REVISTA
DO 55º
BAZAR/2014
H I STÓ R I AS E T R A J E TÓ R I AS
ANÚNCIO IMPRESUL
Chaverot
M
Sônia Unikowsky
Teruchkin,
Presidente Centro
Porto Alegre
ais um ano se passou, e nós estamos novamente frente ao nosso maior evento: o Bazar
e, junto a este, a nossa Revista do Bazar.
São dois momentos em que todas as ativistas da
NA’AMAT PIONEIRAS - Porto Alegre se unem com
muita dedicação e carinho, buscando proporcionar um dia muito agradável e momentos de leitura
deliciosos.
Este ano, escolhemos a Mídia como tema do
Bazar e da Revista. Por que a Mídia? Porque ela
influencia no modo de agir e de pensar, uma vez
que é uma poderosa ferramenta formuladora e
criadora de opiniões, saberes, normas e valores.
São os meios de comunicação que nos permitem
ficar sempre atentos ao que acontece no mundo,
e hoje a internet e as redes sociais se tornaram
um relevante meio para discutir e divulgar nossas
ideias e eventos.
Visando a melhorar a comunicação interna
e externa, buscamos adequar a forma de registro de nossas reuniões, tornando-as mais enxutas e claras, e o nosso boletim, onde todos os
grupos e departamentos podem se encontrar.
Igualmente, estamos entregando uma Revista
do Bazar mais clean e com mais cores, para
que todos possam apreciar os nossos articulistas. Esta revista, bem como os números anteriores, está disponível na internet em http://
É
um orgulho para a NA’AMAT Brasil participar do 55º Bazar, evento já tão tradicional
do Centro Porto Alegre! O Bazar começou
em 1960, ainda sob o comando das fundadoras.
Durante estes 54 anos, o Bazar foi crescendo,
acompanhando o desenvolvimento da Organização em Porto Alegre.
É através das atividades dos Centros que
NA’AMAT realiza o seu trabalho e é por isso que
o Executivo Nacional está sempre apoiando essas iniciativas, buscando conhecer cada particularidade regional através de Shlichut (missão)
pelo país.
Em todo o Brasil, os Centros realizam várias
atividades com afinco para auxiliar as instituições sociais que necessitam. Ajudar o próximo,
praticando a justiça social, é uma das máximas
do judaísmo. E tentamos, sempre, colocá-la em
prática.
Em Israel, sede da NA’AMAT, um dos principais objetivos é elevar o status da mulher, de
modo a conquistar os mesmos direitos de todos os cidadãos. Centros de integração, escolas agrícolas, escolas profissionalizantes, cursos
profissionalizantes para presidiárias, dezenas de
creches espalhadas pelo país e um ativo Departamento Jurídico, integrado ao Centro Glickman,
www.naamat.org.br/site/revista-do-bazar/.
Assim, a NA’AMAT PIONEIRAS também tem
se beneficiado dos avanços tecnológicos e da
qualidade da comunicação, pois é uma organização presente em vários países e estados do Brasil.
Como NA’AMAT - uma sigla que, em hebraico, significa “Mulheres Trabalhadoras e Voluntárias” - e,
como PIONEIRAS, somos engajadas em um trabalho cultural e social beneficente.
Quando aceitei presidir a NA´AMAT PIONEIRAS
- Porto Alegre, sabia que teria um grande desafio.
Conviver com pessoas de diferentes vivências e
maneiras de pensar, que têm uma missão comum,
é algo bastante interessante e enriquecedor. Os
meios têm se alterado ao longo dos anos – para
constatar isso, basta ler a evolução do nosso bazar
na Revista - , mas o fim é um só: o crescimento da
nossa Organização, para que ela possa continuar
contribuindo para elevar o papel das mulheres na
sociedade, mantendo acesa a chama das tradições e da justiça social (tsedaká).
Existe força, poder e segurança em grupo
quando se caminha na mesma direção, com pessoas que compartilham um objetivo comum. Quero parabenizar e agradecer a cada uma de vocês
por sua dedicação à NA´AMAT PIONEIRAS. Gostaria de desejar um ano gratificante e exitoso. E
que a paz seja o nosso destino!
referência internacional no que se refere à violência da mulher, fazem com que a NA’AMAT seja a
maior organização feminina do país.
O tema escolhido para este ano, “Mídia”, é
de extrema importância. Em um mundo de conexões quase que instantâneas, sem barreiras
geográficas ou ideológicas, a mídia torna-se
uma forte ferramenta, na qual a informação é o
poder. O caminho é usar esse espaço a nosso
favor, fazer com que a mídia coopere para distribuir e informar ao público nossas realizações.
Temos visto, principalmente nesse momento
de tensão em Israel, uma demonstração deste
poder e como ele vem sendo usado para atender a outros interesses que não informar, apresentando informações parciais e contra nosso
povo. Os meios alternativos, como as redes sociais, são uma opção para podermos nos defender e apresentar a história e seus fatos para
aqueles que a desconhecem. Esse é o poder e
a importância da mídia. Desejamos agora muita
força a Eretz Israel.
Por fim, parabenizamos o Centro Porto Alegre pelo seu trabalho, que é reconhecido não
só pela comunidade judaica como pela sociedade mais ampla, e, neste momento, pela realização do seu já tradicional 55º Bazar Anual,
desejando-lhe muito sucesso.
PRESIDENTES
Queridas
Céres Maltz Bin,
Presidente
Executivo Nacional
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
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Na’amat Pioneiras
55º Bazar Anual da
editorial
Na’amat Pioneiras
Expediente
Na’amat Pioneiras
BAZAR 2014
p,
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Rosane Bore
ikowsky Teruchkin
Renata Fischer e Sônia Un
L
úbia Zilberknop, Coordenadora do Departamento Cultural, sugeriu, e as
chaverot aprovaram: o tema do 55º Bazar Anual seria “Mídia”.
Mas, afinal, o que é mesmo mídia?
De acordo com o dicionário do Aurélio, mídia significa “designação genérica dos
meios, veículos e canais de comunicação, como, por exemplo, jornais, rádio, televisão,
outdoor etc.”, e ainda “setor de agência de propaganda responsável pela veiculação
de anúncios na mídia”.
No Google, J. Argemiro define mídia como “ os meios de comunicação de massa
(imprensa, televisão, rádio, internet, telefone, teatro, cinema, dança etc.). Curiosamente, trata-se da adoção, no Brasil, da pronúncia inglesa para a palavra latina “media”
(plural de “medius”, que quer dizer “meio”), retirada da expressão “mass media” que,
à sua vez, os ingleses extraíram da locução latina “media communicationis” (meios de
comunicação). É, portanto, um estrangeirismo que se aportuguesou, abarcando um
conceito bem amplo da palavra. E muito importante: pela força que possui, elegendo
governantes, destituindo outros, influindo no comportamento das pessoas, a mídia é
considerada o quarto poder.”
Com a escolha, então, do tema para o Bazar e para esta Revista, buscamos
um contato direto com os comunicadores de jornais, revistas, TV e rádio, pedindo-lhes que colaborassem conosco. Foi um contato muito proveitoso e, acima de tudo,
bastante prazeroso.
Queridos colaboradores, foi muito boa a comunicação com vocês: foram ótimos
bate-papos através dos inúmeros e-mails que trocamos. Em nossa revista, os leitores terão oportunidade de conhecer a trajetória e histórias que nos emocionaram e
que nos fizeram perder o fôlego. Foi um prazer conhecer vocês, Daniel Scola, Desirée
Suslick, Diego Casagrande, Fabio Prikladnicki, Leo Gerchmann, Mariana Kalil, Mariana
Turkenicz, Martha Medeiros, Roger Lerina, Rosane de Oliveira, Sara Bodowsky e Tulio
Milman. Vocês nos ajudaram a construir a revista, fazendo também a tsedaká (justiça
social).
Por se tratar do 55º Bazar, tentamos resgatar a história do mesmo através de depoimentos de três chaverot (companheiras). Elas nos contaram como se iniciou: temos
a impressão de que começou como um “provinciano armazém de secos e molhados”,
até se transformar nesta grande festa que hoje reúne os 17 grupos de voluntárias, durante todo um dia de domingo, ocupando os três andares da Hebraica-RS e atraindo
um grande público de nossa cidade.
Para finalizar, desejamos um grandioso Bazar na Hebraica, dia 31 de agosto, onde
todos serão muito bem-vindos!
NA’AMAT
PIONEIRAS
Presidente: Sônia Unikowsky
Teruchkin
Vice-Presidentes: Jane Altschieler e
Suzette Levy Nunes Teixeira
Coordenação do Bazar: Celi Maltz
Raskin, Sarah Gerber e Sheila Maltz
Comissão de Patrocínios: Luciana
Borenstein, Malvina Beresniack,
Renata Fischer, Rosane Borenstein e
Sheila Maltz
Departamento de Divulgação
Conselho Editorial:Marili Scliar
Buchalter, Lúbia Zilberknop, Sônia
Unikowsky Teruchkin, Renata Fischer e
Rosane Borenstein
Revisora: Lúbia Zilberknop
Produção: Enfato Multicomunicação
Diagramação: Kike Borges
Pré-impressão e Impressão: Impresul
Distribuidora: Faster
Tiragem: 1500 exemplares
Distribuição Gratuita
Trabalho Voluntário: Organização das
Mulheres Pioneiras / Na’amat Pioneiras
- Porto Alegre
Rua Gen. João Telles, 329 / 3º andar /
CEP: 90 035-121 /
Porto Alegre/ RS
Fone/Fax: (051) 3311-0822
Fale Conosco:
[email protected]
www.naamat.org.br
Marili Scliar Buchalter
Coordenadora do epartamento de Divulgação
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REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
coral zemer:
10 ANOS DE história
NA’AMAT
D
esde sua fundação, a organização Na’amat Pioneiras
de Porto Alegre sempre se destacou por suas atividades culturais, com palestras, seminários, cinema
e outras manifestações. Há dez anos, a Na’amat decidiu
abrir outra frente cultural. Foi criado o Coral Zemer, com
o objetivo de divulgar as tradições judaicas por meio do
canto coral, da mesma forma com que as arkadot (danças
israelis) transmitem a cultura através da dança.
Nestes 10 anos, o Coral Zemer teve a oportunidade
de se apresentar em inúmeras manifestações corais, tanto para a comunidade judaica quanto para a não judaica:
Festival de Etnias em Erechim, Festival Uruguaianense de
Integração de Coros, Projeto Petropar no Theatro São Pedro, Festival de Música Klezmer, em São Paulo, Cabalat
Shabatot na praia (Capão da Canoa, Atlântida, Xangri-lá),
em parceria com a Sinagoga da União Israelita. Em setembro, o Coral se apresentará em Florianópolis, com a parceria e o apoio da AIC (Associação Israelita Catarinense).
