0 Fundação Getúlio Vargas Instituto Superior de Administração e Economia EDELGIR RUB PESCE JUNIOR MIX DE MARKETING E POSICIONAMENTO DE PRODUTOS PARA UMA EMPRESA DE INFORMÁTICA LONDRINA 2010 1 EDELGIR RUB PESCE JUNIOR MIX DE MARKETING E POSICIONAMENTO DE PRODUTOS PARA UMA EMPRESA DE INFORMÁTICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso Pós-Graduação em Administração de Empresas, lato sensu, Nível de Especialização, como pré-requisito para a obtenção do título de Especialista. Coordenadora Acadêmica Local: Profª. Cristiana Letícia Moreira Thrun Orientador: Prof. Rodrigo Casagrande LONDRINA 2010 2 O Trabalho de Conclusão de Curso MIX DE MARKETING E POSICIONAMENTO DE PRODUTOS PARA UMA EMPRESA DE INFORMÁTICA Elaborado por Edelgir Rub Pesce Junior e aprovado pela Coordenação Acadêmica foi aceito como pré-requisito para a obtenção Curso de Pós-Graduação em Administração de Empresas lato sensu, Nível de Especialização. Londrina, _____ de ______________ de ________. ____________________________________ Profª. Cristiana Letícia Moreira Thrun Coordenadora Acadêmica Local ____________________________________ Prof. Rodrigo Casagrande Professor Orientador do TCC 3 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, pois sem Ele eu não teria chegado sequer até aqui, e também a todas as pessoas que me ajudaram de alguma forma neste trabalho, durante o Curso de Pós-Graduação e em tudo o que já passei até chegar a esta etapa da vida. Agradeço também a todos os professores e funcionários da unidade de Londrina-PR do ISAE/FGV, por toda dedicação e atenção, assim como a todos os colegas e amigos feitos durante esse Curso. 4 PESCE JUNIOR, Edelgir Rub. Mix de Marketing e Posicionamento de Produtos para uma Empresa de Informática. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (PósGraduação latu sensu em Administração de Empresas) – Instituto Superior de Administração e Economia / Fundação Getúlio Vargas, Londrina, 2010. RESUMO O presente trabalho objetiva relatar o desempenho da empresa Londrina_T01_EQ5, também conhecida apenas por EQ5, durante a realização do Jogo de Negócios Strategy, do Curso de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, com o objetivo de fazer os alunos vivenciarem uma experiência prática na Administração de uma Empresa. A EQ5 é uma empresa de venda de microcomputadores, cujos produtos são o Desktop, o Notebook e o Workstation, sendo que para cada um há uma política de investimentos e preços diferente, pois cada produto tem suas particularidades. O Jogo foi dividido em dois quadrimestres, totalizando oito meses, em que cada equipe, composta por cinco membros, cada um com uma Diretoria específica, representava uma empresa em um Mercado que totalizava sete empresas. A cada quadrimestre foi possível definir as principais estratégias da empresa, através de pesos atribuídos aos objetivos. As decisões gerenciais como unidades a produzir, investimentos, número de trabalhadores, capacidade fabril e preço dos produtos, foram tomadas mês a mês, e seus resultados tiveram impacto imediato. Após as análises do desempenho da empresa durante os oito meses de Gestão no Jogo, é apresentado um relatório sobre a área específica de cada diretor. No caso deste, a área de Marketing, onde há considerações de dois elementos muito importantes, o Mix de Marketing, também conhecido como “os quatro Ps” e a Matriz BCG, sobre o posicionamento dos produtos. Nesse relatório específico da Diretoria é descrito sobre os elementos e o planejamento futuro para a empresa na devida área. Palavras-chave: Strategy. Informática. Mix de Marketing. Matriz BCG. 5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Logomarca da empresa ............................................................................ 34 Figura 2 - Modelo de um Desktop ............................................................................. 35 Figura 3 - Modelo de um Notebook ........................................................................... 36 Figura 4 - Modelo de um Workstation ....................................................................... 37 Figura 5 - Modelo de um Netbook ............................................................................. 38 Figura 6 - Novos produtos de Informática ................................................................. 39 Figura 7 - Matriz BCG ............................................................................................... 51 6 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Parcelas de Mercado do mês de janeiro................................................. 19 Gráfico 2 – Parcelas de Mercado do mês de fevereiro ............................................. 19 Gráfico 3 - Parcelas de Mercado do mês de março .................................................. 20 Gráfico 4 - Parcelas de Mercado do mês de abril ..................................................... 21 Gráfico 5 - Parcelas de Mercado do mês de maio .................................................... 24 Gráfico 6 - Parcelas de Mercado do mês de junho ................................................... 25 Gráfico 7 - Parcelas de Mercado do mês de julho..................................................... 26 Gráfico 8 - Parcelas de Mercado do mês de agosto ................................................. 27 Gráfico 9 - Investimentos em Propaganda e Promoção ............................................ 28 Gráfico 10 - Investimentos e Pesquisa & Desenvolvimento ...................................... 29 Gráfico 11 - Variação dos preços dos produtos vendidos ......................................... 29 Gráfico 12 - Comparação entre unidades produzidas e vendidas ............................. 30 Gráfico 13 - Variação da quantidade estocada de cada produto............................... 31 7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9 1.1 O JOGO ............................................................................................................... 9 1.1.1 Os Competidores ...................................................................................... 10 1.1.2 Diferenciação dos Produtos e Mercado Consumidor ................................ 11 1.2 A EMPRESA ....................................................................................................... 12 1.2.1 Capacidades Funcionais ........................................................................... 13 1.2.2 Recursos Humanos da Fábrica ................................................................. 13 1.2.3 Insumos Para Produção ............................................................................ 14 1.2.4 Missão da Empresa................................................................................... 14 1.2.5 Visão da Empresa ..................................................................................... 14 1.2.6 Diretoria Corporativa ................................................................................. 14 1.2.6.1 Presidente e Diretor de Marketing ...................................................... 14 1.2.6.2 Diretor Financeiro ............................................................................... 15 1.2.6.3 Diretor de Produção............................................................................ 15 1.2.6.4 Diretora Operacional........................................................................... 15 1.2.6.5 Diretora de Recursos Humanos.......................................................... 16 2. RELATÓRIOS DE DESEMPENHO ....................................................................... 17 2.1 RELATÓRIO DO PRIMEIRO QUADRIMESTRE............................................................ 17 2.1.1 Janeiro ...................................................................................................... 18 2.1.2 Fevereiro ................................................................................................... 19 2.1.3 Março ........................................................................................................ 20 2.1.4 Abril ........................................................................................................... 20 2.1.5 Principais Erros e Arcertos do Primeiro Quadrimestre .............................. 22 2.2 RELATÓRIO DO SEGUNDO QUADRIMESTRE ........................................................... 22 2.2.1 Maio .......................................................................................................... 23 2.2.2 Junho ........................................................................................................ 24 2.2.3 Julho.......................................................................................................... 25 2.2.4 Agosto ....................................................................................................... 26 2.2.5 Principais Erros e Arcertos do Segundo Quadrimestre ............................. 27 2.3 ANÁLISE GERAL DAS VARIAÇÕES ......................................................................... 28 8 3. DIRETORIA DE MARKETING ............................................................................... 32 3.1 O MIX DE MARKETING ......................................................................................... 32 3.1.1 Produto...................................................................................................... 33 3.1.1.1 Os atuais produtos da empresa .......................................................... 34 3.1.1.2 Projetos para novos produtos ............................................................. 37 3.1.2 Preço ......................................................................................................... 39 3.1.2.1 Precificação na empresa .................................................................... 41 3.1.3 Ponto de Venda ........................................................................................ 43 3.1.3.1 As lojas da EQ5 .................................................................................. 45 3.1.4 Promoção .................................................................................................. 47 3.1.4.1 Estratégias promocionais da empresa................................................ 49 3.2 A MATRIZ BCG .................................................................................................. 50 3.2.1 Classificação dos Produtos da EQ5 .......................................................... 52 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 54 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 55 ANEXO ..................................................................................................................... 56 ANEXO A - TABELA DE CONTROLE ........................................................................... 