ALGUNS ASPECTOS FONOLÓGICOS DO IRLANDÊS
João Bittencourt de Oliveira
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O irlandês (Gaeilge), também conhecido como gaélico irlandês, é um
idioma de origem céltica falado como língua nativa na ilha da Irlanda (em irlandês Éire e em inglês Ireland) por cerca de 355.000 pessoas, predominantemente nas zonas rurais ocidentais da ilha. O irlandês já havia sido a língua principal da ilha antes de os ingleses
conquistarem-na durante a Idade Média.
A partir de 1922, com a independência da República da Irlanda
(chamado originalmente "Estado Livre Irlandês"), o irlandês passou
a ser, juntamente com o inglês, o idioma oficial do país.
O irlandês apresenta, ao lado de traços gramaticais e morfológicos de
grande complexidade, traços fonológicos que têm sido objeto de copiosos estudos de renomados filólogos e lingüistas, principalmente a
partir do século XIX. Os primeiros registros do estágio antigo da língua de que se tem notícia consistem de inscrições rudimentares em
pedras no enigmático alfabeto ogham. Um dos aspectos mais marcantes da fonologia do irlandês é o fato de quase todas as consoantes
possuírem duas realizações fonéticas possíveis: uma labiovelarizada
e outra palatalizada. O contraste entre essas duas realizações é crucial no irlandês, pois o significado de uma palavra pode mudar radicalmente se uma consoante labivelarizada for substituída por uma
palatalizada ou vice-versa. Esse contraste não afeta apenas as consoantes de uma palavra, mas também as vogais adjacentes. O desdobramento desses traços acarreta outros fenômenos igualmente complexos conhecidos como lenização e eclipse.
O presente trabalho procura enfocar esses aspectos à luz das mais recentes investigações desenvolvidas por especialistas da área.
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