REVISTA DO 55º BAZAR/2014 H I STÓ R I AS E T R A J E TÓ R I AS ANÚNCIO IMPRESUL Chaverot M Sônia Unikowsky Teruchkin, Presidente Centro Porto Alegre ais um ano se passou, e nós estamos novamente frente ao nosso maior evento: o Bazar e, junto a este, a nossa Revista do Bazar. São dois momentos em que todas as ativistas da NA’AMAT PIONEIRAS - Porto Alegre se unem com muita dedicação e carinho, buscando proporcionar um dia muito agradável e momentos de leitura deliciosos. Este ano, escolhemos a Mídia como tema do Bazar e da Revista. Por que a Mídia? Porque ela influencia no modo de agir e de pensar, uma vez que é uma poderosa ferramenta formuladora e criadora de opiniões, saberes, normas e valores. São os meios de comunicação que nos permitem ficar sempre atentos ao que acontece no mundo, e hoje a internet e as redes sociais se tornaram um relevante meio para discutir e divulgar nossas ideias e eventos. Visando a melhorar a comunicação interna e externa, buscamos adequar a forma de registro de nossas reuniões, tornando-as mais enxutas e claras, e o nosso boletim, onde todos os grupos e departamentos podem se encontrar. Igualmente, estamos entregando uma Revista do Bazar mais clean e com mais cores, para que todos possam apreciar os nossos articulistas. Esta revista, bem como os números anteriores, está disponível na internet em http:// É um orgulho para a NA’AMAT Brasil participar do 55º Bazar, evento já tão tradicional do Centro Porto Alegre! O Bazar começou em 1960, ainda sob o comando das fundadoras. Durante estes 54 anos, o Bazar foi crescendo, acompanhando o desenvolvimento da Organização em Porto Alegre. É através das atividades dos Centros que NA’AMAT realiza o seu trabalho e é por isso que o Executivo Nacional está sempre apoiando essas iniciativas, buscando conhecer cada particularidade regional através de Shlichut (missão) pelo país. Em todo o Brasil, os Centros realizam várias atividades com afinco para auxiliar as instituições sociais que necessitam. Ajudar o próximo, praticando a justiça social, é uma das máximas do judaísmo. E tentamos, sempre, colocá-la em prática. Em Israel, sede da NA’AMAT, um dos principais objetivos é elevar o status da mulher, de modo a conquistar os mesmos direitos de todos os cidadãos. Centros de integração, escolas agrícolas, escolas profissionalizantes, cursos profissionalizantes para presidiárias, dezenas de creches espalhadas pelo país e um ativo Departamento Jurídico, integrado ao Centro Glickman, www.naamat.org.br/site/revista-do-bazar/. Assim, a NA’AMAT PIONEIRAS também tem se beneficiado dos avanços tecnológicos e da qualidade da comunicação, pois é uma organização presente em vários países e estados do Brasil. Como NA’AMAT - uma sigla que, em hebraico, significa “Mulheres Trabalhadoras e Voluntárias” - e, como PIONEIRAS, somos engajadas em um trabalho cultural e social beneficente. Quando aceitei presidir a NA´AMAT PIONEIRAS - Porto Alegre, sabia que teria um grande desafio. Conviver com pessoas de diferentes vivências e maneiras de pensar, que têm uma missão comum, é algo bastante interessante e enriquecedor. Os meios têm se alterado ao longo dos anos – para constatar isso, basta ler a evolução do nosso bazar na Revista - , mas o fim é um só: o crescimento da nossa Organização, para que ela possa continuar contribuindo para elevar o papel das mulheres na sociedade, mantendo acesa a chama das tradições e da justiça social (tsedaká). Existe força, poder e segurança em grupo quando se caminha na mesma direção, com pessoas que compartilham um objetivo comum. Quero parabenizar e agradecer a cada uma de vocês por sua dedicação à NA´AMAT PIONEIRAS. Gostaria de desejar um ano gratificante e exitoso. E que a paz seja o nosso destino! referência internacional no que se refere à violência da mulher, fazem com que a NA’AMAT seja a maior organização feminina do país. O tema escolhido para este ano, “Mídia”, é de extrema importância. Em um mundo de conexões quase que instantâneas, sem barreiras geográficas ou ideológicas, a mídia torna-se uma forte ferramenta, na qual a informação é o poder. O caminho é usar esse espaço a nosso favor, fazer com que a mídia coopere para distribuir e informar ao público nossas realizações. Temos visto, principalmente nesse momento de tensão em Israel, uma demonstração deste poder e como ele vem sendo usado para atender a outros interesses que não informar, apresentando informações parciais e contra nosso povo. Os meios alternativos, como as redes sociais, são uma opção para podermos nos defender e apresentar a história e seus fatos para aqueles que a desconhecem. Esse é o poder e a importância da mídia. Desejamos agora muita força a Eretz Israel. Por fim, parabenizamos o Centro Porto Alegre pelo seu trabalho, que é reconhecido não só pela comunidade judaica como pela sociedade mais ampla, e, neste momento, pela realização do seu já tradicional 55º Bazar Anual, desejando-lhe muito sucesso. PRESIDENTES Queridas Céres Maltz Bin, Presidente Executivo Nacional REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 3 Na’amat Pioneiras 55º Bazar Anual da editorial Na’amat Pioneiras Expediente Na’amat Pioneiras BAZAR 2014 p, alter, Lúbia Scliar Zilberkno ch Bu r lia Sc i ril Ma in, te ns Rosane Bore ikowsky Teruchkin Renata Fischer e Sônia Un L úbia Zilberknop, Coordenadora do Departamento Cultural, sugeriu, e as chaverot aprovaram: o tema do 55º Bazar Anual seria “Mídia”. Mas, afinal, o que é mesmo mídia? De acordo com o dicionário do Aurélio, mídia significa “designação genérica dos meios, veículos e canais de comunicação, como, por exemplo, jornais, rádio, televisão, outdoor etc.”, e ainda “setor de agência de propaganda responsável pela veiculação de anúncios na mídia”. No Google, J. Argemiro define mídia como “ os meios de comunicação de massa (imprensa, televisão, rádio, internet, telefone, teatro, cinema, dança etc.). Curiosamente, trata-se da adoção, no Brasil, da pronúncia inglesa para a palavra latina “media” (plural de “medius”, que quer dizer “meio”), retirada da expressão “mass media” que, à sua vez, os ingleses extraíram da locução latina “media communicationis” (meios de comunicação). É, portanto, um estrangeirismo que se aportuguesou, abarcando um conceito bem amplo da palavra. E muito importante: pela força que possui, elegendo governantes, destituindo outros, influindo no comportamento das pessoas, a mídia é considerada o quarto poder.” Com a escolha, então, do tema para o Bazar e para esta Revista, buscamos um contato direto com os comunicadores de jornais, revistas, TV e rádio, pedindo-lhes que colaborassem conosco. Foi um contato muito proveitoso e, acima de tudo, bastante prazeroso. Queridos colaboradores, foi muito boa a comunicação com vocês: foram ótimos bate-papos através dos inúmeros e-mails que trocamos. Em nossa revista, os leitores terão oportunidade de conhecer a trajetória e histórias que nos emocionaram e que nos fizeram perder o fôlego. Foi um prazer conhecer vocês, Daniel Scola, Desirée Suslick, Diego Casagrande, Fabio Prikladnicki, Leo Gerchmann, Mariana Kalil, Mariana Turkenicz, Martha Medeiros, Roger Lerina, Rosane de Oliveira, Sara Bodowsky e Tulio Milman. Vocês nos ajudaram a construir a revista, fazendo também a tsedaká (justiça social). Por se tratar do 55º Bazar, tentamos resgatar a história do mesmo através de depoimentos de três chaverot (companheiras). Elas nos contaram como se iniciou: temos a impressão de que começou como um “provinciano armazém de secos e molhados”, até se transformar nesta grande festa que hoje reúne os 17 grupos de voluntárias, durante todo um dia de domingo, ocupando os três andares da Hebraica-RS e atraindo um grande público de nossa cidade. Para finalizar, desejamos um grandioso Bazar na Hebraica, dia 31 de agosto, onde todos serão muito bem-vindos! NA’AMAT PIONEIRAS Presidente: Sônia Unikowsky Teruchkin Vice-Presidentes: Jane Altschieler e Suzette Levy Nunes Teixeira Coordenação do Bazar: Celi Maltz Raskin, Sarah Gerber e Sheila Maltz Comissão de Patrocínios: Luciana Borenstein, Malvina Beresniack, Renata Fischer, Rosane Borenstein e Sheila Maltz Departamento de Divulgação Conselho Editorial:Marili Scliar Buchalter, Lúbia Zilberknop, Sônia Unikowsky Teruchkin, Renata Fischer e Rosane Borenstein Revisora: Lúbia Zilberknop Produção: Enfato Multicomunicação Diagramação: Kike Borges Pré-impressão e Impressão: Impresul Distribuidora: Faster Tiragem: 1500 exemplares Distribuição Gratuita Trabalho Voluntário: Organização das Mulheres Pioneiras / Na’amat Pioneiras - Porto Alegre Rua Gen. João Telles, 329 / 3º andar / CEP: 90 035-121 / Porto Alegre/ RS Fone/Fax: (051) 3311-0822 Fale Conosco: [email protected] www.naamat.org.br Marili Scliar Buchalter Coordenadora do epartamento de Divulgação 4 REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras coral zemer: 10 ANOS DE história NA’AMAT D esde sua fundação, a organização Na’amat Pioneiras de Porto Alegre sempre se destacou por suas atividades culturais, com palestras, seminários, cinema e outras manifestações. Há dez anos, a