Título: A FIDELIZAÇÃO A PROTOCOLOS INSTITUCIONAIS DE USO DE ANTIMICROBIANOS EM TERAPIA INTENSIVA MENSURADA PELO CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS Temário: Antimicrobianos Instituição: Hospital Mãe de Deus Autores: Gabrielli Paré Guglielmi; Gabriel Narvaez; Juliana Gil Prates; Francyne Sequeira Lopes; Diego Stumpfs; Rafael Cremonese; Resumo: Introdução: Antimicrobianos representam um item de alto consumo em hospitais, principalmente em unidades de terapia intensiva (UTI). Políticas de racionalização do uso desses medicamentos em UTI visam contribuir na diminuição da resistência microbiana e de falhas no tratamento de infecções. Para isso, implementar protocolos de uso de antibióticos baseados em guidelines reconhecidos e no perfil microbiano institucional é imprescindível para alcançar os melhores resultados.Objetivos: Analisar o consumo de antimicrobianos pré e após adequação de protocolos conforme perfil microbiano de prevalência e resistência em uma UTI Adulto.Método: Estudo descritivo, quantitativo e prospectivo. O estudo foi realizado em uma UTI adulto de um hospital privado de Porto Alegre-RS. Foram avaliados os dados de Dose Diária Definida (DDD)/1000 paciente-dia média de vancomicina, meropenem, fluconazol e piperacilina/tazobactam nos períodos pré (outubro de 2013 a junho 2014) e pós (de julho de 2014 a março de 2015) implantação de protocolos e revisão de perfis.Resultados: No período pré, a média das DDD de vancomicina foi 227, meropenem 304, fluconazol 214, polimixina B 2258 e piperacilina/tazobactam 151. No período pós, 110, 210, 154, 3056 e 163, respectivamente. Comparando os períodos, houve redução no uso de vancomicina, meropenem, fluconazol (51%, 31%, 28%, respectivamente). Por outro lado, houve aumento para polimixina B em 35% e 7% para piperacilina/tazobactam. A redução no uso de vancomicina deveu-se à baixa prevalência de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA); de meropenem, devido ao foco na política de contenção do uso de carbapenêmico de amplo espectro com o objetivo de minimizar a incidência de enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ERC). O aumento no uso de polimixina B e piperacilian/tazobactam, deve-se à adequação ao protocolo institucional de pneumonia associada à ventilação mecânica, que sugere a cobertura empírica para bacilos gram negativos não fermentadores e enterobactérias, que em grande maioria são os isolados em secreções respiratórias nesta unidade. A redução do uso de fluconazol decorreu da baixa prevalência de isolados de Candida sp.Conclusão: Estes dados nos mostram que implementar um programa de controle de antimicrobianos baseado em dados locais de prevalência/resistência, obtêm sucesso no uso adequado de antibióticos. É condição indispensável para obtenção desse resultado, uma efetiva interação entre o SCIH e a terapia intensiva. Título: ADESÃO AO PROTOCOLO DE VANCOCINEMIA COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DE SEGURANÇA DO PACIENTE: A EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL DE ENSINO TERCIÁRIO Temário: Antimicrobianos Instituição: HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO - HSVP Autores: LIDIANE RIVA PAGNUSSAT; ana paula anzolin; Cristiane Barelli; GILBERTO DA LUZ BARBOSA; Siomara Regina Hahn; Marcelo Pedrotti De Cesaro; Resumo: INTRODUÇÃO: A vancomicina é um antibiótico usado para combater bactérias Gram positivas. O uso de doses padrão de vancomicina pode se associar a níveis séricos inadequados e falha terapêutica, bem como reações adversas graves, como nefrotoxicidade e ototoxicidade, comprometendo a segurança do paciente. OBJETIVO: Avaliar a adesão ao protocolo da vancocinemia e seu impacto na adequação de doses para pacientes hospitalizados. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo de coorte, histórico, em um hospital geral terciário situado na região norte do Rio Grande do Sul, aprovado pelo Comitê de Ética. Os dados foram obtidos nos prontuários e nos registros do serviço de controle de infecção hospitalar. Foram incluídos todos os pacientes em uso de vancomicina, no período de janeiro a junho de 2014 e analisados por estatística descritiva. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 99 pacientes, destes 64% eram do sexo masculino, média de idade 59 anos, 27 (27%) estavam internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com média de internação de 40 dias. A principal indicação de uso foi pneumonia 32%, seguida de infecções de pele e partes moles 30%. Observou-se o uso de mais de um antibiótico em 89% dos pacientes e o tempo médio de uso de vancomicina foi de 11 dias. Quanto ao Índice de Massa Corpórea (IMC) apenas 42% estavam com peso adequado. Observou-se que 29 (29%) pesavam mais de 80 kg e destes 28 (96%) pacientes receberam doses menores que 15mg/kg/dose. A dosagem sérica da vancomicina foi realizada para 49 pacientes, destes 37 (75,5%) pacientes tinham indicação para mudar de dose, e em 26 (70%) isso ocorreu. A vancocinemia foi repetida para 33 pacientes e 24 destes continuavam com o nível sérico inadequado e o ajuste de dose foi realizado para 21 (87%) pacientes. Dos 50 pacientes que não realizaram vancocinemia, 32 (64%) tinham indicação para realizar: 13 por perda de função renal/diálise, 7 por infecções graves com meningite e osteomielites, 4 por obesidade, 14 pacientes eram maiores de 70 anos e 6 pacientes estavam internados em UTI. CONCLUSÃO: Ocorreu baixa adesão ao protocolo de monitorização da vancomicina, nas situações indicadas. O elevado número de pacientes com alterações da vancocinemia enfatiza a importância da sua monitorização, pois auxilia no ajuste da prescrição a fim de obter uma concentração terapêutica adequada e promover a segurança do paciente. Título: ANÁLISE DO PADRÃO DE CONSUMO DOS ANTIMICROBIANOS EM UMA UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO ADULTO Temário: Antimicrobianos Instituição: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO Autores: Jessica Nardi; Lidiane Riva Pagnussat; Gilberto da Luz Barbosa; Cínthia Raquel Gotz; Resumo: Introdução: O maior consumo de antimicrobianos dentro dos hospitais ocorre nas unidades de tratamento intensivo (UTI). Esse uso elevado de antimicrobianos induz a uma pressão seletiva e consequente seleção de microrganismos resistentes, que aumentam significativamente a mortalidade nessas unidades, prolongam tempo de internação e, dessa forma, aumentam os custos. Nesse contexto, percebe-se a importância de avaliar a utilização de antimicrobianos como estratégia fundamental para controle da disseminação de bactérias multirresistentes. Objetivo: Analisar o perfil de utilização de antimicrobianos em uma UTI adulto num período de 4 anos. Método: Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2014, na Unidade de Tratamento Intensivo adulto de hospital terciário de ensino do norte do Rio Grande do Sul. A UTI possui 22 leitos com perfil de atendimento clínicocirúrgico. Foram avaliados os registros eletrônicos de consumo de medicamentos e dose diária definida (DDD) por 100 leitos/dia de 17 antibióticos. Resultados: Observou-se o aumento no consumo destes no período estudado em 63%: variando de 491 em 2010, 516 em 2011, 667 em 2012, 790 em 2013 para 867 em 2014. Os antibióticos com maior consumo em DDD foram: oxacilina (143 a 298), meropenem (74 a 228), vancomicina (54 a 91), ampicilina/sulbactam (26 a 128), piperacilina/tazobactam (76 a 85) e cefepime (26 a 35). Neste período observou-se a queda no consumo de ceftazidime de 12 para 8 DDD/100leitos/dia (3% para 1%), ceftriaxona de 44 para 20 (8% para 2%) e ciprofloxacino 29 para 11 (5% para 1%) e um aumento significativo de meropenem de 74 para 228, sendo responsável por 25% do consumo dos antibióticos avaliados na unidade; e de ampicilina/sulbactam de 27 para 128, correspondendo a 15% do consumo total. Conclusão: O uso de antimicrobianos aumentou progressivamente ao longo do período estudado, e os antimicrobianos mais consumidos corresponderam às classes terapêuticas de penicilinas associadas a inibidores, carbapenêmicos e glicopeptídeos, mostrando uma tendência a maior utilização de fármacos de amplo espectro, que pode estar relacionado com alterações na microbiota da UTI. Título: ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN VITRO CONTRA MICROSPORUM CANIS DE EXTRATO HEXÂNICO E FRAÇÕES DE PIPER UMBELLATUM Temário: Antimicrobianos Instituição: FCFAR - UNESP Autores: Jolindo Alencar Freitas; Rodrigo Sorrechia; André Gonzaga dos Santos; Rosemeire Cristina Linhari Rodrigues Pietro; Resumo: Dermatofitose é o tipo mais comum de micose superficial no mundo, que se manifesta normalmente na forma de manchas vermelhas circulares (“ringworm”). Apesar de não ser uma doença fatal, há uma relevância clínica significativa, pois é uma doença crônica que gera muitos desconfortos, problemas estéticos e são de difícil tratamento. Entre os fungos responsáveis por essa doença, destaca-se Microsporum canis, classificado como um fungo zoofílico, ou seja, é capaz de causar infecções em humanos e outros mamíferos. Os antifúngicos convencionais costumam ser tóxicos, com demorado tratamento e possuem poucos mecanismos de ação, o que causa uma preocupação quanto ao aparecimento de resistência. As plantas são importantes fontes na busca de novas moléculas com atividade terapêutica. Piper umbellatum é conhecida como pariparoba e apresenta diversas atividades terapêuticas. Esse trabalho traz um estudo biodirigido que visa a busca por novas moléculas com atividade antifúngica. Materiais e métodos: O extrato hexânico foi obtido a partir de maceração por 7 dias de folhas pulverizadas de P. umbellatum (200g) foi macerado com hexano (2L) à temperatura ambiente por uma semana. O extrato (185mg) foi submetido a cromatografia em coluna de sílica gel (63-200μm, 15x1,4cm) sob gradiente de eluição partindo de Hex; Hex/AcOEt 9:1 ; Hex/AcOEt 8:2; Hex/AcOEt 7:3 ; Hex/AcOEt 6:4 ; Hex/AcOEt 1:1 ; MeOH, em um total de 15 frações foram coletadas. As frações foram solubilizadas em DMSO e, em seguida, em meio RPMI. A avaliação da atividade antifúngica foi realizada através da determinação da concentração inibitória mínima (CIM) contra isolado clínico de M. canis através da metodologia de microdiluição em caldo de acordo com NCCLS M38-A2. A anfotericina B foi utilizada como controle. A leitura foi realizada visualmente. Resultados: Os valores de CIM (em µg/ml) obtidos foram de 1250 para o extrato hexânico, 625 para F1, 78,1 para F4, 156,2 para F7, e 1250 para F14 e 0,25 para anfotericina B. F4 foi o extrato que demonstrou em CCD maior teor da substância 4-nerolidilcatecol. Conclusão: Os resultados obtidos neste trabalho demonstram uma potencial atividade das frações do extrato hexânico. Portanto, este estudo é um primeiro passo para o isolamento e identificação dos componentes presentes no hexano responsável por esta atividade antifúngica demonstrada. Título: AUDITORIAS ESTÁNDARES DE ANTIBIÓTICOS Temário: Antimicrobianos Instituição: MV Autores: Leonardo Antônio Ferreira dos Santos; Eunice Botelho Barata de Almeida; Resumo: INTRODUÇÃO Recentes relatórios da OMS refletem constante preocupação face o crescimento da resistência dos micro-organismos aos antibióticos, a nível mundial, e a histórica diminuição dos investimentos da indústria farmacêutica em pesquisa por novos fármacos desta categoria. Dentro deste contexto, o uso racional dos antibióticos adquire papel de relevo, devendo ser elemento de vigilância constante por parte dos serviços de controle de infecção (SCIH). OBJETIVOS Discutir proposta de realização de Auditoria sobre o uso Racional dos Antibióticos, em ambiente hospitalar ou domiciliar, com seus impactos, não apenas na diminuição das possibilidades de geração de bactérias super-resistentes, mas não menos importante, na redução de eventos adversos (interações medicamentosas), notadamente em pacientes que fazem usos de distintos esquemas terapêuticos associados e por longo período. MÉTODO Através da utilização de módulo de Controle de Infecção, integrado a Sistema Informático de Gestão em Saúde, que abarca tecnologia Java/Flex, com Certificação Digital / SBIS a equipe multidisciplinar do SCIH poderá definir os critérios de vigilância frente a todos os antibióticos padronizados em determinada instituição de saúde. As Auditorias possuirão caráter educativo (envio de mensagens, através de computadores, tabletes ou celulares, aos médicos prescritores, contendo recomendações quanto ao tempo máximo para utilização de determinados antibióticos e seus efeitos farmacológicos frente a outros medicamentos associados). As Auditorias poderão, inclusive, ser restritivas, se as configurações forem criadas no sentido de que tal uso não ultrapasse limites de dias, dosagens ou outras variáveis consideradas relevantes pelo SCIH. RESULTADOS A “construção/compartilhamento” do conhecimento será um processo crescente e irreversível quando ocorre esta interação de forma rápida, clara e multidisciplinar. É possível, inclusive, mensurar estatística e graficamente, os percentuais de assertividade no uso clínico dos ATB, e seus impactos sobre a resistência dos micro-organismos. CONCLUSÃO A prescrição de antibióticos terá um monitoramento efetivo e as atribuições do SCIH serão potencializadas, através de plataformas com elevada usabilidade e facilidade que permeiem as ações quotidianas dos médicos, infectologistas, enfermeiras e farmacêuticos em atividades de farmacovigilância, diminuindo a possibilidade de uso indiscriminado de antibióticos e seus impactos clínicos e financeiros. Título: AVALIAÇÃO DE SINERGISMO ENTRE BACTERIOCINA E ANTIBIÓTICOS BETA-LACTAMICOS PARA ENTEROBACTERIAS PELA TÉCNICA DE CHECKERBOARD Temário: Antimicrobianos Instituição: REDE METODISDA DO SUL - IPA Autores: Camila Braatz Carvalho; Alice Beatriz Mombach Pinheiro Machado; Alessandra Peres; Alexandre Prehn Zavaski; Resumo: Introdução: O uso generalizado de antimicrobianos e o progresso da medicina, induziu a seleção de bactérias patogênicas resistentes a diferentes antibióticos. As principais consequencias deste fato são o risco de falha terapêutica e a transmissão e propagação clonal, levando a surtos institucionais com impactos variados e difíceis de controlar e eliminar. O presente estudo teve como objetivo testar o sinergismo entre um extrato bruto de bacteriocina, extraída de Lactobacillos rhamnosus, e dois antimicrobianos cefepime e imipenem. Métodos: Para esta análise foi utilizada a técnica de checkerboard in vitro. As amostras clínicas utilizadas para testar o sinergismo foram enterobactérias com screening para teste genotípico para a produção de KPC. Utilizamos os antibióticos em diferentes diluições. A bacteriocina foi extraída a frio, a partir de uma cultura do Lactobacillos rhamnosus na concentração de 2 da escala de Mc Farland. Hipótese alternativa: bacteriocina mais antibiótico igual a redução da MIC. Estatísitca: A variável redução da MIC foi representada por mediana e intervalo interquartílico. Para comparar essa redução foi realizado o teste de Mann-Whitney. O nível de significância utilizado foi p ≤0,05. Resultados: No estudo foram utilizados dois grupos de isolados clínicos totalizando 35 enterobactérias (grupo1- 18 bactérias produtoras de KPC, grupo 2- 17 bactérias não produtoras de KPC classificadas pelo teste genotípico). Os dois grupos foram testados para 2 antibióticos imipenem (IMP) e cefepime (CPM) com 8 diluições de 2 μg/mL a 256 μg/mL. Foi encontrado sinergismo para 12 bactérias para cefepime (34,2%) e 8 para imipenem (22,8 %). Entre os achados de sinergismo 9, foram de enterobactérias produtoras da enzima KPC e 11 não produtoras de KPC. Utilizou-se o cálculo da FIC parcial (Fração da Concentração Inibitória) dividindo-se a MIC da combinação de cada antibiótico (IMP e CPM) com a bacteriocina pela MIC dos antibióticos sozinhos e assumiu-se que valores ≤ 0,5 configuram sinergismo. Conclusão: Para as bactérias multiresisitentes existem poucas alternativas terapêuticas novas, deste modo, torna-se importante mais testes utilizando a bacteriocina produzida pelo Lactobacillus rhamnosus. Com a bacteriocina isolada, caracterizada por espectrometria de massas e purificada pode-se aumentar a concentração no teste e verificar a possibilidade de ser utilizada como adjuvantes visando aumentar a efetividade ou o sinergismo dos antimicrobianos. Título: AVALIAÇÃO DO PERFIL DE UTILIZAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS EM UM HOSPITAL DE PEQUENO PORTE DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL Temário: Antimicrobianos Instituição: HOSPITAL SCHLATTER Autores: Samuel Selbach Dries; Eliane Salete Klein; Resumo: Introdução: Os antimicrobianos são uma das classes de medicamentos mais utilizadas no meio hospitalar, e está cada vez mais evidente a necessidade de controlar sua utilização, evitando o surgimento de cepas resistentes que aumentam os gastos com a saúde pública e diminuem a qualidade de vida dos pacientes. Analisar estes dados e elaborar estratégias para a utilização de antimicrobianos é um grande desafio para os profissionais da área da saúde que atuam neste campo. Objetivo: Avaliar a utilização de antimicrobianos em pacientes admitidos tanto no ambulatório como na unidade clínica médica / cirúrgica de um hospital público-privado do município de Feliz – Rio Grande do Sul. Método: Foi realizada uma pesquisa retrospectiva utilizando os relatórios mensais emitidos pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, no período de julho de 2014 a março de 2015, inserindo os dados no programa de informática Microsoft® Excel 2010 (Microsoft Co.) para proceder a análise. Resultados: Ao total foram encontrados 873 tratamentos com antimicrobianos no período avaliado. As infecções mais prevalentes foram: amigdalite (20,50%), tratada no ambulatório, seguida de exacerbação infecciosa na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) (15,81%) e Broncopneumonia (9,39%). Levando em consideração a utilização de antimicrobianos, a Cefalotina 1 grama esteve presente em 25,50% dos tratamentos prescritos para infecções, seguida da Benzilpenicilina Benzatina 1.200.000 UI (21,90%). Já a Ceftriaxona 1 grama, cefalosporina de 3ª geração, esteve presente em 15,30% das prescrições avaliadas. A média do tempo de internação foi de 4,11 dias, não sendo possível atingir o tempo de antibioticoterapia previsto na justificativa de utilização desta classe em 66,08% dos tratamentos. Também foram encontrados muitos esquemas terapêuticos diferentes para uma mesma patologia. Para o tratamento de DPOC foram registrados 19 esquemas, sendo que 68% destes continham associações com outros antimicrobianos. Conclusão: Estes dados evidenciam a necessidade de uma maior atuação da equipe multidisciplinar do Controle de Infecção na elaboração e monitoramento de protocolos clínicos que estimulem a prescrição e utilização racional desta classe de medicamentos dentro da instituição hospitalar. Título: CARACTERÍSTICAS E INICIATIVAS INSTITUCIONAIS QUE APRIMORA O USO DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA. Temário: Antimicrobianos Instituição: ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP Autores: Cristiane Schmitt; Rúbia Aparecida Lacerda; Resumo: INTRODUÇÃO: Há poucos dados sobre a adesão às diretrizes de antibioticoprofilaxia cirúrgica no Brasil. OBJETIVO: reconhecer as iniciativas institucionais para melhorar as práticas de antibioticoprofilaxia em neurocirurgia. MÉTODOS: estudo observacional transversal, população constituída por hospitais, prontuários de pacientes, profissionais do serviço de controle de infecção hospitalar(SCIH) e equipe cirúrgica. A amostra de hospitais e equipe cirúrgica foi obtida por conveniência e os prontuários de cada hospital calculados com base em 40% de adesão em geral.RESULTADOS: Entre os nove hospitais avaliados, cinco obtiveram certificação de qualidade A média de horas semanais de trabalho dos profissionais do SCIH e por leito crítico foi de 0,7 e 3,8. Oito hospitais divulgavam suas taxas de ISC, sete estratificavam por especialidade, seis as diretrizes de antibioticoprofilaxia tinham aprovação dos cirurgiões; quatro divulgavam essas diretrizes. Das 1.011 neurocirurgias, 38 foram excluídas devido à falta de registros. A adesão global foi de 10,0%. A via de administração era adequada em 100%, dose em 90,6%, indicação em 90,0% e momento de início 77,1%. Houve adesão menor para duração (26,1%) e associação significativa entre horas de trabalho do SCIH/leito crítico (p=0,048), divulgação da diretriz de antibioticoprofilaxia (p0.035), monitoramento da adesão (p0.024), divulgação de resultados (p0.015), período do dia da cirurgia (IC=1,7-6,6). Dos 43 anestesiologistas e cirurgiões entrevistados mais de 80% concordavam com as diretrizes institucionais e mais de 50% relataram que sempre as seguiam.CONCLUSÃO: O número de profissionais do SCIH/leito crítico, divulgação das diretrizes, monitoramento e divulgação de resultados estão associados maior conformidade de uso antibioticoprofilaxiaa. As inadequações parecem ter maior relação com resistência microbiana do que com ISC. Os SCIH tinham estrutura conforme legislação, mas apresentavam lacunas quanto à implantação das diretrizes, monitoramento e divulgação de resultados. É imprescindível maior aproximação dos SCIH, especialmente, com os indivíduos envolvidos no processo cirúrgico, bem como a busca por soluções inovadoras, uma vez que os métodos convencionais de intervenção não estão produzindo os resultados desejados. Título: INVESTIGAÇÃO DE MECANISMOS DE AÇÃO DE EXTRATO CLOROFÓRMIO DE PIPER UMBELLATUM FRENTE A MICROSPORUM CANIS Temário: Antimicrobianos Instituição: FCFAR - UNESP Autores: Jolindo Alencar Freitas; Rodrigo Sorrechia; Rosemeire Cristina Linhari Rodrigues Pietro; Resumo: As infecções fúngicas cutâneas são normalmente chamadas de micoses, dentre a mais comum estão as dermatofitoses, que apresenta Microsporum canis como um dos responsáveis mais comuns. O principal alvo entre os antifúngicos comerciais é o ergosterol presente da membrana celular fúngica, porém ausente em células animais que utilizam o colesterol na composição de sua membrana. Drogas que causam dano na parede celular desencadeiam lise celular, pois atuam gerando uma desestabilização organizacional, se ligando a lipídeos ou açúcares da parede celular. Isso prejudica o equilíbrio osmótico da célula com o meio e, portanto, na presença de um estabilizador osmótico como o sorbitol, a célula seria capaz de crescer. Piper umbellatum é uma Piperacea utilizada para tratamentos de desordens do trato gastrointestinal, hepáticas, para malária e diabetes. Este trabalho visou estudar se os extratos clorofórmio e etanólico de P. umbellatum possuem atividade antifúngica através da desestabilização da parede celular de M. Canis. Materiais e métodos: Folhas secas e pulverizadas (50g) de P. umbellatum foram maceradas por 7 dias com clorofórmio. O extrato foi seco em rotaevaporador. 10mg do extrato foi solubilizado em DMSO e posteriormente diluído em RPMI com adição de sorbitol (0,8 mol/L) e sem a adição. Buscou-se determinar a concentração inibitória mínima (CIM) frente a M. canis em cada caso, de acordo com protocolo CLSI M38-A2. Fluconazol foi utilizado como controle. A leitura foi feita visualmente e os resultados foram analisados por comparação dos valores de CIM com e sem ergosterol. Caso o extrato atue gerando um desequilíbrio osmótico na célula, a sua atividade diminuirá na presença de sorbitol. Resultados : O valor de CIM encontrado para o extrato clorofórmio foi de 78,13 µg/mL na ausência de sorbitol e o valor encontrado na presença de sorbitol foi o dobro. O valor de CIM do fluconazol se manteve em 16 µg/mL em ambas as situações. Conclusão: O fluconazol atua na síntese da parede, e por isso não há alteração no valor de CIM ao se adicionar o sorbitol. Provavelmente a atividade do extrato clorofórmio esteja relacionada a geração de um desequilíbrio osmótico nas células fúngicas. Título: MIC PARA VANCOMICINA: RELATO DE CASOS Temário: Antimicrobianos Instituição: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL - AGIH Autores: Jéssica Chaves; Resumo: Introdução: As amostras de estafilococos aureus e de estafilococos coagulase negativos resistentes à meticilina/oxacilina com sensibilidade diminuída aos glicopeptídeos foram relatadas, sendo que estão se tornando cada vez mais comuns, acarretando 40% a 70% de todas as infecções estafilococicas do mundo. A Concentração Inibitória Mínima (MIC) é a concentração de antimicrobiano necessária para inibir o crescimento bacteriano. Os isolados com MIC ≤ 2 µg/mL são considerados sensíveis à vancomicina; as cepas de MIC entre 4 e 8 µg/mL são ditas de sensibilidade intermediária; e culturas com MIC ≥ 16 µg/mL são resistentes ao antimicrobiano. O fato de a vancomicina ser eliminada exclusivamente por via renal aumenta significativamente as chances de ela atingir níveis tóxicos na circulação sanguínea. Relato de casos: Foram analisados 5 pacientes com cultura positiva para Estafilococos coagulase negativo. A dose inicial administrada de vancomicina foi de 1 grama, na posologia de 12 em 12 horas para os adultos e para o recém-nascido 32 miligramas de 8 em 8 horas. A média da MIC foi de 1,9 (±0,58), sendo que 4 paciente apresentarem MIC menor de 2 e somente um paciente apresentou MIC maior de 2. A média da creatinina foi de 2,49 (±3,31). Conclusão: Assim, entende-se que esse único paciente não sensível a vancomina, alerta a necessidade de preocupação em relação ao perfil microbiológico do Hospital Santa Cruz. Dessa forma, em função das limitadas opções terapêuticas na nossa população de pacientes, o uso prudente de vancomicina e a aderência às medidas de controle de infecção são extremamente necessárias para prevenir a emergência de microorganismos. A sensibilildade reduzida à vancomicina de possíveis amostras hetereresistentes deve ser confirmada pela análise populacional completa, porque havendo resistência na população, há risco das mesmas escaparem da detecção quando se utiliza testes simplificados. Título: OTIMIZAÇÃO DO USO DE ANTIMICROBIANOS EM TERAPIA INTENSIVA: IMPACTO DA INTERVENÇÃO DO SCIH (MÉDICO E FARMACÊUTICO) EM ROUNDS MULTIDISCIPLINARES Temário: Antimicrobianos Instituição: Hospital Mãe de Deus Autores: Gabrielli Paré Guglielmi; Gabriel Narvaez; Juliana Gil Prates; Francyne Lopes; Diego Stumpfs; Rafael Cremonese; Resumo: Introdução: Um programa de racionalização do uso de antimicrobianos visa otimizar os efeitos terapêuticos destes fármacos. Para isso, analisar a indicação, dose e duração da droga é de extrema importância. Objetivos: Avaliar os resultados da intervenção do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar-SCIH (médico e farmacêutico) em rounds multidisciplinares junto a equipe médica em uma unidade de terapia intensiva adulto de um hospital privado de Porto Alegre-RS, no que se refere à prescrição de antimicrobianos. Método: O período analisado foi de dezembro de 2014 a abril de 2015. Em rounds multidisciplinares abordavam-se em análise crítica os pacientes sob antibioticoterapia com as seguintes intervenções: discussão da indicação, suspensão de antibiótico, descalonamento/escalonamento, ajuste de dose e tempo de uso. Resultados: Foram realizadas 130 intervenções, dessas 19 (n=14,6%) de discussão de indicação da antibioticoterapia, 34 (n=26,2%) de suspensão de tratamento, 33 (n=25,3%) de descalonamento/escalonamento, 34 (n=26,2%) foram de ajuste de dose e 10 (n=7,7%) de discussão de tempo de uso. A adesão às sugestões foi observada em 104 situações (80%), sendo o descalonamento/escalonamento (24%; n=25) e a suspensão de tratamento (23%; n=24) as mais aceitas. No total foram avaliados 159 antimicrobianos; desses, os que mais sofreram intervenções foram a vancomicina 30,2%, meropenem 18,2%, piperacilina/tazobactam 16,4%, polimixina B 11,3%, fluconazol 6,9%, outros 17%. Conclusão: Nossos resultados mostram que a otimização do uso dos antimicrobianos na terapia intensiva, verificando a indicação, dose, e tempo de uso dos antibióticos obtiveram êxito e boa aceitação da equipe médica, podendo assim aumentar a frequência de prescrição correta desses medicamentos, quando indicados e, eventualmente contribuir para um melhor desfecho e minimização da resistência microbiana. Título: PERFIL DE SENSIBILIDADE BACTERIANA DE HOSPITAL ESPECIALIZADO EM CARDIOLOGIA DE SALVADOR-BAHIA: UMA REFLEXÃO. Temário: Antimicrobianos Instituição: UNIJORGE Autores: Carla Fernanda Mazucato; Andéa Straatmann; Júlio Sampaio; Resumo: Introdução: Infecções nosocomiais são motivo de preocupação no cuidado à saúde. A resistência bacteriana é um grande desafio, pois eleva a morbi-mortalidade dos pacientes. Os patógenos observados com maior frequência nestas infecções são E.coli, P. aeruginosa, S. aureus e Enterococcus spp. Objetivo: Avaliar o perfil de sensibilidade bacteriana de pacientes internados em hospital privado, especializado em cardiologia, de Salvador-BA. Metodologia: Foram coletadas 214 culturas, colhidas em 2014 de pacientes internados neste hospital. A análise descritiva foi realizada através do software SPSS®, 11.0. Resultados: Das culturas realizadas, 110 foram negativas. Dentre as 104 positivas, observou-se a seguinte distribuição por sítio: urocultura 60,8% (n=31), ponta de cateter 19% (n=20), hemocultura 10,7% (n=25), secreção de ferida 6,2% (n=14), secreção traqueal 3,3% (n=10). Os cinco agentes mais frequentes foram S. coagulase negativo 18,3% (n=19), E. coli 15,4% (n=18), P. mirabilis 10,6% (n=15), P. aeruginosa 9,6% (n=12) e K. pneumoniae 8,7% (n=9). Quando avaliadas as hemoculturas, isoladamente, a E coli deixou de ser agente frequente, enquanto os demais permaneceram em destaque. Neste grupo o percentual de sensibilidade foi o seguinte: S. coagulase negativo, Teicoplanina 89,5% (n=17), Clidamicina 31,6% (n=6), Oxacilina 21,1% (n=4), Penicilina 21,1% (n=4); E. coli Imipenem 100% (n=14), Cefepime 100% (n=14), Ceftriaxone 92,9% (n=13), Amicacina 85,7% ( n=12), Ciprofloxacina 64,3% (n=9); P. mirabilis Imipenem 100% (n=9), Cefepime 100% (n=9), Ceftriaxone 100% (n=9), Amicacina 100% (n=9); P. aeruginosa Imipenem 88,9% (n=8), Cefepime 88,9% (n=8), Amicacina 100% (n=9), Piperacilina-Tazobactam 88,9% (n=8); K. pneumoniae, Imipenem 88,9% (n=8), Cefepime 88,9% (n=8), Ceftriaxone 88,9% (n=8), Amicacina 100% (n=9). Conclusão: O elevado percentual de culturas negativas pode estar associado ao uso de antimicrobianos antes da coleta, contaminação ou indicação inadequada do exame. É de suma importância os hospitais conhecerem o perfil de sensibilidade microbiana, adotarem política de educação para uso racional de antimicrobianos e adequar tratamentos empíricos à flora local. Além disso, o conhecimento do perfil de sensibilidade permite o uso de ferramentas como farmacodinâmica e farmacocinética para driblar a resistência bacteriana. Título: PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE OXACILINASES EM ISOLADOS DE ACINETOBACTER BAUMANNII ORIUNDOS DE HOSPITAIS DA REDE PÚBLICA NO RIO DE JANEIRO. Temário: Antimicrobianos Instituição: FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Autores: Karyne Rangel Carvalho; Daniela Betzler Cardoso Gomes; Gabrielle Limeira Genteluci; Maria José de Souza; Roberto Mauro Fernandes da Costa; Alexandre Baptista; Eduardo Almeida Ribeiro de Castro; Valéria Câmara Almeida; Maria Helena Simões Villas Bôas; Resumo: Acinetobacter baumannii tem se destacado como um importante patógeno oportunista devido à sua notável capacidade para adquirir resistência aos antimicrobianos, sendo responsável por infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e surtos hospitalares, particularmente em unidades de tratamento intensivo. Este estudo teve como objetivo determinar o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos e a presença de genes de carbapenemases de classe D (oxacilinases) entre isolados de A. baumannii provenientes de três hospitais públicos do Rio de Janeiro no período de um ano (2014). Em um total de 68 isolados de A. baumannii, foi determinada a susceptibilidade a diferentes antimicrobianos de acordo com o método de discodifusão. Os isolados foram também submetidos a multiplex-PCR para os genes blaOXA. A maioria dos isolados (83,8%) apresentou resistência a pelo menos 9 dos 11 antimicrobianos testados. Dentre os 68 isolados, todos foram positivos para o gene blaOXA-51, 59 isolados (86,8%) foram positivos para a presença do gene blaOXA-23. Outros genes de oxacilinases não foram detectados em nenhum isolado. A alta distribuição de genes codificadores de carbapenemase de classe D, principalmente devido a OXA-23 é preocupante e representa uma ameaça emergente nesses hospitais. Sendo assim, a vigilância molecular local é essencial para ajudar no controle dessas infecções a fim de impedir a troca de material genético entre os patógenos hospitalares endêmicos. Título: CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS DE HIGIENIZAÇÃO HOSPITALAR A RESPEITO DE CONCEITOS CHAVE RELACIONADOS AO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM UM HOSPITAL NO OESTE DO PARANÁ. Temário: Áreas de apoio Instituição: HOSPITAL POLICLÍNICA CASCAVEL Autores: Stephanie da Costa e Sousa Vergara; Juliana Gerhardt; Resumo: INTRODUÇÃO: As IRAS representam risco à segurança do paciente, e é bem estabelecido o papel do ambiente na transmissão de patógenos. Assim, o serviço de limpeza hospitalar apresenta relevante papel nas instituições. OBJETIVOS: Avaliação do conhecimento da equipe de limpeza hospitalar de um hospital privado a respeito de conceitos relacionados a limpeza e controle de IRAS. MÉTODO: Estudo transversal qualitativo com questionário a respeito de temas abordados nos treinamentos do SCIH. RESULTADOS: Foram 22 profissionais (81,5% do total): 100% gênero feminino, mediana de idade 46 anos, escolaridade média 8 anos, mediana de tempo na instituição 42 meses. 