 27 de junho de 2006, e dá outras providências”. (Apensados: PL’s nºs 2.503/07, 2.791/08, 2.967/08, 3.107/08 e 3.315/08). RELATOR: Deputado PEDRO NOVAIS. PARECER: 21280 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária do Projeto e dos PL’s nºs 2.503/07, 2.967/08, 3.107/08, 3.315/08 e 2.791/08, apensados; e, no mérito, pela aprovação do Projeto e dos PL’s nºs 2.503/07, 2.967/08, 3.107/08 e 3.315/08, apensados, com Substitutivo, e pela rejeição do PL nº 2.791/08, apensado. Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes. 38) PROJETO DE LEI Nº 373-C/07 – do Sr. Flávio Bezerra – que “altera a Lei nº 8.213, de 1991, que dispõe sobre o plano de benefícios da Previdência social e dá outras providências e a Lei nº 8.212, de 1991, que dispõe sobre a organização da seguridade social, institui plano de custeio e dá outras providências”. Explicação da Ementa: caracteriza como atividade do pescador artesanal todos os processos de exploração, conservação, processamento, transporte, comercialização, coleta, beneficiamento, confecção, conservação e reparos na embarcação, conservação e reparos dos petrechos da atividade pesqueira, a fim de incluir a mulher do pescador como segurado obrigatório da Previdência Social. RELATOR: Deputado JOÃO DADO. PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do Projeto e do Substitutivo da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes. 39) PROJETO DE LEI Nº 3.045A/08 – do Sr. Sandes Junior – que “cria o Programa Entrada do Idoso nos hospitais e postos de saúde no âmbito de todo o Território Nacional”. RELATOR: Deputado CARLOS MELLES. PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária, com emenda. Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou os trabalhos às doze horas e dez minutos, antes porém, convocando os senhores parlamentares para as seguintes reuniões: no dia 12 de maio, quarta-feira, reunião mensal com o Secretário Tesouro Nacional, Senhor Arno Augustin, e técnicos, destinada a discutir e analisar a execução orçamentária da União, bem como o desempenho das transferências constitucionais dos fundos de participação dos Estados, Distrito Federal e Municípios (FPE, FPM, FNE, FNNO e FCO), às 9 horas, na Sala da Presidência da Comissão de Finanças e Tributação; e Reunião Ordinária Deliberativa, às 10 horas, no Plenário Deputado Mussa Demes (Plenário nº 4). E, para constar, eu, Marcelle R. Campello Cavalcanti, Secretária, lavrei a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Presidente e encaminhada à publicação no Diário da Câmara dos Deputados. , Deputado Pepe Vargas, Presidente. Maio de 2010 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 1ª Reunião Ordinária Realizada em 6 de Março de 2007. Às quinze horas e quarenta minutos do dia seis de março de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709. de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivo da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitação e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, convocada pelo Presidente da Casa, no Plenário 5 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Deputados Dr. Talmir, Francisco Tenório, Humberto Souto, João Almeida, José Eduardo Cardozo, Julião Amin, Luiz Carlos Hauly, Márcio Reinaldo Moreira, Paes Landim, Paulo Teixeira, Pepe Vargas, Rita Camata e Tadeu Filippelli – titulares, e Carlos Alberto Leréia, Lelo Coimbra, Pedro Eugênio, Renato Molling e Vital do Rêgo Filho – suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados José Santana de Vasconcellos e Pedro Chaves. ABERTURA: Havendo número regimental, o Deputado João Almeida, na presidência dos trabalhos em conformidade com o disposto no parágrafo 4º do artigo 39 do Regimento Interno, deu início aos trabalhos. Passou-se à ORDEM DO DIA: Instalação dos trabalhos e eleição do Presidente e dos Vice-Presidentes. O Sr. Presidente, preliminarmente, esclareceu os procedimentos regimentais a serem observados no processo eleitoral e declarou instalada a comissão especial. Em seguida, anunciou que havia sido recebida e considerava registrada a candidatura do Deputado Tadeu Filippelli (PMDB/DF) para o cargo de Presidente. Não havendo registros de outras candidaturas, adiou-se a eleição para os demais cargos da Mesa. Designado para secretariar os trabalhos, o Deputado Julião Amin fez a chamada nominal dos membros da Comissão. Votaram os deputados José Eduardo Cardozo, Márcio Reinaldo Moreira, Pepe Vargas, Rita Camata, Tadeu Filippelli, João Almeida, Francisco Tenório, Júlio Amin, Lelo Coimbra, e Renato Molling. Encerrado o processo de votação, foi constatada a coincidência entre o núme- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ro (dez) de votantes e o de sobrecartas. O Deputado José Eduardo Cardozo escrutinou os votos. Processada a apuração, o Sr. Presidente proclamou o resultado, declarando eleito e empossado para o cargo de Presidente o Deputado Tadeu Filippelli com dez votos válidos. Nos termos do art. 41, inciso VI, do RICD, o Deputado Márcio Reinaldo foi designado para a relatoria da Comissão. Manifestaram-se sobre a matéria os Deputados José Eduardo Cardozo, João Almeida, Pepe Vargas, Luiz Carlos Hauly e Rita Camata. Antes de encerrar os trabalhos, o Sr. Presidente convocou reunião ordinária destinada a definição do roteiro de trabalho, a realizar-se às 10 horas do dia 8 de março de 2007, no plenário 8 do Anexo II da Cãmara dos Deputados. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, às dezesseis horas e trinta e três minutos, o Sr. Presidente pôs termo à reunião. Para constar, eu, Maria Terezinha Donati, Secretária, lavrei a presente Ata, que depois de lida e aprovada será assinada pelo Sr. Presidente, Deputado Tadeu Filippelli e encaminhada à publicação no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 2ª Reunião Ordinária Realizada em 8 de Março de 2007. Às dez horas e cinqüenta e cinco minutos do dia oito de março de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 8 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; Dr. Talmir, João Almeida, Luiz Carlos Hauly, Pedro Chaves, Pepe Vargas e Rita Camata – titulares; Bruno Araújo, Luiz Cou- Terça-feira 18 21281 to, Milton Monti e Vital do Rêgo Filho – suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Francisco Tenorio, Humberto Souto, Jorge Khoury, Jorginho Maluly, José Eduardo Cardozo, José Santana de Vasconcellos, Julião Amin, Paes Landim e Paulo Teixeira. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação do colegiado a Ata da 1ª reunião, realizada no dia 6 de março de 2007. Em votação, a Ata foi aprovada. ORDEM DO DIA: Definição do Roteiro de Trabalho : A) Sistemática dos Trabalhos – Urgência Constitucional – trabalhar para a sua remoção; Caso o regime de tramitação seja alterado em virtude da retirada da urgência constitucional, os trabalhos da Comissão Especial não deverão ultrapassar 40 sessões;e o Parecer do Relator sobre as proposições será apresentado ao final das 40 sessões. B) Audiências Públicas – deverão ser realizadas durante o período correspondente as primeiras 25 sessões; e o número de expositores por reunião não deverá ser superior ao de 2 (duas) autoridades. C) Autoridades Expositoras das Audiências Públicas: Representantes do Tribunal de Contas da União, da Advocacia-Geral da União, do Ministério Público Federal, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Controladoria-Geral da União, de Confederações, Federações ou Sindicatos Patronais e de Trabalhadores, e de Associações de Estados e Municípios. Apresentada a proposta de trabalho pelo Sr. Relator, Deputado Márcio Reinaldo Moreira, foi concedida a palavra, em seguida, ao Deputado João Almeida, que sugeriu ao relator a apresentação de minuta do substitutivo no prazo máximo de duas semanas; ao Deputado Pepe Vargas, que manifestou-se contrário à dilatação do prazo para apreciação da matéria; ao Deputado Pedro Chaves, favorável à ampliação do debate; e ao Deputado Luiz Carlos Hauly, que fez considerações sobre o mérito da proposição. ENCERRAMENTO: Às onze horas e trinta e sete minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião. E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. 21282 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 3ª Reunião Ordinária Realizada em 13 de Março de 2007. Às treze horas e cinqüenta e oito minutos do dia treze de março de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 8 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; Dr. Talmir, João Almeida, Jorginho Maluly, Julião Amin, Pedro Chaves, Pepe Vargas e Rita Camata – titulares; Eduardo Sciarra, Lelo Coimbra, Luiz Couto, Renato Molling, Valtenir Luiz Pereira – suplentes. Compareceram também, como não-membros, a Deputada Solange Amaral e o Deputado Ricardo Barros. Deixaram de comparecer os Deputados Francisco Tenorio, Humberto Souto, Jorge Khoury, José Eduardo Cardozo, José Santana de Vasconcellos, Luiz Carlos Hauly, Paes Landim e Paulo Teixeira. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Em seguida, solicitou ao Deputado Pedro Chaves que procedesse à leitura da Ata da 2ª reunião. Lida, submeteu-a à discussão. Manifestou-se a Deputada Solange Amaral. Encerrada a discussão, submeteu-a à votação, tendo sido aprovada sem observações. A Deputada Deputada Solange Amaral requereu sua inscrição para encaminhamento. O Sr. Presidente esclareceu que o dispositivo específico para encaminhamento de votação de proposições não se aplica à apreciação da Ata, que é um documento administrativo, portanto, não cabe encaminhamento. A Deputada Solange Amaral solicitou o registro em Ata da decisão do Sr. Presidente. EXPEDIENTE: Foi levado ao conhecimento do plenário o recebimento dos seguintes expedientes: da Consultoria Legislativa – designando os Servidores Flávio Freitas Faria e Paulo Roberto Ossami Haraguchi para prestar assessoramento técnico-legislativo e especializado, aos trabalhos dessa Comissão Especial, Maio de 2010 bem como auxiliar o relator da matéria na elaboração do seu parecer; do Bloco PSDB/PFL/PPS – indicando o deputado Eduardo Sciarra (PFL) para integrar como membro suplente esta Comissão Especial; e da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira – designando o Servidor Túlio Cambraia para prestar assessoramento técnico à Comissão Especial e ao relator na elaboração do parecer. Passou-se a ORDEM DO DIA: REQUERIMENTO Nº 01/07 – do Sr. Márcio Reinaldo Moreira – que “solicita a realização de audiência pública com os representantes das seguintes instituições: ABDIB, SINICON, CBIC, CONFEA e SINAENCO“. Sobre a mesa, requerimento de retirada da proposição da Ordem do Dia, de iniciativa da Deputada Solange Amaral. Encaminhou a votação do requerimento a Deputada Solange Amaral e o Deputado Julião Amin. Em votação, foi rejeitado. Requerida pela Deputada Solange Amaral e concedida pelo Sr. Presidente verificação de votação. Feita a chamada nominal pelo Deputado Tadeu Filippelli, votaram a favor o Deputado Jorginho Maluly e contra o requerimento os Deputados Márcio Reinaldo Moreira, Pedro Chaves, Rita Camata, Tadeu Filippelli, Julião Amin, Dr. Talmir, Lelo Coimbra e Luiz Couto. Confirmada a decisão, por votação nominal: rejeitado o Requerimento de retirada de pauta do requerimento nº 01/07, do Sr. Márcio Reinaldo Moreira. A deputada Solange Amaral, durante o processo de votação nominal, quando o Deputado Luiz Couro anunciava seu voto, requereu a retirada do seu pedido de verificação de votação. O Sr. Presidente, nos termos do art. 181, do RICD, julgou improcedente a solicitação, visto que o regimento determina que “só se interromperá a votação de uma proposição por falta de quórum”. A Deputada Solange Amaral encaminhou à Mesa cópia de questão de ordem sobre o requerimento de retirada de verificação de votação. Passou-se à apreciação do Requerimento nº 01/07, sendo encaminhado inicialmente pelo Deputado Márcio Reinaldo Moreira. Os Deputados Jorginho Maluly, Julião Amin, Lelo Coimbra, Pedro Chaves manifestaram-se sobre o Requerimento, sugerindo nomes de expositores para audiências públicas. O Deputado Luiz Couto ponderou que acréscimos de nomes de expositores deveriam ser objeto de novo requerimento. Sobre a Mesa 5 (cinco) Requerimentos de Adiamento de Votação por 5, 4, 3, 2 e 1 sessão, todos de iniciativa da Deputada Solange Amaral. Em votação o Requerimento de Adiamento de Votação por 5 (cinco) sessões. Encaminhou a votação a Deputada Solange Amaral. Em votação, foi rejeitado. Passou-se à apreciação do Requerimento de Adiamento por 4 (quatro) sessões. Encaminhou a votação a Deputada Solange Amaral. Em votação, foi rejeitado. Passou-se à apreciação do Requerimento de Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Adiamento de Votação por 3 (três) sessões. Encaminhou a votação a Deputada Solange Amaral. Por força do art. 46, §1º, do RICD, o Sr. Presidente pôs termo à reunião. As demais matérias constantes da pauta deixaram de ser apreciadas. ENCERRAMENTO: E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 4ª Reunião Ordinária Realizada em 14 de Março de 2007. Às quatorze horas e treze minutos do dia quatorze de março de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 10 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; Dr. Talmir, Jorge Khoury, Paulo Teixeira, Pedro Chaves, Pepe Vargas e Rita Camata – titulares; Eduardo Sciarra, Lelo Coimbra, Luiz Couto, Pedro Eugênio e Vital do Rêgo Filho – suplentes. Compareceram também os Deputados Arnaldo Madeira, Hugo Leal e Ricardo Barros, como não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Francisco Tenório, Humberto Souto, João Almeida, Jorginho Maluly, José Eduardo Cardozo, José Santana de Vasconcellos, Julião Amin, Luiz Carlos Hauly e Paes Landim. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação do Colegiado a Ata da 3ª reunião, realizada no dia 14 de março de 2007. Em votação, a Ata foi aprovada, sem observações. ORDEM DO DIA: Comparecimento do Ministro do Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sr. Paulo Bernardo Silva. (art. 219, II, do RICD). Antes de conceder a Terça-feira 18 21283 palavra ao expositor, o Sr. Presidente esclareceu os procedimentos que norteariam os trabalhos: O Sr. Ministro disporá de 40 minutos para a sua apresentação, podendo o prazo ser prorrogado por mais 20 minutos, por deliberação da comissão. Somente serão permitidos apartes durante a prorrogação. Finda a apresentação, será concedida a palavra aos deputados, respeitada a ordem de inscrição, para, no prazo de 3 minutos cada um, formular suas considerações ou pedidos de esclarecimentos, dispondo o ministro do mesmo tempo para a resposta. Serão permitidas a réplica e a tréplica, pelo prazo de 3 minutos, improrrogáveis. Em seguida, concedeu a palavra o Sr. Ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão, Sr. Paulo Bernardo Silva, que fez a seguinte exposição: Alteração da Lei de Licitações: 1) – Ampliação do uso de meios eletrônicos, obrigatoriedade da utilização do pregão para aquisição de bens e serviços comuns, introdução dos conceitos de bens e serviços comuns e sítio eletrônico oficial da administração pública, possibilidade de uso de sistemas eletrônicos em todas as modalidades de licitação, inclusão da modalidade pregão para contratação de bens e serviços comuns nas licitações internacionais; 2) Inovações nos processos – instituição do Cadastro Nacional de Registros de Preços a ser disponibilizado às unidades administrativas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; atribuição de eficácia às publicações nos sítios eletrônicos oficiais certificados no âmbito da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira, ICP-Brasil; adequação do número mínimo de 3 propostas válidas na modalidade convite – entendimento consolidado do TCU e doutrina dominante; inclusão de dispositivo que impossibilite de participar em licitações públicas pessoas físicas e/ou jurídicas que tenham praticado atos contrários à ordem pública e sejam declaradas suspensas de licitar e contratar, ainda que provenientes de outra pessoa jurídica. Assegurar às unidades administrativas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a possibilidade de acesso ao Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF, administrado pela União; possibilidade de inversão das fases em todas as modalidades de licitação; diminuição dos prazos recursais e inclusão da fase saneadora no processo licitatório. Concluída a exposição, passou-se à fase dos debates. Formularam perguntas ao expositor os Deputados Arnaldo Madeira, Lelo Coimbra, Rita Camata, Hugo Leal, Pepe Vargas, Paulo Teixeira, Eduardo Sciarra, Pedro Chaves, Vital do Rêgo Filho e Pedro Eugênio. O Sr. Ministro tendo obtido o consentimento do Sr. Presidente, valeu-se do assessoramento técnico do Secretário da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação Rogério Santana e da Assessora Adriana Mendes Oli- 21284 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS veira de Castro, ambos do Ministério do Planejamento. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, às dezesseis horas e trinta e cinco minutos, o Sr. Presidente encerrou a reunião. Antes, porém, convocou reunião ordinária destinada à apreciação de requerimentos para o dia 15 de março, às 10 horas, no plenário 9 do Anexo II da Câmara dos Deputados. E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 5ª Reunião Ordinária Realizada em 15 de Março de 2007. Às dez horas e vinte e seis minutos do dia quinze de março de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 9 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; Dr. Talmir, Humberto Souto, João Almeida, Jorge Khoury, Julião Amin, Paulo Teixeira, Pedro Chaves, Pepe Vargas e Rita Camata – titulares; Eduardo Sciarra, Hugo Leal, Lelo Coimbra, Pedro Eugênio, Renato Molling e Valtenir Luiz Pereira – suplentes. Compareceu também o Deputado João Oliveira, como não-membro. Deixaram de comparecer os Deputados Francisco Tenorio, Jorginho Maluly, José Eduardo Cardozo, José Santana de Vasconcellos, Luiz Carlos Hauly e Paes Landim. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Sobre a Mesa Requerimento de autoria do Deputado Pedro Chaves, que “nos termos do art. 50, § 1º, do RICD, requeiro a Vossa Excelência alteração da ordem dos trabalhos, passando a apreciação da Ata (leitura, a discussão e votação) da reunião anterior, dia 14 de março de 2007, a ser aprecia- Maio de 2010 da após a Ordem do Dia da reunião de hoje”. Aprovado, passou-se à Ordem do Dia: Apreciação de Requerimentos. REQUERIMENTO Nº 1/07 – do Sr. Márcio Reinaldo Moreira – que “solicita a realização de audiência pública destinada a ouvir os representantes das seguintes entidades: Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base – ABDIB; Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – SINICON; Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC; Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA”. Em votação simbólica, foi aprovado. O Deputado João Ribeiro, Vice-Líder do PFL requereu e foi concedida pelo Sr. Presidente verificação de votação. Votaram sim os Deputados Márcio Reinaldo Moreira, Pedro Chaves, Rita Camata, Tadeu Filippelli, João Almeida, Hugo Leal, Lelo Coimbra, Pedro Eugênio, Renato Moling e Valtenir Pereira. REQUERIMENTO Nº 2/07 – do Sr. Márcio Reinaldo Moreira – que “requer a realização de auidência pública com os representantes das instituições: Tribunal de Contas da União, Advocacia Geral da União, Controladoria Geral da União e Ministério Pùblico Federal”. Sobre a mesa Requerimentos de Adiamento de Votação do Requerimento nº 2/07, por 1 e 2 sessões, de autoria do Deputado Joãol Oliveira. As demais matérias constantes da pauta e a Ata deixaram de ser apreciados em virtude do encerramento dos trabalhos ocorrido por força do art. 46, § 1º, do RICD. REQUERIMENTO Nº 3/07 – do Sr. Pedro Chaves – que “requer a realização de eventos desta comissão na cidade de Goiânia-GO, no mês abril, para ouvir entidades e segmentos públicos ligados ao tema em discussão, bem como representantes da sociedade local”. ADIADA A VOTAÇÃO EM RAZÃO DO INÍCIO DA ORDEM DO DIA DO PLENÁRIO E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 6ª Reunião Ordinária Realizada em 20 de Março de 2007. Às catorze horas e vinte minutos do dia vinte de março de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 12 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; Dr. Talmir, João Almeida, Jorge Khoury, Jorginho Maluly, José Eduardo Cardozo, Julião Amin, Paulo Teixeira, Pedro Chaves, Pepe Vargas e Rita Camata – titulares; Bruno Araújo, Carlos Alberto Leréia, Eduardo Sciarra, Lelo Coimbra, Luiz Couto, Milton Monti, Pedro Eugênio e Valtenir Luiz Pereira – suplentes. Compareceu também o Deputado Arnaldo Madeira, como não-membro. Deixaram de comparecer os Deputados Francisco Tenorio, Humberto Souto, José Santana de Vasconcellos, Luiz Carlos Hauly e Paes Landim. ABERTURA: O Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e deu conhecimento ao colegiado do recebimento dos seguintes EXPEDIENTES: 1) do Presidente da Câmara dos Deputados – retificando o Ato da Presidência de 22 de fevereiro de 2007, que criou a Comissão Especial, para acrescer de mais uma vaga na sua composição, destinada ao rodízio entre os partidos não contemplados, conforme estabelece o §2º do artigo 33 do Regimento Interno; e 2) da Liderança do PFL – indicando o Deputado Marcos Montes para integrar, como membro suplente, a Comissão Especial. ORDEM DO DIA: 1. Audiência pública para debater o Projeto de Lei nº 7.709/2007, que “altera dispositivo da Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitação e contratos da administração pública, e dá outras providências”. Foram convidados para participar da audiência pública os representantes do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA, da Câmara Brasileira da Indústria de Construção – CBIC, e da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base – ABDIB. O Sr. Presidente concedeu a palavra aos Srs. Marcos Túlio de Melo e Paulo Safady Simão, Presidentes, respectivamente, do CONFEA e da CBIC. Acompanhava o Presidente da CBIC, o Professor Benedito Porto Neto, que teve a palavra concedida pelo Sr. Presidente para complementar a exposição do titular da entidade. O Sr. Paulo Godoy, Presidente da ABDIB, encaminhou ofício desculpando-se pelo não-comparecimento. Concluídas as exposições, formularam perguntas aos expositores os deputados Lelo Coimbra, Jorginho Maluly, Hugo Leal, João Almeida, Pepe Vargas, Milton Monti Terça-feira 18 21285 e Rita Camata. Às dezesseis horas e quarenta e um minutos, o Sr. Presidente, nos termos do art. 46, §1º c/c art. 46, § 6º, ambos do RICD, tendo em vista o início da Ordem do Dia e havendo ainda matéria a ser apreciada, suspendeu os trabalhos daquela reunião. Às dezessete horas e cinqüenta e dois minutos, no plenário 10 do Anexo II, havendo número regimental, o Sr. Presidente reiniciou os trabalhos e submeteu à apreciação do colegiado as atas das 4ª e 5ª reuniões. Solicitaram a dispensa da leitura das atas os Deputados Hugo Leal e Rita Camata. Não houve discussão. Em votação, foram aprovadas. Em seguida, passou-se à apreciação do item 2. Apreciação de Requerimentos: REQUERIMENTO Nº 2/07 – do Sr. Márcio Reinaldo Moreira – que “requer a realização de audiência pública com os representantes das instituições: Tribunal de Contas da União, Advocacia-Geral da União, Controladoria-Geral da União e Ministério Público Federal”. O Deputado Pepe Vargas solicitou ao autor da proposição e foi deferida a inclusão do nome do representante da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais – ABIO no rol de entidades convidadas para serem ouvidas em audiência pública. Em votação, foi aprovado com modificação. REQUERIMENTO Nº 3/07 – do Sr. Pedro Chaves – que “requer a realização de eventos desta Comissão na cidade de Goiânia-GO, no mês abril, para ouvir entidades e segmentos públicos ligados ao tema em discussão, bem como representantes da sociedade local”. Em votação, foi aprovado. REQUERIMENTO Nº 4/07 – do Sr. Márcio Reinaldo Moreira – que “solicita sejam convidados os representantes da Confederação Nacional de Municípios – CNM, e Confederação Nacional das Indústrias – CNI”. Em votação, foi aprovado. REQUERIMENTO Nº 5/07 – do Sr. Julião Amin – que “requer a inclusão na lista de convidados a serem ouvidos em audiência pública, dos especialistas que especifica”. Em votação, foi aprovado. ENCERRAMENTO: Às dezessete horas e cinqüenta e sete minutos, nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente pôs termo à reunião. Antes, porém, convocou reunião ordinária para as 14 horas do dia 21 de março, no plenário 10 do Anexo II, com os seguintes itens: 1) audiência pública com os representantes do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – SINICON; do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva – SINAENCO e da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABDIB; e 2) – Apreciação de Requerimentos. E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o 21286 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 7ª Reunião Ordinária Realizada em 21 de Março de 2007. Às catorze horas e doze minutos do dia vinte e um de março de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 10, do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; Dr. Talmir, João Almeida, Jorge Khoury, Pedro Chaves, Pepe Vargas e Rita Camata – titulares; Hugo Leal, Milton Monti, Roberto Santiago, Valtenir Luiz Pereira e Vital do Rêgo Filho – suplentes. Compareceu também o Deputado Arnaldo Madeira, como não-membro. Deixaram de comparecer os Deputados Francisco Tenorio, Humberto Souto, Jorginho Maluly, José Eduardo Cardozo, José Santana de Vasconcellos, Julião Amin, Luiz Carlos Hauly, Paes Landim e Paulo Teixeira. ABERTURA: Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação do colegiado a Ata da reunião anterior, realizada no dia 20 de março de 2007. Em votação, a Ata foi aprovada sem observações. ORDEM DO DIA: Audiência Pública com os Srs. Luiz Fernando Santos Reis, Presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (SINICON); Antônio Othon Rolim, Diretor-Executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (SINAENCO); e Lauro Celidônio, Vice-Presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (ABDIB). Concluídas as exposições, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Relator, Deputado Márcio Reinaldo Moreira e, em seguida, observando a ordem das inscrições, aos deputados inscritos Hugo Leal, Rita Camata e Milton Monti. Por força do art. 46, § 1º, do RICD e com o início Maio de 2010 da Ordem do Dia da sessão plenária, as proposições constantes da pauta não foram apreciadas. Antes de encerrar os trabalhos, o Sr. Presidente convocou reunião de audiência pública para os dias 27, 28 e 29 de março. ENCERRAMENTO: E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 8ª Reunião Ordinária Realizada em 27 de Março de 2007. Às catorze horas e vinte e cinco minutos do dia vinte e sete de março de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 6 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; Dr. Talmir, João Almeida, Jorge Khoury, José Eduardo Cardozo, Julião Amin, Luiz Carlos Hauly, Milton Monti, Paulo Teixeira, Pedro Chaves, Pepe Vargas e Rita Camata – Titulares; Eduardo Sciarra, Hugo Leal, Luiz Couto, Pedro Eugênio e Roberto Santiago – Suplentes.Deixaram de comparecer os Deputados Francisco Tenorio, Humberto Souto, Jorginho Maluly, Luciana Genro e Paes Landim. ABERTURA: Havendo número regimental, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação do colegiado a Ata da 7ª reunião, realizada no dia 22 de março de 2007. Em votação, a Ata foi aprovada sem observações. EXPEDIENTE: o Líder do Partido da República (PR), indicando o Deputado Milton Monti titular da Comissão em substituição ao Deputado José Santana de Vasconcellos, que passa a ocupar a vaga de suplente; do Líder do PSOL, indicando a Deputada Luciana Genro Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e o Deputado Léo Alcântara para ocuparem, respectivamente, as vagas do partido na Comissão de titular e suplente. Passou-se à ORDEM DO DIA: Audiência Pública com os representantes da Advocacia-Geral da União; Ministério Público Federal; e Associação Brasileira de Imprensas Oficiais (ABIO). O Ministério Público Federal, por meio de ofício assinado pelo SecretárioGeral informou da impossibilidade do comparecimento à audiência devido a compromissos anteriormente assumidos. Entretanto, como contribuição encaminhou Nota Técnica contendo a análise de cada dispositivo do Projeto de Lei nº 7.709/07. Antes de conceder a palavra aos expositores o Sr. Presidente esclareceu os procedimentos que norteariam os trabalhos. Em seguida, o Sr. Presidente concedeu a palavra sucessivamente à Dra. Sônia Regina Maul Moreira Alves Mury, ao Dr. Carlos Selvando Schneider, representantes da AdvocaciaGeral da União; ao Sr. Hubert Alqueres, Presidente da ABIO, e ao Sr. Modesto Carvalhosa – Consultor Jurídico da ABIO. Concluídas as exposições, inquiriram os palestrantes os Deputados Hugo Leal, Paulo Teixeira e Arnaldo Madeira. Antes de encerrar os trabalhos o Sr. Presidente convocou reunião de audiência pública destinada a debater o PL 7.709/07 para as 14 horas do dia 28 de março, no plenário 7 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com os representantes da Confederação Nacional da Indústria e da Confederação Nacional de Municípios. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente pôs termo à reunião. E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 9ª Reunião Ordinária Realizada em 28 de Março de 2007. Às catorze horas e vinte e três minutos do dia vinte e oito de março de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Execu- Terça-feira 18 21287 tivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 7 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; João Almeida, Jorge Khoury, José Eduardo Cardozo, Julião Amin, Luiz Carlos Hauly, Milton Monti, Paulo Teixeira, Pedro Chaves e Pepe Vargas – titulares; Bruno Araújo, Eduardo Sciarra, Hugo Leal, Léo Alcântara, Luiz Couto, Renato Molling e Vital do Rêgo Filho – suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Dr. Talmir, Francisco Tenorio, Humberto Souto, Jorginho Maluly, Luciana Genro, Paes Landim e Rita Camata. ABERTURA: Havendo número regimental, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação do Colegiado a Ata da 8ª reunião, realizada no dia 27 de março de 2007. Em votação, a Ata foi aprovada sem observações. Passou-se à ORDEM DO DIA: Audiência Pública destinada a ouvir o Sr. Paulo Ziulkoski – Presidente da Confederação Nacional de Municípios, e Cassio Borges – GerenteExecutivo da Superintendência Jurídica da Confederação Nacional da Indústria. Antes de conceder a palavra ao primeiro expositor, O Sr. Presidente esclareceu os procedimentos a serem observados durante a condução dos trabalhos. Inicialmente, foi concedida a palavra ao Sr. PAULO ZIULKOSKI, e em seguida, ao Sr. CASSIO BORGES. Assessorou o Presidente da CNM, o Diretor-Executivo da instituição, Sr. James Matos, rou o Concluídas as exposições, o autor do requerimento e relator da Comissão, Deputado Márcio Reinaldo Moreira fez as primeiras inquirições aos convidados. E, em seguida, observando a ordem das inscrições, manifestaram-se os Deputados Paulo Teixeira, José Eduardo Cardozo, Pepe Vargas, Renato Molling e Hugo Leal. ENCERRAMENTO: Antes de encerrar os trabalhos, O Sr. Presidente convocou reunião de audiência pública para as 10h do dia 29/03/07, no Plenário 3, do Anexo II da Câmara dos Deputados, com os representantes da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União. Nada mais havendo a tratar, às dezesseis horas e cinqüenta e cinco minutos, o Sr. Presidente pôs termo à reunião. E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. 21288 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 10ª Reunião Ordinária Realizada em 29 de Março de 2007. Às dez horas e catorze minutos do dia vinte e nove de março de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 3 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; Dr. Talmir, João Almeida, Jorge Khoury, José Eduardo Cardozo, Luiz Carlos Hauly, Paes Landim, Paulo Teixeira, Pedro Chaves, Pepe Vargas e Rita Camata – titulares; Eduardo Sciarra, Luiz Couto, Roberto Santiago e Valtenir Pereira – suplentes. Compareceu como não-membro o Deputado Arnaldo Madeira. Deixaram de comparecer os Deputados Francisco Tenorio, Humberto Souto, Jorginho Maluly, Julião Amin, Luciana Genro e Milton Monti. ABERTURA: Havendo número regimental, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação do Colegiado a Ata da 9ª reunião, realizada no dia 28 de março de 2007. Em votação, a Ata foi aprovada sem observações. Passou-se à ORDEM DO DIA: Audiência Pública destinada a ouvir o Sr. Lucas Furtado – Procurador-Geral junto ao Tribunal de Contas da União (TCU); Renato Braga da Rocha – Chefe da Assessoria Jurídica da Controladoria-Geral da União (CGU) e Marcos Luiz Manzochi – Diretor de Auditoria da Área Econômica da Controladoria-Geral da União (CGU) Antes de conceder a palavra ao primeiro expositor, O Sr. Presidente esclareceu os procedimentos a serem observados durante a condução dos trabalhos. A palavra foi concedida sucessivamente ao representante do TCU e em seguida aos representantes da CGU. Concluídas as exposições, o autor do requerimento e relator da Comissão, Deputado Márcio Reinaldo Moreira fez as primeiras inquirições aos convidados. Em seguida, observando a ordem das inscrições, manifestaram-se os Deputados João Almeida, Maio de 2010 Paulo Teixeira, José Eduardo Cardozo, Rita Camata, Eduardo Sciarra, Arnaldo Madeira e Luiz Carlos Hauly. ENCERRAMENTO: Antes de encerrar os trabalhos, O Sr. Presidente convocou reunião de audiência pública para as 9 horas do dia 3 de abril de 2007, no plenário 12 do Anexo II, com os representantes de comissão permanente de licitação e pregoeiros que atuam no âmbito municipal, estadual, ministerial e em empresas públicas. Nada mais havendo a tratar, às onze horas e cinqüenta e quatro minutos, o Sr. Presidente pôs termo à reunião. E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 11ª Reunião Ordinária Realizada em 03 de Abril de 2007 Às nove horas e vinte e oito minutos do dia três de abril de dois mil e sete, reuniu-se a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 12 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a presença dos Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; Francisco Tenorio, Humberto Souto, João Almeida, Jorge Khoury, Jorginho Maluly, José Eduardo Cardozo, Julião Amin, Paes Landim, Paulo Teixeira, Pedro Chaves e Rita Camata – titulares; Bruno Araújo, Eduardo Sciarra, Hugo Leal e Luiz Couto – suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Dr. Talmir, Luciana Genro, Luiz Carlos Hauly, Milton Monti e Pepe Vargas. ABERTURA: Havendo número regimental, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação do colegiado a Ata da 10ª reunião, realizada no dia 29 de março de 2007. Em votação, a Ata foi aprovada sem observa- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ções. EXPEDIENTE: Foi recebido ofício do Deputado Paulo Teixiera justificando as ausências nas reuniões anteriores. Passou-se à ORDEM DO DIA: Audiência Pública destinada a ouvir os seguintes convidados: Srs. Prefeito de Guarulhos Elói Pietá, representante da Frente Nacional de Prefeitos; Daniel Farias Leite, representante da Central Permanente de Licitação de São Luís; Francisco Antonio Nogueira Bezerra, Procurador-Geral Adjunto da Procuradoria-Geral do Estado do Ceará; Carlos Eduardo Esposel, Diretor da Bolsa Eletrônica de Compras da Secretaria de Fazenda do Governo do Estado de São Paulo; Manoel Gimenes Ruy, Vice-Presidente de Tecnologia e Logística do Banco do Brasil S/A; Luiz Cláudio Reis Turbay, Superintendente da Gestão Empresarial, Aquisições e Contratos do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO); Rosita Assis Rosa, Presidente da Comissão Permanente de Licitação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Carlos Eduardo Claro Azevedo, Coordenador de Licitações e Contratos do Ministério da Defesa; e Rogério Santanna dos Santos, Secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Compareceram os Srs. Carlos Eduardo Claro Azevedo; Clara da Cunha Lopes, Diretora de Logística do Banco do Brasil S/A; Rogério Santanna dos Santos, acompanhado da Sra. Adriana Mendes Oliveira Castro – Assessora do Ministério do Planejamento. A Petrobrás, a representante da CNPq e a Bolsa Eletrônica de São Paulo encaminharam ofício justificando a ausência. Antes de conceder a palavra aos expositores, o Sr. Presidente esclareceu os procedimentos que norteariam os debates. Os expositores manifestaram-se sobre o PL 7.709/07, atendo-se sobretudo à discussão da modalidade pregão eletrônico, e o representante do Ministério do Planejamento demonstrou o funcionamento do COMPRASNET – Sistema de Compras do Governo Federal. Concluídas as exposições, o relator, Deputado Márcio Reinaldo Moreira e o o autor do requerimento Deputado Julião Amin fizeram as primeiras inquirições aos convidados, secundados, observando-se a ordem das inscrições, pelos Deputados Paulo Teixeira, Rita Camata, João Almeida, Jorginho Maluly e Hugo Leal. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, às treze horas e dois minutos, o Sr. Presidente pôs termo à reunião. E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. Terça-feira 18 21289 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7.709, de 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÃO E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS” (LICITAÇÕES E CONTRATOS) 53ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária Ata da 12ª Reunião Ordinária Realizada em 25 de Abril de 2007. Às treze horas e cinquenta e cinco minutos do dia vinte e cinco de abril de dois mil e sete, reuniuse a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.709, de 2007, do Poder Executivo, que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, e dá outras providências”, no Plenário 11 do Anexo II, da Câmara dos Deputados, com a presença dos Deputados Tadeu Filippelli – Presidente; Márcio Reinaldo Moreira – Relator; Arnaldo Madeira, Dr. Talmir, Jorge Khoury, José Eduardo Cardozo, Julião Amin, Luiz Carlos Hauly, Milton Monti, Pedro Chaves, Pepe Vargas e Rita Camata – titulares; Bruno Araújo, Eduardo Sciarra, Hugo Leal, Luiz Couto, Marcos Montes, Pedro Eugênio, Renato Molling, Roberto Santiago e Vital do Rêgo Filho – suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Francisco Tenorio, Humberto Souto, João Almeida, Jorginho Maluly, Luciana Genro, Paes Landim e Paulo Teixeira. ABERTURA: Havendo número regimental, o Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação do colegiado a Ata do dia 11ª reunião, realizada em 3 de abril de 2007. Em votação, foi aprovada, sem observações. EXPEDIENTE: O Deputado Paulo Teixeira apresentou justificadas das faltas ocorridas nos dias 13 e 21 de março. ORDEM DO DIA: Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário – Urgência, Art 64 CF – Projeto de Lei nº 146/03 – do Sr. José Santana de Vasconcellos – que “regulamenta o art. 37, inciso XXI, da CF, institui princípios e normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências”. (Apensados: PL 1221/2003, PL 2444/2003, PL 7709/2007 (Apensado: PL 566/2007), PL 5594/2005 (Apensados: PL 6069/2005, PL 7352/2006, PL 7348/2006 e PL 7366/2006) e PL 32/2007). Relator: Deputado Márcio Reinaldo Moreira. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto 21290 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de Lei nº 146/03 e dos de nºs 1.221/03, 2.444/03, 5.594/05, 6.069/05, 7.348/06, 7.352/06, 7.366/06, 32/07, 566/07, 7.709/07, apensados, e das Emendas de nºs 1 a 126, apresentadas ao Projeto de Lei 7.709/07. E, no mérito, pela aprovação dos Projetos de Lei de nºs 7.709/07 e 566/07, apensados; pela aprovação parcial das Emendas nº 10, nº 12, nº 13, nº 14, nº 17, nº 32, nº 45, nº 56, nº 63, nº 65, nº 67, nº 69, nº 71, nº 73, nº 74, nº 75, nº 76, nº 77, nº 95, nº 99, nº 100, nº 118 e nº 119; e, pela rejeição do Projeto de Lei nº 146/03 e dos de nºs 1.221/03, 2.444/03, 5.594/05, 6.069/05, 7.348/06, 7.352/06, 7.366/06, 32/07, apensados, e das Emendas nº 1, nº 2, nº 3, nº 4, nº 5, nº 6, nº 7, nº 8, nº 9, nº 11, nº 15, nº 16, nº 18, nº 19, nº 20, nº 21, nº 22, nº 23, nº 24, nº 25, nº 26, nº 27, nº 28, nº 29, nº 30, nº 31, nº 33, nº 34, nº 35, nº 36, nº 37, nº 38, nº 39, nº 40, nº 41, nº 42, nº 43, nº 44, nº 46, nº 47, nº 48, nº 49, nº 50, nº 51, nº 52, nº 53, nº 54, nº 55, nº 57, nº 58, nº 59, nº 60, nº 61, nº 62, nº 64, nº 66, nº 68, nº 70, nº 72, nº 78, nº 79, nº 80, nº 81, nº 82, nº 83, nº 84, nº 85, nº 86, nº 87, nº 88, nº 89, nº 90, nº 91, nº 92, nº 93, nº 94, nº 96, nº 97, nº 98, nº 101, nº 102, nº 103, nº 104, nº 105, nº 106, nº 107, nº 108, nº 109, nº 110, nº 111, nº112, nº 113, nº 114, nº 115, nº 116, nº 117, nº 120, nº 121, nº 122, nº 123, nº 124, nº 125 e nº 126. Antes de dar início à discussão, o Sr Presidente esclareceu os procedimentos que norteariam os trabalhos e, em seguida, concedeu a palavra ao deputado Márcio Reinaldo Moreira, para apresentação do seu parecer. Discutiram a matéria os Deputados Luiz Carlos Hauly, Vital do Rêgo Filho, Eduardo Sciarra, José Eduardo Cardozo, Pedro Eugênio, Pedro Chaves, Renato Molling e Arnaldo Madeira. Os deputados Luiz Carlos Hauly e Eduardo Sciarra sugeriram alterações à redação do art. 20 do substitutivo, que foram recepcionadas pelo relator, na forma de complementação de voto. Em votação, foi aprovado, por unanimidade, o parecer do relator, com complementação de voto, nos termos do substitutivo. O Sr. Presidente ressaltou o sucesso da Comissão Especial que em 35 (trinta e cinco) dias de trabalho realizou 12 (doze) reuniões, ouviu 15 (quinze) entidades, com quorum de 17 (dezessete) parlamentares em média. ENCERRAMENTO: Antes de encerrar a reunião, o Sr. Presidente consultou o plenário se poderia dar por aprovada a Ata daquela reunião. Não havendo discordância, a Ata foi dada por aprovada. E, para constar, eu, Maria Terezinha Donati, lavrei a presente Ata, que será assinada pelo Presidente, Deputado Tadeu Filippelli, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, Maio de 2010 passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião. NOTAS TAQUIGRÁFICAS COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS Seminário 20 Anos de Direitos da Criança e do Adolescente O SR. PRESIDENTE (Deputado Pedro Wilson) – ... ao presente e futuro do Brasil. (Palmas.) Com muita honra, em nome da Câmara dos Deputados e da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, pedimos também uma salva de palmas para o então Ministro e hoje Deputado Alceni Guerra, que assinou o Estatuto da Criança e do Adolescente. S.Exa. está aqui conosco e é Deputado pelo Paraná. (Palmas.) Esta reunião está sendo realizada em comemoração aos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Deputado Alceni Guerra e lideranças presentes, lembro que muitos artigos ainda não foram regulamentados e já querem mudar o Estatuto, justamente nos pontos que favorecem a educação, a formação das nossas crianças e adolescentes. Com muita honra, esta reunião foi resultado do trabalho da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, mas também de entidades que estão presentes na luta pelos direitos humanos de todas as crianças e adolescentes do Brasil. Convido para tomar assento à Mesa o representante do Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC, José Antônio Moroni. (Palmas.) O INESC tem sido uma entidade bem presente na luta em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Convido também para tomarem assento à Mesa o Sr. Carlos Ely, da Agência de Notícias dos Direitos da Infância; o representante do UNICEF, Mário Volpi (palmas); a representante da Secretaria Especial dos Direitos Humanos do Brasil, Carmen Oliveira (palmas); os representantes da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Deputados Paulo Lustosa e Rita Camata. Convido especialmente para tomar assento à Mesa alguém que contribuiu no passado e que continua contribuindo no presente, o ilustre Deputado Alceni Guerra, que também pode representar nossa Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. (Palmas.) Temos informações de que as pessoas citadas estão a caminho. Para o cumprimento do horário e em respeito os que chegaram na hora certa, vamos dar início à reunião. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Comunico que esta reunião continuará na parte da tarde, com o Seminário 20 Anos de Direitos de Crianças e Adolescentes. São 20 anos da Convenção Internacional da ONU dos Direitos da Criança, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da nossa Constituição – este ano ela fará 21 anos. Foi um dos primeiros documentos aprovados pelo Congresso Nacional a tratar da questão concreta da política pública. Convido o Deputado Paulo Lustosa para tomar assento à Mesa. (Palmas.) Agora mesmo eu estava discutindo com o representante da ONU, Prof. Olivier de Schutter, sobre o direito à alimentação. Vamos começar nosso encontro. Ele deveria ser realizado no plenário da Casa, mas infelizmente não foi possível. Faremos o debate no Plenário 2. À tarde teremos várias Mesas e serão feitos debates. Haverá o aprofundando de críticas e a apresentação de sugestões para a política pública da criança e do adolescente no Brasil, seja no campo da alimentação, seja no campo da educação, seja no campo da saúde, seja no campo da formação, seja no campo da cultura, seja, inclusive, no campo da ressocialização daqueles que, por circunstâncias da vida, por causa da sociedade e do próprio Estado, tiveram algum tipo de conduta. Saudamos os presentes. Peço a todas as entidades que não foram citadas aqui que registrem a presença. Cumprimento os nossos parentes e irmãos imemoriais, os índios, que estão aqui. São os verdadeiros originários desta terra. Peço uma salva de palmas aos índios (palmas), negros, brancos, que até hoje continuam lutando pelo seu direito à terra, à demarcação da terra, à cultura, a uma vida própria, que eles já tinham antes da descoberta do Brasil. (Palmas.) Numa homenagem ao Deputado Paulo Henrique Lustosa, concederei inicialmente a palavra a S.Exa. Esse grande Deputado do Ceará, que é jovem, tem feito, ao lado do Deputado Alceni Guerra e de outros, um trabalho extraordinário quanto à questão da criança e do adolescente. Com a palavra o Deputado Paulo Henrique Lustosa, do Ceará. (Palmas.) O SR. DEPUTADO PAULO HENRIQUE LUSTOSA – Obrigado, Presidente Pedro Wilson. Cumprimento todas as crianças e adolescentes aqui presentes; o meu colega Alceni Guerra; o Sr. Mário Volpi, do UNICEF. Ao cumprimentar o UNICEF, cumprimento todas as organizações, agências e instituições que atuam na defesa e na promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes do Brasil. A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, que eu tenho o prazer de Terça-feira 18 21291 coordenar na Câmara dos Deputados, entende que este momento de debate sobre a participação dos adolescentes nas discussões das políticas públicas é de grande relevância e de modernização do próprio processo de elaboração das leis do País. A Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente que será realizada este ano reservará, pela primeira vez, um espaço significativo para a participação dos adolescentes como delegados dos debates. Cada vez mais, o CONANDA, a Câmara dos Deputados, as Assembleias Legislativas e as Câmaras de Vereadores vêm tentando se abrir para dar vez e voz aos adolescentes e às crianças brasileiras na discussão das suas propostas. Se os senhores pararem para pensar, verão que, no passado, havia a premissa de que um grupo de adultos saberia... Claro que eram pessoas da maior boa vontade, sérias e competentes. Mas partiam da premissa de que essas pessoas adultas estavam habilitadas e capacitadas para decidir quais eram os melhores projetos, quais eram os melhores programas, o que era melhor para a infância e para a adolescência no País. O Estatuto da Criança e do Adolescente comemorou 19 anos de sua sanção. Nós começaremos também uma fase de comemoração dos 20 anos, em 2010. À medida que avançamos na organização das políticas, na estruturação das normas e dos aparelhos do Estado para fazer valer o que está previsto no Estatuto, nós começamos a entender que as crianças e os adolescentes podem e devem participar do desenho, do monitoramento, da avaliação das políticas e dos projetos que são destinados a elas. Crianças e adolescentes, ao mesmo tempo em que isso é uma vantagem, passa a ser também uma responsabilidade. Na medida em que vocês são chamados a participar, também passam a ser corresponsáveis nesse diálogo, corresponsáveis na construção da política pública. Para isso, vocês precisam estar preparados, precisam estar dispostos para participar e precisam estar comprometidos com essa oportunidade que aparece. Nós fizemos uma discussão aqui com o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal. Um dos adolescentes participantes perguntou: “Deputado, como vamos participar, se a educação é tão ruim?” Eu disse: “Comecemos por aí”. Nós precisamos nos mobilizar para que a oferta educacional seja cada vez melhor. Com educação melhor, nós participamos com mais qualidade. Temos o acesso à informação. Há uma série de programas e de projetos do Governo que ampliam o 21292 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS acesso das escolas e, consequentemente, dos estudantes à Internet, ao mundo da informação e da comunicação, que vocês, adolescentes, precisam usar em seu favor, para estarem informados, para estarem a par do que está acontecendo e, consequentemente, para participarem com mais qualidade. A iniciativa capitaneada pelo CONANDA, pelo INESC, pelo UNICEF, pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, pela Comissão de Direitos Humanos, de promoção da infância e da adolescência, é um convite e um reconhecimento. É um convite a vocês, crianças e adolescentes, para se mobilizarem cada vez mais no sentido de participar dos debates relacionados ao assunto. É oferecida essa oportunidade a vocês. Eu agradeço à Frente Parlamentar, que está à disposição para que caminhemos juntos nessa luta daqui para a frente. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Pedro Wilson) – Muito obrigado, Deputado Paulo Lustosa, do Ceará. V.Exa. tem sido um dos baluartes na defesa dos direitos da criança e do adolescente. Peço permissão para ouvirmos a fala das crianças, intercalando-a com a fala de Deputados e convidados especiais. Registro a presença do ilustre Deputado Jorginho Maluly, de São Paulo. Passo a palavra à Jéssica Cristina Cordeiro do Nascimento, do Projeto Onda – Adolescentes em Movimento pelos Direitos. Peço uma salva de palmas para ela. (Palmas.) Chamo também para falar junto com ela o Santiago Plata Garcês e o Pedro Torres. (Palmas.) Esta audiência está sendo transmitida pelo Canal 16, da comunicação interna do Congresso Nacional. Depois será retransmitida pela TV Câmara. Gostaríamos de agradecer aos cinegrafistas, aos comunicadores da TV Câmara. Tem sido um ponto importante, Deputado Paulo Henrique Lustosa, Deputado Alceni Guerra, Deputado Jorginho Maluly, ver a participação dos Deputados na construção da democracia do Brasil, a partir da nossa Constituição Cidadã, do grande Presidente Ulysses Guimarães – se não me engano, hoje está fazendo aniversário do seu desaparecimento. Foi um grande brasileiro, que contribuiu com a Nação. S.Exa. presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, que originou a Constituição Cidadã. Então, passo a palavra à Jéssica, ao Santiago e ao Pedro Torres. A SRA. JÉSSICA CRISTINA CORDEIRO DO NASCIMENTO – Bom dia a todos. Quero dizer, em nome de todos os adolescentes que aqui estão e de todos os adolescentes do nosso Brasil, de Maio de 2010 todos os jovens, crianças e adolescentes, que é um prazer estar aqui com vocês. Gostaria de pronunciar uma frase que foi muito citada na Conferência: eu não estou aqui representando Estados. Estou aqui como porta-voz dessa juventude bonita, que participou muito conosco, durante esses dias, da Conferência, que ainda vai continuar. Como atitude inicial, ontem, na nossa Conferência, nós montamos uma carta que dará norte, mais ou menos, ao que desejamos. Ela será aperfeiçoada durante o dia de hoje e durante o dia de amanhã. Como dissemos, ela é apenas um “oi, chegamos. Estamos aqui para mostrar o que a gente pretende, o que a gente deseja”. Vou iniciar lendo a nossa carta, que foi montada ontem: Nós, adolescentes, vindos dos 26 Estados e do Distrito Federal, mobilizados para a VIII Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e presentes nesta celebração pelos 20 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, reivindicamos melhorias na educação, especialmente com a inclusão de temas transversais, como: cidadania; divulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA; sexualidade; meio ambiente; globalização; cultura africana e indígena; ampliação de projetos para prevenir todos os tipos de violência contra a criança e o adolescente; o respeito à diversidade na sociedade em que vivemos, especialmente a diversidade de gênero, raça, etnia, orientação sexual, diversidade regional e cultural, de forma que ninguém seja discriminado. Reivindicamos ainda o reconhecimento da capacidade protagonista da criança e do adolescente de participar da criação de medidas que promovam os nossos direitos. Acreditamos também que quem está diretamente envolvido nesse contexto poderá sugerir medidas com maior eficácia.” Eu passo, agora, a palavra ao meu amigo Santiago. O SR. SANTIAGO PLATA GARCÊS – Bom dia. Vou continuar a leitura da carta feita por todos os adolescentes participantes: “Nós, adolescentes, somos contra, e repudiamos, todas as políticas repressivas para o enfrentamento dos problemas sociais, tais como: toque de recolher, redução da maioridade penal, falta de respeito à adversidade e operações policiais, sem respeito aos moradores de periferia. Queremos contar com a sensibilidade dos Srs. e das Sras. Parlamentares deste Congresso Nacional, eleitos pela sociedade para que as leis sejam feitas para ampliar os nossos direitos e não exterminá-los. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Brasil tem uma realidade muito ampla. Por isso, cada Município deve fazer o seu papel e desenvolver políticas eficazes e específicas para assegurar os direitos da criança e do adolescente, conforme as suas realidades. Nós, adolescentes, acreditamos que a liberdade é um direito fundamental para a nossa vida. Reconhecemos que a nossa presença neste espaço já é um avanço. E continuaremos a trabalhar na mobilização nacional para apresentar nossas propostas, diretrizes, críticas, anseios e projetos para a formulação das diretrizes do plano decenal para a VIII Conferência. Além disso, comprometemo-nos a ser multiplicadores para estimular outros adolescentes a serem protagonistas em nossos Estados, divulgando o que está sendo discutido aqui. Finalizando, desejamos que os Srs. e as Sras. Parlamentares assegurem que nós, crianças e adolescentes, sejamos prioridade absoluta nesta Casa de leis.” Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Pedro Wilson) – Antes de passar a palavra ao Pedro Torres, gostaria de convidar para tomar assento à Mesa o Sr. Ariel de Castro Alves, representante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA. Com a palavra o Pedro Torres. O SR. PEDRO TORRES – Bom dia a todos. Eu estou aqui representando o Projeto ONDA, desenvolvido junto ao INESC. Gostaria de ler um texto pequeno e modesto – mas espero que seja expressivo – sobre os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Pensar nos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente é, antes de tudo, pensar numa conquista vitoriosa, num ganho imensurável. Pensar nos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente é uma conquista vitoriosa, mas ainda assim não terminada. Garantir as premissas do Estatuto, assegurar suas noções e praticar suas disposições é passo necessário para a concretização de direitos pelos quais a nossa sociedade se pronuncia zelosa. Há que se ter a consciência de que, ao longo desses 20 anos, e de vários outros 20 anos que ainda estão por vir, difundir, ensinar, incorporar, aprender a essência do Estatuto é necessidade de todos nós. Terça-feira 18 21293 Pensar nos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente é algo de valor incontestável. Mas pensar por pensar apenas é exercício incompleto. Há que se agir sempre. Pensemos, meus senhores e minhas senhoras adolescentes, mas façamos também. Façamos o que há que se fazer.” (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Pedro Wilson) – Obrigado, Pedro Torres, Santiago e Jéssica pela participação. Inclusive, resolvemos inovar, dando-lhes a palavra inicialmente, embora os Deputados tenham prioridade, por causa de outras atividades. Peço uma salva de palmas para os 3 representantes da nossa juventude: Jéssica, Tiago e Pedro Torres (palmas), do Projeto ONDA – Adolescentes em Movimento pelos Direitos. Convido-os, inclusive, a continuarem na Mesa. Registro a presença da Dra. Carmen Oliveira, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, representante do Ministro Paulo Vannuchi. Na próxima semana – permita-me, Dra. Carmen – S.Sa. lançará o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos, que contempla muitos pontos da questão da criança e do adolescente. Com muita honra, mais uma vez rememorando a contribuição do então Ministro e agora Deputado Federal na questão do Estatuto da Criança e do Adolescente, passo a palavra ao Deputado Alceni Guerra. Depois ouviremos o Deputado Jorginho Maluly. O SR. DEPUTADO ALCENI GUERRA – Obrigado, Presidente Pedro Wilson. Quero saudar toda a Mesa: o Sr. Mário Volpi, do UNICEF; o Deputado Paulo Lustosa, da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente; a Dra. Carmen Oliveira, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos; o Deputado Jorginho Maluly; o Deputado Luiz Carlos Hauly, meu conterrâneo do Paraná. Sempre que uma lei é promulgada no Brasil, nós podemos avaliar sua importância por 2 fatores: a reação interna e os aplausos externos. E foi assim que o ECA começou, em 1990. Eu me lembro de que, além de Ministro da Saúde, era Ministro da Criança. E o projeto de lei foi entregue ao Presidente para sanção. O País se mobilizou para que S.Exa. não o sancionasse ou vetasse coisas importantes. Fui uma das muitas pessoas que interferiram junto ao Presidente para que ele o sancionasse na íntegra, como havia sido discutido e votado aqui na Casa. E S.Exa. assim o fez. Nós diríamos que, em relação à criança e ao adolescente, há 2 fases da nossa história: antes e depois do ECA. O ECA, avançado como é, tem sido discutido permanentemente. É claro que nenhuma lei está isenta 21294 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de melhoramentos, até porque o tempo assim o exige. Eu tenho certeza de que nós vamos comemorar os 20 anos agradecendo aos autores, aos pensadores do ECA, comemorando junto com as crianças. O Pedro falou bem. Falou até com postura de futuro Senador, não é Deputado Pedro Wilson? Ele leva jeito. A educação é fundamental. Há umas transversais da qualidade, que ele e a Jéssica mencionaram, que são absolutamente imprescindíveis para formar o ser humano na sua totalidade. Eu tenho profunda convicção – e o Deputado Hauly me acompanha nesse sentido – de que isso só será feito se for mudado o tempo de permanência da criança não na escola, mas na educação. Ele deve dedicar mais horas do seu dia à educação. Não é necessário construir grandes escolas. É preciso construir educação. É preciso investir em educação. Tenho orgulho de uma pequena façanha feita aqui em Brasília: deixei 200 escolas em regime de educação integral, em apenas 6 meses, como Secretário Extraordinário de Educação Integral. Sei que é um modelo que avança – hoje já são 240 escolas. O meu sonho é que isso seja feito no Brasil inteiro. Lembro que provoquei o Deputado Luiz Carlos Hauly, candidato a Prefeito em Londrina, e ele me disse que isso foi aplicado em todas, no primeiro dia, como eu fiz na minha Pato Branco. Infelizmente, perdeu as eleições por coisas que nós sabemos, que o levaram a uma derrota. E lá não existe a educação integral, apesar de ele ter sido derrotado por um partido que tem isso na alma: o PDT. Mas isso não é aplicado. Falta sempre vontade política. E com vontade política nós podemos melhorar a educação. Agradeço a V.Exa., Deputado Pedro Wilson, a oportunidade de fazer uso da palavra. Sinto-me feliz por estar diante de tantas crianças e adolescentes e de muitas pessoas importantes, na defesa das crianças e dos adolescentes. Vamos nos preparar para comemorar, com muita alegria e com toda a dignidade que precisa ser resgatada pela política, os 20 anos do ECA. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Pedro Wilson) – Obrigado, Deputado Alceni Guerra, pela sua contribuição, no passado e hoje, para as políticas públicas da criança e do adolescente. Registro a presença do Deputado Luiz Carlos Hauly. Passo a palavra ao Deputado Jorginho Maluly, de São Paulo. O SR. DEPUTADO JORGINHO MALULY – Querido Presidente, Deputado/Prefeito Pedro Wilson; Deputado/Ministro Alceni Guerra; colegas da Mesa; auto- Maio de 2010 ridades do Executivo; D. Carmen; em nome da Jessica, saúdo todos os jovens aqui presentes; pais que porventura aqui estejam: hoje é uma data especial para este encontro, pois é o Dia do Professor. O professor tem um papel importante na vida e na formação de cada um de nós. Quem não se lembra do seu primeiro professor ou da sua primeira professora? Eu me lembro perfeitamente da minha primeira professora. Estudei num colégio religioso. O nome dela era Irmã Ione. A escola sempre foi para mim motivo de fascínio. Poderia dar muitas razões para estar aqui com vocês. Vou escolher 2 ou 3 para não me alongar muito, porque vocês são as estrelas aqui hoje e não nós. Viemos aqui ouvi-los. Inclusive peço que os discursos sejam recolhidos e repassados aos gabinetes dos Deputados, para que possamos fazer o que vocês desejam, além do que já estamos fazendo. A primeira questão que eu apresento aqui é como pai, antes de mais nada. Tenho 4 filhos, de 14 anos até 23 anos de idade. Hoje a preocupação dos pais não é ser rico, pobre, branco, preto, índio, asiático. A preocupação é uma só: de que maneira formaremos bem os nossos filhos. Eu sempre digo aos meus filhos que não é a casa que eles moram ou o carro em que eles andam que é importante. O importante é o que há dentro deles e o que vão transmitir para os outros. Digo isto a vocês com muito carinho e com todo respeito: quem tem de dar o maior respeito a vocês são vocês mesmos. Cuidado com o álcool, com as drogas, com o seu corpo. Dessa forma poderão exigir o respeito que merecem. Registro a minha alegria, porque sou filho de um daqueles que participaram desse processo. Meu pai foi Constituinte em 1988, junto com Ulysses Guimarães. Estava aqui na época da discussão do ECA, porque ficou nesta Casa até 2000. Então, fico feliz de também ter contribuído indiretamente, por meio da minha família, desse processo. Este é o meu primeiro mandado. Fui 2 vezes Prefeito de Mirandópolis, uma cidade de pequeno/médio porte no interior de São Paulo. Homenageio as professoras da rede municipal do Município. Na minha cidade há 3 presídios. Eu vivia dentro da escola. Toda folga que eu tinha, ia para a escola. Participava da reunião de pais, participava da reunião de professores, discutia com os alunos. Quando digo escola, é desde a creche até o último ano que tínhamos na rede municipal, que é antes do ensino médio. Eu conversava muita com a molecada e a ouvia. Eu gosto de criança, gosto de bater papo, gosto de Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS jovem. Dou palestra nas faculdades. Gosto de conversar e de ouvir. Criei um projeto muito legal na cidade, chamado Prefeito Mirim. Como era isso? Fazíamos debates nas escolas. Os garotos e as garotas faziam um plano de governo. (Intervenção fora do microfone. Inaudível.) O SR. DEPUTADO JORGINHO MALULY – Já participou, não é? Essa menina vai longe. Eles disputavam eleição na sala de aula, faziam discurso. Iam às salas de aula, batiam papo. Depois, os eleitos tomavam posse na Câmara Municipal da cidade. Ganhavam diploma de Prefeito Mirim. Esse Prefeito Mirim, uma vez por mês, ficava no gabinete despachando, discutindo os assuntos da escola. Recebia os colegas. Íamos juntos com ele para ajudá-lo. Nesse painel há palavras importantes, mas cito 2 delas. A primeira é “mobilização” – é o que vocês estão fazendo hoje. Só conseguimos alcançar os nossos objetivos quando nos mobilizamos, quando o egoísmo fica de lado. Não pensamos na Jéssica, no Pedro, no Manuel, no Antônio, mas em todos. A Jessica disse que não está aqui por ela, mas pelos jovens, pelas meninas, pelas mulheres, em defesa do respeito que nós merecemos. Isso que é importante. A outra é a participação. Todo mundo tem que participar. Não se muda um país só pelo seu governo, só por um Deputado, só por dois. Só se muda um país quando todos, de uma maneira geral, entenderem que o respeito aos nossos jovens é questão sine qua non para o Brasil ser um grande país. Então, Prefeito e Presidente Pedro Wilson, o meu respeito a todos que participaram desse projeto. O meu gabinete está à disposição de vocês. Espero, com toda alegria, que daqui a alguns anos, seu eu tiver vida e saúde... Tenho absoluta convicção de que vou rever pelo menos alguns de vocês onde nós estamos hoje aqui. Pedro, tenho absoluta convicção de que alguns desses jovens vão estar exercendo mandatos eletivos. Para finalizar mesmo, não é só pelo mandato eletivo que se muda, não. Começa em casa, começa no trabalho, começa no seu bairro, começa na sua cidade para chegar até onde nós estamos. Então, que Deus abençoe todos vocês. Obrigado pelo carinho, pela educação de me ouvir e que possamos, sim, juntos, construir um ECA de verdade, funcionando não só no papel, mas na prática, de ponta a ponta desse continente chamado Brasil. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Pedro Wilson) – Obrigado, Deputado Jorginho Maluly, de São Paulo. Terça-feira 18 21295 Gostaria de, outra vez, de pedir à Secretaria que, tendo relação das entidades presentes, nós pudéssemos... Porque a luta do ECA, a luta da criança e do adolescente é do Congresso, mas, em grande parte, ela está em todo o Brasil com as instituições, igrejas, ONGs, centros, prefeituras, governos de Estado, secretarias. Passo a palavra ao ilustre Deputado Luiz Carlos Hauly, do Paraná. O SR. DEPUTADO LUIZ CARLOS HAULY – Bom dia. Rapidamente, primeiro, me congratulo com os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estamos comemorando. Esta é a Casa do povo e nós, que representamos o povo brasileiro, nos sentimos orgulhosos de os legisladores da década de 1990 terem elaborado o Estatuto da Criança e do Adolescente e também do texto constitucional derivado da Assembleia Nacional Constituinte. Hoje é o Dia do Professor e da Professora. Então, nossas homenagens. Como professor, também me sinto incluído. É a profissão da minha vida. Iniciei minha vida pública como professor de Educação Física do Colégio Estadual de Cambé. Quero falar de solidariedade e de fraternidade. No mundo em que vivemos, da interdependência, todos afetam o um e o um afeta o todo. Então, nós temos que estar sempre presentes. O princípio esquecido é o princípio da fraternidade. Na trilogia da Revolução Francesa – liberdade, igualdade e fraternidade – as sociedades modernas evoluíram na conquista da liberdade e da igualdade. Nem todos os países ainda conseguiram liberdade e da igualdade, mas o princípio que ficou esquecido no tempo é o da fraternidade. A fraternidade é a solidariedade, o solidarismo. Então, quero ressaltar neste momento aos jovens e às crianças do meu País que esse é o grande princípio da humanidade, da união entre os povos, da busca da paz, do ambiente sustentado, do desenvolvimento, da distribuição da riqueza desse planeta. Finalmente, digo que temos aí algumas lutas pela frente. Uma delas, aquilo que o grande Deputado Alceni Guerra, que também foi Prefeito, foi Ministro, preconiza e nós preconizamos – lá no Senado, o Cristovam Buarque – é o período integral. Nós temos que transformar a educação brasileira, fazer uma revolução, e o tempo integral é um dos pilares disso. Um segundo ponto: tramita nesta Casa um projeto de nossa autoria, relatado pela Deputada Maria do Carmo Lara – hoje Prefeita lá em Minas Gerais, foi Deputada conosco. Nós aprovamos um substitutivo dela há 2 anos na Comissão de Defesa do Consumidor que mexe com a questão da publicidade dirigida a crianças até 12 anos. 21296 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nós todos, educadores, sabemos que, até os 12 anos, a criança não está preparada para receber essa avalanche da publicidade, dos comerciais de televisão, que é o mais poderoso meio de comunicação da história da humanidade. Outra ferramenta poderosa que vem agora é a Internet, para o bem e para o mal. No caso da publicidade, todos os países desenvolvidos do mundo têm controle, mais ou menos rigoroso; e o Brasil não tem nenhum. Então, quero aqui dizer ao CONANDA, às áreas do Governo Federal e ao Congresso Nacional, que o projeto foi diminuído na Comissão de Indústria e Comércio na semana passada. Viu, Presidente? Foi diminuído. Então, agora precisamos restabelecer o texto da Maria do Carmo Lara na Comissão de Ciência e Tecnologia e levá-lo para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e ao Plenário, porque me parece que esse é o grande embate para a questão do consumismo que, junto com o conflito de ter e poder, está destruindo a civilização no mundo e a nossa civilização. Uma das ferramentas para se brigar é essa questão da publicidade da televisão brasileira. Então, deixo aqui esse desafio e o meu abraço. Viva ao Estatuto da Criança e do Adolescente! Que todas as políticas públicas deste País, das empresas, das ONGs, das entidades, sejam destinadas à formação educacional civilizatória dentro do princípio da fraternidade, da solidariedade, da nossa gente, do nosso povo, das nossas crianças e dos nossos adolescentes. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Pedro Wilson) – Obrigado, Deputado Luiz Carlos Hauly. Passamos a palavra, neste momento, ao Dr. Mário Volpi, representando o UNICEF, antes convidando e homenageando o Deputado Paulo Henrique Lustosa. Vou continuar na mesa, mas peço-lhe que assuma a Presidência para revezarmos, porque o trabalho é coletivo na luta em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. O SR. MÁRIO VOLPI – Bom dia a todos. Quero, em nome do UNICEF, cumprimentar aqui o Deputado Paulo Henrique Lustosa, que, além de estar presidindo esta sessão, também coordena a Frente Parlamentar nesta Casa. Cumprimento todos os membros desta Mesa, neste momento em que nos dedicamos a comemorar esse tema ainda um pouco desconhecido pelos adolescentes e até pela sociedade brasileira e pelos gestores das políticas, que é a Convenção sobre os Direitos da Criança. O Brasil foi um dos países que imediatamente apoiaram e ratificaram esse documento internacional. Inclusive se antecipando à sua aprovação pelos par- Maio de 2010 ticipantes dos países que estavam discutindo a Convenção na ONU, incluiu imediatamente no art. 227 da Constituição Federal, em 1988, já uma síntese do que viria depois, em 1989, a ser a Convenção. Então, ontem fizemos um exercício com os adolescentes que estão aqui presentes de tentar ler essa Convenção e conhecer pelo menos 5 artigos. Depois vamos fazer uma prova com eles, uma preparatória para o ENEM, para saber se todos os adolescentes aqui presentes conhecem pelo menos 5 artigos da Convenção sobre os Direitos da Criança. A ideia era a de começar a sintonizar o País com esse anseio internacional, com esse consenso internacional que se produziu sobre a necessidade de tratar os direitos da criança e do adolescente como um tema prioritário para os países, para as nações, para os Estados-membros da ONU. Esse consenso internacional produzido foi incluído no Brasil natural e rapidamente na dinâmica da legislação nacional, e começamos a discutir o Estatuto da Criança e do Adolescente, que hoje é o nosso instrumento de luta, que modificou a relação da sociedade com a lei. Vou repetir aqui o que o Benedito, o nosso amigo Benê, sempre diz. Nós começamos a luta pelos direitos da criança sendo contra a lei, porque o Código de Menores era um absurdo. Não podíamos fazer as coisas dentro da lei, porque isso implicaria oprimir, reprimir, excluir os adolescentes e as crianças, prender e confinar, institucionalizar. Então, a nossa primeira luta no movimento social pelos direitos da infância no Brasil foi uma luta contra a lei. De repente, tudo isso que era contra a lei passou a ser um grande movimento pela mudança da lei e, depois, como tem sido até hoje, um movimento muito forte pela implementação dessa lei, que representa os interesses mais claros de todas as crianças e de todos os adolescentes. Num balanço rápido, pelo tempo que nos cabe aqui, nesses 20 anos poderíamos dizer que tivemos um grande avanço do ponto de vista quantitativo: do número de programas, do número de políticas, da matrícula escolar, do acesso à saúde, do número de programas que foram criados pelo Governo, a ampliação de áreas em que o Governo e o Estado atuam. Eu acho que nós tivemos uma grande mudança no País provocada pela lei, que foi uma tentativa de se colocar a infância como um tema estruturante para a política do País, como um tema que precisa ser levado em conta nos planejamentos, nas propostas, nas diretrizes, nos planos dos governos. Foi muito interessante observar que um tema que antes era tratado na base do voluntarismo, na base das primeiras-damas, na base de algumas pessoas que tinham alguma preocupação solidária, se transformou Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS num tema político. Os partidos têm áreas de discussão sobre isso para organizar os seus planos de governo em relação aos direitos da criança; o Congresso tem uma frente parlamentar; as Assembleias Legislativas também já estão criando suas frentes parlamentares, praticamente em todo o País. Então, houve aquilo que poderíamos chamar de agendamento desse tema, uma diversidade de propostas e de iniciativas. Poderíamos falar que, do ponto de vista quantitativo, se avançou muito neste País. Agora, o nosso desafio nesses 20 anos, obviamente, é fazer essa discussão da qualidade. O tema que os adolescentes trouxeram aqui na fala deles é muito representativo desse desafio que nós temos. Temos escolas, temos acesso, temos vagas nas escolas, mas queremos discutir a qualidade do ensino. O que é essa educação que nós estamos recebendo? Quais são os temas que são conteúdo dessa educação e para que eles servem? Então, uma discussão sobre a qualidade do ensino, que não é apenas uma discussão em relação a currículo, a horas de aula ou a metodologia; é uma discussão que coloca o principal objetivo da educação, que é garantir o direito de aprender, que é muito mais do que ensinar. É garantir que a criança e o adolescente aprendam, e aprendam coisas que façam sentido para suas vidas. Então, com esse tema da qualidade, poderíamos entrar em todas as áreas das políticas públicas: educação, assistência, saúde, cultura, esporte. Nós temos um grande desafio para transformar as políticas em espaços de realização de direitos. Acho que esse é o grande desafio que nós temos para os próximos anos a fim de consolidar essa mudança legal que aconteceu. Um outro desafio que eu acho que… Eu queria aqui cumprimentar o CONANDA, por essa iniciativa de fazer dos adolescentes delegados na conferência que vai acontecer em dezembro. Eu acho que nós estamos aqui começando a consolidar os adolescentes como um ator social que tem uma voz, que tem uma opinião, que tem o direito de participar. Ontem nós lembrávamos dos relatos do I Encontro Nacional de Meninos e Meninas de Rua, em 1986. Eles falavam dos ônibus dos meninos que vinham dos Estados aqui para Brasília, para o primeiro encontro. Falavam de ônibus que foram apedrejados porque as pessoas não achavam legal essa ideia de os adolescentes participarem. Depois, quando a gente lê a cobertura da mídia sobre aquele encontro, metade dos jornalistas, dos articulistas era a favor e metade contra; criticaram severamente, dizendo que esses meninos não tinham o que falar, que eles tinham de ir para casa, para a escola. Terça-feira 18 21297 Em 1989, quando aconteceu o II Encontro aqui em Brasília e os adolescentes, no Congresso Nacional, ocuparam o plenário principal e fizeram uma votação simbólica do Estatuto da Criança e do Adolescente, antes mesmo de ele ser aprovado formalmente, já começou a haver uma mudança na sociedade, na imprensa. Começou-se a elogiar essa atitude cidadã, essa responsabilidade dos adolescentes, tornando essa presença importante e valorizada. Começou, então, a mudar um pouco a percepção da sociedade sobre a participação dos adolescentes. Depois disso, essa presença foi-se tornando cada vez mais obrigatória e hoje já percebemos que é preciso consolidar essa presença dando voz de uma forma mais institucionalizada, mais contínua, não só simbólica, não só para fazer de conta. O que observamos ontem à noite na discussão com os adolescentes é que, na verdade, nessa participação dos adolescentes, o nosso grande lastro, o nosso grande argumento está na Convenção. O art. 12 é todo dedicado ao direito à participação. Em uma tradução que a gente não fez para o estatuto, quem sabe a gente propõe algum tipo de legislação nesse sentido sobre os direitos da criança, nós vamos encontrar o fundamento do direito à participação, porque muitas vezes a participação tem sido usada de uma maneira utilitária: a participação é boa, porque enquanto os meninos estão participando eles não estão na rua, não estão roubando, não estão fazendo coisas erradas, não estão transando sem camisinha, não estão fazendo coisas que não deveriam fazer. A participação do ponto de vista da Convenção não tem essa visão utilitária. A participação é um direito e ponto. É um direito, como é o direito à educação, à saúde, à assistência, à liberdade de expressão, a todos os demais direitos. Esse é o sentido que eu queria trazer hoje ao comemorarmos esses 20 anos da Convenção e os 19 anos do Estatuto. O nosso desafio é dar uma resposta para o nosso tempo. Em 1989 e em 1990, quando a Convenção e, depois, o Estatuto foram aprovados, aquele contexto demandava uma discussão e uma mudança na lei. Hoje, o nosso contexto demanda uma outra grande mudança: fazer as políticas públicas terem a qualidade que as crianças e os adolescentes merecem. Como concluíram aqui os adolescentes, e concluo com eles, de fato, vocês são a prioridade absoluta. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Obrigado, Mário. Antes de passar a palavra para a Dra. Carmen de Oliveira, que vai falar em nome do Ministro Paulo 21298 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Vannuchi, o Presidente Pedro Wilson vai nos brindar anunciando o nome de alguns participantes. O SR. DEPUTADO PEDRO WILSON – Gostaria de registrar a presença de Eliane Lopes, da Diaconia, Ceará (Palmas.); de Elisângela Cardoso, da Pastoral do Menor do Maranhão, (Palmas.); de Perla Ribeiro, da CEAG; do Gilson, do IDAC; o Fórum Fontenele do Conselho Municipal de Fortaleza – sei que há muitos conselhos municipais em defesa do direito da criança e do adolescente; também está presente a Associação Tocantinense dos Conselheiros Tutelares e o Conselho Estadual de Direito da Criança e do Adolescente do Tocantins; a Julane e a Maria Alice. Aqui gostaria de fazer também um registro e duas homenagens: uma ao Consaúde, um grupo que foi para Porto Nacional, no Tocantins, e fez um trabalho extraordinário para a criança e o adolescente no aspecto da saúde. Quero aqui registrar a presença da Maria Alice, lembrar do Dr. Manzano, da Edith, do Marcos Lotufo. Permita-me, Sr. Presidente, Deputado Paulo Lustosa, registrar a presença do Benedito Rodrigues dos Santos, da Universidade Católica, agora PUC, que faz um trabalho muito importante, Carmen. A universidade completa 50 anos da Aldeia Juvenil de Goiânia, na Universidade Católica, com um trabalho extraordinário que contribuiu muito com a metodologia, a política e a luta na época da aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, um exemplo de trabalho. Por isso, a nossa homenagem à Universidade Católica, que há pouco transformou-se em PUC, em Goiânia, que fez um trabalho e continua nele, inclusive com a Sra. Malu, que participou do CONANDA, o Sr. Benedito e todos aqueles que vieram com as caravanas de seus municípios, dos seus Estados. Registro a presença forte do Ceará, do Tocantins, além de outros Estados do Brasil. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Tem a palavra a Sra. Carmen. A SRA. CARMEN OLIVEIRA – Bom dia a todos. Com a cumplicidade do Sr. Deputado Pedro Wilson, queria fazer uma traquinagem infantil e subverter um pouco os protocolos e, em nome da Mesa, homenagear a Sra. Jéssica Cristina do Nascimento não apenas por ser adolescente, mas por ser a adolescente. (Palmas.) Trata-se de homenagem às mulheres, que, segundo o Sr. Deputado Lustosa, constituem 82% dos professores. Então, a homenagem às colegas professoras como eu. O Brasil esteve presente, semana passada, na reunião das Nações Unidas em Genebra, na Suíça, na comemoração dos 20 anos da Convenção. O Brasil foi convidado para ter assento à mesa principal daquele Maio de 2010 evento, junto com meia dúzia de outros países que tiveram essa honra, por alguns motivos reconhecidos internacionalmente. Primeiro, o fato de que o Brasil tem a maior população infanto-adolescente das Américas: cerca de 62 milhões. A maioria dos países tem isso em população total e não em população de crianças e adolescentes. Fomos o primeiro país a incluir na sua carta constitucional – isso já foi referido por Mário Volpi – as principais diretrizes da Convenção um ano antes de ela ser aprovada no âmbito das Nações Unidas. Fomos também o primeiro país a ter legislação específica sobre o tema: O Estatuto da Criança e do Adolescente. O citado Estatuto entrou em sintonia com a Convenção apenas 6 meses decorridos da sua aprovação nas Nações Unidas. Segundo, o Brasil também inovou a forma de produzir sua legislação, ou seja, a capacidade de produzir leis com competência social, com construção coletiva, já sinalizada por todos desta Mesa e não só uma prerrogativa de Deputados e Senadores. Calcula-se que o Estatuto da Criança e do Adolescente tenha inspirado no mínimo 15 outros países na construção das suas legislações apenas na América Latina. A própria constituição da Frente Parlamentar, experiência brasileira importante, inspirou todos os países membros do MERCOSUL a terem suas frentes, como é o caso do Uruguai, da Argentina e do Paraguai. Queríamos não apenas trazer essa retrospectiva histórica, mas lembrar da atuação mais recente do Parlamento Brasileiro, tanto na implementação da Convenção e do Estatuto como naquilo que para nós, na condição de gestores púbicos, significou avanços importantes. Este ano tivemos a aprovação de lei muito importante, que certamente será uma daquelas que se diz antes e depois dela. Trata-se da Lei de Adoção – que preferimos chamar de “lei da convivência familiar e comunitária” – ,legislação que tanto incorporou diretrizes do Plano Nacional coordenado pelo CONANDA e pelo Conselho Nacional de Assistência, depois de ampla discussão no País, quando antecipou princípios de documento internacional que ainda se encontra em discussão no âmbito das Nações Unidas: as diretrizes sobre cuidados parentais. Esse documento internacional já inspirou a legislação que foi aprovada este ano, e ele deve ser ainda motivo de discussão e de votação em Assembleia Geral da ONU até o final deste ano. O segundo destaque do Parlamento brasileiro ainda se encontra em discussão aqui na Casa, que é a lei que institui o SINASE – Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. Essa legislação também incorpora os principais compromissos internacionais de Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS que o Brasil foi signatário, a exemplo das declarações de Riad, de Beijing, e também foi fruto de um amplo processo democrático, se iniciando com o Judiciário, depois uma discussão coordenada pelo CONANDA com a participação de Governo e sociedade civil. Quero aqui ressaltar o vanguardismo que o Parlamento brasileiro pode ter ao aprovar essa lei – assim esperamos – não apenas por entrar em sintonia com esses compromissos internacionais, mas porque significaria a recusa de utilizar medidas velhas e obsoletas apresentadas como soluções equivocadas, a exemplo dos NPLs que tramitam propondo um agravamento de medidas punitivas aos adolescentes em conflito com a lei ou até mesmo a redução da maioridade penal para idades inadmissíveis, como 12 anos de idade. Deixo aqui o nosso apelo para que esta Casa novamente demonstre o seu compromisso com a infância e com a adolescência brasileira. O terceiro destaque do Parlamento se refere ao tema da violência sexual contra crianças e adolescentes. A intensa mobilização gerada na sociedade civil nos anos 90, que encontrou eco na gestão do Presidente Lula desde o primeiro momento, desde o seu primeiro mandato, ressoou também no Parlamento brasileiro em duas CPIs importantes, sendo que, na atualidade, tivemos avanços significativos nesse marco legal para temas extremamente complexos como a pornografia infanto-juvenil na Internet, que é de difícil enfrentamento, porque significa conhecer as novas tecnologias, e principalmente enfrentar um crime que é transnacional. O quarto destaque que queríamos fazer se refere, diferentemente, não a uma iniciativa gerada no movimento da infância e da adolescência e a uma iniciativa gerada no próprio Congresso Nacional, que contrasta também com as expectativas do movimento da infância e da adolescência, do CONANDA e também do Governo Federal. Estamos nos referindo a um PL controverso que cria a Agência Nacional, tirando, de um lado, funções da Secretaria Especial de Direitos Humanos no seu papel articulador e coordenador da política nacional, ao mesmo tempo em que enfraquece o CONANDA nas suas funções de regulação da política nacional. Então, deixo aqui o nosso apelo para que o Congresso Nacional vete essa iniciativa e, por outro lado, fortaleça essas duas instâncias que estão hoje sendo referência internacional: a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, pelo seu vínculo com a Presidência da República – que hoje tem uma importância no cenário internacional porque se trata de um dos poucos países onde a coordenação da política da infância e da adolescência está na área de direitos humanos, e Terça-feira 18 21299 vinculada ao Presidente da República – e a própria concepção do CONANDA, que sequer conseguiu ser reproduzida em outros países pelo seu caráter inédito e de vanguarda ao ser um conselho paritário, deliberativo e formulador. Então, esperamos que o Congresso Nacional não aponte esse retrocesso. (Palmas.) Gostaríamos também, essa é a nossa expectativa, que o Congresso Nacional não aprovasse PLs que tragam um retrocesso para o pleno funcionamento dos conselhos tutelares. Preocupa-nos alguns PLs que tramitam que propõem medidas impraticáveis para municípios de pequeno porte, que são a maioria no Brasil, e trazem algumas concepções bastante equivocadas, aproximando os conselhos tutelares do velho modelo de comissário de menores, suplantando há bastante tempo pelo próprio Estatuto. Então, gostaríamos que o Congresso Nacional aguardasse um pouco mais uma proposta de PL que está em discussão no CONANDA e que esperamos no próximo ano entregar a esta Casa como alternativa a essas proposições equivocadas. Por último, expressamos antecipadamente o desejo de que o Congresso Nacional acolha com prioridade a proposta do Executivo de consolidação das leis sociais, ou seja, todos os avanços que tivemos de um Governo que afirmou um desenvolvimento econômico necessariamente comprometido com a justiça social, com a superação das desigualdades sociais, possa agora também representar um compromisso federal legislativo, tornando, portanto, essas propostas não apenas um projeto de Governo, mas um projeto de Nação. Esperamos, no próximo ano, comemorar os 20 anos do ECA entregando a esta Casa uma nova política nacional, um novo plano decenal que está sendo formulado no âmbito da 8ª Conferência, e esperamos, principalmente, que as leis orçamentárias que esta Casa aprovará nos próximos 10 anos possam contemplar essas metas e essas diretrizes. Obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Obrigado, Carmen. Eu gostaria de anunciar a presença dos Deputados Fernando Ferro, do PT de Pernambuco, e Chico Alencar, do PSOL do Rio de Janeiro. Tem a palavra o Deputado Fernando Ferro. O SR. DEPUTADO FERNANDO FERRO – Sr. Presidente, que está conduzindo os trabalhos, eu queria saudar a todos os presentes. Esta reunião nos traz uma necessária reflexão sobre a democracia e sobre a conquista da liberdade neste País. Para os jovens que estão nesta sala é sempre bom lembrar que da década de 20 até o ano 2009, no século XXI, nós só tivemos 4 Presidentes que concluíram integralmente os seus mandatos: Gaspar 21300 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Dutra, Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique e Lula. Isso mostra que nós vivemos uma experiência democrática muito nova, muito recente e ainda frágil. Por isso é que estamos vivendo esse conflito na sociedade de criminalizar movimentos sociais, de criminalizar a juventude, principalmente a mais pobre. Essas tentativas de criminalizar movimentos sociais são o reflexo de uma cultura autoritária que nós temos de vencer. Um evento como este colabora para vencê-la e para que prevaleça a democracia, a cultura da paz e os processos civilizatórios que a sociedade humana busca. Portanto, eu quero saudar este ato como uma colaboração e uma contribuição para a democracia e para crermos que é possível construir uma outra humanidade e uma outra sociedade. A luta que existe aqui, como disse a nossa expositora, para alterar maioridade penal, o peso de alguns segmentos que buscam a todo custo introduzir alterações numa legislação avançada que este País produziu... Aliás, muito avançada para a nossa cultura política, mas que reflete exatamente a colaboração, a contribuição e a articulação dos movimentos do bem em defesa da democracia, da liberdade e do processo civilizatório. Por isso quero saudar todos vocês. A presença dos jovens aqui é muito importante. São vocês que têm papel decisivo para construir esse caminho. É necessária a participação da juventude politizando, discutindo, debatendo, conhecendo o contraditório, que é do processo democrático. Ninguém é dono da verdade. Nós temos de estar abertos para enfrentar o debate, as contradições e as divergências, mas acima de tudo exercitar o debate e o direito democrático de ouvir e de falar para construir o caminho avançado que nós temos e que pretendemos continuar tendo. Parabéns a vocês. Esta é uma oportunidade muito interessante de ouvir desses segmentos, o seu jeito de ver e de pensar, as suas críticas e, principalmente, a sua contribuição para que consolidemos uma democracia à altura do desejo de humanidade que queremos para o nosso País. Parabéns a todos vocês. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Obrigado, Deputado Fernando Ferro. Antes de passar a palavra ao Deputado Chico Alencar, eu gostaria de anunciar a presença do seu conterrâneo Alexandre Nascimento, que é do Fórum DCA do Rio de Janeiro e membro do Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente. Tem a palavra o Deputado Chico Alencar. O SR. DEPUTADO CHICO ALENCAR – Saúdo a presença de todos. O Parlamento, que sempre se Maio de 2010 afirma como indispensável à democracia, precisa muito dessa presença. Às vezes, discutimos matérias que interessam a determinados segmentos da sociedade brasileira sem que estes se manifestem diretamente. Parece que o fato de se eleger um representante a cada 4 anos dá a esse representante uma autonomia absoluta para ele só voltar a ter contato com as pessoas, impropriamente chamadas de bases ou eleitorado, dali a 4 anos. Por isso, fico muito emocionado nesta Casa, um pouco envelhecida do ponto de vista das ideias – e eu contribuo para esta senilidade, não estou me excluindo dela – ,quando vejo aqui tantos jovens, inclusive participando da Mesa. A palavra de vocês é fundamental para que as leis vivifiquem, tenham espírito, tenham alma, porque a letra da lei em si não presta, é morta. É bom alertar que há no mundo – e o Brasil não está fora do mundo – ,apesar de todas as conquistas, de todos os avanços, de todos os estatutos, seja dos idosos, seja da criança e do adolescente, uma onda conservadora tremenda. O fascismo, que nem eu vivi diretamente no meu já longo tempo de vida , não existe mais como um sistema articulado, político, mas há tentativas na própria Itália, agora como cultura, aparecendo volta e meia. Não por acaso, uma das características desses sistemas totalitários é a simplificação absoluta: vamos resolver o problema da violência no Brasil, garantindo imputabilidade criminal até 12 anos. Há projeto aqui nesse sentido. Há 30 projetos nessa ordem, e isso é grave. Se deixarmos, passa. Nós sabemos disso. Como disse, há uma onda conservadora, e o Deputado Fernando Ferro falava agora há pouco em plenário que estava escandalizado com a destruição – e não vou entrar no mérito da ação – de 7 mil pés de laranja, numa plantation de 1 milhão, aliás numa terra grilada da União. Essa onda conservadora se esquece de outras aberrações e atentados à vida humana, sobretudo das nossas crianças. Um bilhão de seres humanos estão passando fome hoje, muitos deles estão no Brasil. Portanto, a luta faz a lei. Esta conferência, este seminário, este encontro é extremamente importante e nós, Parlamentares, temos a obrigação de ouvi-los para fazer com que os nossos mandatos sirvam efetivamente à comunidade e possamos avançar. Afinal, vocês é que nos sucederão aqui na sociedade. Parabéns! Estamos às ordens. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Agradecemos ao Deputado Chico Alencar. Antes de passar a palavra ao Moroni, do INESC, eu gostaria de anunciar a presença do Deputado Pastor Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Pedro Ribeiro, do PR do Ceará, nosso conterrâneo, e também do Dr. Carlos Eduardo Nery Paes, da Sociedade Brasileira de Pediatria. Tem a palavra o Sr. José Antonio Moroni, representante do INESC. O SR. JOSÉ ANTONIO MORONI – Obrigado, Deputado. Bom dia a todos. Eu acho que, nesses 20 anos de Convenção e de 19 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, nós temos muito a comemorar. Eu estava escutando as falas e na minha cabeça parecia que passava um filme desses 20 anos, desde os Encontros Nacionais de Meninos e Meninas de Rua – o Mário, o Benê e a Júlia estão aí – como também de alguns momentos em que estávamos trabalhando a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente, alguns momentos difíceis que enfrentamos e que mostram o quanto temos de comemorar. Nos anos 90 eu era educador social de rua no Rio Grande do Sul e participamos de muitos debates. Eu me lembro de um debate do qual fui participar na Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo, uma cidade da Grande Porto Alegre, considerada rica do ponto de vista econômico. Estávamos na mesa eu, o Juiz Saraiva, Juiz da Infância e da Juventude do Rio Grande do Sul, muito engajado na luta pelos direitos da criança, e uma técnica, a Míriam, do CEBIA. Sempre havia uma brincadeira entre nós sobre quem iria levar naquele dia, porque não havia debate em que não saísse quase agressão física. Naquele dia, na Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo, os 3 levaram – a discussão era sobre a lei municipal que criava o Conselho Tutelar – tal era a indignação dos Vereadores na discussão da lei que criava o Conselho Tutelar quando eles viram qual era a nossa posição. Nós fomos convidados pela Câmara de Vereadores para discutir a proposta. Muitos desavisados de terem nos convidado para aquele debate já tinham uma préposição contrária e não deixaram a sessão continuar, o seminário continuar. Pegaram os microfones e nós tivemos que sair acompanhados de segurança pelas portas dos fundos. Isso foi em 1992, o que demonstra quão tamanha era a dificuldade que tínhamos de discutir os direitos da criança e do adolescente e a própria implementação do Estatuto. Acho que essas dificuldades hoje se apresentam de outras formas. Essa visão raivosa continua. Essa onda conservadora que o Deputado Chico Alencar menciona se manifesta em várias propostas na Casa, entre elas a inimputabilidade etc. Mas nós precisamos também pensar o Estatuto, como podemos avançar, inclusive do ponto de vista legal. Terça-feira 18 21301 Se formos analisar hoje o ECA, podemos ver que o Livro I, o Livro dos Direitos, como o chamamos, é muito bom, mas no que se refere ao Livro II, que se refere aos mecanismos de efetivação desses direitos, nós pensamos muita pouca coisa em termos de exigir esses direitos. Então, nós temos uma tarefa para fazermos nesses próximos 20 anos: repensar o chamado Livro II, para que realmente se efetivem direitos. Uma outra questão, relativa a um outro filme que veio à minha cabeça neste momento, é a seguinte. Eu era educador social de rua e acompanhava, principalmente à noite, crianças que vendiam coisas Tinha um grupo que vendia rosas. Chegavam perto do casal namorando, aquele clima todo, e perguntavam ao rapaz: “ela não merece uma rosa?” O rapaz ia dizer que não queria? Era um esquema de marketing bem montado por eles. Havia o Gustavo, à época com 7 anos, que toda noite ia vender rosas, e 3 da manhã era o horário que passava o ônibus que eles pegavam para irem para casa. Eu ficava até esse horário de eles pegarem o ônibus para garantir que eles iam conseguir ir para casa. Eu estava sentado na praça com eles, o Gustavo veio, deitou a cabeça na minha perna, olhou para mim e disse: “Zé, hoje tu tá triste, né?” Eu disse: “Hoje foi um dia péssimo, deu tudo errado”, e começamos a conversar, eu e o Gustavo, sobre felicidade. Aí eu perguntei para ele: “Gustavo, o que é felicidade para ti?” Ele estava com um buquê de rosas na mão. “Ah, Zé, é vender essas rosas e ir para casa dormir.” Eram umas duas e meia da manhã, e a felicidade para o Gustavo era vender aquelas rosas e ir para casa dormir. O que eu quero dizer com esse exemplo que nunca saiu da minha cabeça é que nós não vamos conseguir efetivar realmente, na radicalidade, os direitos da criança e do adolescente se não mudarmos as estruturas dessa sociedade nossa, que é injusta, que é machista, que é egocêntrica. Se não mudarmos as estruturas dessa nossa sociedade, sempre vamos ter limites na efetivação dos direitos da criança e do adolescente. (Palmas.) Dessa forma, nós temos uma tarefa que vai além da efetivação dos direitos da criança e do adolescente: nós temos a tarefa de mudar a nossa sociedade, e essa tarefa não é para algumas ou alguns iluminados. Tem que ser fruto de uma vontade coletiva da nossa sociedade. Acho que esses debates que estamos promovendo são essa semente, e nós precisamos ter força política para realmente mudar as estruturas da nossa sociedade. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Obrigado, Sr. José Antônio Moroni, do INESC. 21302 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Antes de passar a palavra ao Carlos Ely Souto de Abreu, da ANDI, eu queria fazer alguns comunicados. A organização do seminário hoje à tarde informa que o evento que vai tratar dos 20 anos da Convenção Internacional e dos 19 anos do ECA – começando a nossa mobilização, que se estenderá até outubro do ano que vem – começa às 15 horas neste mesmo plenário, com as inscrições abertas a partir das 14h30min. Quem estava aqui ouviu o Deputado Jorginho Maluly, que falou da experiência do Prefeito Mirim. Aqui na Câmara, nós temos o Câmara Mirim, que é um programa coordenado pelo Plenarinho, um dos órgãos de comunicação da Casa, que dá oportunidade a alunos do ensino fundamental de atuar como Parlamentares, trazendo seus projetos de lei. O Plenarinho, o Câmara Mirim, vai ocorrer na próxima quinta-feira, dia 22 de outubro. Por fim, para o pessoal que protestou pela ausência de café e água aí no fundo, informo que há um problema de logística. O nosso garçom não consegue atender a todos com facilidade. Nós só temos um garçom. Há água ali do lado e ele vai trazer café também para que as pessoas possam se servir. Anuncio ainda a presença dos seguintes representantes do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua: Deílson, do Maranhão; a Kelly, do Espírito Santo; o Moisés, de Pernambuco; a Graça Bezerra, de Alagoas; o César, do Acre; e o Ronaldo, do Mato Grosso. Com a palavra o Sr. Carlos Ely Souto de Abreu. O SR. CARLOS ELY SOUTO DE ABREU – Bom dia a todos e a todas. Quero parabenizar a Casa por esta iniciativa na figura do Deputado Paulo Henrique Lustosa, que coordena a Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente aqui na Câmara; me congratular com a presença de vocês, especialmente dos adolescentes que estou vendo aqui, de praticamente todos os Estados brasileiros. Gostaria de reiterar – não vou repetir as excelentes falas anteriores à minha – esse desafio. Neste momento, quando celebramos neste encontro e durante a tarde e amanhã no seminário o aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança que, de alguma forma, antecipa o aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente, que será no ano que vem, eu acho que fica não só a celebração dos passos e das conquistas efetivamente alcançadas, mas fica o desafio, e nesse sentido eu reitero as falas dos colegas que me antecederam. Acho que o principal desafio é assegurar aos adolescentes e jovens – que aqui representam o universo de crianças e adolescentes brasileiros – a efetiva participação no acompanhamento, no monitoramento das políticas públicas que dizem respeito a Maio de 2010 eles. Essa deve ser uma participação realmente efetiva e não figurativa, o que passa principalmente pelo acompanhamento desta Casa. Vamos ter a oportunidade de, ao longo do seminário na sexta-feira, apresentar uma metodologia de acompanhamento, de monitoramento dos projetos de lei que tramitam na Casa, que permitem ao público o acompanhamento pari passu dos projetos que tramitam na Câmara e no Senado e que dizem respeito às políticas públicas de crianças e de adolescentes. Acho que esse é um passo importante para dar transparência, para dar acesso à população de crianças e adolescentes às políticas públicas que dizem respeito a eles. Acho que fica, então, esse principal desafio, que é o de efetivamente assegurar esse espaço de participação. Isso cabe a cada um de nós, que atuamos na área da criança e do adolescente, em organizações pelo Brasil afora, mas acho que cabe também, e somente a esta Casa, assegurar que esse espaço seja efetivamente garantido não só em eventos como este, que são importantes, mas no quotidiano da Casa, como o Deputado bem lembrou. Muitas vezes vemos aqui projetos sendo votados e discutidos e não ver a efetiva participação do público a quem esses projetos são destinados. Quero fazer coro com a celebração neste momento, parabenizar a Casa, mas principalmente reiterar esse desafio pela participação da criança e do adolescente nos processos que dizem respeito a eles. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Obrigado, Carlos Ely. Antes de passar a palavra ao Ariel de Castro Alves, que vai falar pelo CONANDA, eu anuncio a presença do Josenildo Luiz Gonzaga, que é educador social da Fundação Criança de São Bernardo do Campo em São Paulo. Concedo a palavra ao Sr. Ariel de Castro Alves. O SR. ARIEL DE CASTRO ALVES – Bom dia a todos. Cumprimento o nosso querido Deputado Paulo Henrique Lustosa e o Deputado Pedro Wilson, fundador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, e demais Parlamentares presentes, assim como os adolescentes Jéssica, Pedro e Santiago – que inclusive parece comigo quando era mais jovem e mais magro. (Risos.) Cumprimento também a nossa querida companheira Carmen de Oliveira, Presidente do CONANDA. Falando em nome do instituição, quero pedir que os conselheiros nacionais do CONANDA se levantem para que possamos identificá-los – a maioria está na primeira fileira. (Palmas.) Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Depois de tudo o que foi dito, eu poderia, conforme Carmen, Mário Volpi, Moroni e Carlos Ely, encerrar minha fala, mas temos algumas questões importantes a pontuar, primeiro cumprimento o Projeto Criança no Parlamento em nome da Cleomar, e a importância de aumentar a interlocução com o Legislativo brasileiro. Quando falamos dos 20 anos da Convenção Internacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, devemos lembrar que certamente o Estatuto da Criança e do Adolescente foi a lei mais democrática produzida por esta Casa. Essa é uma questão importante de se pontuar porque foi a única lei brasileira sem paternidade; na verdade saiu dos movimentos sociais, das próprias crianças e adolescentes que se mobilizaram, pessoas que participaram ativamente desse processo, como o Benedito, o Mário Volpi, a Júlia, a Tiana, entre outros, que são mais históricos do que nós que estamos na Mesa. Lembro, como disse a Carmen, que o Brasil se antecipou ao adotar a doutrina da proteção integral através do art. 227 da Constituição Federal, mesmo antes da aprovação da convenção internacional no ano de 1989, e que avançamos significativamente. Mas ainda vemos, por exemplo, que certos jornais – aqui se encontra o Carlos Ely, da ANDI – tem colaborado muito na sensibilização da imprensa – ,manchetes do tipo “Menor assalta criança” que vai totalmente contra a construção feita até agora, porque o menor é sempre o filho do pobre, o adolescente infrator, a menina explorada. Ninguém de classe média diz que tem um menor na sua casa; é sempre uma criança ou adolescente. O Estatuto veio trazer a igualdade de direitos entre crianças e adolescentes dentro do princípio da proteção integral, que substituiu a doutrina da situação irregular. Entendemos que o principal papel da legislação deve ser o de transformar a realidade. Nós já sabíamos, quando o Estatuto foi aprovado, que de uma hora para a outra ele não seria implantado porque cria um novo modelo de sociedade. Não é simples que isso ocorra de um momento para o outro, mas temos dado passos significativos no Brasil nessa área. A própria Carmen já enumerou várias situações e o trabalho desenvolvido pelo CONANDA, pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, pelas entidades da sociedade civil. Quero lembrar o acesso ao ensino infantil. Segundo o MEC, 98% das crianças estão matriculadas no ensino fundamental, mas conforme já pontuaram os adolescentes a qualidade ainda precisa melhorar bastante; são 82% dos adolescentes com direito à matrícula no ensino médio. Porém, na área do ensino infantil, nós temos apenas 15% das crianças de 0 a 3 anos com acesso a ele. Terça-feira 18 21303 Há um projeto de lei que trata dessa garantia do acesso ao ensino infantil tramitando no Congresso Nacional. A aprovação ontem da desvinculação das receitas da União também vem fortalecer esse trabalho, essas conquistas no campo educacional. Quero também ressaltar a diminuição do trabalho infantil no nosso País. Tivemos uma queda de 50% nesses 20 anos. Hoje temos ainda um número alto de 4 milhões e 500 mil crianças exploradas no trabalho infantil, segundo a OIT, mas damos saltos importantes no País. Na questão da redução da gravidez na adolescência, devemos cumprimentar o trabalho que tem sido realizado na área da saúde, através do Sistema Único de Saúde. A gravidez na adolescência reduziu em 30% nos últimos 10 anos, daí a importância do trabalho desenvolvido tanto no campo da saúde como no da orientação e da educação. A mortalidade infantil também foi uma conquista importante do Brasil nesses 20 anos. Diminuímos a mortalidade infantil em 50%, mas ainda temos uma média nacional de 20 mortes para cada 1.000 crianças que nascem. Estamos distantes de países como o Japão, que são 3 mortes para 1.000, ou como Cuba, que são 7 mortes para 1.000, mas o Brasil avançou bastante nessa área de diminuição da mortalidade infantil. Porém, enquanto tivemos diminuição da mortalidade infantil, tivemos um avanço da mortalidade de adolescentes. Uma recente pesquisa feita pela própria Secretaria Especial de Direitos Humanos, pelo UNICEF e outras entidades mostrou que, se não tomarmos medidas urgentes, 13 adolescentes serão assassinados por dia no Brasil até 2012. Segundo o relatório do UNICEF em 2005, em média, 16 crianças e adolescentes são assassinadas diariamente no País. Avançamos no sentido de ter um mecanismo de denúncia como o Disque 100, que já registrou mais de 100 mil denúncias, desde 2003. Tivemos o trabalho importante das comissões parlamentares que enfrentaram a exploração sexual, nesta Casa juntamente com o Senado, e só agora algumas medidas foram aprovadas. Tivemos este ano uma decisão do Superior Tribunal de Justiça que entendeu que o cliente eventual não comete crime de exploração sexual de crianças e adolescentes, abrindo um grave precedente jurídico no País que poderia dar uma carta branca aos exploradores sexuais juvenis. Mas recentemente tivemos a aprovação nesta Casa, no Congresso Nacional, de uma nova legislação que trata dos crimes sexuais prevendo a criminalização, a penalização de quem é cliente da exploração sexual. O Brasil sediou o III Congresso Mundial contra 21304 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a Exploração Sexual. O Brasil tem avançado através dos