Na’amat decidiu abrir outra frente cultural. Foi criado o Coral Zemer, com o objetivo de divulgar as tradições judaicas por meio do canto coral, da mesma forma com que as arkadot (danças israelis) transmitem a cultura através da dança. Nestes 10 anos, o Coral Zemer teve a oportunidade de se apresentar em inúmeras manifestações corais, tanto para a comunidade judaica quanto para a não judaica: Festival de Etnias em Erechim, Festival Uruguaianense de Integração de Coros, Projeto Petropar no Theatro São Pedro, Festival de Música Klezmer, em São Paulo, Cabalat Shabatot na praia (Capão da Canoa, Atlântida, Xangri-lá), em parceria com a Sinagoga da União Israelita. Em setembro, o Coral se apresentará em Florianópolis, com a parceria e o apoio da AIC (Associação Israelita Catarinense). Sendo filiado à FECORS (Federação de Coros do RS),o Coral Zemer tem participado de muitos Festivais de Coros tanto em Porto Alegre quanto no interior do estado, em clubes, associações, capelas, catedrais. Desta forma, o Coral está atingindo um dos seus objetivos, que é mostrar para um público não judaico músicas em ídiche, hebraico e ladino, desconhecidas da grande maioria dessas pessoas. Nesta trajetória de passado, presente e considerando também o futuro, o Coral Zemer acredita que o fato de aproximar culturas diferentes cria uma ponte para uma maior convivência e integração com a sociedade como um todo. HOMENAGEM Chaverá Zelda Oliven z’l Z elda Oliven nasceu em 1919, em Berlim, Alemanha, filha de pais poloneses. Durante a adolescência, ela e o namorado (e futuro marido) pertenciam a movimentos juvenis sionistas. Para escapar do nazismo, ela e o seu irmão refugiaram-se na Inglaterra. Os seus pais morreram no Holocausto. Casou, por procuração, com Klaus Oliven, que já estava, junto com sua família, no Brasil. Quando Zelda chegou a Porto Alegre, nos anos 40, ela sofreu um grande choque cultural: a nossa cidade, naquela época, se comparada à grande metrópole alemã, era muito provinciana. Em 11 de setembro de 1948, com menos de 29 anos de idade, Zelda, com mais cinco mulheres cujas vidas eram pautadas pelos ideais sionistas, e com o entusiasmo pela recente criação do Estado de Israel, fundou o que seria a Na’amat Pioneiras Brasil. Era a Organização das Mulheres Pioneiras, filiada à Moetzet Hapoalot, de Israel, cujo primeiro núcleo no Brasil foi em Porto Alegre. Apesar de ter seis filhos ainda pequenos e dar aulas de inglês, Zelda Oliven ainda se dedicou de corpo e alma à nova entidade criada. Foi sua Presidente por 20 anos, e incentivou muitos departamentos da nossa Organização, como o Bazar e o Departamento Cultural. Sempre aberta a novas ideias, ela era ouvida e respeitada por todos quantos a conheceram. Nas peguishot e kinussim (congressos), o Executivo Nacional sempre lhe concedia a honra de divulgar ao plenário as sugestões e resoluções. Preocupada com a continuidade da Na’amat, entusiasmava-se quando via um rosto jovem entrando na Na’amat. Zelda Oliven, apesar da idade, era uma mulher jovem de espírito e muito à frente do seu tempo (Zelda nos deixou em 2013). Para nós, da Na’amat, foi uma honra, um privilégio e uma grande alegria contar com uma chaverá do quilate de Zelda Oliven. Pioneira desde 1948, Zelda por ela mesma: Nome: Zeldi Oliven Nascida: em Berlim, Alemanha Data: já neste século Peso: 3 quilos a mais Cabelos: pintados Olhos: operados Dentes: emendados Busto: levantado Barriga: encolhida Pé: grande O resto: ok Instrução: 1º grau Estado Civil: casada, 6 filhos Nacionalidade: brasileira naturalizada REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 5 Na’amat Pioneiras Lúbia Zilberknop HISTÓRIA Professora Doces Lembranças: a História do Bazar No ano em que se realiza o 55º Bazar da Na’amat Pioneiras, é importante resgatar um pouco da sua memória. Para tanto, as duas Saras (Gerber e Wainstein), antigas chaverot que viveram esses momentos, contam um pouco de suas lembranças 6 A origem do Bazar se deve às ideias e orientação de Zelda Oliven z’l. Sabíamos que tínhamos que fazer alguma coisa diferente para obter mais recursos. Pedimos que cada ativista trouxesse artigos não perecíveis, para vendermos como mercadoria. Assim, os grupos, em cada reunião, traziam açúcar, café, farinha etc. Esse, portanto, pode ser considerado o embrião do Bazar das Pioneiras (Sarah Gerber). No dia do Bazar, que antigamente era feito no Centro Israelita, as chaverot esperavam na porta as “freguesas” e acompanhavam-nas de barraca em barraca. A venda era individual, e a concorrência em pegar aquelas que a gente imaginava que fossem comprar mais, era enorme. Nos anos 70, o Bazar era pequeninho, acontecia numa quinta-feira, geralmente, em outubro, e havia sempre um clima de otimismo e boa vontade. Nós mapeávamos a cidade, dividindo-a em bairros, e os grupos eram convocados para irem às lojas daquela zona pedir mercadorias que eram vendidas no Bazar. Um ano, coube ao nosso grupo a Av. Assis Brasil. Éramos cinco chaverot e fomos no carro de uma delas, estacionando mais ou menos no meio da avenida, para que umas fossem para a direita e outras, para a esquerda. Quando ganhávamos “tipo” uma camisa ou um blusão, era uma festa (Sara Wainstein). Depois de alguns anos, o Bazar transferiu-se para o antigo Círculo Social Israelita (hoje Hebraica-RS). Havia gente que fazia fila para comprar as metzies (pechinchas). Aí começamos a pensar maior; naquela época, havia seis grupos que eram divididos em zonas. Cada grupo marcava o dia, e íamos ao comércio da Azenha, do Bom Fim, de Petrópolis,da Auxiliadora, da Floresta e do Centro. Alguns maridos de chaverot, que eram comerciantes, nos ajudaram bastante, apresentando-nos a firmas de representações. Recebíamos tanta mercadoria, que REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras HISTÓRIA O Bazar, de uns anos para cá, passou a ser temático. Já homenageamos diversas pessoas e entidades. Este ano, por exemplo, o tema está sendo a Mídia. da Na’amat já comportava fazermos uma coisa mais fina e maior. Também fomos às fábricas de móveis as quais nos doaram diversos produtos. Como vimos que tínhamos de mudar o jeito de trabalhar, escolhemos uma Coordenadora para o Bazar (a primeira foi Geny Sibemberg, depois a minha filha Eva Sinovetz e, mais tarde, a Ana Phibig z’l). Foi ótimo, pois cada pessoa dava sugestões, e crescíamos cada vez mais. Sugeriram irmos à Serra; reunimos, pois, um grupo de Pioneiras e, além de admirarmos as belezas da paisagem, conseguimos muitas mercadorias. Foram malhas e tudo o mais que quiseram nos doar. Uma das vezes em que estávamos voltando, eu sugeri pararmos na estrada; recolhemos tantas folhagens, que fizemos um Bazar que hoje seria considerado bem ecológico. Começamos também a ir a Novo Hamburgo, de onde trouxemos tantos sapatos, que a barraca do Bazar mais parecia uma loja. Visitávamos também representantes comerciais onde conseguíamos roupas de todos os tipos. Depois de muito tempo, o Bazar, que a essa altura já estava grande e bem variado, começou a funcionar num domingo. No início, eu fui contra essa mudança, mas, quando vi o resultado, dei a mão à palmatória (Sarah Gerber). Nessa época, já havíamos deixado de vender artigos de armazém, e os diversos grupos, como acontece até hoje, dividiam-se em barracas, as quais ofereciam os mais variados produtos de artesanato ou alimentícios, afora o Salão do Chá da Tarde, o Almoço dos Cozinheiros (feito pelos maridos de algumas voluntárias), o Leilão de Arte em parceria com Nicolas Bublitz, o brechó, um mezanino com espaços locados e muitos shows artísticos. O Bazar, de uns anos para cá, passou a ser temático. Já homenageamos diversas pessoas e/ou entidades. Este ano, por exemplo, o tema está sendo a Mídia. Com essa evolução, mostramos que nós, Pioneiras, sempre fomos muito ativas,lutando, dia após dia, para ter um Bazar renovado e moderno (Lúbia Zilberknop). Desde a origem do Bazar, já beneficiamos diversas instituições, a saber: a Escola Lar do Bebê Pupileira, o Hospital Psiquiátrico São Pedro, a Sociedade dos Surdos do Rio Grande do Sul, o Instituto Santa Luzia, o Asilo Padre Cacique, o Lar da Criança Anne Frank, o Instituto do Câncer Infantil, o Instituto da Criança com Diabetes, a Associação Israelita Damas de Caridade e a Casa do Artista Riograndense (Sarah Gerber). REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 7 Na’amat Pioneiras MÍDIA Daniel Scola Jornalista “Os exemplos que o Japão me ensinou” D e todas as coberturas de que participei nos últimos gem que, ao todo, até o destino, passou de 48 horas. 