GRUPO EDIÇÃO 1 - OUTUBRO DE 2014 ENTREVISTA COM DARIO GALVÃO METRÔ DE SÃO PAULO: NOS TRILHOS DA MOBILIDADE URBANA REPLAN: COMO A ENGENHARIA PODE OFERECER MELHORES COMBUSTÍVEIS CASTELÃO: UM LEGADO PARA FORTALEZA ÁGUA 24 horas por dia Uma adutora que capta água do Rio São Francisco impulsionará o progresso no Agreste O CFO - Centro de Formação Olímpica – em Fortaleza (CE), vai formar junto com a Arena Castelão o maior complexo esportivo do Brasil, com um total de 313.000m². Poderá abrigar 26 modalidades olímpicas, além de esportes como o futsal. O CFO terá também o maior ginásio multiuso do país, que poderá receber grandes eventos esportivos e culturais. Engenharia de ponta, planejamento e soluções inovadoras: esta é a Galvão Engenharia. Para nós, como no esporte, o objetivo é o máximo desempenho, no menor tempo. EDITORIAL DESTAQUES INFRAESTRUTURA PARA MUDAR A VIDA DOS BRASILEIROS Boa leitura! Eduardo Galvão Acionista do Grupo Galvão EXPEDIENTE GALVÃO ENGENHARIA Presidente do Conselho de Administração do Grupo Galvão Dario Galvão Divisão de Infraestrutura José Gilberto Valentim Divisão de Engenharia Industrial Erton Medeiros CAB Ambiental Mario Galvão Galvão Óleo e Gás Participações Leonel Vianna 4 GALVÃO CONSELHO E COORDENAÇÃO EDITORIAL Kleber Nogueira e André Pereira Gonçalves REPORTAGEM, REDAÇÃO E EDIÇÃO: Annarpurna Editora PROJETO GRÁFICO, PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Alex Silva, Renato Brandão, Ronald Caprino/Editoriadearte.com JORNALISTA RESPONSÁVEL: Milton Pavin – Mtb 17.212 IMPRESSÃO: Gráfica Eskenazi E-MAIL: [email protected] Revista Corporativa do Grupo Galvão Outubro de 2014 Gonzaga Home Vídeo A construção de uma adutora que capta água do Rio São Francisco impulsionará o progresso no interior de Alagoas e trará mais qualidade de vida à população Página 14 CASTELÃO: UM LEGADO PARA FORTALEZA NOS TRILHOS DA MOBILIDADE URBANA As obras de ampliação do Lote 2 da Linha 5-Lilás estão a todo vapor. Quando estiver pronto, esse trecho do metrô vai facilitar o deslocamento de milhares de pessoas Página 28 Divulgação Divulgação A reforma do estádio, conduzida pela Galvão Engenharia, não apenas transformou a arena na mais moderna da região, como também deixou um legado para Fortaleza. São 150 mil m2de área total e capacidade para 64 mil espectadores Página 20 Marcos Peron/virtualphoto.net É com muito prazer que compartilho com o leitor a primeira edição da Revista Galvão, exclusivamente criada e direcionada aos nossos parceiros de negócio e à sociedade. Com esta publicação quadrimestral, pretendemos compartilhar nossos pontos de vista, nosso jeito de ser e apresentar um pouco de nossas realizações e conquistas. Sempre vinculados ao maior propósito do Grupo Galvão, que é o de melhorar a vida dos brasileiros por meio de investimentos na engenharia e infraestrutura. Na matéria de capa, mostramos como a CAB Águas do Agreste, empresa do Grupo, mudou a vida dos brasileiros da cidade de Arapiraca, com rápida implantação de um complexo sistema que capta e trata água do Rio São Francisco, resolvendo o histórico problema da falta d’água e possibilitando o tão almejado progresso no Agreste. Outros artigos de destaque neste número são a entrada da Galvão no setor de concessão de rodovias, com a BR-153, localizada no “Corredor da Soja” em Goiás; a construção da Arena Castelão, erguida pela Galvão Engenharia, entregue antes do prazo e abaixo do orçamento previsto; a evolução da construção da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo, que terá um grande impacto na mobilidade da cidade e o projeto Construindo o Saber, que alfabetiza colaboradores de todas as idades em nossos diversos canteiros de obras. Encerro agradecendo a todos os colaboradores, que dedicam sua energia conosco para o desenvolvimento do País. LEVANDO DESENVOLVIMENTO AO AGRESTE PARABÉNS Parabéns a Humberto Henriques, colaborador do Grupo Galvão, que ficou em segundo lugar na categoria Cadeirante Masculino na XVIII Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, realizada no dia 31 de agosto. ENTREVISTA DA EDIÇÃO DARIO GALVÃO ÍNDICE EDITORIAL DESTAQUES INSTITUCIONAL ENTREVISTA RESPONSABILIDADE SOCIAL CAB ÁGUAS DO AGRESTE CASTELÃO METRÔ ODFJELL REPLAN PERFIL 04 05 06 08 12 14 20 28 32 34 38 As PPPs são a melhor solução para atrair a iniciativa privada GALVÃO 5 CAMPANHA DO AGASALHO NO RITMO DA COPA Cada equipe reebeu o nome de uma seleção que disputaria o mundial. No total os cerca de 250 participantes arrecadaram 1.245 peças, que foram doadas para três instituições: Associação para o Desenvolvimento Integral do Down (ADID), Vale dos Lírios e Instituto Planeta Criança. Vagner Medeiros Inspirado pela Copa do Mundo 2014, o Grupo Galvão organizou uma competição entre os colaboradores da sede da empresa para arrecadação de agasalhos que foram doados a entidades filantrópicas. Por meio de um sorteio, os colaboradores foram divididos em times. Vagner Medeiros INSTITUCIONAL GALVÃO VENCE LEILÃO DA BR-153 A Galvão será a responsável pela recuperação, ampliação da capacidade, manutenção, conservação, monitoramento e implementação de melhorias da BR-153 entre Anápolis, GO, e Aliança do Tocantins, TO. A empresa conquistou a concessão para operar por 30 anos os 624,8 km na rota Belém-Brasília. 6 GALVÃO A colaboradora Gilmara Mendes entregando as doações a uma aluna da ADID ENTRE AS 150 MAIORES DO PAÍS Na edição especial da revista Exame, ‘Melhores e Maiores’, publicada em junho deste ano, o Grupo Galvão figura entre as 150 maiores empresas brasileiras em vendas líquidas. Ocupando a 141ª posição, o Grupo apresentou um crescimento de 21,4% no ano passado, com vendas líquidas alcançando o patamar de 3.825,9 milhões de reais. No ranking das empresas mais produtivas, o Grupo aparece em 27º lugar. Já no segmento das indústrias da construção, a Galvão se destaca na segunda posição, com um patrimônio líquido de 400 milhões de dólares e mais de 5.000 colaboradores. ENTREVISTA DARIO As PPPs são a melhor solução para atrair a iniciativa privada aos setores que mais necessitem de recursos GALVÃO C om cerca de 9 mil colaboradores e presente em 45 municípios de 17 estados, o Grupo Galvão está entre as 150 maiores organizações empresariais do país, administrando um amplo portfólio de contratos no setor de infraestrutura. E seu crescimento está diretamente ligado à sua capacidade de gerar resultados e à própria realidade do Brasil. Quem faz a afirmação é Dario Galvão, diretor-presidente do Grupo, lembrando que em 2013 a empresa registrou conquistas importantes, com expansão das receitas, da geração de caixa e da lucratividade. O executivo acredita ainda que o Grupo tem potencial para seguir a trilha do crescimento, uma vez que, nos últimos anos, a lição de casa foi feita exemplarmente. Confira a entrevista. Quais são os cenários para o setor de infraestrutura nos próximos anos? Dario Galvão - O Brasil tem desafios históricos a serem superados em infraestrutura. As tarefas são imensas e de longo prazo. Há muito para ser feito, principalmente no campo dos investimentos. 