Reaproveitamento de Óleo de Cozinha para Fabricação de Sabão Caseiro com Agentes Bactericidas
Reaproveitamento de Óleo de Cozinha para Fabricação de Sabão Caseiro
com Agentes Bactericidas
Maximiano, Felipe M.; Lima, Jessica R.; Soares, L.; Conti, O.; Oliveira, Roberta A. S.;
Bertolini, Uilliam G.
Professora: Elizabeth Teodorov, CMCC,
Campus Santo André
Resumo
Um dos grandes problemas enfrentados pela população é a questão do lixo, que
muitas vezes descartados indevidamente, acabam prejudicando o meio ambiente.
Este projeto visa o reaproveitamento do óleo de cozinha, uma substância muito
utilizada no dia-a-dia e que muitas vezes tem um destino incorreto pela falta de
conhecimentos para a reciclagem do mesmo. Uma solução encontrada é
fabricação de um sabão base que pode ser usado para diversas utilidades
domésticas.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Um dos grandes problemas enfrentados
para a preservação do meio ambiente é o
descarte incorreto de produtos que podem
ser reaproveitados, reduzindo assim a
extração de recursos naturais do planeta.
Um exemplo que pode ser compreendido
no contexto analisado é o óleo de cozinha,
substância utilizada por grande parte da
população, e que normalmente possuem
como destino final, as pias e ralos, de forma
incorreta, pois essa ação acaba causando
estragos na rede de esgotos e consequente
poluição dos rios e mares que abrangem
este sistema.
Uma possibilidade para a resolução desse
impasse é a fabricação de outra substância
com a utilização do óleo de cozinha. O
projeto apresentado visa demonstrar que
essa aplicação é possível, de forma que
estas
substâncias
possam
ser
reaproveitadas. [1]
Fabricar sabão caseiro a partir do
reaproveitamento de óleo de cozinha
utilizado, com agentes bactericidas, que
possam ser utilizados pela população,
através de uma forma fácil, eficiente e
sustentável.
METODOLOGIA
O primeiro passo é filtrar o óleo para retirar
os resíduos sólidos. Em seguida, aquecer
250 ml de óleo filtrado, juntamente com 400
gr de gordura animal, até completa hidrólise
das gorduras na solução básica. Aguardar
esfriamento da substância. Com a
temperatura morna, adicionar 300 ml de
álcool, e 150 ml de soda cáustica (NaOH).
Nessa etapa deve ser adicionada a
essência e/ou os agentes bactericidas. No
projeto, foram feitas duas receitas. Uma
com a adição de 50 ml de essência de
IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011
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capim-limão, e outra receita com 50 ml de
essência obtida pela infusão de cravo da
índia (Eugenia caryophillata), que possui
ação bactericida e fungicida [2]. É
necessário
misturar
rapidamente
a
substância obtida, pois a soda começa a
solidificar o meio. Deixar esfriar por volta de
dois dias, ou até completa saponificação.
Cortar em pedaços.
Para comprovar a eficácia do sabão
produzido juntamente com os agentes
adicionados, foram realizados testes
através de meio de cultura, preparado
devidamente da seguinte forma: mistura
homogênea de 2,4gr de glicose, 4,8gr de
ágar e 120ml de água estéril. Após esta
etapa foi necessário a autoclavagem da
substância por cerca de 15 minutos, e
devida distribuição nas placas de petri. Os
testes foram realizados, conforme mostra a
figura 1, com as seguintes comparações:
sem lavagem das mãos (1), com a lavagem
das mãos com os sabões preparados no
projeto (cravo-2 e capim-limão-3), com
lavagem com um produto antibactericida
industrializado (4) e com a lavagem com
detergente comum (6). No controle positivo,
para verificação do meio de cultura
preparado, foram utilizadas bactérias E.Coli
(5).
Seguindo os testes, foi realizada a
verificação do valor do pH contido no
experimento. Os dois tipos de sabão
obtidos apresentaram pH 13, considerado
base, conforme o indicador universal.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Acompanhando
o
crescimento
dos
microorganismos coletados com os testes
descritos na metodologia, foi possível
verificar que a eficácia dos agentes
bactericidas utilizados não foi satisfatória,
pois
houve
o
crescimento
de
microorganismos em todos os meios de
cultura testados. Com os testes realizados,
e o consequente valor do pH encontrado,
não se aconselha o uso do produto para a
higiene pessoal, porém foi comprovada sua
eficácia para a utilização em limpezas
domésticas de qualquer tipo. [3]
CONCLUSÕES
Concluímos
que
é
viável
o
reaproveitamento do óleo de cozinha para a
fabricação de sabão caseiro, possibilitando
assim um destino sustentável para a
substância estudada. O experimento pode
ser realizado de maneira prática pelas
pessoas, no entanto a sua eficácia
bactericida não foi comprovada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Pereira, Daniel. Acesso em 06/08/2011.
http://www.sermelhor.com/artigo.php?artigo
=61&secao=ecologia
[2] Junior, Ademar M.. Acesso em
06/08/2011.
http://www.ademarmenezesjr.com.br/catego
ry/plantas-medicinais/
[3] T. Moore, John. Química Para Leigos,
Alta Books, Rio de Janeiro. 2008.
[4] Neto, Odone G. Z.; Del Pino, José C.,
Trabalhando a Química dos Sabões e
Detergentes, UFRGS.
AGRADECIMENTOS
Figura 1: Distribuição das placas de petri e
testes.
Agradecemos aos excelentes docentes da
UFABC.
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