Sendo filiado à FECORS (Federação de Coros do RS),o
Coral Zemer tem participado de muitos Festivais de Coros tanto em Porto Alegre quanto no interior do estado,
em clubes, associações, capelas, catedrais. Desta forma, o
Coral está atingindo um dos seus objetivos, que é mostrar
para um público não judaico músicas em ídiche, hebraico e
ladino, desconhecidas da grande maioria dessas pessoas.
Nesta trajetória de passado, presente e considerando
também o futuro, o Coral Zemer acredita que o fato de aproximar culturas diferentes cria uma ponte para uma maior
convivência e integração com a sociedade como um todo.
HOMENAGEM
Chaverá Zelda Oliven z’l
Z
elda Oliven nasceu em 1919, em Berlim, Alemanha, filha de pais poloneses. Durante a adolescência, ela e o
namorado (e futuro marido) pertenciam a movimentos
juvenis sionistas. Para escapar do nazismo, ela e o seu irmão refugiaram-se na Inglaterra. Os seus pais morreram no
Holocausto. Casou, por procuração, com Klaus Oliven, que
já estava, junto com sua família, no Brasil. Quando Zelda chegou a Porto Alegre, nos anos 40, ela sofreu um grande choque cultural: a nossa cidade, naquela época, se comparada
à grande metrópole alemã, era muito provinciana. Em 11 de
setembro de 1948, com menos de 29 anos de idade, Zelda,
com mais cinco mulheres cujas vidas eram pautadas pelos
ideais sionistas, e com o entusiasmo pela recente criação
do Estado de Israel, fundou o que seria a Na’amat Pioneiras
Brasil. Era a Organização das Mulheres Pioneiras, filiada à
Moetzet Hapoalot, de Israel, cujo primeiro núcleo no Brasil foi
em Porto Alegre. Apesar de ter seis filhos ainda pequenos e
dar aulas de inglês, Zelda Oliven ainda se dedicou de corpo e
alma à nova entidade criada. Foi sua Presidente por 20 anos,
e incentivou muitos departamentos da nossa Organização,
como o Bazar e o Departamento Cultural. Sempre aberta a
novas ideias, ela era ouvida e respeitada por todos quantos a
conheceram. Nas peguishot e kinussim (congressos), o Executivo Nacional sempre lhe concedia a honra de divulgar ao
plenário as sugestões e resoluções. Preocupada com a continuidade da Na’amat, entusiasmava-se quando via um rosto
jovem entrando na Na’amat. Zelda Oliven, apesar da idade,
era uma mulher jovem de espírito e muito à frente do seu
tempo (Zelda nos deixou em 2013). Para nós, da Na’amat,
foi uma honra, um privilégio e uma grande alegria contar com
uma chaverá do quilate de Zelda Oliven.
Pioneira desde 1948,
Zelda por ela mesma:
Nome: Zeldi Oliven
Nascida: em Berlim, Alemanha
Data: já neste século
Peso: 3 quilos a mais
Cabelos: pintados
Olhos: operados
Dentes: emendados
Busto: levantado
Barriga: encolhida
Pé: grande
O resto: ok
Instrução: 1º grau
Estado Civil: casada, 6 filhos
Nacionalidade: brasileira
naturalizada
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Na’amat Pioneiras
Lúbia Zilberknop
HISTÓRIA
Professora
Doces Lembranças:
a História do Bazar
No ano em que se realiza o 55º Bazar da
Na’amat Pioneiras, é importante resgatar
um pouco da sua memória. Para tanto, as
duas Saras (Gerber e Wainstein), antigas
chaverot que viveram esses momentos,
contam um pouco de suas lembranças
6
A
origem do Bazar se deve às ideias e orientação de Zelda Oliven z’l. Sabíamos que
tínhamos que fazer alguma coisa diferente
para obter mais recursos. Pedimos que cada
ativista trouxesse artigos não perecíveis, para
vendermos como mercadoria. Assim, os grupos, em cada reunião, traziam açúcar, café, farinha etc. Esse, portanto, pode ser considerado o
embrião do Bazar das Pioneiras (Sarah Gerber).
No dia do Bazar, que antigamente era feito
no Centro Israelita, as chaverot esperavam na
porta as “freguesas” e acompanhavam-nas de
barraca em barraca. A venda era individual, e
a concorrência em pegar aquelas que a gente
imaginava que fossem comprar mais, era enorme.
Nos anos 70, o Bazar era pequeninho,
acontecia numa quinta-feira, geralmente, em
outubro, e havia sempre um clima de otimismo
e boa vontade.
Nós mapeávamos a cidade, dividindo-a em
bairros, e os grupos eram convocados para
irem às lojas daquela zona pedir mercadorias
que eram vendidas no Bazar. Um ano, coube
ao nosso grupo a Av. Assis Brasil. Éramos cinco
chaverot e fomos no carro de uma delas, estacionando mais ou menos no meio da avenida,
para que umas fossem para a direita e outras,
para a esquerda. Quando ganhávamos “tipo”
uma camisa ou um blusão, era uma festa (Sara
Wainstein).
Depois de alguns anos, o Bazar transferiu-se para o antigo Círculo Social Israelita
(hoje Hebraica-RS). Havia gente que fazia
fila para comprar as metzies (pechinchas). Aí
começamos a pensar maior; naquela época, havia seis grupos que eram divididos em
zonas. Cada grupo marcava o dia, e íamos
ao comércio da Azenha, do Bom Fim, de
Petrópolis,da Auxiliadora, da Floresta e do
Centro. Alguns maridos de chaverot, que
eram comerciantes, nos ajudaram bastante, apresentando-nos a firmas de representações. Recebíamos tanta mercadoria, que
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Na’amat Pioneiras
HISTÓRIA
O Bazar, de uns anos para cá, passou a ser
temático. Já homenageamos diversas pessoas
e entidades. Este ano, por exemplo, o tema está
sendo a Mídia.
da Na’amat
já comportava fazermos uma coisa mais fina e maior.
Também fomos às fábricas de móveis as quais nos doaram
diversos produtos. Como vimos que tínhamos de mudar o
jeito de trabalhar, escolhemos uma Coordenadora para o
Bazar (a primeira foi Geny Sibemberg, depois a minha filha
Eva Sinovetz e, mais tarde, a Ana Phibig z’l). Foi ótimo, pois
cada pessoa dava sugestões, e crescíamos cada vez mais.
Sugeriram irmos à Serra; reunimos, pois, um grupo de Pioneiras e, além de admirarmos as belezas da paisagem, conseguimos muitas mercadorias. Foram malhas e tudo o mais
que quiseram nos doar. Uma das vezes em que estávamos
voltando, eu sugeri pararmos na estrada; recolhemos tantas
folhagens, que fizemos um Bazar que hoje seria considerado
bem ecológico.
Começamos também a ir a Novo Hamburgo, de onde
trouxemos tantos sapatos, que a barraca do Bazar mais parecia uma loja. Visitávamos também representantes comerciais onde conseguíamos roupas de todos os tipos.
Depois de muito tempo, o Bazar, que a essa altura já
estava grande e bem variado, começou a funcionar num domingo. No início, eu fui contra essa mudança, mas, quando
vi o resultado, dei a mão à palmatória (Sarah Gerber).
Nessa época, já havíamos deixado de vender artigos de
armazém, e os diversos grupos, como acontece até hoje,
dividiam-se em barracas, as quais ofereciam os mais variados produtos de artesanato ou alimentícios, afora o Salão do
Chá da Tarde, o Almoço dos Cozinheiros (feito pelos maridos
de algumas voluntárias), o Leilão de Arte em parceria com Nicolas Bublitz, o brechó, um mezanino com espaços locados
e muitos shows artísticos.
O Bazar, de uns anos para cá, passou a ser temático. Já
homenageamos diversas pessoas e/ou entidades. Este ano,
por exemplo, o tema está sendo a Mídia. Com essa evolução, mostramos que nós, Pioneiras, sempre fomos muito
ativas,lutando, dia após dia, para ter um Bazar renovado e
moderno (Lúbia Zilberknop).
Desde a origem do Bazar, já beneficiamos diversas instituições, a saber: a Escola Lar do Bebê Pupileira, o Hospital Psiquiátrico São Pedro, a Sociedade dos Surdos do Rio
Grande do Sul, o Instituto Santa Luzia, o Asilo Padre Cacique, o Lar da Criança Anne Frank, o Instituto do Câncer
Infantil, o Instituto da Criança com Diabetes, a Associação
Israelita Damas de Caridade e a Casa do Artista Riograndense (Sarah Gerber).
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Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Daniel Scola
Jornalista
“Os exemplos que o
Japão me ensinou”
D
e todas as coberturas de que participei nos últimos
gem que, ao todo, até o destino, passou de 48 horas.
15 anos, sem dúvida nenhuma, o terremoto de 9.0
Cheguei ao Japão no domingo, dia 13 março, e, quanna escala Richter, seguido de tsunami - tragédias que
do botei os pés no saguão do aeroporto de Narita, levei o
resultaram na morte de mais de 20 mil pessoas - no Japão,
primeiro susto. O prédio tremia, desequilibrando as pessoem 2011, foi a mais desafiadora para mim como repórter.
as e provocando ainda mais temor: eram as réplicas que
Cobrir para a RBS catástrofes naturais não era novidase sucederiam até o momento de eu embarcar de volta,
de, mas ter que cruzar o mundo para trabalhar num país
10 dias depois. A maior barreira que enfrentei foi o idioma.
desconhecido e saber retratar, da melhor forma possível,
Fora do circuito aeroporto/hotel/polícia/restaurante, pouca
o drama daquele povo foi meu grande
gente fala ou até mesmo compreende
teste como repórter nos maiores fatos
inglês. Juntei-me a dois jornalistas
históricos.
que viajavam pelo Japão: um alemão
Apesar de todas
Naquele 11 de março de 2011, eu
e - note agora a experiência histórica
amanheci em São Paulo, onde passaas agruras, em
- um israelense do jornal Haaretz.
va uma temporada na redação da Rede
Viajamos juntos por quase uma
10 dias no Japão,
Globo. Assisti pela TV em qualidade HD
semana - viajar em “pool” facilita o
conheci um
as primeiras cenas daquele cenário de
deslocamento, reduz os custos e
caos que se armava sobre a costa lespouco do povo
nos possibilita uma troca de expete do Japão. Como todo mundo, acreriências incrível. Apesar de todas
que é capaz de
ditei, num primeiro olhar, que se tratava
as agruras, em 10 dias no Japão,
nos dar uma aula
de um filme tipo Independence Day. Na
conheci um pouco do povo que
hora, pensei comigo - confesso que todo
de civilidade,
é capaz de nos dar uma aula de
repórter sempre pensa em estar no centro
civilidade, organização e soliorganização e
dos acontecimentos: “Pena que demoraria
dariedade. Sempre me lembro,
solidariedade
muito tempo para chegar lá, mas gostaria
por exemplo, de uma máquina
de estar lá. Melhor não. A tragédia é grande vender água e refrigerante.