8 GALVÃO Divulgação O Presidente do Conselho do Grupo Galvão revela como a empresa se preparou para enfrentar os desafios de implementação das infraestruturas que o Brasil precisa empenhado em avançar nesse campo. A iniciativa privada, por sua vez, está pronta a assumir novas responsabilidades. Existem estudos dando conta de que o país, nas próximas duas décadas, necessitará de R$ 5 trilhões para eliminar suas principais deficiências no setor e se colocar ao lado das nações mais desenvolvidas. Infelizmente, ainda investimos em infraestrutura menos do que deveríamos e bem abaixo do que ocorre em outros países emergentes. Se os problemas são enormes também é imenso o campo de oportunidades. Há um claro movimento do poder público de recuperação do tempo perdido, ainda que num ritmo menor do que o desejado. No entanto, há sinais promissores. O sucesso das recentes licitações de serviços públicos associados à infraestrutura, como as concessões de aeroportos e rodovias, aponta um caminho a ser seguido. A união de esforços entre o poder público e a iniciativa privada surge como condição obrigatória para que os desafios sejam vencidos. Os reflexos positivos desses primeiros contratos já serão visíveis em 2014 e em 2015, com a consequente melhoria dos serviços prestados à população. As possibilidades são imensas e o governo federal parece estar Como será a atuação do Grupo Galvão nesse contexto? Dario Galvão - O Grupo se preparou para enfrentar os desafios de implementação das infraestruturas que o Brasil precisa. Para tanto, direcionamos o nosso modelo de gestão e de negócios e as nossas estratégias para uma ocupação planejada de espaços no mercado, buscando manter atuação crescente e cada vez mais qualificada nas áreas em que já temos know-how e naquelas nas quais somos competitivos. Isso significa fortalecer as atividades da Galvão Engenharia, que tem merecido dos clientes amplo reconhecimento pelo alto desempenho técnico. Nosso objetivo é estar, cada vez mais, entre os protagonistas do setor de engenharia e construção, participando de projetos de grande envergadura e de retorno compatível com a nossa especialização. Por essa razão, temos aprimorado os métodos de análise e seleção de negócios. Nossos outros dois segmentos prioritários são o saneamento básico e a prestação de serviços à indústria de óleo e gás. Adicionalmente, daremos atenção às concessões de infraestrutura, que se apresentam como frente de negócios de bom potencial. Simultaneamente, temos avançado na consolidação de uma estrutura de capital compatível com as necessidades do Grupo para a execução dos planos de crescimento. Para tanto, aprofundamos a parceria com os agentes do mercado de capitais visando à obtenção de suporte financeiro para os projetos empresariais. Qual a expectativa de crescimento do Grupo para 2014 e os próximos anos? Dario Galvão - O crescimento está vinculado à nossa capacidade de geração de resultados e à própria realidade do país. Em 2013, tivemos conquistas importantes, com expansão das receitas, da geração de caixa e da lucratividade. Temos potencial para seguir a trilha do crescimento, uma vez que, nos últimos anos, fizemos a lição de casa. Evoluímos em nossas competências, ajustamos o portfólio de negócios às prioridades de longo prazo, aperfeiçoamos a estrutura organizacional e desenvolvemos instrumentos para ampliar a segurança e a previsibilidade no controle de custos, prazos e qualidade dos serviços. A partir dessa base sólida, poderemos nos dedicar a uma tarefa importante para o crescimento, que é a reposição contínua de nossa carteira de contratos. Já temos realizado um trabalho de prospecção comercial, com o objetivo de consolidar um portfólio de contratos que dê segurança para o cumprimento de nossos objetivos. Em 2013, tal esforço gerou conquistas importantes. Seguiremos nesse caminho nos próximos anos. É possível, porém, que em meio à renovação do portfólio, ocorra, no curto prazo, leve redução no saldo da carteira de contratos. Mas estamos concentrados na ocupação de espaços nas áreas de especialização e em novos segmentos. GALVÃO 9 Fotocontexto ENTREVISTA As obras do Castelão aconteceram em tempo recorde A recente conquista da Galvão Engenharia na licitação da BR-153 é um reflexo dessa estratégia? Dario Galvão - Sem dúvida. Consideramos as concessões de ferrovias, rodovias, portos e aeroportos etc. como uma frente de negócios de bom potencial, por sua capacidade de geração contínua e estável de fluxo de caixa por longo período. O Grupo tem se estruturado para atuar nessa área, para responder às oportunidades que começam a ser geradas pelo poder público. Como o Grupo avalia a importância das parcerias público-privadas (PPPs)? Dario Galvão - O Grupo Galvão não vê outra forma de superação do desafio de implementação das infraestruturas necessárias para o Brasil sem a realização de um esforço conjunto entre os governos e a iniciativa privada. Nesse contexto, as PPPs criam condições para a realização 10 GALVÃO de um trabalho integrado, com flexibilidade na dinâmica de prestação de serviços e no relacionamento entre as empresas e o poder público. As PPPs também são a melhor solução para atrair a iniciativa privada aos setores que mais necessitem de recursos. De um lado, a parcerias tornam o setor