15 anos, sem dúvida nenhuma, o terremoto de 9.0 Cheguei ao Japão no domingo, dia 13 março, e, quanna escala Richter, seguido de tsunami - tragédias que do botei os pés no saguão do aeroporto de Narita, levei o resultaram na morte de mais de 20 mil pessoas - no Japão, primeiro susto. O prédio tremia, desequilibrando as pessoem 2011, foi a mais desafiadora para mim como repórter. as e provocando ainda mais temor: eram as réplicas que Cobrir para a RBS catástrofes naturais não era novidase sucederiam até o momento de eu embarcar de volta, de, mas ter que cruzar o mundo para trabalhar num país 10 dias depois. A maior barreira que enfrentei foi o idioma. desconhecido e saber retratar, da melhor forma possível, Fora do circuito aeroporto/hotel/polícia/restaurante, pouca o drama daquele povo foi meu grande gente fala ou até mesmo compreende teste como repórter nos maiores fatos inglês. Juntei-me a dois jornalistas históricos. que viajavam pelo Japão: um alemão Apesar de todas Naquele 11 de março de 2011, eu e - note agora a experiência histórica amanheci em São Paulo, onde passaas agruras, em - um israelense do jornal Haaretz. va uma temporada na redação da Rede Viajamos juntos por quase uma 10 dias no Japão, Globo. Assisti pela TV em qualidade HD semana - viajar em “pool” facilita o conheci um as primeiras cenas daquele cenário de deslocamento, reduz os custos e caos que se armava sobre a costa lespouco do povo nos possibilita uma troca de expete do Japão. Como todo mundo, acreriências incrível. Apesar de todas que é capaz de ditei, num primeiro olhar, que se tratava as agruras, em 10 dias no Japão, nos dar uma aula de um filme tipo Independence Day. Na conheci um pouco do povo que hora, pensei comigo - confesso que todo de civilidade, é capaz de nos dar uma aula de repórter sempre pensa em estar no centro civilidade, organização e soliorganização e dos acontecimentos: “Pena que demoraria dariedade. Sempre me lembro, solidariedade muito tempo para chegar lá, mas gostaria por exemplo, de uma máquina de estar lá. Melhor não. A tragédia é grande vender água e refrigerante. de demais e vai ser muito perigoso”. Saí da Quebrada e com os produtos à redação, peguei um voo para Porto Alegre mostra, numa rua da cidade de Asahi, na costa onde passaria - notem, passaria! - o fim de semana com leste, passei pela máquina duas vezes em dois dias. Ninminha família. Ao desembarcar em Porto Alegre, toca o guém ousava tocar, apesar do racionamento de água em telefone, e meu editor dispara: “Tu vais para o Japão. Arruvigor pelo governo. ma tua mala e pega o primeiro voo para São Paulo. Vamos Ao chegar a locais mais atingidos, os moradores, apetentar te embarcar no primeiro voo que for autorizado para sar da situação catastrófica, nos ofereciam chá, biscoitos, Tóquio”. e o que mais estivesse à mão - bem, bem, bem diferente Reagi sobressaltado, meio atrapalhado, mas, como fiz daquelas cenas de saque que eu vira, exatamente, um ano em outras vezes, joguei na mala algumas roupas pesadas antes, no Chile. para enfrentar o inverno do Japão, peguei passaporte e Até hoje - e sempre será assim – lembro-me dos exemmeu colete com a inscrição “press” e parti para uma viaplos que o Japão me ensinou. 8 REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras MÍDIA Desirée Suslick Jornalista responsável da revista Morashá e redatora do jornal Tribuna Judaica Trocando as sapatilhas por uma Remington M eu sonho era ser bailarina clássica. Brilhar nos palcos soCom uma rápida passagem pela chamada grande imbre sapatilhas de ponta cor de rosa e tutus esvoaçantes. prensa, fui editora de Exterior no então jornal paulistano Folha Tudo parecia caminhar neste sentido. Aos nove anos, da Tarde, mas fiz minha carreira na comunidade. Duas pessoera disciplinada nas aulas (não tão jeitosa), a primeira da fila, as foram fundamentais para a minha formação: Oscar Nimitz, sempre disposta a acertar. Até que faltei a um ensaio no final diretor do então jornal Resenha Judaica, que me contratou de semana – para minha mãe, final de semana era para lazer para fazer um favor a um amigo, e Carlos Brickmann, editore família – e a professora me tirou da dança poucos dias antes -chefe da Folha da Tarde, que aceitou conversar comigo por do espetáculo. causa de um amigo comum. Como caçula de uma típica família sefardita, mimada ao Grandes mestres, acima de tudo, grandes amigos. Com extremo pelos meus pais e pelas minhas irmãs, acostumada Oscar, aprendi a fazer uma pauta, uma reportagem, uma ena sempre ter tudo do meu jeito, com trevista, descobri o meu judaísmo e me apaiares de princesa ofendida, abandonei xonei por Israel. Com Carlinhos, a trabao balé. Mal sabia eu, e minha mãe, lhar sob a pressão do fechamento diário Equilibrar-se que o futuro me reservaria muito trasem errar muito, sem muitos adjetivos e, balho nos finais de semana. Talvez, como ele me disse certa vez, a escrever na extensa e se eu tivesse uma bola de cristal, não em português. Isso porque, quando fui frágil teia da teria abandonado a dança. Mas devo lhe pedir emprego e ele leu meus texreconhecer que os palcos acabaram tos, a quantidade de palavras em hevida comunitária ganhando com a minha saída. braico chamou-lhe muita atenção. judaica não deixa Não decidi ser jornalista por amar as Entre marido, filho, mudanças de de criar fortes letrinhas desde a infância. Na verdade, o país e cidade, quando resolvi retomar jornalismo foi a opção diante da imensa a minha carreira, em 1995, decidi emoções e exigir lista de alternativas na hora de fazer a insfazer o de que mais gosto: trabacerto talento crição para o vestibular. Não sabia o que lhar no universo judaico e ligado a queria, mas sim o que não queria: física, Israel. O ponto de partida foi a requímica e matemática, menos ainda, biovista “Paz”, produzida em parceria logia. com Tania P. Tarandach, companheira de jornada desLembrei-me, então, de uma conversa que tivera ainda no de os tempos de Resenha. Com o apoio do Consulado de ginásio, com o meu professor de português, Roberto Sato, Israel,“Paz”, lançada em 1995, falava dos acordos de paz japonês e o melhor mestre que poderia ter tido. Sempre que entre Israel e os árabes. corrigia minhas redações, ele me dizia que eu tinha jeito para Depois, vieram a revista Morashá e publicações sobre Isescrever e que deveria pensar em ser jornalista. Anos depois, rael, como o anuário da Câmara Brasil-Israel de Comércio e suas palavras ressurgiram na minha cabeça e traçaram o meu Indústria, do qual fui editora durante 16 anos, algumas sobre caminho, ou melhor, escreveram. literatura israelense, Israel e Oriente Médio, que entre outras, Quando comecei a estudar na ECA/USP, um dos modelos voltadas ao público não judaico, passaram a fazer parte do inspiradores da época era a Sandra Passarinho, então corresmeu dia a dia. pondente internacional da TV Globo. Cada dia, uma história Após 37 anos, por estes estranhos caminhos, estou transmitida de um lugar diferente. Não me tornei uma Sandra agora, entre outras atividades, na Tribuna Judaica (jornal que Passarinho, mas construí uma carreira cheia de aventuras. Afisucedeu a Resenha). Posso afirmar, sem a menor sombra de nal, equilibrar-se na extensa e frágil teia da vida comunitária judúvida, que fiz a escolha certa, pois adoro o que faço. As sadaica não deixa de criar fortes emoções e exigir certo talento, patilhas de ponta não foram esquecidas, ocupam um lugar andando sempre nas pontas. especial na minha lembrança e nas horas de lazer. REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 9 Na’amat Pioneiras MÍDIA Diego Casagrande Jornalista O ar que respiro C coisas sem se arriscar a ir preso. Tem que querer descobrir ompletei 20 anos de profissão com diploma. Se contar o que os outros não sabem, encontrar a história secreta, a os anos de estagiário, são 24 de reportagem. Não há verdade oculta, o motivo de um fato, e querer muito contar nada melhor do que ser repórter. Nasci repórter e o separa os outros. Quem não tem isso pode escolher outra coirei sempre. Desde quando me lembro, entrevistava pessoas sa. Vá ser jardineiro, cozinheiro, executivo, bancário, piloto com uma colher. Depois, ganhei um gravador de meu pai. ou qualquer profissão honrada. Todas ótimas – algumas até Tinha seis ou sete anos. Era um National Panasonic, pesapagam bem mais. Como diz o velho ditado: se não suporta dão. Carregava com a mão esquerda, quase arrastando no o calor, esqueça a cozinha. chão, e com a direita segurava o microfone. Fazia entrevisA colher e o gravador de fita ficaram para trás. Hoje, tas sobre qualquer coisa, e qualquer coisa era tudo. Depois gravo no telefone celular – quem diria? E, se ficava horas ouvindo e rebobinando a preciso for, mando na hora o arquivo digifita K7 até gastar as pilhas. E olha que talizado para rodar. E há quem me escute pilhas eram caras naquela época. Nasci repórter e nos EUA ou no Japão. Admirável mundo Uma das primeiras reportagens novo este nosso. Com o tempo, desque fiz – e das pessoalmente mais o serei sempre. cobri uma outra vertente do jornalismo, marcantes - eu ainda estava na faculDesde quando mais direta e não raro contundente: a dade de jornalismo, mas já era estagiáme lembro, opinião. Em um mundo onde muitos a rio de rádio. Decidi me integrar ao grupo têm, opinar gera amores e ódios. de estudantes que fechou a avenida Ipientrevistava Confrontar a sua verdade, a sua ranga por alguns minutos. Sentados no pessoas com visão de mundo, com a verdade e a asfalto, em frente à PUC, vi de camarote visão de mundo dos outros é tarefa uma colher. a chegada do Pelotão