de demais e vai ser muito perigoso”. Saí da
Quebrada e com os produtos à
redação, peguei um voo para Porto Alegre
mostra, numa rua da cidade de Asahi, na costa
onde passaria - notem, passaria! - o fim de semana com
leste, passei pela máquina duas vezes em dois dias. Ninminha família. Ao desembarcar em Porto Alegre, toca o
guém ousava tocar, apesar do racionamento de água em
telefone, e meu editor dispara: “Tu vais para o Japão. Arruvigor pelo governo.
ma tua mala e pega o primeiro voo para São Paulo. Vamos
Ao chegar a locais mais atingidos, os moradores, apetentar te embarcar no primeiro voo que for autorizado para
sar da situação catastrófica, nos ofereciam chá, biscoitos,
Tóquio”.
e o que mais estivesse à mão - bem, bem, bem diferente
Reagi sobressaltado, meio atrapalhado, mas, como fiz
daquelas cenas de saque que eu vira, exatamente, um ano
em outras vezes, joguei na mala algumas roupas pesadas
antes, no Chile.
para enfrentar o inverno do Japão, peguei passaporte e
Até hoje - e sempre será assim – lembro-me dos exemmeu colete com a inscrição “press” e parti para uma viaplos que o Japão me ensinou.
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REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Desirée Suslick
Jornalista responsável da revista Morashá e redatora do jornal Tribuna Judaica
Trocando as sapatilhas
por uma Remington
M
eu sonho era ser bailarina clássica. Brilhar nos palcos soCom uma rápida passagem pela chamada grande imbre sapatilhas de ponta cor de rosa e tutus esvoaçantes.
prensa, fui editora de Exterior no então jornal paulistano Folha
Tudo parecia caminhar neste sentido. Aos nove anos,
da Tarde, mas fiz minha carreira na comunidade. Duas pessoera disciplinada nas aulas (não tão jeitosa), a primeira da fila,
as foram fundamentais para a minha formação: Oscar Nimitz,
sempre disposta a acertar. Até que faltei a um ensaio no final
diretor do então jornal Resenha Judaica, que me contratou
de semana – para minha mãe, final de semana era para lazer
para fazer um favor a um amigo, e Carlos Brickmann, editore família – e a professora me tirou da dança poucos dias antes
-chefe da Folha da Tarde, que aceitou conversar comigo por
do espetáculo.
causa de um amigo comum.
Como caçula de uma típica família sefardita, mimada ao
Grandes mestres, acima de tudo, grandes amigos. Com
extremo pelos meus pais e pelas minhas irmãs, acostumada
Oscar, aprendi a fazer uma pauta, uma reportagem, uma ena sempre ter tudo do meu jeito, com
trevista, descobri o meu judaísmo e me apaiares de princesa ofendida, abandonei
xonei por Israel. Com Carlinhos, a trabao balé. Mal sabia eu, e minha mãe,
lhar sob a pressão do fechamento diário
Equilibrar-se
que o futuro me reservaria muito trasem errar muito, sem muitos adjetivos e,
balho nos finais de semana. Talvez,
como ele me disse certa vez, a escrever
na extensa e
se eu tivesse uma bola de cristal, não
em português. Isso porque, quando fui
frágil teia da
teria abandonado a dança. Mas devo
lhe pedir emprego e ele leu meus texreconhecer que os palcos acabaram
tos, a quantidade de palavras em hevida comunitária
ganhando com a minha saída.
braico chamou-lhe muita atenção.
judaica não deixa
Não decidi ser jornalista por amar as
Entre marido, filho, mudanças de
de criar fortes
letrinhas desde a infância. Na verdade, o
país e cidade, quando resolvi retomar
jornalismo foi a opção diante da imensa
a minha carreira, em 1995, decidi
emoções e exigir
lista de alternativas na hora de fazer a insfazer o de que mais gosto: trabacerto talento
crição para o vestibular. Não sabia o que
lhar no universo judaico e ligado a
queria, mas sim o que não queria: física,
Israel. O ponto de partida foi a requímica e matemática, menos ainda, biovista “Paz”, produzida em parceria
logia.
com Tania P. Tarandach, companheira de jornada desLembrei-me, então, de uma conversa que tivera ainda no
de os tempos de Resenha. Com o apoio do Consulado de
ginásio, com o meu professor de português, Roberto Sato,
Israel,“Paz”, lançada em 1995, falava dos acordos de paz
japonês e o melhor mestre que poderia ter tido. Sempre que
entre Israel e os árabes.
corrigia minhas redações, ele me dizia que eu tinha jeito para
Depois, vieram a revista Morashá e publicações sobre Isescrever e que deveria pensar em ser jornalista. Anos depois,
rael, como o anuário da Câmara Brasil-Israel de Comércio e
suas palavras ressurgiram na minha cabeça e traçaram o meu
Indústria, do qual fui editora durante 16 anos, algumas sobre
caminho, ou melhor, escreveram.
literatura israelense, Israel e Oriente Médio, que entre outras,
Quando comecei a estudar na ECA/USP, um dos modelos
voltadas ao público não judaico, passaram a fazer parte do
inspiradores da época era a Sandra Passarinho, então corresmeu dia a dia.
pondente internacional da TV Globo. Cada dia, uma história
Após 37 anos, por estes estranhos caminhos, estou
transmitida de um lugar diferente. Não me tornei uma Sandra
agora, entre outras atividades, na Tribuna Judaica (jornal que
Passarinho, mas construí uma carreira cheia de aventuras. Afisucedeu a Resenha). Posso afirmar, sem a menor sombra de
nal, equilibrar-se na extensa e frágil teia da vida comunitária judúvida, que fiz a escolha certa, pois adoro o que faço. As sadaica não deixa de criar fortes emoções e exigir certo talento,
patilhas de ponta não foram esquecidas, ocupam um lugar
andando sempre nas pontas.
especial na minha lembrança e nas horas de lazer.
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
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Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Diego Casagrande
Jornalista
O ar que
respiro
C
coisas sem se arriscar a ir preso. Tem que querer descobrir
ompletei 20 anos de profissão com diploma. Se contar
o que os outros não sabem, encontrar a história secreta, a
os anos de estagiário, são 24 de reportagem. Não há
verdade oculta, o motivo de um fato, e querer muito contar
nada melhor do que ser repórter. Nasci repórter e o separa os outros. Quem não tem isso pode escolher outra coirei sempre. Desde quando me lembro, entrevistava pessoas
sa. Vá ser jardineiro, cozinheiro, executivo, bancário, piloto
com uma colher. Depois, ganhei um gravador de meu pai.
ou qualquer profissão honrada. Todas ótimas – algumas até
Tinha seis ou sete anos. Era um National Panasonic, pesapagam bem mais. Como diz o velho ditado: se não suporta
dão. Carregava com a mão esquerda, quase arrastando no
o calor, esqueça a cozinha.
chão, e com a direita segurava o microfone. Fazia entrevisA colher e o gravador de fita ficaram para trás. Hoje,
tas sobre qualquer coisa, e qualquer coisa era tudo. Depois
gravo no telefone celular – quem diria? E, se
ficava horas ouvindo e rebobinando a
preciso for, mando na hora o arquivo digifita K7 até gastar as pilhas. E olha que
talizado para rodar. E há quem me escute
pilhas eram caras naquela época.
Nasci
repórter
e
nos EUA ou no Japão. Admirável mundo
Uma das primeiras reportagens
novo este nosso. Com o tempo, desque fiz – e das pessoalmente mais
o serei sempre.
cobri uma outra vertente do jornalismo,
marcantes - eu ainda estava na faculDesde quando
mais direta e não raro contundente: a
dade de jornalismo, mas já era estagiáme lembro,
opinião. Em um mundo onde muitos a
rio de rádio. Decidi me integrar ao grupo
têm, opinar gera amores e ódios.
de estudantes que fechou a avenida Ipientrevistava
Confrontar a sua verdade, a sua
ranga por alguns minutos. Sentados no
pessoas com
visão de mundo, com a verdade e a
asfalto, em frente à PUC, vi de camarote
visão de mundo dos outros é tarefa
uma colher.
a chegada do Pelotão de Choque. O ofique requer determinação. Um jornacial de comando bem que tentou, pediu
Depois, ganhei um
lista de opinião não pode e não deve,
na boa que saíssemos. Ninguém topou.
gravador de meu
jamais, ser escravo do medo de deEm seguida, vieram os caras, aquela
sagradar. Isso o torna refém de si
fileira de escudos de um transparente arpai
mesmo, o que é fatal nesta seara.
ranhado, em marcha, na nossa direção.
Bom senso sempre. Temor jamais.
Logo estouraram bombas e mais bombas
Hoje em dia, não há como dissociar
de efeito moral junto com a fumaceira do
minha vida da opinião, seja apresentando programas em TV,
gás lacrimogênio. Quando pressenti o que se
rádio ou escrevendo.
desenhava, liguei o gravador. Eu tinha evoluído e era um graQuando assisto a um filme, leio um livro, quando vejo
vador pequeno, que cabia na mão, mas ainda de fita. Gravei
algo na rua, logo tenho vontade de falar sobre o assunto,
tudo. Uma barulheira interminável e gritos de todos os lados.
expor minha impressão, dividir com o público. Certo dia, já
Enquanto isso, eu tentava narrar como se fosse ao vivo
colunista do jornal Metro – escrevo às terças-feiras –, assisti
para posterior edição. Antes de voltar para a rádio, liguei de
a uma briga no trânsito, literalmente. Coisa de arrepiar. Lóum telefone público tipo Orelhão, entrei no ar e contei o que
gico que contei a história, e não me abstive de opinar sobre
havia presenciado. Tremendo, feito vara verde, acho que dei
o que vi.
conta do recado.
Hoje sou testemunha e faço meu juízo. É um caminho
Ser jornalista é ser repórter. E ser repórter é decisão e
sem volta. E nesta trilha continuo repórter. Serei sempre revocação. É sempre duvidar, mesmo concordando. Repórter
pórter. São coisas que andam juntas. Como o corpo que
tem que ter faro e ímpeto. Desconfiar e ir atrás, investigar.
habito e o ar que respiro.