57 9 1. INTRODUÇÃO 1.1 O JOGO O presente trabalho objetiva relatar o desempenho da Empresa Londrina_T01_EQ5, do Jogo de Negócios Strategy, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), empresa esta de venda de microcomputadores. O Jogo foi desenvolvido com o propósito de proporcionar aos participantes experiência na definição e implantação de estratégias competitivas de negócios e na tomada de decisões gerenciais sob condições que permitam sua análise e discussão. Nesta versão os participantes foram divididos em 7 Grupos de 5 pessoas, com cada Grupo representando uma empresa, que constituem um Grupo Industrial. O termo microcomputador engloba diferentes tipos de máquinas: computadores simples para jogos eletrônicos, computadores pessoais (Desktop, Laptop, Notebook, Handheld, Palmtop) e sofisticadas estações de trabalho utilizadas, principalmente, para CAD/CAM (projeto e fabricação auxiliados por computador). A característica que unifica a indústria é o uso de uma unidade central de processamento (CPU) em um chip. Os produtos vendidos pela Londrina_T01_EQ5 são Desktops, Notebooks e Workstations. Normalmente, as empresas montam e vendem seus produtos com tecnologia e preços de venda praticamente idênticos, sendo o principal desses produtos o microcomputador Desktop. O Notebook possui melhor qualidade, quanto à utilidade e estilo, além de exercer maior atração sobre o computador. A Workstation é uma sofisticada estação de trabalho para projetos CAD/CAM. Os produtos fabricados são vendidos tanto para clientes individuais como para empresas. O mercado de microcomputadores inclui quatro segmentos: empresarial, educacional, doméstico e governamental. O segmento dos computadores usados em negócios é importante devido à alta lucratividade potencial e à qualidade de máquinas vendidas para cada companhia. As altas taxas de lucro atraem os mais importantes fabricantes de computadores. A importância do segmento educacional reside em seu potencial de longo prazo. Embora esse segmento ofereça margens de lucro menores do que o 10 segmento empresarial, contatos antecipados com o usuário levaram a crer que geraria para a marca uma lealdade de longo prazo. Como conseqüência disso, a maioria dos fabricantes dispensa a esse segmento atenção especial cobrando menores preços e doando equipamento e software. Essa estratégia de marketing também ajuda a estimular a derivada para uso doméstico. O usuário típico de computador de uso doméstico utiliza-se principalmente para jogos e fins educacionais. A maioria adquire o microcomputador em lojas ou departamentos especializados em computação. O governo constituiu um novo segmento, chamado Reserva, diferente daquele orientado para empresas porque seu órgão tem necessidade e processos de aquisição diferentes, havendo grandes volumes de aquisições. Entretanto, essa enorme demanda estimula a concorrência entre os fabricantes; a crescente competição reflete-se na pressão por preços mais baixos. Nos dois segmentos – empresarial e governamental – existe um fator influenciador importante da demanda por computadores: a tendência para integração dos sistemas. A montagem de sistemas completos, que incorporem e que sejam projetados para desempenhar funções específica do comprador, está se tornando um fator cada vez mais importante na decisão de comprar. Os sistemas integrados são, às vezes, montados com equipamentos de vários fabricantes, o que permite que os fornecedores concedam aos clientes o melhor preço pelo desempenho requerido. 1.1.1 Os Competidores Ao criar a Reserva, a idéia básica do Governo era permitir o desenvolvimento de empresas capazes de “projetar, desenvolver e fabricar microcomputadores para empresas e para usuários profissionais”. O que se tem observado nestes últimos anos de atuação da Reserva é certa ausência de competitividade entre as empresas. Pouquíssimos investimentos para o desenvolvimento de novos produtos – ou mesmo para os aperfeiçoamentos dos já existentes – e preço praticamente idênticos, fazem com que o governo comece a repensar o futuro da Reserva. Entretanto, até o momento, o Governo limita o número de empresas já autorizadas. 11 1.1.2 Diferenciação dos Produtos e Mercado Consumidor A diferenciação entre os produtos das empresas praticamente inexiste, já que todas partiram da aquisição de tecnologias disponíveis no mercado internacional e, de lá para cá, nenhum esforço de desenvolvimento foi por ela realizado. O mercado possui dois tipos de compradores: O cliente habitual, fiel à marca, que está comprando e está satisfeito com o produto, e o cliente volúvel, exigente, que pesquisa todos os produtos do mercado como alternativa viável para sua compra. Há tendência de a maioria dos compradores utilizarem um produto até tornar-se um comprador habitual, e então, continuar adquirindo esse produto sem realmente examinar as alternativas; a menos que o seu preço aumente. A elevação do preço faz com que os compradores habituais se tornem volúveis e passem a examinar todos os produtos – inclusive o produto que tem utilizado -, no caso de uma possível compra. Quanto maior for o aumento do preço, menor será o número de compradores habituais. O mesmo ocorre com um produto em falta, ao invés de esperar, o comprador volta-se para os produtos alternativos. Uma vez adquirido certo produto, o comprador tende a persistir no seu uso, tornando-se, de fato, seu comprador habitual. Antes de fazer uma aquisição, o comprador volúvel avalia todos os produtos que atendem as suas necessidades: preço, qualidade e disponibilidade. Ele até é influenciado também pela promoção e pelo desenvolvimento dos produtos. Os novos compradores que ingressam no mercado em virtude de uma melhoria de sua situação econômica, das atividades das companhias no setor, ou devido a influencias sazonais, inicialmente são volúveis e tornam-se compradores habituais somente ao adquirirem o produto. Os fornecedores da indústria de microcomputadores são os produtores de insumos como: chips, placas, fontes de energia, gabinetes, discos rígidos, drives, teclados, monitores de vídeo, etc. A maioria desses fornecedores é formada por empresas de pequeno porte, porém, por serem diversas empresas e com pouca diferenciação, não detêm muito poder de barganha junto aos fabricantes. O Governo fez um estudo que demonstrou certa equivalência de custos dos insumos das empresas da Reserva. 12 O mercado é também influenciado pelas políticas de preço do setor, pelo volume e qualidade dos produtos colocados à venda e pelos gastos com promoção e desenvolvimento de produtos. Os gastos com promoção e desenvolvimento do produto, paralelamente a uma política de preços razoável, podem, dentro de certos limites, expandirem a demanda total dos produtos. 1.2 A EMPRESA A empresa Londrina_T01_EQ5 foi constituída por um capital aberto há cerca de quatro anos com o intuito de competir na Reserva, então recém criada pelo Governo, com um capital inicial de $5 milhões. Por ser uma empresa que trabalha com tecnologia de ponta, cuja maior parte do público alvo é formada por pessoas que trabalham com algum tipo de programação relacionada à informática, optou-se por estrategicamente escolher um nome que se parecesse com um código de programação, para que os clientes em potencial se familiarizassem com a empresa. Os clientes que não trabalham diretamente nessa área, ao verem os que trabalham, e teoricamente entendem mais sobre informática, usando nossos produtos, também o fariam. Foi optado pela fabricação de equipamentos IBM-Compativeis. Tendo em vista previsões quanto à demanda dos produtos, foi decidido pela fabricação de três diferentes produtos: Desktops, Notebooks e Workstations. A fábrica foi construída com capacidade instalada de 900 unidades para começar o negócio. Para a montagem desta capacidade, foi aplicado cerca de $4,5 milhões, o que, num primeiro momento, deixou a empresa com dificuldades de capital de giro, obrigando-nos a recorrer aos bancos. Até dezembro do Ano 0, a empresa apresentou um lucro total de $0,8 milhões (16% do capital inicial), dos quais $ 0,5 milhões foram distribuídas como dividendos aos acionistas. A atividade comercial poderia ter sido mais intensa, não fosse pela falta de capital de giro para investimentos em Promoção e Propaganda. Também ficaram a desejar os investimentos em desenvolvimento que pudessem conduzir a empresa a produtos realmente diferenciados do resto do mercado. As decisões são centralizadas e organizadas em áreas funcionais: marketing e vendas, finanças, recursos humanos e produção/operações. O custo de Administração, que inclui o custo das estruturas administrativas e de vendas, é 13 aproximadamente $50.000,00 ao mês. Esse é o custo variável e está associado ao porte de instalações e aos níveis de produção e de vendas no mês. 1.2.1 Capacidades Funcionais A fábrica, de capacidade de 900 unidades/mês, como citado anteriormente, custou $4,5 milhões. Esse investimento sofre uma depreciação à base de 0,8% ao mês (aproximadamente 10% ao ano) que, para o montante investido, equivale a $36.000,00 mensais, contabilizados sob o titulo Depreciação, no Demonstrativo de Resultados. A depreciação ocorre no final do mês e também se reflete na redução da capacidade de produção do mês seguinte. Portanto a capacidade de produção também sofre um decréscimo de 0,8% no final de cada mês, a menos que sejam mantidas constantes, com um Reinvestimento em Máquinas equivalente. Por outro lado, é possível ampliar a capacidade fabril: para cada unidade adicional de capacidade mensal é necessário investir $5.000,00. Seja qual for à dimensão da ampliação, ela só deve estar disponível no mês seguinte. Não é possível vender a capacidade instalada. Ela só poderá ser reduzida através de depreciação e deteriorização, ou seja, à taxa de 0,8% ao mês. Se necessário, até 20% da capacidade instalada da fábrica podem ser realizados em instalações de terceiros (isto é, produção fora das instalações próprias da empresa), porém utilizando nosso pessoal, tendo um custo adicional de $500,00 para cada unidade produzida fora. 1.2.2 Recursos Humanos da Fábrica Os trabalhadores da produção podem ser contratados e dispensados no começo de cada mês, sem custos de contratação ou dispensa, sob a condição, porém, de que tal acréscimo ou redução total da força de trabalho não exceda a 10% da força de trabalho do mês anterior. A produção de um Desktop exige cerca de 50 horas de trabalho produtivo, enquanto a de um Notebook exige 100 horas e a de uma Workstation, 200 horas. Os produtos a serem fabricados no mês são automaticamente distribuídos entre os trabalhadores. Se forem necessários mais trabalhadores do que os 14 contratados, eles farão horas extras, ao custo de uma vez e meia o custo da hora normal. 1.2.3 Insumos Para Produção Os insumos são: chips, placas, fontes de energia, gabinetes, discos rígidos, drives, teclados, monitores de vídeo, entre outros. Quando necessário, sempre são encontradas alternativas em tempo hábil e a preços condizentes com os praticados pelo mercado. Desta forma, os insumos são considerados disponíveis e, portanto, adquiridos automaticamente conforme a necessidade de produção. 1.2.4 Missão da Empresa “Facilitar a vida das pessoas, oferecendo produtos inovadores de alta qualidade com o melhor em tecnologia e desenvolvimento a um preço baixo.” 1.2.5 Visão da Empresa “Ser um excelente criador de produtos e serviços superiores para os nossos clientes e fornecedores, com qualidade e compromisso, e alcançar a maior parcela de mercado para cada segmento em que a empresa atue.” 1.2.6 Diretoria Corporativa 1.2.6.1 Presidente e Diretor de Marketing Nome: Edelgir Rub Pesce Junior Formação: - Pós-Graduando em Administração de Empresas – ISAE/FGV – 2010 - Bacharel em Administração de Empresas – UEL – 2008 - Graduando em Esporte – UEL Experiência Profissional: - Organização de Eventos Esportivos – Mundial Propaganda - 2010 - Estagiário na área administrativa da Diretoria de Tecnologia da Informação – DTI – da Prefeitura de Londrina – 2006/2007 15 - Estagiário na Administração do Suporte da Prefeitura de Londrina – 2006 - Estagiário como WebDesigner na Prefeitura de Londrina – 2005 1.2.6.2 Diretor Financeiro Nome: Fabio Cipriano da Silva Formação: - Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas – PUC – 2008 - Pós-Graduando em Administração de Empresas – ISAE/FGV – 2010 - Graduado em Ciências Contábeis – UEL – 2006 Experiência Profissional: - Analista de Departamento Pessoal – A.Yoshii – 2005/2010 - Encarregado de Departamento Pessoal e Auxiliar Contábil – COPRALON – 2005 1.2.6.3 Diretor de Produção Nome: Felipe Jum Arakawa Formação: - Pós-Graduando em Administração de Empresas – ISAE/FGV – 2010 - Graduado em Desenho Industrial – PUC - PR - 2008 Experiência Profissional: - Designer – Originali Móveis – 2009/2010 - Estagiário como Designer – RAMA Design – 2007/2008 1.2.6.4 Diretora Operacional Nome: Fernanda Eliza de Oliveira Formação: - Pós-Graduanda em Administração de Empresas – ISAE/FGV – 2010 - Graduada em Desenho Industrial – Unopar – 1999 Experiência Profissional: - Agente de Locação – Hertz – 2008 - Gerente – Rest. Gaglione Brothers Famous Steaks & Subs (USA) – 2004/2008 - Vendedora Voluntária – ONG Spirit of the Environment (USA) – 2003 - Vendedora – GAP (USA) – 2003 - Balconista – Dry Cleaning & Laundry (USA) – 2002 - Vendedora – GAP (USA) – 2000 16 - Escrituraria – Allvet – 1997 1.2.6.5 Diretora de Recursos Humanos Nome: Vanessa Lima Montoia Formação: - Pós-Graduanda em Administração de Empresas – ISAE/FGV – 2010 - Graduada em Administração de Empresas – Unopar – 1996 Experiência Profissional: - Assistente de Relacionamento – Hospitalar – 2009/2010 - Vendedora – Big Ben Jóias e Relógios – 2007/2009 - Vendedora de Eventos – SH Marabá – 2002/2007 17 2. RELATÓRIOS DE DESEMPENHO 2.1 RELATÓRIO DO PRIMEIRO QUADRIMESTRE O presente relatório tem por objetivo informar a todos os diretores, colaboradores, acionistas, clientes e demais interessados sobre o desempenho da empresa Londrina_T01_EQ5 no primeiro quadrimestre (meses de janeiro a abril) do ano 1 no atual Jogo de Negócios realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) utilizando o Software Strategy. A empresa conta com 500.000 Ações no mercado ao preço unitário de $18,73. A atividade da organização é vender três tipos de computadores: Desktops, Notebooks e Workstations. No mês de dezembro do ano 0 os preços eram, respectivamente, $1.500, $2.800 e $5.000, os investimentos em Propaganda e Promoção, também respectivos, $100 mil, $50 mil e $20 mil, e apenas o Workstation tinha investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, sendo este de $10 mil. A empresa contava com 300 trabalhadores com salário médio mensal de $480, sem qualquer benefício ou participação nos lucros, aplicações de $500 mil e distribuição de dividendos de $500 mil. A Capacidade, “quantidade máxima de produtos e serviços que podem ser produzidos numa unidade produtiva num dado intervalo de tempo” (MOREIRA, 2001), da Fábrica era de 900 unidades por mês, o que também representa “o máximo nível de atividade de valor adicionado em determinado período de tempo que o processo pode realizar sob condições normais de operação” (SLACK; CHAMMBERS; JOHNSTON, 2002). A produção daquele mês foi de 430 Desktops, 190 Notebooks e 40 Workstations, havia em estoque, respectivamente, 51, 11 e 2, foram vendidos, nessa mesma ordem, 420, 193 e 40, sobrando assim em estoque, “a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação” (SLACK; CHAMMBERS; JOHNSTON, 2002) 61 Desktops, 8 Notebooks e 2 Workstation, o que foi o Estoque Inicial do ano 1. No mês de janeiro do ano 1 assumiu a nova Diretoria, composta por Edelgir Rub Pesce Junior (Marketing), também escolhido para ser o Presidente na atual Gestão, Fábio Cipriano da Silva (Financeiro), Felipe Jum Arakawa (Produção), 18 Fernanda Eliza de Oliveira (Operacional) e Vanessa Lima Montoia (Recursos Humanos). Os pesos iniciais atribuídos aos objetivos foram de 2 para Preço da Ação, 2 para Retorno sobre o Patrimônio Líquido, 3 para Receita de Vendas e 3 para Lucro Total. Para controle dos Diretores e tomadas de decisões quanto a investimentos, produção e preço de venda foi desenvolvida uma planilha eletrônica de auxílio, que está em anexo, levando em consideração todos os dados necessários. Segundo Moreira (2002), as planilhas são hoje de uso obrigatório no funcionamento dos sistemas de planejamento e controle empresarial, assim como nos sistemas de informações gerenciais decorridos deles próprios. A estratégia adotada no primeiro mês foi a de aumentar o investimento em Propaganda e Promoção e em Pesquisa e Desenvolvimento de Notebook e Workstation. Assim foi feita uma orientação de produto, que diz respeito aos consumidores darem preferência a produtos que ofereçam qualidade e desempenho superiores ou que sejam inovadores (KOTLER, 2000), diminuir um pouco a produção por causa da tendência da demanda, sendo então necessária a demissão de alguns trabalhadores para evitar ociosidade, mas os que ficaram receberam benefício. 2.1.1 Janeiro Em janeiro do ano 1 foram produzidas 400 unidades de Desktop, 150 de Notebook e 40 de Workstation, os investimentos em Propaganda e Promoção foram de $100 mil, $60 mil e $25 mil, os em Pesquisa e Desenvolvimento de $5 mil para Notebook e $30 mil para Workstation. Permaneceram 280 trabalhadores ganhando em média $480 mais $20 de benefícios. Os demais números permaneceram os mesmos, com exceção dos Dividendos que não foram distribuídos por ainda estarmos no primeiro mês do ano, sendo a previsão para nova distribuição apenas para dezembro. Os preços de venda foram de $1.605, $2.935 e $6.130, o que representava margens unitárias de lucro de $205, $801,67 e $1655. Com isso as vendas do mês foram de 298 Desktops, restando 163 em estoque, 154 Notebooks, restando 4 em estoque, e 36 Workstation, restando 6 em estoque. A Receita total de vendas foi de $1.150.960,00 e o Lucro Líquido de $71.015,70. O preço da Ação da empresa ficou em $16,24. Neste mês houve um total de $10.800 de gastos com mão de obra ociosa e $34.600 com estocagem. A 19 empresa obteve 12,67% da parcela de mercado nas vendas de Desktops, 11,30% na de Notebooks e 12,41% na de Workstations, em uma concorrência que envolve sete empresas, como demonstrado abaixo: Gráfico 1 – Parcelas de Mercado do mês de janeiro 2.1.2 Fevereiro Para o mês de fevereiro foi decidido diminuir os preços de venda, para $1.400 (Desktop), $2.900 (Notebook) e $6.000 (Workstation), representando margens unitárias de $16,67, $925 e $1525, com isso os investimentos em Propaganda e Promoção tiveram que ser diminuídos para respectivos $70 mil, $50 mil e $25 mil, os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento mantiveram-se constantes. A capacidade de máquina da fábrica foi reduzida para 893 e os demais números se mantiveram constantes. A produção de Desktops foi de 300 unidades, sendo que a venda foi de 361, resultando um estoque de 102, a produção de Notebooks foi de 200, com 134 vendidos e 70 unidades ficando no estoque e a produção e a venda de Workstations foi de 40 unidades, permanecendo as mesmas 6 unidades em estoque. Com isso a empresa obteve uma Receita de $1.134.000 e Lucro de $52.206, sendo o Lucro Acumulado do Exercício de $123.221,70. As parcelas de mercado, demonstradas no Gráfico 2, respectivas foram de 15,77%, 9,77% e 13,29%, e o preço da Ação caiu para $15,62. Neste mês houve gasto de $10.800 com mão de obra indireta e de $35.600 com estocagem. Gráfico 2 – Parcelas de Mercado do mês de fevereiro 20 2.1.3 Março No mês de março a estratégia continuou a de abaixar os preços, com isso os investimentos tiveram que cair um pouco também. Por causa da previsão da demanda a capacidade de máquina da fábrica foi aumentada para 910 e o número de trabalhadores subiu para 290, também havia a intenção de aumentar o estoque para não precisar terceirizar a produção no mês seguinte, pois o volume de vendas esperado iria aumentar. Apenas Workstation recebeu investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, de $30 mil, em Propaganda e Promoção os investimentos foram de $50 mil (Desktop), $35 mil (Notebook) e $15 mil (Workstation). O número de unidades produzidas de Desktop foi de 328, com 339 vendidas, sobrando um estoque de 91, de Notebooks foram produzidos 200, com 129 vendas e um estoque final de 141 unidades e, de Workstation, 50 unidades produzidas, 42 vendidas e estoque final de 14. Com isso a Receita do mês foi de $1.041.555 e houve um pequeno prejuízo, de $14.805,91, resultando assim num Lucro Acumulado do Exercício de $108.415,79. As parcelas de mercado, como demonstradas no Gráfico 3, foram respectivamente de 14,93%, 8,44% e 12,46% e o preço das Ações da empresa ficaram em $14,57. Neste mês houve um gasto de $49.200 com estocagem de produtos, não havendo custo de mão de obra indireta. Gráfico 3 - Parcelas de Mercado do mês de março 2.1.4 Abril No mês de abril, por a empresa estar com um alto número de estoques, foi decidido fazer uma produção pequena para diminuir esse número, além de aumentar os investimentos. Como havia um número elevado de estoque de Notebooks foi preciso uma estratégia arriscada, vendendo o produto com preço 21 abaixo do custo e utilizando a margem de lucro de Desktop e Workstation para subsidiá-lo. Os Desktops tiveram investimento de $50 mil em Propaganda e Promoção e $5 mil em Pesquisa e Desenvolvimento, seu preço de venda foi de $1.400, dando uma margem de $38,46 unitária, com produção de 260 unidades e venda de 351, o estoque foi zerado. Os Notebooks tiveram investimento de $60 mil em Propaganda e Promoção e $15 mil em Pesquisa e Desenvolvimento, seu preço foi de $2.900, dando uma margem unitária de $300 negativos, com produção de 50 unidades e venda de 122, restando ainda 69 unidades no estoque. Os Workstations tiveram investimento de $30 mil em Propaganda e Promoção e $30 mil em Pesquisa e Desenvolvimento, seu preço de venda foi de $5.900, com margem unitária de $1085,71, com 35 unidades produzidas e 44 vendidas restou um estoque de 5. Por causa dessas alterações na produção o número de trabalhadores foi reduzido para 261 e a capacidade de máquina da fábrica para 903. Nesse mês o investimento em Aplicações foi reduzido para $300 mil, com os outros $200 mil sendo usados para subsidiar a os custos de operação, pois como a produção foi muito baixa, os produtos não pagariam todos os custos do mês. A Receita de vendas foi de $1.104.800 e houve prejuízo no mês de $82.318, porém nesse valor não está considerado os $200 mil que voltaram para o Caixa da Empresa, justamente para cobrir o provável prejuízo do mês. Assim o Lucro Acumulado do Exercício fica em $26.097,79. As parcelas de mercado em abril, como demonstradas no Gráfico 4, foram de 17,22% (Desktop), 7,92% (Notebook) e 12,54% (Workstation), e o preço da Ação ficou em $13. Neste mês houve um gasto de $100.560 com mão de obra indireta, pois a produção teve de ser reduzida por haver muito estoque, e de $14.800 com estocagem de produtos. Gráfico 4 - Parcelas de Mercado do mês de abril 22 2.1.5 Principais Erros e Acertos do Primeiro Quadrimestre Durante os primeiros quatro meses do ano 1 (janeiro a abril), os principais erros nas tomadas de decisões da Diretoria da Empresa Londrina_T01_EQ5 foram: - Distribuir os peso de forma parecida, não dando um foco específico a uma área, tendo que conseguir bons resultados em todas para fazer uma boa pontuação; - Manter os $500.000 em investimentos no início ao invés de usar para investimentos na Empresa, o que foi necessário posteriormente; - Em janeiro ter preços altos em relação à concorrência; - Mudança de estratégia no meio do quadrimestre, diminuindo os preços, porém obtendo prejuízo nos meses de março e abril; - Redução considerável em investimentos em Propaganda e Promoção; - Aumento da capacidade da fábrica em março, sendo que a demanda não correspondeu ao previsto. Já os principais acertos da Diretoria no mesmo período foram: - Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento praticamente constantes; - Controlar a produção, o número de trabalhadores e a capacidade da fábrica para não usar horas extras, nem terceirização da produção; - Conseguir definir uma boa estratégia de vendas, preços e investimentos, mesmo que tardiamente. 2.2 RELATÓRIO DO SEGUNDO QUADRIMESTRE O presente relatório tem por objetivo informar a todos os diretores, colaboradores, acionistas, clientes e demais interessados sobre o desempenho da empresa Londrina_T01_EQ5 no segundo quadrimestre (meses de maio a agosto) do ano 1 no atual Jogo de Negócios realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) utilizando o Software Strategy. 23 Para o mês de maio foi possível alterar os pesos atribuídos aos objetivos e, assim, melhor definir as estratégias da empresa após um prévio conhecimento prático do ambiente do jogo. O Valor de Mercado (Ações) e o Retorno sobre o Patrimônio Líquido continuaram com os mesmos pesos do quadrimestre anterior, de 2 pontos, o Lucro Total passou a contar com peso 1 e a Parcela de Mercado virou o principal foco da atual Diretoria, contando com peso 5. A mesma Planilha de Controle (em anexo) utilizada no primeiro quadrimestre continuou a ser usada no segundo. De acordo com os novos pesos atribuídos, o principal objetivo passou a ser conquistar a maior parcela de mercado possível, considerando agora uma orientação de produção que, segundo Kotler (2000), considera que os consumidores dão preferência a produtos fáceis de serem encontrados e de baixo custo. Para isso os investimentos foram aumentados e os preços diminuídos, diminuindo assim a margem de lucro dos produtos, chegando a vender com preço abaixo do custo algumas vezes, para tanto o valor das Aplicações, que antes estava em $300.000,00 passou para apenas $100.000,00 em maio, com os outros $200.000,00 sendo usados para custear os produtos vendidos com preço abaixo do custo. 