de Choque. O ofique requer determinação. Um jornacial de comando bem que tentou, pediu Depois, ganhei um lista de opinião não pode e não deve, na boa que saíssemos. Ninguém topou. gravador de meu jamais, ser escravo do medo de deEm seguida, vieram os caras, aquela sagradar. Isso o torna refém de si fileira de escudos de um transparente arpai mesmo, o que é fatal nesta seara. ranhado, em marcha, na nossa direção. Bom senso sempre. Temor jamais. Logo estouraram bombas e mais bombas Hoje em dia, não há como dissociar de efeito moral junto com a fumaceira do minha vida da opinião, seja apresentando programas em TV, gás lacrimogênio. Quando pressenti o que se rádio ou escrevendo. desenhava, liguei o gravador. Eu tinha evoluído e era um graQuando assisto a um filme, leio um livro, quando vejo vador pequeno, que cabia na mão, mas ainda de fita. Gravei algo na rua, logo tenho vontade de falar sobre o assunto, tudo. Uma barulheira interminável e gritos de todos os lados. expor minha impressão, dividir com o público. Certo dia, já Enquanto isso, eu tentava narrar como se fosse ao vivo colunista do jornal Metro – escrevo às terças-feiras –, assisti para posterior edição. Antes de voltar para a rádio, liguei de a uma briga no trânsito, literalmente. Coisa de arrepiar. Lóum telefone público tipo Orelhão, entrei no ar e contei o que gico que contei a história, e não me abstive de opinar sobre havia presenciado. Tremendo, feito vara verde, acho que dei o que vi. conta do recado. Hoje sou testemunha e faço meu juízo. É um caminho Ser jornalista é ser repórter. E ser repórter é decisão e sem volta. E nesta trilha continuo repórter. Serei sempre revocação. É sempre duvidar, mesmo concordando. Repórter pórter. São coisas que andam juntas. Como o corpo que tem que ter faro e ímpeto. Desconfiar e ir atrás, investigar. habito e o ar que respiro. Ser um pouco polícia – mas só o suficiente para descobrir 10 REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras Foto: Lisa Roos MÍDIA Fábio Prikladnicki Jornalista Não existe clique inocente U ma reportagem divulgada no sultar sempre os mesmos veículos – em site do jornal americano Wageral, velhos conhecidos. Isso significa shington Post, no dia 10 de que devemos abandonar nossos siSe o leitor junho deste ano, teve um título chates preferidos? Jamais. Proponho que estiver imbuído mativo: “Um modo de acabar com acrescentemos novos links ao cardáa violência contra as mulheres? Pare pio diário de informação e análise. de um espírito de ter amantes e case”. Citando esPode parecer papo de marquecrítico e valorizar tatísticas oficiais, o texto assinado teiro, mas temos hoje, mais do que por W. Bradford Wilcox e Robin Freconteúdos mais nunca, a oportunidade de interferir na twell Wilson argumentava que “mumaneira como a informação é produrelevantes, o lheres casadas estão notadamente zida e divulgada. Não existe clique esforço será mais seguras do que as solteiras” e inocente. Se o leitor acessar notíque “garotas criadas em um lar com cias de fofoca ou fotos de mulheres recompensado seu pai casado estão marcadamente de biquíni, os sites concluirão que – ou assim menos propensas a sofrer abuso ou devem apostar mais nesse tipo de eu espero. O agressão do que crianças que não moconteúdo, pois os patrocinadores ram com o próprio pai”. investem onde há audiência. E asidealismo sempre Frente à reação negativa que o título sim o ciclo recomeça. foi a matéria-prima fragoroso causou, o Post trocou para o Se, por outro lado, o leitor esdo bom jornalismo seguinte: “Um modo de acabar com a tiver imbuído de um espírito crítico violência contra as mulheres? Pais cae valorizar conteúdos mais relesados”. Mas o assunto estava longe de vantes, o esforço será recompenestar encerrado. Em um artigo assinado sado – ou assim eu espero. Sei que é uma visão por Mona Chalabi, o site Five ThirtyEight – especializado quixotesca, mas o idealismo sempre foi a matéria-prima em jornalismo de dados – criticou a matéria do Post por do bom jornalismo. dois motivos. Um deles é o machismo, que atribuía a culpa às mulheres não casadas. O segundo é que o teor da matéria estava errado. Analisando as estatísticas que subsidiaram os jornalistas do Post, Mona demonstrou que o estado civil não é o único indicador que pode afetar a violência doméstica. Como as pessoas casadas pesquisadas tendem a ser mais educadas, ricas e brancas, estes fatores também deveriam ser considerados. Mas você ainda não tinha ouvido falar do site FiveThirtyEight, correto? A questão é a seguinte: somos sempre aconselhados pelos corretores a diversificar nossa carteira de investimentos, mas ninguém nos recomenda variar nossas fontes de informação. Por comodidade, costumamos con- REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 11 Na’amat Pioneiras MÍDIA Léo Gerchmann Repórter especial do jornal Zero Hora e autor do livro “Coligay – Tricolor e de todas as cores” O livro que pereniza a reportagem J á fiz muitas reportagens em lá se vão quase 30 anos na labuta jornalística, em especial, nas redações onde trabalhei mais tempo: Folha de S. Paulo e, claro, Zero Hora. Algumas dessas reportagens me deixaram extremamente feliz e até gratificado. Mas nada se compara à grande reportagem da minha vida, aquela que beira a realização pessoal: o recentemente lançado livro “Coligay - Tricolor e de todas as cores” (Editora Libretos, 192 páginas). E não só pelo fato de ser um livro, que, por definição, pereniza o trabalho - ao contrário da fugacidade do jornal diário. Não! É muito mais que isso. “Coligay - Tricolor e de todas as cores” é um livro que trata de diversidade no sentido mais amplo - não só gênero, cor ou religião. No capítulo 4, reproduzi uma relíquia, algo que contraria certa versão corrente: o artigo do Lupicínio Rodrigues na Úldo pelo Grêmio três dias depois da sua morte. E conto as tima Hora em que ele explica por que, negro que era, sentiaaventuras que vivi com meu pai no estádio Olímpico. Uma -se bem no seu Grêmio, a ponto de ter escrito o belo hino delas: o Hershel (como era chamado carinhosamente pelos adotado pelo clube. amigos e pelos irmãos) ensinou um menino negro que cuidaOutros achados do tipo são relatados. va do nosso carro a falar iídiche. Passamos A história da diversidade no meu clube anos sem ver o Gilberto. Foi o período do coração é contada com evidente em que trabalhei como correspondente orgulho. E muda algumas imagens equida Folha de S. Paulo em Buenos AiA história da vocadas que são formadas e acabam se res, mais o natural desvio de atenção diversidade no consolidando como verdade. Bem, leiam provocado pelo posterior nascimenmeu clube do o livro (por favor!!!)... to dos filhos. Mas um dia voltamos, Enfim, em diversas entrevistas que dei eu e o pai, ao mesmo local onde o coração é contada para colegas jornalistas, na maravilhosa reHershel (Henrique Gerchmann o com evidente percussão que o livro teve e ainda está tennome dele, talvez alguns de vodo, eu disse várias vezes: não por acaso, o orgulho cês o tenham conhecido) deixava autor é um judeu. o carro. E lá estava o Gilberto, já Mas por quê? O livro trata da pioneira torcom seus filhos, todos vestindo o cida de homossexuais, que enfrentou corajouniforme gremista. Puxa, para nossa emosamente o preconceito de uma época dura, os anos 1970, ção, o Gilberto não havia se esquecido daquelas palavras, de ditadura militar e costumes extremamente conservadores. em sua maioria chulas (nada muito agressivo, como tuches, O que isso tem a ver com o judaísmo? kishmeirtuches etc.), que meu pai lhe havia ensinado. No sentido estrito, nada. No sentido amplo, tudo. Pois foi meu pai a inspiração para eu escrever esse livro Diversidade é um sentimento caro aos judeus. que consumiu boas horas do meu ano de 2013. O meu pai e Na introdução do livro, eu o dedico à minha mulher, aos a afeição que tenho pelo valor da diversidade, uma caractemeus dois filhos, à minha mãe e, muito especialmente, ao rística humana por excelência, da qual nenhum judeu jamais meu pai, o judeu que teve um minuto de silêncio respeitapode abrir mão. 12 REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras MÍDIA Mariana Kalil Editora de conteúdo da marca Donna do Grupo RBS “Jornalista peregrina” S empre quis ser jornalista. Desde que me conheço por gente - e este me conhecer por gente data dos meus 7, 8 anos de idade. Recortava os fundos de uma caixa de papelão, transformando-a em uma espécie de televisão, sentava meus pais e irmãos no sofá da sala e apresentava, sem a menor cerimônia, dois telejornais simultaneamente. Ao final, me despedia: “Aqui é a Mariana Kalil para o Jornal Nacional e Fantástico”. A escolha pela faculdade de Jornalismo foi, portanto, natural. Tinha pressa em sair da universidade e começar a trabalhar. Não sei até hoje por que tanta pressa. Mas, enfim, terminei o curso em três anos e, aos 21, já estava empregada em Zero Hora. A televisão não vingou. Conheci a redação e dela nunca mais quis sair. Em Zero Hora, comecei como repórter do caderno Donna, quando ele foi lançado, em 1993. Como funcionária