Ser um pouco polícia – mas só o suficiente para descobrir
10
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
Foto: Lisa Roos
MÍDIA
Fábio Prikladnicki
Jornalista
Não existe
clique inocente
U
ma reportagem divulgada no
sultar sempre os mesmos veículos – em
site do jornal americano Wageral, velhos conhecidos. Isso significa
shington Post, no dia 10 de
que devemos abandonar nossos siSe o leitor
junho deste ano, teve um título chates preferidos? Jamais. Proponho que
estiver imbuído
mativo: “Um modo de acabar com
acrescentemos novos links ao cardáa violência contra as mulheres? Pare
pio diário de informação e análise.
de um espírito
de ter amantes e case”. Citando esPode parecer papo de marquecrítico e valorizar
tatísticas oficiais, o texto assinado
teiro, mas temos hoje, mais do que
por W. Bradford Wilcox e Robin Freconteúdos mais
nunca, a oportunidade de interferir na
twell Wilson argumentava que “mumaneira como a informação é produrelevantes, o
lheres casadas estão notadamente
zida e divulgada. Não existe clique
esforço será
mais seguras do que as solteiras” e
inocente. Se o leitor acessar notíque “garotas criadas em um lar com
cias de fofoca ou fotos de mulheres
recompensado
seu pai casado estão marcadamente
de biquíni, os sites concluirão que
– ou assim
menos propensas a sofrer abuso ou
devem apostar mais nesse tipo de
eu espero. O
agressão do que crianças que não moconteúdo, pois os patrocinadores
ram com o próprio pai”.
investem onde há audiência. E asidealismo sempre
Frente à reação negativa que o título
sim o ciclo recomeça.
foi a matéria-prima
fragoroso causou, o Post trocou para o
Se, por outro lado, o leitor esdo bom jornalismo
seguinte: “Um modo de acabar com a
tiver imbuído de um espírito crítico
violência contra as mulheres? Pais cae valorizar conteúdos mais relesados”. Mas o assunto estava longe de
vantes, o esforço será recompenestar encerrado. Em um artigo assinado
sado – ou assim eu espero. Sei que é uma visão
por Mona Chalabi, o site Five ThirtyEight – especializado
quixotesca, mas o idealismo sempre foi a matéria-prima
em jornalismo de dados – criticou a matéria do Post por
do bom jornalismo.
dois motivos. Um deles é o machismo, que atribuía a
culpa às mulheres não casadas. O segundo é que o teor
da matéria estava errado.
Analisando as estatísticas que subsidiaram os jornalistas do Post, Mona demonstrou que o estado civil não é
o único indicador que pode afetar a violência doméstica.
Como as pessoas casadas pesquisadas tendem a ser
mais educadas, ricas e brancas, estes fatores também
deveriam ser considerados.
Mas você ainda não tinha ouvido falar do site FiveThirtyEight, correto?
A questão é a seguinte: somos sempre aconselhados
pelos corretores a diversificar nossa carteira de investimentos, mas ninguém nos recomenda variar nossas fontes de informação. Por comodidade, costumamos con-
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
11
Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Léo Gerchmann
Repórter especial do jornal Zero Hora e autor do livro “Coligay – Tricolor e de todas as cores”
O livro que pereniza
a reportagem
J
á fiz muitas reportagens em lá se vão quase 30 anos na
labuta jornalística, em especial, nas redações onde trabalhei mais tempo: Folha de S. Paulo e, claro, Zero Hora.
Algumas dessas reportagens me deixaram extremamente
feliz e até gratificado.
Mas nada se compara à grande reportagem da minha
vida, aquela que beira a realização pessoal: o recentemente
lançado livro “Coligay - Tricolor e de todas as cores” (Editora
Libretos, 192 páginas). E não só pelo fato de ser um livro,
que, por definição, pereniza o trabalho - ao contrário da fugacidade do jornal diário.
Não! É muito mais que isso.
“Coligay - Tricolor e de todas as cores” é um livro que
trata de diversidade no sentido mais amplo - não só gênero,
cor ou religião.
No capítulo 4, reproduzi uma relíquia, algo que contraria
certa versão corrente: o artigo do Lupicínio Rodrigues na Úldo pelo Grêmio três dias depois da sua morte. E conto as
tima Hora em que ele explica por que, negro que era, sentiaaventuras que vivi com meu pai no estádio Olímpico. Uma
-se bem no seu Grêmio, a ponto de ter escrito o belo hino
delas: o Hershel (como era chamado carinhosamente pelos
adotado pelo clube.
amigos e pelos irmãos) ensinou um menino negro que cuidaOutros achados do tipo são relatados.
va do nosso carro a falar iídiche. Passamos
A história da diversidade no meu clube
anos sem ver o Gilberto. Foi o período
do coração é contada com evidente
em que trabalhei como correspondente
orgulho. E muda algumas imagens equida Folha de S. Paulo em Buenos AiA história da
vocadas que são formadas e acabam se
res, mais o natural desvio de atenção
diversidade no
consolidando como verdade. Bem, leiam
provocado pelo posterior nascimenmeu clube do
o livro (por favor!!!)...
to dos filhos. Mas um dia voltamos,
Enfim, em diversas entrevistas que dei
eu e o pai, ao mesmo local onde o
coração é contada
para colegas jornalistas, na maravilhosa reHershel (Henrique Gerchmann o
com evidente
percussão que o livro teve e ainda está tennome dele, talvez alguns de vodo, eu disse várias vezes: não por acaso, o
orgulho
cês o tenham conhecido) deixava
autor é um judeu.
o carro. E lá estava o Gilberto, já
Mas por quê? O livro trata da pioneira torcom seus filhos, todos vestindo o
cida de homossexuais, que enfrentou corajouniforme gremista. Puxa, para nossa emosamente o preconceito de uma época dura, os anos 1970,
ção, o Gilberto não havia se esquecido daquelas palavras,
de ditadura militar e costumes extremamente conservadores.
em sua maioria chulas (nada muito agressivo, como tuches,
O que isso tem a ver com o judaísmo?
kishmeirtuches etc.), que meu pai lhe havia ensinado.
No sentido estrito, nada. No sentido amplo, tudo.
Pois foi meu pai a inspiração para eu escrever esse livro
Diversidade é um sentimento caro aos judeus.
que consumiu boas horas do meu ano de 2013. O meu pai e
Na introdução do livro, eu o dedico à minha mulher, aos
a afeição que tenho pelo valor da diversidade, uma caractemeus dois filhos, à minha mãe e, muito especialmente, ao
rística humana por excelência, da qual nenhum judeu jamais
meu pai, o judeu que teve um minuto de silêncio respeitapode abrir mão.
12
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Mariana Kalil
Editora de conteúdo da marca Donna do Grupo RBS
“Jornalista
peregrina”
S
empre quis ser jornalista. Desde que me conheço por
gente - e este me conhecer por gente data dos meus
7, 8 anos de idade. Recortava os fundos de uma caixa
de papelão, transformando-a em uma espécie de televisão,
sentava meus pais e irmãos no sofá da sala e apresentava,
sem a menor cerimônia, dois telejornais simultaneamente. Ao
final, me despedia: “Aqui é a Mariana Kalil para o Jornal Nacional e Fantástico”.
A escolha pela faculdade de Jornalismo foi, portanto,
natural. Tinha pressa em sair da universidade e começar a
trabalhar. Não sei até hoje por que tanta pressa. Mas, enfim,
terminei o curso em três anos e, aos 21, já estava empregada
em Zero Hora. A televisão não vingou. Conheci a redação e
dela nunca mais quis sair.
Em Zero Hora, comecei como repórter do caderno Donna, quando ele foi lançado, em 1993. Como funcionária de
Zero Hora, também fui correspondente em São Paulo e colunista do Segundo Caderno. Então, quis conhecer novos
ares e me transferi para São Paulo, para a redação da revista
Época, em 1999. Passei também pela revista IstoÉ Gente e
pelo jornal O Estado de São Paulo.
Em fevereiro de
2008, assumi
como editora da
revista Donna e,
no ano passado,
editora de
conteúdo de toda a
marca Donna
Novamente, tive vontade de voar mais longe e fui cursar
roteiro, edição e direção de cinema em Barcelona. Foram
dois anos de um aprendizado profissional e também pessoal que contribuiriam para forjar a pessoa
e a jornalista que sou hoje. Em Barcelona,
colaborei para a revista Forbes Brasil e fui
correspondente da BBC na Espanha.
A volta para casa teve escala no Rio
de Janeiro, onde fui convidada a voltar
para a revista IstoÉ Gente. Lá ficaria dois
anos, antes de me transferir para o cargo de editora do Caderno B do Jornal do
Brasil. Então, a saudade da família falou
bem mais alto, e Porto Alegre entrou novamente na pauta de urgências da vida.
Em fevereiro de 2008, assumi como
editora da revista Donna e, no ano passado, editora de conteúdo de toda a marca
Donna, que inclui licenciamento de produtos e um novo site recém-lançado. Trabalhar em algo que amo e com a família por
perto. Sim, a felicidade é simples e existe.
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
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Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Mariana Turkenicz
Jornalista e diretora da Enfato Multicomunicação
REDES SOCIAIS
Minha vida na rede
Q
ue a internet revolucionou a vida de todos nós, não há
Vivemos a era da informação e certamente nunca esduvida. Em menos de 20 anos, a internet evoluiu de
tivemos tão expostos como hoje. Nunca foi tão fácil saber
forma estrondosa e tornou-se o principal meio de cosobre as pessoas, seus hábitos e preferências. Precisamos
municação de qualquer ser humano. Dados mostram que
ter em mente que as redes sociais reúnem relacionamentos
em 1995 tínhamos 10 mil sites, com 40 mireais e o que se posta não está desvinculhões de usuários, sendo 50 mil no Brasil.
lado do que você é fora da internet.
Atualmente, somos cerca de 90 milhões
O conjunto de mensagens que se
de brasileiros online, 2,4 bilhões de usuátransmite via redes evidencia fatos,
Nunca estivemos
rios, e três em cada 10 pessoas no mundo
gera visibilidade e forma a imagem
tão expostos como
têm acesso à rede. Nos próximos 10 anos,
e a reputação de cada um. Traz
hoje.Questionar o
três bilhões de pessoas offline devem se
riscos sim, mas gera oportunidaconectar, e quase todo ser humano estará
des se bem utilizadas.
poder das redes já
online na década de 30.