comitês, através da atuação tanto dos Governos quanto da sociedade civil nos Estados. Também nesse campo da violência, que certamente é o principal desafio para os próximos 10 anos, os últimos dados do SUS em São Paulo mostram que praticamente 40% dos casos de violência atendidos no Sistema Único de Saúde são de violência contra crianças e adolescentes. Isso mostra a gravidade do problema da violência contra a infância e contra a juventude. Lembro aquela frase do sociólogo Betinho, isso há 20 anos, que dizia que quando uma sociedade deixa matar suas crianças é porque começou o seu suicídio enquanto sociedade. Então, certamente esse é o tema que deve dominar os nossos debates e as nossas proposituras neste momento. Lembro que, com a instituição do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, os Estados têm descentralizado o atendimento, principalmente com relação à internação, e o SINASE é uma importante iniciativa do próprio CONANDA, em parceria com o Conselho Nacional da Assistência Social e de várias instituições, como a própria ABMP, e também a municipalização das medidas socioeducativas estão ocorrendo em boa parte dos municípios do nosso País. Anteontem o MDS nos apresentou também números que mostram esse processo de municipalização em andamento, e a diminuição dos casos de tortura generalizados em unidades de internação, principalmente no meu próprio Estado, São Paulo. É claro que temos que avançar muito mais, mas o SINASE tem gerado avanços importantes nos últimos 3 anos. Também na questão da manutenção de crianças e adolescentes nos serviços de acolhimento, nós temos a extinção dos antigos orfanatos, apesar de que fui recentemente a João Pessoa e vi um prédio enorme escrito orfanato com “ph”. Então, ainda não está totalmente extinta a política dos antigos orfanatos. Nem sei se estava em funcionamento, mas infelizmente ainda não está completamente extinta. Entretanto, nos últimos 3 anos temos tido um reordenamento importante dos serviços de acolhimento no nosso País, lembrando que o último dado do IPEA, há 3 anos, é de que 80 mil crianças e adolescentes estavam em serviços de acolhimento. Atualmente temos mais de 2 mil e 400 abrigos no País. Para concluir, também precisamos avançar na área do próprio Poder Judiciário. Temos avançado bastante no Parlamento, na construção de políticas por meio dos conselhos de direito, mas segundo a própria Associação Brasileira dos Magistrados e Promotores da Infância e Juventude, só 3,4% das comarcas têm Maio de 2010 varas especializadas e exclusivas da infância e juventude, com equipes técnicas, juízes, promotores e defensores dedicados exclusivamente à infância e à juventude, porque muitas vezes ocorre o acúmulo – o juiz, o promotor e o defensor atuam na área criminal, na área de família e nem sempre são exclusivos da Vara da Infância e da Juventude. Avançamos também de forma significativa na criação dos conselhos municipais da criança e do adolescente em 92% dos Estados brasileiros, dos conselhos tutelares, em 90% dos municípios, e em 100% dos Estados temos os conselhos estaduais da criança e do adolescente. Então, temos uma legião de pessoas, de militantes, mais de 5 mil conselhos tutelares no Brasil, mais de 5 mil conselhos municipais da criança e do adolescente, pessoas que se dedicam à causa da infância e juventude e à implementação do Estatuto. Também o processo de conferências, de democracia participativa. Ao final do ano, teremos a Conferência Nacional dos Diretos da Criança e do Adolescente em Brasília, com o tema da construção de uma política nacional e do plano decenal da criança e do adolescente no País, até unificando os vários planos e as várias políticas que já estamos consolidando. Agradecemos também ao Congresso Nacional pela nova legislação da adoção. Participamos de inúmeras discussões, na Câmara dos Deputados e no Senado, e enfim conseguimos que o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária tivesse os seus princípios, as suas principais regras também colocadas na legislação de adoção. Queremos ainda reforçar a necessidade de o projeto de lei de execução das medidas socioeducativas ser aprovado no Senado, como o foi na Câmara dos Deputados, na Comissão Especial e no plenário, novamente combatendo qualquer medida que seja um retrocesso que venha a ser na verdade completamente contra a Convenção Internacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Digo isso com relação principalmente ao toque de recolher, que ressuscita a antiga carrocinha de menores, e com relação às propostas de redução da maioridade penal. As nossas crianças e adolescentes certamente não merecem ser condenadas à cadeia, e sim à consolidação das políticas públicas e do sistema de garantia de direitos, que a duras penas temos construído nesses últimos anos. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Obrigado, Ariel. Vamos abrir inscrições para a participação do Plenário, mas antes tenho vários anúncios de presenças dos conselheiros: Alan de Oliveira e Carlos Nambu, de Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS São Paulo; Solange Maria Rodrigues da Cunha, que é Professora e Conselheira no Paraná; Tânia Dornelles, pela CONTAG; Waldir Gurgel, da Associação Brasileira de Educação e Cultura e da União Catarinense de Educação, de uma instituição Marista. Ainda estamos abertos a quem quiser falar, mas há 2 pré-inscritas, que se anteciparam, as Sras. Júlia e Perla Ribeiro. Depois, seguiremos as inscrições. Tem a palavra a Sra. Júlia. A SRA. JÚLIA – Bom dia a todos. Quero cumprimentar o Deputado Paulo Lustosa, Coordenador da Frente Parlamentar, que é nosso parceiro quando vamos falar de realmente não deixar que retrocessos ganhem passos largos nesta Casa. Precisamos de mais parceiros Parlamentares, Deputado Pedro Wilson, porque acho que vamos ter que pegar o que nos aflige muito, que são retrocessos, como a redução da idade penal. Acho que está chegando a hora de tomarmos coragem. O CONANDA teve a grande felicidade de fazer um investimento de os conselheiros acompanharem as 27 conferências estaduais que estão acontecendo neste País. Estamos saindo de grandes universidades, porque chegarão muitas diretrizes para o nosso plano decenal, na nossa conferência nacional – não tenham dúvidas. Acredito os meus colegas de CONANDA que estão indo aos Estados fizeram com que mais de 80% das diretrizes fossem discutidas e aprovadas, vindo de propostas dos adolescentes, delegados nessas conferências. Acreditamos que esse plano decenal vai ser construído para que realmente essa política nacional não seja construída de cima para baixo, e, sim, uma política nacional. Na maioria dos Municípios deste País, tivemos conferências municipais e esses 54 adolescentes que estão aqui, a sua grande maioria, mais de 27, já são eleitos delegados para a Conferência, de 7 a 10 de dezembro. A Jéssica foi muito feliz em sua fala, porque quando fez seu cumprimento disse: “Eu não posso mais dizer que represento a Jéssica; eu represento milhões de crianças e adolescentes deste País. Portanto, quero cumprimentá-la e dizer que, enquanto CONANDA, nós precisamos, a partir dessa VIII conferência do plano decenal, que nós vamos construir e entregar em julho aos presidenciáveis, que realmente nós traçamos com muita seriedade a criança e o adolescente como prioridade absoluta neste País e como prioridade absoluta no orçamento nos 3 níveis de Governo. Não adianta ter um plano bem construído se os Municípios, os Estados e o Governo Federal não garantirem prioridade no Orçamento para que realmente Terça-feira 18 21305 tenhamos políticas públicas de qualidade e que as nossas crianças e adolescentes sejam realmente cidadãos de direito e os donos da sua própria história. Entendo que esses 20 anos de Convenção estão premiados por todos esses adolescentes que estão aqui, que representam todos os adolescentes deste País. Obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Obrigado, Júlia. Nós temos mais 6 inscritos. Eu pediria que as intervenções fossem breves, porque teremos um seminário agora no período da tarde, e boa parte das pessoas que estão aqui regressarão para o seminário. Concedo a palavra à Sra. Perla Ribeiro, a segunda inscrita. A SRA. PERLA RIBEIRO – Bom dia a todos e a todas. Sou Perla, da Associação Nacional do Centro de Defesa e do Centro de Defesa do Distrito Federal. A minha fala segue um pouco a linha do que alguns apontaram na Mesa sobre o possível retrocesso na garantia de direitos que nós temos hoje conquistados no País. Nós acreditamos que a redução da idade penal seja o maior retrocesso nesse sentido. É preciso que tomemos e tenhamos atitudes, inclusive nesta Casa, para que essas propostas de emenda constitucional não sejam aprovadas. Estamos comemorando os 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança e do Adolescente. Infelizmente o primeiro relatório do Brasil à Comissão foi entregue aproximadamente, se não me falha a memória, 13 anos após a ratificação dessa Convenção pelo País. Nós, a sociedade civil, juntamente com a ANCED e o Fórum Nacional, já tivemos um primeiro relatório elaborado; agora elaboramos um segundo, e o Governo Federal, o Estado brasileiro, ainda não encaminhou o seu relatório sobre a Convenção dos Direitos da Criança e do Adolescente. É urgente que se faça isso. Eu queria também falar a respeito de toda uma mobilização nacional que está havendo contra a redução da idade penal. Muito se fala que a opinião pública é favorável, e questionamos muitas vezes como se coletam essas informações da opinião pública, mas é importante falar a esta Casa que existe uma mobilização nacional feita pelos centros de defesa, pelo ILANUD, pelos fóruns estaduais em todo o Brasil durante esta semana contrária à redução da idade penal. Então, é importante que os Parlamentares saibam que existe uma mobilização contrária a isso, para que possamos acabar de vez com essas propostas no Congresso Nacional e realmente garantir a defesa de direitos que estão sendo colocados em cheque hoje no Brasil, e não restringi-los mais ainda. Obrigada. (Palmas.) 21306 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Obrigado, Perla. Anuncio a chegada à Mesa do Deputado Luiz Couto, PT-PB, que por 2 vezes neste mandato presidiu a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, é nosso colega na Frente Parlamentar, e está sempre junto a nós na defesa e na promoção dos direitos da criança e do adolescente. Registro ainda a presença de Rita de Cássia Sidney Marques, minha conterrânea, do Conselho Estadual do Ceará; Maria de Jesus Laurindo Santos, Conselheira do Conselho Estadual de Roraima; Ademário Sena, do Centro de Educação e Cultura Popular da Bahia; Professora e conselheira Raimunda Núbia Lopes da Silva, do Piauí; pelo CEDEC de Santa Catarina, Patrícia; Mônica, da ONG Se Essa Rua Fosse Minha e do Fórum DCA; a Lucirene, do Instituto Brasileiro de Inovações Pró-Sociedade Saudável do Centro-Oeste; Flaviano, da Fazendo Arte, do Rio de Janeiro; o Iago, da AIACOM, do Rio de Janeiro; e Bruna, jovem multiplicadora do Bem Jovem, de Santa Catarina. Eu passo a palavra ao Fabrício, de São Paulo. O SR. FABRÍCIO – Bom dia a todas e a todos. Quero começar minha fala com uma frase: “O que eles falam sobre o jovem não é sério. Não é sério. O jovem no Brasil nunca é levado a sério”. Essa frase, de uma música bem conhecida aí, pela galera, reflete muito o que nós estamos vivendo aqui e agora. Muito se fala em direitos, em garantia, mas pouco se fala em protagonismo, em ação. E aí nós vemos uma ação da Secretaria de Direitos Humanos, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, da sociedade civil mobilizada e organizada para garantir e efetivar os direitos da criança e do adolescente no Brasil, mas observamos que determinados setores conservadores, atrasados, que pararam no século XX, querem voltar às regras, ao controle, à manipulação que os coronéis tiveram sobre o Brasil durante muito tempo, dizendo que lugar de criança não é na Câmara dos Deputados; é na escola. Muito pelo contrário, lugar de criança e adolescente é discutindo política. Lugar de criança e adolescente é nos espaços de poder, debatendo com pessoas, porque nós somos capazes, sim, de construir, nós somos capazes, sim, de fazer muito mais. (Palmas.) Para ser mais objetivo, eu observei a fala muito feliz do Ariel, quando ele disse que o Brasil conquistou a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, e eu já parabenizo pelos 20 anos da Convenção Internacional, porque é uma conquista do Brasil; não é concessão de Governo nenhum, de político nenhum, de partido nenhum; é uma conquista dos movimentos sociais, do povo brasileiro, que foi para as ruas na hora Maio de 2010 e no momento certo, e que aprende cada dia a fazer isso, e o faz muito bem. (Palmas.) Só para concluir, sobre as propostas de consolidação das leis sociais, citadas pela Carmen, eu acho que temos de ir para as ruas. Lá, na Conferência Municipal de São Paulo, alguém disse: “Como vamos garantir que essas leis, esses planos, esses projetos não acabem? Porque hoje é um Governo, amanhã vai ser outro”. Nós dissemos: “Vamos levar o assunto à Conferência Nacional, para que seja feita uma lei, a fim de que todas as políticas sociais boas, que estão dando certo, continuem dando certo, para que o povo brasileiro seja beneficiado, não importando o Governo que vier. Quero dizer da importância de cada um de nós, adolescentes, estarmos neste espaço hoje. Isso é um avanço, é uma conquista, e nós temos que usar esse espaço. Quem não se inscreveu ainda, que vá lá, que se inscreva, que fale. Se não souber falar, fale porque esse espaço também é nosso, porque é um espaço público e democrático. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Fabrício, muito boa a sua fala. Só vou pedir ao pessoal, porque nós temos hoje à tarde, e temos amanhã. Temos 2 dias para conversar. Eu estou com vários inscritos e vou encerrar as inscrições agora, mas isso sem prejuízo de que hoje à tarde e amanhã o dia inteiro todos falem, na verdade convidando todos a falar. Se não for assim, ninguém almoça hoje. Mas muito boa a sua fala, Fabrício. Eu passo a palavra ao Dilson dos Santos, do SERPRO. O SR. DILSON DOS SANTOS – Quero dar bom dia a todos. Eu sou o Coordenador de Responsabilidade Social e Cidadania do SERPRO, uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem um programa de inclusão sóciodigital que busca garantir o acesso à tecnologia da população, especialmente aos jovens e adolescentes. Eu me motivei a falar porque ouvi as palavras da Dra. Carmen, a quem tenho como um símbolo dessa luta para garantir direitos das crianças. Já tive oportunidade de conversar com ela algumas vezes e, na pessoa dela, saúdo toda a Mesa. Sinto angústia por ter andado por este País e ter visto vários equipamentos, telecentros, infocentros, centros de cidadania, em todos os lugares do Brasil por onde eu ando, servindo como uma mera Lan House. E não quero restringir o seu uso; as pessoas podem usar como bem quiserem aquele espaço público, mas o Poder Público não pode deixar de utilizar dessa rede para fazer com que haja, a partir daí, atividades extra- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS curriculares numa área que hoje todos dizem ser o ás do baralho, que é a tecnologia. Tenho visto por aí centros fechados ou apenas utilizados para fazer a conta de água ou a de luz, o que é muito pouco quando se tem uma juventude pulsante como esta. Tenho conversado com muitas pessoas; sou de uma das duas maiores empresas de tecnologia do Brasil, o SERPRO – existe ainda a DATAPREV – ,que tem representação em todos os lugares do País. Além disso, existem as empresas estaduais de tecnologia da informação, além da PETROBRAS, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica; todos têm um programa de inclusão digital, que não se relacionam com o Estado. Talvez seja possível, por intermédio do CONANDA, chamar essas empresas aqui e dizer para colocarmos esse esforço, que é do povo, que não é do SERPRO nem da DATAPREV, para garantir a atividade extracurricular a essas crianças e adolescentes. Para isso, coloco-me à disposição do Conselho. Estou disposto a colocar toda a energia no sentido de fazer com que esses instrumentos deixem de ser apenas uma Lan House ou um instrumento político utilizado por esta ou aquela corrente de pensamento num Estado. Agradeço a todos e principalmente a essa criançada que está aí pulsando, com vontade de vencer. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Obrigado, Dilson. A Mesa o parabeniza pela proposta, e falo aqui pela Comissão de Direitos Humanos, que, desde logo, coloca o Plenário e a Frente Parlamentar para o que for necessário, a fim de ajudar nessa articulação das várias empresas públicas que oferecem essa opção, e também a Comissão de Ciência e Tecnologia, da qual sou membro, a qual também receberia com muito bom gosto esse tipo de discussão, para otimizarmos as políticas públicas do País. Antes de passar a palavra ao Carlos, do Mato Grosso, que é o quinto inscrito, anuncio a presença de Ivanise Andrade, Vice-Presidente do Conselho Estadual do Mato Grosso do Sul, e de Graziela Santos Graciane, da PUC, de São Paulo, representando a Professora Maria Stela Graciane, que é membro do CONANDA. Com a palavra o Carlos. O SR. CARLOS – Bom dia a todos. Ainda falando sobre o ensino. Por que não levar o Estatuto da Criança e do Adolescente às escolas? Por que não profissionalizar os professores com relação ao Estatuto, para que todas as escolas, públicas e particulares, para que todos saibam que existe o ECA? Será Terça-feira 18 21307 que todo o País sabe que existe o ECA ou será que apenas poucos? Sempre que vou a algum lugar levo meu Estatuto. Não sei se vocês aqui estão com o de vocês, porque temos de lutar sempre pelos nossos deveres e pelos nossos direitos. Não importam as dificuldades nem onde estamos. Também quero dar uma ideia muito importante e que tenho certeza de que acontece em quase todos os Estados. Por que não levar as crianças e os adolescentes às ruas e fazer uma campanha sobre a exploração sexual, pelo menos 2 vezes ao mês, se o Estado disser que quer fazer e está pronto, junto com a população? Se o Estado o prometeu e não o fez deve ser punido, porque não estamos aqui para falar da boca para fora, mas queremos ver os resultados, porque não adianta sair de longe, vir de São Paulo, de Mato Grosso, Rio de Janeiro, não importa só vir aqui por vir, mas vir sabendo que estaremos lutando pelos direitos da criança e do adolescente e saber que isso vai ter resultado, não só para ficar aqui dentro de 4 paredes. É sair e ter um resultado de qualidade e que todos saibam que existe o Estatuto da Criança e do Adolescente, que deve ser levado em todas as escolas, não importa onde estejam. Que o brasileiro saiba que existe esse Estatuto. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Muito bem, Carlos. Passo a palavra ao Altamir. O SR. ALTAMIR – Vou dar apenas a minha proposta, porque vi um caso ali e eu achei muito errado, que é o caso de uma criança e um adolescente verem uma pessoa com o corpo cheio de tatuagem e achar aquilo bonito. A tatuagem não é uma coisa boa para a vida nem dos adultos nem da criança e do adolescente. Por isso eu acho errado, porque os adultos poderiam ensinar a não usar brinco, piercing, tatuagem, (manifestações no plenário) e o que eles estão fazendo? Estão fazendo tudo isso. As crianças e os adolescentes acham que isso é bonito e também vão usá-la. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Muito bem, Altamir, muito bem, é isso mesmo. Depois da manifestação do nosso Altamir, vamos ouvir o Pedro Henrique, de Alagoas. O SR. PEDRO HENRIQUE – Eu queria pedir licença a todos para falar sobre o Orçamento Público, ou seja, o dinheiro. Pedimos a implantação de fato de orçamento, aos políticos, votado à criança e ao adolescente; a implementação de aparelhos e os conselhos tutelares, e a implementação desse orçamento também nas comunidades indígenas, através de emen- 21308 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS das parlamentares que os senhores políticos podem implementar e exercer. O ECA diz que crianças e adolescentes têm prioridade absoluta e isso exige dinheiro, ou seja, recursos. Para isso, precisamos que o Orçamento priorize crianças e adolescentes, porque são fatos que ocorrem na sociedade, são coisas que nós adolescentes precisamos saber. Para onde vai dinheiro? Para onde é destinada a verba? Então, a verba tem que ser destinada a crianças, não só crianças e adolescentes, mas também a negros e índios. Agradeço. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Muito bem Pedro Henrique. Agora os 2 últimos inscritos vêm do Amapá. O Welisson é o primeiro. O SR. WELISSON – Primeiramente quero parabenizar a organização desse evento. O Amapá é longe, mas eu fico muito grato por estar participando aqui pela primeira vez. Fico muito feliz em saber que existem pessoas que ainda se importam com o futuro do Brasil. Infelizmente os caminhos por que nossos adolescentes andam hoje são pedregosos; existem muitos buracos, valas, mas é assim, promovendo mobilização, promovendo participação que enfim vamos asfaltar essa nossa estrada, para que andemos no futuro com os pés no chão, numa estrada asfaltada, deixando as havaianas de lado, colocando os sapatos e a sabedoria e andando nesse caminho, aí, sim, poderemos ser chamados de “futuro do Brasil”. Somos chamados de “futuro do Brasil”, mas, se não existe investimento na juventude, seremos apenas mera esperança, só esperança. Mas investindo, promovendo discussões, plenárias, seremos, poderemos ser chamados de “futuro do Brasil”, porque isso é investimento (Palmas.) E temos qualidade, porque esse futuro podemos ver hoje, na medida em que há jovens de grande potencial. O futuro é grande, então por que não investir? Está na hora de investir. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Com a palavra a Valdeíse, também do Amapá. A SRA. VALDEÍSE – Queria desejar bom dia a todos e agradecer por terem me dado a oportunidade de estar aqui. Queria mandar um abraço para aquela grande senhora, que está ali, que me enviou para cá. (Risos.) Bom, eu queria falar uma coisa aqui para os adolescentes: está na hora de dar a volta por cima e defendermos os nossos direitos; está na hora de mudarmos tudo isso para que, daqui a algum tempo, não venhamos a reclamar da mesma coisa; para que isso Maio de 2010 que estamos fazendo agora tenha resultado; para que, depois, não viremos a cabeça e digamos: puxa, tudo aquilo que fizemos, as nossas ideias, tudo foi jogado fora? Não, tem que ter resultado. Hoje eu estou passando por muitas coisas, por muitos obstáculos na vida. Mas nem por isso, nós adolescentes... Eu vim de longe, vim de Macapá. Não vim me representar, vim representar todos os adolescentes do mundo. Eu não lembro só do meu Estado, eu lembro de todos os Estados. (Palmas.) Quando eu sair daqui e chegar lá no meu Estado eu vou falar para eles que eu vim aqui e defendi os direitos deles; que eu não defendi só os meus direitos, nem só o direito dos adolescentes, eu defendi os direitos da criança também, porque a criança tem direito, não são só os adolescentes. Hoje eu quero dizer que estou agradecida por estar aqui defendendo todos nós, adolescentes. E que nós possamos um dia crescer na vida e ver que tudo isso que fizemos teve resultado. Uma coisa eu digo para todo mundo: nunca desistam dos sonhos de vocês, porque a coisa mais preciosa que temos na vida são os estudos. Eu queria dar uma ideia: por que não criar grêmios estudantis em todas as escolas? Por exemplo: eu estudo numa escola no Amapá que tem várias oportunidades, como teatro, dança, música. Por que não colocar isso em todas as escolas? Deveria ter, porque lá, na minha escola, é um tempo vago assim. Então, para os adolescentes que estão se drogando na rua, que não querem saber de nada é muito interessante, porque assim eles passam mais tempo dentro da escola, fazendo atividades, fazendo coisas que possam melhorar a vida deles. É isso. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Nós estamos encerrando os debates, mas a Jéssica, como nossa representante aqui na Mesa, pediu a palavra. A SRA. JÉSSICA CRISTINA CORDEIRO DO NASCIMENTO – Bom, é só para finalizar uma parte que acho muito importante e que nós discutimos na Conferência. São 2 coisas. Primeiro, antes de fazer a minha colocação, quero me dirigir aos jovens. Apesar de eu ser jovem, vocês são o meu orgulho. Estou vendo aqui aonde nós chegamos. Saímos de estaduais, de regionais e eu me orgulho muito de vocês. Vocês são muito inteligentes, têm muito potencial e são jovens diferentes da maioria. Infelizmente, a maioria não sabe nem o que está acontecendo aqui, não sabe o que é uma conferência, não sabe o que é um direito, não sabe o que é lutar por uma ideologia, como diz a Joyce. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O que eu quero dizer aqui é que seria importante uma maior divulgação das conferências. Quantos vieram para cá e seus amigos não sabem o que vocês estão fazendo aqui? A maioria não sabe. Quantos vieram para cá e seus vizinhos nem sabem que existem essa conferências? Vizinhos jovens, não estou nem falando dos adultos, estou falando dos jovens. Quantos vieram para cá e lá eles nem sabem o que existe aqui, ou seja, as conferências? Nós ficamos sabendo, porque eu participo do PROJOVEM; o outro participa de uma ONG; o outro participa da BEMFAM; o outro trabalha e foi indicado por algum profissional do CONANDA. E para você participar aqui só quando você está realmente envolvido. Por que há tanto jovem bom que não está sabendo – jovem bom, com talento, com personalidade, com ideologia de vida? E não está aqui, por quê? Por que não ampliar, não divulgar? Coisas tão ruins são divulgadas! Noticiários que não formam, que deformam; noticiários a que você assiste e não formam. E sobre momentos como este poucos ficam sabendo. Acho que é um ponto muito importante. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Paulo Henrique Lustosa) – Muito obrigado, Jéssica. Eu gostaria de encerrar agradecendo a presença a todas e a todos, reafirmando o convite para o seminário, às 14h50min. Só para concluir, gostaria de fazer uma homenagem à participação do Altamir, nosso grande orador, não adolescente, que falou pela criança. Quero dizer que o desafio do nosso trabalho é exatamente conseguirmos dar voz a todo mundo, independente do tamanho, da idade, da origem, do que quer que seja. Todos têm de falar e podem falar. Expressem suas ideias. Não há ideia ruim, não há ideia boa. Não se censurem, falem, exponham sua opinião e convençam quando ela for boa. Saibam também ser convencidos quando alguém tiver uma ideia, talvez, melhor do que a sua. Mas o espaço aqui é para dialogarmos. Todos têm de ter voz e vez e têm de falar. Muito obrigado a todos e uma boa tarde. O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Declaro abertos os trabalhos da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, com o seminário 20 Anos de Direitos da Criança e do Adolescente, evento que comemora os 20 anos de implementação da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, da Organização das Nações Unidas – ONU, e os 19 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Este seminário começou, na verdade, com a plenária aberta hoje, pela manhã, e prosseguirá durante toda a tarde de hoje, encerrando-se no final da tarde de amanhã, sexta-feira. Terça-feira 18 21309 O seminário é uma promoção conjunta do Projeto Criança e Adolescente: Prioridade no Parlamento, desenvolvido pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC, com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, do Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. O Estatuto da Criança e do Adolescente, como sabemos, é fruto da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, um instrumento que promoveu um dos avanços que mais projetou o Brasil como referência na área de direitos humanos. A despeito das dificuldades de implementação progressiva e plena do Estatuto, devemos celebrá-lo como uma conquista da cidadania, da democracia, pela qual tivemos de lutar, e lutar muito, para ver estabelecida. Mas essa é uma luta que não se encerra. Ela tem de ser levada, a cada dia, para avançar sempre. Este seminário é um passo dessa caminhada, pois abre uma oportunidade para que todos nós apresentemos nossas visões, façamos nossas reflexões sobre o significado desses 20 anos de adoção da Convenção Internacional pela Assembleia das Nações Unidas. Temos aqui a oportunidade de fazer um balanço, no qual temos resultados positivos a apresentar e não apenas apontar os dramas cotidianos relacionados à violação de direitos humanos da criança e do adolescente, que, lamentavelmente, continuam presentes na realidade social brasileira e que não podem nunca deixar de ser denunciados. No decorrer deste ano, a Comissão de Direitos Humanos tem abordado diversos temas, como o tráfico e a exploração sexual e o trabalho das crianças e dos adolescentes, fenômeno que tem mudado, por vezes, sua configuração, mas persistindo como violação grave e massiva de direitos. Dirigimos nossa preocupação especialmente às crianças e adolescentes excluídos da escola, aqueles que não contam com o abrigo do lar, da família natural ou adotada, os que vivem as agruras de estar internados por terem se colocado em conflito com a lei. Também tratamos, no primeiro semestre, do seminário sobre a problemática de criança e adolescentes que deixam o Brasil para atuar em clubes esportivos no exterior sem a proteção devida. Analisamos casos daqueles jovens que deixam suas famílias e estudos em busca de oportunidades no futebol brasileiro. Há denúncia de negligência e exploração por parte de clubes que não prestam o devido suporte a esses garotos. Muitos acabam caindo numa triste ilusão, 21310 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tornando-se vítimas de uma exploração que quase nunca vem a público. Neste momento em que nosso País se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, é preciso cobrar responsabilidade social dos clubes, da CBF e de outras autoridades públicas para essa questão. Vamos dar início ao nosso seminário. Convido para compor a Mesa: a Senadora Fátima Cleide, do PT de Rondônia, da Frente Parlamentar pelos Direitos da Criança e do Adolescente (palmas); a Dra. Carmen Oliveira, da Secretaria Especial de Direitos Humanos (palmas); o Sr. Mário Volpi, do UNICEF (palmas); o Deputado Paulo Henrique Lustosa, do PMDB do Ceará, da Frente Parlamentar pelos Direitos da Criança e do Adolescente (Pausa.) Ausente. Convido o Sr. Veet Vivarta, representante da Agência de Noticias dos Direitos da Infância – ANDI (palmas); o José Antônio Moroni, do INESC (palmas); o Sr. Iolete Silva, representante do Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (palmas); a Sra. Ludmilla Santos de Carvalho Rodrigues, do Projeto ONDA (palmas); a Sra. Ana Cláudia Lustosa, do Plenarinho (palmas), e a Sra. Tiana Sento-Sé, representante do CONANDA. (Palmas.) Devemos concluir esta primeira Mesa pelo menos às 15h50min. Então, em princípio, daremos 5 minutos para a saudação inicial. Uma vez que a Senadora Fátima Cleide deve ter muito compromisso no Senado, concedo a palavra à nobre Senadora. A SRA. SENADORA FÁTIMA CLEIDE – Boa tarde a todos. Quero cumprimentar a Mesa, em nome do Deputado Luiz Couto; os órgãos governamentais presentes, na pessoa da companheira Carmen, da Secretaria de Direitos Humanos; os demais representantes da sociedade civil brasileira. Em nome da nossa querida Ludmilla, representante das nossas crianças de todo o Brasil, por meio do Projeto ONDA, quero dizer que é uma satisfação muito grande estar, na tarde de hoje, na abertura deste seminário, dia em que comemoramos o Dia do Professor. Graças a Deus, nos últimos anos, nós temos acumulado alguns avanços nessa área, porque eu entendo que a educação é fundamental, é o direito mais básico que nós temos a garantir para as nossas crianças e adolescentes. Em primeiro lugar, em nome da Frente Parlamentar, também parceira dessa atividade, gostaria de agradecer o convite para estar aqui. Trago um abraço a todos, em nome da Senadora Patrícia Saboya, nos- Maio de 2010 sa Coordenadora, que se encontra, neste momento, de licença. Acredito que a realização deste seminário é uma importante iniciativa para que possamos pensar os nossos desafios e contribuir, de forma essencial, na luta para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes no Congresso Nacional. Aproveito também para saudar nossos históricos parceiros da Frente: a ANDI, o Fórum DCA e o CONANDA. Aproveito para saudar os nosso históricos parceiros da Frente: a ANDI, o Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e o CONANDA. A nossa Frente reconhece a fundamental importância da sociedade civil organizada nos processos de construção das políticas públicas voltadas para a infância e a adolescência. Nesses 20 anos o desafio da construção e aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, a concretização de leis complementares, o fortalecimento do orçamento para as políticas, o combate a legislações retrógradas ou a propostas legislativas retrógradas e de restrição de direitos, os diversos debates, audiências públicas, sessões, atos, manifestações, seminários como este, conferências foram e são exemplos da importante interlocução, parceria e aliança entre o Parlamento brasileiro e a sociedade civil organizada. Creio que temos muitos desafios a enfrentar, como a constante tentativa de redução da maioridade penal; a tentativa de manter o combate cotidiano a toda forma de exploração e abuso sexual; de lutar pela erradicação do trabalho infantil; de garantir o acesso a uma educação de qualidade e promotora dos direitos humanos. Neste caso não temos por que esmorecer, temos muitas lutas e muitas bandeiras que nos conclamam para que estejamos de mãos dadas buscando as soluções e lutando contra tudo aquilo que é de retrocesso na área da criança e da adolescência. Quero lamentar, com muito pesar, a notícia que tivemos hoje de mais uma morte de um jovem no meu Estado, Rondônia. Nos últimos 15 dias já são duas. Por isso mesmo nos comprometemos tanto com essa luta. Estou citando aqui o Estado de Rondônia porque é o que eu conheço, é o caso que está bem fresquinho; já tem denúncias do CONANDA, do nosso Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente no Estado, mas infelizmente, não há por parte dos Governos locais compromisso para que essa situação seja revertida. Queria também, nesta abertura, Deputado Luiz Couto, registrar o protagonismo das nossas crianças, jovens e adolescentes nesta luta. É muito importante que eles estejam não apenas no dia a dia da luta, mas aqui conosco. Entendo que este é um espaço muito importante de formação, principalmente formação polí- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tica para aqueles que futuramente darão continuidade a esta nossa luta. Gostaria de convocar mais Parlamentares. Acho que o Deputado Luiz Couto tem sido, como a Deputada Maria do Rosário, a Senadora Patrícia Saboya, verdadeiros guerreiros. Vejo aqui o Deputado Pedro Wilson. Mas precisamos ampliar a participação e o número dos Parlamentares envolvidos com a causa da criança e do adolescente para que possamos dar mais celeridade às proposições legislativas que tramitam nas 2 Casas e que precisam ser aprovadas logo, como o SINASE e o PRONEI. Finalmente, quero desejar a todos e a todas um excelente seminário e um proveitoso debate, para dar continuidade a nossa boa luta. Uma boa tarde. Mais uma vez, obrigada pela compreensão, porque estou inscrita para fazer um pronunciamento na sessão especial do Senado Federal que deve se encerrar por volta de 15h40min. Muito obrigada, e mais tarde retornaremos. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Obrigado, Senadora Fátima Cleide. Como ela falou do assassinato de jovens, nós da Comissão de Direitos Humanos estamos fazendo um banco de dados com todas as informações que os Estados tiverem com relação à execução de crianças e adolescentes, além da execução geral que cresce de forma assustadora. Queremos especialmente mostrar que a criança e o adolescente que muitos acusam da violência são vítimas da violência, e não praticantes da violência. A Senadora está autorizada a se retirar, mas depois deverá retornar. Concedo a palavra a Dra. Carmen Silveira de Oliveira, Subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. A SRA. CARMEN SILVEIRA DE OLIVEIRA – Como nós temos assento à mesa a seguir, para fazer o balanço dos 20 anos de implementação da Convenção no Brasil, eu não vou trazer esse tipo de análise, talvez até para demarcar que este não é um lugar só da SDH na mesa de abertura, mas de todos os Ministérios que têm ações e compromissos na política dos direitos da criança e do adolescente. Há colegas de várias áreas da Esplanada, alguns inclusive que compõem e que têm assento no Conselho Nacional, no CONANDA. Quero dizer do esforço que temos tido na gestão do Presidente Lula realmente de construir uma política dos direitos da criança e do adolescente, entendendo que se trata necessariamente de um ação intersetorial e, por isso, um dos maiores avanços que tivemos nessas Terça-feira 18 21311 2 últimas gestões deve-se justamente ao de tentarmos ter mais sinergia nos nossos programas e ações, chegando, de uma forma mais conjunta, na ponta. Quero salientar que há uma coincidência: a comemoração dos 20 anos da Convenção chega em um contexto de crise mundial, da chamada crise financeira mundial, que inclusive foi foco da avaliação da celebração que foi feita em Genebra, na semana passada, que tinha como grandes temas a dignidade, o desenvolvimento e o diálogo. É justamente na reafirmação de um modelo de desenvolvimento para as nossas nações, um modelo diferenciado da lógica neoliberal, que acho que é a grande diferença que faz o Brasil hoje nesse tipo de discussão e nesse cenário. De certa forma, o lugar que ocupamos à mesa, enquanto Governo Federal, é para reafirmar que, mesmo em momento de crise, quando há apelos perversos e uma retirada do Estado, especialmente na área social os programas sociais serão reforçados. O Presidente Lula, desde o primeiro momento daquilo que ele chamou marola para o Brasil, que foi inclusive ridicularizado por estar supostamente minimizando os efeitos da crise em nosso País, reafirmou que não haveria retrocessos nos programas sociais, pelo contrário, que eles seriam reforçados até mesmo como uma vacina, um antídoto para o enfrentamento dessa crise, para a geração de novos empregos, para a manutenção de algumas conquistas que tínhamos, como, por exemplo, na erradicação da pobreza absoluta. Decorridos quase 1 ano, chegando então ao final deste ano, já começam a ter sinais evidentes disso. E mesmo na Oposição já há o reconhecimento de que o Brasil foi um dos primeiros países, senão o primeiro país a sair do chamado tsunami da crise financeira mundial. Estamos aqui para reafirmar esse projeto de Governo, compromissado com os direitos da criança e do adolescente e cientes dos novos desafios, dos quais quero tratar um pouco melhor na apresentação a seguir. Mas quero dizer que a nossa preocupação não é apenas com a violação dos direitos na pobreza, nos setores mais vulneráveis de pobreza material da população. Preocupam-nos hoje, enquanto Governo Federal, também as violações de direito nas classes sociais mais privilegiadas. Acho que é esse foco que todos nós também temos que ter. Via de regra, nós, enquanto movimento da infância e da adolescência, temos discutido, questionado e denunciado muito mais as violações que acontecem em setores periféricos da população, ou historicamente discriminados, como se as elites não tivessem as suas violações de direitos e nós não pre- 21312 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS cisássemos construir também estratégias para o enfrentamento dessas situações naquilo que desejamos, que são gerações mais saudáveis, com mais qualidade de vida para os novos tempos. Obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Obrigado, Sra. Carmen. Comunico que esse seminário está sendo transmitido pela Internet e pelo canal 16 do circuito interno do Congresso Nacional. Peço ao Deputado Paulo Lustosa que tome assento à mesa. Com a palavra o Dr. Mario Volpi, representando o UNICEF. O SR. MARIO VOLPI – Obrigado, Deputado. Hoje, pela manhã, já iniciamos um pouco a reflexão sobre esses 20 anos. Quero apenas registrar o desafio que se coloca. Acho que se falou muito nas conquistas. Há uma pergunta que todo mundo se faz: se não houvesse mudado a lei, o País teria feito esses avanços nas políticas sociais que ele fez? Esta é a pergunta. Talvez com bons governos, com governos comprometidos, não seria necessário nem ter uma lei para garantir os direitos; as políticas públicas teriam resolvido automaticamente. Quando nos fazemos essa pergunta e observamos como as políticas públicas foram sendo produzidas, confirmamos que a lei fez a diferença, a lei estabeleceu uma mudança na forma de compreender a infância, de conceber a infância. Ela promoveu essa mudança paradigmática, que começou a colocar na sociedade aqueles que são a favor dos direitos da criança e aqueles que são contra os direitos da criança. Esse efeito que a lei teve permitiu fazer esses avanços importantes que foram feitos nos últimos anos no campo das políticas sociais para atender os direitos da criança e do adolescente. Dado esse resultado importante, quero falar de um desafio agora que temos, que é partir desse avanço, que foi o direito de todas as crianças, essa universalização do direito, para discutir o direito de cada criança. Não é só uma mudança da palavra, não é uma brincadeira com a palavra, é realmente uma preocupação, porque o País avançou muito na universalização das políticas, no acesso, na garantia de serviços, de programas e de ações, e agora essas ações precisam ser qualificadas para assegurar que cada uma das crianças tenham o seu direito respeitado a partir da sua individualidade, a partir da sua identidade, a partir das suas necessidades, enfim, a partir da sua visão. Nesse sentido, quero dizer que, em discussão com a sociedade brasileira, o UNICEF no Brasil apostou nessas 3 grandes plataformas de ação – no semiárido Maio de 2010 brasileiro, na Amazônia e nas comunidades populares dos centros urbanos – para chegar a cada uma das crianças; para que cada criança, especialmente aquelas que são excluídas, participem da universalização dos direitos, não apenas acessando uma política, mas acessando uma política que respeite a sua identidade – negra, indígena, do Norte, do Sul, da Amazônia, do semiárido. O respeito a essa condição peculiar de cada uma das crianças é preciso neste momento. É necessário mudar um pouco a perspectiva. Obviamente continuar avançando na universalização, mas aprofundar a questão do direito de cada uma das crianças. Nesse sentido, vejo que é muito importante que nós, nesse desafio, fortaleçamos os mecanismos de proteção, defesa e garantia dos direitos. E aqui eu gostaria de falar especialmente de uma conversa que começamos ontem com os adolescentes. E quero cumprimentar o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o CONANDA, por possibilitar a presença dos adolescentes aqui, que estão neste momento no Anexo IV, no subsolo, fazendo as suas discussões, para preparar um documento para apresentar amanhã aqui. O CONANDA cumpre o seu papel de trazer os adolescentes como atores válidos, importantes, com uma voz, com uma contribuição. E, para isso, eu acho que diálogo do CONANDA com os diferentes setores vai levar a um importante fortalecimento do CONANDA. Eu acho que o CONANDA precisa de uma estrutura importante, de condições para coordenar isso que está sendo proposto, um plano decenal que vá além das ações do Governo, que se transforme num plano do Estado brasileiro, para fazer com que o direito da criança e do adolescente seja respeitado para cada criança e para cada adolescente. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Muito obrigado, Sr. Mário. Concedo a palavra ao Sr. Veet Vivarta, que representa a ANDI. O SR. VEET VIVARTA – Muito obrigado, Deputado. Cumprimento a Mesa e os colegas aqui presentes. Tivemos algumas falas que se aprofundaram nessa reflexão mais geral sobre o avanço em relação à garantia e promoção dos direitos, nesses 20 anos. E eu vou tomar a liberdade, então, de setorizar um pouco, usar esses 35 minutos que me foram concedidos... (Risos.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Agora é só a saudação. Depois, o senhor terá o tempo que precisar. (Risos.) O SR. VEET VIVARTA – Os 5. Então, vou usar 5 minutos para focar num tema que considero funda- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mental no momento em que fazemos essa reflexão sobre os 19 anos do ECA e os 20 da Convenção, em um espaço tão fundamental como esse do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados. Eu creio que, 20 anos depois da Convenção e 19 anos depois do ECA, já é possível falar da prioridade de determinadas questões que, há 2 décadas, talvez todos nós tivéssemos que concordar que deveriam ficar em segundo plano. Mas acho que hoje em dia não cabe mais, no País que nós temos atualmente, continuar considerando que os direitos das crianças e dos adolescentes relacionados ao campo da comunicação sejam considerados direitos secundários ou direitos de segunda classe. Então, eu aproveito esses minutos de fama para convocar para uma reflexão mais aprofundada em relação a esse campo tão fundamental. Sabemos hoje que os meios de comunicação são talvez a principal fonte de socialização de crianças e adolescentes. Os estudos mostram que, incrivelmente, mais do que a família, mais do que as escolas, mais do que as igrejas, os meios de comunicação estão hoje desempenhando um forte papel no processo de socialização das novas gerações. E lamentavelmente todos nós ainda continuamos pensando que não devemos dar tanta importância a esses temas em comparação a outros. Nessa disputa de agendas, eu acho que não podemos mais ignorar a influência e a importância tanto de valorizar o papel positivo dos meios de comunicação quanto os problemas que podem ser causados por uma relação não mediada, não qualificada das crianças com esses conteúdos. E eu me refiro especificamente ao tema da publicidade, que foi foco, na semana passada, de um debate e de uma disputa, nesta Câmara dos Deputados, onde nós, dos direitos da criança, tomamos uma goleada. Fomos derrotados sem, ao menos, ter condições de levar um debate técnico à frente. Os interesses do mercado estavam tão bem estruturados e tão bem colocados, que não houve espaço para o avanço. É importante dizer isso, porque esse processo ainda está ocorrendo, não se encerrou na Comissão de Assuntos Econômicos. Há novas etapas. Mas não podemos esquecer que esse mesmo Congresso fez uma luta muito valiosa pelo FUNDEB, entendendo que a criança em fase pré-escolar merece toda a atenção. E não possamos esquecer que os países que avançaram nas garantias democráticas e na defesa e promoção dos direitos da criança e do adolescente, que são exemplos para nós em tantos elementos, em tantos aspectos, esses países já consolidaram leis de proteção à criança e ao adolescente em relação ao conteúdo da publicidade. Até 12 anos de idade, é crime, em vários países, entrar com mensagens de convencimento para Terça-feira 18 21313 um ser que ainda está em formação e não tem proteção em relação àquele tipo de conteúdo. Então, eu aproveitei aqui esses poucos minutos intencionalmente para chamar a atenção para o fato de que, com o alcance que têm hoje os meios de comunicação, com as novas formas, as novas tecnologias, alcançando cada criança deste País, inclusive pelas meritórias políticas de inclusão digital, pelo alcance da televisão e de outros meios, nós não podemos negar a relevância de estarmos protegendo as nossas crianças e buscando uma formação de cidadãos e não meramente de consumidores, que é o que acaba acontecendo. Isso não é uma demonização dos meios, isso não significa uma campanha contra os meios de forma alguma. Reconhecemos, a cada passo, a importância da contribuição dos meios de comunicação para o avanço dos direitos da criança neste País, mas há limites que precisam ser respeitados. E, repito, nós temos exemplos internacionais de países que avançaram, dentro de um processo democrático e hoje conseguiram equilibrar esse cenário. Fica aqui, então, esta defesa e também o pleito para que este Congresso possa dar mais atenção a esse debate e possa, na próxima etapa, na próxima Comissão, reverter esse quadro que foi realmente muito negativo para aquelas crianças e adolescentes que são o futuro do País. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Obrigado, Sr. Veet Vivarta. Concedo a palavra a José Antônio Moroni, representante do INESC. O SR. JOSÉ ANTÔNIO MORONI – Boa tarde a todos. A Cleo, que está aqui do meu lado, disse que eu tenho que falar sobre o projeto. Como ela é uma mulher muito brava, eu não vou desobedecer. Então, eu vou falar sobre o projeto, porque, senão, ela briga comigo depois. Eu sou do INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos, que é uma organização da sociedade civil, que está comemorando 30 anos de existência. O INESC foi criado por uma mulher, a Bizeh Jaime, exilada, que retorna ao Brasil ainda antes da anistia. Fica 15 meses escondida em um hospital aqui em Brasília, para que a ditadura militar não a prendesse, e, nesse processo de discussão da lei da anistia, ela cria também o INESC, dentro de uma ideia, de uma concepção de que o direito à participação não se restringe às vias tradicionais de se fazer política, como os partidos políticos, por exemplo, nem se restringem unicamente à questão dos momentos das eleições – momentos importantes, não resta dúvida, mas o direito à participação política é muito mais do que simples- 21314 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mente votar e ser votado. Então, ela cria o INESC já dentro dessa perspectiva. O INESC começa a atuar na questão da criança e do adolescente a partir de 1991. Desenvolve toda uma metodologia, principalmente no que chamamos do orçamento criança e adolescente. E acompanhamos muito a questão do debate da questão da criança aqui no Parlamento. Desde o ano passado, em parceria com o UNICEF, CONANDA, ANDI, Fórum DCA e a Frente Parlamentar, nós estamos executando um projeto, que é Criança e Adolescente no Parlamento. O INESC é o executor desse projeto, mas todas as ações do projeto são discutidas no âmbito de um comitê gestor, que é formado por todas essas organizações. Esse seminário e a atividade por parte da manhã também integram esse projeto. A estratégia principal do projeto tem um foco centrado na questão do Parlamento. Primeiro, de tentar reconstruir a agenda nacional dos direitos da criança e do adolescente, tendo entendimento de que o Parlamento é o espaço do debate público. Portanto, o Parlamento tem um papel, ainda, a ser cumprido e a cumprir na questão da efetivação dos direitos da criança e do adolescente. Também é objetivo principal do projeto que o espaço privilegiado, vamos dizer assim, para esse debate, é o CONANDA. Ele deve ser o vetor do debate. O projeto tem como estratégia o fortalecimento do CONANDA como espaço público que criamos na década de 90, como espaço privilegiado do debate sobre a efetivação dos direitos da criança e do adolescente. Tanto no debate interno ao Estado brasileiro, aqui falando dos Três Poderes em todas as esferas do Governo, Federal, Estadual e Municipal, quanto da própria sociedade civil. Logo, o projeto tem como estratégia a questão do fortalecimento do CONANDA como interlocutor privilegiado no debate sobre os direitos da criança e do adolescente. Também existe um site, um banco de dados, que traz o acompanhamento de todos os projetos legislativos que, dizem, impacta o direito das crianças e do adolescente. Fizemos uma brincadeira, embora tenham Deputados presentes, que tinha de classificar os projetos entre os que avançam nos direitos da criança e do adolescente, os que retiram direitos e os que nem fedem nem cheiram. (Risos.) É uma classificação que estamos fazendo, de todos os projetos, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal, para a sociedade poder acompanhar e interferir na agenda do Parlamento. Maio de 2010 No site, esse banco de dados tem uma coisa interessante porque permite o acompanhamento. Quando o projeto sai da Câmara dos Deputados e vai para Senado Federal, às vezes, temos dificuldade até de localizar se é o mesmo ou não. Portanto, o site permite isso e o inverso também. O INESC, executor desse projeto, compõe, junto com essas outras organizações, o conselho gestor. Outra questão importante: esse mesmo trabalho que estamos fazendo em âmbito federal, do fortalecimento do CONANDA com esse interlocutor, deve ser feito também nos Estados para o fortalecimento dos conselhos estaduais e nos municípios para o fortalecimento dos conselhos municipais. Fizemos um esforço danado para a criação desse sistema que acabou sendo, de certa forma, um laboratório para outras políticas públicas. Infelizmente, não conseguimos ainda criar esses instrumentos de participação na política econômica, mas acho que, como há várias pessoas presentes dos conselhos estaduais e municipais, também devem pensar, nos Estados e Municípios, como fortalecer os conselhos como espaço dessa interlocução, tanto com o Estado quanto com a sociedade. Criamos esses instrumentos importantes de participação. Temos que dar vida a eles. Não pode se tornar como boa parte são, quase como órgãos administrativos e burocráticos. Os conselhos são espaços essencialmente políticos, e nós precisamos fazer essa disputa para retomar os conselhos como espaço do debate político. Portanto, de construção de agenda política, de agenda pública. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Muito obrigado José Antônio Moroni. A publicação a que o José se refere é Criança e Adolescente: Prioridade do Parlamento, com editorial do mês de setembro Políticas Públicas para a Infância e a Adolescência precisam avançar. Passo a palavra à Iolete Silva, do Fórum Nacional DCA. A SRA. IOLETE RIBEIRO DA SILVA – Boa tarde. Meus cumprimentos a todos. Em primeiro lugar, parte desse projeto representa um avanço importante na forma de incidência, inclusive da sociedade civil no acompanhamento das propostas legislativas. Acho que representa muito mais do que isso: uma possibilidade de organização, de reinvenção de novas formas de incidência, tão necessárias para as mudanças de cenário. Hoje temos cenários muito desafiadores, com muitos desafios, para a manutenção e ampliação dos direitos de crianças e adolescentes. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Acompanhando a pauta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, vimos vários projetos que propõem redução de direitos, em contraponto com um número muito menor de projetos que propõem a ampliação desses direitos. Entendemos que, como organização e coalizão da sociedade civil, é muito importante reinventar novas formas de atuar. Esses novos cenários vão trazendo, então, esses novos desafios. O Fórum Nacional DCA reúne em torno de 60 entidades nacionais de defesa dos direitos da criança e do adolescente, 27 fóruns estaduais. Algumas das entidades filiadas estão aqui hoje, como é o caso do INESC, executor desse projeto. Temos o desafio de fazer avançar esse trabalho, dar continuidade, por ser um trabalho que tem um cenário grande de atuação pela frente e, principalmente, de ampliar e fortalecer essa participação de forma protagônica de todos os atores. É importante destacarmos também esse cenário atual, no qual observamos muitas vezes criminalização dos movimentos sociais, propostas criminalizantes, como sendo as saídas apontadas para a resolução de problemas sociais. Esses desafios são intensos porque precisamos aprofundar também um debate conceitual. Não basta somente haver uma pauta reivindicativa. Precisamos aprofundar as reflexões para poder discutir qual é a imagem de infância, de adolescência presente nas nossas políticas. Pensando um pouco no tema do seminário, que comemora os 19 anos do ECA e 20 anos da Convenção, é importante destacar a necessidade de o Brasil agir. E aí falo para a Carmen entregar o relatório do Governo, porque isso é importante para a militância da sociedade civil, que já fez o seu relatório alternativo, para ampliar a discussão da garantia dos direitos propostos pela Convenção. Entendemos que essa é uma demonstração do compromisso do Governo com a garantia de direitos. Estamos na expectativa de que isso aconteça o mais breve possível. Parabenizo o INESC, em nome do Fórum DCA, que é membro do comitê gestor. Esse projeto tem vários avanços e aspectos positivos em todas as ações desenvolvidas no curto espaço de tempo que está em desenvolvimento. Mas temos que avançar e continuar esse tipo de incidência de acompanhamento do Parlamento, porque os desafios ainda são inúmeros. Destaco a importância do que o Moroni disse: ampliação dessa forma de organização e acompanhamento para os outros níveis, para os Estados e Municípios, como forma importante de participação e contribuição de todos. Obrigada. (Palmas.) Terça-feira 18 21315 O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Obrigado, Iolete Silva. O Deputado Paulo Henrique Lustosa pede para falar agora, porque deve se deslocar para o Auditório Freitas Nobre, onde vai ter um debate com as crianças e os adolescentes. Com a palavra o Deputado Paulo Henrique Lustosa. O SR. DEPUTADO PAULO HENRIQUE LUSTOSA – Obrigado, Sr. Presidente. Boa tarde a todos. Aos presentes no período da manhã, é um prazer revê-los. Vou ser bem breve, já que é abertura. Uma das coisas de que mais gosto de ouvir quando conversamos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente é que o pessoal que antagoniza o Estatuto começa a falar assim: “O Estatuto é muito bom, mas é muito avançado para o Brasil”. E aí digo que fico com uma inveja boa dos legisladores que elaboraram esse Estatuto. Pensaram uma lei que vai comemorar quase 20 anos de idade, portanto duas décadas – quando começou ninguém sabia o que era telefone celular, não existia Internet, não existia um monte de coisas que vimos hoje – ,e continua muito avançada para o Brasil. Às vezes, eu me pergunto se nós é que não somos muito atrasados para o Brasil. Vamos enfrentar um desafio ao entrarmos nessas comemorações, preparando o vigésimo aniversário do Estatuto. Será que somos capazes de propor mais não somente na lei, mas também no plano nacional, que está sendo construído na Conferência do CONANDA, nas discussões, uma agenda que daqui a 20 anos as pessoas digam que fizemos um projeto muito avançado para o Brasil? Se conseguirmos fazer um projeto que chegue a 2030 e continuarmos sendo acusados de muito avançados, já prestamos um grande serviço a este País. O Veet falou sobre o direito à comunicação, os direitos difusos, as questões ambiental e do direito à participação, que nós estamos abrindo espaço. Esses temas foram abordados, lógico, pelo Estatuto há 20 anos. Mas foram abordados de forma tangencial, porque tínhamos direitos mais objetivos para serem garantidos e pelos quais tínhamos que brigar e vínhamos brigando ao longo destes 20 anos e continuaremos brigando. Como a Carla disse hoje, pela manhã, são frequentes no Congresso os projetos que retrocedem às normas de 25 anos atrás. Lanço o desafio a todos nós que estamos agora comemorando os 20 anos da Convenção Internacional e comemorando os 19 anos e nos organizando para os 20 anos do ECA: vamos pensar um estatuto para 21316 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a criança e o adolescente de 2030. E vamos começar a propor isso, colocar como pauta, como ideia, para que possamos, daqui a 20 anos, ser mais uma vez acusados de trazer propostas muito avançadas para o Brasil, porque por mais avançados que consigamos ser para este País ainda não é suficiente para os avanços que precisamos dar às nossas crianças e aos nossos adolescentes. Bom trabalho a todos. Preciso para participar de um debate com as crianças e adolescentes no Auditório Freitas Nobre. Muito obrigado e boa sorte a todos neste seminário. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Deputado Paulo Henrique, tenho uma tese: quando se diz que vai ser breve, nunca é breve. Eu pensei que Paulo Henrique pudesse refutar, mas continua de pé. Quando dizem que vão ser breves, nunca serão breves. É melhor nem falar isso. (Risos.) Com a palavra a Sra. Ludmilla Rodrigues, do Projeto Onda. A SRA. LUDMILLA SANTOS DE CARVALHO RODRIGUES – Boa tarde a todos. Represento o Projeto Onda e a KNH. Eu quero pedir desculpas, pois estou muito nervosa, porque é o primeiro seminário de que participo e é a primeira vez que defendo os meus direitos. (Palmas.) O Estatuto da Criança e do Adolescente abrange tudo o que meninos e meninas esperam de um Brasil justo, democrático, especialmente um Brasil de juventude, onde os jovens possam tornar sonhos de um presente injusto, uma realidade de direitos cumpridos. Nossa juventude não espera somente palavras, promessas. Esperamos ações para o início de um país onde crianças e adolescentes possam dizer: Nós temos direito de ter direitos e de reivindicá-los quando preciso. O ECA foi conquistado por meio de muita luta. Não queremos perder tantos anos de luta. Crianças envolvidas morreram antes de ver seus direitos concretizados, foram meninas e meninos sonhadores. Desconhecendo os seus direitos, crianças e adolescentes perdem a sua infância e uma juventude mais justa e digna. Eu, como todos os jovens, não abrimos mão do ECA nem dos nossos direitos assegurados por ele. Somos radicalmente contra a maioridade penal e a redução também. Quero dizer, em especial, que se for aprovada a maioridade penal muitas crianças que lutaram até a morte, com muita garra, vão perder um de seus direitos: o ECA. Quero passar a mensagem de que não queremos um futuro de direitos cumpridos e, sim, o presen- Maio de 2010 te. Queremos melhor educação e saúde agora. Não queremos ser o futuro, mas queremos ser o presente. Direitos hoje e não amanhã. Muito obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Obrigado, Ludmilla. Com a palavra a Ana Cláudia Lustosa, do Plenarinho. A SRA. ANA CLÁUDIA LUSTOSA – Boa tarde. É um prazer para o Plenarinho participar deste seminário. Não sei se todos conhecem, mas o Plenarinho é o site infantil da Câmara dos Deputados. Pedi para deixar o site aberto, não dá para explorá-lo agora, mas depois vocês poderão fazer isso. Depois de ouvir todos, penso que o Plenarinho talvez seja uma tentativa de traduzir tudo o que defendemos, acreditamos e tentamos construir em termos de direitos da infância e da adolescência. Reunimos todos esses assuntos que vêm sendo discutidos e todas essas pautas, que são fundamentais, que tratam da infância e da adolescência para tentar transformá-los numa linguagem fácil e interessante. Com isso, tentamos cumprir a nossa missão, que é difícil, de promover uma educação para a cidadania. Acreditamos que, quanto mais cedo ensinar as crianças e trabalhar com elas seus direitos e deveres, estaremos construindo melhores cidadãos para um futuro de eleitores e de defensores de seus próprios direitos. Essa é a nossa missão. Nós, no Legislativo, na Câmara dos Deputados, estamos perto de tudo que acontece e tentamos tratar cada um desses assuntos. Na nossa página, tratamos da Lei da Adoção, da Conferência dos Direitos da Infância e da Adolescência, de alimentação. Procuramos dar conta do que está acontecendo aqui. Entendemos que, se o educador, aquele que está próximo da criança, que dialoga com ela e está na pontinha desse trabalho, puder fazer uso do que construímos aqui dentro, que, de alguma maneira, fica aprisionado no site, poderemos alcançar esse objetivo. Nós pretendemos – pode ser muita pretensão – ser um instrumento educativo, de alguma forma, com os nossos textos, as nossas animações e as nossas revistinhas. Que os professores, as crianças ou mesmo as pessoas que coordenam instituições que trabalham com a infância e a adolescência possam fazer uso de tudo que está disponível para todos. Nós entendemos que, se todos esses direitos e essas conquistas forem traduzidos para as crianças e discutidos com a área da infância e adolescência, vamos consolidar isso de uma maneira muito mais saudável, muito mais próxima de quem é o nosso público-alvo. Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Para nós é fantástica a oportunidade de falar aqui com tantas pessoas que trabalham com a infância e a adolescência. Agradecemos pela oportunidade de falar um pouquinho do Plenarinho. Estamos à disposição de todos, como instrumento e espaço para discussões de tudo que diz respeito à infância e à adolescência. Muito obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Com a palavra a Sra. Tiana Sento-Sé, do CONANDA. A SRA. TIANA SENTO-SÉ – Boa tarde a todos. Cumprimento a Mesa, o Deputado Luiz Couto e todos os presentes. Vou tentar cumprir o tempo direitinho e, quem sabe, ser rápida. É importante ressaltar quanto o CONANDA se sente feliz cumprindo um papel importante, à medida que financia com o Fundo da Infância o Projeto Criança e Adolescente no Parlamento e este evento, trazendo todos esses adolescentes e até algumas crianças para participar, para discutir e para, de fato, cada vez mais, cumprir seu papel na defesa e garantia de direitos. Para nós, isso é muito bom. É muito bom ver os conselhos de direitos e os fóruns aqui representados, especialmente, para fortalecer esse diálogo com o Legislativo, um diálogo extremamente importante. Na verdade, às vezes, discutimos no CONANDA projetos de lei de que dizemos: “Meu Deus do céu!” Mas, às vezes, esses projetos podem, em vez de contribuir para o fortalecimento, por exemplo, do Sistema de Garantia de Direitos, como a Agência Nacional, criar uma duplicidade que não vai ajudar. Então, precisamos cada vez mais fortalecer essas relações e esse diálogo, que já vem sendo feito, em especial, com a Frente Parlamentar e com a Comissão de Direitos Humanos. O CONANDA é esse espaço de deliberação da política e tem cumprido esse papel de forma até bastante exaustiva. Cada resolução que o CONANDA constrói é um tempo de discussão, de muita discussão, por conta da nossa responsabilidade com o que vamos deliberar e com o que vamos propor. Nesse contexto de 20 anos de Convenção e de 19 anos do Estatuto, é importante reforçarmos essa instância de participação da sociedade civil. Nas décadas de 80 e 90, o Bené, o Mário Volpi e eu éramos protagonistas e estávamos trabalhando, cada um no seu espaço, no Rio de Janeiro. Como disse o Deputado Paulo Lustosa, não havia fax nem celular, apenas o Correios. E quando chegava aquele monte de documento para levarmos aos Estados para discutir e distribuir entre os municípios, não havia essa história de dizer: “Manda por e-mail que a gente discute”. Terça-feira 18 21317 Não. Também não havia tanto recurso para fazer mobilização, articulação. Mas tivemos um bom resultado. Tivemos um resultado tão bom que, 19 anos depois, estamos aqui dizendo que ele ainda é vanguarda. Tenho certeza de que teremos um excelente resultado, porque, de certa forma e num outro momento, estamos revivendo todo esse processo, agora com as conferências. Esta conferência traz uma discussão de 5 eixos extremamente importantes para a política nacional da infância e da adolescência e busca subsídios para a construção de um plano decenal. Essa política e esse plano estão sendo construídos nos municípios com participação da meninada, a partir dos conselhos municipais, com participação dos conselhos tutelares, do Judiciário, do Legislativo e dos conselhos estaduais. É dessa forma que esses subsídios e as deliberações tiradas nos seus Estados e nos municípios chegarão ao Conselho Nacional. Em dezembro, mais uma vez, vamos exercitar essa nossa democracia participativa, deliberando linhas e teses para a construção dessa política, a qual se propõe ser construída a partir desses subsídios que voltam para uma consulta pública, para deliberação do CONANDA. Então, Parlamentares e o Executivo têm papel importante, em especial, os Parlamentares, que ajudam, definem e votam o Orçamento, para que essa política deliberada se concretize e, então, transformese numa política de Estado, não numa política deste ou daquele governo. Creio que estamos, sim, avançando no cumprimento da Convenção e do Estatuto. Muitas resoluções e muitas deliberações já foram feitas ao longo dos anos. Temos o SINASE e o PL do SINASE, que precisa ser votado, temos a Lei de Adoção, que já foi votada, temos o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, temos a Política de Abrigo, entre outras, e temos a deliberação acerca do Fundo para Infância, que já foi votado e está em vias de ser publicado. Temos uma série de avanços, sim. Sou otimista. Acho que avançamos e, no balanço de todas essas ações, vamos chegar ao ponto de parar de ser pessimistas e dizer que não aconteceu. Mudar a cultura é muito diferente, mudar a forma de ver o mundo das pessoas é muito diferente. Esse é um dos nossos trabalhos: mudar a sociedade, mudar a estrutura. Mudar a sociedade na sua estrutura é muito difícil. Não é fácil. Essa tarefa ainda leva algum tempo, mas nós não desistiremos. Com certeza, espero que, em dezembro, nós nos vejamos de novo e possamos contar com esta Casa para que a Política Nacional da Infância e Adolescência e o Plano Decenal virem realidade. (Palmas.) 21318 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Couto) – Apostei para que a Tiana pudesse refutar a minha tese, mas ela continua de pé. (Risos.) Você começou às 15h55, ultrapassou 2 minutos. (Risos.) Então, continua a tese. Como ela não usou o termo “serei breve”, mas “vou cumprir o tempo”, o tempo não parou ainda. Pela informação que recebi, este evento também está sendo transmitido pelo www.twitter.com/cdhcamara. Agora teremos de parar e ir para o Auditório Nereu, onde há um cafezinho. Então, vamos para a merenda, para o coffee break. Ariano Suassuna diz: “Onde há coffee break eu não vou. Vou se tiver merenda ou lanche”. Vamos parar por 10 minutos. Depois, retornarmos. (Pausa.) O SR. COORDENADOR (Mário Volpi) – Convido o Deputado Pedro Wilson para compor a Mesa. Vamos começar o debate 20 Anos de Direitos – Balanço de uma Trajetória. Convido para compor a Mesa Flávia Betoni Garcia, da ANCED – Associação Nacional dos Centros de Defesa; Salomão Ximenes, da Ação Educativa; Benedito Rodrigues dos Santos, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, e Carmen Oliveira, da Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente. (Pausa.) Vamos dar início a esta mesa de avaliação da trajetória dos 20 anos da Convenção e dos 19 anos do Estatuto. Propomos o tempo de 15 minutos para cada palestrante. Ao final, abriremos a palavra ao público para que façam intervenções. Neste momento peço a colaboração de todos os participantes. A ideia é de que nós nos concentremos em avaliar os avanços que obtivemos na implementação desse conjunto de direitos da criança e do adolescente e identificar os desafios para os próximos anos. A Carmen Oliveira falará inicialmente sobre a visão da Subsecretaria sobre a evolução dos 20 anos de direitos. Depois passaremos a palavra para o Salomão, em seguida ao Deputado Pedro Wilson, depois ao Benedito Rodrigues e a Flávia. Com a palavra a Sra. Carmen Oliveira. A SRA. CARMEN SILVEIRA DE OLIVEIRA – Eu queria esclarecer que esta fala não se refere apenas à reflexão feita no âmbito da SPDCA, da Subsecretaria dos Direitos da Criança e do Adolescente, mas também no CONANDA. Em especial, num exercício de análise que a Malu, no ano passado, quando presidia o CONANDA, e eu, como subsecretária, produzimos a 4 mãos. Trata‑se de um balanço dos 18 anos de implementação do ECA em artigo divulgado na revista de direitos humanos que a SEDH publica e está, portanto, no primeiro número de dezembro do ano passado. Um Maio de 2010 artigo que chamamos da maioridade dos direitos da criança e do adolescente. Como vimos pela manhã, o Brasil antecipou os princípios da convenção tanto na Carta constitucional quanto no próprio Estatuto da Criança e do Adolescente. Isso fez com que um jurista argentino, que hoje é Deputado e constitui a Frente Parlamentar pela Criança na Argentina, Emílio Mendez, dissesse, numa análise, que o Brasil conseguiu diminuir o que ele chama de esquizofrenia jurídica. Ou seja, vários países, quase que a maioria, em especial na América Latina, conviveram com a vigência de 2 marcos, a convenção e a velha lei, regulando a mesma matéria muitas vezes de forma antagônico. Então, nós nos livramos dessa esquizofrenia jurídica, mas a bem da verdade uma coisa é uma nova lei, promulgada, desativar a velha lei; outra, é nós desativarmos a velha lei nas nossas cabeças, nas nossas vidas. Isso leva bem mais tempo. Experimentamos a dificuldade de haver uma legislação mais avançada do que as possibilidades imediatas da sua implementação. Ou seja, essa tradicional distância que o poeta chama da distância entre a intenção e o gesto. Enquanto peculiaridades da implementação do Brasil, eu citaria o primeiro, talvez o grande desafio naquele momento, que foi transformar um Estado conhecido como potencial violador dos direitos humanos, em geral, e também de crianças e adolescentes, num Estado garantidor desses direitos. Cabe lembrar que nessa primeira década de implementação do Estatuto, nos anos 90, nós tínhamos uma democracia ainda na sua primeira infância, coincidindo com a concepção de um Estado cuja lógica era neoliberal, de Estado mínimo, herdada de gestões anteriores e continuada nesta década. Portanto, saímos dos anos 90 com o desafio de enfrentar o desmantelamento da máquina pública. Como gestora, e talvez vários de vocês, em âmbitos estadual e municipal, sabem das dificuldades de herdar uma máquina pública sucateada. Não queria, enfim, usar esse argumento como defesa, até porque não me senti atacada, mas quero lembrar que o Brasil teve um atraso de 13 anos para entrega do seu primeiro relatório da Convenção. E nós entregaremos esse relatório com atraso de 1 ano. Quer dizer, já é um avanço, considerando o que temos como estrutura herdada e desmantelada. Outro desafio que o Brasil teve e que nos coloca numa condição peculiar, já referido hoje de manhã, é essa imensa população de crianças e adolescentes, numa proporção, inclusive, bastante diferente para a maioria dos países que têm população mais envelhecida. Mesmo que estejamos caminhando para isso, Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS na verdade, nas últimas décadas, essa não era a realidade. São 62 milhões de crianças e adolescentes, num contexto de acentuadas desigualdades, não apenas sociais, de classe social, mas também regionais importantes, num país que ficou boa parte do seu tempo pensando no seu centro, nas regiões sulistas, de uma das quais eu venho. Isso fez então com que convivêssemos com uma estrutura política historicamente centralizada, tudo se definindo nas capitais, especialmente na Capital Federal, com os desafios de construir uma política nacional por meio de um pacto federativo. Lembro que o Brasil também tem essa peculiaridade, não apenas de ser um dos raros países que tem caráter federado, mas também de ser o único do planeta Terra que tem o município como autônomo, com autonomia administrativa. Então, temos os desafios de implantar uma política nacional que necessariamente seja de baixo para cima. Por outro lado, pela história anterior do Brasil, temos o desafio de inscrever a política da infância e da adolescência no marco dos direitos humanos. Isso porque houve até então, a partir da vigência do Estatuto, centralidade na assistência social. E nós temos o desafio de fazer esse descentramento, o que eu chamo de desfiliação da assistência social em favor da necessária intersetorialidade. Portanto, preconizo a ideia de uma política da infância e da adolescência mestiça, misturada com essas áreas e esses setores. Alguns destaques dessa implementação, como balanço. O sistema de garantia de direitos, tendo como base a concepção bastante inovadora de conselhos municipais e de conselhos tutelares, muito embora não tenhamos conseguido ainda a sua universalização. São 92% de conselhos municipais, 88% de conselhos tutelares, mais algumas novas iniciativas. Inclusive, o Bené coordena um programa que faz esse investimento na Secretaria: a criação das escolas de conselho nos Estados, incluindo o ensino a distância, um novo CIPIA para os conselhos tutelares, que já começa a ser implementado neste último semestre, e o próprio CONANDA, na sua iniciativa de, por meio de um novo portal, fazer melhor a sua articulação com os seus pares de trabalho, que são os conselhos estaduais e municipais. O Judiciário ainda não conseguiu fazer a sua descentralização, a sua especialização. Levantamento do ano passado demonstrou que apenas um terço das comarcas de grandes Municípios tem varas especializadas, muito embora o Conselho Nacional de Justiça Terça-feira 18 21319 trabalhe hoje num diagnóstico da situação, para criar parâmetros para essa criação descentralizada. Hoje, temos também no mínimo 3 associações fortes de juízes da infância e da adolescência em atuação no País, como ABMP, ABRAMINJ e a AMB, além da própria atuação mais recente nessa área do Conselho Nacional de Justiça. Hoje, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos e o CONANDA, com seus 2 orçamentos, fortalecem 9 fóruns que trabalham com a defesa dos direitos da criança e do adolescente, como o Fórum DCA; o Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil, o do Enfrentamento à Violência Sexual; o FONACRIAD, que é o mais antigo de dirigentes estaduais; o Fórum Nacional da Justiça Juvenil, criado no ano passado; a Rede Nacional de Defesa, também uma rede recente, criada no ano passado; centros de defesa, defensorias, associações de familiares, um grupo de trabalho que teve importante papel na elaboração do Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária e a própria rede de enfrentamento do tema crianças e adolescentes desaparecidos. Destaco, como resultado de toda essa mobilização, o fato de que o Brasil conseguiu agora, numa forma mais recente, a menor desigualdade de renda dos seus últimos 25 anos: tivemos um aumento da expectativa de vida de mais de 6 anos para crianças nascidas no atual momento e não em 1990; tivemos uma redução de aproximadamente metade da mortalidade infantil, já estamos atingindo a quase universalização das crianças na escola, e houve a retirada de mais de 5 milhões de crianças e adolescentes do trabalho infantil. Situaria também o cenário mais recente da intensa mobilização coletiva para o enfrentamento de uma das violações mais colocadas embaixo do tapete nos últimos tempos: a exploração sexual. Hoje, o Brasil tem reconhecimento internacional por ter uma política nacional com essa construção coletiva. Houve novas políticas temáticas, das quais o CONANDA foi formulador, foi deliberador. Entre essas temáticas, estão trabalho infantil, violência sexual, convivência familiar e comunitária, medidas socioeducativas. Citaria também a experiência mais recente do Governo Federal com o trabalho intersetorial. Para todas essas políticas, temos hoje comissões intersetoriais reunindo áreas do Governo Federal, da sociedade civil e de organismos internacionais e a experiência, desde 2007, da Agenda Social, um investimento do Governo Federal em 4 grandes projetos, com orçamento de mais de 3 bilhões, para que tenhamos programas e ações trabalhando juntos para ganhar não apenas 21320 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mais escala, mas também para chegar aos territórios de abrangência. Nesse sentido, em agosto, foi lançado o Observatório Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que dá visibilidade às ações da agenda e pretende ser uma experiência inédita do Governo Federal no sentido de maior transparência, com vistas também a um maior controle social. Hoje, o observatório trabalha com a ideia já em transição de observadores juvenis, ou seja, observadores crianças e adolescentes que o alimentam com informações. São adolescentes que acompanham os convênios em execução por intermédio da agenda nos diferentes Estados, visitam os projetos, manifestam as suas impressões, trazem notícias dos seus Municípios e dos seus Estados. Para finalizar, quero chamar a atenção para os novos desafios que temos pela frente. Temos hoje cenários que não estavam postos, pelo menos não dessa forma, no início da década de 90, como os temas da drogadição, do envolvimento de crianças e adolescentes no narcotráfico e a própria pornografia infanto-juvenil na Internet, porque, como já lembramos, não existia essa tecnologia tempos atrás. Constituímos um know-how de trabalho, um instrumental diferenciado para trabalharmos esses novos cenários. Já havia lembrado, na minha fala inicial, que as violações dos direitos também estão presentes nas elites, como o estímulo dos filhos ao consumismo, muitas vezes um consumismo predatório do meio ambiente, e ao individualismo possessivo, ao individualismo segregador. Temos hoje dificuldades no diálogo de crianças e adolescentes de diferentes classes sociais, porque, cada vez mais, estamos segregados nas cidades, com ilhas de moradia, com ilhas de consumo. E há hoje novas gerações escravizadas por padrões tecnológicos e estéticos ditados pelas mídias – e o digo já concordando com o Dr. Vivarta quanto à importância de que incidamos na 1ª Conferência Nacional de Comunicação. Lembro também o que chamo de volúpia punitiva das elites, que banalizam o aprisionamento dos adolescentes, especialmente dos adolescentes pobres. E não só banalizam, como demandam essa criminalização. E ainda há a banalização que todos fazemos dos assassinatos dos adolescentes pobres, infelizmente, hoje considerados pela sociedade como matáveis. Há uma certa dupla perversa: aqueles que defendem o Estado social mínimo também são aqueles que defendem o Estado penal máximo. Maio de 2010 Gostaria de chamar atenção para o fato de que precisamos construir estratégias diferenciadas para chegarmos ao ambiente doméstico, que, muitas vezes, é o violador dos direitos da criança e do adolescente, como no caso do abuso sexual e dos castigos corporais, problemas que também colocamos embaixo do tapete, mas que correspondem a mais de 60% das denúncias que