73,6% relataram sobrecarga de trabalho (“número reduzido de colaboradores”), o que temem comprometer a qualidade do trabalho. Pergunta 1 “O que você entende por infecção hospitalar (IH)?”: 37% relacionaram o conceito à “presença de bactérias”, 41% à falhas em higiene de mãos e ambiente; um profissional definiu “Infecção adquirida no hospital e que não estava no paciente na admissão”, e outro citou “transmissão cruzada”. Pergunta 2 “Qual a principal forma de transmissão de IH?”: 72,7% responderam as mãos dos profissionais, e 27% também citaram o ambiente. Pergunta 3 “O que você entende por matéria orgânica?”: 68% = secreções dos pacientes (vômito, fezes, sangue, urina), porém houve “comida”, “seres vivos” e “tudo o que sai do corpo humano”. Pergunta 4 “Você sabe o que é biofilme?”: 6 profissionais (27%) responderam, com conceitos como “é a resistência da bactéria”, “é uma aglomeração de bactérias” e “é a camada de proteção das bactérias”. Pergunta 5 “O que é limpeza concorrente?”: 63% “limpeza quando o paciente está no quarto” e 37% “limpeza rotineira, do dia a dia”. Pergunta 6 “O que é limpeza terminal?”: 68% “quando o paciente está de alta hospitalar”, 18% “limpeza geral do piso ao teto”; 1 profissional citou “quando tira todos os materiais e faz limpeza em todo o quarto”. Pergunta 7 “Quais os desinfetantes disponíveis para uso e sua opinião sobre eles?”: 45% citaram o nome correto dos produtos, 22% relataram não gostar, “não limpam muito bem” ou “fica muito grudento”. CONCLUSÕES: De maneira geral os profissionais possuem conceitos básicos em controle de IRAS, associam-nas a microrganismos e má higiene, porém muitas vezes são inexperientes ou nunca trabalharam em serviços de saúde. É necessário investimento em capacitação e esclarecimento de conceitos, a fim de obter maior comprometimento destes profissionais. Título: IMPLANTAÇÃO DE MÉTODOS DE VALIDAÇÃO DA LIMPEZA TERMINAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Temário: Áreas de apoio Instituição: HNSC/GHC Autores: Taís Fernanda da Silva Anelo; Milene Oliveira de Freitas de Vargas; Rosaura Costa Bordinhão; Micheline Gisele Dalarosa; Carine Fonseca Machado; Flávia Gonçalves Perez; Resumo: Introdução: A limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde são elementos primários e eficazes nas medidas de controle para romper a cadeia epidemiológica de transmissão das infecções. A intensificação e qualificação das técnicas de limpeza minimizam a disseminação dos micro-organismos. Nos últimos anos, estuda-se a importância de novos métodos para monitorar e validar a eficácia dos procedimentos de limpeza através de dados objetivos e mensuráveis, não somente através da observação direta das superfícies. O reconhecimento da importância do ambiente na transmissão de micro-organismos, serviço de higienização terceirizada de baixa qualidade e swabs de superfícies com resultados positivos para germes de importância epidemiológica foram motivos que impulsionaram a realização deste estudo. Objetivo: Implantar métodos de validação da limpeza terminal em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Método: Trata-se de um estudo prospectivo observacional, realizado no período de maio a julho de 2013, em uma UTI de um hospital púbico de grande porte da cidade de Porto Alegre. A UTI é dividida em quatro áreas distintas, por isso, a limpeza foi realizada em quatro etapas. Foi implantada validação da limpeza terminal com utilização de três métodos: aplicação de marcadores fluorescentes, medição de adenosina trifosfato (ATP) bioluminescência e coleta de swabs de superfícies. Resultados: Na etapa de marcadores fluorescentes houve número importante de reprovações de limpezas, sendo que a primeira área higienizada apresentou média de limpeza de 3,07, enquanto que, na última área, a média foi de 1,44. Das 170 superfícies testadas após a etapa anterior, 7,6% foram reprovadas na medição de ATP bioluminescência. Comparando os resultados dos swabs de superfícies coletados antes da limpeza terminal com os coletados após as demais etapas de validação, foram identificados micro-organismos de menor importância epidemiológica e redução do número total de culturas positivas. Conclusão: A realização da limpeza terminal com três etapas de validação proporcionou impacto no controle de mircro-organismos nas superfícies bastante tocadas pelos profissionais da saúde, garantindo um ambiente mais seguro. A implantação desses métodos também contribuiu para aprimorar a detecção das inconformidades no serviço de higienização, fornecendo subsídios para feedback e capacitações aos funcionários da limpeza, trabalhando as deficiências e qualificando este serviço. Título: INVESTIGAÇÃO DAS DIFICULDADES ENVOLVIDAS NAS PRÁTICAS DE CONTROLE DE IRAS EM UTIS Temário: Áreas de apoio Instituição: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Autores: CLÁUDIA GESSERAME VIDIGAL MENDES DE SOUZA; MARIA LIVIA TOURINHO MORETTO; ANNA SARA SHAFFERMAN LEVIN; MARIA CLARA PADOVEZE; GLÁUCIA ROSANA GUERRA BENUTE; GRACILENE RAMOS DE ASSIS; RENATA DESORDI LOBO; Resumo: Introdução: O alto índice de não adesão dos Profissionais de Assistência à Saúde (PAS) às práticas de controle de IRAS justifica a investigação sobre aspectos psicológicos dos mesmos, facilitando a construção de estratégias de intervenção mais eficazes na resolução deste problema. Objetivos: investigar as compreensões dos PAS a respeito das dificuldades relacionadas às práticas de controle de IRAS; as percepções a respeito de sua própria participação nas práticas de controle de IRAS; e as sugestões para diminuição das taxas de infecção. Método: Foram realizadas entrevistas semi-dirigidas com 96 PAS que trabalham em UTIs de um Hospital Universitário. Foi utilizada a Técnica de Análise Temática ou de Conteúdo, por meio da categorização dos dados. Resultados: Com relação às compreensões das dificuldades, as respostas mais frequentes foram: falta/problemas de infraestrutura, de equipamentos, de padronização e planejamento (21,01%), falta de tempo relacionada a sobrecarga de trabalho e falta de recursos humanos (16,30%) e comodismo/preguiça (7,97%). Sobre as percepções, as respostas mais frequentes foram: dificuldades relacionadas à falta de tempo, sobrecarga de trabalho e falta de recursos humanos (20,2%), dificuldades relacionadas à falta/problemas de infraestrutura, de equipamentos, de padronização e planejamento (13,8%) e percepção da importância das cobranças e de serem exemplares (11,9%). As sugestões mais frequentes para diminuição das taxas de infecção, foram: investimento em transmissão de conhecimento, informações e conscientização (30,93%), melhoria da infraestrutura, de equipamentos, de padronização e planejamento (19,07%) e mais cobranças, punições, controle e fiscalizações (14,43%). Conclusão: As respostas sobre compreensões, percepções e sugestões podem ser agrupadas, de acordo com o eixo temático, em duas categorias: fatores institucionais e fatores subjetivos. As compreensões dos PAS são, mais frequentemente associadas a fatores subjetivos (52%). No entanto, as percepções são mais frequentemente associadas a fatores institucionais (34%). As sugestões estão mais frequentemente relacionadas a ações institucionais (89%). Essa “contradição” indica a presença de dificuldades relativas à diferenciação entre o que é de cada sujeito e o que tange ao contexto institucional na abordagem do problema do controle de IRAS, o que aponta para a relevância de intervenções que abordem o problema levando em consideração as dificuldades humanas dos PAS em questão. Título: A EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO ESTRATÉGIA DE INCENTIVO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: CLÍNICA SÃO VICENTE Autores: Ihasmyn Tamyris Herdy; Tatiana da Silva Clerc de Freitas; Simone Cruz Machado Ferreira; Resumo: Introdução: Embora a higienização das mãos seja eficaz na prevenção das infecções hospitalares, a adesão a pratica é muito baixa. A literatura demonstra que o treinamento é eficaz mas que a sustentação da pratica necessita de permanente acompanhamento. Objetivo:Descrever as praticas utilizadas na educação dos profissionais de saúde quanto a higiene das mãos. Método: Busca dos artigos em português, na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, no período compreendido entre fev/2014- fev/2014, usando como descritores os termos lavagem de mãos, educação em enfermagem, educação continuada. Foram excluídos os artigos repetidos nas diferentes bases de dados ou por não estarem disponibilizados na íntegra como ocorreu em artigos que foram encontrados no banco de dados da LILACS. E os artigos selecionados foram analisados em relação aos seguintes eixos: País onde foi publicado, ano de publicação, tamanho da amostra, período em que ocorreu a pesquisa e principais resultados observados. Resultados: Em todos os artigos analisados, são encontrados alguns problemas que impactam na adesão da prática como: infraestrutura, falta de insumos, entre outros. Contudo, muitas estratégias vem sendo desenvolvidas como: seleção criteriosa de insumos, utilização de cartazes estilizados, dinâmicas, para o estímulo desses profissionais , dentre todas as práticas descritas pelos autores, a educação permanente é a única citada em todas as publicações. Conclusão: A educação permanente pode ser uma importante ferramenta para a adesão a higienização das mãos pelos profissionais de saúde, como demonstrado nos estudos. Pois ajuda a manutenção da adesão dos profissionais a prática. Título: A PROBLEMATIZAÇÃO COMO METODOLOGIA DE ENSINO APLICADA A DISCIPLINA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTÊNCIA DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Autores: Rita Patrizzi Mendonça; Elsie Storch Borges; Bianca Oliveira Fonseca; Barbara Pompeu Chistovam; Resumo: A educação dos profissionais da saúde baseia-se em um modelo que prioriza os aspectos biológicos, fragmenta o saber e enfatiza a dicotomia entre teoria e prática. As metodologias de ensino-aprendizagem tradicionais ainda são as mais utilizadas na formação dos profissionais da saúde. Nessas práticas educativas, destacam-se a transferência de conhecimentos pelo docente ao aluno, o qual absorve passivamente o conteúdo sem que seu contexto social ou seus conhecimentos prévios sejam considerados. É durante os cursos de graduação que o professor possui o papel fundamental não apenas no processo de ensino-aprendizagem de temas técnicos, como também na formação ética do caráter que será projetado nas atitudes do futuro profissional. Assim deve-se focalizar um ensino reflexivo, a fim de desafiar, estimular e ajudar os alunos na construção de habilidades e competências que fortaleçam o compromisso profissional. Na Enfermagem, a discussão sobre o processo de formação dos seus profissionais data desde o início da década de 80, quando começaram as discussões e a construção de um projeto político para a profissão, tomando como uma de suas referências a construção do Sistema Único de Saúde - SUS, conduzido pela Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn, o qual vem sendo implementado, enfrentando políticas econômicas, de ensino e de saúde nem sempre favoráveis aos processos de transformação. O objetivo é relatar a experiência vivenciada pelo professor de graduação frente o emprego da problematização como metodologia de ensino. Estudo descritivo que relata a experiência de realizar metodologia ativa de ensino como estratégia de aprendizagem na disciplina de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas a Assistência, do curso de graduação em enfermagem de uma Universidade privada do estado do Rio de Janeiro. Utilizou-se como recurso áudio visual, álbum seriado tamanho A4 e após cada aula os professores avaliavam o aprendizado através de discussões crítico reflexivas sobre o tema abordado.Os 32 alunos que cursavam a disciplina foram avaliados através de apresentação de seminários sobre os temas abordados em cada aula. Os discentes demonstraram domínio dos assuntos e facilidade de inter relacionar o conteúdo teórico com a prática. O método de problematização como estratégia de ensino proporcionou um processo de ensino aprendizagem mais interessante e eficaz, uma vez que se desvinculou de métodos tradicionais e implementou uma aprendizagem crítico reflexiva. Título: A UTILIZAÇÃO DO FEEDBACK COMO INCENTIVO NA MANUTENÇÃO DA TAXA DE ADESÃO ÀS RECOMENDAÇÕES DE HIGIENE DE MÃOS Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO DE CANOAS Autores: Priscila de Souza Ávila Pereira; Paulo Francisco Berni Teixeira; Raísa da Silva Dorneles; Vanessa Schultz; Ana Paula Sueiro de Oliveira; Resumo: Introdução: A higiene das mãos é comprovadamente a maneira mais rápida, simples e com menor custo para prevenir infecções, especialmente às veiculadas através do contato. Nossa pele é um reservatório para diversos microrganismos que podem se transferir de uma superfície a outra. Todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde devem higienizar as mãos para prevenir infecções causadas por transmissão cruzada. Objetivo: Verificar a eficácia da metodologia de feedback na manutenção da taxa de adesão às recomendações de higiene de mãos acima da meta estipulada com as equipes assistenciais na UTI de um Hospital da Região Metropolitana de Porto Alegre. Método: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo. Os dados foram coletados através de aplicação de instrumento sugerido pela ANVISA dos 5 Momentos para Higienização das Mãos recomendados pela OMS. As observações foram realizadas pela equipe do SCIH no período de outubro de 2014 a março de 2015. Os feedbacks foram realizados através de reuniões explicitando as taxas com as equipes dos turnos da manhã e tarde a cada dez dias. Permanecia disponível em documento institucional impresso na unidade durante todo o mês a taxa alcançada no período. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente no programa Microsoft Excel®. Resultado: A taxa de adesão às recomendações de higiene de mãos manteve-se acima da meta no período analisado e com tendência a melhora contínua. Conclusão: Apresentar os resultados para as equipes é fundamental quando se busca qualidade e segurança assistencial, pois a partir do entendimento da importância de um simples gesto como higienizar as mãos e pelo envolvimento dos profissionais em buscar melhorias é que se consegue alcançar os objetivos traçados buscando a saúde do paciente. Nos últimos meses foi possível observar maior esforço dos profissionais que buscaram compreender os 5 momentos para higienização das mãos, não apenas para manter as taxas, mas com a consciência de melhorar suas práticas bem como a qualidade e segurança no atendimento a seus pacientes. É necessário que sejamos incansáveis em treinamentos e qualificação das equipes se almejamos oferecer serviços com segurança e qualidade para nossos pacientes. Título: ACESSOS VENOSOS CENTRAIS: OBSERVAÇÃO DA ADESÃO ÀS PRECAUÇÕES ADICIONAIS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: UFCSPA Autores: Jamile Dutra Correia; Rita Catalina Aquino Caregnato; Teresa Cristina Teixeira Sukiennik; Jaqueline Petittembert Fonseca; Luciana Galo; Ariane Baptista Monteiro; Resumo: Introdução: Infecções primárias de corrente sanguínea (IPCS) associadas a cateteres venosos centrais (CVC) aumentam o período de internação, o custo hospitalar e, em alguns casos, a mortalidade dos pacientes. Os CVC rompem a integridade da pele, possibilitando a entrada de bactérias e fungos na circulação sanguínea podendo provocar infecções. O risco de infecção é maior em pacientes internados na UTI pelo uso do CVC por longos períodos e pela necessidade de manipulação frequente. Objetivo: Observar e mensurar cuidados com acessos venosos centrais em uma UTI. Método: estudo exploratório descritivo com coleta de dados por meio da observação participante, utilizando um instrumento criado pelas pesquisadoras para avaliar os seguintes itens: tipo de curativo e validade; sujidade das dânulas e equipos. O campo de ação foi uma UTI Adulto, geral, de um Hospital Terciário do Sul do país. Período de observação: Outubro de 2014 a Abril de 2015, em dias aleatórios através de ponto prevalência. Resultados: Dentre as práticas para evitar as IPCS estão as mudanças de curativo em intervalos de tempos corretos, conforme a cobertura utilizada e substituição de equipos em intervalos adequados e quando houver sujidade. Dos 191 CVC observados, 68,6% apresentavam cobertura transparente e 31,4% cobertura de gaze. A validade estava adequada em 98,5% dos CVC com cobertura transparente, já com cobertura de gaze a adequação estava entre 86,7%. Identificados apenas 53,4% de equipos e dânulas sem sujidade. Conclusão: Evidenciou-se que os acessos com cobertura transparente estavam mais adequados, sendo que esta cobertura possibilita a visualização da inserção do cateter; além de diminuir a frequencia de troca, reduzindo a exposição do sitio de inserção e prevenindo IPCS por contaminação. A supervisão das medidas relacionadas a equipos e dânulas devem ser mais efetivas e reforçadas durante as rotinas. Constatou-se a necessidade de capacitação dos profissionais assistenciais para melhorar o cuidado com os CVC, visando a segurança do paciente. Título: ADESÃO ÀS PRECAUÇÕES DE CONTATO EM UM HOSPITAL DE ENSINO: AUDITORIA E ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS CONTÍNUAS Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL DE CLINICAS DA UFPR Autores: Maria Edutânia Skrorki Castro; Izelândia Veroneze; Gabriela de Souza dos Santos; Elaine Drehmer de Almeida Cruz; Resumo: Introdução: As precauções de contato figuram um conjunto de medidas que visam o controle da disseminação de agentes infecciosos e outros de importância epidemiológica, tal como os microrganismos multirresistentes (MR). Objetivo: Apresentar os resultados de dois anos de auditoria de adesão às precauções de contato concomitantes a ações educativas contínuas em um hospital de ensino terciário. Método: Os dados foram coletados por meio de observação direta nas unidades de internação, no período de abril a outubro de 2013 (com maior frequência), e em janeiro, maio e setembro em 2014. Frente a não adesão a um dos onze quesitos da lista precauções, os profissionais ou visitantes observados eram prontamente orientados. Conformidade <80% é considerada baixa. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados: Realizou-se 7784 observações em 2013 e 4285 em 2014, com decréscimo no percentual de observações e de conformidades (82,5% vs. 73,4%). Dentre os itens que apresentaram melhoria na adesão de 2013 para 2014 destacam-se: uso da placa de identificação correta para MR (87,3% vs. 92,6%); higienização de mãos antes de entrar e/ou depois de sair do isolamento (57,8% vs. 90,5%) e uso de luva por cima do avental (68,2% vs. 74,2%). Os itens que apresentaram redução na adesão foram: disponibilidade de aventais (78,8% vs. 72,6%) e luvas (94,5% vs. 84,2%) no quarto e de álcool 70% na entrada e dentro do quarto (90,9% vs. 86,8%); o uso correto do avental (71,9% vs. 63,1%) e por visitante (91,2% vs. 71,6%); materiais de uso individual (63,6% vs. 11,4%); A indisponibilidade de suprimentos (álcool 70% e aventais) no primeiro semestre de 2014 influenciou a disponibilização de aventais nos quartos (63,5%) e de álcool 70% (80,5%) neste período, diferindo do total global de 2014. Conclusão: Questões comportamentais o uso correto de luvas, e outras relacionadas ao conhecimento da equipe, como o uso da placa de identificação correta, apresentaram melhora na avaliação, confirmando a efetividade das ações educativas. Há de se destacar que a pesar do aumento na adesão à higienização das mãos, o número de oportunidades observadas foi bastante reduzido, não permitindo a avaliação fidedigna deste dado. A redução no quantitativo de materiais individuais foi acentuada, estando associada à deterioração e perda dos mesmos. Título: ADESÃO DA PRECAUÇÃO DE CONTATO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL VITA BATEL Autores: Solange de Lima Silva; Edilma Nunes Sena; Marta Fragoso; Aline da Silva Paula; Vanessa Burdzinski; Louise Aracema Scussiato; Resumo: Introdução: As infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS) são aquelas adquiridas no momento da prestação dos cuidados de saúde. As IRAS são consideradas importantes problemas de saúde pública, gerando impacto na morbimortalidade e aumento dos custos. Objetivos: Identificar os fatores que dificultam a adesão de precaução de contato pela equipe multiprofissional nas UTIs. Metodologia: Foi aplicado um questionário abordando as características da equipe multiprofissionais: sexo, idade, categoria profissional, fatores que dificultam a higienização das mãos, adesão das medidas de precaução de contato e manutenção do Kit de precaução no Box. Após realizou-se levantamentos dos resultados pelo programa Excel®. Resultados: Participaram 80% dos profissionais das UTIs, sendo 73% da UTI Geral e 23% da UTI Cardiológica. Destes 83% eram femininos e 17% masculinos. A faixa etária ficou entre 18 a 35 anos. No quesito categoria profissional a grande maioria foram os técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos. O tempo de atuação no setor variou de 1 mês até 2 anos, somando 78%. Os fatores que dificultam a pratica de higienização das mãos foram: esquecimento 20%, distância da pia 19%, falta de tempo 12%. Na adesão das medidas de precaução, os profissionais apresentaram maior dificuldade no uso do avental de contato com 46% das respostas e 36% não encontram dificuldades. Quanto ao kit de precaução: 78% responderam que não consegue mantê-los nos Box. Considerações: Conclui-se, através dos gráficos, que os profissionais apresentam bastante dificuldades na adesão do avental de contato e a falta de higienização das mãos caracteriza-se pelo esquecimento, apresentando também dificuldades em manter o kit precaução no Box. Essas são medidas e condutas que a não adesão pelo profissional pode haver disseminação de microrganismos resistentes para outros pacientes. Portanto é necessárias medidas de intervenção, fiscalização, orientações, e conscientização desses profissionais para que sejam utilizados esses EPIs de maneira correta. Título: AUTOAVALIAÇÃO DE ADESÃO À HIGIENE DE MÃOS E CONHECIMENTO DOS 5 MOMENTOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE PRIVADA DO OESTE DO PARANÁ. Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL POLICLÍNICA CASCAVEL Autores: Stephanie da Costa e Sousa Vergara; Juliana Gerhardt; Dauany Binda; Resumo: INTRODUÇÃO: A higienização das mãos (HM) é reconhecida mundialmente como a medida primária mais importante no controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Apesar deste conhecimento, a média de adesão à HM nos 5 momentos preconizados pela OMS é baixa, com média de 40%. As razões descritas para esta baixa adesão são variadas, desde indisponibilidade de insumos até sobrecarga de trabalho. OBJETIVOS: Avaliar o conhecimento dos colaboradores de um hospital privado de Cascavel-PR a respeito dos 5 momentos da OMS e promover uma autoavaliação a respeito da adesão à HM. MÉTODO: Estudo transversal quantitativo através de aplicação de questionário elaborado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) para os colaboradores do hospital. RESULTADOS: 125 colaboradores (60% do total) responderam ao questionário; mediana de idade de 30 anos e mediana de tempo na instituição 15 meses; 57% técnicos de enfermagem, 17% enfermeiros e 11,4% médicos; 31% da UTI Geral, 29% Centro Cirúrgico e 10,6% UTI Neonatal. 52% responderam corretamente à pergunta “Quais são os 5 momentos”, com 67% de 5 acertos entre enfermeiros, 57% entre técnicos de enfermagem e apenas 7,3% entre médicos. O momento mais citado foi o 1º (“antes do contato com o paciente”) por 88%, e o menos citado foi o 5º (após contato com áreas próximas ao paciente), por 63% dos colaboradores. Apesar de ser o mais citado, o 1º momento foi apontado como o mais esquecido, por 39% dos colaboradores, seguido do 5º momento, por 37%. Os principais motivos elencados para esta falha foram “esquecimento” em 50,8% e “falta de tempo” em 37,5% dos questionários; 5% apontaram “falta de treinamentos” como o principal motivo. CONCLUSÕES: Podemos concluir que as equipes possuem conhecimento teórico a respeito dos 5 momentos, porém na prática ainda julgam falhar em boa parte deles, principalmente por “esquecimento”, pois ainda há dificuldades em incluir esta prática na rotina de trabalho destes profissionais. Preocupa o baixo conhecimento dos médicos a respeito, dado que estes profissionais têm baixa presença em treinamentos e muitas vezes julgam ser a HM medida desnecessária frente a gravidade dos pacientes. É necessário maior esforço da instituição em avaliações e estímulo à adesão no ponto da assistência, com ênfase na equipe médica, a fim de reduzir a justificativa “esquecimento”. Título: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE TREINAMENTO DE PRECAUÇÃO DURANTE O CONTATO PARA REDUÇÃO DO NÚMERO DE INFECÇÕES CRUZADAS E USO CORRETO DOS EPIS NA UNIDADE DE PACIENTES CRÔNICOS DO HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN UTILIZANDO A METODOLOGIA 6D’S. Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN Autores: Thaís Melatto; Suzana Siqueira Bonvenuto; Euma Ferreira de Sousa; Selma Tavares Valério; Marcos Montes Parra; Resumo: Introdução: Precauções durante o contato são medidas para prevenir a transmissão de microrganismos de pacientes infectados ou colonizados para outros pacientes, profissionais de saúde ou visitantes. A capacitação das equipes faz-se necessária a fim de manter a qualidade e prevenir infecções. Para desenhar o programa de treinamento foi utilizada a metodologia das seis disciplinas (6D’s) que consiste em proporcionar uma experiência completa partindo dos resultados esperados, favorecendo a mensuração destes resultados e enfatizando a aplicação prática do conteúdo aprendido, melhorando a performance e garantindo qualidade. Objetivo: elaborar e executar um programa de treinamento baseado nos 6D’s para promover a educação do profissional da saúde com relação à precaução, reduzindo o risco de infecções cruzadas. Metodologia: Foram enviados vídeos de sensibilização falando sobre a importância da prevenção de infecção. Posteriormente os participantes foram convocados para o treinamento presencial baseado na discussão de casos clínicos e prática monitorada. Foi aplicado pré e pós testes afim de avaliar o conhecimento relacionado à: precaução por contato, equipamentos de proteção individual (EPIs), o impacto da não utilização da precaução e o que é infecção cruzada. Três meses após a finalização do treinamento presencial foi realizada auditoria beira-leito para avaliar o uso correto dos EPIs. Foram comparados os dados relacionados à infecção antes e 3 meses após a finalização do programa. Resultados: O programa atingiu 100% do público alvo. A média das avaliações de reação foi 9,66 e 96% dos participantes referiram ter a intenção de utilizar o conhecimento adquirido em sua prática profissional. Nota média do pré-teste: 7,26. Nota média do pós-teste: 9,38. Na auditoria a beira-leito foram obtidos os seguintes resultados para os itens considerados críticos na auditoria pré-treinamento (itens em conformidade prétreinamento/ itens em conformidade pós treinamento): higiene das mãos após retirada das luvas: 69%/89%; uso correto do avental: 56% /90%; retirada correta do avental: 50%/79%. Não foi registrada ocorrência de infecção cruzada 3 meses subsequentes à finalização do treinamento. Conclusão: O programa de treinamento foi eficiente para a conscientização e mudança da postura profissional em relação à utilização dos EPIs para precaução por contato, garantindo a não ocorrência de novos casos de infecção cruzada. Título: CONSUMO DE INSUMO NA ADESÃO À HIGIENE DAS MÃOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL MOINHOS DE VENTO Autores: Roberta Marco; Mariane Arce Bastos; Lisiane Ruchinsque Martins; Cristiane Tejada da Silva Kawski; Angela Piccoli Ziegler; Denusa Wiltgen; Dione Aparecida Mattos de Souza; Agatha Boff; Resumo: A higiene das mãos é essencial para a prevenção das infecções associadas aos cuidados de saúde pois impede a contaminação do ambiente hospitalar e a transmissão cruzada de microrganismos entre pacientes.A Organização Mundial de Saúde publicou um guia para a implementação da estratégia multimodal para a melhoria da higienização das mãos onde uma das medidas é o conhecimento institucional do consumo de insumos.Este dado visa entender o uso básico de preparação alcoólica para as mãos e sabonete, o que pode demonstrar o processo de mudança da cultura e ajuda a entender o comportamento dos resultados relacionados à observação direta de oportunidades de higiene das mãos.Este estudo tem como objetivo descrever o consumo de insumos na adesão à higienização das mãos pelos profissionais de saúde de duas Unidades de Terapia Intensiva(Neonatal e Pediátrica)de um hospital privado de Porto Alegre.Trata-se de um estudo retrospectivo e observacional, onde foram computados o consumo de preparação alcoólica e sabonete.Parte-se do princípio preconizado pela Anvisa que o consumo mínimo é de 20 litros por 1000 pacientes/dia.O período estudado foi de janeiro de 2013 a junho de 2014.Na UTI Neonatal a média de consumo de preparação alcoólica em 2013 foi de 22,8litros por 1000 pacientes/dia e de sabonete foi de 49,8 litros por 1000 pacientes/dia.Em 2014 a média de consumo de preparação alcoólica foi de 26 litros por 1000 pacientes/dia e de sabonete foi de 37,9 litros por 1000 pacientes/dia.Durante o mesmo período na UTI Pediátrica média de consumo de preparação alcoólica em 2013 foi de 59,2 litros por 1000 pacientes/dia e de sabonete foi de 47,5 litros por 1000 pacientes/dia.Em 2014 a média de consumo de preparação alcoólica foi de 80,8 litros por 1000 pacientes/dia e de sabonete foi de 40,6 litros por 1000 pacientes/dia. Analisando a UTI Neonatal, verificamos o consumo elevado de sabonete comparado com o volume de preparação alcoólica.Com a educação continuada esta proporção vem modificando, pois nos 6 meses acompanhados em 2014 observamos aumento no consumo de preparação alcoólica.Na UTI Pediátrica tanto a preparação alcoólica quanto o sabonete ultrapassaram a meta estabelecida pela OMS.Observamos que em 2014 houve aumento significativo no consumo de preparação alcoólica.A cultura da utilização da preparação alcoólica vem sendo difundida nas instituições de saúde e equipes são envolvidas para o melhor dimensionamento de dispensadores à beira da assistência. Título: CONTROLE DE QUALIDADE DA LIMPEZA MANUAL EM PINÇAS LAPAROSCÓPICAS RECÉM UTILIZADAS PELA DETECÇÃO DE ATP. Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO USP Autores: Carla Moraes; Resumo: Introdução: A limpeza é uma etapa obrigatória no processo de esterilização. A presença de resíduos orgânicos, e a elevada carga microbiana comprometem a eficácia do processamento, em especial, porque atua como barreira física, impedindo a ação do agente desinfetante e/ou esterilizante. As lavadoras ultrassônicas agem por ondas sonoras entre 20 e 120 kHz que se propagam em meio líquido gerando bolhas microscópicas que ao, entrarem em contato com a superfície do material, estouram e geram uma área localizada de vácuo que remove a sujidade aderida ao instrumental, fenômeno chamado de cavitação. O ATP (Adenosina Trifosfato) é uma molécula presente em células vivas ou mortas. Resíduos de sangue contém grande quantidade de ATP. Após limpeza, idealmente o ATP detectado deveria ser zero, mas é aceitável pela literatura o valor entre 0-45 RLU Objetivo: Avaliar a eficiência da limpeza manual em pinças laparoscópicas recém utilizadas pelo processo manual e em lavadora ultrassônica com jato pulsátil. Método: Para esta análise foi utilizado o produto Ruhof ATP Complete® e Test Instrusponge ® em pinças laparoscópicas autoclaváveis e desmontáveis. As pinças foram analisadas em 3 momentos: no recebimento do centro-cirúrgico imersas em água de torneira, após limpeza manual com serpilho ,e após limpeza em lavadora ultrassonica para canulados com jato pulsátil por 15 minutos. O serpilho, embebido em solução de detergente enzimático 0,2 %, foi introduzido apenas 1 vez em um único sentido e a seguir descartado. Resultados:As medidas de ATP (range/ média) no material sujo, após limpeza manual e após ultrassônica foram: (9 a 5183 / 617); (0 a 117 / 18) e (0 a 9 / 3). Conclusão: Apesar da expertise da autora na limpeza manual, que propiciou resultados de ATP em todas as amostras (menos em uma) dentro do aceitável, estes resultados foram melhorados pela limpeza ultrassônica, que atualmente é o padrão ouro de limpeza. Uma única amostra resultou acima do limiar de aceitabilidade. Uma limpeza manual pode ser adequada, desde que garanta que o material esteja apto para a esterilização, o que não ocorreu em 100% do material com apenas uma passagem do serpilho. Através desta análise pode-se concluir que a limpeza manual, embora eficiente, tem o seu nível de detecção de ATP melhorado pela lavadora ultrassônica. A autora recomenda o controle de qualidade da limpeza pelo método do ATP. Título: CRESCIMENTO DA ADESÃO À HIGIENE DAS MÃOS NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL MOINHOS DE VENTO Autores: Roberta Marco; Mariane Arce Bastos; Lisiane Ruchinsque Martins; Cristiane Tejada da Silva Kawski; Angela Piccoli Ziegler; Denusa Wiltgen; Agatha Boff; Dione Aparecida Mattos de Souza; Resumo: As infecções associadas aos cuidados de saúde são eventos adversos mais comuns resultantes de uma internação hospitalar.Aproximadamente 5 a 10% dos pacientes internados no mundo adquirem infecções, e ainda é maior nos países em desenvolvimento.A adequada higiene das mãos é essencial para a prevenção dessas infecções, mas a conformidade entre os profissionais de saúde é abaixo de 40%.A higiene das mãos impede a contaminação do ambiente hospitalar com potenciais agentes patogênicos e a transmissão cruzada de microrganismos entre pacientes.Quando usado em conjunto com o equipamento de proteção apropriado também protege os trabalhadores de cuidados de saúde contra os riscos de infecções ocupacionais.Este estudo tem como objetivo descrever a crescente adesão à higienização das mãos pelos profissionais de saúde de duas Unidades de Terapia Intensiva(Neonatal e Pediátrica)de um hospital privado de Porto Alegre.Trata-se de um estudo retrospectivo e observacional, onde foram observados os profissionais da assistência ao paciente nos turnos da manhã e tarde.Cada unidade teve no mínimo 200 observações mensais.Os dados foram coletados pelas enfermeiras, técnica de enfermagem e estagiárias do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar através de checklist específico que contempla os 5 momentos preconizados pela OMS e técnica aplicada(correta, incorreta ou não realizada).De janeiro de 2011 a dezembro de 2013 na UTI Neonatal obtivemos 7711 observações de oportunidades em higienização das mãos.O percentual vem aumentando com o passar dos anos.Em 2011 a média foi 78,46%, em 2012 foi 80,40%, em 2013 foi 83,81%.Neste período houve um crescimento de 5,35%.Durante o mesmo período na UTI Pediátrica obtivemos 7662 observações de oportunidades em higienização das mãos.O percentual também vem aumentando com o passar dos anos.Em 2011 a média foi 72,30%, em 2012 foi 72,75%, em 2013 77,94%.Houve crescimento de 5,64%.Analisando as duas unidades, tivemos resultados de sucesso e com o decorrer dos anos a tendência é que a adesão siga ascendente.Para tanto, houve um grande e importante envolvimento das chefias e equipes assistenciais das unidades.A educação continuada através de aulas(presenciais e a distância), treinamentos e oficinas também contribuem para uma sólida adesão. A higienização das mãos é uma cultura que deve ser incorporada pelas instituições de saúde para garantir a segurança do paciente. Título: DENSIDADE DE INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO RELACIONADA A DISPOSITIVOS INVASIVOS: ANÁLISE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL VITA BATEL Autores: Solange de Lima Silva; Marta Fragoso; Aline da Silva Paula; Vanessa Burdzinski; Resumo: Introdução: O uso de dispositivos invasivos tais como tubo orotraqueal, cateter venoso central e sonda vesical de demora, representa risco para que pacientes em unidade de terapia intensiva desenvolvam infecção hospitalar, fator este que eleva à média de permanência do paciente na unidade, aumento da exposição a novos casos de infecção