É imprescindível avaliarmos
não está mais em
O grande impacto da mudança foi após
qual a percepção que querea introdução das redes sociais, responsáveis
pauta
mos que as pessoas tenham
por alterar radicalmente a forma de comunicasobre nós e, quando falamos
ção e de relacionamento entre as pessoas e as
de organizações, este quesorganizações, modificando, inclusive, o formato
tionamento ganha enormes
de linguagem e a maneira como pensamos e forproporções. As redes sociais passam a ser uma fonte rica
mamos percepções.
de informações não só para quem busca segmentação de
Hoje o cenário é: quem tem internet é fonte de notícias
mercado, mas para a tomada de decisão na hora de cone formador de opinião. O computador tradicional perde estratar um profissional, por exemplo. Mesmo que se utilizem
paço para tablets e smartphones, que promovem a comumecanismos de privacidade, é fácil ter acesso às informanicação imensamente mais ágil, dinâmica e interativa.
ções. Por isso, avalie antes de dar o clic final. Depois de
publicado, não há mais controle e as repercussões muitas
vezes podem assustar.
Com as redes construímos conceitos e preconceitos
sobre as pessoas. E é fácil notar a necessidade que muitos
têm de se expor, de libertar pensamentos e indignações,
de desabafar insatisfações ao mesmo tempo em
que mostram rostos felizes. Questionar o poder
das redes já não está mais em pauta. Não há
controle, mas muita influência. Afinal, foi através
delas que multidões se mobilizaram para manifestar o descontentamento com o País. A força é
grande, já estamos na onda e não há como sair. Temos,
sim, que encontrar a melhor posição para surfar.
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REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Martha Medeiros
Escritora
TURNING
POINT
M
Virei colunista de Zero Hora e também de O Globo, puuitas pessoas aguardam seu turning point, o mobliquei livros de ficção, tive textos adaptados para o teatro
mento em que tudo irá mudar, abrindo a possibilie o cinema, e o mais importante, conquistei leitores fiéis,
dade de uma vida nova. Não acontece com todos,
que me acompanham e me sustentam afetiva e profismenos ainda com quem espera sentado no sofá. De minha
sionalmente. Deixei de ser uma publicitária cujas palavras
parte, foi preciso um deslocamento para que minha trajevendiam liquidificadores e comecei a “vender” reflexões.
tória desse uma guinada. Um deslocamento de quase três
Troquei de produto. O produto passou a ser eu mesma – e
mil quilômetros.
compartilhar minha visão de mundo, meu prazer maior.
Trabalhava há mais de 10 anos
O ponto de interrogação virou poncomo publicitária e era bem sucedito de exclamação e o entusiasmo, sem
da no que fazia, mas, mesmo tendo
o qual não acordo de manhã, segue o
o reconhecimento dos colegas, não
Escrevo cada novo
mesmo do início: escrevo cada novo
me sentia inteira naquela atividade. O
texto como se
texto como se fosse o primeiro. E, a
amadurecimento na profissão não me
fosse o primeiro.
não ser que outro turning point me
realizou, ao contrário, sedimentou um
desloque, posso finalmente dizer que
conformismo que me desagradava. Eu
E, a não ser que
não quero fazer outra coisa da vida.
me via fazendo a mesma coisa pelo
outro turning point
resto da vida e, pior, sem entusiasmo
me desloque,
- aos 30 anos, perder o entusiasmo é
o fim.
posso finalmente
Foi quando o destino tomou uma
dizer que não
providência. Era casada e meu marido
quero fazer outra
foi convidado a trabalhar em Santiago do
Chile. Sem pensar duas vezes, fui com
coisa da vida
ele viver em outro país. Abandonei minha
profissão em troca de um ponto de interrogação.
Lá, passava os dias conhecendo a cidade e escrevendo, escrevendo, escrevendo, mesmo sem
ter onde publicar. Até que um amigo jornalista se hospedou
em nossa casa, viu meus textos e trouxe alguns com ele
quando retornou a Porto Alegre. Queria mostrá-los no jornal em que trabalhava: Zero Hora.
Mais adiante retornamos nós também para o Brasil, e
menos de uma semana depois de aterrissar no Salgado
Filho recebi um telefonema do jornal pedindo autorização
para a publicação de um texto. Seria apenas um, e uma
vez só. Porém telefonaram de novo na semana seguinte
pedindo mais um, e outro, e outro, e em julho de 2014 essa
história completou 20 anos.
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
15
Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Roger Lerina
Jornalista
De curioso
para curioso
S
empre achei que, dentre as minhas escassas qualidades, a curiosidade era meu motor. Acho que foi
esse permanente desejo de embrenhar-se no desconhecido que me moldou - para o bem e para o mal. Por
conta disso, desde guri, sabia que minha vida profissional
teria necessariamente que ser norteada por esse imperativo.
Portanto, em consonância com outras características - paixão pela cultura e pelas artes, gosto pela escrita, vontade de
compreender a vida ao redor -, a inquietude me direcionou
naturalmente para a atividade a que me dedico: o jornalismo.
Ser repórter e colunista cultural não é apenas um ganha-pão: para mim, tornou-se uma forma de encarar o mundo.
Desde que comecei a trabalhar no Segundo Caderno de
Zero Hora, há mais de 15 anos, compreendi que o espaço
que me foi franqueado na imprensa gaúcha era precioso - e
que eu poderia honrá-lo e valorizá-lo, ocupando-o com a
divulgação do que sempre me fascinou: a arte e a cultura.
Desde então, diariamente, finjo que estou trabalhando
quando, na verdade, estou me divertindo - quanto mais afinco dedico ao labor, mais prazer retiro dele.
O contato cotidiano com artistas e suas obras, com o
universo da cultura e seus agentes, me permitiu testemunhar, mais de perto, a magia da criação. Espectador privile-
16
Ser repórter e
colunista cultural
não é apenas um
ganha-pão: para
mim, tornou-se
uma forma de
encarar o mundo
giado, me impus a missão de dividir com os leitores de ZH
as novidades, informações, imagens e opiniões a que tinha
acesso - na certeza de que aí fora havia muitos outros curiosos como eu.
De alguns anos para cá, aceitei um novo desafio: fazer
esse meio de campo entre a produção artística e o público
também na TVCOM. Mesmo acreditando que meu elemento
restringia-se ao texto escrito, topei a parada - e confesso que
acabei gostando tanto de fazer televisão quanto de escrever
para jornal.
Em ambos os meios, sinto a mesma alegria de poder intermediar um diálogo imaginário entre quem me acompanha
e o músico que está lançando um novo disco, o cineasta que
mostra seu filme, o ator que estreia um espetáculo, o escritor
que apresenta seu mais recente livro.
Jornal, TV, blog. Independentemente da mídia, o que importa para mim é casar jornalismo com emoção. Para quem
não se deixa acomodar com as experiências adquiridas e
os conceitos enraizados, o desconhecido é uma fonte rica
e inesgotável de conhecimento e de crescimento pessoal,
profissional e intelectual. É preciso ser generoso com o novo
- e é com espíritos assim inconformados que gosto de conversar.
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Rosane de Oliveira
Jornalista
Eu queria ser
escritora de jornal
S
empre que alguém me pergunta por que decidi
ser jornalista, lembro-me de quando tinha uns seis
anos, sete anos, lá no interior de Campos Borges, e
conheci uma página de jornal. Para quem tinha aprendido
a ler em latas de óleo (Shell, Esso, Texaco) palavras que
não faziam sentido, e o único livro que conhecia era a cartilha de Olavo e Élida, o jornal era a glória. O jornal contava
histórias. A partir desse momento, quando perguntavam o
que eu queria ser quando crescesse, eu respondia: escritora de jornal. Só muitos anos depois, fiquei sabendo que
escritor de jornal é jornalista.
Lá na roça, de onde eu venho, o destino mais provável para uma filha de agricultores era ser dona de casa,
trabalhar na lavoura e criar filhos. No máximo, aprender
a costurar. Meu pai, apesar de não ter estudado, achava
que era pouco. Queria que seus cinco filhos estudassem.
Essa seria a nossa herança. Mas a escola rural próxima
da nossa casa terminava no 5º ano. Para continuar estudando, aos 10 anos, eu tive que me separar da família –
pai, mãe e quatro irmãos – para frequentar uma escola em
Há 22 anos em
Zero Hora, não
tenho rotina e não
refugo desafios.
Faço jornal, rádio
e TV e arrisco
algumas incursões
pelas novas mídias
Quando não
servir mais para
o jornalismo
(ou se perder o
entusiasmo), vou
cultivar orquídeas
Tapera, distante 40 quilômetros (que, nos anos 70, sem
asfalto, sem carro e sem dinheiro, pareciam 400).
As dificuldades me fortaleceram. Aos 17, aprovada no
vestibular da PUC, vim para Porto Alegre, trazendo tudo
o que tinha numa maleta de papelão. Paguei a faculdade
com crédito educativo, trabalhava oito horas por dia e estudava à noite. Concluí o curso em quatro anos, trabalhei
em assessoria de imprensa e em rádio antes de virar “escritora de jornal”. Se preciso fosse, começaria tudo outra
vez, apesar da reclamação dos meus filhos de que tenho
pouco tempo para eles.
Há 22 anos em Zero Hora, não tenho rotina e não refugo desafios. Faço jornal, rádio e TV e arrisco algumas
incursões pelas novas mídias. Trabalho com a paixão dos
iniciantes, mesmo com 37 anos de contribuição para o
INSS. Escrever é meu vício. Tenho poucas certezas na
vida. Uma delas é que não seguirei o caminho de outros
colegas que saíram do jornalismo político para ser candidatos. Meu lado é outro. Quando não servir mais para
o jornalismo (ou se perder o entusiasmo), vou cultivar orquídeas.
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
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Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Sara Bodowsky
Falando
com o coração
E
u falava pelos cotovelos na escola. Cotovelos, só?
Não. Pelos braços, pernas, e até pela boca. Os professores da escola particular, onde eu estudava graças
a uma bolsa, viam-se atrapalhados. Se, por um lado, aquela menina de cabelo crespinho e olhos curiosos provocava
carinho com suas palavras em profusão, deixá-la exercitar
seu dom era uma ameaça ao aprendizado dos colegas.
Seguiam-se então “convites” para conversas com
orientadoras, conselhos para que tentasse me controlar.
Eu, feliz, com mais uma oportunidade para troca de ideias,
nunca saía triste desses encontros. E desconfio de que as
professoras também não.
O tempo foi passando, e o jornalismo apareceu como
opção na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Não
passei de primeira e, por algum motivo, acabei escolhendo,
no ano seguinte, o Direito. Talvez pela promessa de exercitar a retórica, ou por ainda ser muito jovem para ter alguma
ideia, acabei entrando no curso. A incerteza crescia. Mesmo assim, acabei completando a formação. Apenas para,
seis meses depois da formatura, prestar novo vestibular e,
dessa vez, encontrar meu destino: o jornalismo.