chegam no Disque 100, que é o disque nacional. Chamo atenção igualmente para a necessidade de maiores investimentos nos sistemas locais, especialmente nos Municípios de pequeno porte, que são a maioria no Brasil. (Palmas.) Até agora, estivemos focados nas Capitais e Regiões Metropolitanas, mas é preciso que pensemos em estratégias diferenciadas para os Municípios de pequeno porte, como estamos fazendo, por exemplo, com o PAIR, inicialmente idealizado para Municípios de médio e grande porte – estamos desenvolvendo uma metodologia específica para Municípios de menor tamanho. Precisamos também sair do movimento da infância e da adolescência e pensar a articulação desse movimento social com outros movimentos que se interessam igualmente pela promoção dos direitos da infância e da adolescência, como o movimento de mulheres, o movimento negro, o movimento relacionado às comunidades indígenas e outros. É preciso pensar que os empresários não são apenas os vilões ou os violadores. Eles podem ser parceiros potenciais para o avanço na garantia dos direitos – e chamo também atenção para o importante papel que as universidades têm nesse processo. A propósito, lembro que hoje é o Dia dos Professores. Finalizo, chamando atenção para a necessidade de sairmos da discussão interna de país. Num contexto globalizado, é importante pensarmos em cooperação internacional. É importante pensarmos numa globalização desde o aspecto solidário, especialmente na América Latina e na Cooperação Sul-Sul, uma das defesas que o Presidente Lula vem fazendo. É preciso que, nessa cooperação, possamos pensar também os intercâmbios culturais entre crianças e adolescentes de diferentes países e continentes. A experiência do UNICEF e ECPAT, no III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, mostrou a importância de se pensar redes transnacionais de gestores e sociedade civil, mas também redes transnacionais de crianças e adolescentes. Por último, Sr. Presidente, festejo o temário da VIII Conferência, com a política nacional e o plano decenal, que pode romper com os nossos próprios guetos – a Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS turma do trabalho infantil, a turma da violência sexual, a turma do sistema socioeducativo – ,para que pensemos nosso grande guarda-chuva, que é a política nacional, e também deixe de pensar pequeno, de uma forma mais imediata, num projeto de Governo para um projeto de década e um projeto de Estado. Gostaria de finalizar com uma fala do jurista português Boaventura de Souza Santos. Diz esse jurista que é hora, é momento de construir uma globalização de baixo para cima, ou seja, dos Municípios às Capitais, dos países emergentes para os ditos desenvolvidos e, diria eu, das gerações emergentes, também de baixo para cima, para que consigamos uma nova cultura em direitos humanos. Obrigada. (Palmas.) O SR. COORDENADOR (Mario Volpi) – Passo agora a palavra ao Sr. Salomão Ximenes, da Ação Educativa. O SR. SALOMÃO XIMENES – Boa tarde a todos. Quero, antes de tudo, parabenizar os organizadores: INESC, CONANDA, Secretaria Especial de Direitos Humanos e UNICEF, como também esta Comissão da Câmara que recebe este evento. Atualmente, venho atuando na Ação Educativa, organização situada em São Paulo, que trabalha com os temas do direito à educação, direitos da juventude e direitos culturais, digamos assim, com enfoque na periferia de São Paulo. Tenho também atuação no campo da infância. Durante certo tempo, fui advogado do Centro de Defesa de Criança do Estado do Ceará – CEDECA Ceará, e, em seguida, trabalhei na Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente, no projeto de monitoramento da implementação da Convenção dos Direitos da Criança no Brasil, tema que justamente se discute aqui, constante do relatório e do contrainforme da sociedade civil. Vou fazer basicamente duas considerações de caráter geral e levantar o que entendo que são 6 ordens de desafios. Não são desafios especificamente tratados, mas temas desafiantes para os próximos anos. A primeira coisa que quero dizer, na verdade, é que é bastante salutar que estejamos neste momento num evento que discute como primeiro ponto de pauta a Convenção sobre os Direitos da Criança. Isso é bastante salutar. Inclusive, acho que não foi erro do pessoal da Comissão de Direitos Humanos, mas, no material da Câmara, consta que o evento é sobre o Estatuto, não se cita a Convenção. Eu acho que isso é um indicador de como esse tema da convenção foi tratado no País. E, aí, por uma série de motivos, talvez o mais evidente deles seja o de que, quando a Convenção foi incorporada, digamos Terça-feira 18 21321 assim, ao Direito brasileiro, já tínhamos o Estatuto que contemplava boa parte dos princípios que lá estavam colocados. Diferentemente de outros países em que a Convenção inovou, aqui já se tinha inovado com a Constituição e com o Estatuto. Mas eu gostaria, sim, de registrar minha impressão, como militante do campo da infância durante algum tempo, de que esquecemos a Convenção. O texto da convenção foi praticamente desconsiderado por todos nós durante muito tempo, e, talvez, esse seja o indicador do porquê de o Estado brasileiro ter demorado nada menos do que 11 anos para entregar o seu primeiro relatório ao Comitê dos Direitos da Criança da ONU. O primeiro relatório deveria ter sido entregue em 1992, mas só o foi em 2003. É um pouco a expressão disso, de que durante muito tempo o próprio Estado desconsiderou essa instância de diálogo na implementação desses direitos. Então, é bastante salutar que o tema esteja sendo retomado e que se discuta o significado dessa convenção agora, passados 20 anos. Ainda nesse sentido, vou tentar contribuir com a Convenção, centrando-me mais nela, porque acho que o Estatuto terá a sua vez, quando completar os seus 20 anos. Apesar de o material aqui da Câmara dos Deputados dizer que o Estatuto completou 20 anos, ele só o fará no próximo ano, pelas nossas contas. Então, vou centrar-me mais nesse desafio de pensar um pouco a Convenção. Uma questão que durante muito tempo serviu para discussão jurídica estrita era sobre o caráter desse tipo de instrumento internacional, se significava texto constitucional, se era emenda constitucional, se tinha status de lei. Recentemente, numa decisão que alguns dos senhores devem ter acompanhado, o STF decidiu que os tratados internacionais de direitos humanos que não passaram pelo procedimento criado pela Emenda nº 45, o voto conforme emenda constitucional, eles não são emenda constitucional, mas também não são lei. O Supremo criou o termo “supralegal”, ou seja, não é constitucional, mas também não é lei. Isso se deu quando do caso da prisão civil por dívida em razão do depositário infiel. Decidiu o STF que deveria ser aplicado o Pacto de São José da Costa Rica, em detrimento da legislação brasileira, porque esse pacto internacional era superior a uma lei. Então, com essa formatação, é possível dizer que temos hoje no País um sistema jurídico legal de declaração e de proteção dos direitos da infância, que é constituído pela Constituição em nível mais alto, a Convenção, com os seus princípios, e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Talvez seja um desafio pensar esse conjunto de legislações de forma integrada enquanto sistema, e 21322 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS não somente o Estatuto da Criança e do Adolescente. É um desafio. Quem vem da área da infância sabe que aprendemos antes o que é o Estatuto e, somente depois, vamos ver o que é a Constituição. Isto é muito comum nos cursos de formação de lideranças populares no campo da infância: estuda-se o Estatuto, e a Constituição é desconsiderada. O desafio é pensar esse sistema de forma integrada e em que medida alguns princípios da Convenção podem inclusive fortalecer algumas teses constantes do Estatuto. Quero destacar 4 desses princípios. O primeiro é o da não discriminação. É o princípio interpretativo básico aplicável a toda legislação e ao Estatuto. Ele está no art. 2º da Convenção e é basilar de toda a interpretação – depois, vou falar um pouco a respeito. O segundo é o interesse superior da criança, que, no nosso caso, foi praticamente traduzido pelo princípio da prioridade absoluta. Mas não é só isso. É importante destacar que o interesse superior da criança é mais do que a prioridade absoluta. O interesse superior da criança envolve a prioridade absoluta, mas também o que se discutia aqui, a consideração do interesse. Parafraseando o Prof. Volpi, diria que o interesse de todas as crianças e de cada uma das crianças tem de ser considerado na tomada de decisões políticas legislativas, orçamentárias. Ele é mais do que a prioridade absoluta. O terceiro princípio fundamental é o da participação das crianças na tomada de decisão. Está relacionado a interesse superior, mas é um princípio autônomo na convenção e que não está tão claro no Estatuto. Ele menciona, mas isso precisa ser aprofundado. E o último, que basicamente é a estrutura do Estatuto da Criança e do Adolescente, é a ideia da proteção integral, a criança como sujeito de direitos, possuidora dos direitos gerais inerentes à pessoa humana e de direitos especiais decorrentes da sua condição de criança. São os 4 princípios que destaco como chaves de uma interpretação mais ampla de um sistema jurídico de proteção à infância no País e no mundo. Pensar isso de forma articulada é fundamental. Como o tempo é bastante curto, gostaria de pontuar o que entendo ser os 6 campos de desafios colocados na agenda para um próximo período. O primeiro deles é o fortalecimento do que chamamos, no Brasil, de sistema de garantias, do sistema de proteção, do sistema de promoção dos direitos da criança e do adolescente. Há todo um aspecto de fortalecimento do sistema interno que será discutido amanhã, inclusive, mas gostaria de me deter em 2 pontos. Em primeiro lugar, a questão do Comitê dos Direitos da Criança. A ANCED tem se posicionando nesse Maio de 2010 sentido. Não tenho mandato para falar em seu nome, e ela está aqui representada, mas é inadmissível que não respeitemos o calendário do Comitê, do ponto de vista de uma prestação de contas à sociedade civil mundial sobre a implementação dos direitos da criança no Brasil, atualmente. Tivemos um período de 11 anos sem a apresentação do relatório – isso deveria ter sido feito em 1992 e só o foi em 2003. O Comitê, inclusive, na recomendação expressa na única e última vez que o Brasil entregou seu relatório, em 2003, que, na próxima apresentação, que deveria ter se dado em 23 de outubro de 2007, deveriam ser entregues também o segundo, o terceiro e o quarto relatórios. Enfim, vai se apresentar um relatório integrado, porque não há como se entregar 3 relatórios, mas é uma forma de pontuar que há um débito e que nós precisamos, sociedade civil e Estado brasileiro – a sociedade civil tem feito sua parte – atualizar esse débito, que é grave, para com a sociedade brasileira internamente e também com a sociedade mundial. Aliás, vale dizer que o Brasil agora se coloca numa nova posição na sua política internacional, e esse é um péssimo indicador nesse contexto. Em segundo, é necessário debater o que o Comitê dos Direitos da Criança levanta em seu relatório e o que o Comitê DESC levanta em seu relatório: a necessidade da criação de uma instituição nacional de monitoramento de direitos humanos. Não vou me aprofundar nesse tema, mas o Comitê entende que nem a Secretaria de Direitos Humanos, nem o CONANDA e tampouco o Conselho de Defesa da Pessoa Humana cumprem os requisitos do Princípio de Paris, em termos de autonomia estatal e de capacidade quase jurisdicional de monitoramento. Então, há necessidade de discutirmos isso. Sei que há um projeto de lei em discussão no Congresso Nacional, mas esse é um ponto a ser discutido não somente pelas organizações do campo da infância, mas também pelas organizações de direitos humanos em geral. Aí, as organizações da infância precisam se articular num campo mais amplo de discussão de direitos humanos no País. Pontuo os demais princípios. O Comitê destacou a questão das “dramáticas” – entre aspas – desigualdades no País. Recentemente, o IPEA tem destacado que apesar da melhoria geral dos indicadores sociais do País, essa melhoria geral dos indicadores acontece mantendo-se a desigualdade nos diferentes aspectos, educacionais, de saúde, em termos de violência. Então, há uma melhoria de indicadores, mas não uma realização de justiça social em termos de Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS igualdade. Esse é um desafio fundamental que está colocado na Agenda. O terceiro foi citado pela Dra. Carmen Oliveira: a questão do federalismo e da dificuldade de coordenação e de enfrentar essas desigualdades num contexto complexo, como o brasileiro. No campo da educação, por exemplo, que é o campo em que tenho atuado mais proximamente nos últimos anos, isso é muito claro. É inadmissível, do ponto de vista de direitos humanos, que uma criança brasileira residente no interior do Ceará custe 5 vezes menos recursos públicos educacionais do que uma criança de um município da Grande São Paulo, por exemplo. Do ponto de vista de direitos humanos, isso é inadmissível, mas o federalismo brasileiro justifica esse tipo de desigualdade – e isso precisa ser enfrentado, precisa ser discutido. O quarto desafio é o da prioridade, de como materializar a prioridade. O INESC tem feito essa discussão a partir da temática orçamentária: como isso, por exemplo, materializa-se do ponto de vista orçamentário? Aí, há toda uma discussão sobre a DRU – a Desvinculação de Receitas da União, e também os contingenciamentos anuais de recursos voltados para a área da infância. Então, como essa prioridade se materializa do ponto de vista orçamentário? O quinto desafio é o que estou chamando de resistir ao desmonte do Estatuto da Criança e do Adolescente e das suas concepções mais amplas. Esse é um desafio fundamental que está colocado na Agenda. O fato de o Estatuto haver sido aprovado somente 2 anos após a Constituinte – portanto, aproveitou um momento histórico, anterior inclusive à queda do Muro de Berlim, um outro momento histórico –, fez com que nós conseguíssemos estabelecer, no Estatuto, um patamar superior de pretensões, de ideais, de direitos. E esse patamar superior, não à toa, foi criticado num momento histórico posterior, como foi ressaltado aqui pelo Deputado, como sendo um ideal inalcançável porque, na verdade, estava vinculado a um ideal democrático de Estado desmontado durante a década de 90. Então, a tendência que sofremos hoje, infelizmente, é de desmonte mesmo daquela pretensão de Estado de Direito do final da década de 80, no momento de Constituinte e de Estatuto. Esse processo de resistência que envolve as dezenas de projetos sobre a questão da idade penal, mas também um conjunto de outros direitos nos diferentes campos de proteção à infância, na educação, na saúde, na assistência, é uma agenda fundamental. Terça-feira 18 21323 E, para isso, é necessário o acompanhamento cotidiano do Legislativo. Por fim, o último desafio é aquele que pode ser entendido como um conflito entre o modelo de desenvolvimento e os direitos da criança. Acho que esse é um ponto fundamental que está colocado atualmente. O Plano Plurianual, eu estava lembrando aqui, previa duas vertentes: o PAC e a Agenda Social. Mas, em situações em que a Agenda Social conflita com o PAC, que o PAC conflita com a Agenda Social, o que prevalece no âmbito das políticas públicas? Em que medida o direito de cada criança está sendo considerado no atual modelo de desenvolvimento? Essa é uma preocupação fundamental. Temos acompanhado um conjunto de iniciativas vinculadas ao PAC, sobretudo as iniciativas no campo energético, como as grandes hidrelétricas. Em que medida o direito das crianças indígenas, das populações tradicionais afetadas por essas grandes obras está sendo considerado nesse processo? Em nome de que “interesse nacional” – entre aspas – defende-se isso e em que medidas essas pessoas estão sendo ouvidas e seus direitos estão sendo considerados enquanto cada criança é detentora de um direito fundamental inalienável? Então, em que medida esse conflito de um modelo de desenvolvimento, sessentista, baseado na expansão do consumo de energia, com o conjunto de reconhecimento de direitos de populações diferentemente consideradas, está sendo considerado por todos nós? E este é o último desafio. Encerro, agradecendo a oportunidade de participação e o convite. (Palmas.) O SR. COORDENADOR (Mario Volpi) – Muito obrigado. Com a palavra o Deputado Pedro Wilson. O SR. DEPUTADO PEDRO WILSON – Quero saudar o Dr. Mario Volpi e todos os componentes da mesa. Sejam bem-vindos à Casa do povo. Lamento não estarem aqui todos os Deputados. Mas a Comissão de Direitos Humanos e a Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente os saúdam e pede passagem nesse balanço. Oxalá não seja o balanço de criança que vai e vem, vai e vem e, às vezes, só fura na terra e não vai em frente. Minha intervenção será rápida – inclusive, vou colocar em prova a tese do Deputado Luiz Couto e procurar não ultrapassar o tempo concedido de 15 minutos. Por isso, registro que meu relógio marca 17h20min. Primeiro, foi importante, nesse balanço, a Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente. No Congresso e na sociedade, ela teve efeito positivo. 21324 Terça-feira 18 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Infelizmente, esse efeito positivo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal não ocorreu nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais, que poderiam, então, apoiar os conselhos e também as unidades de trabalho em defesa da criança e do adolescente e cobrar as políticas públicas. Há em curso aqui 2 debates. Um é no sentido de levar o Estatuto da Criança e do Adolescente à frente – e, na minha avaliação pessoal, se ele fosse votado hoje não seria aprovado. Vejam bem: depois de 19 anos, em vez de darmos um salto, recuaríamos. Quando acontece um crime que envolve criança ou adolescente, seja ele vítima, seja ele autor, e a mídia promove a espetacularização da notícia, logo vem uma enxurrada de projetos para rebaixar a idade penal, para criar barreiras mais exigentes de disciplina, de controle e de tudo o mais. Não vi um, nem entre os membros da Frente, que dissesse que devíamos responder e apontar para a necessidade de haver mais recursos para as políticas públicas. Não vi quem dissesse: “Vamos responder com mais recurso”. Porque sabemos só o ser humano, pela sua natureza, é capaz de explicar alguns crimes. Mas sabemos que o conjunto tem fundo social, tem fundo na sociedade. Há uma dificuldade imensa aqui. Vou dar 2 exemplos de projetos importantes. O primeiro é o que prevê que terras, casas e outros bens de traficante devem ser imediatamente transferidos para o Estado e destinados para políticas sociais. O outro determina que terras de quem pratica trabalho escravo ou exploração sexual de criança e adolescente sejam também imediatamente transferidas para o Estado. Se perguntarmos aos 513 Deputados sobre esses projetos, veremos que todos são a favor. Mas, na hora de votar, os projetos não andam, não vão à votação. Todo mundo, moralmente, condena o trabalho infantil, mas não vota... Sou formado em Sociologia e Direito e defendo a ideia de que muito mais do que a pena de reclusão, de detenção, deveria haver a pena pecuniária. Se houvesse, por exemplo, para o fazendeiro que matou o trabalhador que colocou no trabalho escravo a perda imediata de metade de sua fazenda, isso seria muito mais efetivo do a pena de 20 anos prisão. Até porque ele acaba saindo após 6 anos, dos quais, muitas vezes, 3 são em condicional. Não sou jurista, mas estou certo de que, se houvesse uma punição pecuniária, teríamos muitos mais respostas. A medida deveria ser instituída também para quem cometeu crime de tráfico de criança e de adolescentes ou pedofilia. Afinal, sabemos que no processo brasileiro, tanto o civil como o penal, em razão dos re- Maio de 2010 cursos, há muita demora. O processo de embromação é tão grande que, muitas vezes, quando se vai punir não se sabe mais quem é, não está o mesmo juiz, o mesmo promotor, os jurados, ninguém, e, às vezes, a letra que está lá no processo desaparece. Vejamos um exemplo: aprovamos aqui na Câmara o SINASE, uma política já traçada. Foram 3 meses de negociação – eu, a Deputada Rita Camata, o Deputado Givaldo Carimbão e outros. Apresentei emenda acrescentando ao projeto um artigo, para que o Sistema S, que tem todo um equipamento, fosse envolvido na questão, a fim de que os jovens que precisam tivessem ali um aprendizado. Vejam bem, o Sistema S no Brasil é financiado por dinheiro público, mas administrado por empresários. Eles, porém, não aceitaram o verbo imperativo, e tivemos de usar um verbo condicional. Em vez de “deverá”,” poderá”. Quando perguntamos por que, a resposta que ouvimos foi esta: “Não. Nós vamos atender, só não queremos colocar muito forte, porque, depois, não podemos atender”. Para nós, porém, seria uma grande ajuda contar com o Sistema S em todo o Brasil, nas suas variadas formas de atuação. Queríamos 50, 100, 200 vagas, mais ou menos o que há no Brasil em cada Estado. Cito esse fato para mostrar como é difícil conciliar o discurso e a prática neste Congresso. Por isso é importante os senhores estarem aqui e pressionarem. Não quero jogar pedra em ninguém, todos nós somos iguais aqui, iguais e diferentes. Vou dar outro exemplo: os conselhos. Eu acho que os conselhos são fantásticos, mas, muitas vezes, sua constituição e seu controle... No caso do Conselho da Criança e do Adolescente, por exemplo, ele só se reúne para fazer uma ata porque é exigido que isso seja feito para haver o repasse de dinheiro – e muitas vezes esses conselhos são presididos por representantes do Executivo. Defendo a teoria que pratiquei. Quando Prefeito de Goiânia, todos os conselhos eram presididos por gente da comunidade. Acho que temos, inclusive, de buscar uma lei para que os conselhos sejam de maioria da sociedade civil. Ou acreditamos no povo... Há quem diga: “Mas aí eles ficam com a maioria” – e esse “eles” quer dizer quem está do outro lado. Então, se eu sou representante do povo, também estou do outro lado? Entendo que deve haver conselhos até em âmbito local. Se existe uma unidade de crianças e adolescentes, se há uma escola, um posto de saúde, é preciso haver o controle social. Então, os Conselhos Tutelares são instrumentos extraordinários, mas eles estão se transformando em escada para quem quer ser Vereador, Deputado e ou- Maio de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tras coisas mais; para disputa entre católico, espírita e evangélico. Agora, o Ministério Público está entrando mais nessa história. É um direito de cada um, mas acho que esses conselhos estão virando instrumento de carreira política. Nada contra. Carreira política é importante. Mas, no caso, acaba controlando a ideia religiosa com a ideia de partido político, acaba sendo correia de transmissão, como falávamos no passado. Então, quanto à questão da representatividade dos conselhos, o conselheiro tem de ser alguém que representa e que devolve. Por que o nosso movimento social e o nosso movimento estudantil se esvaziaram? Porque os delegados iam para o congresso com uma ideia, chegavam lá e faziam outras alianças. Quando voltavam, para devolver, com outros mandatos, eles tinham votado em uma tese completamente diferente daquela com a qual saíram. Aí, a pessoa pensava: Não vou mais mexer com isso, não. É verdade ou não é? E eu participo. A Igreja Católica – posso falar porque sou católico – deixou de investir na área de formação de lideranças comunitárias. Nada contra a oração, nada contra a comunhão, nada contra a ficar dentro da igreja, mas, se Jesus, São Paulo e São Pedro tivessem ficado dentro da igreja, talvez estivéssemos até hoje lá na Judeia. Foi o fato de ir para a sociedade e discutir toda a vida humana, toda a vida – e outras religiões também –, que fez com que crescêssemos. Mas passamos por um perigo danado quando montamos no cavalo de Constantino e, aí, gostamos do poder. Um bispo muito amigo meu, da Paraíba, que foi para Sergipe e para Goiás, Dom Fernando, dizia: “O pior poder é o poder que não pode.” (Risos.) É o poder de um conselho que tem o direito de fiscalizar o Orçamento, a execução, mas não tem acesso. Agora, neste momento, quantos conselhos estão discutindo, estão fazendo reunião para ir à Câmara Municipal, para ir à Assembleia Legislativa e vir ao Congresso? Deputado Pedro Wilson, que emenda V.Exa. está apresentando? Que orçamento o Presidente Lula está apresentando para o Brasil em termos de crianças e adolescentes? Aí, vamos reclamar no ano que vem, quando o Orçamento já estiver aprovado. Quem é que chega aqui antes de o Orçamento ser apresentado? Os empresários. Mas eles não vêm todos juntos, não. Vem um a um, e tal, com todo o respeito e data venia. Eu gostaria de chamar a atenção para a questão da comunicação social. Vi um cartaz de mobilização. Por que nós, do movimento de crianças e adolescentes, não nos mobilizamos para ser delegados na 1ª Conferência de Comunicação? Passaram-se anos para ser realizada uma Conferência de Comunicação Social. Terça-feira 18 21325 Vejam bem, televisão, Internet e rádio são concessão pública. Hoje, televisão é pior que propriedade privada rural. As pessoas se sentem donas do País – e é uma concessão pública. Quando, há 10 anos, participei da Comissão do Código de Trânsito, incluí um artigo no seguinte sentido: toda televisão deverá oferecer uma hora, na programação nobre, para a educação no trânsito – e foi aprovado por unanimidade –, às 19h ou 20h. Na outra semana, veio o Deputado de Taubaté, São Paulo, Presidente Ary Kara, e disse: “Pedro, temos de revogar. Não pode porque vai interferir na propriedade privada”. Eu perguntei: “Que propriedade privada?” Ele disse: “Rádio e televisão”. Eu falei: “Mas não são propriedade privada, são concessão pública”. Para ser rápido – e quero respeitar o tempo –, vou resumir o caso. Disseram: “Vamos fazer o seguinte: só as televisões educativas terão essa obrigatoriedade.” Foi aprovado também por unanimidade. Às 19h, passa novela; às 20h, passa novela; às 21h, passa novela; às 22h, passa novela. No Brasil, a televisão é tão forte que muda até o hábito brasileiro de assistir ao futebol. Temos de assistir às 21h ou às 22h, porque interessa à programação deles. O Ministério da Justiça tem feito, com um esforço enorme, uma campanha para tabelar os filmes. Vem encontrando uma dificuldade imensa, volta e meia tem de fazer. A própria Comissão de Direitos Humanos tem uma campanha: Quem financia baixaria é contra a cidadania – não dá ibope. Nessa área da comunicação, então, ela já sofreu um adiamento. Era nos dias 1º, 2 e 3. Hoje, fiquei sabendo que passou para os dias 14 e 15. Oxalá não passe para os dias 23 e 24 de dezembro, porque, aí, é Natal. Quem quiser celebra Jesus Cristo; quem não quiser celebra outro e quem não quiser faz uma grande ceia, porque isso todo mundo faz. O Brasil fez uma coisa nesses 19 anos. Disse bem o expositor que usou a palavra antes de mim. Demoramos demais a referendar os tratados internacionais. Eles ficam aí esperando. Ainda bem que o ECA saltou. Ele veio antes. Se viesse hoje, não estaria aprovado. E logo no clima da Constituição de 1988, que havia sofrido uma fragorosa derrota interna, quando entrou um chamado grupo centrão, de que a maior parte dos jovens que estão aqui nem se le