privado responsável pelos investimentos e pelas prestações de serviços, tendo como contrapartida os incentivos necessários para a maximização da qualidade e da eficiência do investimento. De outro, as PPPs dispõem de mecanismos de controle sobre o cumprimento de metas de desempenho. Esse novo modelo ganhou força com as obras para a Copa do Mundo de 2014, quando cinco estados optaram por PPPs para a construção, reforma e gestão de suas arenas para o evento. A remodelação da Arena Castelão (CE) é um exemplo do sucesso desse formato? Dario Galvão, na Arena Castelão: o primeiro estádio da Copa a ficar pronto Dario Galvão - Com certeza. Por meio da celebração de uma PPP entre o governo do Ceará e a Galvão Engenharia, foi possível a execução de um projeto que tornou a Arena Castelão um dos mais modernos estádios do mundo. Suas obras aconteceram em tempo recorde e por um valor absolutamente condizente com as necessidades do projeto, sem gastos desnecessários. Como resultado, a Arena Castelão foi o primeiro estádio da Copa do Mundo 2014 a ficar pronto, entregue em dezembro de 2012, apenas 24 meses após o início das obras. Nós gerenciamos a implementação do projeto como um todo, desde a obtenção das licenças até a operação do estádio, por um determinado período. Essa realização é uma amostra de como o trabalho conjunto entre governo e a iniciativa privada pode gerar resultados surpreendentes e duradouros. De nossa parte, o projeto da Arena Castelão também evidencia a qualificação técnica do Grupo. Após a primeira experiência no exterior, o Grupo Galvão pretende manter a atuação fora do Brasil? Dario Galvão - A Galvão Engenharia conquistou em 2010 seu primeiro contrato no exterior, para a implantação de uma rede de abastecimento de água na região de Lima, capital do Peru. Esse trabalho foi concluído no início de 2014, com amplo sucesso. No entanto, como consequência da decisão estratégica do Grupo de focar sua atenção nas grandes oportunidades comerciais e operacionais existentes no Brasil, particularmente na área de engenharia e construção, a atuação internacional está com sua expansão momentaneamente limitada. A presença mais incisiva do Grupo Galvão no exterior (particularmente na América do Sul) permanece, contudo, como uma ideia a ser desenvolvida de forma planejada e no longo prazo. Nesse momento, não é uma prioridade. A capacitação de mão de obra é um desafio importante no setor de infraestrutura. Como formar colaboradores qualificados para o ritmo de crescimento do Grupo? Dario Galvão - De fato, essa é uma grande questão para todas as empresas de infraestrutura e, particularmente, para o setor de engenharia e construção, que tem demandando volume crescente de mão de obra. Para superar essa barreira estrutural do país, a carência de mão de obra qualificada, investimos fortemente na formação e capacitação das equipes, o que nos deixa confiantes para o enfrentamento dos desafios de mercado e as exigências dos novos projetos. A estratégia tem sido bem-sucedida, como comprovam os resultados obtidos em diversos empreendimentos. Como os processos internos podem contribuir para o crescimento nos próximos anos? Dario Galvão - Temos investido bastante no aperfeiçoamento dos métodos de trabalho. Promovemos, por exemplo, a unificação de diversos processos-chave, com o objetivo de gerar ganhos de eficiência na administração e maior segurança na condução das operações. De forma complementar, incluímos no dia a dia manuais de gestão que detalham as diretrizes e procedimentos em todas as fases do ciclo de negócios. Também fortalecemos as práticas de compliance, bem como o mapeamento e o controle de riscos. O aperfeiçoamento do modelo de gestão tem repercutido na melhoria dos indicadores de produtividade, componente importante da rentabilidade. Nesse processo, o planejamento e a disciplina têm sido elementos fundamentais de nossa atuação. GALVÃO 11 RESPONSABILIDADE SOCIAL CONSTRUINDO O INICIATIVA RECOMPENSADA SABER D urante as obras de construção da Arena Castelão, em Fortaleza, a rotina pesada em meio a tratores e andaimes dava lugar, no fim do dia, a outro tipo de realidade, onde o que predominava eram cadernos e apostilas. De segunda a quinta, um movimento animado tomava conta do amplo refeitório da obra. Atentos aos ensinamentos da professora, 23 operários acompanhavam as explicações de Danielly Vidal, responsável por ministrar aulas de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental aos colaboradores do consórcio Galvão Engenharia-Andrade Mendonça, executor das obras do estádio. Sentado na primeira fila, o auxiliar de serviços gerais Luís Nobre de Amorim, 56 anos, tentava resolver dúvidas com a professora. Considerado um dos mais aplicados da classe, o operário, nasci- 12 GALVÃO do em Ocara (CE), confessa orgulhoso: “Gosto mesmo é de ler”. Essa predileção pela leitura é o exemplo do progresso alcançado pelo operário durante o curso ministrado no tempo em que duraram as obras de reforma da Arena. A exemplo dos demais colegas, que, mesmo após um dia exaustivo de trabalho, usaram a força de vontade e a determinação como energia para assistir às aulas, Luís vê na experiência do aprendizado um meio concreto para melhorar a vida e se afirmar como cidadão. “O curso veio no momento certo. Agora que já sei ler, posso me virar em qualquer canto”, comemora. Criado pela Galvão há cinco anos, o Programa Construindo o Saber já formou 232 colaboradores no Ensino Fundamental. Além de oferecer a possibilidade de aprendizado escolar formal, o pro- Wagner Medeiros O Programa Construindo o Saber já formou 232 colaboradores no Ensino Fundamental. Em alguns casos, o refeitório vira sala de aula e abre um mundo de oportunidades para quem aprende a ler na vida adulta Ao final do curso, os estudantes recebem certificado reconhecido pelo MEC grama tem um claro componente social, pois amplia os horizontes dos trabalhadores, contribuindo, inclusive, para a sua sociabilização e empregabilidade. Ao final do curso, os estudantes recebem certificado reconhecido pelo Ministério da Educação, o que, por sua vez, os habilita a participar de outras chances na empresa, bem como a dar continuidade