“Sara! Fico muito
feliz com tua
alegria. Mas, mais
satisfeita ainda,
fico em saber que
tu conseguiste
ganhar a vida
com o que melhor
sabias fazer: falar
com o coração!”
Entrei ainda no primeiro semestre do curso como estagiária na Rádio Gaúcha – dial permanente no rádio da casa
de meu avô e da minha mãe. Dois anos depois, assumia
um programa na madrugada, onde a curiosidade desenvolvida na infância foi importante para tratar de assuntos que
iam da política à música ou da saúde ao teatro, dependendo da pauta daquele dia. Foi uma experiência incrível que
durou oito anos.
A partir daí, passei pela televisão por dois anos. Hoje,
sou editora de Educação na Rádio Gaúcha (assunto pelo
qual sou apaixonada) e apresento dois programas – nos
domingos da Gaúcha e nas manhãs da Rádio CBN.
Um dia, pensando sobre como era abençoada fazendo
o que amo, me inspirei e coloquei um depoimento no Facebook. No dia seguinte, lá estava o comentário de uma das
antigas professoras da época da escola e das conversas
em sala de aula:
“Sara! Fico muito feliz com tua alegria. Mas, mais satisfeita ainda, fico em saber que tu conseguiste ganhar a vida
com o que melhor sabias fazer: falar com o coração!”.
18
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
MÍDIA
Tulio Milman
Israel
e a mídia
V
ira e mexe, deparo com a mesma pergunta: a imsastrada que terminou com mortes e críticas planetárias.
prensa mundial é contra ou a favor de Israel? Minha
Na época, manifestei a opinião de que um dos mereposta se repete. Não existe um ente único que se
lhores exércitos do mundo não poderia ter se preparado
chame imprensa mundial. Nas societão mal para a operação. Cheguei a
dades democráticas, a informação e a
me perguntar se isso feria, de alguma
opinião são plurais.
forma, a minha ligação com Israel.
Nada mais
A visão crítica, essa existe sim. É
E respondi rápido, pra mim mesmo,
bom que seja assim. Muitas das polêmique não. Fiquei ainda mais trannocivo para uma
cas sobre Israel na imprensa da Europa,
quilo quando vi que minha crítica
sociedade do que
da América do Sul e dos Estados Unidos
era suave em comparação com
a falta de debate
refletem exatamente os mesmos debates
o que publicavam os jornais de
e posições da opinião pública em Tel Aviv
Israel.
e em Jerusalém.
Nada mais nocivo para uma
Em nome da democracia e da liberdade,
sociedade do que a falta de dealguns dogmas precisam ser derrubados. O maior deles é
bate. Não podemos pautar nossa conduta ética pelo uso
que criticar posturas do governo de Israel é antissemitisque o inimigo fará dela. Mesmo fora de Israel, é nossa
mo. Não é. Ao contrário.
obrigação manter o senso crítico. Até para poder sepaLembro-me bem do caso da Flotilha, quando navios
rar a saudável liberdade de expressão das agressões anturcos que tentavam furar o bloqueio a Gaza foram abortissemitas. Essa sempre foi uma das nossas armas mais
dados pelas Forças Armadas israelenses. Uma ação depoderosas.
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
19
Na’amat Pioneiras
vitrine na’amat
Na’amat Pioneiras –
DEPARTAMENTO CULTURAL: PALESTRA
VOLTAIRE SCHILLING – 100 ANOS 1ª GUERRA
MUNDIAL
GRUPO PAULINA CUPERSTEIN: HAPPY HOUR
GRUPO SARA BARKAIT: CHÁ DIA DAS MÃES E
90 ANOS DE SARAH GERBER
grupo Coach Neurim: Jantar na Sucá
IOM MITZVA
20
GRUPO BERTA SIMINOVICH: JANTAR COMEMORATIVO 10 ANOS
ENTREGA DO LIVRO FESTAS E TRADIÇÕES JUDAICAS PARA BNEI
MITZVÁ E BNOT MITZVÁ DO CENTRO ISRAELITA
DEPARTAMENTO CULTURAL: DOAÇÃO PARA DAMAS DE
CARIDADE
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
vitrine na’amat
– Eventos 2013 - 2014
VISITA AO LAR MAURíCIO SELIGMAN
CORAL ZEMER NA FESTA DA RUA
DEPARTAMENTO CULTURAL: SEMINÁRIO
ANUAL
DEPARTAMENTO CULTURAL: PALESTRA MARIA ELENA
JOHANNPETER
IOM HAATZMAUT
DEPARTAMENTO DOR HEMSHECH:
CONFRATERNIZAÇÃO FINAL DO ANO
DEPARTAMENTO TURISMO: PASSEIO AO MORRO BORÚSSIA
GRUPO CHAI: DOAÇÃO PARA O LAR MAURíCIO SELIGMAN
DEPARTAMENTO CULTURAL:
PALESTRA SOBRE ÁGUA
SUCOT NO CENTRO ISRAELITA
GRUPO CLARINHA MILMAN : NOITE DO NHOQUE DA SORTE
65 anos na’amat brasil/porto alegre
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
21
Na’amat Pioneiras
vitrine na’amat
Na’amat Pioneiras –
DOAÇÃO DO BAZAR PARA INSTITUTO CâNCER INFANTIL
GRUPO COACH NEURIM: DOAÇÃO PARA
DAMAS DE CARIDADE
GRUPO ANY RERIN: DOAÇÃO PARA O
INSTITUTO CâNCER INFANTIL
DEPARTAMENTO DE TURISMO: PASSEIO PARA
GUAíBA
FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO FINAL DO ANO
22
DOAÇÃO DO BAZAR PARA o LAR ANNE
FRANK
PURIM NO CENTRO ISRAELITA
GRUPO MORASHá:
DOAÇÃO PARA DAMAS
DE CARIDADE
GRUPO CHAI: ALMOÇO FESTIVO
SHABAT NA PRAIA
FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO FINAL DO ANO
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
Pioneiras
Na’amat
vitrine na’amat
– Eventos 2013 - 2014
GRUPO HATIKVA: KITS CHANUCÁ
GRUPO ANY RERIN: HAPPY HOUR
GRUPO IACHAD: KITS DE CHANUCÁ
DEPARTAMENTO TURISMO: PASSEIO PARA DOIS IRMÃOS
80 ANOS DA B’NAI B’RITH BRASIL
GRUPO HAMSA: JANTAR “A PERFECT
NIGHT”
54º BAZAR ANUAL
GRUPO HAMSA: DOAÇÃO PARA a CASA DO ARTISTA
RIOGRANDENSE
grupo Berta Siminovich: doação PARA A Casa Menino
Jesus Praga
54º BAZAR ANUAL
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
23
Na’amat Pioneiras
Pioneiras
Na’amat
FISICOR - MEDICINA DO EXERCÍCIO
Condicionamento Físico com Supervisão Médica
Lucas de Oliveira, 1118 - Fone: 3330-3634
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Direito Empresarial, Direito Civil e Direito do Consumidor
Rua Sete de Setembro, 745/3º andar - Centro Histórico
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fisioterapia
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REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
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Fone: 3331-4411 - Fax: 3022-4411
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Confeitaria e Padaria DOLCI NOVITÀ
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DRA. SHEILA NAIDITCH - Ginecologia e Obstetrícia
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Psicoterapia
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Correto Clínica de Órteses e Próteses - Fone: 3334-1144
O VERDADEIRO GALETO
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PSICÓLOGAS
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Psicóloga - Recursos Humanos
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RESTAURANTE E CHURRASCARIA
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Fones: (51) 3331.2535 / R. 26 - 3024.0555
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Novas, reformas e consertos
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Tel/fax: 3223-7435 e 9698-9155
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Na’amat Pioneiras
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Simone Szapszay
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Na’amat Pioneiras
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Na’amat Pioneiras
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Na’amat Pioneiras
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Porto Alegre - RS - Tel.: (51) 3328-2462 - 9889-8608
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São Paulo - SP - Tel.: (11) 5080-4910 - Cel.: (11) 9328-5001
Foto: Antares Martins
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REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
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Na’amat Pioneiras
EM MEMÓRIA
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES JUDAICAS
União
Israelita
Porto Alegrense
Judaísmo, continuidade, cultura, história, tradição e orgulho
de pertencer à Sinagoga mais antiga de Porto Alegre.
Venha se associar na União para continuar com as tradições de nossos pais e avós.
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REVISTA DO 55º BAZAR | 2014
Na’amat Pioneiras
“Em memória das pessoas queridas que nos deixaram.”