2.2.1 Maio Em maio os 261 trabalhadores foram mantidos, com o salário médio aumentado para $490 e os Benefícios mantidos em $20, a Capacidade de Máquina passou para 896. Os investimentos em Propaganda e Promoção foram de $80.000,00 para Desktops, $100.000,00 para Notebooks e $80.000,00 para Workstations e em Pesquisa e Desenvolvimento foram, respectivamente, $10.000,00, $30.000,00 e $50.000,00. O estoque inicial de Desktops era de 0 unidades, foram produzidas 450 e todas vendidas, o preço de venda foi de $1.299,00, o que representava uma margem unitária de $57,25 de prejuízo. O estoque inicial de Notebooks era de 69 unidades e foram produzidas mais 100, com 168 unidades vendidas, restando assim um estoque de 1 unidade, o preço de venda foi de $2.899,00, o que representava uma margem de lucro unitário de $1.109 reais (considerando também a venda dos produtos em estoque). Já os Workstations iniciaram com 5 unidades em estoque e 24 tiveram a produção de mais 46, totalizando 51 unidades, que foram todas vendidas, não restando estoque, o preço de venda foi de $5.899,00, o que representava uma margem de lucro unitária de $533 (considerando também a venda dos produtos em estoque). O mês de maio teve um prejuízo de $76.648,60, porém como foram reinvestidos $200.000,00 que estavam em Aplicações para o subsídio dos produtos, o prejuízo não foi tão considerável, ficando assim com um Prejuízo Acumulado de $50.550,81. O preço da Ação da empresa ficou em $12,62. As parcelas de mercado, principal objetivo da empresa, foram de 20,21% para o Desktop (maior parcela de mercado), 11,5% para o Notebook e 14,21% para o Workstation, como demonstrado no Gráfico abaixo: Gráfico 5 - Parcelas de Mercado do mês de maio 2.2.2 Junho Para o mês de junho os investimentos continuaram os mesmos, exceto em Propaganda e Promoção de Workstation, que baixou para $60.000,00. Foram contratados novos trabalhadores, totalizando 287, com mesmo salário e benefícios e a capacidade de máquina ficou em 889. As Aplicações, que eram de $100.000,00 foram zeradas, com esse montante sendo usado para subsidiar os produtos. Foram produzidos novamente 450 unidades de Desktops, com todas vendidas e ainda 96 vendas perdidas, por falta de produto, o preço foi mantido em $1.299,00, o que representou uma margem unitária de $57,25 de prejuízo. Havia 1 unidade de Notebook em estoque e foram produzidas mais 144, as 145 unidades foram vendidas e ainda houve perda de 44 vendas por falta de produtos, o preço também foi mantido em $2.899,00, representando uma margem unitária de $302,25 de lucro. Não havia estoque de Workstation, foram produzidas e vendidas 45 25 unidades do produto, tendo ainda 13 vendas perdidas, o preço de venda foi de $5.899,00, o que representou uma margem unitária de $329,55. O mês de junho teve um prejuízo de $106.444,40, aumentando o Prejuízo Acumulado para $156.995,21. O preço da Ação da empresa ficou em $12,36. E as parcelas de mercado foram de 21,35% para os Desktops (maior parcela de mercado dentre os concorrentes), de 9,25% para os Notebooks e 12,1% para os Workstations, como demonstrado no gráfico abaixo: Gráfico 6 - Parcelas de Mercado do mês de junho 2.2.3 Julho No mês de julho os investimentos tiveram que sofrer uma pequena diminuição, para aumentar a margem unitária, pois foi decidido não aumentar os preços de venda (exceto em Workstation), para não perder parcela desse mercado tão competitivo. Em Propaganda e Promoção foram investidos $55.000,00 para Desktops, $70.000,00 para Notebooks e $40.000,00 para Workstations e, em Pesquisa e Desenvolvimento, foram investidos respectivos $10.000,00, $25.000,00 e $35.000,00. Foram contratados mais trabalhadores, ficando um total de 315, com salário médio e benefícios mantidos, além da capacidade de máquina, que se manteve em 889. A produção de Desktops aumentou para 540 unidades, que foram todas vendidas e ainda houve 55 vendas perdidas, o preço (mantido em $1.299,00) proporcionou uma margem de lucro unitária de $22,38. A produção de Notebooks também aumentou, para 180 unidades, que foram todas vendidas, mas não houve qualquer venda perdida, e o preço (mantido em $2.899,00) proporcionou uma margem unitária de $658,22 de lucro. Foram produzidos 55 Workstations e vendidos 51, restando 4 unidades em estoque, com um preço de $5.999,00, o que representou uma margem de lucro unitária de $1.158,31. 26 O mês de julho fechou com um prejuízo de $47.073,00, pois apesar de todos os produtos tendo sido vendidos e com margem de lucro, esta não foi suficiente para pagar os demais custos da empresa, aumentando assim o Prejuízo Acumulado para $204.068,21. O preço da Ação da empresa ficou em $12,25. As parcelas de mercado foram de 24,56% de Desktop (maior parcela dentre os concorrentes), 11,21% de Notebook e 13,18% de Workstation. Gráfico 7 - Parcelas de Mercado do mês de julho 2.2.4 Agosto No mês de agosto, último do quadrimestre, os investimentos voltaram a aumentar, em Propaganda e Promoção foram de $50.000,00 (Desktop), $90.000,00 (Notebook) e $40.000,00 (Workstation), e em Pesquisa e Desenvolvimento foi de $20.000,00 (Notebook) e $30.000,00 (Workstation), não houve investimento em P&D para Desktop nesse mês. O número de trabalhadores aumentou para 346, com salário e benefício mantidos, além da manutenção da capacidade de máquina, de 889. Foram produzidas 550 unidades de Desktop, com 499 vendidas, restando um estoque de 51 unidades, o preço foi de $1.299,00, o que representou uma margem de $75,62 de prejuízo unitário (pois não foram vendidas todas as unidades, do contrário haveria um lucro unitário aproximado de $52). Foram produzidos e vendidos 182 Notebooks, a um preço de $2.899,00, representando uma margem unitária de $581,60 de lucro. Havia em estoque 4 unidades de Workstation e foram produzidas mais 51, e as 55 unidades foram vendidas, não restando estoque e não havendo vendas perdidas, o preço foi de $5.999,00, o que proporcionou uma margem de lucro unitária de $1.828,55. No mês de agosto a empresa teve lucro de $4.155,50, amenizando o Prejuízo Acumulado que terminou em $199.912,71. O preço da Ação da empresa ficou em $12,25. A parcela de mercado de Desktop foi de 22,81% (maior dentre os 27 concorrentes), de Notebook foi de 11,25% e de Workstation foi de 13,89%, como demonstrado no Gráfico 8: Gráfico 8 - Parcelas de Mercado do mês de agosto 2.2.5 Principais Erros e Acertos do Segundo Quadrimestre Durante o segundo quadrimestre do ano 1 (maio a agosto), os principais erros nas tomadas de decisões da Diretoria da Empresa Londrina_T01_EQ5 foram: - Não aumentar o preço mesmo tendo vendas perdidas e sem capacidade de fábrica para aumentar a produção; - Não aumentar a capacidade da fábrica, mesmo com esta não sendo suficiente para atender a demanda; - Ter que vender produtos com preço abaixo do custo, principalmente por causa de erros do quadrimestre anterior; - Usar o recurso de “terceirização da produção” apenas no último mês, com os meses anteriores tendo vendas perdidas. Já os principais acertos da Diretoria no mesmo período foram: - Ter um foco definido (Parcela de Mercado) e fazer ações para pontuar ao máximo nesse objetivo; - Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento praticamente constantes; - Conseguir reconduzir a empresa aos bons resultados financeiros, obtendo lucro no último mês do quadrimestre e tendo expectativa de melhoras futuras. 28 2.3 ANÁLISE GERAL DAS VARIAÇÕES Durante os oito meses em que a Diretoria esteve no comando da empresa Londrina_T01_EQ5 houve diversas variações em investimentos, produção, vendas e também nos preços dos produtos. Com o intuito de melhor analisar todas essas variações, são apresentados abaixo diversos gráficos, como o de investimentos em Propaganda e Promoção: Gráfico 9 - Investimentos em Propaganda e Promoção No Primeiro Quadrimestre houve uma tendência de diminuição nos investimentos, pois se objetivava redução de custos para aumentar as vendas com um preço maior. No Segundo Quadrimestre os investimentos aumentaram, pois a estratégia era aumentar as vendas com maior exposição da marca e dando facilidades para o cliente, e como a parcela de mercado do Notebook era a menor dentre os três produtos, foi este quem recebeu o maior investimento. Os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento tiveram uma política diferente para cada produto, sendo que para o Desktop inicialmente não foi investido nada, pois a empresa entendia ser um produto que havia pouca diferenciação possível. Porém a partir do mês de abril houve um pequeno investimento, que aumentos nos meses seguintes, exceto em agosto, quando esse foi diminuído na tentativa de aumentar a margem de lucro do produto. O Notebook foi considerado inicialmente como um produto que precisava de pouco investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, pois precisava de diferenciação, porém como hoje em dia já está ficando mais popular, não era necessária tanta. Mas foi percebido que os resultados obtidos estavam abaixo do 29 esperado e, no segundo quadrimestre houve um aumento nesse investimento. Já os Workstations são produtos que claramente necessitam de um alto investimento para ser cada vez melhor desenvolvido, no primeiro quadrimestre este investimento foi constante, mas no segundo, de acordo com as mudanças estratégicas da empresa, houve um considerável aumento. Todas as variações dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento podem ser conferidas abaixo, no Gráfico 10: Gráfico 10 - Investimentos e Pesquisa & Desenvolvimento O preço dos produtos da empresa também sofreu variação, porém menor que os investimentos. No primeiro quadrimestre, ao tentar se adaptar ao mercado, para tentar sentir as reações dos consumidores, os preços dos produtos tiveram pequenas variações, porém no segundo quadrimestre, com o objetivo de fidelizar os clientes, os preços foram mantidos praticamente constantes, como pode ser observado no Gráfico 11: Gráfico 11 - Variação dos preços dos produtos vendidos 30 De acordo com a previsão da demanda, as expectativas e estratégias da empresa, e também com a quantidade de produto estocada, foram tomadas as decisões de quantidade produzida de cada produto. Como na maioria das vezes o objetivo era não acumular um número elevado de estoque, quanto mais próximo o número de vendas do número de unidades produzidas, melhor foi a decisão de produção. O número de unidades produzidas de cada produto a cada mês, assim como o número de unidades vendidas, podem ser comparadas no gráfico abaixo: Gráfico 12 - Comparação entre unidades produzidas e vendidas Nota-se que o Workstation foi o produto que teve a menor variação entre unidades produzidas e vendidas. Quando há um maior número de unidades vendidas do que produzidas é porque havia estoque em excesso, então nos meses em que isso acontece também significam decisões acertadas. Em relação aos estoques de cada produto, o objetivo era sempre tentar manter um número baixo, exceto para o mês de março, onde houve uma previsão de aumento de demanda, cuja capacidade de produção da fábrica não seria suficiente. No primeiro quadrimestre os estoques de Desktop e Notebook foram relativamente altos, porém no segundo foram todos controlados e acabados, exceto o de Desktop no mês de agosto, como pode ser conferido no Gráfico 13: 31 Gráfico 13 - Variação da quantidade estocada de cada produto A Diretoria termina assim o seu trabalho na empresa, deixando em Caixa $601.822.04, um Patrimônio Líquido de $5.105.790,79, nenhum valor a pagar de Empréstimo ou Crédito Rotativo, estoque de 51 unidades de Desktops, o que equivale a $58.968,75, e o Imobilizado da empresa (capacidade da fábrica de produção de 889 unidades) tem um valor de $4.445.000,00. 