de Zero Hora, também fui correspondente em São Paulo e colunista do Segundo Caderno. Então, quis conhecer novos ares e me transferi para São Paulo, para a redação da revista Época, em 1999. Passei também pela revista IstoÉ Gente e pelo jornal O Estado de São Paulo. Em fevereiro de 2008, assumi como editora da revista Donna e, no ano passado, editora de conteúdo de toda a marca Donna Novamente, tive vontade de voar mais longe e fui cursar roteiro, edição e direção de cinema em Barcelona. Foram dois anos de um aprendizado profissional e também pessoal que contribuiriam para forjar a pessoa e a jornalista que sou hoje. Em Barcelona, colaborei para a revista Forbes Brasil e fui correspondente da BBC na Espanha. A volta para casa teve escala no Rio de Janeiro, onde fui convidada a voltar para a revista IstoÉ Gente. Lá ficaria dois anos, antes de me transferir para o cargo de editora do Caderno B do Jornal do Brasil. Então, a saudade da família falou bem mais alto, e Porto Alegre entrou novamente na pauta de urgências da vida. Em fevereiro de 2008, assumi como editora da revista Donna e, no ano passado, editora de conteúdo de toda a marca Donna, que inclui licenciamento de produtos e um novo site recém-lançado. Trabalhar em algo que amo e com a família por perto. Sim, a felicidade é simples e existe. REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 13 Na’amat Pioneiras MÍDIA Mariana Turkenicz Jornalista e diretora da Enfato Multicomunicação REDES SOCIAIS Minha vida na rede Q ue a internet revolucionou a vida de todos nós, não há Vivemos a era da informação e certamente nunca esduvida. Em menos de 20 anos, a internet evoluiu de tivemos tão expostos como hoje. Nunca foi tão fácil saber forma estrondosa e tornou-se o principal meio de cosobre as pessoas, seus hábitos e preferências. Precisamos municação de qualquer ser humano. Dados mostram que ter em mente que as redes sociais reúnem relacionamentos em 1995 tínhamos 10 mil sites, com 40 mireais e o que se posta não está desvinculhões de usuários, sendo 50 mil no Brasil. lado do que você é fora da internet. Atualmente, somos cerca de 90 milhões O conjunto de mensagens que se de brasileiros online, 2,4 bilhões de usuátransmite via redes evidencia fatos, Nunca estivemos rios, e três em cada 10 pessoas no mundo gera visibilidade e forma a imagem tão expostos como têm acesso à rede. Nos próximos 10 anos, e a reputação de cada um. Traz hoje.Questionar o três bilhões de pessoas offline devem se riscos sim, mas gera oportunidaconectar, e quase todo ser humano estará des se bem utilizadas. poder das redes já online na década de 30. É imprescindível avaliarmos não está mais em O grande impacto da mudança foi após qual a percepção que querea introdução das redes sociais, responsáveis pauta mos que as pessoas tenham por alterar radicalmente a forma de comunicasobre nós e, quando falamos ção e de relacionamento entre as pessoas e as de organizações, este quesorganizações, modificando, inclusive, o formato tionamento ganha enormes de linguagem e a maneira como pensamos e forproporções. As redes sociais passam a ser uma fonte rica mamos percepções. de informações não só para quem busca segmentação de Hoje o cenário é: quem tem internet é fonte de notícias mercado, mas para a tomada de decisão na hora de cone formador de opinião. O computador tradicional perde estratar um profissional, por exemplo. Mesmo que se utilizem paço para tablets e smartphones, que promovem a comumecanismos de privacidade, é fácil ter acesso às informanicação imensamente mais ágil, dinâmica e interativa. ções. Por isso, avalie antes de dar o clic final. Depois de publicado, não há mais controle e as repercussões muitas vezes podem assustar. Com as redes construímos conceitos e preconceitos sobre as pessoas. E é fácil notar a necessidade que muitos têm de se expor, de libertar pensamentos e indignações, de desabafar insatisfações ao mesmo tempo em que mostram rostos felizes. Questionar o poder das redes já não está mais em pauta. Não há controle, mas muita influência. Afinal, foi através delas que multidões se mobilizaram para manifestar o descontentamento com o País. A força é grande, já estamos na onda e não há como sair. Temos, sim, que encontrar a melhor posição para surfar. 14 REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras MÍDIA Martha Medeiros Escritora TURNING POINT M Virei colunista de Zero Hora e também de O Globo, puuitas pessoas aguardam seu turning point, o mobliquei livros de ficção, tive textos adaptados para o teatro mento em que tudo irá mudar, abrindo a possibilie o cinema, e o mais importante, conquistei leitores fiéis, dade de uma vida nova. Não acontece com todos, que me acompanham e me sustentam afetiva e profismenos ainda com quem espera sentado no sofá. De minha sionalmente. Deixei de ser uma publicitária cujas palavras parte, foi preciso um deslocamento para que minha trajevendiam liquidificadores e comecei a “vender” reflexões. tória desse uma guinada. Um deslocamento de quase três Troquei de produto. O produto passou a ser eu mesma – e mil quilômetros. compartilhar minha visão de mundo, meu prazer maior. Trabalhava há mais de 10 anos O ponto de interrogação virou poncomo publicitária e era bem sucedito de exclamação e o entusiasmo, sem da no que fazia, mas, mesmo tendo o qual não acordo de manhã, segue o o reconhecimento dos colegas, não Escrevo cada novo mesmo do início: escrevo cada novo me sentia inteira naquela atividade. O texto como se texto como se fosse o primeiro. E, a amadurecimento na profissão não me fosse o primeiro. não ser que outro turning point me realizou, ao contrário, sedimentou um desloque, posso finalmente dizer que conformismo que me desagradava. Eu E, a não ser que não quero fazer outra coisa da vida. me via fazendo a mesma coisa pelo outro turning point resto da vida e, pior, sem entusiasmo me desloque, - aos 30 anos, perder o entusiasmo é o fim. posso finalmente Foi quando o destino tomou uma dizer que não providência. Era casada e meu marido quero fazer outra foi convidado a trabalhar em Santiago do Chile. Sem pensar duas vezes, fui com coisa da vida ele viver em outro país. Abandonei minha profissão em troca de um ponto de interrogação. Lá, passava os dias conhecendo a cidade e escrevendo, escrevendo, escrevendo, mesmo sem ter onde publicar. Até que um amigo jornalista se hospedou em nossa casa, viu meus textos e trouxe alguns com ele quando retornou a Porto Alegre. Queria mostrá-los no jornal em que trabalhava: Zero Hora. Mais adiante retornamos nós também para o Brasil, e menos de uma semana depois de aterrissar no Salgado Filho recebi um telefonema do jornal pedindo autorização para a publicação de um texto. Seria apenas um, e uma vez só. Porém telefonaram de novo na semana seguinte pedindo mais um, e outro, e outro, e em julho de 2014 essa história completou 20 anos. REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 15 Na’amat Pioneiras MÍDIA Roger Lerina Jornalista De curioso para curioso S empre achei que, dentre as minhas escassas qualidades, a curiosidade era meu motor. Acho que foi esse permanente desejo de embrenhar-se no desconhecido que me moldou - para o bem e para o mal. Por conta disso, desde guri, sabia que minha vida profissional teria necessariamente que ser norteada por esse imperativo. Portanto, em consonância com outras características - paixão pela cultura e pelas artes, gosto pela escrita, vontade de compreender a vida ao redor -, a inquietude me direcionou naturalmente para a atividade a que me dedico: o jornalismo. Ser repórter e colunista cultural não é apenas um ganha-pão: para mim, tornou-se uma forma de encarar o mundo. Desde que comecei a trabalhar no Segundo Caderno de Zero Hora, há mais de 15 anos, compreendi que o espaço que me foi franqueado na imprensa gaúcha era precioso - e que eu poderia honrá-lo e valorizá-lo, ocupando-o com a divulgação do que sempre me fascinou: a arte e a cultura. Desde então, diariamente, finjo que estou trabalhando quando, na verdade, estou me divertindo - quanto mais afinco dedico ao labor, mais prazer retiro dele. O contato cotidiano com artistas e suas obras, com o universo da cultura e seus agentes, me permitiu testemunhar, mais de perto, a magia da criação. Espectador privile- 16 Ser repórter e colunista cultural não é apenas um ganha-pão: para mim, tornou-se uma forma de encarar o mundo giado, me impus a missão de dividir com os leitores de ZH as novidades, informações, imagens e opiniões a que tinha acesso - na certeza de que aí fora havia muitos outros curiosos como eu. De alguns anos para cá, aceitei um novo desafio: fazer esse meio de campo entre a produção artística e o público também na TVCOM. Mesmo acreditando que meu elemento restringia-se ao texto escrito, topei a parada - e confesso que acabei gostando tanto de fazer televisão quanto de escrever para jornal. Em ambos os meios, sinto a mesma alegria de poder intermediar um diálogo imaginário entre quem me acompanha e o músico que está lançando um novo disco, o cineasta que mostra seu filme, o