ÉLIO ROSENFELD
ÉRCIO BLIACHERIS
FANNY GUS
FANY ANA TESSLER NEMETZ
FANY UNIKOWSKY
FELA HALPERN
FELIPE LIPA M. HAUZMANN
FLORA PEREL JOELSONS
GEIVA SANDLER
GENY PAKTER
GESSI AMIEL FISCHMAN
GUILHERMINA SANBERG
GUITA FEDERMANN (CURITIBA)
HANNA WULFF VARGA
HENRIQUE ACHTENBERG
HENRIQUE COROGODSKY
HENRIQUE ROCHICHNER
IDA CANTERGI
ISAAC AINHORN
ISAAC NUDELMAN
ISAAC PIPKIN
ISAAC RUBIN
ISRAEL MALTZ (POLACO)
ISRAEL MILMAN BORENSTEIN
ISRAEL PIPKIN
ISRAEL PLATCHECK
JACOB BERESNIACK
JACOB ENGELMAN
JACOB FRENKEL
JACOB JOVEGELEVICIUS
JACOB KIRJNER
JAIME ZELTZER
JAIRO ENK
JAYME HOCHBERG
JAYME SALTZ
JENI CARANGACHE
JENY FITERMAN
JONAS WOLF
JOSÉ AXELRUD
JOSÉ BLIACHERIS (BLACHER)
JOSÉ ENK
JOSÉ GLOCK
JOSÉ DAVID KUPPER (CURITIBA)
JOSÉ LEVY CALAHORA
JOSÉ (PEDRO) LECHTMAN
JOSÉ NEMETZ
JOSÉ PEREL
JOSÉ PIPKIN
JOSÉ ROGER GLASSER
JOSÉ SPUMBERG
JOSEF SCHAFRAN
JOYA AXELRUD
JULIO GLOCK
LEA SOIBELMAN GRUTSCHKO
LEÃO KNIJNIK
LEONARDO FOLBERG
LUISA CATTÁN MELAMED
LUIZ ALBERTO RABENO COHEN
LUIZ FITERMAN
LUIZA BLIACHERIS SZUCHMAN
MADALENA FISCHER
MALVINA G. ZILBERMAN
MALVINA PITERMAN
MARA SCHWARTZMAN
MARCOS RABIN
MARGOT STRUMPF
MARIA HOCHBERG
MARIA SIMINOVICH
MARTA BLIACHERIS GENSAS
MAURÍCIO SUSLIK
MAURÍCIO SZYLEWICZ (SP)
MAX HERZBERG
MIKLOS ROSENFELD
MINA ALCALAY
MIRIAM FISCHER
MIRIAM SZAPIRO
MOACYR SCLIAR
NICOLAS SCHUL PHILIP
OBE RASKIN
ODETE DVOSKIN
OLGA SZAPIRO
OVETT SIGAL SUSLIK
PAULINA EIZIRIK
PAULINA CUPERSTEIN
POLA WACHSMANN SCHANZER
RACHEL MATTATIA
RACHEL WAINSTEIN
RAFAEL ZOUVI
RAQUEL CELNIC
RAQUEL I. ZELTZER
REBECA ACHTENBERG
REBECA LEVY
REGINA LITVIN
REISLA MALTZ
REIZE Z. GUDIS
REVECA GUELFAND
ROSA ARENZON SAUTE
ROSA DUBOW
ROSANE SANDLER
RUBEM MEIER VOLQUIND
RUBEM SCHUCHMAN
RUBINAS (RAUL) GENSAS
SALOMÃO JOVEGELEVICIUS
SALOMÃO KAUFMAN
SAMUEL GENSAS
SAMUEL LAKS
SAMUEL SUKIENNIK
SAMUEL NEMETZ
SARA ARENZON
SARA KATZ
SARA KNIJNIK
SARA NEIROS GROISMAN
SARA SCLIAR
SARA VICTORS
SHEIVA COROGODSKY
SIMÃO LAKS
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EM MEMÓRIA
ABA SZAJMAN
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ABRAHAM GUELFAND
ABRAHÃO SUSLIK
ADA MILMAN BORENSTEIN
ADOLPHO KRAVETZ
AIDA STEREN
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AMALIA HOCSMAN
AMALIA K. GRIMBERG
AMALIA MALKA LECHTMAN
ANA G. GOCMAN
ANA NEMETZ
ANDRE RIOGRANDINO FISCHER
ANNA SPUMBERG
ARIEL LERRER TERNER
BELA ENGELMAN
BELA LICHTENSTEIN
BENJAMIN BORENSTEIN
BERNARDO FIALKOW
BERNARDO PAKTER
BERTA FITERMAN COLMAN
BERTA RUSSOWSKY SOIBELMAN
BERTA SIMINOVICH
BERTA TAMPOLSKY LERMAN
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CAMILA BANON
CARMEM SILVEIRA NETO FARIA
CARLOS KNIJNIK
CECI LEWIN ZILBERKNOP
CECÍLIA DAVIDSON KUMPINSKY
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CIPRA BORENSTEIN
CLARA FERMAN
CLARA MILSTEIN
CLARA NAGELSTEIN
CLARA SAFRO
CLARA KOR WOFCHUK
CLARITA NURKIN
CHEIVA COROGODSKY
CLARA ENGELMAN
CLARA BLIACHERIS
CLARA BERTA ROSENFELD
DANIEL ENK
DAVID JOSEPH KAPEL
DAVID LITVIN
DAVID TEITELBAUM
DORA ROZMAN
DORA WOLFF (RG)
DOREL GRUNBERG
DUNHE ZIMMERMANN
DWORA SCHAFRAN
ELFRIDES TEITELBAUM
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ELIZETE KNIJNIK
EMILIE FLEISCHER
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ESTELA STRAZAS BORENSTEIN
ESTER CHMELNITSKY
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MINDLA FRIDMAN
FRANCISCO FRIDMAN
ISAAC NELSTEIN
LIZA NELSTEIN
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ISSAK GOLANDINSKY
OLGA GOLANDINSKY
JACOB KATZ
JACHETA (JANETE) KATZ
SARA KATZ
JOSÉ ANAPOLSKY
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JOANA KASSOW BERLIM
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PEDRO GLOCK
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SIMÃO FRENKEL
ROSA FRENKEL
JACOB FRENKEL
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ANITA TESSLER CANTERJI
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Na’amat Pioneiras
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ANA TRACHTENBERG
ANABELLA LOIFERMAN
ANDREA WURZEL
ANDRESSA B. SILVA FITERMAN CURITIBA
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ANNA GROSSMANN
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BELINHA NUDELMAN
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BERTA SALTZ
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BETTY ZAMEL KATZ
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CAROLINA LEMBERT
CATIA HELENA ROSA
CECÍLIA SUKIENNIK
CEIRA LAKS
CELI MALTZ RASKIN
CÉLIA BERGER
CÉLIA BROCHMAN
CÉLIA KRAVETZ
42
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CLARA RABIN
CLARA S. MALTZ
CLARICE A. CHARCHAIT - BRASILIA
CLARICE K. GUS
CLAUDETE GARBARSKI
CLAUDIA GOLBSPAN ZAMEL
CLÁUDIA MESTER
CLESSY BURSZTEJN
CRISTIANE MENNA CZYZ
CRISTIANE ZOUVI
CRISTINA D. RODRIGUES
DAISY SUSLIK POGORELSKY
DANIELA MOLD
DÉBORA GENSAS MESTER
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DIVA R. KORNFELD
DORA BERGER
DORA CARDONI
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DORA PAKTER RASKIN
DORA PLATCHECK
DORA TABASNIK
DORINHA B. PILTCHER
EDA WAINSTEIN
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ELAINE RODRIGUES
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ESTER GOLANDINSKI
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IDA S. FRIDMAN
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GHIDALEVICH
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PATRÍCIA SANBERG PAULETE PAKTER
PAULINA GLOCK
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PAULINA STIFELMAN
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REGINA BLIACHERIS
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REJANE GOLBSPAN
REJANE RATINECAS
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RENATA FISCHER
RENÉE RUBIN
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RITA SIMINOVICH
RIVKAH BINNUN
ROSA IOLOVICH
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ROSA SPUNBERG
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SANDRA KRUG DA ROSA
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SARA CANTERGI
SARA CHAIT
SARA FETER
SARA FRAJNDLICH
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SARA WAINSTEIN
SARAH N. GERBER
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SHEILA MALTZ
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SÍLVIA HALPERN
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SILVIA SELIGMAN
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SUZETE S. ZYLBERSZTEJN
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TÂNIA REGINA NAJFELD
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TÂNIA WAIS
TÂNIA K. WLADIMIRSKY
TANISE ROITMAN CARDON
TANISE S. RODRIGUES
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THELMA SNE-0R SILVERSTON
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VÂNIA CHATKIN
VERA ROWE MILMAN
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VIVIAN FISCHER VIVIAN SUSLIK ZYLBERSZTEJN
YEDA CARNOS
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LAURA VARGA LEVY
LAUREN COIFMAN GROSS
LÉA FIALKOW
LÉA RUSSOVSKY MACIEL
LÉA SCHWARTZ
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LIANA CENTENO CARVALHO ZOUVI
LÍBIA GRUNBERG
LÍDIA ROITMAN CARDON
LINA HAUZMAN
LIZETE GLOCK
LÚBIA SCLIAR ZILBERKNOP
LÚCIA CRESPO RIBEIRO MOREIRA
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LUCIANA GRILLO
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MARIA CRISTINA CAON
JOVEGELEVICIUS
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MARIA N. FOLBERG
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MERCEDES BOLOGNESE
MINA LAPCHIK
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Na’amat Pioneiras
JOVENS PATROCINADORES
JOVENS PATROCINADORES NA’AMAT PIONEIRAS 2014
AGATHA LERRER DINIZ - RIO
AHARON ZAGURY - RIO
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ALEX MALTZ SCHUL
ALEXANDRE FRIDMAN VARGAS ALICE ALTSCHIELER TESSLER
ALICE B. SUKIENNIK
ALICE GORONSTEIN
ALICE ROITMAN
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ALIZA BLUM
AMANDA GIORDANI CARDON
AMIR RIBEMBOIM BLIACHERIS
AMIT HALEVY - ISRAEL
ANA CAROLINA HELER MEDEIROS
ANA CAROLINA ISDRA MOSZKOWICZ
ANA FLAVIA W. FRIDMAN
ANA LARA GORELIK PEREIRA