32 3. DIRETORIA DE MARKETING O Marketing é a tarefa de criar, promover e fornecer bens e serviços a clientes, sejam esses pessoas físicas ou jurídicas. Os profissionais de Marketing se envolvem no marketing de bens, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, títulos patrimoniais, organizações, informações e ideias. Profissionais de marketing possuem técnicas para estimular a demanda pelos produtos de uma empresa, procuram influenciar o nível, a velocidade e a composição da demanda para alcançar os objetivos da organização. Gerentes de marketing precisam tomar inúmeras decisões, como as características de um novo produto, número de profissionais de venda a serem contratados, o quanto investir em propaganda, até o texto e a cor de uma nova embalagem (KOTLER, 2000). Marketing, segundo a American Marketing Association, é o processo de planejar e executar a concepção, a determinação de preço, a promoção e a distribuição de ideias, bens e serviços para criar negociações que satisfaçam metas individuais e organizacionais. Segundo Peter Drucker (Apud KOTLER, 2000) a principal tarefa do marketing não é vender, mas compreender tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que se deixe o cliente pronto para comprar e então basta disponibilizar o produto ou serviço. Ou seja, ao contrário do que muitos pensam, o papel do Marketing é muito mais complexo do que simplesmente criar propagandas ou campanhas para aumentar as vendas. O trabalho dessa área consiste principalmente em conhecer o seu público-alvo, saber o que deseja e o que precisa, assim como descobrir demandas latentes. Após isso, produzir um produto ou serviço que atenda a necessidade do cliente, determinar o melhor valor, de forma que fique acessível ao público-alvo e que gere a maior receita possível, além de saber como promover e divulgar o produto ou serviço, dentre outras atribuições. 3.1 O MIX DE MARKETING A área de Marketing possui um conjunto de ferramentas controláveis que podem ser utilizados para alcançar os objetivos da empresa. Esse conjunto é 33 chamado de Mix de Marketing, ou Composto de Marketing, também conhecido como “Os 4 Ps do Marketing”, já que pode ser dividido em quatro grupos: Produto, Preço, Praça (ou Ponto de Venda) e Promoção. Essa classificação foi feita por Jerome McCarthy. 3.1.1 Produto O produto envolve diversas decisões sobre o que, quanto e como produzir. Nenhuma empresa pode almejar sucesso no futuro concentrando suas atividades em apenas um produto, é preciso ter uma diversidade, maior ou menor dependendo da empresa. Conforme Ayrosa (2009), os produtos devem ser organizados em linhas de forma a serem administrados da maneira mais eficaz. Algumas das decisões relativas ao Produto são quanto ao lançamento, administração de sua “carreira”, distribuição de marcas, design, características, custo-benefício, dentre outras. Existem duas grandes classes de produtos, os de consumo e os industriais, cada uma com suas características e subdivisões. Os produtos de consumo podem ser divididos em bens de convivência, produtos de baixo preço, comprados frequentemente pelos consumidores, de alta rotatividade e pouca diferenciação, como pães, leite, condimentos, cerveja, refrigerante, produtos descartáveis, etc.; bem de compra comparada, produtos de compra menos frequente, que envolvem mais riscos, maiores valores e a diferenciação é mais evidente, como TVs, computadores, eletrodomésticos; bens de especialidade são produtos caros, podendo ser feitos sob encomenda, como carros, ternos em alfaiate, vestidos de noiva; e bens não procurados, produtos que não procuramos geralmente e que deve ser feito algo para reverter essa situação. Exemplos são vacinação e doação de sangue. As classes dos produtos industriais são instalações; bens usados no processo de produção, como máquinas, fornos industriais e computadores de grande porte; equipamentos e acessórios, materiais móveis usados no processo produtivo, como veículos, computadores pessoais e ferramentas; componentes, produtos que fazem parte do que é fabricado, como as peças, por exemplo; matériaprima, itens que são processados para fazer parte do produto final, como algodão, 34 madeira; suprimentos, produtos usados no trabalho das empresas, mas não necessariamente no processo de produção, como papéis, canetas, e tinta. 3.1.1.1 Os atuais produtos da empresa Além dos produtos a serem comercializados pela Londrina_T01_EQ5, a marca da empresa também é um importante produto a ser vendido. Como dito anteriormente, no Capítulo 1, o nome da empresa foi escolhido para se parecer com um código de computador e, assim, aproximar-se dos profissionais da área, que trabalham diariamente com códigos. Sendo Londrina o nome da cidade sede da empresa, T01 representa a meta de ser o “número 1” no mercado e EQ5, representando os cinco jovens empreendedores que deram início a essa empresa. Como a empresa também precisa vender para pessoas de outras áreas, que necessitam de computadores, seja para trabalho, estudos ou lazer, a intenção inicial foi a de aumentar as vendas a partir da geração de uma visibilidade de profissionais de informática, que teoricamente conhecem os melhores produtos, usando a nossa marca. Isso poderia estimular as pessoas a desejarem nosso produto. Além disso, como estratégia para facilitar a pronúncia do nome da empresa (muito grande e até certo ponto complicado), a Diretoria de Marketing decidiu adotar a marca “EQ5”, e desenvolveu uma nova logomarca que conta com o nome completo da empresa, e a marca EQ5 tendo a bandeira de Londrina como fundo das letras: Figura 1 - Logomarca da empresa 35 A EQ5 produz e comercializa três tipos de computadores: o Desktop, o Notebook e o Workstation. Segundo Sedycias (2008), o primeiro computador Desktop foi feito em 1975 e, pelo grande interesse de pessoas e empresas, em pouco tempo sua produção se expandiu fazendo com que outras empresas também passassem a produzi-lo, como a Apple, em 1977, e a IBM, marca dos computadores produzidos pela EQ5, em 1981. O tradicional microcomputador, composto basicamente por gabinete, teclado, mouse e monitor, é considerado o principal produto para “venda em massa”. Sua venda é destinada a pessoas físicas e jurídicas por ser facilmente fixado em qualquer mesa e relativamente mais barato e tem seu uso principalmente em escritórios, escolas e residências. Os computadores Desktop podem ser substituídos ou melhorados sem muita dificuldade. Além disso, é possível trocar peças para melhorar o desempenho ou o espaço digital a ser utilizado para armazenamento de arquivos, ou quando alguma peça queima, dependendo da peça, pode ser trocada individualmente sem a necessidade de mais substituições. Desktops são produtos com pouca diferenciação entre as empresas fabricantes concorrentes, por isso necessitam de pouco investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, mas alto investimento em Propaganda e Promoção, além de precisarem ter um preço baixo. Por isso a margem de lucro desse produto costuma ser a menor dentre os vendidos e o lucro deve se dar no ganho de escala. Figura 2 - Modelo de um Desktop Outro modelo de computador vendido pela EQ5 é o Notebook, um tipo de computador pessoal portátil, com monitor, teclado, mouse, processador e demais peças embutidas em um único aparelho. O Notebook possui melhor qualidade quanto à utilidade e estilo, além de exercer maior atração sobre o 36 comprador em relação aos Desktops. Uma grande vantagem desse produto é a praticidade, poder transportá-lo facilmente a diversos lugares, como do trabalho para casa (ou algum outro estabelecimento), não prejudicando o serviço. As desvantagens para a distribuição do Notebook são em relação ao preço, que é superior ao do Desktop, e à dificuldade na substituição de peças. Geralmente quando é preciso aumentar sua capacidade, melhorar a performance do computador, ou alguma peça queima, é muito difícil trocar apenas uma parte, gerando, na maioria das vezes, a necessidade de adquirir-se um computador novo. Porém nos últimos anos os Notebooks estão se popularizando por causa da diminuição do preço, tornando-os mais acessíveis, e do aumento do número de locais que disponibilizam internet sem fio (wireless), onde qualquer pessoa pode levar seu notebook e conectar-se à rede mundial de computadores sem precisar plugar qualquer fio ou cabo, sendo este serviço geralmente gratuito. Os Notebooks ainda têm condições de evoluir consideravelmente, por isso é necessário certo investimento em Pesquisa e Desenvolvimento e também em Propaganda e Promoção. Apesar de ter um preço superior ao do Desktop, por causa de sua popularização nos últimos anos os preços do notebook não podem ser mantidos muito elevados, fazendo com que a margem de lucro não seja tão elevada. Figura 3 - Modelo de um Notebook O terceiro e último produto comercializado pela EQ5 é o Workstation, cuja tradução do nome em inglês para o português é “Estação de Trabalho”. Workstations são bastante utilizados por empresas que necessitam de computadores velozes, de alta performance e que consigam realizar diversas operações ao mesmo tempo. Necessitam de um alto investimento em Pesquisa e 37 Desenvolvimento, pois a diferenciação e a melhora na qualidade são muito importantes para esse produto. Por serem tradicionalmente caros, caracterizam-se como o produto com maior margem de lucro dentre os comercializados por nossa empresa. De acordo com o site da IBM (www.ibm.com), um Workstation permite que se gerencie os processos de planejamento, aprovação e implementação associados ao gerenciamento de mudanças e versões, aumentando a velocidade e a consistência dessas modificações com a automatização de seus processos e fornecendo registros de verificação para controles financeiros e regulamentares. Figura 4 - Modelo de um Workstation 3.1.1.2 Projetos para novos produtos Com o objetivo de expandir o seu mercado, aumentar o número de clientes, faturamento total e, principalmente, o lucro da empresa, a EQ5 planeja o lançamento de novos produtos para breve, todos ligados à informática, sem fugir de suas raízes, mas apenas oferecendo uma gama maior de produtos para ficar à disposição do cliente. São alguns novos computadores e também acessórios, que serão descritos na sequência. O principal produto a ser lançado é o Netbook, um computador muito parecido com o Notebook, porém bem menor, de mais fácil transporte e preço inferior. As desvantagens são que, por causa de seu tamanho reduzido, ainda não existe um processador que possa fazer rodar programas mais pesados, sendo recomendado apenas para utilização de Internet e dos programas do Office (como Word, Excel e Power Point), além de não conter drive de CD/DVD, tendo que receber arquivos, dados, programas, apenas através de suas entradas USB. 38 Netbooks são geralmente utilizados por profissionais que precisam levar consigo seu computador a qualquer lugar e que não necessitem de muitos recursos, usem apenas para funções básicas. Também usados por quaisquer pessoas que necessitem de um computador simples e que possa ser facilmente transportado. Figura 5 - Modelo de um Netbook Além disso, a empresa passará a vender separadamente produtos utilizados nos computadores e também acessórios, como monitores, teclados, mouses, caixas de som, impressoras, fones de ouvido com microfone e webcams. Os monitores serão de LCD (Liquid Crystal Display, ou tela de Cristal Líquido), por serem mais finas, mais modernas e hoje em dia são raras as pessoas que compram outro tipo de monitor. Teclados e mouses (ópticos, que não possuem a “bolinha” para correr, usando raios infravermelhos para detectar o movimento) serão sem fio, utilizando a tecnologia Bluetooth, específica para esse tipo de aparelho. Serão produzidas inicialmente apenas impressoras multifuncionais, que além de imprimir arquivos, documentos e fotos, podem ser usadas como scanner (para digitalizar imagens e/ou documentos). Abaixo um modelo de cada um desses novos produtos que serão comercializados também separadamente: 39 Figura 6 - Novos produtos de Informática Por fim, a EQ5 estuda parcerias com outras empresas de tecnologia para a produção de dois novos produtos: celulares e câmeras digitais. Por serem produtos de alta procura por todos os usuários de produtos de informática, foi detectado um nicho de mercado a ser explorado e que, com as parcerias certas, pode impulsionar as vendas de todos os produtos e fortalecer a marca. Porém ainda é preciso fazer mais estudos de viabilidade e necessidade de instalações e mão de obra para a produção. 