ator que estreia um espetáculo, o escritor que apresenta seu mais recente livro. Jornal, TV, blog. Independentemente da mídia, o que importa para mim é casar jornalismo com emoção. Para quem não se deixa acomodar com as experiências adquiridas e os conceitos enraizados, o desconhecido é uma fonte rica e inesgotável de conhecimento e de crescimento pessoal, profissional e intelectual. É preciso ser generoso com o novo - e é com espíritos assim inconformados que gosto de conversar. REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras MÍDIA Rosane de Oliveira Jornalista Eu queria ser escritora de jornal S empre que alguém me pergunta por que decidi ser jornalista, lembro-me de quando tinha uns seis anos, sete anos, lá no interior de Campos Borges, e conheci uma página de jornal. Para quem tinha aprendido a ler em latas de óleo (Shell, Esso, Texaco) palavras que não faziam sentido, e o único livro que conhecia era a cartilha de Olavo e Élida, o jornal era a glória. O jornal contava histórias. A partir desse momento, quando perguntavam o que eu queria ser quando crescesse, eu respondia: escritora de jornal. Só muitos anos depois, fiquei sabendo que escritor de jornal é jornalista. Lá na roça, de onde eu venho, o destino mais provável para uma filha de agricultores era ser dona de casa, trabalhar na lavoura e criar filhos. No máximo, aprender a costurar. Meu pai, apesar de não ter estudado, achava que era pouco. Queria que seus cinco filhos estudassem. Essa seria a nossa herança. Mas a escola rural próxima da nossa casa terminava no 5º ano. Para continuar estudando, aos 10 anos, eu tive que me separar da família – pai, mãe e quatro irmãos – para frequentar uma escola em Há 22 anos em Zero Hora, não tenho rotina e não refugo desafios. Faço jornal, rádio e TV e arrisco algumas incursões pelas novas mídias Quando não servir mais para o jornalismo (ou se perder o entusiasmo), vou cultivar orquídeas Tapera, distante 40 quilômetros (que, nos anos 70, sem asfalto, sem carro e sem dinheiro, pareciam 400). As dificuldades me fortaleceram. Aos 17, aprovada no vestibular da PUC, vim para Porto Alegre, trazendo tudo o que tinha numa maleta de papelão. Paguei a faculdade com crédito educativo, trabalhava oito horas por dia e estudava à noite. Concluí o curso em quatro anos, trabalhei em assessoria de imprensa e em rádio antes de virar “escritora de jornal”. Se preciso fosse, começaria tudo outra vez, apesar da reclamação dos meus filhos de que tenho pouco tempo para eles. Há 22 anos em Zero Hora, não tenho rotina e não refugo desafios. Faço jornal, rádio e TV e arrisco algumas incursões pelas novas mídias. Trabalho com a paixão dos iniciantes, mesmo com 37 anos de contribuição para o INSS. Escrever é meu vício. Tenho poucas certezas na vida. Uma delas é que não seguirei o caminho de outros colegas que saíram do jornalismo político para ser candidatos. Meu lado é outro. Quando não servir mais para o jornalismo (ou se perder o entusiasmo), vou cultivar orquídeas. REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 17 Na’amat Pioneiras MÍDIA Sara Bodowsky Falando com o coração E u falava pelos cotovelos na escola. Cotovelos, só? Não. Pelos braços, pernas, e até pela boca. Os professores da escola particular, onde eu estudava graças a uma bolsa, viam-se atrapalhados. Se, por um lado, aquela menina de cabelo crespinho e olhos curiosos provocava carinho com suas palavras em profusão, deixá-la exercitar seu dom era uma ameaça ao aprendizado dos colegas. Seguiam-se então “convites” para conversas com orientadoras, conselhos para que tentasse me controlar. Eu, feliz, com mais uma oportunidade para troca de ideias, nunca saía triste desses encontros. E desconfio de que as professoras também não. O tempo foi passando, e o jornalismo apareceu como opção na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Não passei de primeira e, por algum motivo, acabei escolhendo, no ano seguinte, o Direito. Talvez pela promessa de exercitar a retórica, ou por ainda ser muito jovem para ter alguma ideia, acabei entrando no curso. A incerteza crescia. Mesmo assim, acabei completando a formação. Apenas para, seis meses depois da formatura, prestar novo vestibular e, dessa vez, encontrar meu destino: o jornalismo. “Sara! Fico muito feliz com tua alegria. Mas, mais satisfeita ainda, fico em saber que tu conseguiste ganhar a vida com o que melhor sabias fazer: falar com o coração!” Entrei ainda no primeiro semestre do curso como estagiária na Rádio Gaúcha – dial permanente no rádio da casa de meu avô e da minha mãe. Dois anos depois, assumia um programa na madrugada, onde a curiosidade desenvolvida na infância foi importante para tratar de assuntos que iam da política à música ou da saúde ao teatro, dependendo da pauta daquele dia. Foi uma experiência incrível que durou oito anos. A partir daí, passei pela televisão por dois anos. Hoje, sou editora de Educação na Rádio Gaúcha (assunto pelo qual sou apaixonada) e apresento dois programas – nos domingos da Gaúcha e nas manhãs da Rádio CBN. Um dia, pensando sobre como era abençoada fazendo o que amo, me inspirei e coloquei um depoimento no Facebook. No dia seguinte, lá estava o comentário de uma das antigas professoras da época da escola e das conversas em sala de aula: “Sara! Fico muito feliz com tua alegria. Mas, mais satisfeita ainda, fico em saber que tu conseguiste ganhar a vida com o que melhor sabias fazer: falar com o coração!”. 18 REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras MÍDIA Tulio Milman Israel e a mídia V ira e mexe, deparo com a mesma pergunta: a imsastrada que terminou com mortes e críticas planetárias. prensa mundial é contra ou a favor de Israel? Minha Na época, manifestei a opinião de que um dos mereposta se repete. Não existe um ente único que se lhores exércitos do mundo não poderia ter se preparado chame imprensa mundial. Nas societão mal para a operação. Cheguei a dades democráticas, a informação e a me perguntar se isso feria, de alguma opinião são plurais. forma, a minha ligação com Israel. Nada mais A visão crítica, essa existe sim. É E respondi rápido, pra mim mesmo, bom que seja assim. Muitas das polêmique não. Fiquei ainda mais trannocivo para uma cas sobre Israel na imprensa da Europa, quilo quando vi que minha crítica sociedade do que da América do Sul e dos Estados Unidos era suave em comparação com a falta de debate refletem exatamente os mesmos debates o que publicavam os jornais de e posições da opinião pública em Tel Aviv Israel. e em Jerusalém. Nada mais nocivo para uma Em nome da democracia e da liberdade, sociedade do que a falta de dealguns dogmas precisam ser derrubados. O maior deles é bate. Não podemos pautar nossa conduta ética pelo uso que criticar posturas do governo de Israel é antissemitisque o inimigo fará dela. Mesmo fora de Israel, é nossa mo. Não é. Ao contrário. obrigação manter o senso crítico. Até para poder sepaLembro-me bem do caso da Flotilha, quando navios rar a saudável liberdade de expressão das agressões anturcos que tentavam furar o bloqueio a Gaza foram abortissemitas. Essa sempre foi uma das nossas armas mais dados pelas Forças Armadas israelenses. Uma ação depoderosas. REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 19 Na’amat Pioneiras vitrine na’amat Na’amat Pioneiras – DEPARTAMENTO CULTURAL: PALESTRA VOLTAIRE SCHILLING – 100 ANOS 1ª GUERRA MUNDIAL GRUPO PAULINA CUPERSTEIN: HAPPY HOUR GRUPO SARA BARKAIT: CHÁ DIA DAS MÃES E 90 ANOS DE SARAH GERBER grupo Coach Neurim: Jantar na Sucá IOM MITZVA 20 GRUPO BERTA SIMINOVICH: JANTAR COMEMORATIVO 10 ANOS ENTREGA DO LIVRO FESTAS E TRADIÇÕES JUDAICAS PARA BNEI MITZVÁ E BNOT MITZVÁ DO CENTRO ISRAELITA DEPARTAMENTO CULTURAL: DOAÇÃO PARA DAMAS DE CARIDADE REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras vitrine na’amat – Eventos 2013 - 2014 VISITA AO LAR MAURíCIO SELIGMAN CORAL ZEMER NA FESTA DA RUA DEPARTAMENTO CULTURAL: SEMINÁRIO ANUAL DEPARTAMENTO CULTURAL: PALESTRA MARIA ELENA JOHANNPETER IOM HAATZMAUT DEPARTAMENTO DOR HEMSHECH: CONFRATERNIZAÇÃO FINAL DO ANO DEPARTAMENTO TURISMO: PASSEIO AO MORRO BORÚSSIA GRUPO CHAI: DOAÇÃO PARA O LAR MAURíCIO SELIGMAN DEPARTAMENTO CULTURAL: PALESTRA SOBRE ÁGUA SUCOT NO CENTRO ISRAELITA GRUPO CLARINHA MILMAN : NOITE DO NHOQUE DA SORTE 65 anos na’amat brasil/porto alegre REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 21 Na’amat Pioneiras vitrine na’amat Na’amat Pioneiras – DOAÇÃO DO BAZAR PARA INSTITUTO CâNCER INFANTIL GRUPO COACH NEURIM: DOAÇÃO PARA DAMAS DE CARIDADE GRUPO ANY RERIN: DOAÇÃO PARA O INSTITUTO CâNCER INFANTIL DEPARTAMENTO DE TURISMO: PASSEIO PARA GUAíBA FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO FINAL DO ANO 22 DOAÇÃO DO BAZAR PARA o LAR ANNE FRANK PURIM NO CENTRO ISRAELITA GRUPO MORASHá: DOAÇÃO PARA DAMAS DE CARIDADE GRUPO CHAI: ALMOÇO FESTIVO SHABAT NA PRAIA FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO FINAL DO ANO REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras Pioneiras Na’amat vitrine na’amat – Eventos 2013 - 2014 GRUPO HATIKVA: KITS CHANUCÁ GRUPO ANY