ANA LAURA SZAPSZAY ANA LUISA TONATTO MELAMED
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ANA PAULA T. SUKIENNIK
ANDRÉ FURTADO DIAMANTE
ANDRE N. STANTON
ANDRÉA MALTZ SCHUL
ARIEL S. BARKAN ARIELA MESTER ARTHUR PIRES SELIGMAN
ARTHUR WAINSTEIN PAIVA
ARTUR SAUTE
ARTUR ZOUVI
AUGUSTO SAUTE
BÁRBARA MOLD LEAL
BAREL LAVINSKY
BEATRIZ C. DE MIRANDA
BEATRIZ SCHWARTZ
BENI BLIACHERIS
BERNARDO ARAUJO CARDON
BERNARDO DIAS COIFMAN
BERNARDO GALO PAKTER
BERNARDO KERTESZ HOPE
BERNARDO MARTINS BERDICHEVSKI
BERNARDO MOLD LEAL
BERNARDO SCALETSKY
BERNARDO SZAPSZAY
BETINA DIAMANTE WAJNTRAUB
BETINA KASPER GLASSER
BIANCA SALTZ – USA
BIBIANA PRIKLADNICKI BRUNA WAINSTEIN GROSSMAN
BRUNA ZOUVI
BRUNO GRINBERG BELLEZA
CAMILA SCALETSKY
CARINA HENKIN AMIEL
CAROLINA HOROWITZ VIEIRA
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CAROLINA OLCHIK CANTERJI
CAROLINE KAPEL
CAROLINE SALTZ GENSAS
CATARINA CHIWIACOWSKY LEMOS
CATHERINA ISDRA MOSZKOWICZ
CECÍLIA S. SELIGMAN
CECÍLIA WAINBERG
CECÍLIA WENZEL BRODACZ CINTIA ROVINSKI
DAFNE KIVES DAN NELSTEIN FIALKOW
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DANIEL MESTER
DANIEL ROSENHEIN - ISRAEL
DANIEL S. SPUNBERG
DANIEL SELIGMAN MANDELBLATT
DANIELA GURSKI DANIELA MALTZ RASKIN
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DANIELA TEITELBAUM FRIEDMAN
DANIELLE KASPER GLASSER
DAVI BURSZTEJN LERMANN
DAVID CHANAN DA ROSA GRINBERG
DAVID MALTZ KRANTZ
DAVID PRESMAN
DÉBORA SIMINOVICH GURSKI
DÉBORA SOIBELMAN DÉBORA WAINSTEIN PAIVA
DEBORAH LEISTNER SEGAL
DENIS MALTZ BIN
DENISE ROVINSKI
DIEGO ANDRÉ EIFER
EDUARDA BRODACZ DE
VASCONCELLOS
EDUARDA JOVEGELEVICIUS
EDUARDO DALL’AGNOL RODRIGUES
EDUARDO FRIDMAN VARGAS
EDUARDO FOLBERG EDUARDO KIVES
EDUARDO MALTZ RASKIN
EDUARDO SELIGMAN MANDELBLATT
ELISA PROCHNOW PIPKIN
ESTELA KERSZ
ESTER PRESMAN
ESTHER FAJER FERNANDES - SEVILHA
ETIELE AMIEL CORTEZ URUGUAIANA FABIANA FARIA GIGUER
FÁBIO SANBERG SCHUCHMANN
FÁBIO SAUTE
FELIPE CANTERGI FRIDMAN FELIPE FOLBERG
FELIPE FURTADO DIAMANTE FELIPE LECHTMAN NETO
FELIPE P. NEMETZ
FELIPE SALTZ - USA
FELIPE SANBERG SCHUCHMANN
FELIPE SCHWARCZ BERLIM
FERNANDA HALPERN FAERTES
FERNANDA S. SUKIENNIK FERNANDA SOIBELMAN
FERNANDO ROSOLEN KIJNER
FLÁVIA GURSKI
FRANCISCO MILMAN
GABRIEL CZYZ
GABRIEL DUBAL NUDELMAN
GABRIEL HERNAN EIFER
GABRIEL ISDRA MOSZKOWICZ
GABRIEL N. STANTON
GABRIEL OLCHIK BORGES
GABRIEL SCHWARCZ MACHADO
GABRIEL SIMINOVICH GURSKI
GABRIEL SIVIERO SIBEMBERG
GABRIEL TEITELBAUM FRIEDMAN GABRIEL V. DE MIRANDA
GABRIELA CHIWIACOWSKY LEMOS
GABRIELA FRIDMAN
GABRIELA MESTER VIANNA
GABRIELA RAPOPORT AVERBUCH
GABRIELA SAUTE
GABRIELA S. RODRIGUES
GABRIELA TONATTO MELAMED
GABRIELLE POGORELSKY ESPOSITO
GEORGIA PAKTER
GUILHERME MESTER VIANNA
GUILHERME SCHWARTZMAN
RODRIGUES
GUILHERME SELIGMAN
GUILHERME V. DE MIRANDA
GUSTAVO BOSA (FLORIPA)
GUSTAVO RAPOPORT
GUSTAVO SCHAFRAN VOLQUIND
GUSTAVO SCHWARCZ BERLIM
HADAR LAVINSKY
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IANIV SHARABANI - ISRAEL IASMIN GOLBSPAN
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INBAL SHARABANI - ISRAEL
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ISABELA NAIDITCH BERGER
ISABELLA G. MÜLLER
ISABELLE WAINSTEIN GROSSMANN
IURY AMIEL CORTEZ
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Na’amat Pioneiras
MARINA PAKTER
MARIO PESCAROLO IOCHPE
MARTINA IGOR
MARTINA SCHWARCZ MACHADO
MARTINA ZOUVI GERBER
MATHEUS WAINBERG DE ALES MAURICIO SZAPSZAY
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MAYA KRUTER ERIJMAN
MEYR SHLOMO ZAGURY- RIO
MICHAEL MILMAN
MORIAH ZAGURY - RIO
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NATAN PRESMAN
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NICOLAS BERLIM TORRES
NICOLAS VAITSES CARNOS
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NICOLE GIORDANI CARDON
NICOLE KAPEL
NINA ARMANI
OFIR WLADIMIRSKY - ISRAEL
OLÍVIA KNIJNIK DINIZ
OLÍVIA WAINBERG MESQUITA
OREN SELIGMAN - ISRAEL
PAULA GUTERRES ROISENBERG
PAULINHO NAHARI - USA
PAULO KREITCHMANN NETO
PEDRO BECKER FITERMAN - CURITIBA
PEDRO CARDON UNIKOVSKI
PEDRO COIFMAN SZALANSKI
PEDRO L. ZOUVI
PIETRO SIBEMBERG COSO
RACHEL LAVINSKY
RAFAEL AMIEL CHARCHAIT - BRASÍLIA
RAFAEL CZYZ
RAFAEL DALL’AGNOL RODRIGUES RAFAEL FARIA GIGUER
RAFAEL FONSECA GORELIK
RAFAEL GALEGO GHIDALEVICH
RAFAEL H. WEINSTEIN
RAFAEL HOROWITZ VIEIRA
RAFAEL L. ZOUVI
RAFAEL PRESMAN
RAFAEL SALTZ GENSAS
RAFAEL SPUMBERG SEUS
RAFAEL TOBIAS COHEN TVORECKI
RAFAELA BRODACZ DE
VASCONCELLOS
RAFAELA COIFMAN GROSS
RAFAELA FISCHER FRIEDMAN
RAFAELA WAINSTEIN
RAFAELLA G. MÜLLER
REBECA AMIEL CHARCHAIT –
BRASÍLIA
REBECA PIRES RUBIN RENATA H. WEINSTEIN
RENATA TERUCHKIN DA COSTA
RENATO AMIEL CHARCHAIT BRASÍLIA
RICARDO H. WEINSTEIN
RICARDO PESCAROLO IOCHPE
RICARDO SAUTE
RITA MULLER ROBERTA LEISTNER SEGAL
ROBERTA PESCAROLO IOCHPE
ROBERTO MALTZ RASKIN
ROBERTO SALTZ ROSENFELD
RODRIGO CHAIT FREITAS
RODRIGO FRIDMAN
RODRIGO LERRER TERNER
RODRIGO PRIKLADNICKI
RODRIGO RAPOPORT
RODRIGO ROSOLEN KIJNER
RODRIGO SALTZ ROSENFELD
ROGER ROZENFELD OLCHIK
ROMEU KNIJNIK VAZ
RONI COHEN
RONI MALTZ BIN
SABRINA NADOLNY LEVIN
SABRINA S. BARKAN SALO JOVEGELEVICIUS
SAMANTA NAHARI - USA
SAMI MALTZ BIN
SAMUEL FAJER FERNANDES SEVILHA
SARAH GUTERRES ROISENBERG
SARAH SHARGORODSKY TERNER
SHACHAR HALEVY - ISRAEL
SOFIA WAINSTEIN
SOPHIA COIFMAN GROSS
TAIS OLCHIK BORGES
TAL KOSMAN
TATIANA S. ZAGO
TESS SZAPSZAY
THEILA ZAGURY - RIO
THEO HALPERN FAERTES
THÉO ISDRA SNIADOWER
THIAGO KREUTZ GROSSMANN
URIEL IUGT
VICENTE WENZEL BRODACZ
VICENZO DAYRELL BERGER
VICTOR BECKER FITERMAN CURITIBA
VINICIUS ISDRA SNIADOWER VITOR OSTERMAN GROSSMANN
YAEL ROSENHEIN - ISRAEL
YAFA LECHTMAN
YONI TURKIENICZ
ZIR WLADIMIRSKY - ISRAEL
ZVI BLUM (ISRAEL)
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JULIA BURSZTEJN LERMANN JÚLIA CHIWIACOWSKY LEMOS
JULIA COIFMAN SZALANSKI JULIA PAKTER
JULIA ZOUVI
JULIANA W. FRIDMAN
JULIANO SCHWARTZ LAIS T. SUKIENNIK
LARA S. NAJFELD
LAURA ALEIXO IGOR
LAURA DUBAL NUDELMAN
LAURA KIVES
LAYLA WAINSTEIN GROSSMAN
LENA LEISTNER CLOTTES
LEONARDO KRUTER ERIJMAN LIA LAVINSKY
LIBBY LAVINSKY
LIORA SEMERIA MELAMED
LÍVIA SUSLIK
LORENZO Z. DE MIRANDA
LUCA MACADAR FERRERA
LUCAS SIVIERO SIBEMBERG
LUCAS SOIBELMAN MENEZES
LUCAS SUSLIK
LUCAS ZOUVI GERBER
LUISA CHATKIN LUISA RIBEIRO KREITCHMANN LUÍSA SCALETSKY
LUÍSA WLADIMIRSKI CIRIACO
LUIZ ALBERTO COHEN TVORECKI
LUÍZA SPUNBERG
MANOELA SCHNEIDER
MANUELA ISDRA RAJCHENBERG
MAOR SHARABANI - ISRAEL
MARCEL CANTERGI FRIDMAN
MARCELA FISCHER FRIEDMAN
MARCELA S. SPUNBERG
MARCELO AXELRUD
MARCELO GENSAS SPIELMANN
MARCELO HENKIN AMIEL - STA. MARIA
MARCELO MALTZ SCHUL
MARCELO W. FRIDMAN
MARIA AUGUSTTA GALBINSKI
MARIA EDUARDA BOSA – FLORIPA
MARIANA CONTI
MARIANA FOLBERG
MARIANA MESTER VIANNA
MARIANA NAIDITCH DE SOUZA
MARIANA SCHNEIDER MARINA LEVENTAL - USA
MARINA NISSEMBLATH ROSENFELD
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Na’amat Pioneiras
Revitalizando seu evento com sucesso!
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dos Andradas, 1001 - contribuiu, e muito, para a revalorização do centro da capital gaúcha. São 19 mil metros quadrados de área bruta
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As 130 lojas do RUA DA PRAIA SHOPPING formam um mix diversificado com lojas de vestuário, cine-foto-vídeo-som, presentes,
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Alimentação tem horário mais flexível: de segunda a sábado, fica aberta até 22 horas e domingos até 21 horas.
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AVODÁ, BERTA SIMINOVICH, CHAI, CLARINHA MILMAN, COACH NEURIM, ELISHEVA
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ENTIDADES BENEFICIADAS:
Lauro Quadros
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Associação Israelita Damas de Caridade
Instituto do Câncer Infantil
Instituto da Criança com Diabetes
Lar da Criança Anne Frank
ALMOÇO, CHÁ DA TARDE, SHOWS MUSICAIS E DE DANÇAS,
LEILÃO DE ARTES, TEATRO INFANTIL, BRECHÓ, COMIDAS
TÍPICAS JUDAICAS, ARTIGOS DE ISRAEL, ARTIGOS DE COZINHA
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Domingo, dia 31 de agosto, das 10h às 18h
Na Hebraica/RS - Rua Gen. João Telles, 508 (correalização Hebraica/RS)
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