3.1.2 Preço A definição do preço de um produto é também atribuição de uma Diretoria de Marketing, em conformidade com a Diretoria Financeira. A precificação dos produtos depende das estratégias e dos objetivos de uma empresa, sendo que geralmente os produtos com pouca diferenciação entre os concorrentes acabam tendo que ter um preço mais baixo e, os com muita diferenciação, podem ter preços mais altos, pois isso dá mais credibilidade e segurança na hora da compra. Algumas vezes um produto pode ser relativamente barato ao vendedor e relativamente caro ao consumidor se proporcionar à empresa apenas a possibilidade de cobrir seus custos com uma pequena margem de lucro e o cliente ter a opção de comprar algum produto semelhante do concorrente a um preço inferior. Há também diferença entre o preço e o valor de um produto, sendo que o preço é quanto ele custa, o montante de dinheiro necessário para adquiri-lo e valor é o quanto ele realmente vale ao consumidor, o quanto o cliente estaria disposto a pagar para ter esse produto ou o quanto ele precisa desse produto. 40 Se um produto custa $1.000,00 e o consumidor precisa ou quer muito tê-lo e estaria disposto até a pagar mais do que isso, então o produto é barato, pois seu preço é menor que seu valor. Já se o consumidor estivesse disposto a pagar apenas $800,00 pelo mesmo produto, então este seria caro, pois seu preço seria maior do que o seu valor percebido pelo cliente. Segundo Ayrosa (2009), o preço de um produto deve ser bom o suficiente para que o produtor recupere seus custos variáveis e a parcela de custos fixos rateados; o comprador tenha uma atitude favorável para comprar o produto e assim o faça caso os demais fatores também sejam positivos; o varejista fique satisfeito com sua margem de contribuição sem que isso prejudique a estratégia de preços; os concorrentes não se sintam ameaçados a ponto de iniciar uma “guerra de preços”; e os concorrentes não suspeitem de uma prática comercial predatória. Conforme os preceitos da microeconomia, em uma análise básica da curva de demanda (quantidade vendida em relação ao preço), as vendas de um determinado produto variam de acordo com o seu preço, sendo que quanto mais alto o preço, teoricamente menor a quantidade vendida e, para aumentar a quantidade vendida seria necessário diminuir seu preço. Quanto a isso, o principal papel do Marketing é aumentar as vendas sem ter que diminuir o preço, agregando valor ao produto e assim proporcionando uma Receita Bruta maior e também um Lucro maior. Para uma empresa definir o preço de seus produtos ou serviços há três estratégia básicas: definição pelos custos, pelo valor e pela concorrência. Na definição pelos custos são considerados todos os custos variáveis envolvidos, o rateio dos custos fixos e a margem de lucro desejada pela empresa. Nessa estratégia é de suma importância saber qual o Ponto de Equilíbrio para as vendas, ou seja, qual a quantidade mínima que a empresa deve vender para pagar todos os seus custos (fixos e variáveis), o que for vendido acima disso é lucro, mas se vender abaixo, terá prejuízo. São poucos os produtos que podem usar apenas essa estratégia, não levando em consideração os preços da concorrência e o quanto o consumidor está disposto a pagar. Na precificação pelo valor, ao contrário da tomada de decisão de acordo com os custos, em que primeiro é feito e custeado o produto e depois definido o preço, nesta estratégia primeiro define-se o preço de acordo com o quanto o consumidor estiver disposto a pagar por determinado produto e só então se faz o 41 projeto do que será produzido. Porém a maior dificuldade nesse método é determinar o quanto o consumidor está disposto a pagar por um produto, sendo necessários testes de mercado (o que pode ser muito custoso à empresa), simulações de compras em ambientes fechados ou a realização de questionários com clientes em potencial. A terceira estratégia básica de definição de preço é pela concorrência. É a mais fácil e rápida maneira de precificar os produtos, feita a partir de uma análise dos preços dos concorrentes para saber o quanto cobram para a venda de produtos ou serviços semelhantes e só então se define um preço parecido. É geralmente usada na venda de serviços ou produtos com baixa diferenciação, em que o preço acaba se tornando o principal fator de atração para vencer os concorrentes. O maior risco desse método é que o concorrente também adote a mesma estratégia, daí nenhum estará usando uma base segura para precificação. Conforme Ayrosa (2009), quando um novo produto é lançado há duas maneiras principais de fazê-lo entrar no mercado, a desnatação e a penetração. A estratégia de desnatação ocorre quando o produto é lançado com um preço acima da média, para que ganhe visibilidade e status, pois teoricamente um produto mais caro é melhor. Após já estar bem conhecido no mercado, seu preço vai diminuindo aos poucos até chegar à média e assim gerar aumento nas vendas, sem perder o status antes adquirido. A estratégia de penetração é justamente o contrário, o produto é lançado com um preço abaixo da média para que fique conhecido no mercado e com um alto número de vendas, então lentamente aumentam seu preço até que chegue à média. 3.1.2.1 Precificação na empresa Cada um dos três produtos da EQ5, Desktop, Notebook e Workstation, recebeu uma estratégia diferente de precificação, porém com algumas semelhanças. Em todas as ocasiões foi levado com em consideração os Custos Variáveis totais (insumos, mão de obra, investimentos no produto), um rateio dos Custos Fixos e também foram analisados os preços da concorrência, pois o objetivo era vender um produto de qualidade com preço baixo. O Desktop é o produto que apresenta a menor margem de lucro, já que, por ser de pouca diferenciação, o preço é um fator muito importante na decisão 42 de compra por parte do consumidor. Na maioria das vezes, para tentar diminuir ao máximo seu preço, o rateio dos custos fixos era feito apenas entre os outros dois produtos e a margem de lucro foi a menor possível. O Notebook é um produto naturalmente mais caro que o Desktop, apesar de já estar ficando mais popular. Contudo, ainda há espaço para diferenciação em relação à qualidade, por isso o preço não é um fato tão decisivo na hora da compra. Inicialmente, os Notebooks eram vendidos pela EQ5 com uma confortável margem de lucro, porém como no decorrer do tempo as vendas foram ficando baixas e a parcela de mercado muito baixa, a margem teve que ser diminuída até chegar ao ponto do produto ser vendido sem lucro, apenas pagando seus custos variáveis. Para o futuro, a intenção da empresa é potencializar as vendas de Notebooks agregando valor ao produto, fazendo promoções de venda casada (ao comprar um Notebook o cliente leva uma webcam ou fone com microfone grátis), para aumentar a parcela de mercado referente a esse produto, mesmo com uma baixa margem de lucro. Assim, ao invés de ganhar na margem, ganharia na quantidade, sendo que o ganho é a quantidade vendida vezes a margem de lucro. Já o Workstation é um produto em que a qualidade é mais importante que o preço para o consumidor na hora da compra. Como é um produto de suma importância para as empresas que o usam e também de um valor mais elevado que Desktops e Notebooks é neste produto que há a possibilidade de obterse a maior margem de lucro e compensar as baixas margens dos demais. Também é o produto de menor demanda, por isso no cálculo do ganho financeiro não se pode apostar muito na quantidade vendida, sendo a margem de lucro mais importante neste caso. Para os novos produtos que a EQ5 pretende lançar, já comentados anteriormente, a estratégia inicial será a de penetração, já que a empresa tem intenção de vender seus produtos a um valor abaixo da concorrência, mas sempre mantendo a qualidade. A definição dos preços considerará os custos envolvidos e também a concorrência, sendo que inicialmente, por causa da estratégia de penetração, serão vendidos praticamente sem margem de lucro, com o preço sendo aumentado aos poucos mas mantendo sempre uma margem pequena. Isso porque todos os produtos a serem lançados serão de pouca diferenciação entre os 43 concorrentes e o preço é um fator muito importante na hora da compra e com isso pretende-se ganhar na quantidade vendida. Outra mudança a ser adotada na empresa é o início de vendas a prazo através de cartão de crédito. Muitos dos clientes da EQ5 reclamam de terem sempre que pagar à vista os produtos, que algumas vezes são de valores elevados para o consumidor e diversos clientes em potencial acabam deixando de comprar os produtos da empresa por não terem condições de pagar à vista. Por isso a partir do próximo mês já começarão as vendas a prazo, com os produtos podendo ser parcelados em até 12 (doze) vezes, objetivando assim aumentar o volume de vendas. Análises financeiras foram feitas e identificado que é possível essa mudança, sendo que inicialmente será trabalhado apenas com as bandeiras Visa e MasterCard, por serem as mais usadas no Brasil. 3.1.3 Ponto de Venda As decisões relativas ao Ponto de Venda são diversas e complexas, sendo que vai desde a decisão de apenas produzir ou também vender seus produtos, para quem vender, que canais de distribuição e intermediários utilizar, em que locais montar suas lojas, entre outros. Segundo Ayrosa (2009), as escolhas referentes à estrutura de canais para a distribuição de produtos ou serviços são de extrema importância, visto que afetarão preços e promoções. Além disso, essas decisões envolvem o desenvolvimento de parcerias com os elementos do canal de distribuição. Há duas maneiras básicas de se vender um produto, vendendo diretamente a seu consumidor final (canal direto) ou através de intermediários (canal indireto), sendo que, segundo Churchill e Peter (2000) estes têm três tipos de funções, as transacionais, as de facilitação e as logísticas. As funções transacionais são de comprar produtos com o objetivo de revenda, promovê-los para clientes potenciais e solicitar pedidos e assumir riscos comerciais da propriedade de bens que podem se depreciar ou sofrer danos. As funções de facilitação incluem proporcionar crédito ou fundos para facilitar uma negociação, inspecionar produtos e classificá-los em categorias com base na qualidade e reunir e transmitir informações sobre condições do mercado, vendas esperadas, tendências dos consumidores e forças competitivas. 44 Já as funções logísticas devem trazer bens de vários lugares para um único ponto de venda, manter estoques e proteger esses bens de modo a atender a demanda, dividir os produtos comprados em volumes desejados pelos clientes, o que inclui acumulação, reunir bens similares de múltiplas fontes em um estoque maior e heterogêneo; distribuição, dividir um estoque homogêneo em lotes menores; combinação, construir um sortimento de produtos a partir de várias fontes; e classificação, dividir um estoque heterogêneo em estoques separados, relativamente homogêneos. Por fim, mover fisicamente bens de onde foram produzidos para onde eles serão vendidos/comprados ou usados, o que inclui transporte, armazenamento, administração de estoques e processamento de pedidos. Os canais indiretos podem ter um ou mais intermediários que ligam o fabricante ao consumidor final, esses podem ser agentes, atacadistas, varejistas ou corretores. A utilização do canal indireto pode facilitar a logística, além de reduzir os custos da empresa, que não precisa arcar com os gastos de transporte e de manutenção de uma loja para vender no varejo, sendo que utilizando intermediários especializados em entregas e logística os produtos podem chegar mais rápido ao cliente, agregando valor. A maior desvantagem é que o fabricante não tem contato direto com o consumidor final, ficando mais difícil perceber suas necessidades e insatisfações em relação aos produtos. Já o canal direto de vendas ocorre quando o fabricante decide não utilizar intermediários na hora de vender seus produtos ao consumidor final. Algumas vezes o cliente compra o produto direto da fábrica ou a empresa, além de produzir, tem suas lojas próprias que fazem a venda. Assim há o contato com o consumidor e fica mais fácil saber o que ele realmente deseja, suas insatisfações, o que pode ser melhorado em relação aos produtos, preço, promoções, entre outros. Porém,a desvantagem é que acaba sendo um processo mais oneroso para a empresa, pois esta tem que arcar com todos os custos de transporte, vendas, manutenção de lojas, além de, por não ser