aos estudos. Construindo o Saber é parte de um amplo conjunto de iniciativas do Grupo Galvão voltadas à inclusão social. Dario Galvão, Presidente do Conselho do Grupo Galvão, acredita que a busca do conhecimento deve ser parte da alma de todas as empresas. “Sem esse componente, a inovação, a evolução técnica e o aprimoramento organizacional – atributos obrigatórios para a construção de uma trajetória sustentável – tornam-se palavras vazias”, avaliou o executivo. No Grupo Galvão, o estímulo ao aprendizado é mais do que uma característica da rotina empresarial, é uma determinação que reflete e explica o seu jeito de ser. Afinal, não se pode construir uma organização que ambiciona a perenidade sem considerar o conhecimento como insumo de primeira necessidade. Por isso, o Grupo adotou um conjunto de ações nos últimos anos para estimular a cultura do aprendizado constante, como o apoio à evolução escolar dos colaboradores e gestores. Dentro desse escopo, o Programa Construindo o Saber oferece aulas de ensino básico a operários, incluindo a alfabetização. O programa beneficia quem mais precisa de incentivo, revelando heróis do cotidiano, gente que, com garra e determinação, vê no curso um caminho para a cidadania. GALVÃO 13 CAB ÁGUAS DO AGRESTE LEVANDO DESENVOLVIMENTO AO INTERIOR ALAGOANO A professora aposentada Maria de Fátima Rodrigues Sousa nasceu, cresceu, casou-se e teve seus três filhos em Arapiraca, no Agreste alagoano. Ela, melhor do que ninguém, conhece as dificuldades de se morar em uma cidade onde a escassez de água é tanta, que por dias não sai uma única gota do precioso líquido das torneiras. Por anos seguidos Dona Maria de Fátima, assim como todos arapiraquenses, conviveu com uma dura realidade: caixa d´água vazia por semanas. “Nosso passado aqui em Arapiraca foi sofrido. Nós nunca tivemos água saindo das torneiras todos os dias. Por vezes chegamos a ficar na secura total por mais de duas semanas”, comentou a professora. Quando isso acontecia, Dona Maria de Fátima lembra que as pessoas corriam para comprar água mineral em garrafa, mas apenas para beber ou para cozinhar. Lavar roupas e tomar banho eram um luxo. 14 GALVÃO Outra solução que muitos moradores com menos poder aquisitivo adotavam era construir em seus quintais as chamadas cacimbas, ou poços. Mas a qualidade da água era péssima e colocava a saúde dessas famílias em risco. “Na época em que eu lecionava, nós éramos obrigados a suspender as aulas quando faltava água. Isso gerava um atraso enorme na educação da criançada, sem falar que as empresas desistiam de se instalar na cidade por conta dessa escassez de infraestrutura”, avalia. Mas, felizmente, esse quadro ficou no passado. Uma PPP – Parceria Público -Privada – firmada em junho de 2012 pela CAB Águas do Agreste – uma empresa do Grupo Galvão – e a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) possibilitou a normalização do abastecimento da água na região. Dona Maria de Fátima conta que agora é só comemoração. “Outro dia mesmo Gonzaga Home Vídeo A construção de uma adutora que capta água do Rio São Francisco impulsionará o progresso no Agreste, trazendo também qualidade de vida Dona Maria de Fátima comemora a água na torneira 24 horas por dia GALVÃO 15 CAB ÁGUAS DO AGRESTE Gonzaga Home Vídeo predominantes. A primeira envolve a realização do investimento necessário para as melhorias a serem conquistadas no projeto, que são a recuperação do sistema existente e, em paralelo, a construção de um novo sistema complementar. “Esta primeira etapa já está concluída e o novo sistema entrou em operação no dia 9 de agosto, quando foi inaugurado oficialmente. Já a segunda, engloba a operação dos dois sistemas, o novo e o existente por 30 anos, que é o que estamos começando a fazer”, explicou. Para se ter uma ideia da situação precária do sistema de distribuição de água da região, antigamente, os rodízios chegavam a ser de 8x8, ou seja, enquanto 220 mil uma tia me ligou dizendo que estava muito feliz. Eu perguntei por que e ela disse: porque, minha filha, minha caixa d´água encheu tanto que até transbordou. Molhou tudo no andar de baixo da casa, mas eu nem liguei. Comemorei”. INVESTIMENTOS Os investimentos previstos no contrato são da ordem de R$ 237 milhões, onde cerca de R$ 180 milhões já foram aplicados na construção do novo sistema adutor do Agreste e o restante na recuperação do sistema coletivo do Agreste. Outros recursos serão destinados à modernização no sistema comercial, automação, aquisição de frota própria e equi- 16 GALVÃO TEMPO RECORDE E MELHORIAS A cidade de Arapiraca tem 220 mil habitantes, a segunda mais populosa do estado de Alagoas, e ainda sofre com uma pamentos e construção da sede, que tem como pano de fundo a estação de tratamento de água – ETA da cidade de Arapiraca. O contrato tem duração de 30 anos e objetiva ampliar o abastecimento de água em dez municípios da região (Arapiraca, Campo Grande, Coité do Noia, Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Lagoa da Canoa, Olho D’água Grande e São Brás), gerando melhor distribuição de água, trazendo melhorias para o antigo e crítico problema da falta de água nessas localidades. Antonio Carlos Ribas Dallalana, Diretor Geral da CAB Águas do Agreste, explica que o projeto se divide em duas etapas habitantes serão beneficiados, somente em Arapiraca 3.000 m³/h de água potável para atendimento da população 10 cidades serão abastecidas pelo novo sistema Gonzaga Home Vídeo Vista aérea da nova ETA Arapiraca Antigamente, os moradores da região ficavam até oito dias sem receber água uma parte da cidade recebia água por oito dias, a outra esperava e, nos oito dias seguintes, era a vez da outra parte ser abastecida, e assim por diante. A implantação do novo sistema adutor do Agreste, em conjunto com a recuperação do sistema coletivo, dobrará a capacidade de produção, encaminhando 3.000 m³/h de água potável para atendimento contínuo da população desses dez municípios alagoanos, contemplando desde as zonas urbanas até as localidades rurais. GALVÃO 17 CAB ÁGUAS DO AGRESTE já puderam ser sentidos pela população, como por exemplo, leitura informatizada de hidrômetros, emissão de contas em