Introdução ao Estudo do Átomo Prof. Willame Bezerra Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Demócrito Por volta de 400 anos a.C. filósofo grego Demócrito sugeriu que a matéria não é contínua, isto é, ela é feita de minúsculas partículas indivisíveis. Essas partículas foram chamadas de átomos (a palavra átomo significa, em grego, indivisível). Demócrito postulou que todas as variedades de matéria resultam da combinação de átomos de quatro elementos: terra, ar, fogo e água. Demócrito baseou seu modelo na intuição e na lógica. No entanto foi rejeitado por um dos maiores lógicos de todos os tempos, o filosofo Aristóteles. Este reviveu e fortaleceu o modelo de matéria contínua, ou seja, a matéria como "um inteiro". Os argumentos de Aristóteles permaneceram até a Renascença. Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Modelo de Dalton Todo modelo não deve ser somente lógico, mas também consistente com a experiência. No século XVII, experiências demonstraram que o comportamento das substâncias era inconsistente com a idéia de matéria contínua e o modelo de Aristóteles desmoronou. Em 1808, John Dalton, um professor inglês, propôs a idéia de que as propriedades da matéria podem ser explicadas em termos de comportamento de partículas finitas, unitárias. Dalton acreditou que o átomo seria a partícula elementar, a menor unidade de matéria. Surgiu assim o modelo de Dalton: átomos vistos como esferas minúsculas, rígidas e indestrutíveis. Todos os átomos de um elemento são idênticos. Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br O primeiro modelo sobre átomo baseado em experiências, foi proposto em 1803, por John Dalton cientista inglês, onde as características principais seriam: O átomo seria indivisível ou seja, o átomo não poderia ser dividido em partes menores do que ele; Seria maciço, isto é completamente cheio por dentro, sem nenhum, espaço vazio ; Teria uma forma esférica, em outras palavras seria uma bolinha de tamanho minúsculo; Todos os átomos de um mesmo elemento químico teriam exatamente a mesma massa. A partir de 1897 este modelo atômico sofreu transformações, chegaram a conclusão que o átomo não era indivisível e sim que era constituído de partes ainda menores, e que poderiam ser removidas do próprio átomo. Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida “Bola de bilhar” Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Modelo de Thomson Em 1987, o físico inglês J.J. Thomson demonstrou que os raios catódicos poderiam ser interpretados como um feixe de partículas carregadas que foram chamadas de elétrons. A atribuição de carga negativa aos elétrons foi arbitrária. Thomson concluiu que o elétron deveria ser um componente de toda matéria, pois observou que a relação carga/massa para os raios catódicos tinha o mesmo valor, qualquer que fosse o gás colocado na ampola de vidro. Em 1989, Thomson apresentou o seu modelo atômico: uma esfera de carga positiva na qual os elétrons, de carga negativa, estão distribuídos mais ou menos uniformemente. A carga positiva está distribuída, homogeneamente, por toda a esfera. Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Em 1897 Thomson, propôs que a massa total do átomo seria devida quase que totalmente apenas às cargas positivas (próton). Estas espalhadas uniformemente , por toda uma esfera formando uma massa compacta e uniforme. Na sua superfície estariam aderidos os elétrons espaçados de modo uniforme. “Pudim com passas” Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Modelo nuclear (Rutherford) Em 1911, Lord Rutherford e colaboradores (Geiger e Marsden) bombardearam uma lâmina metálica delgada com um feixe de partículas alfa. Esse feixe atravessou a lâmina metálica sem sofrer desvio na sua trajetória (para cada 10.000 partículas alfa que atravessou sem desviar, uma era desviada). Para explicar a experiência, Rutherford concluiu que o átomo não era uma bolinha maciça. Admitiu uma parte central positiva muito pequena mas de grande massa ("o núcleo") e uma parte envolvente negativa e relativamente enorme ("a eletrosfera ou coroa"). Se o átomo tivesse o tamanho do Estádio do Castelão em Fortaleza, o núcleo seria o tamanho de uma moeda de um centavo. Surgiu assim o modelo nuclear do átomo. Colégio O modelo de Rutherford é o modelo planetário do átomo, no qual os elétrons descrevem um movimento circular ao redor do núcleo, assim como os planetas se movem ao redor do sol. Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Partículas alfa (a) Carga positiva; Partícula beta (b) Carga negativa; Emissões gama (g) Ondas eletromagnéticas. Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Colégio Santo Inácio Jesuítas Experimento de Rutherford Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Animação em Flash Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Colégio Modelo Planetário Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Modelo de Bohr O modelo planetário de Rutherford apresenta duas falhas: Uma carga negativa, colocada em movimento ao redor de uma carga positiva estacionária, adquire movimento espiralado em sua direção acabando por colidir com ela. Essa carga em movimento perde energia, emitindo radiação. Ora, o átomo no seu estado normal não emite radiação. Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr expôs uma idéia que modificou o modelo planetário do átomo. Um elétron num átomo só pode ter certas energias específicas, e cada uma destas energias corresponde a uma órbita particular. Quanto maior a energia do elétron, mais afastada do núcleo se localiza a sua órbita. Se o elétron receber energia ele pula para uma órbita mais afastada do núcleo. Por irradiação de energia, o elétron pode cair numa órbita mais próxima do núcleo. No entanto, o elétron não pode cair abaixo de sua órbita normal estável. Mais tarde, Sommerfeld postulou a existência de órbitas não só circulares mas elípticas também. Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Energia absorvida E2 – E1 Energia liberada E2 – E1 Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br Colégio Santo Inácio Jesuítas Educação para toda a vida Prof. Willame Bezerra www.clubedequimica.com.br