especializada em logística, em alguns casos demorar mais tempo para fazer o produto chegar ao consumidor. Existem dois tipos de organizações que vendem produtos, os Atacadistas e os Varejistas. Segundo Rosenbloom (2002), atacadistas tradicionais são empresas que basicamente compram, assumem a propriedade, armazenam e manuseiam produtos em quantidades relativamente grandes para, em seguida, 45 revender esses produtos em quantidades menores para varejistas, empresas industriais ou comerciais, instituições ou até mesmo outros atacadistas. Um atacadista pode também ser chamado de atravessador, distribuidor, casa de suprimentos, intermediário, importador, exportador e outros. Os varejistas são intermediários que vendem diretamente para o consumidor final. Hoje em dia uma loja de varejo pode variar desde um pequeno estabelecimento, às vezes até tendo o próprio dono como atendente, até grande conglomerados, como lojas de departamentos ou hipermercados. De acordo com Rosenbloom (2002), os métodos de operação vão do serviço mínimo de lojas de desconto às gigantescas e elaboradas estruturas de shopping centers, sendo que a categoria inclui tanto o varejo com lojas quanto o varejo sem lojas, tais como empresas de pedidos pelo correio, de venda direta, de vendas pela TV e comércio eletrônico, via internet. Em relação à distribuição de seus produtos, independente de ser um atacadista ou varejista, usando ou não intermediários, existem três estratégias que a empresa pode adotar. Uma delas é a distribuição intensiva, que é a que satura o mercado com seus produtos, fazendo com que ele esteja presente em qualquer lugar que o consumidor vá, particularmente usado em produtos de consumo de massa, que prevê a alta rotação de estoques e preços baixos. Outra estratégia é a de distribuição seletiva, que permite à empresa uma distribuição ampla, porém sem popularizar a marca, o que poderia fazê-la perder valor. Para tanto nem todos os intermediários possíveis são utilizados e todos os escolhidos são cuidadosamente selecionados. A terceira estratégia é a distribuição exclusiva, que ocorre quando um ou poucos intermediários são usados, sendo comum o intermediário se dedicar exclusivamente a uma linha que seja sua atividade principal ou até mesmo quando a própria empresa vende seus produtos para um público selecionado rigorosamente, que pague caro e queira exclusividade, como no caso de vendas de jóias ou carros de luxo. 3.1.3.1 As lojas da EQ5 A Londrina_T01_EQ5 é uma empresa de fabricação e venda de microcomputadores, sendo que não utiliza intermediários durante esse processo, tendo sua fábrica e sua loja própria, ambas instaladas no município de Londrina-PR. 46 O foco principal da empresa são as vendas no varejo para empresas e consumidores finais, porém também vende para outras organizações em grande quantidade, atuando também no atacado. Para os três atuais produtos da empresa, Desktop, Notebook e Workstation, a estratégia de distribuição é a seletiva, alto número de vendas, mas sem deixar a marca exposta em qualquer lugar, pois isso tiraria credibilidade da empresa. Os novos produtos a serem comercializados pela EQ5, já vistos anteriormente, também seguirão a mesma estratégia, pois não são de consumo em massa e também não são exclusivos, portanto essa seria a melhor estratégia a ser adotada para a distribuição dos produtos. Em relação a lojas, atualmente a EQ5 conta com apenas uma loja, no Centro da cidade, localizada na Avenida Juscelino Kubitschek. É uma loja grande, com fachada em vidro espelhado de forma que quem está dentro consegue ver o lado de fora, mas o contrário não acontece, preservando a privacidade dos consumidores dentro da loja, com paredes, piso e teto claros, modelos de produtos expostos em balcões e prateleiras de forma convidativa ao cliente tocá-los e testálos, sempre com vendedores uniformizados muito educados a disposição de qualquer pessoa que entre na loja. A decoração conta com elementos futuristas ligados à informática, assim como diversas telas de LCD passando sobre os produtos e as campanhas da empresa, de forma ao cliente, ao entrar na loja, se sinta em um laboratório tecnológico do futuro, o que pode indiretamente incentivá-lo a comprar aparelhos tecnológicos. A intenção é fazer com que, ao visualizar todo aquele ambiente, desperte ou aumente a vontade de consumir os produtos vendidos, ou fazer o cliente se lembrar de uma vontade latente de possuir aqueles equipamentos de alta performance, ou qualquer outro aparelho que esteja à venda. Também conta com um calmo som ambiente, para que as pessoas permaneçam o maior tempo possível no interior das lojas, vendo e testando os produtos, para assim aumentar a vontade de comprá-los. Além dessa loja, há a intenção de inaugurar nos próximos meses outras duas unidades, ambas usando o mesmo modelo para atrair os clientes. Uma delas seria na Avenida Saul Elkind, na Zona Norte, pois é a região que mais cresce na cidade e onde o metro quadrado mais tem se valorizado, um local visto como estratégico para o crescimento da empresa. A outra loja será no Shopping Catuaí, 47 maior shopping center do Norte do Paraná, frequentado por pessoas de todas as regiões da cidade, além de quem mora em cidades vizinhas, portanto também é um local estratégico para o crescimento da empresa. 3.1.4 Promoção A Promoção de um produto, um bem, um serviço, uma marca, ou até mesmo de uma loja concentra todas as atividades de comunicação possíveis pela empresa, sendo que seus principais instrumentos são a venda direta, a propaganda, a promoção de vendas, o merchandising e a publicidade, que juntos formam o chamado composto promocional. A venda pessoal é a atividade interativa entre empresa e cliente, a venda em si, propriamente dita. Sua principal vantagem é poder dar uma resposta imediata para o cliente, sendo possível negociar para fechar a venda, também perceber o que o cliente acha que poderia melhorar. Porém vendedores mal selecionados, preparados e treinados podem por a perder uma venda fácil, até fazer a empresa perder um cliente fiel. Por isso é preciso investir bastante na capacitação/treinamento de vendedores, pois uma boa equipe de vendas é de suma importância para qualquer empresa. A propaganda, que muitas vezes é confundida com o próprio Marketing, é muito mais restrita do que a maioria imagina. Segundo Ayrosa (2009, p. 48), propaganda é “qualquer atividade de divulgação de mensagens em meios de comunicação onde há pagamento pelo uso do espaço”. Os meios de comunicação onde são veiculadas as propagandas são as mídias (como jornais, programas de TV, outdoors, revistas, entre outros), sendo que alguns têm um alcance mais amplo e geral, como o Jornal Nacional e a Revista Veja, e outros um alcance menor, mas mais focado, como a Revista Quatro Rodas, ou o programa Globo Rural. Como um espaço em uma mídia é caro e é necessária a repetição da mensagem veiculada para fixação pelo cliente, é preciso traçar boas estratégias e definir exatamente onde fazer as propagandas, principalmente se considerado o alto investimento a ser feito. As promoções de venda são atividades rápidas, geralmente envolvendo decisões relacionadas a preço, prazo, ponto de venda ou produto. Exemplos mais comuns são descontos dados ao cliente ou um grande parcelamento 48 do preço de um produto, ou até mesmo a redução do preço de venda para o varejista em casos específicos, compra em grande quantidade ou algum mês promocional, além de promoções no próprio produto, como a desagradável venda casada, muito utilizada por bancos que vinculam concessão de crédito com a compra de produtos bancários. É um instrumento usado para aumentar rapidamente o volume de vendas, mas não deve ser usado para fixação de marca. O merchandising é outro item que as pessoas confundem seu significado, imaginando que é apenas “fazer propaganda na TV ou falar sobre determinado produto”, a definição não chega a estar errada, mas merchandising é mais do que isso. Todas as atividades empreendidas para aumentar a visibilidade da marca no mercado, desde patrocínio de eventos até inserção de marcas e produtos em programas de rádio, televisão ou cinema, e também o visual do ponto de venda, de forma a atrair a atenção do comprador são chamados de merchandising. É um item importante tanto para aumento do número de vendas, considerando as ações no ponto de venda, quanto para a fixação da marca, considerando os patrocínios em eventos e programas, e pode ser de custo muito variável, dependendo das estratégias e objetivos da empresa. A publicidade é outro termo cujo significado é confundido. Muitos acham que a propaganda, merchandising e publicidade são a mesma coisa, mas a principal diferença é que a publicidade é gratuita para a empresa, e os outros dois são pagos. Publicidade ocorre quando algum meio de comunicação veicula alguma notícia em que direta ou indiretamente fale bem sobre uma empresa, uma marca ou um produto. Para que isso ocorra é preciso que a organização tenha uma assessoria de imprensa que mantenha os veículos de comunicação atualizados sobre o que a empresa tem feito e pretende fazer (obviamente não sendo uma estratégia secreta). O principal problema desse instrumento é não poder controlar o que os jornalistas, cronistas, colunistas e formadores de opinião escrevem ou falam, por isso é preciso sempre tentar agradá-los, porém é quase impossível agradar a todos. Existem três políticas, ou estratégias, para o composto promocional: a de empurrar, a de puxar e a de fazer ambas ao mesmo tempo. A estratégia de expansão, conhecida em inglês como push, que significa empurrar, consiste em concentrar as atividades de comunicação no local de venda, fazer com que o produto já pronto seja oferecido ao cliente. É a empresa que “empurra” o produto 49 para o consumidor. É apropriada para produtos extremamente sem diferenciação e de altíssima rotatividade. A estratégia de retração, conhecida em inglês por pull, que significa puxar, é o contrário da de expansão, consiste em concentrar os esforços de comunicação nos público, no consumidor final, descobrir o que ele realmente deseja e então fazer o produto para que ele compre. É o cliente quem “puxa” o produto da empresa. É uma estratégia recomendada para produtos muito diferenciados, em que o posicionamento é de vital importância. Por fim, há a estratégia combinada, em que a empresa usa todas as formas possíveis para chegar ao cliente, o qual recebe informações relativas ao produto vindas da empresa e também passa, via varejistas, o que deseja, o cliente tanto “pede” certo produto quanto consome um oferecido a ele. 3.1.4.1 Estratégias promocionais da empresa A empresa Londrina_T01_EQ5 utiliza diversas formas de promoção de seus produtos, incluindo as cinco variáveis do composto promocional mencionadas anteriormente e uma estratégia combinada de expansão e retração (empurrar e puxar). Os produtos fabricados pela EQ5 são feitos tanto a partir de projetos particulares da empresa, tendências da demanda, quanto da percepção das reais necessidades dos clientes. A venda pessoal é muito valorizada na empresa, por isso os vendedores são selecionados com muito rigor e passam todos por um treinamento específico para vendas, sendo que a educação e a higiene são primordiais e, como norma da empresa, é preciso ser atencioso, sem jamais chatear os clientes. As principais propagandas da empresa são feitas em jornais e revistas locais, assim como inserções em programas de rádio e televisão da cidade. O investimento é feito para que a marca EQ5 e suas promoções sejam incessantemente veiculadas e então fixadas na cabeça dos consumidores. Em relação às promoções de vendas, a estratégia é aumentá-las para os próximos meses, implantando as vendas a prazo através de cartão de crédito, vendas casadas e também descontos promocionais para clientes cadastrados nos meses de seus aniversários. As estratégias de merchandising incluem o layout da loja, já descrito antes, quando foi falado do Ponto de Venda, 50 além de patrocínios de eventos pequenos e regionais, como Olimpíadas de Colégio, por serem mais baratos e focados. A publicidade da empresa será também explorada, porém com menor intensidade, pois não conta com Assessoria de Imprensa, nem há a intenção de contratar uma nos próximos meses, porém a EQ5 estará sempre se comunicando com os meios de comunicação para passar as informações importantes e relevantes através da sua Diretoria de Marketing. 