leitura e muito mais. Esquema do novo traçado da adutora do Agreste ETA Arapiraca Nova adutora existente em operação desde Ago/14 Girau do Ponciano Feira Grande Adutoras existentes (aço e ferro fundido) Campo Grande Traipu Olho D’água Grande Ri o Sã oF ra n São Brás c is co SERGIPE 18 GALVÃO ALAGOAS Marcos Peron Lagoa da Canoa O sistema adutor atual será completamente revitalizado e sua manutenção ficará sob responsabilidade da CAB Águas do Agreste infraestrutura básica precária, incapaz de sustentar o ritmo atual de desenvolvimento da região. Por isso, é fácil imaginar o impacto positivo que a nova adutora do Agreste provocará na região, com seu projeto de garantir o abastecimento de água na região pelas próximas décadas. Além do ganho óbvio em qualidade de vida, o plano é fundamental para impulsionar o atual ciclo econômico. Realizada em tempo recorde, a obra, que contou com mais de 800 colaboradores, é um caso de sucesso, pois entrou em operação com apenas 12 meses de atividades e já trouxe avanços para a cidade de Arapiraca, bem como para os outros nove municípios contemplados. Além das melhorias na infraestrutura em si, os novos serviços oferecidos pela CAB Águas do Agreste também trouxeram mais agilidade e tranquilidade aos moradores. Para citar um exemplo, antes os serviços de leitura eram executados por uma empresa terceirizada, que não realizava atualização cadastral, apresentava uma produção baixa e utilizava excessivamente os códigos de leitura ou não leitura, o que acabava prejudicando o faturamento. Agora, esses mesmos serviços são executados por equipes próprias, que conseguiram organizar essas atividades, inclusive implantando rotas de leitura – o que não existia. Estas mudanças já impactam positivamente a receita da Casal. Com a nova estruturação projetada pelos setores comercial e de manutenção e operação, os benefícios OS DESAFIOS De acordo com Dallalana, a captação da água do novo sistemas se dá exclusivamente no Rio São Francisco, através de canal de aproximação construído. Depois, esta água captada é bombeada por aproximadamente nove quilômetros, até o cume da Serra dos Manões, lançada em uma caixa de passagem, de onde, por gravidade, segue em adutora de água bruta por quase 49 quilômetros para a estação de tratamento em Arapiraca. Lá, ela será tratada e conduzida por uma adutora de água tratada por quatro quilômetros, até o sistema de distribuição da Casal. Certamente, para uma obra com essas dimensões e complexidade, os desafios foram muitos. “Primeiramente, encontramos o sistema existente, com idade de 40 anos, aproximadamente, e sem a manutenção adequada. Então precisamos iniciar sua operação absorvendo todos os problemas pertinentes. Fora isso, o início da operação coincidiu com o período da maior seca dos últimos 50 anos na região do Agreste”, declarou Dallalana. E esse problema acarretou em outros que a empresa precisou lidar de forma pontual, conforme exemplificou o executivo: “Por conta da seca, nós registramos uma série de atos de vandalismo ocorrendo ao longo da adutora existente”. “O último dos desafios que conseguimos superar foi desenvolver as melhorias do projeto de engenharia de forma a adequá-lo ao melhor custo/benefício para os 30 anos de operação”, completou o Diretor da CAB Águas do Agreste. GALVÃO 19 CASTELÃO ARENA CASTELÃO PADRÃO GALVÃO A reforma do estádio, conduzida pela Galvão Engenharia, não apenas transformou a arena na mais moderna da região, como também deixou um legado para Fortaleza A Copa do Mundo da FIFA, realizada pela primeira vez no Brasil em julho deste ano, registrou números impressionantes de público nos estádios e audiência em todo o planeta. Foram bilhões de pessoas com o foco voltado para a bola que rolou nos gramados novinhos em folha. Mas, para tudo isso estar em pleno funcionamento, foram necessários anos de planejamento e obras executadas com a mais avançada tecnologia para atender ao famoso “padrão FIFA”. E o que ficou, passadas as emocionantes partidas de futebol, foi o legado para as cidades que tiveram suas arenas 20 GALVÃO GALVÃO 21 CASTELÃO Imagens da Arena Dimensões do estádio Área total construída: cerca de 150 mil metros quadrados Proximidade 10 metros é a distância da arquibancada para o campo Cobertura termoacústica Central de segurança 240 câmeras de vigilância Suportes em inox Placares de LED, do tamanho de uma TV de 580 polegadas (90 metros quadrados) abastecidos por energia solar Alguns benefícios no uso dos leds Maior vida útil Dependendo da aplicação, a vida útil do equipamento é longa, sem necessidade de troca Iluminação no campo Baixa voltagem de operação Não representa perigo para o instalador são 332 refletores da Phillips com 2 mil watts cada Ecologicamente correto Não utiliza mercúrio ou qualquer outro elemento que cause dano à natureza CONHEÇA A ARENA Gastronomia um restaurante no setor leste, dois Fachada em vidro reflete o sol e reduz o calor Fontes: empresa, portal G1 e arenacastelao.com Fotos: Divulgação g ç site arenacastelao.com no setor oeste e 45 quiosques Lotação máxima 67.000 8 lugares 22 GALVÃO Tempo total de evacuação Padrão Fifa no gramado 105m minutos 68m GALVÃO 23 Divulgação CASTELÃO Divulgação Presidente do Conselho do Grupo Galvão. “Além de acontecer num momento de reafirmação de nossas competências e de ampliação das nossas qualificações, o empreendimento inaugurou novas possibilidades de negócios”, relatou. Após a competição, o gramado do estádio foi considerado como o melhor gramado da Copa das Confederações. O gramado utilizado é do tipo Bermuda, da variedade “Celebration”, especial para cidades de clima tropical como Fortaleza, recomendado pela FIFA. Foi também durante esse torneio que o Castelão foi apontado como a arena mais elogiada entre os seis estádios brasileiros que participaram do mundial. 