RERIN: HAPPY HOUR GRUPO IACHAD: KITS DE CHANUCÁ DEPARTAMENTO TURISMO: PASSEIO PARA DOIS IRMÃOS 80 ANOS DA B’NAI B’RITH BRASIL GRUPO HAMSA: JANTAR “A PERFECT NIGHT” 54º BAZAR ANUAL GRUPO HAMSA: DOAÇÃO PARA a CASA DO ARTISTA RIOGRANDENSE grupo Berta Siminovich: doação PARA A Casa Menino Jesus Praga 54º BAZAR ANUAL REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 23 Na’amat Pioneiras Pioneiras Na’amat FISICOR - MEDICINA DO EXERCÍCIO Condicionamento Físico com Supervisão Médica Lucas de Oliveira, 1118 - Fone: 3330-3634 FISIOABREU Fisioterapia - RPG - Pilates Castro Alves, 142 - Rio Branco - Fone: 3311-8905 Atendemos Convênios e Domicílio ADVOGADOS ANZANELLO STIFELMAN - ADVOGADOS ASSOCIADOS Direito Empresarial, Direito Civil e Direito do Consumidor Rua Sete de Setembro, 745/3º andar - Centro Histórico Telefone/Fax: (51) 3214.3707 / 3214.3737 e-mail: [email protected] DR. CARLOS ALBERTO FITERMAN MOLINARI OAB 65406 - Direito Civil e Trabalhista Eça de Queiroz, 809 - Porto Alegre Fones: (51) 3388-2293 / 9916-3298 / 8230-1919 [email protected] DR. JAYME HENKIN - DR. GHEDALE SAITOVITCH Direito civil, comercial e trabalhista Venâncio Aires, 1191 - Cj. 121 Fones: 3331-3033/3330-6299 DR. LUIZ BERNARDO SPUNBERG Borges de Medeiros, 659 - Sala 1203 - Fone: 3224-8700 DR. MARCO FETER - Advogado OAB 43762 Corretor de Imóveis - Creci - RS 44772 Fone: 8409-2891 AGRONOMIA CLASSIFICADOS academia/terapia ocupacionaL/ fisioterapia DRA. 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Venha se associar na União para continuar com as tradições de nossos pais e avós. 40 REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras “Em memória das pessoas queridas que nos deixaram.” ÉLIO ROSENFELD ÉRCIO BLIACHERIS FANNY GUS FANY ANA TESSLER NEMETZ FANY UNIKOWSKY FELA HALPERN FELIPE LIPA M. HAUZMANN FLORA PEREL JOELSONS GEIVA SANDLER GENY PAKTER GESSI AMIEL FISCHMAN GUILHERMINA SANBERG GUITA FEDERMANN (CURITIBA) HANNA WULFF VARGA HENRIQUE ACHTENBERG HENRIQUE COROGODSKY HENRIQUE ROCHICHNER IDA CANTERGI ISAAC AINHORN ISAAC NUDELMAN ISAAC PIPKIN ISAAC RUBIN ISRAEL MALTZ (POLACO) ISRAEL MILMAN BORENSTEIN ISRAEL PIPKIN ISRAEL PLATCHECK JACOB BERESNIACK JACOB ENGELMAN JACOB FRENKEL JACOB JOVEGELEVICIUS JACOB KIRJNER JAIME ZELTZER JAIRO ENK JAYME HOCHBERG JAYME SALTZ JENI CARANGACHE JENY FITERMAN JONAS WOLF JOSÉ AXELRUD JOSÉ BLIACHERIS (BLACHER) JOSÉ ENK JOSÉ GLOCK JOSÉ DAVID KUPPER (CURITIBA) JOSÉ LEVY CALAHORA JOSÉ (PEDRO) LECHTMAN JOSÉ NEMETZ JOSÉ PEREL JOSÉ PIPKIN JOSÉ ROGER GLASSER JOSÉ SPUMBERG JOSEF SCHAFRAN JOYA AXELRUD JULIO GLOCK LEA SOIBELMAN GRUTSCHKO LEÃO KNIJNIK LEONARDO FOLBERG LUISA CATTÁN MELAMED LUIZ ALBERTO RABENO COHEN LUIZ FITERMAN LUIZA BLIACHERIS SZUCHMAN MADALENA FISCHER MALVINA G. 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RODRIGUES WALDEMAR CANTERJI ANITA TESSLER CANTERJI ZELDI OLIVEN REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 41 Na’amat Pioneiras patrocinadores PATROCINADORES DA NA’AMAT PIONEIRAS 2014 ADÉLIA ROITHMANN ADELINA NAIDITCH ADRIANA DA SILVA RIBEIRO ALESSANDRA JOVEGELEVICIUS ALESSANDRA SHARGORODSKY TERNER ALMOG GRINER ANA BEATRIZ COPSTEIN WALDEMAR ANA CRISTINA QUEIROZ BOTELHO ANA MARIA PASCAROLO IOCHPE ANA OLCHIK ANA TRACHTENBERG ANABELLA LOIFERMAN ANDREA WURZEL ANDRESSA B. SILVA FITERMAN CURITIBA ÂNGELA STEIN ANNA GROSSMANN ANNA ZAMEL ANNITA SOIBELMAN ANNITA WOLF AUGUSTA COROGODSKY AUGUSTA KELBERT ÁUREA REGINA D. NUDELMAN BEATRIZ CHWARTZMANN BEATRIZ FISCHMANN OSÓRIO BEATRIZ SAUTE GLOCK BEATRIZ PAPICH KROST BEATRIZ STRAZAS BEATRIZ ZIMMERMANN BEKY MORON DE MACADAR BELA FANI G. TVORECKI BELA IGOR BELA LITVIN BELA TEITELBAUM BELINHA DUBIN BELINHA NUDELMAN BERTA ROSA JOVEGELEVICIUS BERTA SALTZ BERTHA FAJER BETI BACALTCHUCK BETINA KRUTER BETTY ZAMEL KATZ BRIGIDA GURSKI CAROLINA LEMBERT CATIA HELENA ROSA CECÍLIA SUKIENNIK CEIRA LAKS CELI MALTZ RASKIN CÉLIA BERGER CÉLIA BROCHMAN CÉLIA KRAVETZ 42 CERES MALTZ BIN CLARA RABIN CLARA S. MALTZ CLARICE A. CHARCHAIT - BRASILIA CLARICE K. GUS CLAUDETE GARBARSKI CLAUDIA GOLBSPAN ZAMEL CLÁUDIA MESTER CLESSY BURSZTEJN CRISTIANE MENNA CZYZ CRISTIANE ZOUVI CRISTINA D. RODRIGUES DAISY SUSLIK POGORELSKY DANIELA MOLD DÉBORA GENSAS MESTER DEBORA PRESMAN DELEUSE RUSSI DE AZEVEDO DIVA R. KORNFELD DORA BERGER DORA CARDONI DORA GUDIS HENKIN DORA PAKTER RASKIN DORA PLATCHECK DORA TABASNIK DORINHA B. PILTCHER EDA WAINSTEIN ELAINE MALTZ KRANTZ ELAINE RODRIGUES ELIANE KASSOW MASTRONARDI ELIANE KIVES ELIANE SUSLIK SIBEMBERG ELKA KREITCHMAN ELOIR ZYLBERSZTEJN ENA RASKIN ENEIDA DIAMANTE ENI GALBINSKY ESTELA LEDERMAN SPRITZER - RIO ESTELA WAINBERG ESTER BERENICE VEISSID ESTER GOLANDINSKI ESTER K. ENGELMAN ESTER SZAJMAN ESTHER GUELFAND ESTHER HANDLER EUGÊNIA BERLIM EVA ESMERALDA BECKER EVA SUKSTER FANI JAWETZ FANI MESTER FANI RATINECAS FANI SALTZ ROSENFELD FANNY CHMELNITSKY FANNY ROSEMBERG FANY EVA SELIGMAN FANY GLOCK FANY S. CHWARTZMANN FERNANDA AZAMBUJA FERNANDA C. UNIKOVSKY FERNANDA SIBEMBERG SPUNBERG FERNANDA SZTILER FLÁVIA ASPESI SALTZ FLÁVIA VOGEL FLORA AMIEL - SANTA MARIA FLORA SHERMAN FLORA ZELTZER FRIDA ENK KAUFMAN GEIVA TIMONER GENY GLOCK VOLQUIND GENY SIBEMBERG GENY TURKIENICZ GILDA L. NEMETZ GLACI FAINGLUS GLADIR O. CONCEIÇÃO HELENA B. G. ROSENFELD HELENA FRIEDRICH HELENA KEISERMAN HELENA RUBIN HELENITA SCALETSKI HENIE O. NUDELMAN HILDA PECHANSKY IDA C. GUS IDA ROCHICHNER IDA S. FRIDMAN IEDA GUTFREIND IEDA NUDELMAN INÊS GOLBSPAN IONE GALBINSKY ISABEL SCHWARTZMANN IVONE HERZ JACQUELINE SPUMBERG JANE BEATRIZ CANTERGI GHIDALEVICH JANE MARIA GERSHENSON JANE WULFF ALTSCHIELER JANETA G. ZILBERMAN JANETE CANTERGI JANETE F. A. CORTEZ - URUGUAIANA JANICE CHMELNITSKY JENNY AXELRUD JOCELI MARLI KUPPER TERNER JOICE NHUCH JULIANA KLEIMAN KARINA RABINOVICH KARINA SCHAFRAN VOLQUIND REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras MIRA KUPPER - CURITIBA MIRIAM ABULIAC NADOLNY LEVIN MIRIAM LERRER TERNER MIRIAM RITTER MIRIAM ZELTZER FIALKOW MIRIAN WEISS BLIACHERIS MÔNICA HERTZ COHEN NARA B. SIROTSKY NELLY DE BERMAN NOÊMIA FAERMAN NOÊMIA LITVIN NOÊMIA NESTROVSKI NOÊMIA SALTZ GENSAS PATRÍCIA DAGNINO CHIWIACOWSKY PATRÍCIA REGINA COHEN TVORECKI PATRÍCIA SANBERG PAULETE PAKTER PAULINA GLOCK PAULINA G. GORELIK PAULINA PROCIANOY PAULINA STIFELMAN PAULINA SUSLIK PAULINA Z. KNIJNIK PÉROLA MALTZ ZOUVI (PAULINA) RACHEL TAMAR GURSKY RACHEL KIRJNER RAIA KNIJNIK RAQUEL B. MELAMED RAQUEL CARDON RAQUEL SUSLIK (RUTH) RAQUEL TOBA SPRITZER REGINA BLIACHERIS REGINA ESTER L. CHANIN REJANE BEATRIZ KASPER GLASSER REJANE GOLBSPAN REJANE RATINECAS RENATA DUBIN RENATA FISCHER RENÉE RUBIN RITA BUONO GONTOW RITA SIMINOVICH RIVKAH BINNUN ROSA IOLOVICH ROSA LEWKOWICZ ROSA SPUNBERG ROSA WLADIMIRSKY ROSANA ENGELMAN ROSANE BORENSTEIN ROSANE PAKTER RASKIN ROSANNE PLATCHECK ROSINHA SAPOZNIK RUTE MILMAN RUTH COIFMAN RUTH FRIDMAN SABINA K. KANTER SABRINA PRIKLADNICKI SANDRA AKCELRUD SANDRA KRUG DA ROSA SANDRA LEISTNER SEGAL SARA CANTERGI SARA CHAIT SARA FETER SARA FRAJNDLICH SARA SIBEMBERG STOLNIK SARA WAINSTEIN SARAH N. GERBER SARINA ZOUVI SARINHA S. HENKIN SARITA CANTERGI SARITA GUERCHMAN SHEILA FURTADO BARBOSA SHEILA LÉA HELER MEDEIROS SHEILA MALTZ SHEILA S. WAGNER SÍLVIA BLUM TARTAKOWSKY SÍLVIA CANTERGI DE CANTERGI SÍLVIA HALPERN SILVIA LILIANA SCHAFRAN SÍLVIA GENSAS SPIELMANN SILVIA SELIGMAN SILVIA WEINSCHENKER BENDERSKY SIMONE ROBIM LEVEMFOUS SÔNIA FRIDMAN SÔNIA K. DRANOFF SONIA L. REICHERT ROVINSKI SÔNIA PACHECO SIROTSKY SÔNIA UNIKOWSKY TERUCHKIN SOPHIE ISDRA SUZANA S. MELZER SUZETE S. ZYLBERSZTEJN SUZETTE LEVY NUNES TEIXEIRA TÂNIA DE LEON TÂNIA REGINA NAJFELD TÂNIA STEREN BARQUI TÂNIA WAIS TÂNIA K. WLADIMIRSKY TANISE ROITMAN CARDON TANISE S. RODRIGUES TEREZINHA SANDLER THELMA SNE-0R SILVERSTON TILZA SIGAL SUSLIK VÂNIA CHATKIN VERA ROWE MILMAN VERA SCHWARCZ VIVIAN FISCHER VIVIAN SUSLIK ZYLBERSZTEJN YEDA CARNOS ZELDA PRIKLADNICKI ZULAMAR PIPKIN REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 patrocinadores LAIS KNIJNIK LAURA VARGA LEVY LAUREN COIFMAN GROSS LÉA FIALKOW LÉA RUSSOVSKY MACIEL LÉA SCHWARTZ LÉIA WEISMANN LEILA SIGAL SUSLIK LEONOR SCHWARTZMANN LIANA CENTENO CARVALHO ZOUVI LÍBIA GRUNBERG LÍDIA ROITMAN CARDON LINA HAUZMAN LIZETE GLOCK LÚBIA SCLIAR ZILBERKNOP LÚCIA CRESPO RIBEIRO MOREIRA LÚCIA M. RUBINSTEIN LUCIANA BORENSTEIN LUCIANA GRILLO LUIZA BILESKI LUIZA FAINGLUZ LUIZA COPSTEIN WALDEMAR MALVINA BERESNIACK MALVINA DORFMAN MALVINA SOIBELMAN MÁRCIA SIGAL MARGARETH CHWARTZMANN MARIA CRISTINA CAON JOVEGELEVICIUS MARIA CRISTINA FARIA GIGUER MARIA MADALENA MARTINS KESSLER GERCHMANN MARIA HELENA FINKEL MARIA HELENA LERRER MARIA KUPERSTEIN MARIA N. FOLBERG MARIA SCHWARTZMAN MARIA SOFIA BACALTCHUK MARIE ANNE MACADAR MARILENE TETELBOM STEIN MARILI SCLIAR BUCHALTER MARISA SIGAL MARISTELA GALBINSKI MARIZA TERUCHKIN MARLENE KAPEL MARLI PROCIANOY RAPOPORT MARTA FITERMAN MARTA NEMETZ MARTA R. H. GLASER MARYSE MATTATIA WOFCHUK MATILDE GROISMAN GUS MENITA SIBEMBERG BONDAR MERCEDES BOLOGNESE MINA LAPCHIK 43 Na’amat Pioneiras JOVENS PATROCINADORES JOVENS PATROCINADORES NA’AMAT PIONEIRAS 2014 AGATHA LERRER DINIZ - RIO AHARON ZAGURY - RIO ALAN SAUTE ALESSANDRO SCHWARTZ ALEX MALTZ SCHUL ALEXANDRE FRIDMAN VARGAS ALICE ALTSCHIELER TESSLER ALICE B. SUKIENNIK ALICE GORONSTEIN ALICE ROITMAN ALICE SCHWARTZ ALIZA BLUM AMANDA GIORDANI CARDON AMIR RIBEMBOIM BLIACHERIS AMIT HALEVY - ISRAEL ANA CAROLINA HELER MEDEIROS ANA CAROLINA ISDRA MOSZKOWICZ ANA FLAVIA W. FRIDMAN ANA LARA GORELIK PEREIRA ANA LAURA SZAPSZAY ANA LUISA TONATTO MELAMED ANA LUIZA C. DE MIRANDA ANA PAULA T. SUKIENNIK ANDRÉ FURTADO DIAMANTE ANDRE N. STANTON ANDRÉA MALTZ SCHUL ARIEL S. BARKAN ARIELA MESTER ARTHUR PIRES SELIGMAN ARTHUR WAINSTEIN PAIVA ARTUR SAUTE ARTUR ZOUVI AUGUSTO SAUTE BÁRBARA MOLD LEAL BAREL LAVINSKY BEATRIZ C. DE MIRANDA BEATRIZ SCHWARTZ BENI BLIACHERIS BERNARDO ARAUJO CARDON BERNARDO DIAS COIFMAN BERNARDO GALO PAKTER BERNARDO KERTESZ HOPE BERNARDO MARTINS BERDICHEVSKI BERNARDO MOLD LEAL BERNARDO SCALETSKY BERNARDO SZAPSZAY BETINA DIAMANTE WAJNTRAUB BETINA KASPER GLASSER BIANCA SALTZ – USA BIBIANA PRIKLADNICKI BRUNA WAINSTEIN GROSSMAN BRUNA ZOUVI BRUNO GRINBERG BELLEZA CAMILA SCALETSKY CARINA HENKIN AMIEL CAROLINA HOROWITZ VIEIRA 44 CAROLINA OLCHIK CANTERJI CAROLINE KAPEL CAROLINE SALTZ GENSAS CATARINA CHIWIACOWSKY LEMOS CATHERINA ISDRA MOSZKOWICZ CECÍLIA S. SELIGMAN CECÍLIA WAINBERG CECÍLIA WENZEL BRODACZ CINTIA ROVINSKI DAFNE KIVES DAN NELSTEIN FIALKOW DANA SCHAMES DANIEL MESTER DANIEL ROSENHEIN - ISRAEL DANIEL S. SPUNBERG DANIEL SELIGMAN MANDELBLATT DANIELA GURSKI DANIELA MALTZ RASKIN DANIELA SCHWARTZ DANIELA TEITELBAUM FRIEDMAN DANIELLE KASPER GLASSER DAVI BURSZTEJN LERMANN DAVID CHANAN DA ROSA GRINBERG DAVID MALTZ KRANTZ DAVID PRESMAN DÉBORA SIMINOVICH GURSKI DÉBORA SOIBELMAN DÉBORA WAINSTEIN PAIVA DEBORAH LEISTNER SEGAL DENIS MALTZ BIN DENISE ROVINSKI DIEGO ANDRÉ EIFER EDUARDA BRODACZ DE VASCONCELLOS EDUARDA JOVEGELEVICIUS EDUARDO DALL’AGNOL RODRIGUES EDUARDO FRIDMAN VARGAS EDUARDO FOLBERG EDUARDO KIVES EDUARDO MALTZ RASKIN EDUARDO SELIGMAN MANDELBLATT ELISA PROCHNOW PIPKIN ESTELA KERSZ ESTER PRESMAN ESTHER FAJER FERNANDES - SEVILHA ETIELE AMIEL CORTEZ URUGUAIANA FABIANA FARIA GIGUER FÁBIO SANBERG SCHUCHMANN FÁBIO SAUTE FELIPE CANTERGI FRIDMAN FELIPE FOLBERG FELIPE FURTADO DIAMANTE FELIPE LECHTMAN NETO FELIPE P. NEMETZ FELIPE SALTZ - USA FELIPE SANBERG SCHUCHMANN FELIPE SCHWARCZ BERLIM FERNANDA HALPERN FAERTES FERNANDA S. SUKIENNIK FERNANDA SOIBELMAN FERNANDO ROSOLEN KIJNER FLÁVIA GURSKI FRANCISCO MILMAN GABRIEL CZYZ GABRIEL DUBAL NUDELMAN GABRIEL HERNAN EIFER GABRIEL ISDRA MOSZKOWICZ GABRIEL N. STANTON GABRIEL OLCHIK BORGES GABRIEL SCHWARCZ MACHADO GABRIEL SIMINOVICH GURSKI GABRIEL SIVIERO SIBEMBERG GABRIEL TEITELBAUM FRIEDMAN GABRIEL V. DE MIRANDA GABRIELA CHIWIACOWSKY LEMOS GABRIELA FRIDMAN GABRIELA MESTER VIANNA GABRIELA RAPOPORT AVERBUCH GABRIELA SAUTE GABRIELA S. RODRIGUES GABRIELA TONATTO MELAMED GABRIELLE POGORELSKY ESPOSITO GEORGIA PAKTER GUILHERME MESTER VIANNA GUILHERME SCHWARTZMAN RODRIGUES GUILHERME SELIGMAN GUILHERME V. DE MIRANDA GUSTAVO BOSA (FLORIPA) GUSTAVO RAPOPORT GUSTAVO SCHAFRAN VOLQUIND GUSTAVO SCHWARCZ BERLIM HADAR LAVINSKY HANAH GOLBSPAN HANNA VARGA LEVY HANNAH SHARGORODSKY TERNER HENRIQUE LERRER TERNER HENRIQUE ZOUVI HILA TURKIENICZ IAIR IUGT IAN KERSZ AMARAL IAN RATINECAS IANIV SHARABANI - ISRAEL IASMIN GOLBSPAN IGNÁCIO ISDRA SNIADOWER INBAL SHARABANI - ISRAEL ISABELA CARDON UNIKOVSKI ISABELA NAIDITCH BERGER ISABELLA G. MÜLLER ISABELLE WAINSTEIN GROSSMANN IURY AMIEL CORTEZ REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 Na’amat Pioneiras MARINA PAKTER MARIO PESCAROLO IOCHPE MARTINA IGOR MARTINA SCHWARCZ MACHADO MARTINA ZOUVI GERBER MATHEUS WAINBERG DE ALES MAURICIO SZAPSZAY MAX NELSTEIN FIALKOW MAYA KRUTER ERIJMAN MEYR SHLOMO ZAGURY- RIO MICHAEL MILMAN MORIAH ZAGURY - RIO MOSHE GUENDELMAN TVORECKI NATAN LEVENTAL - USA NATAN PRESMAN NATAN ROZENFELD OLCHIK NATASCHA BERGER MURACHOVSKY NICOLAS BERLIM TORRES NICOLAS VAITSES CARNOS NICOLE DIAMANTE WAJNTRAUB NICOLE MACADAR CAVALHEIRO NICOLE GIORDANI CARDON NICOLE KAPEL NINA ARMANI OFIR WLADIMIRSKY - ISRAEL OLÍVIA KNIJNIK DINIZ OLÍVIA WAINBERG MESQUITA OREN SELIGMAN - ISRAEL PAULA GUTERRES ROISENBERG PAULINHO NAHARI - USA PAULO KREITCHMANN NETO PEDRO BECKER FITERMAN - CURITIBA PEDRO CARDON UNIKOVSKI PEDRO COIFMAN SZALANSKI PEDRO L. ZOUVI PIETRO SIBEMBERG COSO RACHEL LAVINSKY RAFAEL AMIEL CHARCHAIT - BRASÍLIA RAFAEL CZYZ RAFAEL DALL’AGNOL RODRIGUES RAFAEL FARIA GIGUER RAFAEL FONSECA GORELIK RAFAEL GALEGO GHIDALEVICH RAFAEL H. WEINSTEIN RAFAEL HOROWITZ VIEIRA RAFAEL L. ZOUVI RAFAEL PRESMAN RAFAEL SALTZ GENSAS RAFAEL SPUMBERG SEUS RAFAEL TOBIAS COHEN TVORECKI RAFAELA BRODACZ DE VASCONCELLOS RAFAELA COIFMAN GROSS RAFAELA FISCHER FRIEDMAN RAFAELA WAINSTEIN RAFAELLA G. MÜLLER REBECA AMIEL CHARCHAIT – BRASÍLIA REBECA PIRES RUBIN RENATA H. WEINSTEIN RENATA TERUCHKIN DA COSTA RENATO AMIEL CHARCHAIT BRASÍLIA RICARDO H. WEINSTEIN RICARDO PESCAROLO IOCHPE RICARDO SAUTE RITA MULLER ROBERTA LEISTNER SEGAL ROBERTA PESCAROLO IOCHPE ROBERTO MALTZ RASKIN ROBERTO SALTZ ROSENFELD RODRIGO CHAIT FREITAS RODRIGO FRIDMAN RODRIGO LERRER TERNER RODRIGO PRIKLADNICKI RODRIGO RAPOPORT RODRIGO ROSOLEN KIJNER RODRIGO SALTZ ROSENFELD ROGER ROZENFELD OLCHIK ROMEU KNIJNIK VAZ RONI COHEN RONI MALTZ BIN SABRINA NADOLNY LEVIN SABRINA S. BARKAN SALO JOVEGELEVICIUS SAMANTA NAHARI - USA SAMI MALTZ BIN SAMUEL FAJER FERNANDES SEVILHA SARAH GUTERRES ROISENBERG SARAH SHARGORODSKY TERNER SHACHAR HALEVY - ISRAEL SOFIA WAINSTEIN SOPHIA COIFMAN GROSS TAIS OLCHIK BORGES TAL KOSMAN TATIANA S. ZAGO TESS SZAPSZAY THEILA ZAGURY - RIO THEO HALPERN FAERTES THÉO ISDRA SNIADOWER THIAGO KREUTZ GROSSMANN URIEL IUGT VICENTE WENZEL BRODACZ VICENZO DAYRELL BERGER VICTOR BECKER FITERMAN CURITIBA VINICIUS ISDRA SNIADOWER VITOR OSTERMAN GROSSMANN YAEL ROSENHEIN - ISRAEL YAFA LECHTMAN YONI TURKIENICZ ZIR WLADIMIRSKY - ISRAEL ZVI BLUM (ISRAEL) REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 JOVENS PATROCINADORES JAIME CARRION FIALKOW JACQUES ENGELMAN KAUER JAYME CAON JOVEGELEVICIUS JULIA ADAMS PEREZ RASKIN JULIA ALTSCHIELER TESSLER JÚLIA BERESNIACK SCHEIRR JULIA BURSZTEJN LERMANN JÚLIA CHIWIACOWSKY LEMOS JULIA COIFMAN SZALANSKI JULIA PAKTER JULIA ZOUVI JULIANA W. FRIDMAN JULIANO SCHWARTZ LAIS T. SUKIENNIK LARA S. NAJFELD LAURA ALEIXO IGOR LAURA DUBAL NUDELMAN LAURA KIVES LAYLA WAINSTEIN GROSSMAN LENA LEISTNER CLOTTES LEONARDO KRUTER ERIJMAN LIA LAVINSKY LIBBY LAVINSKY LIORA SEMERIA MELAMED LÍVIA SUSLIK LORENZO Z. DE MIRANDA LUCA MACADAR FERRERA LUCAS SIVIERO SIBEMBERG LUCAS SOIBELMAN MENEZES LUCAS SUSLIK LUCAS ZOUVI GERBER LUISA CHATKIN LUISA RIBEIRO KREITCHMANN LUÍSA SCALETSKY LUÍSA WLADIMIRSKI CIRIACO LUIZ ALBERTO COHEN TVORECKI LUÍZA SPUNBERG MANOELA SCHNEIDER MANUELA ISDRA RAJCHENBERG MAOR SHARABANI - ISRAEL MARCEL CANTERGI FRIDMAN MARCELA FISCHER FRIEDMAN MARCELA S. SPUNBERG MARCELO AXELRUD MARCELO GENSAS SPIELMANN MARCELO HENKIN AMIEL - STA. MARIA MARCELO MALTZ SCHUL MARCELO W. FRIDMAN MARIA AUGUSTTA GALBINSKI MARIA EDUARDA BOSA – FLORIPA MARIANA CONTI MARIANA FOLBERG MARIANA MESTER VIANNA MARIANA NAIDITCH DE SOUZA MARIANA SCHNEIDER MARINA LEVENTAL - USA MARINA NISSEMBLATH ROSENFELD 45 Na’amat Pioneiras Revitalizando seu evento com sucesso! * Quatro salões climatizados; * Segurança; * Estacionamento Rua Gen. João Telles, 508 Fone: 51 3012.7100 www.lidereventos.com.br Desde sua inauguração, em 21 de novembro de 1990, o Rua da Praia Shopping, localizado bem no centro de Porto Alegre - Rua dos Andradas, 1001 - contribuiu, e muito, para a revalorização do centro da capital gaúcha. São 19 mil metros quadrados de área bruta locada, distribuídos em 4 andares, ligados por escadas rolantes e elevadores panorâmicos, e ar-condicionado totalmente informatizado. As 130 lojas do RUA DA PRAIA SHOPPING formam um mix diversificado com lojas de vestuário, cine-foto-vídeo-som, presentes, papelaria, decoração, bijuterias, além de restaurantes, fast food e área de lazer que, além dos cinemas e brinquedos eletrônicos, conta com Boliche. O Grande Hotel, do Grupo Master, 4 estrelas, construído junto ao Rua da Praia Shopping, proporciona conforto para seus hóspedes. As lojas do RUA DA PRAIA SHOPPING funcionam, diariamente, das 9 às 22 horas e sábados até às 21 horas. A Área de Lazer e Alimentação tem horário mais flexível: de segunda a sábado, fica aberta até 22 horas e domingos até 21 horas. 46 REVISTA DO 55º BAZAR | 2014 calhau NA’AMAT PIONEIRAS - PORTO ALEGRE, ATRAVÉS DE SEUS GRUPOS ANY RERIN, AVODÁ, BERTA SIMINOVICH, CHAI, CLARINHA MILMAN, COACH NEURIM, ELISHEVA KAPLAN, HAMSA, HATIKVA, IACHAD, KIDMÁ, KINERET, MORASHÁ, PAULINA CUPERSTEIN, PRACHIM, SARA BARKAIT e SHEMESH, CONVIDA PARA O 55º BAZAR ANUAL “MÍDIA” HOMENAGEADOS: ENTIDADES BENEFICIADAS: Lauro Quadros Roger Lerina Associação Israelita Damas de Caridade Instituto do Câncer Infantil Instituto da Criança com Diabetes Lar da Criança Anne Frank ALMOÇO, CHÁ DA TARDE, SHOWS MUSICAIS E DE DANÇAS, LEILÃO DE ARTES, TEATRO INFANTIL, BRECHÓ, COMIDAS TÍPICAS JUDAICAS, ARTIGOS DE ISRAEL, ARTIGOS DE COZINHA E MESA, ARTESANATO E VESTUÁRIO. Domingo, dia 31 de agosto, das 10h às 18h Na Hebraica/RS - Rua Gen. João Telles, 508 (correalização Hebraica/RS)