3.2 A MATRIZ BCG Matriz BCG é o nome dado a um modelo criado pela empresa norteamericana Boston Consulting Group, que permite classificar os produtos ou serviços da empresa através de dois critérios, a taxa de crescimento de mercado e a participação de mercado relativa, que é obtida através da divisão da parcela de mercado da empresa pela do principal concorrente. Nesta Matriz os produtos são classificados de quatro formas: pontos de interrogação, também conhecidos como crianças-problema ou oportunidades; produtos estrela; vacas leiteiras; e animais de estimação. Os pontos de interrogação são os produtos de alto crescimento de mercado, mas com baixa participação de mercado relativa, com tendência a gerar fluxo de caixa negativo por exigir altos investimentos para continuar crescendo e desbancar os principais concorrentes. Os produtos estrela são aqueles que possuem alto crescimento de mercado e alta participação de mercado relativa, geralmente possuem fluxos de caixa positivos, mas exigem certo investimento para poder acompanhar o crescimento do mercado e não deixar que os concorrentes o superem. As vacas leiteiras são produtos de baixo crescimento de mercado, mas alta parcela de mercado relativa, não exigem muitos investimentos pois já estão consolidados, é preciso apenas o básico para a sua manutenção em alta, por isso costuma ser altamente lucrativo, gerando caixa para investimento em outros produtos. Por último, os animais de estimação são aqueles com baixo crescimento de mercado e baixa participação de mercado relativa, tendem a gerar fluxos de caixa neutros ou negativos, por isso são sérios candidatos a serem retirados de linha. 51 Figura 7 - Matriz BCG Serrano (2006) resumiu a classificação dos produtos na Matriz BCG como: vacas leiteiras são produtos com alta participação relativa em um mercado de baixo crescimento; animais de estimação são produtos com baixa participação relativa em um mercado de baixo crescimento; ponto de interrogação são os produtos com baixa participação relativa em um mercado de alto crescimento; e estrelas são produtos com alta participação relativa em um mercado de alto crescimento. Os produtos de uma empresa podem, de acordo com a sua fase de vida, variar de classificação dentro da Matriz BCG. Para entender melhor sobre isso é preciso também entender sobre o ciclo de vida de um produto que, assim como as pessoas, nascem e crescem, sendo que a maioria também morre. De acordo com Kotler (2000), ao dizer que um produto tem um ciclo de vida é preciso afirmar quatro pontos: os produtos têm uma vida limitada; as vendas dos produtos atravessam estágios distintos, sendo que cada um apresenta desafios, oportunidades e problemas diferentes para o vendedor; os lucros sobem e descem em diferentes estágios do ciclo de vida do produto; e os produtos requerem estratégias de marketing, financeiras, de produção, de compras e de recursos humanos diferentes a cada estágio de seu ciclo de vida. O ciclo de vida de um produto é composto basicamente por quatro etapas, a introdução, o crescimento, a maturidade e o declínio. Na introdução é fundamental um esforço maior na promoção do produto, seus consumidores geralmente são pessoas pioneiras, que gostam de novidades, e dificilmente essa fase será lucrativa. Na fase de crescimento o produto já é um pouco conhecido, os 52 esforços promocionais podem diminuir razoavelmente, um maior número de consumidores passa a comprar o produto, estes são chamados de “racionais”, pois não consomem por impulso, apenas o fazem após outros já o terem testado. O crescimento é onde o produto começa a ser lucrativo e a se consolidar no mercado. A fase de maturidade ocorre quando o produto já está consolidado no mercado, praticamente todas as pessoas do seu público-alvo já o conhecem e o consomem. Por isso os esforços em promoção podem ser diminuídos, o que faz com que seja a fase mais lucrativa de seu ciclo de vida, podendo pagar todo o investimento anteriormente feito nele mesmo e inclusive para o lançamento de novos produtos. Geralmente quando um produto substituto é lançado ou, em caso de produtos relacionados a moda ou modismos, quando estes passam, ocorre a fase de declínio do produto, aonde suas vendas vão diminuindo, assim como a sua lucratividade, fazendo com que ele chegue até ao ponto de ser deficitário. Com base nisso é possível estabelecer uma relação entre o estágio do ciclo de vida em que o produto se encontra e seu posicionamento na Matriz BCG, sendo que na introdução ele seria um ponto de interrogação, no crescimento seria um produto estrela, na maturidade uma vaca leiteira e no declínio um animal de estimação. Os períodos de tempo de cada fase do ciclo de vida varia muito de acordo com o produto, as estratégias de marketing e da aceitação do mercado. Uma das funções do Marketing é fazer com que o produto passe o mais rápido possível pelos dois primeiros estágios, fique o maior tempo possível na maturidade, assim aumentando a lucratividade da empresa. Ao chegar ao declínio, é preciso fazer com que o produto retome uma das fases anteriores, seja a introdução ou o crescimento, dependendo das mudanças a serem feitas, isso, é claro, se a empresa desejar mantê-lo em sua linha de produtos. 3.2.1 Classificação dos Produtos da EQ5 Mesmo as empresas concorrentes dentro de um mercado, contendo produtos iguais ou muito semelhantes, podem ter classificações diferentes na Matriz BCG em relação a seus produtos. Tudo depende do investimento feito pela empresa em um produto, da parcela de mercado alcançada com ele, do potencial de crescimento dessa parcela e do lucro que ele proporciona. Os produtos agora analisados são os vendidos atualmente pela EQ5: Desktop, Notebook e Workstation. 53 Os Desktops são produtos que necessitam de investimento baixo para seu desenvolvimento, porém alto para sua promoção. Necessitam ser vendidos a um preço baixo, o que proporciona uma margem de lucro pequena. É o produto em que a EQ5 tem a maior parcela de mercado, porém como mesmo em alguns meses muitas pessoas já procuraram o produto e não o encontraram por falta de estoque, percebe-se que é possível crescer ainda mais, por isso o Desktop é o “produto estrela” da empresa. Os Notebooks são produtos que necessitam de investimento médio em seu desenvolvimento e relativamente alto em sua promoção, vendidos a um preço maior que um Desktop, geralmente também proporcionando uma margem de lucro maior. Na EQ5 o Notebook é o produto com a menor parcela de mercado, abaixo dos demais concorrentes, inicialmente proporcionava uma boa margem de lucro à empresa, porém para tentar aumentar as vendas a parcela foi diminuída por causa da redução do preço e do aumento em investimentos. O mercado de Notebooks tem ainda grande possibilidade de crescimento e as estratégias para o futuro da EQ5 fazem pensar que a venda desse produto e, consequentemente sua parcela de mercado, podem aumentar consideravelmente. Porém a situação reconhecidamente é delicada, apesar de todos os esforços na recuperação dos Notebooks, há a hipótese da Diretoria da empresa decidir por não mais produzi-los. Por isso o Notebook é um produto que, na EQ5, é um “animal de estimação”, mas que a empresa tenta fazê-lo voltar a ser um “ponto de interrogação”. Os Workstations são produtos que precisam de um investimento alto para seu desenvolvimento, mas baixo para sua promoção, pois sua venda é mais dirigida, são tradicionalmente mais caros, o que proporciona uma grande margem de lucro para a empresa, muitas vezes subsidiando investimentos em outros produtos. A parcela de mercado do Workstation da EQ5 é relativamente média, porém esta tem um grande potencial de crescimento, mas a quantidade demandada total não deve crescer muito nos próximos meses, pois os consumidores são muito seletos. Por isso o Workstation é considerado a “vaca leiteira” da empresa. 54 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A participação no Jogo de Negócios Strategy produzido pela Fundação Getúlio Vargas para seu Curso de Pós-Graduação em Administração de Empresas é de grande importância para o vivenciamento prático de experiências organizacionais em um ambiente virtual que simula o real. Diferentemente de simples estudos de caso, ao tomar uma decisão no Jogo de Negócios é possível verificar seu real resultado para a empresa, porém é importante perceber que o resultado não depende apenas de suas decisões, mas também das dos concorrentes. Para tomar as decisões necessárias para a empresa, todas as pessoas do Grupo acabam analisando a empresa como um todo, não apenas a sua área de atuação. Isso faz com que sejam ampliados os conhecimentos em todas as áreas gerenciais, como Marketing, Recursos Humanos, Finanças, Produção e Operações, pois todos verificam as consequências de cada decisão tomada em cada área e seus reflexos tanto nas outras áreas quanto na empresa como um todo. Após isso, ao produzir um trabalho específico da área escolhida, no caso deste o Marketing, foi possível, além de aprofundar os conhecimentos teóricos sobre os assuntos discorridos, simular estratégias para melhorar o desempenho da empresa, fazendo-a crescer, através desses temas. Assim como é possível ter uma melhor ideia de como aplicar na prática os conhecimentos adquiridos nas áreas estudadas. 55 REFERÊNCIAS AYROSA, Eduardo. Apostila de Marketing Empresarial. Curso de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, Maio 2009. CHURCHILL JR., Gilbert et PETER, J. Paul. Marketing: Criando Valor para os clientes. São Paulo, Saraiva, 2000. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo, Prentice Hall, 2000. MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. São Paulo: Pioneira, 2001. MOREIRA, José Carlos. Orçamento empresarial: manual de elaboração. 5 ed. São Paulo, Atlas, 2002. ROCHA, Prof. Orlando. Introdução à Informática. Disponível em <http://www.dee.cefetma.br/pessoal/orlando/arquivospdf/IntroducaoaInformaticaHardware.pdf>. Acesso em 14 jul 2010. ROSENBLOOM, Bert. Canais de Marketing. São Paulo. Atlas, 2002. SEDYCIAS, Roberto. A Revolução Do Computador Desktop. 2008. Disponível em <http://www.webartigos.com/articles/4904/1/A-Revolucao-Do-ComputadorDesktop/pagina1.html>. Acesso em 14jul 2010. SERRANO, Daniel. A Matriz BCG. 2006. Disponível em <http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/MatrizBCG.htm>. Acesso em 19 jul 2010. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 56 ANEXO 57 ANEXO A - TABELA DE CONTROLE Desktop Notebook Workstation N° Trabalhadores 346 R$ R$ R$ Preço de Venda 1.299,34 2.900,48 5.997,77 R$ R$ R$ Prop. E Prom. 50.000,00 90.000,00 40.000,00 R$ Salário 490,00 R$ Benefícios 20,00 N° Máquinas 889 Empréstimos P&D R$ R$ R$ 550 182 51 Part. Lucros (% ) Aplicações Dividendos R$ 0,00 R$ 0,00 882 Estoque Inicial Produzidos Desktop Notebook Workstation Expec. Vendas 0 0 4 Produção 550 182 51 Horas Trabalho Desktop Notebook Workstation Total Sobra/Falta 550 182 51 783 Trab Ociosos Estoque Final 600 200 60 -50 -18 -5 Unidades Prod. 27500 18200 10200 55900 -540 11072 Custos Fábrica Desp. Adm. Man. Capac. Expansão MOB ociosa Estocagem Horas Extras Compra Infs. Terceirização Investimento Total Produção 20.000,00 30.000,00 550 455 61,2 1066,2 -177,2 177,8 -3 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 50.000,00 35.560,00 1.721,25 30.000,00 88.600,00 R$ 0,00 205.881,25 Custos Prod. Desktop Notebook Workstation R$ R$ R$ Mão de Obra 318,75 637,50 1.275,00 Preço Desktop Notebook Workstation Custo R$ R$ R$ 1.259,66 2.736,30 5.730,77 Margem Cont. Desktop Notebook Workstation Preço R$ R$ R$ 1.299,34 2.900,48 5.997,77 R$ 35560 0 unidades (3.442,50) -14600 1.721 88.600 R$ R$ R$ Insumos 850,00 1.100,00 1.900,00 Margem 3,150% 6,000% 4,659% Custo Unit. R$ 1.259,66 R$ 2.341,90 R$ 4.547,55 Prop. Prom. R$ 90,91 R$ 494,51 R$ 784,31 P&D R$ R$ 109,89 R$ 588,24 Preço Venda R$ 1.299,34 R$ 2.900,48 R$ 5.997,77 Lucro R$ 39,68 R$ 164,18 R$ 267,00 MC R$ 39,68 R$ 558,59 R$ 1.450,22 Rateio R$ R$ 394,41 R$ 1.183,23 R$ 21.823,59 R$ 29.880,44 R$ 13.616,84 R$ 65.320,87 TOTAL R$ 1.259,66 R$ 2.736,30 R$ 5.730,77