24 GALVÃO Cultural da Arena Castelão é também uma das atrações O gramado do estádio foi DETALHES QUE FAZEM A DIFERENÇA O projeto executado incluiu todas as transformações do estádio (reforma, ampliação e modernização) e entorno Depois da reforma, a arena ficou com capacidade para reunir 67 mil torcedores Com mais de 150 mil metros quadrados de área total construída e capacidade para cerca de 64 mil espectadores, a Arena Castelão transformou-se em um dos estádios de futebol de maior destaque no País. As obras de reforma, ampliação e modernização foram executadas por um consórcio encabeçado pela Galvão Engenharia e consagrou o equipamento como o primeiro a ficar pronto para a Copa das Confederações e Copa do Mundo, com orçamento abaixo do planejado. “O Castelão reuniu características que fizeram dele um projeto singular em nossa trajetória”, afirmou Dario Galvão, Divulgação construídas ou reformadas. No caso de Fortaleza, a capital cearense que abriga 2 milhões e 400 mil habitantes, as benfeitorias serão perenes e trouxeram um avanço que há anos era almejado. Os investimentos não foram concentrados apenas na Arena Castelão. Foram direcionados também para a mobilidade urbana, para os setores aéreos e de turismo, sem falar no moderno Centro de Eventos, o segundo maior da América Latina, e cuja capacidade é de abrigar 30 mil pessoas e até 42 eventos simultâneos. O Espaço considerado o melhor da Copa das Confederações. com a construção da praça de acesso de 55 mil metros quadrados, estacionamento coberto para 1.900 veículos, edifício Fares Cândido Lopes e a operação do estádio que cobre todas as despesas com energia, água, telefonia, esgoto e pessoal de manutenção e conservação. Um detalhe importante previsto no projeto foi a aproximação da área que separa o acesso dos torcedores sentados nas cadeiras inferiores do gramado. Com a reforma, essa distância caiu de 40 para apenas 10 metros. Também foram realizadas mudanças nas cabines de imprensa, camarotes, vestiários, túneis de acesso ao campo e nas cadeiras do estádio, que passaram a ser retráteis. A cobertura da Arena Castelão também merece destaque pela tecnologia inovadora que oferece aos torcedores conforto e segurança. Ela possui um revestimento termoacústico que proporciona uma sensação térmica mais agradável por suportar os índices de insolação do nordeste brasileiro, não absorvendo calor e permitindo a circulação de ar dentro do estádio. Além disso, o isolamento acústico ajuda a melhorar o acompanhamento dos jogos pela torcida e a transmissão dos jogos. A estrutura tem ainda uma área de 6 mil metros quadrados de policarbonato que evita o sombreamento e o contraste nas transmissões televisivas. Imponente, a fachada, chamada “pele de vidro”, foi formada por cerca de 760 peças, cada uma com 1,51m x 2,42m. GALVÃO 25 Projeção artística do Centro de Formação Olímpica (CFO), em construção na cidade de Fortaleza pela Galvão Engenharia. Quando estiver pronto, o CFO formará, junto ao Castelão, o maior complexo esportivo do Brasil. Serão 313.000 m² que abrigarão 26 modalidades olímpicas, além de futsal. Divulgação CASTELÃO As cadeiras do estádio agora são Divulgação retráteis 26 GALVÃO Juntas, essas peças perfazem uma área aproximada de 2.800 metros quadrados, revestindo parte da estrutura externa do prédio central. Ela também serve para refletir os raios solares, amenizando o calor. Atender às necessidades de pessoas com deficiências também foi uma das preocupações dos engenheiros da Galvão. Dos 63.903 mil lugares disponíveis, 335 foram reservados aos cadeirantes, 1.220 a pessoas com mobilidade reduzida e 120 lugares para obesos, representando mais de 2,4% de sua capacidade total. Além disso, das 1.900 vagas cobertas, 100 são destinadas para deficientes. Outras facilidades para esses torcedores são os elevadores para recepcioná-los. No acesso à Arena e em seu interior, foi instalado o piso tátil direcional e de alerta para cegos, além de 18 rampas construídas para entrada e chegada às arquibancadas. GALVÃO 27 METRÔ METRÔ DE SÃO PAULO NOS TRILHOS DA MOBILIDADE URBANA Com previsão para serem entregues em 2015, as obras de ampliação do Lote 2 da Linha 5-Lilás estão a todo vapor. Quando estiver pronto, esse trecho do metrô vai facilitar o deslocamento de milhares de pessoas 28 GALVÃO Marcos Peron/virtualphoto.net P ara suprir os gargalos da infraestrutura, investimentos constantes precisam ser feitos, especialmente quando o assunto é mobilidade urbana. O crescimento populacional em megalópoles como São Paulo é inversamente proporcional à oferta de transporte público que contemple a demanda. O modal metroviário é considerado o meio de transporte mais eficiente para suprir essa carência nas grandes cidades. E os números comprovam isso: diariamente, o metrô paulistano transporta cerca de 4,5 milhões de passageiros. Mas ainda não é suficiente. Adelson e Marcus, trabalhando juntos para esta importante obra de mobilidade urbana GALVÃO 29 METRÔ tiver pronta, eu economizarei pelo menos uma hora para chegar até o centro. Com esse tempo, eu posso estudar mais ou até acordar um pouco mais tarde”, brinca o futuro engenheiro. Para Willing, a grande vantagem de usar o metrô, além de ser um meio de transporte mais rápido, é não correr o risco de ficar preso em congestionamentos, o que já lhe causou várias aulas perdidas. A Galvão Engenharia, por meio do Consórcio Galvão Serveng, faz parte desse processo evolutivo que o universitário tanto almeja, sendo a responsável pelas obras de expansão do Lote 2 da Linha 5-Lilás do Metrô. Segundo informou Marcio Alexandre Jordão Farto, Gerente de Contrato do Consórcio Galvão Serveng, a Linha 5-Lilás foi projetada para estabelecer a ligação metroviária entre Capão Redondo e Linha 5-Lilás do Metrô Configuração do traçado com as novas estações Linha Azul Projeto de Expansão - em Execução Li h Linha Verde Al Grajaú CPTM EMTU Linha Esmeralda Chácar aa Chácara Klabin Praça da Sé Área rv i M oe do H r P os úb pit lic al o m a Ib i VILA MARIANA Se R C Ca edo ap m nd ão po o Vi Li la m p da sB o G e le io za va s nn i Sa Gr o nt o nch Am i ar o Lilás Brooklin Campo Belo to P Ado da inh lfo Bo eir o Bo a Vi rb sta aG at o L Tr arg ez o e Ág ua Es ra pra pu ia er da a Trecho em Operação Santa Cruz Redondo 11,5 Km éa extensão total da linha lilás N Chácara Klabin, passando pelo subcentro de Santo Amaro, um importante polo regional. Esta linha tem papel importante na estruturação do transporte público metropolitano, conectando-se à rede metroferroviária. O trecho em expansão tem 11,5 km e será composto por 11 estações. TRABALHO EM EQUIPE Com uma força de trabalho que engloba cerca de 370 colaboradores do consórcio, juntamente com outros 352 terceirizados, o Consórcio entregará o Lote 2 das obras da Linha 5-Lilás do Metrô em dezembro de 2015. Para que esse verdadeiro batalhão de trabalhadores desempenhe seu serviço, precisa haver uma infraestrutura condizente à complexidade do projeto. Marcus Welber de Sousa é o gerente administrativo-financeiro da obra do Lote 2 e um dos responsáveis para que toda essa engrenagem funcione e o cronograma seja cumprido. No escritório montado no centro das obras ele e sua equipe acompanham de perto as atividades e necessidades dos envolvidos na construção. “São quatro as frentes de trabalho neste único lote. Nós conseguimos montar uma base onde nossos colaboradores encontram tudo o que precisam: cozinha industrial, refeitórios, área de vivência, sala de descanso, entre outras facilidades”, explicou. Adelson Moises Salvador, o “Mineiro”, é uma das molas propulsoras dessa engrenagem. Ele faz parte de uma equipe de 20 carpinteiros que dão suporte para as obras do metrô. Seu serviço, como ele próprio explica, é “meter a mão na forma e entregar pronto para os engenheiros o que for preciso”. É um trabalho em equipe que, além de ser coordenada com maestria, é feito Marcos Peron/virtualphoto.net Hoje, a malha metroviária da capital tem 74,8 km de extensão e 65 estações. Mas obras de extensão estão sendo feitas e a projeção é de que sejam inauguradas mais 24 estações nos próximos meses, ampliando para 100 km de malha. Quem não vê a hora de isso acontecer é o estagiário de engenharia Willing Anderson Paulo de Moura Ramos. Mesmo com toda a energia de um jovem de 22 anos ele confessa que o tempo perdido dentro dos ônibus lotados no trânsito da cidade é cansativo. Ele mora no Jardim Ângela, na zona sul da capital, e precisa se deslocar para o trabalho, para a faculdade e também para o centro da cidade, onde algumas vezes na semana realiza um curso. E é exatamente nesse trajeto que ele gostaria de já poder contar com a rapidez do metrô. “Eu calculo que quando a Linha 5-Lilás es- Willing economizará uma hora no trânsito quando a linha 5-Lilás estiver operando com um espírito de coleguismo que, segundo Adelson, se estende para além do canteiro de obras. Na república onde ele vive com outros colegas de trabalho, o clima também é de amizade e companheirismo. “A gente ajuda um ao outro tanto na obra, como na república. Somos como uma família”, comentou. Natural de Barbacena, MG, o carpinteiro está ansioso para que a obra termine e ele possa chegar mais rapidamente à rodoviária e pegar o ônibus para ver sua família. “Eu sinto que a minha contribuição para essa construção é importante. Meu papel é pequeno, é claro, mas é a base de todo o trabalho. É um pedacinho de um todo que vai mudar a vida de muita gente. Fico muito orgulhoso de saber que tem um pouco do meu suor aqui, onde milhares de pessoas vão passar todos os dias daqui a alguns meses”, concluiu. Fonte: Empresa 30 GALVÃO GALVÃO 31 ODFJELL GALVÂO TECNOLOGIA DE PONTA PARA EXPLORAR O PRÉ-SAL Três navios-sondas foram encomendados pela Petrobras à Odfjell Galvão para a perfuração de óleo e gás na camada do pré-sal. O primeiro deve ser entregue em 2016 32 GALVÃO A Galvão Óleo & Gás foi criada em 2008 para o desenvolvimento de um portfólio de negócios para a prestação de serviços à indústria de óleo e gás nas áreas de exploração, produção e logística. Em 2012, esse braço de negócios do Grupo Galvão deu um grande passo para se firmar no restrito setor de extração e produção de petróleo em águas ultraprofundas, quando se associou, numa joint-venture, à norueguesa Odfjell Drilling, referência internacional na área de perfuração. Dessa forma, consolidou-se a Odfjell Galvão, cuja principal atribuição é a execução de um contrato de US$ 12 bilhões firmado com a Petrobras para a supervisão da construção e o afretamento, por 15 anos, de três navios-sondas destinados à perfuração de óleo e gás na camada do pré-sal. De acordo com Leonel Queiroz Vianna, Diretor Presidente da Galvão Óleo & Gás, o plano faz parte do maior projeto de sondas de águas ultraprofundas (por número de sondas) do mundo. “Ao todo, são 29 sondas de última geração a serem construídas para atuar no pré-sal brasileiro nas próximas três décadas”, explicou. ESCOPO DO PROJETO Vianna esclarece ainda que a Odfjell Galvão supervisionará a construção das sondas e será responsável pelo afretamento e operação dos navios-sonda na camada do pré-sal para a Petrobras durante a duração dos contratos, mas o prazo pode ser estendido por mais cinco anos. “Faz parte do escopo o desempenho das atividades pré-operacionais (aprovação de desenhos, acompanhamento dos aspectos operacionais das sondas em construção, treinamento de tripulação etc.) e, principamente, as atividades operacionais propriamente ditas, tão logo as sondas tenham as suas construções finalizadas e sejam aceitas pela Petrobras”, diz o executivo, complementando que as entregas das unidades estão previstas para ocorrer em 2016, 2018 e 2020. GALVÃO 33 REPLAN ) ENGENHARIA POR COMBUSTÍVEIS MENOS POLUENTES Com a força de 6.500 colaboradores diretos, a Galvão Engenharia concluiu no final do ano passado a construção das unidades de hidrotratamento dos complexos de diesel e de gasolina da Replan A Galvão promoveu 390 mil horas de treinamentos aos colaboradores diretos e aos subcontratados 34 GALVÃO Marcos Peron/virtualphoto.net E m dezembro de 2013 a Galvão Engenharia entregou à Petrobras, em pleno funcionamento, as unidades de hidrotratamento das plantas de diesel e de gasolina da Refinaria de Paulínia (Replan), consolidando um novo marco em sua história. Este foi um dos mais importantes e desafiadores empreendimentos realizados pela empresa em seus 18 anos de atuação no segmento de infraestrutura. As obras da Replan colecionaram números que, vistos em seu conjunto, colocam o empreendimento entre os maiores já executados pela Galvão. Os três anos de trabalho envolveram 6.500 colaboradores diretos e 13 mil indiretos. Construídos em uma área de 55.800 metros quadrados, os dois complexos produtivos absorveram cerca de 30 mil metros cúbicos de concreto, 1.000 quilômetros de cabos e 22 mil toneladas de equipamentos. Por todas as características e dificuldades envolvidas na execução dos dois pro- jetos, a empresa deixou as instalações da refinaria com credenciais que a colocam num patamar inédito de desempenho, competência técnica e relacionamento com um cliente relevante: a sétima maior empresa de energia do mundo e uma das 15 gigantes do setor petrolífero. A grandiosidade do projeto fica ainda mais evidente quando se observa o esforço para a compatibilização das especificações contratuais com a necessária qualificação dos trabalhadores envolvidos. Para tanto, a Galvão promoveu 390 mil horas de treinamentos aos colaboradores diretos e aos funcionários de empresas subcontratadas. Com a obra pronta, será possível oferecer aos consumidores produtos que asseguram uma redução de até 94% na emissão de enxofre na atmosfera GALVÃO 35 Avaliado em R$ 2 bilhões, o empreendimento da Replan resultou na construção e na montagem de instalações que, quando estiverem com seu pleno potencial produtivo funcionando, serão responsáveis pela geração diária de 10 mil metros cúbicos de diesel e 6 mil metros cúbicos de gasolina, ambos combustíveis fabricados com baixos teores de poluentes e dentro das especificações da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Isso significa oferecer aos consumidores produtos que asseguram uma redução de até 94% na emissão de enxofre na atmosfera. UMA CIDADE CHAMADA GALVÃO No dia a dia de trabalho, circularam pelos canteiros administrativo e de obras aproximadamente 7 mil pessoas, entre colaboradores, fornecedores, prestadores de serviços e técnicos da Petrobras. Para atender a essa demanda, a Galvão ergueu no site da Replan uma diversificada infraestrutura gerencial de apoio e de serviços. Instalado em 10 mil metros quadrados, o canteiro administrativo reuniu um total de 40 edificações. A disposição das construções e o intenso movimento de pessoas e veículos pelas sete ruas abertas no local lembravam o cotidiano de um pequeno município. A área ganhou o nome de “Cidade Galvão”, constituindo-se no centro nervoso das operações da Galvão na refinaria da Petrobras. Nesse espaço, funcionaram setores como Administrativo-financeiro, Suprimentos, Recursos Humanos, Departamento Pessoal, Custos e Tecnologia da Informação, Planejamento, QSMS, Produção, Comunicação, Administração Contratual, Gestão e Integração, congregando, em seu todo, cerca de 600 colaboradores. No período de pico das obras, por exemplo, 36 GALVÃO Marcos Peron/virtualphoto.net REPLAN os escritórios chegaram a ter cerca de mil computadores em funcionamento. Os colaboradores que atuaram nas obras também tiveram a “Cidade Galvão” como referência cotidiana obrigatória, pelo fato de ela abrigar os três refeitórios do projeto, uma área de convivência, nove vestiários com aquecimento de água por sistema solar, dois ambulatórios médicos – que chegaram a realizar 200 atendimentos no auge das obras - e duas salas de treinamento, sendo uma delas com capacidade para 100 pessoas. Diariamente, cerca de 13 mil refeições (distribuídas entre café da manhã, lanche, almoço e jantar) eram oferecidas no local. GESTÃO AMBIENTAL Como parte dos compromissos incluídos no Programa de Sustentabilidade Ambiental, a Galvão realizou um amplo in- Serão gerados 10 mil m3 de diesel e 6 mil m3 de gasolina todos os dias ventário das emissões de gases geradoras do efeito estufa provocadas pelas obras, com o objetivo de mapear as condições existentes e definir os meios adequados de mitigação e compensação. O controle da geração de resíduos foi outra preocupação permanente da empresa. Todas as ações preventivas e de correção foram baseadas no Plano Diretor de Resíduos e Efluentes, que descrevia os processos de gerenciamento, os tipos de resíduos produzidos e as formas de armazenamento temporário, tratamento e destinação final desses materiais, bem como os cuidados que deveriam ser tomados em relação ao manuseio de itens perigosos. Projetos de atuação educativa também foram elaborados e se estenderam às comunidades do entorno das obras, com diversas ações visando à conscientização ambiental. GALVÃO 37 PERFIL Na Galvão valorizam-se as pessoas, priorizando a sua formação e trabalhando de forma planejada EDUARDO E duardo Lopes foi o primeiro colaborador oficial do Grupo Galvão. Nascido em Niterói, o engenheiro completou 60 anos em março passado, 18 dos quais trabalhando na Galvão Engenharia. Relembrando sua história na empresa, Eduardo contou que o convite para trabalhar no Grupo o motivou muito, traduzindo-se em um misto de desafio e satisfação. “Logo que ingressei na empresa, já me senti ‘alinhado’ com a filosofia de trabalho e percebi que poderia contribuir bastante para o meu desenvolvimento e o da nova corporação”, ressaltou. Quando entrou na Galvão, em 1996, era pequeno o número de colaboradores e as atribuições eram as mais diversificadas. “Eu desempenhava funções em todos os setores para ajudar a empresa a crescer”, explicou. Atualmente trabalha na área de Engenharia e Obra, como Superintendente. “Desde que comecei na Galvão, eu já 38 GALVÃO me senti como um ‘sócio’ e sempre trabalhei assim, motivado e entusiasmado com tudo o que faço. Tivemos sucessos e alguns percalços, porém com muito trabalho e espírito de equipe, os sucessos foram maiores e crescemos até onde estamos hoje. Este é o jeito Galvão de fazer acontecer”, pontuou. Hoje, Lopes se orgulha de fazer parte desta equipe, que sempre deu o suporte necessário para que seus colaboradores atingissem seus objetivos, apoiando-os nas horas mais difíceis. Para ele, isto significa “realização e sucesso pessoal e profissional”. Com toda experiência adquirida ao longo desses anos no Grupo, Eduardo pode afirmar que “a Galvão é um local onde se valorizam as pessoas, priorizando a sua formação e trabalhando de forma planejada. Vejo a empresa preparada, fortalecida e trilhando o caminho da sustentabilidade”. “Logo que ingressei na Galvão, já me senti alinhado com a filosofia de trabalho da empresa” Nilton Pavin LOPES GALVÃO 39