hospitalar e aumento da mortalidade. É comprovado que a aplicação de BUNDLES diminui a exposição dos pacientes e o desenvolvimento de infecção relacionada aos dispositivos invasivos. Objetivos: Mostrar a densidade de incidência de uma unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital privado de Curitiba onde BUNDLES são gerenciados por equipe multidisciplinar, visando à segurança do paciente. Método: Os critérios de definição de PAV, BSI/CVC e UTI/SVD utilizados pela instituição são os conceitos da ANVISA. Todos os componentes dos critérios e componentes dos BUNDLES são avaliados em visita multidisciplinar com avaliação integral do Projeto Terapêutico individual e ocorre preenchimento de checklist, onde estão inclusos os itens dos BUNDLES. Os denominadores do indicador de densidade de incidência são coletados pela equipe assistencial e os numeradores são analisados em conjunto com a UTI. Resultados: Foram analisadas as taxas de densidade de incidência média de PAV, BSI/CVC e UTI/SVD referente ao período de Janeiro a Agosto/2014, onde a exposição foi de 970 ventiladores/dia e uma densidade de incidência média de PAV de 6,44/1000VM/dia. Em relação à BSI/CVC houve a exposição de 1106 cateter vascular central/dia e densidade de incidência média de 0/1000CVC/dia, em relação à SVD houve exposição de 1486 sonda vesical/dia e uma densidade de incidência média de 0,88/1000SVD/dia. O resultado do desempenho mensal é levado para conhecimento geral dentro da instituição na reunião de resultados de indicadores e discutidos com gestores. Outra forma que o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar trabalha para melhorar os resultados é a exposição nos setores em forma de gráfico com linha de tendência dos casos de Infecção e discute com a equipe operacional visando à melhoria dos indicadores. Conclusões: A média de densidade de incidência manteve-se dentro do preconizado pelo Institute for Healthcare Improvement e abaixo da referência histórica. Bons resultados só são alcançados devido à uma vigilância interna ativa e uma equipe multidisciplinar envolvida, que trabalha diariamente em discussões à beira de leito com critérios dos BUNDLES. Título: DESENVOLVIMENTO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE POR MEIO DA ANDRAGOGIA: ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Autores: Flaviane Cristina Rocha Cesar; Jessica Cezário de Sousa; Karina Suzuki; Resumo: INTRODUÇÃO: A importância do ensino da higiene oral na prevenção de infecção nos pacientes em ventilação mecânica reflete-se em inúmeros estudos que evidenciam a necessidade de capacitação profissional constante, através de educação permanente, para garantir uma higiene oral eficaz, principalmente em locais onde esse cuidado está sob responsabilidade da equipe de enfermagem. No que se refere às metodologias utilizadas na educação permanente, a andragogia, que é a arte e a ciência de conduzir adultos ao aprendizado a partir de reflexões em ambiente real, mostra-se uma alternativa de grande valia para consolidação do aprendizado e estímulo para adesão a estratégias de controle de infecção na prática assistencial. OBJETIVO: Relatar a utilização do método andragógico na atividade de educação permanente sobre higiene oral adequada de pacientes em ventilação mecânica. MÉTODO: Relato de experiência sobre atividades de educação permanente realizadas com a equipe de enfermagem das duas Unidades de Terapia Intensiva adulto de um hospital universitário do centro-oeste, com uso do método andragógico. As atividades foram realizadas de fevereiro a março de 2015, os recursos utilizados foram: aula expositiva dialogada com uso de imagens e vídeos com os principais recomendações para higiene oral de pacientes em ventilação mecânica, uso de “caixa da verdade” (caixa de luz negra) e solução fluorescente para reforço da importância da higiene de mãos para o procedimento e implementação de um instrumento para controle diário da higiene oral. A avaliação do aprendizado foi realizada com dinâmicas de feedback ao final de cada atividade (batata quente e jogo dos 7 erros) e adesão e preenchimento correto do instrumento de controle da higiene oral. RESULTADOS: Foram realizados 16 treinamentos com carga horária de 30 minutos cada, participaram 52 (92,8%) profissionais entre enfermeiros e técnicos de enfermagem da unidade. A avaliação do aprendizado dos participantes foi satisfatória, com média acima de 85,0% de acerto sobre o conteúdo nas avaliações em cada feedback realizado. Aderiram ao preenchimento do instrumento de controle de higiene oral 41 (78,8%) profissionais, com maior índice de adesão na equipe do período diurno. CONCLUSÃO: O método da andragogia permitiu experimentações e reflexões acerca da higiene oral, em ambiente real, resultando em um reforço cognitivo dos assuntos trabalhados sendo efetivo para a aprendizagem. Título: EDUCAÇÃO EM SERVIÇO COMO MÉTODO DE PREVENÇÂO DE INFECÇÃO CRUZADA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Autores: Rita Patrizzi Mendonça; Bianca Oliveira Fonseca; Elsie Storch Borges; Bárbara Pompeu Chistovam; Resumo: Introdução: Nas instituições de saúde uma das grandes problemáticas é a infecção cruzada causada na maioria das vezes pelos profissionais de saúde. A falta da utilização ou a utilização errada dos equipamentos de proteção individual determinam índices elevados de infecção cruzada principalmente nos centros de terapia intensiva. A atuação da Educação Permanente nas instituições de saúde vem minimizando esses índices e demonstra que o papel da educação ultrapassa atitudes meramente administrativas e assume um lugar de destaque nos processos preventivos. A educação em serviço como uma vertente da Educação Permanente tem funcionado como excelente estratégia de ensino uma vez que possui caráter mais objetivo e prático. Objetivo: relatar a experiência vivenciada por enfermeiras na realização de ações de treinamento em serviço. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, que relata a experiência de realizar atividades de treinamento em serviço como estratégia de prevenção de infecção cruzada de um hospital privado do município de São Gonçalo – Rio de Janeiro, no período de novembro a dezembro de 2014. Resultados: A análise dos dados levantados evidenciou a deficiência da equipe relacionada às informações sobre infecção cruzada e enúmeros equívocos na utilização dos equipamentos de proteção individual. Conclusão: A educação em serviço mostra-se como excelente estratégia de ensino na prevenção de infecção cruzada, este método de capacitação profissional obtém resultados significavos que corroboram com estudos que relatam a importância dos processos educacionais dentro das instituições de saúde. Título: EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA A IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES NA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR LENOIR VARGAS FERREIRA Autores: Paulo Cesar da Silva; Jussara dos Santos Valentini; Denise antunes de azambuja Zocche; Hugo Noal; Jacira Batista de Olveira; Resumo: INTRODUÇÃO Entre os desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) está o atendimento a um grande volume de pacientes paralelamente ao aumento da complexidade das situações clínicas, entre elas, as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e que consistem em eventos adversos ainda persistentes nos serviços de saúde (SS). Sabe-se que a infecção leva a considerável elevação dos custos no cuidado do paciente, além de aumentar o tempo de internação, a morbidade e a mortalidade nos SS do país. Diante disso, a adesão dos profissionais às medidas de prevenção das complicações relacionadas à assistência à saúde é um importante diferencial na busca pela garantia da qualidade na assistência prestada aos usuários. Nesse sentido, faz-se necessário a organização dos processos de trabalho, e os protocolos são ferramenta para contribuir com as medidas de prevenção da disseminação de infecções. OBJETIVO Descrever as ações de educação permanente desenvolvidas para a implantação do protocolo de prevenção das infecções na assistência hospitalar. MÉTODO Para as atividades de educação permanente foram utilizadas as rodas de conversa com o apoio de recursos de multimídia. O cenário de prática foi o Hospital Regional do Oeste, e as rodas aconteceram entre os meses de janeiro a março de 2015. O público alvo foram os enfermeiros(as) coordenadores responsáveis pelas áreas assistenciais, enfermeiros(as) assistenciais, auxiliares e técnicos de enfermagem RESULTADOS E CONCLUSÃO No total foram realizadas 18 rodas de conversa, totalizando 28h e 40min de discussão acerca do assunto. Os encontros iniciaram com a apresentação dos objetivos da implantação do Protocolo de Prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência Hospitalar, e a nova reorganização do processo de trabalho, momento em que os participantes puderam esclarecer dúvidas e trocar experiências sobre as suas práticas profissionais em busca de ressignificá-la diante das novas diretrizes. Foram solicitadas sugestões para os participantes a respeito de atividades práticas para demonstrar o modo de fazer das técnicas apresentadas no protocolo. Nesse sentido, a educação permanente é a educação no trabalho voltada para a realidade dos serviços e busca a aprendizagem significativa a medida que permite aos profissionais discutir o cotidiano dos processos de trabalho. Título: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL PEDIÁTRICO COM A IMPLANTAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA PARA REDUÇÃO DAS TAXAS DE INFECÇÃO RELACIONADA A CATETER Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL PEQUENO PRINCIPE Autores: Jane Melissa Webler; Letícia Pereira de Carvalho; Ana Paula de Oliveira Pacheco; Biana Domiciana Matucheski; Heloisa Ihle Garcia Giamberardino; Nayara Bevilaqua Lopes; Resumo: INTRODUÇÃO: A infecção primária de corrente sanguínea (IPCS) representa para o hospital pediátrico um dos principais indicadores de boas práticas de técnicas assistenciais, assim como de prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Dessa forma, diversas experiências têm sido relatadas na literatura com base na implantação de programas de redução das taxas. OBJETIVOS: Descrever uma estratégia realizada em um Hospital Pediátrico com 362 leitos, para reduzir as taxas de IPCS, com o a meta de chegar a zero em até 4 anos, criando uma cultura de taxa zero para infecção de cateter. MÉTODO: Em 2014 o Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) lançou a Campanha Zerômetro do Cateter com ações educativas contínuas, pontuais e feedbacks imediatos ao setor. Foram reforçados com as 17 unidades assistenciais, através de treinamentos de simulação realística, os cuidados com os cateteres nos momentos: inserção e manipulação, de maneira a reduzir os riscos de infecção. Em paralelo, foi fixado um display com material do zerômetro do cateter no posto de enfermagem, onde são registradas as infecções de cateter nos dias específicos da ocorrência, facilitando a visualização e controle do próprio setor. O SECIH por meio da vigilância epidemiológica, identifica os casos de IPCS, marca no display e informa o enfermeiro responsável do setor para análise e implementação de melhorias nos cuidados com o cateter. RESULTADOS: Na implantação do projeto, no 1º Semestre de 2014 a densidade de IPCS do hospital era de 9,6 IPCS/1000-CVC/dia. No semestre seguinte (2º Semestre de 2014) a densidade foi de 8,4 IPCS/1000-CVC/dia. E no 1º trimestre de 2015 a densidade foi de 7,8 IPCS/1000CVC/dia. DISCUSSÃO: Observamos, já com essa primeira avaliação, que a redução da taxa de infecções de cateter é possível e deve ser incentivada. Apesar da campanha ser recente, comparado com o que a literatura demonstra que em campanhas com mais de 2 anos de andamento é que há uma redução expressiva, os indicadores já apresentam redução. A Campanha continua com o monitoramento conjunto das infecções, novos treinamentos e trazendo palestrantes que agreguem novas estratégias nos esforços de reduzir a taxa de infecção de cateter, juntamente com o conceito de responsabilidade compartilhada, unindo o SECIH ao restante do Hospital na busca da meta desejada. Título: HIGIENE DE MÃOS ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: UMA AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO TEÓRICO-PRÁTICO Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Autores: Flaviane Cristina Rocha Cesar; Anaclara Ferreira Veiga Tipple; Zilah Cândida Pereira das Neves; Jeenna Louhanna Umbelina Spagnoli; Resumo: INTRODUÇÃO: Ao se discutir a importância da Higiene de Mãos (HM) no contexto das práticas em saúde é fundamental considerarmos a formação dos Profissionais da Área da Saúde. Esperase que no decorrer da formação acadêmica o conhecimento dessa temática seja consolidado e que o aluno em final do curso tenha o domínio do aporte teórico-prático sobre o tema que garanta uma assistência segura. OBJETIVOS: Identificar o conhecimento de acadêmicos do 2º e 5º anos de enfermagem acerca do tema HM, descrever o desempenho para a realização da técnica de HM desses acadêmicos, comparar o conhecimento e o desempenho técnico para a realização de HM nessa população. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal que foi realizado em novembro/2014, com acadêmicos 2° e 5° ano do curso de graduação em enfermagem de uma universidade pública do Centro-oeste do Brasil. Obteve aprovação ética sob número 472.236. Para a coleta de dados utilizou-se dois instrumentos: Questionário sobre conhecimento teórico (aplicado em sala de aula após leitura e aceite o termo de consentimento) e Check list para observação do desempenho da técnica de HM (aplicado individualmente, continha os passos da técnica de HM que foram checados concomitante à realização da fricção antisséptica das mãos com álcool a 70% pelos acadêmicos). RESULTADOS: Os alunos do último ano da graduação apresentaram melhor desempenho do conhecimento teórico em relação aos alunos do primeiro ano, com respectivamente respostas corretas de 58,8% e 52,1% em questões sobre HM simples; 50,7% e 36,4% sobre fricção de antisséptica das mãos; 35,4% e 36,5 sobre higienização antisséptica das mãos e 32,5% e 40,0% nas questões sobre antissepsia cirúrgica das mãos. Quanto ao desempenho para a realização da técnica de HM, ambos obtiveram alto índice de acerto, entretanto a média de tempo de fricção das mãos foi abaixo do padrão indicado em ambos os grupos. As áreas menos friccionadas pelos acadêmicos do 1° ano e do 5° ano foram a interdigital 23,9%, 11,4% e da articulação 13,0% e 11,4%, respectivamente. CONCLUSÃO: Os alunos do 5° ano da graduação apresentaram melhor rendimento teórico-prático sobre a HM do que os alunos do 2° ano, no entanto houve baixos índices de acertos quanto aos aspectos teóricos. Considerando a importância da HM e os desafios de torná-la frequente na prática clínica, é preciso repensar a maneira com a qual a HM tem sido abordada, atualizando as práticas pedagógicas e construindo modelos que aproximem a teoria e a prática. Título: IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR Autores: Adriana Silva Lino; Elizana Silva Ferreira; Resumo: INTRODUÇÃO: A Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) é uma infecção hospitalar que se desenvolve no sítio submetido à intervenção cirúrgica em até 30 dias após a realização da cirurgia ou até um ano após a cirurgia se houver implante de prótese (Centers for Disease Control and Prevention -CDC/Atlanta). A ISC é uma das principais infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil, ocupando a 3º posição e compreendendo entre 14% e 16% entre os pacientes hospitalizados. Atualmente, os hospitais instituem protocolos com vistas à segurança do paciente, tais como o de prevenção de ISC, incluindo medidas para mitigar os riscos de infecção. OBJETIVO: Avaliar o impacto de um protocolo de prevenção de ISC sobre as taxas de infecção de um hospital de médio porte público no estado do Paraná. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo e análise quantitativa em pacientes submetidos à intervenções cirúrgicas no período de janeiro 2011 a dezembro de 2013. A coleta de dados foi realizada por meio de busca ativa pelo Serviço de Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar (SCIH) utilizando-se os critérios diagnósticos de ISC do CDC/Atlanta. A análise estatística dos dados foi realizada através da distribuição de freqüência e percentuais de ocorrência das infecções os quais foram relacionados com a implementação do protocolo de prevenção de ISC, verificando assim o impacto deste sobre as ISC. RESULTADOS: Inicialmente foi elaborado o protocolo institucional pelo SCIH baseado no manual “CIRURGIAS SEGURAS SALVAM VIDAS”. O protocolo incluía: profilaxia antimicrobiana com mínimo de 30 minutos antes da incisão da pele, antissepsia cirúrgica das mãos, internação no dia da cirurgia ou anterior, assepsia adequada da pele do paciente e número de circulantes na sala cirúrgica entre outras medidas. O protocolo foi gradativamente repassado às equipes envolvidas através de treinamentos pelo SCIH. Ao longo do período do estudo observou-se uma redução gradativa nas taxas de infecção, em 2011 a média de infecção foi de 0,70%, em 2012 a taxa foi de 0,44% e em 2013 a média foi de 0,35%. Nota-se que com o decorrer do período de implementação e acompanhamento do protocolo houve melhora significativa na redução das taxas de infecção. CONCLUSÃO: A adesão às medidas de prevenção de ISC através do protocolo propiciou uma redução significativa nas taxas de infecção no decorrer do período analisado, garantindo segurança e qualidade assistencial. Título: MEDIDAS IMPLEMENTADAS PARA O ATENDIMENTO DE PACIENTE CASO SUSPEITO DE DOENÇA DO VÍRUS EBOLA (DVE) Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Autores: Rosaura Costa Bordinhão; Daniele Gonçalves Silveira Spilki; Gabriela Dieterich Américo; Helena Santos Vitanof; Micheline Gisele Dalarosa; Milene Oliveira de Freitas Vargas; Lahir Chaves Dias; Resumo: Introdução: Declarado pela Organização Mundial da Saúde, em 08 de Agosto de 2014 o surto de vírus Ebola nos países da África Ocidental. Identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire, atual República Democrática do Congo. A DVE é transmitida por meio de contato com sangue, tecidos e fluídos corporais de indivíduos infectados ou contato com superfícies e objetos contaminados. O Hospital Nossa Senhora da Conceição tornou-se referência estadual para receber casos suspeitos da doença. Os profissionais encarregados do atendimento direto aos pacientes suspeitos de DVE devem usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) específicos. Objetivo: Realizar treinamentos para o atendimento de paciente suspeito/caso de DVE; Verificar a proficiência da colocação e retirada dos EPI; Elaborar fluxogramas para o atendimento, limpeza do ambiente e manejo de resíduos. Método: Relato de experiência dos procedimentos adotados para o atendimento de paciente suspeito/caso de DVE. Ministrado aulas expositivas com abordagem teórica do manejo clínico, biossegurança, controle de infecção e vigilância epidemiológica. As aulas práticas referentes ao uso de EPI foram oferecidas especificamente para os profissionais envolvidos no atendimento. As capacitações ocorreram no período de Agosto a Novembro de 2014. Resultados: Nas aulas teóricas participaram 672 funcionários. A adesão às aulas práticas foi de 100%, treinando-se 85 funcionários. Avaliados individualmente quanto à técnica de paramentação e desparamentação, a qual deve ser criteriosa para evitar a contaminação. Preconizada a higienização de mãos entre as etapas de retirada dos EPI. Estruturado um quarto de isolamento privativo com banheiro, em condições de suporte à vida, com antessala, garantindo fluxo unidirecional do cuidado, com adoção de medidas de biossegurança. Elaborado fluxos de atendimento ao paciente, bem como fluxos de limpeza de superfícies e manejo de resíduos. Elaborado cartões de ações contendo atribuições específicas para orientar todos os envolvidos no processo. Conclusão: Os treinamentos devem ser frequentes, priorizando a prática, amenizando os temores e esclarecendo as dúvidas. O uso do EPI é importante, a destreza na sua colocação e retirada se torna fundamental. O risco de contaminação do profissional é crítico neste momento, exigindo técnica adequada e atenção redobrada. O rigor nas técnicas de limpeza e o manejo adequado dos resíduos são essenciais no controle da disseminação do vírus. Título: O LÚDICO COMO METODOLOGIA DE TREINAMENTOS DE CONTROLE DE INFECÇÃO EM UMA CTI NEONATAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL. Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Autores: Michelle Mônica Ruprecht Redin; Vanessa Schultz; Grasieli Krakeker; Lisiane Lenhardt; Viviane Melo; Ana Paula Sueiro de Oliveira; Resumo: Objetivo: Desenvolver competências dos profissionais da saúde para se tornarem mais produtivas, criativas e inovadoras. Introdução: Os hospitais, desde sua origem, estiveram voltados para a prestação de serviços de saúde sem se importar com o gerenciamento, mas, em meados dos anos oitenta essa realidade começou a mudar. Antes de pensar em qualquer tipo de mudança é preciso preparar as pessoas que são a principal ferramenta nesse processo, ajudálas a entender o porquê de tal mudança, quais serão os benefícios e quais são os objetivos a serem alcançados. Uma das formas mais utilizadas para trabalhar pedagogicamente em treinamentos é a autoestima dos profissionais, que através do lúdico pode ser desenvolvida e incentivada. Método: Relato de experiência em treinamento de prevenção e controle de infecção. Foi realizado treinamento referente medidas de prevenção e controle de infecções em neonatologia no mês de janeiro de 2015, utilizando o lúdico como foco de tal. Foi montado um leito completo de CTI neonatal com um boneco representando um recém-nascido (RN). Foi envolvida a equipe multidisciplinar. Os profissionais foram vendados e receberam tinta guache para realizar “higiene” das mãos como se estivessem utilizando solução alcoólica. Após, realizarem atividades com o boneco, foram retiradas as vendas e cada profissional observou as áreas menos “higienizadas” das mãos e a sujidade em tinta do leito e do boneco. Resultados: Após o treinamento houve elevação na taxa de higiene das mãos do mês de fevereiro de 2015, chegando a 82%. Observando-se a média de adesão à higiene das mãos dos seis meses antecedentes ao treinamento, esta foi 75%. Observou-se a motivação dos profissionais durante e após a realização do treinamento. Conclusão: Concluímos que, a utilização do lúdico durante o processo de treinamentos em controle de infecção apresenta um bom nível de aceitação e eleva a motivação dos profissionais. O processo continuará sendo acompanhado e realizado de diversas formas durante o ano de 2015, tendo continuidade com outras atividades lúdicas envolvendo a equipe multidisciplinar da CTI Neonatal. Título: OBSERVAÇÃO DA ADESÃO ÀS PRECAUÇÕES ADICIONAIS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: UFCSPA Autores: Jamile Dutra Correia; Rita Catalina Aquino Caregnato; Jaqueline Petittembert Fonseca; Angélica Peres do Amaral; Teresa Cristina Teixeira Sukiennik; Ariane Baptista Monteiro; Resumo: Introdução: Conforme a literatura estima-se que mais de 50% dos pacientes internados na UTI estejam contaminados ou infectados com microrganismos que exigem isolamentos. A melhor maneira de reduzir a transmissão de infecções é através de estratégicas específicas, dentre elas a higienização das mãos (HM) e a adesão às precauções padrão e adicionais. Objetivo: Observar e mensurar a adesão às precauções adicionais em uma UTI durante a assistência. Método: Utilizou-se a observação participante, ou seja, o observador realizava intervenções para adesão às precauções durante a coleta de dados. O campo de ação foi uma UTI Adulto, geral, de um Hospital Terciário do Sul do país. Foram observadas todas as categorias profissionais que prestam atendimento aos pacientes na unidade. Para coleta de dados utilizou-se um instrumento criado pelas pesquisadoras para avaliar os seguintes itens: HM antes da colocação e após a retirada dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI); e colocação adequada de cada EPI de acordo com o tipo de precaução. O período de observação foi trinta dias, com duração de trinta minutos em dias aleatórios. Resultados: Foram observadas 54 oportunidades, abrangendo as seguintes categorias profissionais: enfermeiros (11,1%); fisioterapeutas (20,4%); fonoaudiólogos (1,8%); médicos (11,1%) e técnicos de enfermagem (46,3%). Durante o período de observação a unidade possuía apenas pacientes em precaução de contato. O percentual das adequações aos itens observados foi: processo de HM antes da colocação dos EPI 1,8%, após a retirada 72,2%; a utilização do avental 90,7% e o fechamento adequado do mesmo 34,7%; o uso adequado das luvas 92,6%. Neste estudo verificou-se a HM apenas antes da colocação e após a retirada dos EPI, não abrangendo os 5 momentos preconizados pela Organização Mundial da Saúde. A utilização do avental e luvas foi avaliada conforme a recomendação do CDC. Conclusão: Percebe-se que a maioria dos profissionais utiliza os EPI de acordo com a precaução, porém há uma fragilidade na adesão à higienização das mãos e utilização correta dos EPIs, sendo necessárias medidas mais efetivas para aumentar o comprometimento dos profissionais com a redução de transmissão cruzada de microrganismos. Cabe aos profissionais assistenciais e acadêmicos, de todas as categorias, e ao SCIH unir esforços para conscientizar os envolvidos da importância da adequação destas medidas. Visto que quando há quebra de técnica aumenta o risco da transmissão cruzada. Título: PACIENTES PORTADORES DE GERMES MULTIRRESISTENTES NO CENTRO CIRUGICO AMBULATORIAL. Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL DE CLÍNCIAS DE PORTO ALEGRE / SANTA CASA DE PORTO ALEGRE Autores: Liziane Medianeira Calegari Rigon Gil 1; Tais Menezes do Amaral 2; Adriana Maria Alexandre Henriques 3; Claúdia Carina Conceição Dos Santos 4; Lisiane Paula Sordi 5; Elizete Maria De Souza Bueno 6; Resumo: Introdução: O uso continuado de antimicrobianos pode ocasionar o desenvolvimento e a resistência dos microrganismos, surgindo novas estirpes de germes multirresistentes (GMR) tornando-se imprescindível a adesão dos profissionais das áreas cirúrgicas às precauções empregadas na assistência desses pacientes, visando assim evitar a sua disseminação no ambiente cirúrgico. Objetivo: Relatar os cuidados de enfermagem e as medidas empregadas na admissão dos pacientes portadores de GMR no centro cirúrgico ambulatorial de um hospital universitário. Metodologia: Estudo descritivo de um relato de experiência. Resultados: No momento da marcação do procedimento o sistema informatizado do centro cirúrgico ambulatorial (CCA) identifica os pacientes que necessitam de isolamento. Na chegada ao CCA, são empregadas medidas de precaução padrão e respiratória se necessário, os profissionais que entram em contato com o paciente devem higienizar as mãos e vestir avental e luvas descartáveis, em caso de risco de contaminação de mucosas, utilizar óculos de proteção e máscara comum ou especial, deve constar no prontuário e próximo ao paciente o cartaz contendo a identificação de GMR, e este aguardará em local onde não terá contato com outros pacientes. A sala cirúrgica será preparada, mantendo em sala apenas o indispensável para o atendimento. Após procedimento este paciente ficará em leito de isolamento, ou na falta deste, na sala de recuperação em local afastado dos demais, mantendo as precauções. Caso esse paciente necessite de isolamento respiratório devera ser alocado para a sala de isolamento com pressão negativa ou manter-se durante a estadia com máscara adequada ao tipo de microorganismo. Os locais onde o paciente esteve receberão limpeza terminal, após sua saída. Todos os equipamentos e superfícies serão higienizados com solução adequada ao tipo de germe. Conclusão: As dificuldades encontradas na assistência aos pacientes portadores de GMR esta ligada à falta de vagas e ao espaço físico adequado para leitos de isolamento, para que se possa realizar controle de disseminação de GMR já que estes pacientes têm sido cada vez mais freqüentes no setor. Se faz necessário elaborar estratégias de intervenção educativas capazes de aprimorar a conduta desse profissionais e familiares que mantém contato com o paciente e nem sempre realizam as medidas corretas para manter as barreiras necessárias. Título: PAPEL DA HIGIENE DAS MÃOS NA REDUÇÃO DE MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E DE CUSTOS COM ANTIBIÓTICOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO DE CANOAS E HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE CANOAS Autores: Vanessa Schultz; Priscila de Souza Ávila Pereira; Ana Paula Sueiro De Oliveira; Paulo Francisco Berni Teixeira; Raisa Da Silva Dorneles; Resumo: Introdução: A higiene de mãos é a forma mais barata e eficaz de prevenir e reduzir infecções relacionadas à assistência à saúde. Além disso, tem uma ação também na redução de custos hospitalares relacionados às infecções. O objetivo deste estudo é demostrar a correlação entre o aumento da taxa de higiene de mãos e a redução da incidência de microrganismos multirresistentes e custos associados ao consumo de antibióticos de amplo espectro em uma unidade de terapia intensiva. Metodologia: Coorte retrospectiva de análise de banco de dados do serviço de controle de infecção e do setor administrativo do hospital no período de janeiro de 2014 a fevereiro de 2015 das taxas de adesão as recomendações de higiene de mãos, taxa de incidência mensal de microrganismos multirresistentes e custos relacionados ao consumo de antimicrobianos de amplo espectro em unidade adulto de terapia intensiva de um hospital de pronto socorro. Resultados: No período estudado observou-se uma correlação negativa entre o aumento da taxa de higiene de mãos e os custos relacionados ao consumo de antibióticos de amplo espectro (coeficiente de correlação -0,470; p=0,090), não havendo significância estatística. Também houve uma correlação inversa do aumento da taxa de higiene de mãos e a taxa de incidência de microrganismos multirresistentes (coeficiente de correlação -0,321 e p=0,263), sem significância estatística. Conclusão: A higiene de mãos é uma ação de extrema importância nas ações do controle de infecção hospitalar, sendo um adjuvante na prevenção das infecções hospitalares por microrganismos multirresistentes e na redução de custos relacionados às mesmas. Título: PESQUISA DE MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS EM SUPERFÍCIES EM UM HOSPITAL DE SANTA MARIA-RS Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: CENTRO UNIVERSITARIO FRANCISCANO - UNIFRA Autores: Angela Bortolotto; Ariane Schmitz; Djulia Koegler; Carine Alves Gomes; Ana Paula Becker; Resumo: Introdução: O controle de infecção cruzada em hospitais inclui medidas de higiene básicas, controle do uso de antimicrobianos, bem como a educação contínua da equipe. Bactérias podem ganhar mobilidade e acessibilidade aos seres humanos por meio das mãos, roupas dos profissionais de saúde, por instrumentação (ou procedimentos) ou mesmo através da comida. Objetivos: O objetivo do presente estudo foi rastrear as superfícies que facilitam a aquisição de microrganismos através do contato, e as mãos da equipe frente ao paciente com a intenção de educar continuamente esses profissionais. Métodos: Foram realizadas 13 coletas em superfícies (lençol, bandeja de medicamentos e válvulas das mangueiras do soro) e 10 coletas das mãos dos profissionais (auxiliares de higienização, técnicos de enfermagem, enfermeiros, farmacêuticos e médicos) em um hospital de Santa Maria-RS. As coletas foram realizadas através de swab com meio de transporte e o crescimento e identificação foram realizados no Laboratório Escola do Centro Universitário Franciscano. Resultados: A análise das coletas de superfície revelou a presença de um bacilo-gram negativo na válvula da mangueira do soro de uma das coletas. Esse bacilo posteriormente foi identificado como sendo Pseudomonas aeruginosa pela análise morfológica da colônia em ágar Mac Conkey, prova da oxidase e inoculação em meio TSI. Uma investigação de prontuários revelou que não havia sido isolado o microrganismo no paciente que possuía esse equipo, tratando-se então de uma contaminação cruzada. A análise das mãos da equipe mostrou presença de bactérias em 60% das coletas. A maioria, 67%, tratava-se de cocos gram-positivos, principalmente Staphylococcus coagulase-negativo, entretanto 33% das amostras revelaram a presença de bacilos gram-negativos, inclusive Pseudomonas aeruginosa. Os dados obtidos foram apresentados à equipe permitindo o processo de educação contínua quanto à microbiota normal, uso de luvas e higienização, bem como o esclarecimento de dúvidas pontuais de integrantes da equipe. Conclusão: Mesmo com os cuidados diários preconizados pelo controle de infecção, observamos os fatores de risco de infecção e transmissão de microrganismos patogênicos no hospital pesquisado, o que justifica a coleta de microbiota das mãos da equipe é o trabalho educativo desenvolvido a partir da observação. O presente estudo mostra que mesmo com procedimentos bem preconizados, é necessária a educação continuada para o controle de infecção. Título: PREVENÇÃO DE BIOFILME NOS PRODUTOS PARA A SAÚDE: INTEGRAÇÃO ENSINO SERVIÇO PARA A CAPACITAÇÃO DO PESSOAL DE ENFERMAGEM Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: Autores: Marcio Pereira Melendo; Célia Maria Rabaioli; Carmem Eulália Pozzer; Maristênia Araújo; Simone Travi Canabarro; Rita Catalina Aquino Caregnato; Marcio Pereira Melendo; Célia Maria Rabaioli; Carmem Eulália Pozzer; Maristênia Araújo; Simone Travi Canabarro; Resumo: Introdução: O processamento de produtos para a saúde (PPS), realizado pelo Centro de Material e Esterilização (CME), torna-se cada dia mais complexo devido ao design destes produtos. É um desafio para profissionais oferecer PPS livres de biofilme e endotoxinas. Todo material utilizado não limpo imediatamente permanece com sujidade aderida, favorecendo a formação do biofilme, podendo este transmitir infecções. Desta forma, devem existir processos educativos com a finalidade de capacitar profissionais, estimulando a adesão de medidas preventivas que evitem a infecção. Objetivo: Relatar a experiência de uma intervenção educativa planejada e implementada por acadêmico de enfermagem e enfermeiras através da integração ensinoserviço. Método: Trata-se de relato de experiência de um acadêmico de enfermagem do sétimo semestre, que optou fazer estágio supervisionado no CME da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), e juntamente com professoras e enfermeiras do CME planejaram e implementaram uma capacitação para os profissionais de Enfermagem que atuam nos Centros Cirúrgicos (CC) para a utilização de solução umectante nos PPS, com finalidade de prevenir a formação de biofilme. Resultados: O acadêmico, juntamente com enfermeiras do CME, professoras e a enfermeira representante do produto umectante, planejaram a capacitação em duas etapas: 1) treinamento teórico sobre a utilização de solução umectante nos instrumentais utilizados no CC; 2) workshop sobre técnicas de manipulação para instrumentais de videocirurgia. As duas etapas foram oferecidas em três horários diferentes, permitindo a participação de funcionários dos três turnos. A primeira etapa ocorreu em março de 2015, com a participação de 121 profissionais. No mês seguinte realizou-se a segunda etapa, com presença de 122 profissionais. O acadêmico de enfermagem, juntamente com as enfermeiras, participou ativamente como palestrante e orientador nas duas etapas, permitindo uma integração ensino serviço. Conclusão: O estágio supervisionado da graduação de Enfermagem permite que o acadêmico escolha uma área hospitalar, de sua afinidade, para realizar a última etapa de sua formação. Além de aperfeiçoar sua prática, os acadêmicos devem desenvolver uma intervenção educativa integrando ensino e serviço, contribuindo com o setor que o acolheu. Cursos de graduação de Enfermagem devem preparar seus acadêmicos com teoria e prática para que possam atuar em CME e prevenção de infecção. Título: PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS UTILIZADAS NA IMPLEMENTAÇÃO DE BUNDLES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUINEA Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Autores: Elisângela Rodrigues Boeira; Márcia Käfer Mendonça; Rogério Assunção Tannús; Raquel AparecidaMarra da Madeira Freitas; Resumo: Introdução: A maioria das infecções de corrente sanguíneas está associada a cateteres venosos centrais, e pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão particularmente vulneráveis. O bundle é um pacote de medidas utilizado em ambientes de saúde para a implementação de práticas baseadas em evidências para reduzir as taxas de infecções relacionadas à assistência à saúde. No entanto, se não estiverem aliadas a estratégias educativas que utilizem metodologias ativas, torna-se uma prática verticalizada, o que dificulta sua implementação e efetiva adesão. Objetivo: Identificar as principais estratégias educativas utilizadas na implantação de bundles que resultaram na redução das taxas de infecção corrente sanguinea a um índice próximo a zero em UTI adulto. Método: Consiste em uma Revisão Integrativa da Literatura. Primeiramente foi elaborada e a questão de pesquisa e posteriormente a busca foi realizada nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); US National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed); Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), utilizando como descritores controlados “Bundle and Central Venous Catheter”, no mês de janeiro de 2015. Após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos para comporem a amostra. Resultados: Quatro estudos (40%) atingiram taxa zero por 1000 cateteres/dia após intervenção educativa. Seis estudos (60%) atingiram taxas próximas a zero (menor que 0,9 por 1000 cateteres/dia) após intervenção educativa. Os artigos que atingiram taxa zero apresentaram maior variedade de técnicas e recursos educativos para a redução das infecções de corrente sanguínea. Os recursos mais utilizados foram checklist (80%) e audiovisuais (60%). Dentre as técnicas, 50% dos artigos utilizaram a demonstração, e 40% utilizaram a exemplificação. Conclusão: A implantação de Bundles deve ser acompanhada de estratégias educativas que reduzam a possibilidade de esquecimento, que assegurem a possibilidade de supervisão de sua aplicação prática e otimizem a comunicação entre a equipe de saúde. A associação de diferentes estratégias de ensino em ambientes de saúde promove o desenvolvimento de idéias que facilitam a interiorização de práticas eficazes para a redução de taxas de infecção de corrente sanguínea. As estratégias que privilegiam o foco nas mudanças subjetivas nos sujeitos apresentam maior contribuição para mudanças em suas práticas. Título: QUAL O IMPACTO DO TEMPO DE IMERSÃO DE EQUIPAMENTOS ENDOSCÓPICOS EM ÁCIDO PERACÉTICO NOS CUSTOS COM MANUTENÇÃO? Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ Autores: Cristiane Schmitt; Fernanda Torquato Salles Bucione; Elaine Ferreira Lasaponari; Renata Barco de Oliveira; Marcia Maria Baraldi; Amanda Luiz Pirez Maciel; Resumo: Introdução: Endoscópios são tubos rígidos ou flexíveis providos de lentes. São artigos semicríticos de conformação complexa e sensíveis ao calor, exigindo seu processamento por meio de desinfecção de alto nível. Há questionamentos quanto a danos aos equipamentos relacionados ao tipo de desinfetante, tempo de exposição, composição, pH e concentração. O ácido peracético é um desinfetante de alto nível utilizado na desinfecção de endoscópios. Objetivo: comparar os custos de manutenção e o tempo fora de uso de equipamentos endoscópicos, em dois períodos com tempos de imersão distintos. Método: Estudo observacional, realizado no Centro de Endoscopia de um hospital privado de 371 leitos da Cidade de São Paulo, com três salas de procedimento e média de 1.200 exames/mês. Foram comparados custos de manutenção e o tempo fora de uso de endoscópios em dois períodos de 12 meses, com distintos tempos de exposição ao desinfetante (ácido peracético 0,15%-0,09%). No Período 1 (P1), junho/12 a maio/13, o tempo de imersão dos equipamentos no desinfetante foi de 30 minutos e no Período 2 (P2), junho/13 a maio/14, 10 minutos. A redução do tempo de exposição se deu em razão de novo registro, obtido pelo fabricante, junto a ANVISA, recomendando exposição de 10 minutos. Foram incluídos no estudo equipamentos que passaram por manutenção no P1 e no P2. Resultados: Foram realizados 108 serviços de manutenção, 45 no P1 e 63 no P2. No P1 a média de dias fora de uso foi 100,4 dias contra 62,6 dias no P2. O custo total com serviços de manutenção nos dois períodos foi R$ 1.023.193,14. O custo médio por equipamento foi 43% maior no P1 (R$ 12.638,43) do que no P2 (R$ 7.213,71). Discussão: No P2 houve maior número de manutenções. No P1 os equipamentos ficaram mais dias fora de uso e os custos foram maiores. Isso se justifica pela complexidade dos serviços realizados no P1 os quais incluíram a substituição completa de tubos e de outras peças complexas. Não houve alterações, nem na equipe que realizou os exames, nem na rotina de manutenção dos equipamentos. É possível que o menor tempo de exposição ao desinfetante tenha reduzido a agressão causada nos endoscópios por ação do desinfetante. Os achados evidenciam a importância da revisão periódica das rotinas e a importância do cumprimento às recomendações quanto ao tempo de exposição dos equipamentos aos desinfetantes com vistas ao aumento de sua vida útil e a redução dos custos, sem prejuízo à segurança do processo Título: RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA EM SAÚDE (REMIS) COLABORANDO COM O CONTROLE DE INFECÇÃO Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: UFCSPA Autores: Jamile Dutra Correia; Rita Catalina Aquino Caregnato; Jaqueline Petittembert Fonseca; Teresa Cristina Teixeira Sukiennik; Marcia Arsego; Ariane Baptista Monteiro; Resumo: Introdução: A REMIS da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) em parceria com a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (SCMPA) tem como ênfase a terapia intensiva, articulando a teoria com a prática, consolidando os conhecimentos embasados nas políticas do Sistema Único de Saúde. O Controle de Infecção (CIH) da SCMPA atua como apoio assistencial, buscando a redução de transmissão de microrganismos, controle de infecções associadas a assistência à saúde (IRAS) e adequação e melhoria de processos assistenciais voltados à segurança do paciente. Em virtude da complexidade dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o envolvimento do SCIH às práticas realizadas nesta unidade é intenso e de extrema importância. Objetivo: Relatar a experiência do trabalho em conjunto com o SCIH e a REMIS para a segurança do paciente crítico. Método: Relato de experiência de uma residente de enfermagem (RE) sobre as intervenções realizadas em uma UTI geral de um dos hospitais da SCMPA, outubro de 2014 a abril de 2015. Resultados: Na UTI iniciou-se um trabalho conjunto entre RE e o CIH com a finalidade de diminuir isolamentos e transmissões cruzadas. Realizaram-se observações sobre: adesão aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para pacientes em isolamento; 5 momentos da Higienização das Mãos (HM); e cuidados com os Cateteres Venosos Centrais (CVC). Após dois meses de observações, em dezembro, realizou-se uma capacitação sobre os cuidados com os CVCs, proporcionando discussões para a melhoria do cuidado ao paciente. Em março, o SCIH e a RE fizeram uma reunião sobre a adesão às precauções adicionais com todas as categorias profissionais, apresentando os dados observados e mostrando a necessidade da utilização correta dos EPI, bem como a realização dos 5 momentos da HM. Conclusão: Pacientes internados na UTI possuem maior vulnerabilidade para adquirir infecção, exigindo maior conscientização dos profissionais de saúde para a prevenção e o controle das infecções. Considera-se fundamental o papel da enfermagem para o controle das IRAS. Além disso, é importante que a REMIS trabalhe em conjunto com as áreas de apoio, para a segurança do paciente. A atuação conjunta dos profissionais da UTI e CIH estimula a busca do conhecimento para uma prática segura. A integração dos setores contribui para a qualificação dos serviços assistenciais e de apoio e desenvolvimento de competências dos residentes. Título: SEGURANÇA DO PACIENTE - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA DISSEMINAÇÃO DAS INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTÊNCIA A SAÚDE (IRAS) PARA ACOMPANHANTES E VISITANTES Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: MINISTÉRIO DA SAÚDE Autores: DORACY BARATA APARÍCIO RABELO; ELIETE LANNES MOURA DE OLIVEIRA; Resumo: INTRODUÇÃO: COMBATENDO AS INFECÇÕES HOSPITALARES A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar participa dos treinamentos de todas as categorias profissionais em um hospital, com foco na prevenção e controle das IRAS. Os acompanhantes e visitantes dos pacientes também são inseridos nestes treinamentos, com foco na segurança do paciente e na prevenção da disseminação das infecções hospitalares. Todos, podem contribuir para minimizar o risco de infecção hospitalar. OBJETIVOS: Orientar os acompanhantes e visitantes quanto as medidas simples para prevenir e controlar a disseminação das IRAS METODOLOGIA: Palestra mensais interativa, dinâmica de grupo, reflexões individuais MATERIAL DIDÁTICO: Flip-chart, computador, folderes TEMPO: 50 MINUTOS PÚBLICO ALVO: Acompanhantes e visitantes dos pacientes internados ou em tratamento ambulatorial continuado (Hospital-Dia) e Interessados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A ação mais importante é a higienização das mãos. Lave as mãos utilizando o sabão apropriado e/ou álcool gel, antes e depois da visita. Eles são fornecidos pelo hospital. Caso você chegue no Hospital e não esteja disponibilizado na pia o sabão e o papel toalha, solicite ao serviço de enfermagem. CONCLUSÃO: A prevenção da infecção está diretamente ligada à lavagem correta das mãos pelos profissionais da área da saúde, é a medida mais simples e econômica para reduzir infecções hospitalares. Ressaltamos que é necessário lavar as mãos dentro da técnica sempre antes e depois de qualquer contato com qualquer paciente e superfícies de ambientes próximos a ele, como o quarto onde o paciente está e seus objetos. Esta recomendação da lavagem das mãos se estende para acompanhantes e visitantes de pacientes. Essa parceria com a família auxilia no tratamento do paciente e reforça as ações de humanização da assistência nos nossos serviços de saúde. Título: SEPSE: DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: Autores: Cibele Duarte Parulla; Amanda dos Santos Fragoso; Cecília Dias Flores; Simone Travi Canabarro; Rita Catalina Aquino Caregnato; Resumo: Introdução: A campanha mundial sobre Sepse, apoiada pelo Ministério da Saúde, o Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) que tem como metas: 1) inserir a sepse na agenda de desenvolvimento; 2) mobilizar os envolvidos; 3) apoiar a implantação de diretrizes internacionais de sepse; 4) envolver os sobreviventes de sepse e os enlutados por ela; 5) assegurar que existam instalações suficientes para tratamento, reabilitação e equipes bem treinadas. Em consonância com a meta dois e cinco, espera-se que os profissionais estejam capacitados para atendimento precoce desta patologia, identificando precocemente a sepse, diminuindo os percentuais de mortalidade. Objetivo: Criar, implementar e avaliar um curso de extensão sobre sepse na modalidade à distância utilizando Objetos de Aprendizagem (OAs) em um ambiente virtual. Método: Estudo de intervenção educativa qualiquantitativo. Desenvolveu-se um curso intitulado “Sepse: abordagem multidisciplinar”, seguindo o modelo ADDIE (Analysis, Design, Development, Implementation, and Evaluation), inscrito na modalidade de Extensão e aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Curso gratuito oferecido para preceptores, tutores, residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde com ênfase em intensivismo, profissionais da saúde de outras instituições e acadêmicos de cursos da saúde. O planejamento e a criação do curso ocorreram em 2013, sendo implementado por duas vezes em 2014. A primeira edição ocorreu em janeiro com 59 inscritos, servindo de piloto; a segunda edição foi em agosto com 57 participantes que realizaram a avaliação do curso. Resultados: Utilizou-se o software exe-Learning para construção dos OAs, o conteúdo dividiu-se em seis módulos, construídos com conceitos teóricos e práticos sobre sepse, tendo a carga horária de 30 horas com duração de um mês. A satisfação dos 57 participantes da segunda edição do curso foi avaliada por meio de uma escala de Lickert. Destes 73,68% fizeram a avaliação, a maioria positiva, demonstrando bom aproveitamento. Quanto aos conteúdos desenvolvidos, 100% concordaram que foi satisfatório. Conclusão: O objeto de aprendizagem em EAD foi relevante e capaz de atender a demanda da equipe multiprofissional evidenciado pelo número de participantes inscritos e interesse do tema. A avaliação evidenciou curso bem elaborado, com bom aproveitamento. Título: SOBREAVISO PARA ENFERMEIROS DO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CIH), UM SERVIÇO DE QUALIDADE 24 HORAS POR DIA, 7 DIAS POR SEMANA Temário: Educação aplicada ao Controle de Infecção Instituição: HNSC/GHC Autores: Karen da Silva Viana; Lahir Chaves Dias; Roberta Frantz de Almeida; Morgana Sabio Schally; Sharlene Rodrigues Barbosa; Resumo: Introdução: O sobreaviso para enfermeiros iniciou em 2006, a partir da necessidade de organizar e gerenciar os leitos de isolamento do Hospital N.S. Conceição. Foi uma iniciativa dos enfermeiros do controle de infecção (CI), que disponibilizaram seus telefones particulares para esclarecimentos de dúvidas relacionadas principalmente ao manejo dos pacientes sob precauções/isolamento, sem que este trabalho fosse remunerado. Antes de isto ocorrer, era frequente o agrupamento de pacientes de forma inadequada durante a noite e finais de semana pela equipe assistencial ou pela central de leitos e sub aproveitamento destes leitos. Esta iniciativa foi se tornando indispensável para as equipes assistenciais e a Instituição formalizou o sobreaviso nos finais de semana, passando a ser remunerado a partir de 2007. Com a evolução da prestação deste serviço e a demanda que surgia, em 2011 o sobreaviso foi estendido para todas as noites a partir das 19h, ficando então das 19h às 07h em dias úteis e 24 horas aos finais de semana e feriados. Este regime de trabalho está previsto no artigo 244 da CLT, § 2º onde se considera de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Conforme o Conselho Federal de Enfermagem é vedado ao enfermeiro assistencial trabalhar em regime de sobreaviso. Não há parecer a respeito da atividade aos enfermeiros administrativos. Objetivos: Relatar a rotina dos enfermeiros que realizam sobreaviso em controle de infecção, no gerenciamento de leitos de isolamento e orientação das equipes assistenciais relativas à implantação das medidas de bloqueio epidemiológico. Tem como foco o apoio técnico aos profissionais assistenciais, auxiliando no atendimento das particularidades dos pacientes e das unidades assistenciais. Método: Foi utilizada a abordagem qualitativa descritiva, procurando demonstrar a atuação do enfermeiro do CI junto à equipe assistencial. Resultados: Gerenciamento dos 95 leitos de isolamento, com pacientes procedentes das unidades de internação, emergência, Unidade de Pronto Atendimento e Hospital de Retaguarda, objetivando otimizá-los, reduzindo tempo de espera e minimizando risco de transmissão cruzada. Conclusão: Concluímos que o serviço de sobreaviso para enfermeiros do CI diminui o risco de erros no manejo destes pacientes e otimiza a ocupação dos leitos de isolamento, favorecendo a prestação de cuidados com segurança e qualidade. Título: A VIGILÂNCIA MICROBIOLÓGICA COMO RELEVANTE APORTE À PREVENÇÃO DE INFECÇÕES Temário: Microbiologia Instituição: MV Autores: Leonardo Antônio Ferreira dos Santos; Eunice Botelho Barata de Almeida; Resumo: INTRODUÇÃO O acompanhamento dos resultados de exames microbiológicos, através de integração do sistema de controle de infecção com os resultados liberados pelo laboratório clínico permite ações rápidas e efetivas na prevenção dos impactos de infecção em ambiente hospitalar ou de outra natureza. OBJETIVOS Evidenciar as facilidades e ganhos operacionais e gerenciais para o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) na utilização de monitor de vigilância microbiológica que interatue, em “tempo real”, com os laudos de exames do tipo cultura onde ocorra crescimento de micro-organismos definidos como de interesse específico para toda a instituição de saúde ou setor específico (UTI, UCI etc). MÉTODOS Com base de dados Oracle, sistema informático utilizando plataforma Java/Flex, configurável pelos infectologistas do Serviço de Controle de Infecção, permitirá acompanhamento dos resultados dos exames laboratoriais de qualquer natureza (biomarcadores e de tipo cultura), de forma automática. Estes informes poderão ser apresentados de forma gráfica, com semáforos com cores distintas, referente alerta de criticidade: bactérias multirresistentes, anaeróbicos etc. RESULTADOS Com a utilização deste monitor, permite-se a tomada de decisões de forma mais efetiva e produtiva. As atividades do SCHI ganharão em tempo e qualidade do serviço, permitindo a tabulação de dados estatísticos comparativos que possibilitem a rastreabilidade e cruzamento de “cepas” por áreas de hospitalização, aportando em análise epidemiológica, sobre o uso racional de antibióticos e de outras naturezas que, em última análise, criarão sinergia e interação nas ações com outros profissionais: enfermeiros, farmacêuticos etc. CONCLUSÕES O SCIH, ao obter dados de relevância, integrado com o Laboratório Clínico, terá acesso a ferramentas que permitirão um planejamento estratégico por períodos de tempos definidos, através da utilização de Portal de Indicadores e o estabelecimento de metas, com a utilização de monitor/KPI, acompanhando, diariamente, o surgimento de tendências ou variáveis que possam extrapolar “limites” previamente definidos. Esta plataforma apoiará ações preventivas e de controle no surgimento de micro-organismos multirresistentes ou de outra natureza que, igualmente, possam gerar surtos em unidades do serviço hospitalar. Título: ACINETOBACTER BAUMANNII PRODUTOR DE OXA-72 EM PORTO ALEGRE: EMERGÊNCIA DE UM NOVO GRUPO CLONAL Temário: Microbiologia Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Autores: Mariana Pagano; Lisiane Rocha; Andreza Francisco Martins; Jorge Sampaio; Afonso Luis Barth; Resumo: Introdução: A produção de oxacilinases é um dos principais mecanismos envolvidos na resistência em Acinetobacter baumannii. Isolados produtores de OXA-72 (pertencente ao grupo OXA-24-like) são raros no Brasil e até o momento só foram descritos casos em São Paulo e no Recife. Para caracterizar e investigar a circulação das cepas e origem do gene, se faz necessário o uso de técnicas de tipagem que permitam comparar os dados provenientes de diferentes laboratórios, deste modo, o MLST é uma ferramenta extremamente útil. Objetivo: Caracterizar por MLST os dois primeiros isolados de A. baumannii produtores de OXA-72 de Porto Alegre. Métodos: Foram selecionados 34 isolados de Acinetobacter spp. resistentes aos carbapenêmicos no ano de 2013. A identificação a nível de espécie foi feita por PCR para o gene gyrB com posterior sequenciamento. O perfil de suscetibilidade dos isolados foi determinado por disco-difusão, para ampicilina-sulbactam, ceftazidima, cefepime, imipenem, meropenem, gentamicina e amicacina (M100S13 CLSI). A concentração inibitória mínima da polimixina foi determinada por microdiluição em caldo (M7-A9). Para a pesquisa de oxacilinases foi utilizada PCR multiplex (OXA-23-like, OXA-24-like, OXA-51-like, OXA-58-like e OXA-143-like). Isolados positivos foram sequenciados para confirmação do gene. A tipagem molecular foi realizada utilizando MLST (Instituto Pasteur) através da amplificação de sete genes housekeeping. Os produtos de amplificação foram sequenciados e analisados com base no banco de dados do próprio instituto. Resultados: Dois isolados foram positivos para o gene OXA-24-like, que por sequenciamento foi confirmada como sendo OXA-72. A análise do gyrB confirmou a identificação dos isolados como A. baumannii e ambos apresentaram resistência a todos os antibióticos avaliados, com exceção da polimixina (MICs de 1 e 2 mg/L). A análise dos perfis alélicos gerados pelo MLST revelou a presença de uma nova sequence type (ST), que será registrada no banco de dados do Instituto Pasteur. Conclusão: Neste estudo descrevemos uma nova ST para os primeiros isolados de A. baumannii produtores de OXA-72 de Porto Alegre. Cabe ressaltar que até o momento não há relatos caracterizando as STs de A. baumannii produtores de OXA-72 circulantes no Brasil. Este fato ressalta a importância deste trabalho na avaliação da disseminação clonal destas cepas, permitindo sua contextualização na epidemiologia global de isolados de A. baumannii multirresistentes. Título: ADAPTAÇÃO DE MÉTODO MOLECULAR PARA O DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES ENTÉRICAS À PARTIR DE SWAB FECAL CAUSADAS POR ESCHERICHIA COLI DIARREIOGÊNICA Temário: Microbiologia Instituição: CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO Autores: Marlon Marcelo Corrêa Moro; Bruna Schult Bandeira; Sidnei Iensen Felicidade; Karoline Prediger; Cibelle de Borba Dallagassa; Cyntia Maria Telles Fadel Picheth; Rodrigo de Almeida Vaucher; Bruno Stefanello Vizzotto; Resumo: A doença diarreica é uma das principais causas de mortalidade e morbidade entre crianças menores de 5 anos de idade, representando 711.800 mortes e 1.731 milhões casos, com uma incidência de 2,7 episódios de diarreia por criança ao ano. Cepas de E. coli diarreiogênica (DEC) configuram importante causa de diarreia entre crianças em países em desenvolvimento, e baseados em fatores de virulência específicos e características fenotípicas são divididas em E. coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enteropatogênica típica e atípica (tEPEC e aEPEC), E. coli enteroinvasora (EIEC), E. coli enteroagregativa (EAEC), E. coli difusamente aderente (DAEC) e E. coli produtora de toxina Shiga (STEC). O objetivo deste estudo foi realizar a adaptação de uma técnica de extração de DNA genômico bacteriano à partir de swabs fecais acoplada à identificação das principais classes de DECs por multiplex qPCR com vistas ao fomento de dados epidemiológicos sobre sua incidência, e demonstrar o verdadeira impacto das DECs como agentes causadores de diarreia aguda na população atendida em Santa Maria-RS. As amostras clínicas fecais (n=06) armazenadas em swabs de transporte STUART, além das cepas controle 23LM (EAEC), 57LM (DAEC), O157H7 (STEC), 259a (aEPEC) e LCL01 (EIEC), foram incubadas previamente em caldo BHI por 24h/37°C e submetidas à extração de DNA genômico pela técnica de fenol-clorofórmio com alterações. A detecção molecular das DECs foi realizada por multiplex qPCR (Swift Spectrum 48, ESCO®) utilizando SYBR Green I (Ludwig®) como método de detecção, além de primers específicos para os genes daaC, stx1, stx2, eae, pEAF, aatA, elt, est e ipaH. O ensaio de multiplex qPCR detectou 02 cepas de DECs dentre as amostras analisadas, ambas classificadas como DAEC por meio da comparação da temperatura de melting dos amplicons gerados (daaC, 87°±0,2°C) com a cepa controle, e pelo sequenciamento dos mesmos (ABI-Prism 3500 Genetic Analyzer, Applied Biosystems). Desta forma, denota-se que a utilização de swabs fecais deve ser considerada uma alternativa no diagnóstico molecular de infecções entéricas causadas por DECs se o espécime fecal não estiver disponível prontamente, demonstrando que técnicas como a qPCR trazem enorme ganho quanto ao diagnóstico de doenças infecciosas, tornando possível seu uso na rotina laboratorial assim como em estudos de vigilância epidemiológica. Título: ANÁLISE DA EFETIVIDADE DE CULTURAS DE VIGILÂNCIA PARA PREVENIR A INCIDÊNCIA DE ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS EM ESPÉCIMES CLÍNICOS Temário: Microbiologia Instituição: HOSPITAL MÃE DE DEUS Autores: Francyne Sequeira Lopes; Juliana Gil Prates; Gabrielli Paré Guglielmi; Diego Jung Stumpfs; Gabriel Azambuja Narvaez; Diego Jung Stumpfs; Resumo: INTRODUÇÃO: Atualmente, o maior desafio em relação à prevenção e controle de infecções está na contenção da disseminação de micro-organismos multirresistentes. Dentre estes, particularmente a resistência das enterobactérias aos carbapêmicos (ERC) é preocupante pelas reduzidas opções terapêuticas e mortalidade de 40 a 50% em 30 dias. Em referências encontramos como uma das medidas de prevenção de ERC as culturas de vigilância. OBJETIVOS: Analisar a efetividade das culturas de vigilância para prevenir a incidência de ERC em espécimes clínicos. MÉTODOS: Estudo descritivo, quantitativo e prospectivo. A população do estudo são pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo Adulto e Unidade de Cuidados Especiais de um hospital privado de Porto Alegre-RS. Os dados foram coletados entre junho/13 e março/15, quando foram coletados swabs de vigilância para ERC e comparados às culturas clínicas. RESULTADOS: Foram analisadas as pesquisas de vigilância por períodos: junho/13 a agosto/14 (período 1) e setembro/14 a março/15 (período 2). No período 1, a positividade dos swabs retais foi de 80% e a incidência em amostras clínicas 20%. No período 2, observou-se 79% de positividade em swabs retais e 21% de incidência em amostras clínicas. Como não houve redução da incidência em amostras clínicas com a identificação dos pacientes colonizados e a instalação de precaução de contato, analisamos a incidência em amostras clínicas e swab retal mês a mês, o que também não demonstrou relação. CONCLUSÃO: Diante dos resultados encontrados, identificamos que a proporção de swabs de vigilância e culturas clínicas positivas para ERC se manteve nos mesmos níveis e, em contraponto à literatura, não evidenciamos relação entre as variações na pressão de colonização e o isolamento em amostras clínicas. Estes achados nos levam a inferir que, na nossa experiência, a busca ativa para verificar colonizados e a subsequente instituição de medidas de precaução de contato, não demonstrou relação com a incidência em amostras clínicas. Título: ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO E MICROBIOLÓGICO DE PACIENTES COM INFLUENZA LIKE Temário: Microbiologia Instituição: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL - AGIH Autores: Jéssica Chaves; Patrícia Micheli Tabile; Gabriela Hochscheidt Mahl; Mariana Grossi; Eliane Carlosso Krummenauer; Janete Aparecida Machado; Marcelo Carneiro; Resumo: Introdução: A Síndrome Respiratória Aguda Grava (SRAG) é que acomete indivíduos de qualquer idade, com Síndrome Gripal e que apresentem dispneia ou sinais de gravidade, podendo causar hipoxemia severa e óbitos. Por isso, torna-se útil traçar o perfil do pacientes acometidos pela doença, a fim de possibilitar a elaboração de diferentes estratégias. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes que internaram no Hospital Santa Cruz (HSC) por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Materiais e Métodos: Estudo descritivo de abordagem quantitativa e exploratória, sendo realizado por meio da análise de fichas de notificação compulsória do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) dos casos de SRAG no ano de 2014, da 15º a 53º Semana Epidemiológica (SE), preenchidas no Hospital Santa Cruz, da cidade de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul. A análise dos dados foi realizada no SPSS versão 22.0. Resultados: Dos 84 casos de SRAG, 79 realizaram pesquisa viral por imunofluorescência. Somente 1 (1,2%) confirmou a etiologia por Influenza A, os demais foram: 15 pacientes com Vírus Sincicial Respiratório (17,9%), 7 com Vírus H3N2 (7,1%), 2 com Parainfluenza (2,4%) e 1 Adenovírus (1,2%), sendo os demais negativos (66,7%). A distribuição do sexo se deu com 39 mulheres (46,4%) e 45 homens (53,6%). A faixa etária média foi 14 anos (±25) variando de 1 mês a 98 anos. Estavam vacinados 22 pacientes (26,2%). Os sintomas observados foram: febre em 82 pacientes (97,6%); dispneia 82 (97,6%); disfunção respiratório em 81 (96,4%); tosse em 67 (79,8%); hipoxemia em 19 (22,6%); mialgia em 16 (19%) e convulsões em 1 (1,2%). O tempo médio entre o início dos sintomas entre a internação foi de 6,82 dias. O tempo media de internação foi de 8,53 dias. Necessitaram de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) 14 pacientes (17,2%). A dispensação do oseltamivir ocorrem para 73 pacientes (86,9%) Evoluíram para óbito 6 pacientes (7,1%). Conclusão: Houve predomínio de crianças entre os pacientes, explicando, assim, o predomínio de VSR. As condutas baseadas na clínica elevaram o uso de oseltamivir. A vacina da gripe é a única medida preventiva eficaz, apesar de não ser 100% efetiva. Observou-se baixa sensibilidade do teste de imunofluorescência, sendo somente um caso para Influenza A. Assim, entende-se que novas metodologias, mais sensíveis e rápidas, que sejam disponíveis em tempo útil, podem ser a solução deste problema. Título: AVALIAÇÃO CLONAL APÓS DETECÇÃO DOS GENES BLAKPC, BLAVIM E BLAOXA 48 EM CEPAS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE RESISTENTES AOS CARBAPENÊMICOS Temário: Microbiologia Instituição: HOSPITAL FEDERAL DA LAGOA Autores: Bianca de Oliveira Fonseca; Elsie Storch Borges; Claudia Flores Sijas; Ana Paula Silva de Souza; Elizângela Paiva Pinheiro; Ana Lúcia Munhoz Cavalcanti de Albuquerque; Resumo: Introdução: As carbapenemases são enzimas produzidas por bactérias Gram negativas (BGN), que têm a capacidade de inativar os carbapenêmicos. Segundo Ambler, existem três classes de carbapenemases, classe A (serina carbapenemase), classe B (metalobetalactamases) e classe D (OXA-tipo carbapenemases). Os genes que codificam as carbapenemases estão localizados em plasmídios e podem ser transferidos entre diferentes espécies bacterianas. As enterobactérias atualmente também podem adquirir New Delhi Metalobetalactamase (NDM) e são usualmente resistentes a todos os betalactâmicos e carbapenêmicos, tornando as opções terapêuticas limitadas. Objetivo: Avaliar a similaridade clonal após detectar os genes blaKPC, blaOXA48, blaVIM de 68 cepas de Klebsiella pneumoniae resistentes aos carbapenêmicos isoladas através de culturas de vigilância em duas unidades de terapia intensiva (Pediátrico e Adulto) de um hospital terciário do Rio de Janeiro. Metodologia: Após semeadura dos swabs retais, foram isoladas cepas de Klebsiella pneumoniae resistentes aos carbapenêmicos (imipenem, meropenem e ertapenem) e submetidas aos ensaios de Polymerase chain reaction (PCR) para visualização de produto de amplificação compatíveis com genes codificadores de carbapenemases e submetidas ao ERIC-PCR, sendo considerado o mesmo clone quando apresentaram percentual de similaridade acima de 90%. Resultados: Das cepas analisadas, 39,7% das cepas apresentaram resistência a todos os carbapenêmicos testados, 54,4% das cepas foram positivos para o gene blaKPC, 16,27% para o gene blaOXA48, 7,4% para blaVIM e não foi detectado o gene blaNDM. Foi observada uma grande diversidade clonal (66 clones) no total de 68 cepas. Discussão: A multirresistência é um fenômeno mundial de importância extrema devido à escassez de antimicrobianos disponíveis para o tratamento das infecções provocados por esses microrganismos. Torna-se cada vez mais importante o conhecimento da colonização dos pacientes através da coleta de swabs de vigilância, para identificação do perfil epidemiológico e microbiológico, levando em consideração a admitssão nestas unidades de pacientes provenientes de diversas instituições hospitalares do Estado do Rio de Janeiro. Esta medida pode auxiliar o controle da disseminação da multirresistência em conjunto com outras ações preventivas. Título: COLONIZAÇÃO NASAL POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS NOS PROFISSIONAIS DE CENTRO CIRÚRGICO E UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Temário: Microbiologia Instituição: HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA Autores: Lisiane Paula Sordi; Ana Paula da Silva Costa; Claúdia Carina Conceição Dos Santos; Elisiane Goveia da Silva; Ivana Trevisan; Rosane Vargas Muniz; Resumo: INTRODUÇÃO: O Staphylococcus aureus é um microorganismo comumente encontrado na pele. Os cocos gram-positivo como um grupo constituem a causa mais comum de infecções de sítio cirúrgico, sendo o Staphylococcus aureus o organismo identificado com maior freqüência. O mesmo é hemolítico, parasitário, patogênico e coagulase-positivo. As infecções por esta bactéria pode levar a hospitalizações prolongadas e resultar em morte, encontrado nas vias nasais de 30% a 50% da população adulta. As cavidades nasais e faríngeas humanas são os reservatórios mais importantes que suprem continuamente o ambiente externo. OBJETIVO: Identificar a colonização nasal por Staphylococcus aureus nos profissionais da unidade de centro cirúrgico e unidade de terapia intensiva em uma instituição hospitalar na região metropolitana de Porto Alegre. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica descritiva transversal. A coleta de dados e material (amostra nasal) foi obtida após assinatura do consentimento apresentado ao mesmo. Participaram da pesquisa 34 funcionários do centro cirúrgico e 72 funcionários da unidade de terapia intensiva, um total de 106 participantes. RESULTADOS: Quando encontrado nos profissionais da sala de cirurgia mais amiúde nas vias respiratórias, aumenta muito o potencial para infecções de sítio cirúrgico. Identificou-se a positividade das amostras para Staphylococcus aureus em 11% dos funcionários da unidade de terapia intensiva e 18% dos funcionários do centro cirúrgico, um total de 13% dos funcionários nas duas áreas pesquisadas. Sendo este um dos principais causadores de infecções, onde os portadores podem eliminar este microorganismo e contaminar o sítio cirúrgico. A partir do conhecimento do profissional quanto a sua condição de portador requer medidas para descolonização, ampliando a percepção dos funcionários quanto ao controle das infecções e prevenções de surtos. Com a estratégia de descolonização deste profissionais foi considerado necessário o uso de mupirocina creme, antibiótico tópico utilizado neste casos, assim como banhos com clorexidine degermante. CONCLUSÃO: Entende-se que ampliar a visão dos profissionais envolvidos frente ao controle das infecções por Staphylococcus aureus, através de tratamento, medidas educativas e capacitações específicas, reflete positivamente na segurança e qualidade assistencial. Título: COMPARAÇÃO ENTRE DUAS METODOLOGIAS DE DIAGNÓSTICO RÁPIDO DE CARBAPENEMASES: “CARBANP” E “BLUE CARBA” Temário: Microbiologia Instituição: UFRGS Autores: Lisiane Rech Pancotto; Carolina Silva Nodari; Franciéli Pedrotti Rozales; Afonso Luís Barth; Resumo: INTRODUÇÃO:A produção de carbapenemases representa o principal mecanismo de resistência aos antibióticos carbapenêmicos em isolados da família Enterobacteriaceae. Bactérias produtoras dessas enzimas têm sua prevalência cada vez mais aumentada em infecções nosocomiais, sendo que, no Brasil, KPC já é considerada endêmica no ambiente hospitalar, seguida por NDM, GES e OXA-48-like. Sendo assim, a utilização de metodologias rápidas e de baixo custo para a detecção de carbapenemases é essencial para o correto manejo do paciente no que tange à farmacoterapia, bem como as medidas de controle de infecção. Duas metodologias foram recentemente descritas para a rápida detecção de carbapenemases, ambas baseadas na capacidade do microrganismo de hidrolisar imipenem: o “CarbaNP” (já incluída no CLSI 2015)e o “Blue Carba”. OBJETIVO:O objetivo deste trabalho foi comparar as metodologias “CarbaNP” e “BlueCarba” para a detecção de carbapenemases em isolados clínicos da família Enterobacteriaceae. MÉTODOS:Isolados provenientes de cinco hospitais da cidade de Porto Alegre tiveram seu perfil de susceptibilidade aos carbapenêmicos determinado por discodifusão e foram submetidos à PCR multiplex em tempo real para a detecção dos genes blaNDM, blaOXA-48-like, blaIMP, blaVIM, blaKPC e blaGES. Um total de 25 isolados resistentes aos carbapenêmicos e com resultado positivo para a pesquisa genotípica de carbapenemases (8 KPC positivas, 6 NDM, 6 OXA-48-like, 3 GES e 2 IMP) bem como 25 isolados sensíveis a tais antibióticos e negativos para os genes pesquisados, foram submetidos às duas metodologias. A variação de cor do meio em ambas as metodologias foi avaliada em intervalos de 15 minutos por até duas horas de incubação. RESULTADOS:Considerando qualquer mudança de cor nos indicadores de pH, foi possível estabelecer que “Carba NP”apresentou Sensibilidade (S) de 72% e Especificidade (E) de 96%. O “BlueCarba” apresentou S de 92% e E de 88%. Amostras produtoras de OXA-48-like e GES foram responsáveis pela maioria dos resultados falsosnegativos em ambas as técnicas. O resultado final na metodologia do “CarbaNP” se mostrou estável após 60 minutos do início da incubação; o “BlueCarba”necessitou de 90 minutos. CONCLUSÃO:O “CarbaNP” apresentou especificidade maior mas sensibilidade consideravelmente menor que o “BlueCarba”. Como estas metodologias são propostas como testes de triagem, o “BlueCarba” se apresenta como técnica mais adequada conforme os resultados obtidos nesse estudo. Título: DESCRIÇÃO DOS CASOS DE ENTEROBACTERIAS PRODUTORAS DE CARBAPENEMASE SUBTIPOS OXA E NDM EM HOSPITAL DE PORTO ALEGRE Temário: Microbiologia Instituição: UNIVERSIDADE FEEVALE Autores: Juliane de Souza Scherer; Ricardo de Andrade Calvetti; Daniele Spilki; Resumo: Introdução: A preocupação em combater a propagação dos microrganismos multirresistentes, cada vez mais prevalentes nas Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS) tornou-se frequente entre profissionais e gestores de saúde em esfera mundial. Identificar os microrganismos envolvidos nas IRAS é essencial para traçar estratégias de prevenção. Neste contexto, a resistência aos carbapenêmicos em enterobactérias é particularmente preocupante em função de sua alta mortalidade (de 40 a 50% em 30 dias) e pelas reduzidas opções de tratamento. Entre as carbapenemases, enzimas capazes de degradar os carbapenêmicos e demais betalactâmicos, os subtipos KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), NDM (New Delhi Metallobetalactamase) e OXA (Oxa-carbapenemase) são encontrados no estado. Objetivo: descrever os casos de enterobatérias produtoras de carbapenemase (EPC) subtipos OXA e NDM em um hospital público de Porto Alegre. Método: Trata-se de pesquisa transversal, utilizando o banco de dados da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do hospital em estudo. A coleta de dados ocorreu após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa no mês de abril de 2015. A amostra englobou os casos confirmados de EPC subtipos OXA e NDM de janeiro a dezembro de 2013. Resultados: Foram identificados 34 casos de EPC, sendo 22 casos confirmados do subtipo OXA-48 e 12 casos do subtipo NDM. Entre os pacientes portadores do subtipo OXA-48, os homens totalizaram 77,3% (n=17) e a colonização superou em muito a infecção 81,2% (n=18); a mortalidade atingiu 54,5% dos casos (n=12), sendo que o microrganismo mais prevalente foi a Klebsiella pneumoniae (45,5% n=10). Os homens somaram 58,4% dos casos de NDM (n=7), com predominância de colonizações 83,3% em isolados de Enterobacter cloacae (n=10), cuja mortalidade atingiu 58,3% (n=7). Conclusões: A elevada mortalidade foi detectada nesta pesquisa, assim como a prevalência de colonizações. Portanto, a detecção precoce destes mecanismos de resistência pode contribuir para evitar sua disseminação. Referências: BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica Nº01/2013. Medidas para prevenção e controle de infecções por enterobactérias multirresistentes. Brasília, 2013. MARTINS, A.F et al. Manual de Controle e Monitoramento de Microrganismos Multirresistentes. J Infect Control, v.2, n.4, p.153-175, 2013. Título: DETECÇÃO DE STREPTOCOCCUS DO GRUPO B OU STREPTOCOCCUS AGALACTIAE EM SWABS VAGINAIS E RETAIS DE MULHERES GRÁVIDAS DO SUL DO BRASIL Temário: Microbiologia Instituição: LABORATÓRIO WEINMANN Autores: Lisiane da Luz Rocha; Jaqueline Becker Pinto; Ana Paula Basso; Juliana Guardiola Ferreira; Claudia Justin Blehm; Marcelle Duarte Alves; Jorge Luiz Mello Sampaio; Resumo: Introdução: A colonização materna por Streptococcus do grupo B de Lancefield (GBS) ou Streptococcus agalactiae durante o parto é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença neonatal de início precoce, resultando em morbidade e mortalidade em lactentes no mundo inteiro. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomenda a triagem prénatal para a colonização vaginal-retal com GBS para todas as mulheres grávidas com 35 a 37 semanas de gestação. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo avaliar a prevalência de GBS em mulheres grávidas no estado do Rio Grande do Sul e a sensibilidade da metodologia de detecção direta com o caldo Granada Bifásico (BioMérieux, Marcyl`Étoile, France) associado com o subcultivo no meio chromID™ CPS(BioMérieux, Marcyl`Étoile, France). Para isso, foi realizado um estudo com amostras clínicas de swabs vaginais e retais de mulheres grávidas do Laboratório Weinmann no mês de abril de 2015. Método: Um total de 105 swabs vaginais e 105 swabs retais foram inoculados no caldo Granada bifásico por 48 horas a 35±2°C. As leituras foram realizadas visualmente através do aparecimento ou não da coloração alaranjada. A sensibilidade do caldo Granada bifásico foi avaliada através do subcultivo das amostras negativas em meio chromID™ CPS e incubadas por 24 horas a 35±2°C. Colônias sugestivas de GBS no chromID™ CPS foram selecionadas para o teste de CAMP. Resultados: A prevalência de GBS foi de 30,48% (32/105), a mesma encontrada para amostras de swabs vaginais e retais. A sensibilidade da detecção direta com o caldo Granada foi de 91,42% frente à metodologia considerada “padrão-ouro”, no caso, neste estudo, a incubação no caldo Granada associado com o subcultivo em chromID™ CPS. Para três amostras de swabs vaginais e três amostras de swabs retais houve resultados falsos negativos, que não foram detectados com o caldo nas 48hs, mas sim, após a semeadura em chromID™ CPS. Conclusão: Neste estudo pode-se observar que a colonização por GBS em mulheres grávidas no sul do Brasil foi semelhante à incidência encontrada mundialmente. A metodologia de detecção direta de GBS apenas com o uso do caldo Granada apresentou limitações na detecção de seis amostras. O caldo Granada bifásico é um rápido e eficaz meio de triagem para a detecção de GBS, sua limitação deve-se ao crescimento de cepas não beta-hemolíticas. Desta forma, resultados negativos devem ser sempre associados com a semeadura em um meio complementar. Título: IDENTIFICAÇÃO, PREVALÊNCIA E PADRÃO DE SUSCETIBILIDADE AOS ANTIBIÓTICOS DE KLEBSIELLA OXYTOCA ISOLADAS À PARTIR DE CASOS CLÍNICOS DE GASTROENTERITE Temário: Microbiologia Instituição: CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANSCISCANO Autores: Jéssica Gracioli Wiethan; Aline Rossato; Marlon Moro; Bruna Schultz; Luciele de Menezes da Conceição Marques; Gabriela Maciel; Renata da Silva Pereira; Bruno Vizzotto; Resumo: Klebsiella oxytoca, bacilo gram-negativo pertencente à família Enterobacteriaceae ubíquo no ambiente, pode ser isolada a partir da pele, mucosas, orofaringe e intestino de humanos e animais saudáveis. Embora a maioria dos indivíduos infectados com K. oxytoca permaneça assintomática, é considerado um agente patogênico oportunista associado com infecções nosocomiais em pacientes hospitalizados, incluindo crianças e recém-nascidos. Seu principal reservatório constitui o trato gastrointestinal, sendo as mãos da equipe hospitalar o mais importante veículo de sua transmissão, tendendo a causar surtos hospitalares com cepas multirresistentes produtoras de beta-lactamase de espectro estendido, também sendo o agente etiológico da colite hemorrágica associada ao uso de antibióticos. Este trabalho objetivou avaliar a incidência e o perfil de sensibilidade de isolados clínicos de K. oxytoca à partir de pacientes com quadro diarreico atendidos em Santa Maria-RS, Brasil. Amostras fecais provindas de diferentes Laboratórios Clínicos da cidade foram inoculadas em ágar MacConkey, incubadas por 24h, onde colônias mucoides fermentadoras de lactose foram sujeitas à métodos bioquímicos padrão de identificação, sendo as cepas suspeitas de K. oxytoca confirmadas pelo sistema Api20E (BioMerieux, Marcy-l‘Etoile, França). O perfil de sensibilidade foi analisado pelo método de disco-difusão segundo o protocolo do CLSI. Entre Dezembro de 2014 e Abril de 2015, um total de 90 amostras fecais diarreicas foram testadas, sendo confirmados 10 (11%) isolados de K. oxytoca, em pacientes com idades entre 02 e 52 anos, sendo 3% destes com idade inferior à 10 anos. A taxa de resistência encontrada foi de 100% para Imipenem, 80% para Ampicilina e Cefotaxima, 60% para Cefazolina, 30% para Aztreonam, 20% para Cefuroxima e Ceftriaxona e 10% para Ciprofloxacina. Denota-se um elevado perfil de resistência ao carbapenêmico Imipenem, assim como resistencia à cefalosporinas de amplo espectro e aztreonam, mas suscetibilidade ao Ciprofloxacino. Assim, mostra-se um elevado perfil de resistência de K. oxytoca dentre as cepas isoladas em Santa Maria-RS, o que enfatiza a importanância da rápida detecção de microrganismos transportando o gene de resitência com testes de confirmação fenotípicos e moleculares, medida essencial para o estabelecimento de opções terapêuticas e medidas de controle eficazes para patógenos oportunistas. Título: INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES POR ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS EM PACIENTES PREVIAMENTE COLONIZADOS EM SWAB RETAL Temário: Microbiologia Instituição: Hospital São Lucas da PUCRS Autores: Paola Hoff Alves; Paula Luttjohann Rodrigues; Andreza Francisco Martins; Fabiano Ramos; Miriane Melo SIlveira Moretti; Leticia Gomes Lobo; Afonso Luis Barth; Resumo: Introdução: Nos últimos dez anos a incidência de enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ERC) vem aumentando em todo mundo. É grande a preocupação frente à propagação destas bactérias devido às limitações terapêuticas e a alta mortalidade associada. Objetivos: Determinar a incidência de infecções por ERC em pacientes previamente colonizados em swab retal. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, realizado em um Hospital Universitário Misto de Porto Alegre. Foram avaliados prontuários de pacientes internados no período de janeiro a dezembro de 2014, que coletaram, em algum momento da sua internação, swab retal para pesquisa de ERC. Foi considerado apenas o primeiro swab positivo por paciente. Os critérios de infecção/colonização foram definidos conforme informações clínicas do prontuário. A mortalidade bruta foi analisada em 30 dias do swab positivo. Resultados: No total foram coletados 2733 swabs no ano de 2014, sendo 78 destes positivos (2,85%). A média de idade dos pacientes foi de 62,2 anos (±17,4). Dos pacientes em estudo, 45% (n:35) estavam em Unidades de Tratamento Intensivo e 63%(n:49) já tinham internação prévia no hospital. 33% (n:26) dos pacientes colonizados positivaram amostra clínica depois detecção da colonização. O tempo médio entre colonização e a infecção foi de 13,6 dias (± 14,9). A maior parte dos isolados clínicos positivos foi em urina (46,1% n: 12). A mortalidade foi de 61% (n:16) nos pacientes colonizados com infecção versus 46% (n:24) nos pacientes colonizados que não desenvolveram infecção. Conclusão: A positividade de ERC em swab retal mostrou-se baixa diante do número de coletas. Os nossos dados demonstram uma alta taxa de infecções em pacientes colonizados, caracterizando a colonização como fator de risco para infecção. A baixa positividade em swab retal leva ao questionamento da efetividade do swab como política de triagem de pacientes com ERC. A mortalidade elevada em pacientes infectados era esperada e assemelham-se com os dados da literatura. Título: PERFIL DE COLONIZACAO DOS PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL CIRURGICO DA GRANDE VITORIA Temário: Microbiologia Instituição: HOSPITAL ESTADUAL CENTRAL BENICIO TAVARES PEREIRA Autores: Terezinha Lucia F Lopes; Resumo: INTRODUCAO Um dos grandes problemas relacionados ao controle das infecções relacionadas a assistência nos serviços de saúde é‘ a colonização dos pacientes por microorganismos com perfil epidemiológico relevante, ou seja, considerados multirresistentes, trazendo um grande desafio as equipes executoras dos serviços de controle de infecção e a equipe assistencial quanto a prevenção da disseminação de tais microorganismos. OBJETIVOS Demonstrar o perfil de colonização de pacientes críticos,com tempo de permanência superior ha 7 dias em UTI de um hospital cirúrgico de médio porte. MÉTODOS Levantamento do banco de dados das culturas de vigilância de admissão na unidade de terapia intensiva, pesquisando MRSA, BGN, VRE e KPC e triagem semanal para pesquisa de bacilo gran negativo não fermentador, swabs nasal, inguinal e retal, realizados no ano de 2014. RESULTADOS Entre Janeiro e dezembro de 2013 foram coletados 387 swabs de vigilância entre as admissões na unidade de terapia intensiva e a pesquisa semanal de acordo com critérios pre estabelecidos, obtivemos 92 resultados positivos para MMR 23,7%.sendo 41 positivos para ESBL (Enterobacterias produtoras de betalactamase de expectro estendido) totalizando 44,5% da amostra,15 positivos para MRSA totalizando 16,3% da amostra,18 positivos para Acinetobacter sp resistente a carbapenemicos totalizando 19,5% da amostra, 12 positivos para Pseudomonas Aeruginosa resistente a carbapenemicos 13%, 4 positivos para VRE (Enterococcus resistente a vancomicina) 4,3% e 2 positivos para Serratia KPC 2,1%. DISCUSSÃO O perfil de colonização dos pacientes internados em unidade de terapia intensiva e dos que permaneceram com tempo de internação superior ha 7 dias na UTI,com utilização de antimicrobianos de amplo espectro, múltiplos procedimentos invasivos, somados a comorbidades, foi de 23,7% co perfil multirresistente.Sabendo do risco de disseminação de tais microorganismos, cada vez mais ‘e preciso reforçar a importância do contexto higiene das mãos e utilização de barreiras físicas para mitigar a propagação dos microorganismos. Título: PERFIL DOS MICRORGANISMOS ISOLADOS EM PACIENTES DE UM HOSPITAL PEDIÁTRICO Temário: Microbiologia Instituição: HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN Autores: Aldaiza Marcos Ribeiro; Francisca Luzilene N D Guardia; Virginia Maria Ramos Sampaio; Rivania Andrade Gomes; Michely Pinto de Oliveira; Jessica Feitosa Albuquerque Paredes; Mônica Fernandes Majela; Danielle Alves Calíope; Maria Marcia de Souza Cavalcante; Resumo: A etiologia das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) compreende diversos agentes como bactérias, fungos, vírus e protozoários. As bactérias e os fungos se destacam pela capacidade de causar doenças graves e desenvolver resistência aos antimicrobianos (ATM). As bactérias multirresistentes proliferam nos hospitais na medida direta do uso dos antimicrobianos. Como parte do programa de prevenção das IRAS, a CCIH faz vigilância dos microrganismos isolados no hospital. Métodos: Estudo descritivo realizado a partir dos dados da CCIH. Estes são resultados de busca ativa realizada no laboratório de microbiologia e nas unidades de internamentos. Os exames foram realizados usando técnica de automação com o Bactec Alert para crescimento dos germes e Vitek II para identificação e antibiograma. Resultados: Durante 2014 foram isoladas 2310 cepas de microrganismos, destas 1464 hospitalares. Os microrganismos prevalentes foram: S. coA negativa (36%), P. aeruginosa (16,3% ), K. pneumoniae (12,6% ), Candidas sp (10,6% ). Dos espécimes 59% foi sangue, 12,3% urina, 10% cateter vascular, 7% aspirado traqueal. No sangue, foram isolados: S. Coa negativa (54,7%), Cândidas sp (11,2%), K. pneumoniae (10,5%), E. cloacae (4,6%), P. aeruginosa (4,3%). Quanto ao padrão de resistências: os S. CoA negativa foram resistentes a oxacilina e sensíveis (100%) à vancomicina. As P. aeruginosas isoladas do sangue foram mais resistentes em relação aos outros espécimes. A resistências aos carbapenêmicos e cefepime foram de 34% e 28% enquanto que para a polimixicina a sensibilidade é de quase 100%. Quanto a K. pneumoniae a resistência aos betalactâmicos chega a 60% (ESBL) e a 6% para os carbapenêmicos. As principais espécies de cândidas identificadas foram C. parapsilosis, (48), C. tropicalis (45 ) e C.albicans ( 42 ). Uma cepa de C. parapsilosis foi resistente a anfotericina e ao fluconazol e outra de C. tropicalis foi resistente ao fluconazol e ao voriconazol. Conclusão: Foi considerável a quantidade de isolados contaminantes o que pode representar falha na coleta e/ou contaminação das mãos dos profissionais. A presença predominante de pseudomonas mesmo que colonizantes preocupa pela resistência aos ATM. As Cândidas e a K. pneumoniae são as mais frequentes no sangue esta última com alta taxa de resistência aos betalactâmicos e já apresentando cepas resistentes aos carbapenêmicos. Se faz necessário mais esforços no trabalho de prevenção e controle desses microrganismos. Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE IRAS EM UM HOSPITAL PRIVADO DE CURITIBA Temário: Microbiologia Instituição: HOSPITAL VITA BATEL Autores: Solange de Lima Silva; Vanessa Burdzinski; Marta Fragoso; Aline da Silva Paula; Resumo: Introdução: Nos últimos anos observou-se um crescente avanço de conhecimento na área hospitalar, principalmente no que se refere as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Estas constituem um problema de saúde pública, pois elevam o tempo de hospitalização, morbidade e mortalidade dos pacientes, bem como o aumento significativo dos custos de internamento. Segundo Richtmann (2008) são consideradas IRAS toda infecção adquirida após a internação hospitalar num prazo de 48-72 horas e que não esteja no seu período de incubação ou aquelas infecções que se manifestem após a alta. Objetivo: Traçar um perfil epidemiológico da taxa de IRAS em um Hospital Privado de Curitiba. Método: Os dados coletados foram obtidos através de busca ativa diretamente no prontuário de cada paciente que apresentava critérios de infecção hospitalar como: culturas positivas, uso de antibióticos durante a estadia, bem como visitas multidisciplinares. Em seguida cada ficha foi analisada e seus resultados colocados em planilha Excel® para melhor visualização de indicadores. Resultados: No período de janeiro a agosto de 2014 foi traçado o perfil de infecção hospitalar em um Hospital Privado de Curitiba em seus 7 setores. Foi constatado que a taxa de infecção global diminuiu significativamente, sendo que sua maior incidência foi em 2 Unidades de Terapia Intensiva com 44%, seguido de 26% das alas de internação clínico-cirúrgico e 23% em Centro Cirúrgico. Dentre suas topografias a que mais se destacou foi Pneumonia com 22% de incidência. Sepse Pulmonar não relacionada à VM e Infecção de Corrente Sanguínea não relacionada a CVC se apresentam com taxa de 12%. No que se refere aos microorganismos comuns de ambiente hospitalar, pode-se perceber que o mais prevalente foi Pseudomonas aeruginosa (16%), seguido de Staphylococcus aureus MRSA (15%) e Klebsiella Pneumoniae (12%). Conclusão: Através deste estudo foi possível traçar o perfil epidemiológico de IRAS e aplicar planos de ação cabíveis, com foco nos setores de maior prevalência, aumentando assim a qualidade da assistência e reduzindo seus custos, garantindo ao cliente um atendimento com segurança assistencial Título: PERFIL MICROBIOLÓGICO DE ISOLADOS EM URINA DE PACIENTES PEDIÁTRICOS HOSPITALIZADOS Temário: Microbiologia Instituição: HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN Autores: Aldaiza Marcos Ribeiro; Francisca Luzilene N D Guardia; Virginia Maria Ramos Sampaio; Rivania de Andrade Gomes; Maria Marcia de Souza Cavalcante; Michely Pinto de Oliveira; Jessica Feitosa Albuquerque Paredes; Mônica Fernandes Magela; Danielle Alves Calío Resumo: A infecção do trato urinário (ITU) é a infecção nosocomial mais frequente em hospitais gerais. Apesar da baixa frequência em pacientes pediátricos, assume importância por acometer neonatos, lactentes jovens com mal formações do trato urinário, que são submetidas a sucessivos procedimentos cirúrgicos, bem como crianças com neoplasias. Com o objetivo de melhor conhecer os agentes hospitalares responsáveis pelas ITUs elaboramos este estudo. Método: As amostras de urina foram colhidas de modo asséptico através de sonda vesical, depois foram processadas de maneira convencional para crescimento das colônias, A identificação bacteriana e o teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) foram realizados através de automação pelo VITEK II. Os dados foram armazenados e analisados pelo epi-info na CCIH. Resultados: Durante o ano de 2014 foram isoladas 180 cepas microbianas hospitalares em urina. Os germes prevalentes foram: Pseudomonas aeruginosa (46), Klebsiella pneumoniae (38), Cândidas sp (36), E. coli (24) e outras (36). Quanto ao padrão de resistência aos antimicrobianos a Pseudomonas aeruginosa apresentou taxas de 14% para o cefepime, 30% para piperacilina/tazobactam e 33% para meropenem. As taxas de resistência da K. pneumoniae ao cefepime foi de 80% enquanto para o meropenem foi de 5%. Conclusão: A pseudômonas pode ser caracterizada como uma bactéria multirresistente trazendo preocupação pelas características dos pacientes que necessitam de assistência hospitalar recorrente ficando cada vez mais expostos aos antimicrobianos. A K. pneumoniae pela alta produção de ESBL tem taxa resistência ao cefepime elevada, restando o meropenem como opção de tratamento. Esse cenário fica então favorável as cândidas que ora já se manifestam. Título: PREVALÊNCIA DE COLONIZAÇÃO POR ENTEROBACTÉRIAS CARBAPENÊMICOS (ERC) EM UM HOSPITAL DE ENSINO RESISTENTE A Temário: Microbiologia Instituição: UNISINOS Autores: Grasieli Krakeker; Michelle Mônica Ruprecht Redin; Vanessa Schultz; Ana Paula Sueiro de Oliveira; Monique Eva Vargas; Resumo: Introdução: Enterobactérias produtoras de carbapenemase (ERC) são microrganismos que contém um gene produtor de uma enzima que hidrolisa os carbapenêmicos. O aumento da incidência de germes multirresistentes (GMR) e a falta de opções terapêuticas a curto ou médio prazo representam um grande desafio aos hospitais no que se refere à prevenção da disseminação destas bactérias se tornando um grave problema de saúde pública de âmbito mundial devido à elevada taxa de mortalidade. Objetivos: Identificar a prevalência de colonização por ERC através de coleta de culturas de vigilância por swab retal em pacientes internados em um Hospital de ensino do município de Canoas, provenientes de instituições hospitalares da região metropolitana de Porto Alegre e interior do Rio Grande do Sul. Método: Trata-se de um estudo quantitativo transversal retrospectivo. Os dados coletados foram através da implementação de coleta de cultura de vigilância realizado de janeiro a dezembro de 2014, através de swab retal indicado a todos os pacientes com internação prévia nos últimos seis meses e/ou com duração superior à 48h. Todos os pacientes transferidos permaneceram em precaução de contato empírica até resultado da cultura. As culturas de vigilância quando positivas pela metodologia fenotípica foram encaminhadas para confirmação por biologia molecular no hospital de clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente por meio do programa Microsoft Office Excel®. Resultado: Ao longo dos 12 meses foram coletadas 1505 culturas de vigilância, destes 95,1% (n=1430) foram negativos e 4,9% (n=75) positivos. Na análise por biologia molecular (PCR) 20% (n=15) apresentaram resultado negativo, 76% (n=57) confirmaram produção da enzima Klebisiella pneumoniae carbapenemase (KPC) e 4% (n=3) três casos Oxacilanase 48 (OXA 48). Conclusão: Cultura de vigilância se mostrou eficaz na identificação precoce dos pacientes transferidos de outras instituições, colaborando para medidas de controle de infecção mais eficientes tanto com relação à identificação dos casos positivos e medidas de prevenção disseminação destes microrganismos intra-hospitalar. Outras medidas devem ser executadas juntamente como intensificação da higienização do ambiente, orientação criteriosa para pacientes e familiares, vigilância de processo de higienização de mãos e uso racional de antibióticos. Título: RESISTÊNCIA À FLUOROQUINOLONAS EM ISOLADOS CLÍNICOS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS MEDIADA POR SISTEMAS DE BOMBAS DE EFLUXO Temário: Microbiologia Instituição: CENTRO UNIVERSITARIO FRANCISCANO - UNIFRA Autores: Adriana Borba; Renata Budel; Carolina Brum Sommer; Pabline Tolfo; Tatiele Franco Milke; Gabriel Guarienti Machado; Bruno Stefanelo Vizzotto; Ana Paula Becker; Resumo: Introdução: O surgimento de infecções causadas por bactérias multi-resistentes (MDR) no hospital ou na comunidade é uma preocupação crescente de saúde. As bactérias podem ter diferentes mecanismos de resistência aos antimicrobianos, que inclui a redução da concentração intracelular do antimicrobiano, ou por uma diminuição na permeabilidade da membrana ou por sistemas de efluxo do antimicrobiano para fora da célula. A resistência mediada por efluxo tem despertado mais interesse, pois as bombas de efluxo bacterianas são capazes de extrusão de várias classes não relacionadas de compostos antimicrobianos, promovendo o aparecimento do fenótipo de resistência a múltiplas drogas. Embora não exista nenhum mecanismo único de multirresistência, os sistemas de bombas de efluxo, parecem desempenhar um papel chave no surgimento destes MDR. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a presença de diferentes bombas de efluxo em isolados clínicos de Staphylococcus aureus, um importante patógeno, responsável desde infecções leves até potencialmente fatais. Métodos: Os principais genes descritos codificando bombas de efluxo (NorA, NorB, NorC, SepA) foram pesquisados em 4 isolados clínicos de Staphylococcus aureus resistentes a ciprofloxacin (CIM ≥2µg/mL) pela técnica de PCR. Resultados: Todos os isolados clínicos pesquisados amplificaram os genes NorB, NorC e SepA e nenhum isolado amplificou o gene NorA. Os resultados indicam mais de um sistema de efluxo agindo juntos para conferir resistência a esses isolados. Conclusão: As bombas de efluxo podem ser utilizados pela célula como um mecanismo de defesa de primeira linha, evitando que a droga (ou qualquer outro composto nocivo) consiga atingir as concentrações letais, o que permite a sobrevivência mesmo na presença do referido agente. Esse trabalho mostra a atuação de diferentes bombas de efluxo promovendo a extrusão de ciprofloxacin para fora da célula. Além disso, de acordo com a literatura, NorB e NorC tem um mesmo promotor (MgrA-P) que é diferente do promotor de NorA (MgrA), o que corrobora com nossos achados. NorB e NorC são genes que codificam bombas de efluxo conhecidas por conferir resistência a fluoroquinolonas hidrofílicas, entretanto SepA tem sido identificada como uma bomba de efluxo que confere baixos níveis de resistência a componentes de antisséptico e sua presença junto com os sistemas de efluxo da família Nor é preocupante para os serviços de saúde. Título: SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE NANOPARTÍCULAS DE ÓLEO DE THYMUS VULGARIS COMO AGENTE ANTIMICROBIANO E ANTIPARASITÁRIO Temário: Microbiologia Instituição: UNIFRA Autores: Jardel Rodrigo Bandeira; Roberto Christ Vianna Santos; Rodrigo De Almeida Vaucher; Aline Ferreira Ourique; Priscilla Maciel Quatrin; Resumo: O Thymus vulgaris, ou Tomilho é uma planta culinária e com conhecida atividade antimicrobiana, carminativa e com propriedades antioxidantes (BARANAUSKIENE, VENSKUTONIS, VISKELIS, & DAMBRAUSKIENE, 2003). Porém a baixa solubilidade em água dificulta a sua ampla utilização. Neste sentido a nanoestruturação pode representar uma opção importante para aumentar a biodisponibilidade in vitro e in vivo (HU J et al., 2004). O objetivo do presente estudo foi produzir, caracterizar e avaliar a estabilidade de nanoparticulas de óleo de T. vulgaris, além de avaliar sua atividade antimicrobiana. O óleo foi obtido comercialmente da empresa FERQUIMA. A caracterização do óleo essencial de T. vulgaris foi realizada por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (Agilent Tecnologias 6890N). Os compostos majoritários foram o Thymol (49,2%), seguida de p-cymene (20,1%) e carvacrol (11,8%) comprovando autenticidade do óleo. A partir da caracterização do óleo, foram realizadas as atividades antimicrobianas. Inicialmente a técnica utilizada foi a difusão em disco (KONEMAN et al., 1997). Foram adicionados 10 μl do óleo em cada disco de papel filtro e após e aplicou-se os discos sobre placas contendo 42 estirpes bacterianas (Gram negativas e Gram positivas) cultivadas em ágar Muller Hilton. Neste teste os halos (zonas de inibição) apresentaram tamanhos que variaram de 7,6 mm em Klebsiella pneumoniae até 43,3 mm em Paenibacillus thiaminolyticus. Em um segundo momento realizou-se a técnica de microdiluição que determina a concentração bactericida mínima (CBM).Os resultados variaram de 3,37μg/ml para Paenibacillus larvae até 0,052μg/ml para Staphylococcus aureus mostrando que uma concentração baixa do óleo apresenta alta atividade antibacteriana. Após, a nanoemulsão foi caracterizada e apresentou diâmetro médio de 310,6 nm, índice de polidispersão (IPD) de 0,782 e Potencial Zeta de -11,2. Os resultados indicam heterogeneidade do sitema, pois há uma variação grande no tamanho entre as partículas, o que dificultará nas avaliações biológicas. Estudos revelam que valores de IPD de até 0,2 apresentam características que indicam estabilidade do sistema e que até 0,5 seria aceitável (FESSI H. et al., 1989). Como o valor apresentado no presente estudo encontra-se superior ao aceitável, serão produzidas novas nanoemulsões a fim de corrigir este índice. As estruturas feitas apresentaram tamanho nanométrico indicando que a técnica utilizada tem promissor potencial. Título: SURTO DE CONJUNTIVITE EM UMA CTI NEONATAL Temário: Microbiologia Instituição: HOSPITAL MÃE DE DEUS Autores: Juliana Gil Prates; Francyne Sequeira Lopes; Gabrielli Paré Guglielmi; Diego Jung Stumpfs; Gabriel Azambuja Narvaez; Resumo: Introdução: O período neonatal é particularmente susceptível à aquisição de infecções, considerando os inúmeros fatores de riscos dos recém nascidos. Objetivos: Descrever um surto de conjuntivite em pacientes internados em uma CTI Neonatal. Método: O surto ocorreu no período de dezembro de 2014 a março de 2015 em uma CTI neonatal com 22 leitos de um hospital privado de Porto Alegre. Os cultivos foram compostos por amostras clínicas de pacientes e swabs nasais de profissionais atuantes na área. Resultados: Entre dezembro de 2014 e março de 2015, foram identificados 9 casos de conjuntivite nos pacientes do CTI Neonatal, representando 3,8 casos / 1000 pacientes-dia. A taxa média de conjuntivite pré-surto era de 1,28 casos/1000 pacientes-dia. Apesar das iniciativas de estímulo à precaução padrão e instituição de precaução para contato nos infectados, casos novos continuavam a emergir. Das secreções oculares coletadas (N=10), 5 (50%) foram negativas, 3 (30%) foram positivas para Staphylococcus aureus sensível a oxacilina (MSSA) e 2 (20%) para Staphylococcus aureus resistente à oxacilina (MRSA). No início de março, foi instituído o banho com clorexidina para todos os bebês internados na unidade, independente de serem casos ou não. Após o surgimento de mais um caso, optou-se por realizar pesquisa de vigilância (swab nasal) dos profissionais. Foram realizadas 62 culturas, sendo que apenas 1 (1,61%) foi positiva para MRSA. A amostra foi comparada com as secreções oculares dos bebês pela técnica de Eletroforese de Campo Pulsátil (PFGE) mostrando que as cepas eram idênticas. O profissional realizou descolonização (banho diário com clorexidina 2% degermante e aplicação de mupirocina no vestíbulo nasal, ambos por 5 dias). Após 72 horas do ciclo de descolonização, foi realizado novo swab nasal, o qual mostrouse negativo. Após as intervenções, não houve casos novos na unidade. Conclusão: Profissionais colonizados podem atuar como reservatórios de micro-organismos e favorecer a contaminação dos pacientes se medidas de precaução padrão não forem estritamente seguidas. A possibilidade de realização de culturas de vigilância de profissionais e comparação com as cepas identificadas nas amostras clínicas possibilitou elucidar o surto e implementar ações efetivas de contenção. A via mais provável de contaminação, apesar da colonização do profissional, parece ser profissional – ambiente - paciente. Por esse motivo, o reforço na adesão à Precaução Padrão tem de ser constante. Título: A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE LIMPEZA, ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO DE EFETIVIDADE POR TESTE DE ATP, EM INSTRUMENTAIS DE UM HOSPITAL REFERÊNCIA PARA ATENDIMENTO DE PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA DE PORTO ALEGRE Temário: Novas Tecnologias e Produtos Instituição: HOSPITAL CRISTO REDENTOR Autores: LISIANE VIDAL LOPES MACHADO; MARGARETE PETRY PFITSCHER; CAMILA PICCININI GERHARDT; CARLA FONSECA; NEDER LOUREIRO ANDERI; Resumo: Introdução: Atualmente, a melhoria da segurança do paciente e da qualidade da assistência à saúde tem recebido atenção especial em âmbito global. Neste sentido a preocupação com a sobrevivência de microrganismos nas superfícies ambientais e nos instrumentais cirúrgicos que está relacionada com a transmissão de infecções hospitalares torna-se prioridade. Sendo assim, um efetivo reprocessamento em instrumentais cirúrgicos pode interferir significativamente nesta situação (HOWIE; ALFA; COOMBS, 2008). Objetivos: Portanto, tivemos como objetivo geral nesse trabalho evidenciar a importância do processo de limpeza em instrumentais utilizados nos procedimentos de neurocirurgia de um hospital referência para atendimento de pacientes vítimas de trauma na cidade de Porto Alegre. Metodologia: Realizamos a separação de 25 instrumentais cirúrgicos de cada bandeja, onde coletamos amostras antes e depois da limpeza para o teste de ATP (Trifosfato de Adenosina), o método de ATP de monitoramento de limpeza fornece resultados quase que instantâneo da carga biológica residual, e matéria orgânica (ALFA, et al, 2002). Conclusão: A redução da carga microbiana foi significativa, chegando, em alguns instrumentais a zero. O que comprovou a eficácia na limpeza dos materiais. A necessidade de avaliar e medir o nível de contaminantes residuais sobre produtos para saúde é indiscutível. Concluímos que os benefícios do teste de ATP incluem a redução do risco de contaminação cruzada entre pacientes, a capacidade de acompanhar e monitorar as práticas de limpeza, e também a verificação de que o processo de limpeza e desinfecção foi cumprido (ALFA, et al, 2002). Título: ANTISSEPSIA DAS MÃOS: PRODUTO X ADESÃO PROFISSIONAL Temário: Novas Tecnologias e Produtos Instituição: HOSPITAL DE CLÍNCIAS DE PORTO ALEGRE / SANTA CASA DE PORTO ALEGRE Autores: Dagmar Herberts; Elizete Maria De Souza Bueno; Ivana Trevisan; Raquel Guerini; Rosane De Vargas Muniz; Lisiane Paula Sordi; Resumo: INTRODUÇÃO: Atualmente programas que enfocam a segurança no cuidado do paciente nos serviços de saúde, tratam como prioridade o tema higienização das mãos, sendo uma tarefa complexa e difícil. A ANVISA recomenda que a higienização das mãos possa se utilizar: água e sabão, preparação alcoólica e antissépticos. O uso da preparação alcoólica é indicado quando as mãos não estiverem visivelmente sujas, sendo uma das alternativas utilizadas rotineiramente nas instituições de saúde. O álcool possui propriedades microbicidas reconhecidamente eficazes para eliminar os germes mais frequentemente envolvidos nestas infecções, sendo imprescindível na realização de ações simples de prevenção como a antissepsia das mãos. Outras vantagens são o baixo custo, fácil aplicabilidade, praticidade e toxicidade reduzida.OBJETIVO: Avaliar a adesão dos profissionais para o uso de preparação alcoólica em uma instituição hospitalar na região metropolitana de Porto Alegre. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência baseado através da aplicação de um checklist com informações julgadas necessárias. RESULTADOS: A partir da aplicação de um check list, observou-se dificuldade na adaptação ao produto, baixa adesão ao processo de desinfecção das mãos, pois ressecava a pele e/ou provocava lesões nos profissionais, podendo ocasionar risco de contaminação. Visando melhorar este método e contribuir com o aumento da adesão dos profissionais as boas práticas de higiene das mãos, optou-se pela troca do produto. O novo produto deveria conter uma capacidade de resposta frente às situações, ou seja, concentração adequada, sem efeito residual, não ocasionar reações alérgicas, ser emoliente, manter a integridade da pele, atender as exigências da ANVISA, além de ter uma melhor adesão dos profissionais. Adquiriu-se a preparação alcoólica em forma de espuma, pois a espuma concentra uma dosagem de agentes germicidas e de hidratantes, que hidrata as mãos. Juntamente com a mudança do produto, a conscientização profissional e a educação em serviço, a adesão atingiu 80% dos profissionais. CONCLUSÃO: A adequada escolha de um produto antisséptico auxilia positivamente na adesão dos profissionais quanto a assepsia das mãos. Assim a escolha de um produto apropriado é de extrema importância para a qualidade e segurança da assistência a saúde. Título: AVALIAÇÃO DA DISSEMINAÇÃO DE MICRORGANISMOS NO AMBIENTE HOSPITALAR UTILIZANDO A TÉCNICA DE ANÁLISE MICROBIOLÓGICA MOLECULAR PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS Temário: Novas Tecnologias e Produtos Instituição: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Autores: Karina Pinheiro Teixeira; Cristofer Farias da Silva; Rodrigo Pires dos Santos; Resumo: Introdução: O ambiente hospitalar e seus profissionais são apontados como importantes propagadores de microrganismos nos serviços de saúde. Monitorar os processos relacionados a disseminação de microrganismos auxiliam na identificação de falhas e por conseguinte na elaboração de estratégias para prevenir e combater essas transmissões. A técnica de análise microbiológica molecular é uma ferramenta inovadora e ainda pouco explorada na identificação de microrganismos. Objetivos: Avaliar a presença de microrganismos em superfícies e em profissionais de uma unidade de internação a partir de dois pacientes colonizados por enterobactérias resistentes à carbapenêmicos utilizando a técnica de analise microbiológica molecular. Método: Foram coletados swabs de pele de dois pacientes previamente colonizados por Klebsiella pneumoniae (Paciente A) e Enterobacter cloacae (Paciente B) ambos resistentes a carbapenêmicos, swab de mãos e bolsos de três profissionais assistenciais responsáveis por tais pacientes, três swabs de superfícies do ambiente da unidade (sala de prescrição, posto de enfermagem e prontuários) e três swabs de superfície de ambiente dos pacientes (grades da cama, mesa e banheiro) totalizando 11 swabs. As amostras foram analisadas a partir de técnica de microbiológica molecular com utilização de algoritmos biocomputacionais e banco de dados de sequências de bactérias desenvolvidos e patenteados pela empresa Neoprospecta S.A. especializada em identificação de espécies especificas de bactérias a partir do DNA destes microorganismos. Resultados: Em todas as amostras coletadas (N=11) houve identificação de enterobactérias. Entre as entrobactérias destaca-se a presença do gênero Klebsiella sp. presente em 10 swabs (91%) e Enterobacter sp. identificado em 7 swabs (63,6%). Tanto Klebsiella pneumoniae quanto Enterobacter cloacae foram identificadas. Sendo Klebsiella pneumoniae a espécie predominante, identificada em 7 swabs (63,6%). Conclusão: A identificação de enterobacterias do gênero Klebsiella sp. e Enterobacter sp., no ambiente hospitalar avaliado, possivelmente está relacionada com falhas nos processos de prevenção de disseminação de microrganismos. A técnica de análise molecular mostrou-se útil, visto que foi capaz de identificar no ambiente fora da área dos pacientes as mesmas enterobactérias já identificadas, através de técnica de cultura padronizada pela instituição, nos pacientes pesquisados. Título: COMPARAÇÃO DA EFICÁCIA DA LIMPEZA DE ENDOSCÓPIOS: MANUAL VERSUS AUTOMATIZADA. AVALIAÇÃO PELO MÉTODO DO ATP BIOLUMINESCÊNCIA. Temário: Novas Tecnologias e Produtos Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Autores: Claudia Moraes; Resumo: Introdução: Endoscópios são equipamentos caros e frágeis utilizados em múltiplos pacientes sequencialmente com grande potencial para transmitir agentes infecciosos. Os longos e estreitos canais (de difícil limpeza) tem contato com fluidos corporais contaminantes. O método do ATP baseia-se na medição da bioluminescência gerada pela reação luciferina-ATP na presença da enzima luciferase. O método mede o ATP em células vivas ou mortas. A detecção do ATP indica o nível de bio contaminação, embora não diferencie se tem a sua origem em microrganismos ou outras fontes orgânicas tais como fluidos corporais. Nível elevado de ATP indica uma limpeza ineficaz e o consequente risco de desinfecção não adequada. As reprocessadoras iniciam o processo com ciclo de limpeza no processamento dos endoscópios. Objetivo: Avaliar se o ciclo de limpeza da reprocessadora poderia ser omitido para tornar o reprocessamento mais ágil, uma vez que a limpeza manual é procedimento inicial mandatório e indispensável. Métodos: Os endoscópios recém submetidos a limpeza manual foram colocados na reprocessadora e retirados ao fim do ciclo de limpeza, antes do início da desinfecção. Foi medida a carga microbiológica no canal de biópsia dos endoscópios pelo método do ATP antes e depois da limpeza manual e após o ciclo de limpeza da reprocessadora em 17 endoscópios. Resultados: As medidas de ATP (em Unidade Relativa de Luz - RLU) antes e após limpeza manual e após a limpeza na reprocessadora foram respectivamente (range/ média/ desvio padrão): sujo (53 a 1281 / 398 / 437); limpeza manual (5 a 67 / 31 /22) e limpeza pela reprocessadora (0 a 22 / 7/9). Conclusão: A adição de novo ciclo de limpeza na reprocessadora diminui os níveis de carga biológica nos canais dos endoscópios que serão desinfetados. Apesar dos níveis de ATP obtidos pela limpeza manual exclusiva estarem dentro dos parâmetros aceitos pela literatura (menor que 200 RLU), enfatizo que quanto menor a carga biológica presente no endoscópio antes da desinfecção, mais seguro será o processo. Desta forma concluo que apesar de dispensável, o ciclo de limpeza na reprocessadora acrescenta segurança no reprocessamento dos endoscópios e não deve ser omitido. Título: EFICIÊNCIA DE UMA PISTOLA NA LIMPEZA QUANTO À REMOÇÃO DE CONTEÚDO CONTAMINADO EM LUMENS DE PRODUTOS PARA SAÚDE Temário: Novas Tecnologias e Produtos Instituição: ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Autores: Carmen Pozzer; Heloisa Helena Karnas Hoefel; Celia Rabaioli; Feranada Rhor; Ivana Rocha; Resumo: A limpeza eficiente de produtos para saúde é fundamental para a esterilização. Lumens representam desafio para artigos permanentes. Objetivo: verificar a eficiência de uma pistola na limpeza quanto à remoção de conteúdo contaminado em lumens de produtos para saúde por meio de jatos com diferentes produtos, em velocidade e períodos de tempo controlados. Métodos:ensaio experimental com 20 artigos de aço inoxidável (5mm diâmetro e 28,3 cm comprimento). Artigos preenchidos com uma suspensão de cepa de Pseudomonas aeruginosa ATCC® 27853, escala Mc Farland 0,5 (1,5 x 107 bactérias/mL. Impregnação bacteriana realizada nos aparatos (N=22, com 2 controles positivos, 20 amostras- teste) realizada no Laboratório de Microbiologia. Escolhido TSB para cultivo por ser apropriado para teste microbiológico e semelhanças com matérias orgânicas. Após, aplicado jato a 3,93L/min em cada produto por 30 segundos. Quatro ciclos de experimentos com os artigos separadamente com jatos produzidos pelo equipamento (conjunto de 3 pistolas: químico, água e ar comprimido), diluição automatizada (software), sistema fechado, com: 1) água; 2) detergente neutro; 3) detergente enzimático; 4) detergente alcalino suave com ação desinfetante, base de glucoprotamina. Antes de cada novo ciclo artigos lavados, esterilizados e realizados testes para controle de negativos. Após cada ciclo aparatos enviados ao laboratório para quantificação bacteriana (Bioburden), com preenchimento com Agua Peptonada e cultivo em Agar Cetrimide (para o controle positivo) e Agar Padrão Contagem (PCA) para as amostras. Incubados em 42ºC e 35ºC respectivamente. Leituras em 24 e 48h.Resultados: crescimento bacteriano em todas as placas todos ciclos: com água e com detergente neutro, mesmos resultados, 100% de crescimento bacteriano, 20 [1x10⁷ UFC]; com enzimático os resultados de 6[1x10² UFC], 30% na queda de log de crescimento e 3[1x10³ UFC], 11[1x10⁷ UFC]; com glucoprotamina, 90% de redução do log 12[1x10¹ UFC] e 6[1x10² UFC] e 2[1x10⁷ UFC]. Sugere-se que a diferença no terceiro e quarto ciclo ocorreu por suas ações específicas. Conclusão: 30 segundos visualmente eficaz para limpeza com a pistola, insuficiente para eficiência do arraste de todo o conteúdo contaminado nas condições avaliadas. Gastos de água ou agentes de limpeza também é importante para novos testes. A higiene deve ser avaliada comparando processos manuais individualmente e combinados com o processo automatizado através da pistola. Título: GLUTARALDEIDO X PERÁCETICO: QUAL A MELHOR ESCOLHA? Temário: Novas Tecnologias e Produtos Instituição: HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA Autores: Ana Paula Da Silva Costa; Elizete Maria De Souza Bueno; Ester Izabel Soster Prates; Ivana Trevisan; Claudia Carina Conceição Dos Santos; Lisiane Paula Sordi; Resumo: INTRODUÇÃO: Buscando atender a resolução vigente ocorreu a adequação da área de desinfecção dos aparelhos endoscópicos, sendo necessário a criação de uma área exclusiva para este fim, além da necessidade de um produto de desinfecção com menor toxidade e maior eficiência e eficácia. Definiu-se a migração do glutaraldeido 2% para ácido perácetico 0,15%, estabelecendo um processo de controle da eficiência deste produto, sendo instituídos testes semanalmente abrangendo todos os aparelhos. OBJETIVO: Comprovar a eficácia de um novo desinfetante no setor de endoscopia de um hospital público. METODOLOGIA: Um estudo descritivo analítico desenvolvido no Serviço de Endoscopia de um hospital universitário de Porto Alegre. Foram coletados 30 lavados com soro fisiológico 0,9% dos canais dos de endoscópios, colonoscópios, duodenos e 10 lavados em fibrobroncoscopios. A estabilidade da solução foi monitorada diariamente antes do início do uso da solução através de fita teste validada pelo fornecedor. RESULTADO: Para coletar o lavado foi necessário dispor os materiais de forma estéril em uma mesa, sendo estes: cuba redonda com soro fisiológico (50ml), seringa de 20ml, compressa estéril. A coleta foi realizada pela enfermeira do setor de endoscopia, que manteve as precauções padrão, ou seja: lavagem de mãos, uso de protetor de corpo impermeável, avental de manga longa estéril, máscara facial, óculos de proteção, luva estéril. O procedimento realizado foi o de injetar 20ml de solução fisiológica no canal de biópsia e coleta na parte distal do canal, num recipiente próprio (coletor universal estéril); identificação do recipiente com modelo, série, patrimônio do equipamento, data, hora da coleta, pós-desinfecção, responsável pela coleta; encaminhamento imediato para laboratório. CONCLUSÃO: A desinfecção com tempo de imersão 10 minutos foi eficaz, não foram identificados microrganismos viáveis, incluindo-se microbactérias de crescimento rápido, nas amostras coletadas após a exposição dos equipamentos ao novo produto. Se tornou compatível com as necessidades do setor, com menor toxidade e o tempo de desinfecção um terço menor que o produto anterior. A desinfecção de alto nível com ácido perácetico 0,15% constitui técnica segura para evitar a transmissão de infecções cruzadas nos equipamento de endoscopia. Título: INDICADORES DE LIMPEZA A BASE DE ADENOSINA TRIFOSFATO, CONTRIBUINDO PARA MELHORIA DOS PROCESSOS NA CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO DE UM HOSPITAL DE ENSINO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE. Temário: Novas Tecnologias e Produtos Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Autores: Michelle Mônica Ruprecht Redin; Eduardo Scheffel; Vanessa Schultz; Ana Paula Sueiro de Oliveira; Domitila Mazuim Cruz; Rosana Gonçalves; Resumo: Introdução: O reprocessamento de artigos médicos requer uma limpeza manual adequada e com ênfase em lúmens estreitos e demais partes difíceis de limpar como as articulações e superfícies corrugadas. Matéria orgânica residual interfere na eficácia da esterilização e propicia a formação de biofilme. Atualmente, os marcadores de presença de proteína são os mais utilizados para avaliar a eficácia da limpeza (presente em qualquer matéria orgânica). O teste de ATP é eficiente e mostra os resultados rapidamente, usando exibições em tela. O teste envolve medições da bioluminescência da amostra de teste. A reação do ATP com a enzima luciferase produz luz, que pode ser medida com um luminômetro. A quantidade de luz mostra a quantidade de organismos vivos em uma amostra de teste. Objetivo: Observar o impacto da realização de testes de ATP em relação à limpeza de materiais em Central de Materiais e Esterilização (CME). Método: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo. Durante o mês de março de 2015, foram coletados no CME os resultados obtidos com o teste de ATP aplicado em instrumentos cirúrgicos diversos durante o período de Janeiro de 2014 a Fevereiro de 2015, com exceção dos meses de Maio e Setembro de 2014. O ponto de coleta envolveu a parte externa (superfície) ou a parte interna do instrumento (quando canulado). O momento da avaliação dos instrumentos ocorreu após a lavagem-secagem, antes de serem embalados. O tipo de limpeza empregado foi manual ou por máquina. Resultados: Durante o ano de 2014, as médias dos resultados obtidos com o teste de ATP variaram de 44,9 a 267.093,7 URL (média de 81.685,6 URL) no ponto de coleta superficial e de 30,1 a 332.132,5 URL (média de 103.802,3 URL) no ponto de coleta interno. Já no ano de 2015, as médias dos resultados variaram de 14,1 a 20,8 URL (média de 17,4 URL) no ponto de coleta superficial e de 42,7 a 1.803,1 URL (média de 922,9 URL) no ponto de coleta interno. Conclusão: Concluímos que houve melhora gradativa e significativa da limpeza de materiais após a implementação dos testes de ATP. Título: PONTUA 2 - SISTEMA DE PONTUAÇÃO EM CENTRAIS DE ESTERILIZAÇÃO Temário: Novas Tecnologias e Produtos Instituição: ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Autores: Heloisa Helena Karnas Hoefel; Carmen Pozzer; Alexia Dossa; Ana Ramme; Ronaldo Bernardo; Resumo: Oferecer serviços que atendam a critérios de qualidade com bases legais e evidências científicas é essencial para segurança de pacientes e profissionais. Objetivo: Desenvolver um sistema de acesso fácil que permita pontuar cada um dos recursos oferecidos nas Centrais de Esterilização de Produtos para a Saude e calcular automaticamente os resultados. Metodologia: estudo de desenvolvimento utilizando o programa Excell® adaptado de outro sistema de pontuação anterior, projetado pelo autor para pequenas clínicas cirúrgicas. Os critérios são baseados na legislação vigente e bases cientificas. A meta numérica dos pontos de cada item foi inserida em uma planilha que avalia automaticamente o resultado informado, de acordo com a planilha de pontuação básica validada por profissionais com mais de 5 anos trabalhando na área (profissional da área governamental, um de hospital público e um de hospital privado, um de serviços de esterilização terceirizado). Cada item possui um nível diferente de exigência de acordo com os diferentes riscos que lhe são atribuídas. Desenvolvimento: O sistema de avaliação divide as áreas conforme a importância atribuída pelos autores. A limpeza de dispositivos, preparação / inspeção, esterilização contribuiu com meta de 49% de pontos dos itens da planilha; condições organizacionais, armazenamento, transporte 16%; equipamentos e infraestrutura de 20%; recebimento, recursos humanos, resíduos 15%. A planilha foi testada em oito instituições com diferentes características (tamanho diferente, número de leitos, especialidades). O sistema foi prático e fácil de usar podendo ser aplicada para qualquer central. As pontuações podem ser alterados de acordo com países e / ou novas descobertas se as alterações forem validadas por especialistas no campo. Conclusão: A identificação de áreas de melhoria através de pontos individuais e comparativas podem ser avaliados. A pontuação pode levar a desafios para o cumprimento dos requisitos legais e implementação de qualidade para alcançar níveis mais elevados de pontuação. Sugere-se utilizar o sistema para auto inspeção. Título: REDUÇÃO ÍNDICES DE PAV X ADEQUAÇÃO DE CUSTOS: ESTE RESULTADO É POSSÍVEL Temário: Novas Tecnologias e Produtos Instituição: MAFRA HOSPITALAR LTDA Autores: Maria Paula da Silva; Elisiane de Oliveira Machado; Fabíola Dewes; Rochelle Ciane Born; Micheli Schneider; Rafael Zechlinski Pereira; Resumo: Introdução: As infecções de trato respiratório estão elencadas dentre as principais Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), sendo a Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica (PAV) uma das principais incidências. Objetivos: Em busca de atender os protocolos de segurança do paciente, no que tange a prevenção e controle das IRAS, em especial a PAV e, no mesmo ínterim, visando a redução dos custos dentro da UTI, comparamos a utilização de um circuito ventilatório de ramo único e uso único (Circuito Limb-O) com um circuito convencional passível de reprocessamento (traquéias de silicone). Métodos: Realização de estudo comparativo, no Hospital de Sapiranga, uma Instituição privada com caráter filantrópico, durante o período de novembro/2014 a fevereiro/2015, onde foram verificadas as questões de melhores práticas assistenciais, benefícios aos pacientes e custos do processo. Resultados: A utilização do circuito Limb-O proporcionou uma melhor adequação as recomendações de prevenção de PAV, quanto ao posicionamento do paciente, manutenção da posição do filtro umidificador, evitando condensação de líquidos no circuito e redução no risco de extubação acidental, frente ao reduzido peso. Nos pacientes que utilizaram circuito convencional foi observada a incidência de germes multirresistentes, através de coleta de exame cultural de aspirado traqueal, diferente dos demais sítios onde não identificamos histórico positivo destes germes. Ao elencarmos as variáveis de custos de utilização de um circuito de uso único e de um circuito convencional passível de reprocessamento, evidenciamos que os custos diretos são bastante equivalentes, com uma pequena diferença a favor do circuito de uso único, onde identificamos uma economia mensal de R$72,38 para uma média de 22 circuitos/mês. Conclusão: O circuito Limb-O possui valor acessível, quando comparado ao circuito convencional, porém, com um menor risco de contaminação do paciente por apresentar baixa manipulação do equipamento, uso único e consequentemente risco zero de infecção cruzada. Conclui-se então que o custo do processo não traria um alto impacto de imediato na redução dos custos, porém veríamos ao longo do tempo esta diminuição nos tratamentos/medicamentos utilizados, no tempo de permanência do paciente, e, assim, obteríamos a redução da taxa de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, salvando vidas e assegurando a qualidade da assistência prestada. Título: SITUAÇÃO DOS DETERGENTES ENZIMÁTICOS NO BRASIL. Temário: Novas Tecnologias e Produtos Instituição: ANVISA Autores: ENI ROSA AIRES BORBA MESIANO; ELENILDES SILVA AMORIN; Resumo: Conforme RDC 55/2012, detergente enzimático é um produto cuja formulação contém, além de um tensoativo, pelo menos uma enzima hidrolítica da subclasse das proteases podendo ter outra enzima da subclasse das amilases e outros componentes, inclusive de outras enzimas, tendo como finalidade remover a sujidade clínica e evitar a formação de compostos insolúveis na superfície de materiais. A RDC acima, tornou obrigatório o registro dos detergentes enzimáticos anteriormente notificados, com comprovação da atividade proteolítica e amilolitica, essa se presente na formulação, entre outras Avaliar a situação dos detergentes enzimáticos registrados na Anvisa. Foram analisados todos os processos de registro deferidos até janeiro de 2015 que somaram 55, de detergentes enzimáticos após 2 anos da publicação da RDC55/12. Do total de produtos, 44 eram para uso manual e automático, 5 só manual, 2 somente automático e 04 na forma de espuma usado como emoliente. Quanto a validade do produto, 84%: 24 meses, sendo encontrado com 9, 12,16,e 18 meses. A média da atividade proteolítica foi de 0,15 e amilolítica de 0,04. A temperatura da água para diluição do produto variou de 20ºC a 55ºC para o processo manual e de 30ºC a 60ºC para o automatizado. A diluição do produto/litro de água variou de 1,0mL a 8mL para o processo manual e 05,mL a 8mL para o automatizado. O tempo médio de imersão dos artigos no produto foi de 5 minutos para ambos processos. As formulações apresentaram até 4 tensoativos, sendo 93% de não iônicos, 5,58% aniônicos e 1,2% anfóteros. Os mais frequentes foram o nonilfenol etoxilado (25,6%) e o Álcool laurílico (15%). A temperatura da água foi um fator importante uma vez que a indicação anterior variava de temperatura ambiente a 90ºC o que torna a enzima inviável. Contávamos com 250 produtos notificados, sem comprovação da atividade enzimática e, a maioria com validade de 3 anos. A redução significativa de detergentes enzimáticos sugere que os notificados além de apresentarem muita espuma poderiam não contar com enzimas em atividade durante todo período de validade do produto. A presença de tensoativo não iônico demonstra o interesse das empresas em produzirem detergentes com menos espuma, atendendo uma demanda dos profissionais de saúde. Com medidas de Monitoramento e controle dos detergentes enzimáticos disponibilizados para consumo podemos garantir a eficácia e segurança desses produtos além de contribuir com a redução das infecções hospitalares. Título: A UTILIZAÇÃO DE UM PACOTE DE EXAMES LABORATORIAIS UTILIZANDO ALERTAS NO ATENDIMENTO AO PACIENTE SÉPTICO Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS Autores: Miriane Melo Silveira Moretti; Fabiano Ramos; Letícia Gomes Lobo; Marilaine Peres Silva Vieira; Paola Hoff Alves; Resumo: Introdução: A Sepse é a principal causa de morte nas UTIs e está entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo. A mortalidade varia na maioria dos estudos entre 20% e 80%. (ILAS, 2014). A Sepse é definida como uma síndrome clínica constituída por uma resposta inflamatória sistêmica associada a um foco infeccioso segundo Levy et al. (2003). Objetivo: Reduzir a mortalidade dos casos de sepse grave com a inclusão criteriosa dos pacientes no Protocolo de Sepse Grave. Método: É um estudo de caráter qualitativo, narrativo, baseado em um relato de experiência. Resultados: Para os pacientes que preenchiam os critérios de inclusão no Protocolo de Sepse Grave, foi criado um Pacote de Exames de Sepse Grave, com marcadores de disfunção orgânica. Quando o exame laboratorial com o código do Pacote de Exame de Sepse Grave, chega ao setor do laboratório, gera um alerta, com isso agilizando a analise desses materiais. Promover a otimização do processamento da análise bioquímica com a liberação da análise da gasometria e do lactato em, no máximo, 40 minutos, com registro no Prontuário Eletrônico do paciente. Esse pacote de exames foi baseado nas diretrizes da Surviving Sepsis Campaign. Conclusão: Utilizar atendimento guiado por Protocolo permite agilidade no atendimento, coleta de exames adequados, administração de antimicrobianos no tempo recomendado, além do envolvimento multidisciplinar, garantido qualidade e segurança no cuidado ao paciente. A criação de gatilhos no sistema de informação hospitalar é de suma importância para a melhoria do atendimento, principalmente em situações de urgência. Esta ferramenta contribuiu para o manejo adequado dos pacientes, permitindo a observação de discreta queda nos índices de mortalidade da nossa Instituição. Título: ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES EM ISOLAMENTO E PRECAUÇÃO DE UM SERVIÇO PÚBLICO DE PONTA GROSSA/PR Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UEPG Autores: Juliana Ferreira Leal; Joseane Quirrenbach; Maria Dagmar da Rocha Gaspar; Michelly Fachin; Resumo: A infecção é resultado do desequilíbrio entre os mecanismos empregados pelos microrganismos para causar doenças e a resposta do hospedeiro em impedir esta agressão. As medidas de precaução e isolamento visam interromper estes mecanismos de transmissão e prevenir complicações. O objetivo do estudo foi avaliar os benefícios da implantação do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e o acompanhamento de pacientes em precaução e isolamento de julho a dezembro 2014, em um serviço público de saúde de Ponta Grossa/PR. A pesquisa é caracterizada como um estudo transversal e prospectivo, que analisou uma amostra de 115 pacientes internados em precaução e isolamento nas Unidades de terapia intensiva adulto e neonatal (UTI’s), Clínica Médica e Clínica Cirúrgica. O SCIH do hospital em estudo elaborou uma planilha de acompanhamento de pacientes em isolamento e precaução na qual incluiu-se os fatores de riscos: antibioticoterapia, topografia infecciosa, resultados de culturas/ antibiograma e tempo de permanência em precaução. A média de permanência no isolamento foi de 4,7 dias, distribuídos em: 97 (84,34%) pacientes em precaução por contato, 15 (13,04%) em precaução por gotículas e 3 (2,6%) em precaução por aerossóis. Os microrganismos com maior prevalência foram: Escherichia coli com 10 (4,95%), Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) com 6 (5,21%) e Mycobacterium tuberculosis 3 (2,6%). O acompanhamento diário de pacientes em isolamento e precaução por meio da planilha implantada, visitas formais ao quarto do paciente e avaliação de resultados de exames e culturas proporciona ao paciente uma melhor qualidade de assistência, mais humanizada, uma vez que os profissionais liberam os pacientes da precaução em curto espaço de tempo, com o acompanhamento de sua melhora diária. Desta forma, os fatores de risco de futuros eventos adversos diminuem, bem como os custos empregados para manter pacientes isolados por tempo prolongado. Título: ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE Autores: Gislaine de Fatima Silva da Silva; Verusca Melo Ferreira; Michèle da Silva Borges; Raquel Bauer Cechinel; Juliane de Souza Scherer; Teresa Cristina Teixeira Sukiennik; Resumo: Introdução: A higiene de mãos (HM) nos serviços de saúde é tema recorrente nas ações para prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde além de evitar a transmissão cruzada de microrganismos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a HM executada na forma e nas oportunidades recomendadas, é a medida mais custo efetiva para salvar vidas ao prevenir infecções . Apesar de comprovadamente documentada como uma ação preventiva no combate às infecções relacionadas à assistência à saúde, a adesão à HM é um importante desafio para a segurança do paciente, pois ainda observa-se baixa adesão pelos profissionais da saúde durante as atividades assistenciais . Ainda, a observação das oportunidades e apresentação regular das taxas de adesão mensuradas pode possibilitar a discussão dos fatores que influenciaram os resultados, pela equipe. Objetivo: Descrever a adesão dos profissionais de saúde que trabalham em um hospital pediátrico quanto à higienização das mãos. Método: Trata-se de estudo observacional descritivo. A coleta dos dados ocorreu em Março e Abril de 2015 em um hospital pediátrico de grande porte do sul do Brasil. Foi realizada observação direta dos profissionais de saúde na Unidade de Terapia Intensiva, Unidades de Internação e Emergência. As observações foram realizadas com base no formulário de observação disponibilizado e recomendado pela OMS. Resultados: A amostra foi composta por 597 oportunidades; na Unidade de Terapia Intensiva foram observadas 216 oportunidades para higienização de mãos, dentre essas, 126 ações foram realizadas o que representa 58% de adesão do processo por parte dos profissionais; nas Unidades de Internação, das 233 oportunidades, apenas 60 ações foram efetivadas, o que representa 26% de adesão; na Emergência das 148 oportunidades observadas, 45 ações de higiene de mãos foram realizadas, o que representa, 30% de adesão. Os dados incluem as oportunidades envolvendo as categorias: médica, de enfermagem e fisioterapia, sendo que a categoria de enfermagem representou 74% (443) da amostra. Conclusão: Observamos que as diversas categorias profissionais não realizam a prática de HM nas oportunidades recomendadas pela OMS. Assim, faz-se necessário manter o acompanhamento no ambiente assistencial e oferecer Feedback às equipes para que as mesmas possam analisar as oportunidades de melhorias e definir estratégias para a busca da qualidade assistencial e segurança do paciente. Título: ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ENTRE ANESTESISTAS EM UM CENTRO CIRÚRGICO DE PORTO ALEGRE Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNIVERSIDADE FEEVALE Autores: Dionisia Oliveira de Oliveira; Diana Rodrigues Nicoletti; Diego Jung de Sumpfs; Emily Comin; Resumo: Introdução: A higienização das mãos (HM) é considerada a medida de maior impacto na prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), uma vez que impede a transmissão cruzada de microrganismos. Na prática do Centro Cirúrgico a antissepsia cirúrgica tem espaço de maior destaque nas medidas de controle de IRAS, entretanto há pouca ênfase na HM dos profissionais que lá circulam. Salienta-se que os anestesistas nas suas práticas diárias realizam procedimentos que ultrapassam as barreiras fisiológicas que exigem medidas de bloqueio epidemiológico. Dentre essas medidas, está a adesão a HM por estes profissionais. Por este motivo, torna-se fundamental o acompanhamento deste processo. Objetivo: Mensurar a taxa de adesão do procedimento de HM dos anestesiologistas em um centro cirúrgico de um hospital privado de Porto Alegre. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo observacional. Os dados foram coletados por meio de um checklist de medidas de bloqueio epidemiológico (CMBE), elaborado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da instituição. O CMBE é composto por 9 (nove) questões, com opções de marcação como “sim” ou “não” sendo uma delas a questão de “Higienização das Mãos – Anestesista”, o CMBE esta anexado no prontuário, sendo preenchido pelo circulante da sala no momento da cirurgia conforme observação direta do processo. A coleta de dados foi realizada no período de Janeiro/2014 a Janeiro/2015. Ao longo dos 13 meses foram coletados 6.908 checklists, os dados foram analisados estatisticamente por meio do programa Microsoft Office Excel®. Resultado: Dentre as 6.908 observações realizadas obteve-se a taxa de adesão total de 52,4% (n= 3617). No período analisado a taxa de adesão variou de 46,8% - 59,6%, sendo a menor taxa (46,8%) no mês de Agosto, período com que há um aumento do número de procedimentos (n=555). Em média no período avaliado foram realizadas 570 observações. O mês que houve a maior taxa de adesão (59,6%) foi em Fevereiro, quando ocorreram 323 procedimentos. Conclusão: No presente estudo ficou evidenciado que a adesão à HM por estes profissionais ainda é baixa conforme comparação com meta de 70% estabelecida pela OMS. A frequência de adesão pode ter relação com o número de procedimentos realizados. Conclui-se que a observação deste processo é indispensável para a qualidade e segurança nos processos assistenciais no centro cirúrgico, sendo necessária a atuação destes profissionais através da educação continuada. Título: ADESÃO AS MEDIDAS DE BLOQUEIO EPIDEMIOLOGICO EM UM CENTRO CIRÚRGICO DE PORTO ALEGRE Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL MÃE DE DEUS Autores: Diego Jung Stumpfs; Dionisia Oliveira de Oliveira; Diana Rodrigues Nicoletti; Emily Comin; Resumo: Introdução: A infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) representa um importante problema de saúde pública no Brasil. Em grande parte, seu controle e prevenção dependem da adesão dos profissionais de saúde as medidas preventivas. Entre as IRAS, a infecção de sítio cirúrgico (ISC) destaca-se na terceira posição entre todas as infecções. Por este motivo, tornase fundamental o acompanhamento da adesão as medidas de bloqueio epidemiológico (MBE) no centro cirúrgico, especialmente dos cirurgiões, já que possuem contato direto com o sítio cirúrgico. Objetivos: Mensurar a taxa de adesão dos cirurgiões às MBE em um centro cirúrgico de um hospital privado de Porto alegre. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo observacional retrospectivo. Os dados foram coletados por intermédio de um checklist de medidas de bloqueio epidemiológico (CMBE), que avalia o cirurgião durante todo o período do procedimento. O checklist foi elaborado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da instituição. O CMBE é composto pelos itens: Uso correto da máscara, antissepsia cirúrgica das mãos, uso do gorro padronizado e avental descartável, com as opções de marcação “sim” ou “não”. O CMBE esta anexado no prontuário, sendo preenchido pelo circulante no momento da cirurgia conforme observação direta do processo. A coleta de dados foi realizada no período de Janeiro/2014 a Janeiro/2015. Os dados foram analisados estatisticamente por meio do programa Microsoft Office Excel®. Resultado: Ao longo dos 13 meses foram coletados 6.900 checklists. A adesão ao uso correto da máscara ocorreu em 97,8% (n=6817/6968) dos procedimentos. Em relação à antissepsia cirúrgica das mãos houve uma adesão de 99,5% (n=6945/6982), ao uso do gorro padronizado de 98,1% (n=6857/6990) e quanto ao uso do avental à adesão foi de 99,8% (n=6973/6983). Conclusão: O presente estudo verificou que embora essas medidas já sejam amplamente divulgadas nos centros cirúrgicos, ainda não há cumprimento total das recomendações. O item em que houve menor adesão foi o uso correto da máscara, sugerindo um desconhecimento sobre a importância desta prática. A observação deste processo é indispensável para a qualidade e segurança nos processos assistenciais no centro cirúrgico, principalmente para avaliar o cumprimento das medidas e atuar nas recomendações com baixa adesão. Título: ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DE VÍRUS RESPÍRATÓRIOS CAUSADORES DE BRONQUIOLITE EM UNIDADES PEDIÁTRICAS DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO SUL DO BRASIL NO ANO DE 2014 Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HCPA Autores: Débora Marie da Silva Bonmann; Thais Faber; Marlise Lara Fagundes; Marcia Rosane Pires; Luana Oliveira Muraro; Karina Pinheiro Teixeira; Resumo: INTRODUÇÃO: Bronquiolite é uma síndrome do sistema ventilatório que acomete crianças nos dois primeiros anos de vida. O maior incidência ocorre abaixo dos 12 meses de idade, com padrão epidêmico com prevalência no outono e inverno, sendo a causa mais freqüente de hospitalização de lactentes. A bronquiolite ocasiona a inflamação e obstrução dos bronquíolos. Os agentes etiológicos mais comuns são o vírus sincicial respiratório (VSR), parainfluenza, adenovírus e influenza. OBJETIVO: analisar a frequência de vírus respiratórios transmitidos em ambiente hospitalar de hospital universitário da região sul do Brasil em pacientes pediátricos internados no período de janeiro a dezembro de 2014. MÉTODO: estudo retrospectivo observacional dos pacientes que internaram nas unidades pediátricas do Hospital Universitário da região sul do Brasil com o diagnóstico de bronquiolite. Todos os pacientes realizaram coleta de secreção de vias aéreas superiores para diagnóstico laboratorial de vírus respiratório. O método utilizado pelo laboratório é o de imunofluorescência direta. Os dados foram submetidos a estatística descritiva. RESULTADOS: De janeiro a dezembro de 2014, foram coletados um total 1087 amostras. A positividade geral foi de 277 (25,5%) sendo 45 (16,2%) de transmissão intrahospitalar. Das amostras positivas identificou, respectivamente: 12 (4,3%) adenovirus, sendo 8 (17,8%) casos de transmissão hospitalar, 36 (13%) parainfluenza, sendo 13 (28,9%) de hospitalar, 215 (77,6%) virus sincicial respiratório (VSR), sendo 21 (46,7%) de transmissão intrahospitalar e 13 (4,7%) influenza, não havendo transmissão dentro do hospital. CONCLUSÃO: O agente etiológico das bronquiolites mais freqüente no período de análise foi o VSR, tanto nas infecções comunitárias como nas hospitalares. Controlar sistematicamente os resultados permite melhor analisar o perfil etiológico dessas infecções, melhor manejo dos pacientes e auxilia na prevenção da transmissão hospitalar. Título: ANÁLISE DA INDICAÇÃO DA INSERÇÃO DE CATETER VESICAL DE DEMORA EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DE UM HOSPITAL DE PORTO ALEGRE. Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL PADRE JEREMIAS Autores: Camila Piuco Preve; Carem Gorniak Lovatto; Luana Oliveira Muraro; Karina Pinheiro Teixeira; Rodrigo Pires dos Santos; Resumo: INTRODUÇÃO: A infecção do trato urinário (ITU) é uma das infecções relacionadas á assistência à saúde (IRAS) de maior prevalência. A incidência de ITU relacionada ao cateter vesical de demora (CVD) tem relação direta com a duração da cateterização. Entre os fatores de risco, este tem sido considerado o mais importante para infecção e colonização do trato urinário. OBJETIVO: Analisar as indicações de inserção de CVD em pacientes internados em uma unidade clinica de um hospital universitário, conforme o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) nos primeiros cinco dias de cateterização na unidade. Segundo o CDC é indicado a permanência da CVD nas seguintes situações: a) Retenção/obstrução urinaria; b) Paciente com úlceras sacrais e incontinência urinaria; b) Monitoramento urinário e hemodinâmico em paciente criticamente enfermo; c) Paciente imobilizado (injuria espinhal, trauma raquimedular); d) Paciente em pós-operatório imediato (24 horas pós procedimento); c) Paciente em medidas de conforto (cuidados paliativos); d) Paciente submetido a cirurgia urológica. Caso o paciente não tenha indicação, recomenda-se a retirada do dispositivo para diminuição do risco de desenvolvimento de ITU. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte, de caráter retrospectivo e prospectivo. Foram analisadas as indicações do uso de CVD no dia da inserção a partir de 28 pacientes internados em uma unidade clinica de um hospital universitário, no período de abril a outubro de 2014. RESULTADOS: Dos 28 pacientes em uso de CVD, 26 (92,8%) tinham indicação conforme os critérios do CDC, destes, 11 (39,3%) por ulceras sacrais e incontinência urinaria, 9 (32,1%) para monitoramento urinário e hemodinâmico, 4 (14,3%) por obstrução urinaria, 1 (3,6%) por pós operatório imediato e 1 (3,6%) por cirurgia urológica, enquanto 2 pacientes (7,1%) não possuíram indicação para o uso de CVD, sendo solicitada a sua retirada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. DISCUSSÃO: A duração do cateterismo vesical é um fator de risco importante para o desenvolvimento de ITU. Limitar ao mínimo necessário o tempo de cateterização em pacientes hospitalizados é a principal medida preventiva para esta infecção. Título: ANÁLISE DA POSITIVIDADE DE CANDIDA ALBICANS E NÃO ALBICANS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM HOSPITAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE. Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL PADRE JEREMIAS Autores: Camila Piuco Preve; Anita Silvane Oliveira Figueira; Tatiana Ferro Brittos; Soraya Malafaia Colares; Ricardo Ariel Zimerman; Resumo: Introdução: As candidemias estão se tornando mais frequentes no período neonatal, principalmente em neonatos de muito baixo peso, estando relacionadas a elevadas taxas de morbi-mortalidade. Candida albicans é a principal espécie capaz de provocar infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS) em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Porém, outras espécies não-albicans têm se destacado, tais como Candida tropicalis e Candida parapsilosis. Objetivo: quantificar a positividade de C. albicans e não albicans em amostras de swabs perineal e orotraqueal, coletados em pacientes de risco em uma UTIN, conforme protocolo de profilaxia de candidemias instituído pelo Controle de Infecção. Metodologia: Análise restrospectiva do resultado de amostras de swabs coletados semanalmente de bebês de muito baixo peso (menos que 1500g) na UTIN de um hospital em Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre/RS, durante o período de maio de 2013 a abril de 2015. A coleta dos swabs tem como objetivo identificar a predisposição a candidemia, podendo-se iniciar tratamento profilático para esta infecção. Resultados: Do total de 423 swabs coletados, 24 (5,7%) foram positivos, sendo 16 (66,7%) C.parapsilosis, 6 (25%) C.albicans e 2 (8,3%) C.tropicalis. Os pacientes com resultado positivo receberam profilaxia para candidemia com Fluconazol. Conclusão: Apesar de C.albicans ser apontada como a mais frequente causadora de candidemias em UTIN, neste estudo a espécie de maior prevalência foi C.parapsilosis. Estas infecções estão geralmente associadas a origem endógena, pela translocação do patógeno através da mucosa do trato gastrointestinal, e a fatores de risco como muito baixo peso, baixa idade gestacional, uso prolongado de antimicrobianos e procedimentos invasivos. A coleta de swabs foi eficaz na detecção de pacientes colonizados pelo fungo, permitindo a realização de estratégia preventiva. Título: ANÁLISE DE 9 ANOS DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM BUNDLE DE PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE PORTO ALEGRE Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE Autores: Luana Oliveira Muraro; Karina Pinheiro Teixeira; Loriane Rita Konkewicz; Ângela Santos Carniel; Rodrigo Pires Santos; Resumo: Introdução: Pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAVM) são aquelas que ocorrem 48h após o paciente ser submetido à ventilação mecânica e se caracterizam por serem infecções relacionadas à assistência à saúde com importante morbimortalidade em centros de terapia intensiva (CTI). Diante disto, no ano de 2006 foi implementado no CTI do Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) um protocolo de PAVM que incluiu, além de condutas de diagnóstico e terapêutica, um bundle de medidas de prevenção dessa infecção, para ser seguido pelos profissionais assistenciais daquela área. OBJETIVOS: descrever a adesão às medidas do bundle de prevenção e a incidência de PAVM no CTI Adulto do HCPA, no período de 2006 a 2014. MÉTODO: estudo retrospectivo que analisou a incidência de PAVM e a adesão às medidas de prevenção pelos profissionais que prestam assistência de saúde aos pacientes internados no CTI adulto do HCPA no período de 2006 a 2014. Os dados foram coletados, digitados, armazenados e analisados como parte das atividades sistemáticas de vigilância de processos e de resultados da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição. RESULTADOS: As médias de adesão das medidas do bundle no período do estudo foram: posicionamento do paciente com cabeceira elevada a 30° de 89,8%, posicionamento da traquéia/filtro acima da cabeça do paciente de 78,6%, traquéia/filtro sem excesso de líquido de 82%, realização da medida do balonete do tubo endotraqueal (TET) de 65,6%, higiene oral de 84%, fisioterapia respiratória de 55,4% e pausa na sedação de 42,5%. As taxas de adesão a algumas das medidas do bundle permaneceram estáveis e em outras até melhoraram, desde sua implementação. Nesse período de 9 anos, 565 pacientes apresentaram PAVM. A incidência de PAVM (por procedimento-dia) foi 18,3‰ em 2006, 15,4‰ em 2007, 13‰ em 2008, 12,5‰ em 2009, 8,2‰ em 2010, 6,6‰ em 2011, 4,8‰ em 2012, 4‰ em 2013 e 3,7‰ em 2014. CONCLUSÃO: A implementação de um protocolo de PAVM, incluindo um bundle de medidas de prevenção, contribuiu para a redução da incidência de PAVM no CTI adulto do HCPA ao longo do período analisado, possibilitando a melhoria da segurança e a qualidade da assistência ao paciente. O estudo demonstra, dessa forma, a importância da implementação e vigilância de bundles de medidas de prevenção de infecções relacionadas a assistência à saúde. Título: ANÁLISE DE CUSTO OPORTUNIDADE: INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO EM CIRURGIAS DE COLUNA Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL MÃE DE DEUS Autores: Francyne Sequeira Lopes; Juliana Gil Prates; Gabrielli Paré Guglielmi; Diego Jung Stumpfs; Gabriel Azambuja Narvaez; Resumo: Introdução: A infecção de sítio cirúrgico (ISC) permanece como importante complicação decorrente do ato operatório. Além do aumento da morbidade e da mortalidade, as ISC também possuem grande impacto no tempo de permanência hospitalar e nos custos diretos e indiretos decorrentes deste evento. Objetivos: Analisar os dias de oportunidades perdidos devido à infecção de sítio cirúrgico a partir da aplicação do cálculo de custo oportunidade. Método: Tratase de um estudo descritivo, observacional, realizado em um hospital privado. Os dados foram coletados no período de janeiro a dezembro de 2014 e incluíram todos os pacientes submetidos a cirurgias de coluna, envolvendo ou não a colocação de próteses. Resultados: No período, foram realizadas 658 cirurgias de coluna. Ocorreram 18 casos de infecção (2,73%). A média de permanência dos pacientes que não desenvolveram infecção foi de 5 dias e dos que desenvolveram ISC foi de 23,9 dias. Para obter o custo oportunidade, foram calculados os dias de tratamento dos pacientes que fizeram ISC (média de dias de permanência dos que fizeram ISC x nº de pacientes que se submeteram a cirurgia de coluna), totalizando 15.726 dias de tratamento, ao passo que os que não fizeram ISC totalizaram 3.290 dias. Subtraindo os dias de pacientes com ISC dos sem ISC, obteve-se uma diferença de 12.436 dias de oportunidades perdidos. Esse é o excedente dos pacientes com infecção comparados aos sem ISC. Isso demonstra que, se as infecções não tivessem ocorrido e, considerando um tempo de permanência médio de 5 dias, 2.487 pacientes poderiam ter ocupado esses leitos no período. Conclusão: O impacto das infecções nos resultados operacionais das instituições é inegável. A permanência de pacientes com ISC pode, inclusive, interferir negativamente na realização de procedimentos cirúrgicos quando considerada a disponibilidade de leitos. Estes achados podem auxiliar no fortalecimento das ações de controle de infecções nas instituições, na medida em que demonstram as complicações operacionais decorrentes. Estudos adicionais abordando as perdas financeiras se fazem necessários. Título: ANÁLISE DOS MÉTODOS DE BUSCA ATIVA PARA IDENTIFICAÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO APÓS CIRURGIAS PLÁSTICAS Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL MÃE DE DEUS Autores: Diego Jung Stumpfs; Dionisia Oliveira de Oliveira; Diana Rodrigues Nicoletti; Juliana Gil Prates; Gabriel Azambuja Narvaez; Francyne Sequeira Lopes; Gabrielli Paré Guglielmi; Resumo: Introdução: A infecção de sítio cirúrgico (ISC) aumenta o tempo de internação dos pacientes e consequentemente os custos para as instituições. Em consonância com as recomendações da ANVISA e para uma melhor análise destes eventos, o Serviço de Controle de Infecção (SCIH) procura realizar a busca ativa dessas infecções. Habitualmente priorizam-se as cirurgias limpas e aquelas com maior risco de complicações caso ocorra uma infecção. Há diversas formas para que essa busca ativa ocorra. Uma das formas mais disseminadas é a busca ativa fonada, através da ligação telefônica pós-alta aos pacientes que realizaram intervenções cirúrgicas na instituição. Há também outras formas como o acompanhamento dos pacientes durante a internação, o relato espontâneo dos cirurgiões e a busca por reintervenções cirúrgicas. Objetivo: Verificar o método mais prevalente para a identificação das ISC nos pacientes submetidos a cirurgias plásticas em um Hospital Privado de Porto Alegre Metodologia: Estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo. Foram comparadas a busca ativa fonada, reintervenção e relato espontâneo pelo cirurgião das ISC ocorridas após cirurgias plásticas no período de Julho/13 a Janeiro/15. Na instituição em questão a busca ativa fonada, ocorre após 30 dias do procedimento. As reintervenções são acompanhadas através da busca ativa e eventualmente por relato espontâneo do cirurgião. Resultados: Foram identificadas 16 ISC após 9892 cirurgias plásticas realizadas no período, totalizando uma taxa de 0,16. O método de busca ativa por análise das reintervenções teve uma eficácia de 94%. Um caso (6%) foi identificado pelo relato espontâneo do cirurgião. Nenhum caso foi identificado isoladamente pela busca ativa fonada. Conclusão: Os resultados deste estudo demonstram que nesta instituição a busca ativa fonada não foi eficaz para a identificação dos casos de ISC. Salienta-se que a maioria das ISC ocorreu em cirurgias com implante de prótese, sendo esse fato um possível facilitador tendo em vista a frequente necessidade de reintervenção para resolução da infecção nestes casos. Título: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE CANDIDEMIAS EM HOSPITAL ONCOLÓGICO NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2014 A ABRIL DE 2015 Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ Autores: Carla Sakuma de Oliveira; Marisa Cristina Preifz; Bernardo de Lima; Resumo: Introdução: Em hospitais terciários, o gênero Candida responde por cerca de 80% das infecções fúngicas documentadas, representando um grande desafio aos clínicos de diferentes especialidades devido as dificuldades diagnósticas e terapêuticas das infecções causadas por tais agentes. Observa-se, assim, o aumento do número de infecções da corrente sanguínea causados por fungos, especialmente do gênero Candida. Candidemias são infecções de corrente sanguínea que podem ser relacionadas ao ambiente hospitalar e a comunidade. Objetivos: Apresentar avaliação clinica e epidemiológica dos isolados de Candida em hemocultura. Material e Métodos: A coleta de dados obedece a um caráter quantitativo e analítico e foi realizada em um hospital oncológico, localizado na região Oeste do Estado do Paraná. A instituição conta com 100 leitos, na qual 10 são de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Os dados colhidos para este trabalho referem-se as hemoculturas de infecções hospitalares no período de Janeiro de 2014 a Abril de 2015, em pacientes internados nesse período em todas as alas do hospital. As amostras foram processadas em laboratório terceirizado, com método semiautomatizado Bactec, conferindo, assim, maior fidedignidade aos resultados colhidos e apresentados. Resultados: Neste estudo, foram analisados, exclusivamente, os isolados hospitalares. Em um universo de 2545 hemoculturas realizadas entre Janeiro e Dezembro de 2014 e 695 até Abril de 2015, 32 foram positivas (0,98%). Em uma análise mais densa, observouse que 50% das hemoculturas positivas eram relativas a espécie Albicans e 50% nao eram Albicans (28% Tropicalis, 12,5% Parapsilosis, 6,25% Glabrata, 3,12% Utilis). A frequência elevada das espécies não Albicans era previsível, visto que a população abrangida pelo estudo era de pacientes oncológicos. Conclusão: Os dados colhidos são importantes no que tange o tratamento ofertado aos pacientes do hospital. A importância da identificação da espécie, muitas vezes, representa a virulência e a necessidade de adequação terapêutica. Atualmente, o tratamento adequado a partir do reconhecimento do fungo modifica significativamente a letalidade da infecção de corrente sanguínea causada por Candida. Título: APLICAÇÃO DE CHECK LIST DE ADESÃO ÀS MEDIDAS DE BLOQUEIO EPIDEMIOLÓGICO PARA PACIENTES COM GERMES MULTIRRESISTENTES E DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO DE CANOAS Autores: Priscila de Souza Ávila Pereira; Raísa da Silva Dorneles; Paulo Francisco Berni Teixeira; Ana Paula Sueiro de Oliveira; Vanessa Schultz; Resumo: Introdução: As medidas de bloqueio epidemiológico são estratégias implementadas para prevenir infecções cruzadas com a utilização de barreira física entre a fonte infectante e o profissional de saúde. Objetivo: Avaliar a adesão pelos profissionais de saúde das medidas de bloqueio epidemiológico recomendadas para pacientes portadores de germes multirresistentes ou doenças infectocontagiosas em um Hospital de Pronto Socorro da Região Metropolitana de Porto Alegre. Método: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo. Os dados foram coletados através de aplicação de check list das medidas recomendadas pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar com acompanhamento do enfermeiro da unidade onde o paciente se encontrava internado, no período de agosto de 2014 a março de 2015. Foram avaliados os seguintes itens: Presença de placa de identificação da medida indicada na porta do quarto; Adesivo identificando a medida instituída colado na capa do prontuário do paciente; Ficha de descrição das medidas na contracapa do prontuário; Disposição de solução alcóolica na entrada do leito; Prescrição eletrônica da precaução nas últimas 48 horas; Evolução em prontuário eletrônico nas últimas 48 horas; Registro no documento de passagem de plantão do enfermeiro; Disposição de luvas e aventais na entrada do box quando aplicáveis estes itens; e, Cumprimento das medidas de barreira pelos profissionais. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente no programa Microsoft Excel®. Resultado: A taxa de adesão à totalidade das recomendações variou de 9% a 70% e vem aumentando constantemente nos últimos quatro meses. A menor adesão é observada nos itens de prescrição e evolução no prontuário eletrônico dos pacientes. Conclusão: Verificou-se que os profissionais ainda parecem banalizar a instituição da medida de bloqueio, não considerando sua própria exposição às doenças infectocontagiosas. Pode-se observar que, a medida em que os enfermeiros aumentam sua participação na auditoria de aplicação do check list os resultados vem melhorando especialmente nos itens de prescrição e evolução em prontuário eletrônico, anteriormente os de menor adesão, mas que exercem papel fundamental na identificação destes pacientes na instituição. Título: APLICAÇÃO DE MÉTODOS ESTATÍSTICOS COMO INSTRUMENTOS IMPORTANTES PARA COMBATER INFECÇÕES HOSPITALARES Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL VITA BATEL Autores: Aline da Silva Paula; Vanessa Burdzinski; Marta Fragoso; Solange de Lima Silva Matsumoto; Edilma Nunes Sena; Resumo: Introdução: Os hospitais e sistemas de saúde, em geral, ocorrem complicações infecciosas, o que interfere neste estado de saúde buscado por todos os indivíduos. Essas complicações infecciosas são denominadas de infecções relacionadas à assistência da saúde (IRAS) e representam um grave problema da saúde mundial, levando ao aumento da morbidade e mortalidade entre os pacientes, ocasionando elevação dos custos hospitalares. Objetivo: Analisar quantitativamente e qualitativamente através de métodos estatísticos dados de infecção hospitalar relacionada à assistência a saúde. Metodologia: Os métodos e conceitos estatísticos que foram utilizados na metodologia do presente estudo foi através do Excel®, com cálculo da incidência de infecção hospitalar, média/ mediana/ quartis/ mínimo, máximo/desvio padrão/ coeficiente de variação, e curva endêmica com definição de limite inferior e superior para cada área. Resultados: Com determinação de variância para identificação de possíveis surtos ou alertas para subnotificações. Conclusão: A implantação de comissões de controle de infecções hospitalares (CCIH) é de grande importância para a garantia da saúde do indivíduo. Porém, muitos estudos têm levado a acreditar que o sistema de saúde brasileiro não tem conseguido incorporar as ações de prevenção e controle das infecções hospitalares de forma homogênea. Essa dificuldade na incorporação de medidas preventivas está relacionada ao fato de adaptação, já que todos os estudos implantados no Brasil estão baseados nos modelos estrangeiros, principalmente nos modelos norte-americanos e ingleses. Diante do exposto, tornou-se necessário um diagnóstico epidemiológico da situação das taxas de controle de infecção hospitalar no Hospital Vita Batel. Esse conhecimento é fundamental para a evolução das ações de prevenção e para o desenvolvimento de estratégias diversificadas para prevenção da infecção hospitalar relacionada à assistência da saúde. Título: APLICAÇÃO DE UMA FERRAMENTA PARA CONTROLE DE MEDIDAS PREVENTIVAS NA UTI DO HOSPITAL SANTA CASA DE PELOTAS. Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: SANTA CASA DE PELOTAS Autores: katia Cilene Rosa Zielke; Sabrina de Mattos Teixeira; Larissa Konzgen Teixeira; Ricardo Bica Noal; Resumo: INTRODUÇÃO: A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) é um ambiente complexo, onde as ações preventivas de controle de infecção devem ser rigorosas. Este estudo relata a aplicação, processo e os resultados de uma ferramenta quanti-qualitativa, utilizada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) na UTI do Hospital Santa Casa de Pelotas. OBJETIVOS: Descrição de um instrumento utilizado na UTI para sensibilizar os profissionais da enfermagem, facilitando a coleta e análise dos dados fornecendo subsídios para a elaboração de ações. MÉTODOLOGIA: Estudo descritivo com dados coletados no período de 1º de fevereiro de 2012 a 28 de fevereiro de 2015 na UTI (10 leitos). A cada dois a três dias a equipe visitou a UTI e avaliou através de um instrumento em forma de planilha os procedimentos operacionais padrão (POP) para cada item, através de um escore de cores (verde, amarelo e vermelho), indicando a adequação total, adequação parcial e inadequação, respectivamente para cada leito. O mesmo paciente poderia ser avaliado em dias subseqüentes conforme sua permanência na UTI. Imediatamente era discutida com a enfermagem a rotina. Foram avaliados 17 itens divididos em (4) grupos: circulatório (08), respiratório (3), isolamentos (3), sondas/drenos (3). Posteriormente, em virtude do pequeno número de vermelhos e amarelos, estas categorias foram agrupadas. RESULTADOS: realizou-se 432 visitas com média de 95,4 avaliações por mês e 8,2 leitos ocupados por dia, total de 3531 leitos avaliados. Quanto à procedência 57,1% dos pacientes são provenientes de unidades de internação e o restante de fora do hospital. A média de idade foi de 64 anos não havendo predomínio entre os sexos. A proporção de inconformidade em alguns itens foi: Equipo simples (48,4%), acesso venoso periférico (38,2%), sonda vesical de demora (34,3%), sonda nasogástrica (28,2%), pressão venosa central e pressão arterial media (26,3%), equipo para bomba de infusão (25,1%), equipo bureta (24,5%) e sonda nasoenteral (22,1%). Os itens com maior proporção de adequação foram: acesso venoso central, cateter de schilley, dânula, filtro antibacteriano, umidificador e isolamento de contato. CONCLUSÃO: O instrumento propiciou um acompanhamento individualizado de cada paciente (leito) e de cada processo, o que nos permitiu identificar e discutir de maneira mais “visual” com a equipe de assistência, ajudando a detectar maiores problemas de inadequação, contribuindo para ações de prevenção. Título: AUTO AVALIAÇÃO PARA HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE DO BRASIL Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: ANVISA Autores: Heiko Thereza Santana; Magda Machado de Miranda Costa; Fabiana Cristina de Sousa; Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira; Suzie Marie Gomes Teixeira; Cleide Felicia Mesquita Ribeiro; Mara Rubia Santos Gonçalves; Luana Teixeira Morelo; Resumo: A higiene das mãos (HM) é o procedimento mais importante para evitar a transmissão de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), e, recentemente, o protocolo de higiene das mãos foi publicado pelo Ministério da Saúde. Para melhoria desta prática, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a estratégia multimodal que engloba cinco componentes 2,3: mudança de sistema, envolvendo a disponibilização de produtos para HM no ponto de assistência; educação e treinamento dos profissionais; avaliação da adesão à HM e devolutiva à equipe; lembretes no local de trabalho para HM e estabelecimento de clima de segurança. Baseada nesta estratégia, a OMS criou o Instrumento de Auto avaliação para HM. A ferramenta está dividida em cinco componentes. O presente trabalho objetiva comparar os resultados do Instrumento de Autoavaliação para HM aplicados nos anos de 2011 e 2014, pela Anvisa, para avaliar a situação da rede hospitalar no Brasil no que diz respeito às práticas de HM. Materiais e métodos: A coleta de dados para a realização do diagnóstico situacional da promoção e práticas da HM nos serviços de saúde foi realizada, pela Anvisa, nos período de 04 de maio a 31 de dezembro de 2011 (Aplicação 1) e de 9 de janeiro de 2014 a 10 de janeiro de 2015 (Aplicação 2), utilizando-se o Instrumento de Autoavaliação para HM formatado em formulário eletrônico no modelo FormSUS, versão 3.0. Os dados coletados foram analisados por meio do Programa Excel. Após preenchimento de um dos 5 componentes, era possível a soma das pontuações das respostas selecionadas para obtenção do subtotal para cada componente, pelo serviço de saúde. Resultados: Cerca de 900 serviços responderam ao Instrumento de Auto avaliação para HM (Aplicação 1). Quanto à classificação do nível de higiene das mãos dos EAS, segundo região geográfica, a maioria dos EAS avaliados está localizada na região sudeste do país. Segundo a classificação do nível de higiene das mãos, 409 (45,4%) dos EAS estão classificados no nível básico, seguida do nível intermediário (309) e do avançado (87). 96 instituições estão classificadas no nível inadequado. Até o momento, cerca de 200 serviços de saúde responderam ao instrumento de auto avaliação. Os resultados mostram que desse total, 25% estão classificadas como nível básico, 41% no nível intermediário e 34% no nível avançado. A Auto avaliação permite o planejamento e o seguimento do plano de promoção da HM, contribuindo para a melhoria e sustentação das práticas de HM. Título: AVALIAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA DOS CASOS DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS Autores: Marilaine Peres Silva Vieira; Miriane Melo Silveira Moretti; Paola Hoff Alves; Fabiano Ramos; Leticia Gomes Lobo; Vanessa Prussiano Bonini; Resumo: Introdução: A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é a infecção que tem maior prevalência nas unidades de terapia intensiva os microrganismos multirresistentes como Acinetobacter baumanii sensível apenas a Polimixina B, Pseudomonas aeruginosa e Klebisella pneumoniae resistentes a carbapenêmicos e Staphylococcus aureus resistente a oxacilina (MRSA) são atualmente um grande problema nas unidades de terapia intensiva (UTI) resultando em um impacto em mortalidade e econômico no aumento da permanência dos pacientes no ambiente hospitalar. Objetivos: Avaliar a epidemiologia dos casos de pneumonia associada à ventilação mecânica em uma UTI adulto. Método: Estudo retrospectivo, descritivo, realizado em um Hospital Universitário misto em uma UTI geral com 15 leitos. Foi avaliada a evolução de todos os pacientes internados entre janeiro de 2013 a dezembro de 2014 que receberam o diagnóstico de PAV segundo os critérios da ANVISA. Resultados: Foram observados 91 casos de PAV. A pneumonia foi causada por microrganismo multirresistente em 54 casos (59,4%) e por microrganismo sensível em 37 (40,6%) deles. A prevalência foi de Acinetobacter baumanii com 38,5%, Pseudomonas aeruginosa com 15,4%, Klebisella pneumoniae com 8,8% e MRSA com 4,4%, foi identificado outros microrganismos multirresistentes que não obtiveram relevância na amostra. A PAV de início precoce com microrganismo multirresistente foi de 12 casos (22,2%) e de início tardio em 42 casos (77,8%). A média de permanência dos pacientes na unidade foi de 23 dias. O tratamento foi realizado em 87,9% dos casos. Óbito ocorreu em 32 pacientes com PAV por microrganismo multirresistente (55,2%) e em 9 pacientes com PAV por microrganismo multisensível (15,5%). Conclusão: Podemos observar que os microrganismos mais prevalentes na PAV são os multirresistentes com um aumento na média de permanência na unidade associada a uma maior mortalidade destes pacientes. Título: AVALIAÇÃO DA POSITIVIDADE DA PESQUISA DE VÍRUS RESPIRATÓRIO DE CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM HOSPITAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE. Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL PADRE JEREMIAS Autores: Camila Piuco Preve; Anita Silvane Oliveira Figueira; Tatiana Ferro Brittos; Soraya Malafaia Colares; Ricardo Ariel Zimerman; Resumo: Introdução: Nos dois primeiros anos de vida, a bronquiolite viral aguda (BVA) é a infecção de vias áreas inferiores de maior prevalência. A BVA segue um padrão sazonal, com predominância entre outono e inverno. Estima-se que 90% das infecções respiratórias agudas são relacionadas com agentes virais. Os agentes virais mais frequentes envolvidos em infecções respiratórias agudas são: vírus sincicial respiratório (VSR), vírus influenza tipos A e B, vírus parainfluenza, adenovírus e metapneumovírus humano. Objetivo: Determinar a positividade de amostras de pesquisa de vírus respiratórios e identificar o vírus de maior prevalência em um hospital de Cachoeirinha/RS, região metropolitana de Porto Alegre. Metodologia: Estudo retrospectivo, realizado através da analise de resultados de exames de imunofluorescência direta para vírus respiratórios (MIPAS) de crianças admitidas na unidade pediátrica e de pronto atendimento, entre o período de janeiro de 2014 a abril de 2015. Resultados: No período do estudo, foram coletadas 187 amostras, sendo 52 (27,8%) resultados positivos. Destas, 50 (96,1%) amostras foram positivas para VSR e 2 (3,9%) positivas para Parainfluenza 3, não havendo positividade para outras espécies virais. Conclusão: As bronquiolites virais são responsáveis por um alto índice de atendimento médico pediátrico, hospitalar e ambulatorial, representando umas das principais causas de hospitalização infantil durante o período de outono e inverno. O VSR foi o vírus de maior prevalência neste estudo, que utilizou o MIPAS como estratégia de detecção. A predominância deste vírus nas amostras positivas pode sugerir um potencial risco de transmissão intra-hospitalar, uma vez que o MIPAS teve uma baixa positividade frente ao total de quadros respiratórios sintomáticos na instituição. Título: AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE PRECAUÇÃO DE CONTATO E RASTREAMENTO NA VIGILÂNCIA DE MULTIRRESISTENTES Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER Autores: Elsie Storch Borges; Bianca Oliveira Fonseca; Ana Beatriz Souza do Carmo Henriques; Ruddy Dalseor; Maria Inês Janella Ferreira da Silva; Ana Lúcia Munhoz Cavalcanti Albuquerque; Resumo: A emergência de infecções por germes multirresistentes (GMR) tem sido alvo de medidas e discussões. Representa um grande desafio, tanto no tratamento, quanto na prevenção e está associada a maior custo do tratamento, tempo de internação e letalidade. As precauções de contato (PC) são um conjunto de medidas utilizadas pelos profissionais de saúde (PS) ao assistirem portadores de GMR, no intuito de diminuir ou evitar a transmissão desses patógenos. O rastreamento de possíveis portadores de GMR através da coleta de swabs de vigilância, juntamente com a instalação empírica de PC, constituem medidas para diminuição da transmissão de GMR, porém aumentam significativamente o número de pacientes em PC. No entanto, estudos vêm demonstrando que à medida que o número de pacientes em PC aumenta, diminui a adesão dos PS às medidas para PC. Torna-se necessária otimização das rotinas de rastreamento de acordo com cada cenário. Objetivos: I) Verificar se a rotina estabelecida nas admissões de possíveis portadores de GMR ocorria. II) Obter o quantitativo de exames positivos para GMR nestes pacientes. Método: Estudo prospectivo, realizado em um hospital federal terciário, entre julho de 2014 a janeiro de 2015. Neste período, profissionais da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) analisaram todos os pacientes admitidos, e detectaram os pacientes que deveriam ser incluídos nos critérios para instalação de rastreamento e PC empírica. Destes, foram analisados quantos foram rastreados de acordo com a rotina vigente. Ao final, foram analisados quantos exames foram positivos para GMR. Resultados: Foram identificados 80 pacientes com critérios para instalação de rastreamento PC empírica. Desses, 57 pacientes (71%) seguiram as rotinas estabelecidas. Entres os exames colhidos, 6 (10%) materiais de 6 pacientes distintos foram detectados com GMD. A partir deste resultado a CCIH realizou mudanças no protocolo de rastreamento. Conclusão: Os dados a respeito do uso de precauções de contato de rotina para reduzir a disseminação de GMR em possíveis portadores são conflitantes, e em alguns casos pode ser prejudicial para o cuidado de pacientes por causa da diminuição do número de visitas e tempo gasto com os pacientes pelos profissionais de saúde além do aumento do estresse psicológico experimentado por esses pacientes. As CCIH têm de pesar esses efeitos adversos das PC e adaptar as rotinas para cada realidade, analisando o potencial risco de propagação de GMR no hospital. Título: AVALIAÇÃO DO USO DE CATETER VENOSO CENTRAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ Autores: Elisangela Dalmaz Freitas; Adriana Blanco; Meline Lindsay E. Fonseca; Eliane Cristina Sanches Maziero; Larissa Comarella; Resumo: Introdução: O uso de cateter venoso central (CVC) tornou-se imprescindível em unidade de terapia intensiva. Entretanto, práticas inadequadas de inserção e manutenção de CVC podem contribuir para o aumento do risco de infecções e a uma maior morbimortalidade, tempo e custo da hospitalização. O planejamento e aplicação de medidas de prevenção são essenciais para a redução das taxas de infecção associada ou relacionada ao CVC. Objetivos: Avaliar a utilização do protocolo de inserção de CVC como medida preventiva de infecção primária de corrente sanguínea (IPCS). Método: Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, realizado através da análise das fichas referentes à utilização de CVC no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013. Dados observados: tipo de cateter inserido, técnica adequada no momento da inserção, tempo de permanência do cateter, motivo da retirada e resultado de culturas. Resultados: No período estudado, ocorreram 305 internações na UTI neonatal com a inserção de 218 CVC (taxa de utilização de 71,4%). Dos cateteres inseridos, a maioria (52,7%) foi cateter central de inserção periférica (PICC), seguido por cateter umbilical com 36,2% e flebotomia em 12,8% dos casos. A faixa de tempo de permanência mais prevalente foi a de 2 a 7 dias. As causas de retirada do cateter foram: não programada (37,6%), entre elas a principal causa foi o extravasamento (17,8%); término de terapia (34,4%); sepse (4,5%) e óbito (3,6%). A densidade de IPCS associada ou relacionada ao cateter foi de 12,8 para 1000 cateteres/dia. As pontas de cateter foram enviadas para cultura em 31,6% das retiradas, com taxa de positividade de 24,6%, sendo Estafilococo não produtor de coagulase (41,1%) e Cândida albicans (29,4%) os mais prevalentes. De todas as fichas analisadas, observou-se quebra de barreira no momento da inserção do cateter em 10 situações, sendo que em 8 houve intervenção do observador para corrigir a falha. Conclusão: A utilização do cateter é indispensável nas unidades de terapia intensiva, haja vista sua alta taxa de utilização, porém os cuidados com suas inserção e manutenção ainda são inconsistentes. Conhecer as intervenções que reduzem o risco de infecção demonstrou ser fundamental para melhorar a qualidade da assistência. Título: AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFECÇÃO RELACIONADA Á ASSISTENCIA A SAÚDE DE HOSPITAIS DO ESTADO DO PARANA. Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP Autores: Débora Cristina Ignácio Alves; Rúbia Aparecida Lacerda; Resumo: INTRODUÇÃO: Os programas de prevenção e controle de infecções associadas à assistência à saúde (PCIRAS), além da contribuir para reduzir o número dessas infecções, constituem componentes relevantes do sistema de avaliação da qualidade da assistência à saúde. OBJETIVO: caracterizar o desempenho desses programas em hospitais no estado do Paraná-Brasil. MÉTODO: Estudo prospectivo e transversal de avaliação processual, através de um instrumento previamente validado, constituído por quatro indicadores, cujos conteúdos são o desenvolvimento esperado desses programas em relação aos requisitos da literatura nacional e internacional. Os indicadores são: 1) Estrutura Técnico-operacional (PCET); 2) Diretrizes Operacionais (PCDO; 3) Sistema de Vigilância Epidemiológica (PCVE); 4) Atividades de Prevenção e Controle (PCCP). O estudo foi realizado entre 2013-2014 em 50 hospitais definidos estatisticamente, a partir da amostra total de acesso de 156. RESULTADOS: a conformidade geral obtida por esses programas foi de 71,0%(23,88dp). As conformidades de cada indicador foram: PCET - 79,4%(18,9dp); PCVE - 76,0%(30.5dp); PCDO - 65,5%(26,9dp); PCCP - 63,2%(39,5dp). A conformidade total foi um pouco inferiores ao anteriormente esperado (75%), devido aos indicadores PCDO E PCCP. Os programas apresentam condições mínimas para sua operacionalização e realização de vigilância epidemiológica, mas pouco suficiente quanto a existência de normas operacionais e atividades para o controle e prevenção dessas infecções. A presença de certificação de qualidade de saúde, realização de auditoria interna, existência de enfermeiro exclusivo para trabalhar no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, médicos contratados, mais horas de dedicação exclusiva e maior experiência de médicos e enfermeiros apresentaram associação significativa para melhor desempenho dos PCIRAS. CONCLUSÃO: Como Paraná é um dos estados mais desenvolvidos do Brasil, o resultado deste estudo motiva a necessidade de reconhecer e caracterizar esses programas em outras regiões do Brasil. Título: BNP COMO PREDITOR DE MORTALIDADE EM SEPSE GRAVE/CHOQUE SÉPTICO EM PACIENTES COM CARDIOPATIA ESTRUTURAL Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: INSTITUTO DO CORAÇÃO - INCOR HCFMUSP Autores: Aline Siqueira Bossa; Alexandre de Matos Soeiro; Priscila Gherardi Goldstein; Múcio Tavares de Oliveira Júnior; Resumo: Introdução: A descrição de preditores de mortalidade por sepse grave/choque séptico em pacientes com cardiopatia estrutural ainda é desconhecida. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo observacional com objetivo de avaliar se fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE), BNP e lactato arterial são capazes de predizer prognóstico intrahospitalar em cardiopatas com sepse grave/choque séptico. Foram incluídos 107 pacientes com cardiopatia estrutural entre março de 2014 e março de 2015. Os seguintes dados foram obtidos: idade, gênero, FEVE, lactato arterial, BNP, mortalidade e tempo de internação. Análise estatística: O desfecho primário foi mortalidade por todas as causas. A comparação univariada entre grupos foi realizada através de Teste exato de Fisher, sendo considerado significativo p< 0,05. Resultados: Dos pacientes analisados, 61,6% eram do gênero masculino e a mediana de idade foi de 65,7±13,1 anos. Em 52,3% dos casos o foco infeccioso relacionado foi pulmonar, seguido por infecção urinária (18,6%). Focos indeterminados representam 16,8% na população estudada. Miocardiopatia isquêmica foi a mais frequente com 31,7% dos casos, seguida por miocardiopatia chagásica (12,1%). Em 21,4% dos casos, as miocardiopatias eram de etiologia idiopática ou ainda indefinida. As médias de lactato arterial, BNP e FEVE foram, respectivamente, 25,7 mg/dL, 1.163 pg/mL e 34,02%. A mortalidade intrahospitalar foi de 48,6% e o tempo médio de internação de 16,6 (1–82) dias. Na análise de preditores de mortalidade estudados, não se observaram diferenças significativas em relação FEVE <40% x FEVE > 40% (42,2% x 55,0%, p=0,16) e lactato < 14 mg/dL x lactato > 14mg/dL (60,7% x 54,8%, p=0,38). No entanto, foi observada diferença estatística em relação aos valores de BNP < 400 pg/mL x BNP > 400 pg/mL (31,2% x 65,1%, p=0,002). Conclusão: A presença de sepse grave/choque séptico em pacientes cardiopatas mostrou apresentar elevado índice de mortalidade mesmo quando conduzido em um centro terciário de cardiologia com protocolo de atendimento gerenciado ao paciente séptico. O BNP se mostrou um preditor de mortalidade nessa população específica, mesmo em casos de sepse. Novos estudos com casuística maior são necessários para conclusão definitiva desse dados. Título: BUNDLE DE PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAV): CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS EM RELAÇÃO AO PROTOCOLO Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ULBRA Autores: Monique Eva Vargas Cardoso; Vanessa Schultz; Ana Paula Sueiro de Oliveira; Ana Paula Dias; Aloisio Cardoso Bock; Grasieli Oliveira Krakeker; Resumo: INTRODUÇÃO: A PAV é uma das complicações mais frequentes em CTI adulto, sendo a segunda infecção mais prevalente nessas unidades. Foi criado pelo IHI, um bundle, que tem como objetivo estabelecer cuidados e medidas para prevenir PAV. Nesse contexto, todas as pessoas envolvidas no cuidado do paciente devem ter conhecimento acerca deste protocolo, sendo o enfermeiro o principal responsável pela manutenção dessas condutas. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento dos enfermeiros referente à aplicação do protocolo do Bundle da PAV. MÉTODO: Estudo qualitativo, de abordagem descritiva. Os sujeitos da pesquisa foram 18 enfermeiros de um hospital universitário da região metropolitana de Porto Alegre/RS. O instrumento para coleta de dados foi um questionário com questões fechadas e uma questão aberta. A coleta de dados ocorreu no mês de março/15. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente por meio do programa Microsoft Office Excel®. RESULTADOS: Os resultados obtidos mostraram 12 condutas diferentes. Algumas condutas citadas como fundamentais para os enfermeiros estão descritas nos Consenso de PAV. Dessas condutas, 100% dos enfermeiros citaram a Cabeceira elevada. Outras condutas altamente citadas pelos profissionais foram a Higiene Oral e Aspiração de VAS (72% e 77% respectivamente). Em relação à Higienização das Mãos, apenas 3 enfermeiros (16%) citaram a conduta como fundamental para prevenção. Apesar de não pertencer ao Bundle essa conduta é essencial para prevenção de transmissão de microrganismos em qualquer situação. Outros componentes do Bundle e que foram fracamente citados foram a Pausa Diária da Sedação (22%), Mensuração do Cuff (55%), Profilaxia de TVP e Úlcera Gástrica (ambas 5%). CONCLUSÃO: Com o estudo observou-se que das 12 condutas citadas, apenas 6 pertencem ao Bundle de PAV. Esse fato nos faz pensar que os enfermeiros não conhecem o protocolo, apesar de 72% citarem ter conhecimento. Título: CASOS DE HIV POSITIVO EM PACIENTES COM MNT PULMONAR NO RS Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIENCIAS DA SAUDE DE PORTO ALEGRE Autores: Karine Silveira de Bairros; Maiara dos Santos Carneiro; Marta Osorio Ribeiro; Simone Maria Martini De David; Afonso Luis Barth; Luciana de Souza Nunes; Resumo: As Micobactérias não Tuberculosas (MNT) apresentam-se como agentes oportunistas na maioria dos indivíduos e têm a possibilidade de colonizarem o organismo em indivíduos imunocompetentes e, nos imunossuprimidos, de causarem doença grave. O objetivo deste trabalho foi estudar a prevalência da co-infecção HIV e MNT, conhecendo a variabilidade das espécies isoladas na região do Rio Grande do Sul (RS), atendida pelo Instituto de Pesquisas Biológicas - IPB-LACEN/RS no período entre 2007 a 2013, assim como mostrar a importância do diagnóstico laboratorial. No período do estudo foram recebidas 550 cepas de pacientes com MNT pulmonar, onde 14% apresentavam co-infecção com o HIV, com idade média de 50 anos, sendo estes 64% do sexo masculino e 36% do sexo feminino. Devido à sintomatologia semelhante à tuberculose (TB), 35% dos pacientes realizaram tratamento prévio para TB. As espécies mais prevalentes foram as pertencentes ao complexo Mycobacterium avium (MAC) com 26%, seguidos do M. kansasii com 4% e de outras espécies como o M. fortuitum, M. gordonae e M. abscessus, que representaram 5% dos casos. Considerando uma porcentagem significativa de 65% de espécies não identificadas. Sabendo-se que o tratamento e a epidemiologia das micobacterioses diferem significantemente da tuberculose, a identificação correta e rápida destes organismos é obrigatória para o diagnóstico e esquema terapêutico corretos. Título: CAUSAS DE MAU PROGNÓSTICO ASSOCIADO À MORTALIDADE EM PACIENTES COM SEPSE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO RIO GRANDE DO SUL Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO MÁRTIR Autores: Francine Pacheco; Gabriela Kniphoff da Silva; Gerson Ulsenheimer; Sandra Inês Knudsen; Resumo: Justificativa e objetivos: A sepse é uma das doenças mais desafiadoras da medicina, pois afeta milhões de pacientes em todo o mundo. É um problema de saúde pública, causando impacto na morbidade e mortalidade, no tempo de internação, além de custos com procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Apesar das terapias modernas, a taxa de mortalidade por sepse ainda é alta. O presente trabalho teve como objetivo identificar as principais causas de mortalidade por sepse em pacientes da Unidade de Terapia Intensiva de um hospital do interior do Rio Grande do Sul. Métodos: Foram analisados dados obtidos a partir de prontuários dos pacientes internados na UTI, entre março de 2013 e março de 2014, com diagnóstico de sepse. Resultados: Foram obtidos dados de 102 pacientes. O principal sítio afetado foi o pulmão (55%), muitos pacientes apresentavam comorbidades, principalmente hipertensão arterial, e a idade média foi de 71 a 80 anos. O patógeno mais isolado foi Klebsiella pneumoniae. Em relação ao prognóstico, 55% dos pacientes receberam alta, enquanto 45% foram a óbito, nesse grupo, 78% dos pacientes evoluíram para choque séptico. Conclusão: Nossos dados indicam que os principais fatores que influenciam no mau prognóstico de pacientes com sepse, levando essas pessoas a óbito, são o agravamento do quadro de sepse para choque séptico, provavelmente devido ao frágil estado de saúde que os pacientes chegaram à UTI. Ressalta-se a importância da padronização de critérios diagnósticos, com o objetivo de realizar o diagnóstico precoce, influenciando na melhora da sobrevida dos pacientes. Título: CINCO MOMENTOS DE HIGIENE DAS MÃOS: ADESÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICAS Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL PEQUENO PRINCIPE Autores: Jane Melissa Webler; Ana Paula de Oliveira Pacheco; Biana Domiciana Matucheski; Heloisa Ihle Garcia Giamberardino; Joanna Neves Malta; Nayara Bevilaqua Lopes; Resumo: INTRODUÇÃO: Maior adesão às práticas de higiene das mãos (HM) está associada à redução nas taxas das infecções relacionadas a assistência a saúde (IRAS) e transmissão de agentes multirresistentes, porém, o cumprimento dos cinco momentos de HM ainda é considerado um desafio no controle das IRAS. OBJETIVOS: Conhecer a adesão aos cinco momentos de HM (antes do contato com o paciente, antes da realização de procedimento asséptico, após risco de exposição a fluidos corporais, após contato com o paciente e após contato com as áreas próximas ao paciente) nas diferentes categorias profissionais e identificar o momento com mais oportunidades perdidas para nortear ações. MÉTODO: Estudo descritivo quantitativo, conduzido em Hospital Pediátrico de 362 leitos, sendo 62 de UTIs. Foram observados os profissionais na sua prática diária sem a interferência do observador. Foi utilizado formulário padrão da ANVISA/OMS, nas quatro UTIs (Neonatal, Cardíaca, Cirúrgica e Geral), nos turnos manhã e tarde, por um observador não conhecido da equipe de saúde, a fim de não interferir nos resultados. O período de coleta dos dados foi de maio a dezembro de 2014. RESULTADOS: Foram observadas 1360 oportunidades de HM, nas quais em 760 (55,8%) houve adesão. Ao avaliar a adesão por UTI obteve-se os seguintes resultados: UTI Cardíaca (63,4%), UTI Neonatal (59,3%), UTI Geral (55,1%) e UTI Cirúrgica (39,1%). Ao estratificar por categoria profissional observou-se: Enfermeiros (68,6%), Técnicos/Auxiliares de Enfermagem (57,6%), Outros: Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos/Técnicos de RX e de laboratório (51,0%) e Médicos (36,8%). Com relação aos momentos de HM no 1º momento a adesão foi de 61,9%, seguido do 3º momento (54,6%), 2º momento (54,4%), 4º momento (53,8%) e por último o 5º momento (53,0%). DISCUSSÃO: Os resultados indicam diferentes cenários de adesão à HM nas 4 UTIs e nas categoriais profissionais. A taxa de adesão na literatura também é variável (7,6% a 93,6%). Isto demonstra a necessidade de frequentes medidas para aumento da adesão a HM, com feedback dos resultados aos profissionais. Importante destacar que o momento com menor adesão foi após contato com áreas próximas ao paciente, o que demonstra que o ambiente ainda não é reconhecido como risco. Condizente com a literatura a categoria profissional com maior adesão foi a Enfermagem, médicos apresentaram a menor adesão, o que reforça a necessidade de estratégias que atinjam estes profissionais formadores de opinião aos demais. Título: COMPARAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS DE LIMPEZA EM EQUIPAMENTOS DE HEMODIÁLISE. Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Autores: Roberta Monteiro Katzap; Juliana Oliveira; Carlos Eduardo Poli de Figueiredo; Ana Elizabeth Prado Lima Figueiredo; Resumo: Introdução: Pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em hemodiálise são vulneráveis a infecções, facilitando a contaminação através de dispositivos invasivos, higienização inadequada das mãos e equipamentos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar diferentes produtos e técnicas de limpeza das superfícies dos equipamentos de hemodiálise. Metodologia: Foi coletado amostras em quatro pontos específicos de cada máquina de diálise. São eles: superfície do equipamento no canto superior esquerdo, garra, e no painel as setas e botão de on∕off. Na primeira etapa, a limpeza foi realizada por técnicos de enfermagem, que realizaram a limpeza conforme o protocolo do Serviço de Hemodiálise. Com um total de 29 máquinas, totalizando 116 pontos coletados. As áreas foram limpas com glucoprotamina (Incidin® 5%), Álcool, e água com sabão. Na segunda etapa, a pesquisadora realizou a limpeza com os mesmos produtos, de duas maneiras, sem e com realização de fricção, após a sessão de hemodiálise. O produto foi inserido na compressa a cada superfície limpa. Resultado: Nesta primeira etapa, não houve diferença significativa entre os produtos utilizados. Na comparação dos três tipos de produto as diferenças não se mostraram significativas (p>0,999), ou seja, os três processos se equivaleram. Diferente da segunda etapa, quando a fricção no momento da limpeza é realizado (p<0,05), Conclusão: Os dados sugerem que os produtos testados podem ser utilizados para limpeza dos equipamentos de hemodiálise com a mesma eficácia, desde que o processo de limpeza empregue a fricção da superfície a ser limpa. Título: CONTROLE DE SURTO DE ENTEROBACTÉRIAS PRODUTORAS DE CARBAPENEMASE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: Santa Casa de Misericordia de porto alegre Autores: Ariane Baptista Monteiro; Ricardo Ariel Zimerman; Renata Neto Pires; Daniela dos Santos Branco; Jaqueline Petittembert Fonseca; Teresa Cristina Teixeira sukiennik; Resumo: Introdução: As Enterobactérias Produtoras de Carbapenemase (EPC) estão relacionadas a altas taxas de mortalidade e transmissibilidade. É necessário que as instituições promovam estratégias para redução da transmissão cruzada. Objetivo: Descrever as atividades realizadas para controlar o surto de EPC em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Método: O campo de ação foi uma UTI adulto geral, de um Hospital Terciário, onde se realiza swab retal de vigilância semanal para pesquisa de EPC, reportando os dados por semana epidemiológica (SE). O swab é realizado em todos os pacientes internados, exceto os casos já confirmados. Devido ao aumento na incidência de pacientes colonizados por EPC entre janeiro e maio de 2014, chegando a 8 casos na SE 22, realizou-se em 20 de maio cultura de ambiente, havendo crescimento de enterobactérias resistentes a carbapenêmicos em superfícies e equipamentos. No dia 05 de junho elaborou-se o seguinte plano de ação: alteração da solução de limpeza e desinfecção da unidade; alocação de profissional da higienização que cursava o técnico de enfermagem para limpeza dos leitos; dinâmica de higienização das mãos; divulgação da incidência e prevalência de casos de EPC, desfechos e medidas de prevenção e controle para as categorias profissionais através de reunião in loco e utilização de filme transparente no teclado dos computadores. Apesar destas medidas a incidência de EPC chegou a 6 casos na SE 38. Por este motivo, na SE 39 foram adicionados os seguintes itens: suspensão de estagiários até controle do surto; limpeza terminal em toda a UTI; coorte de profissionais e pacientes; cultura das mãos dos profissionais e reunião para reportar os dados. Resultados: Apesar da alta prevalência houve redução na incidência de casos de EPC na maioria das SE posteriores à 39. Além disso, não houve caso novo na última SE de 2014. EPC foram identificadas em 162 culturas, sendo estas swab retal (68%), urina (9%), secreção (6%), sangue (9%) e material respiratório (8%). O consumo de preparação alcoólica para higienização das mãos passou de 8,29mL/paciente-dia em maio para 30,85mL/paciente-dia em dezembro de 2014. Conclusão: As medidas adicionais tomadas em setembro, conforme a literatura, foram decisivas para a redução da incidência de casos, apesar da forte pressão de colonização devido à alta prevalência. Reforçamos porém, que todas as medidas influenciaram na redução da transmissão cruzada, oferecendo assim maior segurança aos pacientes. Título: DENSIDADE DE INCIDÊNCIA POR INFECÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL EM PONTA GROSSA – PR Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DOS CAMPOS GERAIS Autores: Joseane Quirrenbach; Maria Dagmar da Rocha; Rayza Assis De Andrade; Juliana Ferreira Leal; Resumo: Infecções relacionadas a assistência a saúde Neonatais são manifestadas durante a internação hospitalar ou após 48 horas da alta, exceto as de origem transplacentária. Afetam 30% dos neonatos e estão relacionadas com o peso ao nascer, uso de cateter venoso central e tempo de ventilação mecânica. Objetivou-seLevantar a prevalência de Infecção na UTI Neonatal de um serviço público em Ponta Grossa – PR no período de novembro de 2013 a março de 2015. Estudo quantitativo e retrospectivo. Os dados referentes às infecções foram coletados por meio do registro em arquivos do serviço de controle de infecção do referido hospital. Foram admitidos na UTI neonatal 130 pacientescom 2105 dias passados.O tempo de internamento foi calculado em dias, com variação de 1 a 89. Em relação ao peso ao nascer, 20 recém nascidos (47,61%) apresentaram entre 1501g à 2500g; 17(35,71%) com peso maior que 2500g e 07(16,66%) nasceu com 850g de peso ao nascer. Os 41 recém-nascidos manifestaram infecções, distribuídas em Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV)13 (25%o); Infecção de corrente Sanguínea (ICS) 6 (6,7%o); Conjuntivite 7 (3,3%o); Enterocolite 6 (2,8%o); Infecções de Pele 3 (2,4%o); Sepse 4 (1,9%o); Infecção do Trato Urinário 1 (0,4%o); Pneumonia Clínica 1 (0,4%o)e Meningite1 (0,4%o).De acordo com a literatura, nos hospitais brasileiros a infecção hospitalar mais incidente em neonatos é a de Corrente Sanguínea, entre 17,3 a 34,9%o. Os resultados encontrados diferemdo referido percentil de infecção nesta topografia, o qual foi de 6,7%o.A PAV mantevese com o percentil de 25%o, enquanto que a média esperada é de 7,0 a 9,2%o; Uma vigilância ativa é importante para avaliar a associação de fatores derisco com a finalidade do serviço de infecção realizar o feedback com os profissionais de saúde para a aderência de medidas preventiva. Título: DETECÇÃO DE PORTADORES NASAIS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILINA (MRSA) NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM NEUROCIRURGIA Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL FEDERAL DA LAGOA Autores: Bianca de Oliveira Fonseca; Elsie Storch Borges; Diego Rodrigues Menezes; Alexandre Ferraz Oliscovicz; Thiago de Albuquerque Cursino; Haroldo Antônio da Silva Chagas; Resumo: Introdução: Infecções de sítio cirúrgico (ISC) causadas por MRSA é uma das possíveis complicações no pós operatório. Os fatores de risco para colonização nasal por MRSA são bem estabelecidos, sendo um deles, procedimentos cirúrgicos. Testes moleculares já evidenciam forte relação entre portadores nasais assintomáticos e isolados de amostras clínicas. Objetivos: Implementar rotina para rastreamento de MRSA de pacientes em pré operatório de neurocirurgia e aplicar um pacote de medidas associadas à prevenção de ISC que na nossa instituição consiste em: rastreamento para o isolamento de MRSA, uso de vancomicina para profilaxia cirúrgica dos colonizados e descolonização com mupirocina nasal e banho com clorexidina por 5 dias. Metodologia: Após caso de ISC por MRSA na clínica cirúrgica de neurocirurgia de um Hospital Terciário do Rio de janeiro, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) em conjunto com o Serviço de Neurocirurgia elaborou em março de 2015 rotina de coleta swab nasal no pré operatório de todos os pacientes. Os swabs são semeados em meio seletivo para S.aureus (manitol salgado) e após crescimento é realizado teste de sensibilidade aos antimicrobianos (cefoxitina, oxacilina, sulametoxazol-trimetoprim e mupirocina). Resultados: A adesão à coleta dos swabs na admissão na enfermaria foi de 20%. O resultado das culturas de swabs foram liberados após o procedimento cirúrgico. Foi isolado apenas uma cepa de S.aureus sensível à oxacilina. Foi definido iniciar o rastreamento dos portadores na consulta pré operatória ambulatorial para implementação da rotina com maior segurança Conclusão: Faz-se necessário reconhecer precocemente os portadores de MRSA, devido ao tempo de processamento da amostra no laboratório (em torno de 3 dias) resultando na dificuldade de implementação do pacote de medidas que podem prevenir o desenvolvimento de ISC. Título: DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE PAPILOMAVÍRUS HUMANO EM ADOLESCENTES QUE FREQUENTAM O CENTRO MATERNO INFANTIL DE SANTA CRUZ DO SUL: UM ESTUDO PILOTO Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL- UNISC Autores: Alice de Moraes Baier; Clairton Edinei dos Santos; Marina Gassen; Francieli Daronco; Viviane Heiderich; Jane Dagmar Pollo Renner; Resumo: Introdução: O Papilomavírus Humano (HPV) é, no Brasil, o principal causador de câncer de colo do útero, com cerca de 530 mil novos casos e 275 mil mortes por ano. Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento desse câncer encontram-se o início precoce nas relações sexuais, vários parceiros sexuais, ser jovem, hábito de fumar, baixo nível socioeconômico, uso de anticoncepcional oral e infecção pelo HIV. Objetivo: Realizar a pesquisa molecular do vírus HPV através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), em amostras cérvico-vaginais de adolescentes que realizam a coleta de Papanicolaou no Centro Materno Infantil de Santa Cruz do Sul (CEMAI). Metodologia: Estudo descritivo-analítico transversal realizado no mês de novembro de 2014. Analisou-se 4 amostras de secreção vaginal contida na escova de citobrush, e utilizou-se a técnica de PCR para identificar a presença do HPV, utilizando os primers genéricos MY09/MY11, para a detecção de qualquer tipo de HPV. Também foi aplicado um questionário para as adolescentes, a fim de obter uma relação dos fatores de risco com a infecção pelo HPV. Resultados: As 4 adolescentes entrevistadas eram solteiras, tinham entre 16-17 anos, não eram fumantes, utilizavam anticoncepcional oral, utilizavam preservativos de vez em quando, tinham entre 1-2 parceiros, não tinham filhos e não tinham antecedentes de lesão ou HPV. Todas amostras amplificaram o gene controle da β-globina humana e a análise da presença do DNA do HPV foi negativa em todas amostras. Conclusão: Não foi encontrado casos de HPV positivos no estudo, porém são necessários maiores estudos com um número maior de amostras para estimar a prevalência de HPV em adolescentes. Título: EFICÁCIA DA LIMPEZA DE MÁQUINAS DE HEMODIÁLISE Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Autores: Juliana de Oliveira; Roberta Monteiro Katzap; Carlos Eduardo Poli de Figueiredo; Ana Elizabeth Prado Lima Figueiredo; Resumo: Introdução: A higienização inadequada de superfícies é um fator contribuinte para a ineficiência no controle de infecções no ambiente hospitalar. Objetivo: Avaliar a eficácia da limpeza da superfície dos equipamentos de hemodiálise através do método Lightning MVP ICON, antes e após a hemodiálise. Metodologia: Na unidade de hemodiálise do Hospital São Lucas da PUCRS. Foram coletadas amostras em 20 máquinas de hemodiálise em três turnos diferentes, os swabs foram obtidos em pontos pré-estabelecidos, os quais são: superfície superior, garra, setas de programação e botão on/off. Sendo as coletas dos 4 pontos feitas antes e após a sessão de hemodiálise e limpeza, totalizando 480 pontos de coleta. Foi realizado a leitura para detecção de ATP por bioluminescência com o equipamento de monitoramento Lightning MVP ICON, qualificando as amostras em limpa (passou), alerta (cautela) e Suja (falhou). Resultados: Com base no total da amostra, verificamos diferença estatística significativa entre as avaliações “Antes” (A) e “Depois” (D) como no caso das setas (p=0,033), onde ocorreu um aumento significativo da classificação “Passou” no D (48,3% (n=29)) quando comparado ao A (25,0% (n=15)), da mesma forma, houve uma redução significativa na classificação “Falhou” em D (26,7% (n=16)) quando comparado ao número de casos em A (40,0% (n=24)). Quando os resultados foram avaliados dentro de cada turno, e verificou-se que as diferenças significativas ficaram a cargo do turno da noite com uma redução expressiva no número de casos com falhas (Superior – A: 75,0% (n=15) vs. D: 30,0% (n=6); p=0,040 / Setas – A: 40,0% (n=8) vs. D: 10,0% (n=2); p=0,015 / Garra – A: 70,0% (n=14) vs. D: 10,0% (n=2); p=0,001 / On/Off – A: 80,0% (n=16) vs. 45,0% (n=9); p=0,032). Conclusão: Em conclusão, ATP foi utilizado em nosso estudo afim estabelecer o nível de limpeza de superfícies de equipamentos de hemodiálise. Leituras de ATP podem auxiliar no monitoramento da limpeza de superfícies de máquinas, avaliando a eficácia da higienização realizada, em tempo real. Título: ESTUDO ECOLÓGICO DOS CASOS DE HIV/AIDS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL NO PERÍODO DE 2002 A 2014 Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL Autores: Francieli Daronco; Alexandre Daronco; Tássia Silvana Borges; Jane Dagmar Pollo Renner; Alexandre Rieger; Resumo: Introdução:Desde o surgimento da AIDS e o descobrimento do vírus HIV mais de três décadas já se passaram. O conhecimento acumulado sobre o HIV neste período permitiu o desenvolvimento de novas estratégias de prevenção e terapêutica que tem aumentado a taxa de sobrevivência especialmente a partir dos anos 2000. Contudo, a grande diversidade econômica, tecnológica e cultural no Brasil requer análises regionalizadas para contribuir com o desenvolvimento das políticas de saúde pública relacionadas ao controle epidemiológico do HIV/AIDS. Objetivo:Identificara distribuição de casos de HIV/AIDS no Rio Grande do Sul (RS) entre 2002 a 2014. Método:Estudo ecológico realizado no RS com base no perfil de todos os casos diagnosticados segundo sexo, idade e escolaridade nos anos de 2002 a 2014. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)e do Boletim Epidemiológico de HIV∕AIDS de 2014.Por se tratar de dados de domínio público, o estudo não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa.Resultados:Entre os anos de 2002 a 2014 foram diagnosticados 54.735 casos de HIV/AIDS no RS. Neste período a prevalência média de HIV/AIDS no RS em relação aos demais estados brasileiros foi de 11,36%(11,04% em 2002 a 11,06% em 2014), superior aos 7,82% do período 1980 a 2001.A razão de sexo masculino para feminino (M/F) foi de 1,27±0,06, considerada inferior à média nacional que fica próximo de 1,6 e com tendência de crescimento. Em relação a faixa etária, 78,4 % dos casos ocorreram entre 20 e 49 anos, sendo 22.055 (39.6%) na faixa do 20-34 e 21.593 (38,8%) dos 35-49 anos.Cabe também destacar que 59,9%tinham no máximo ensino fundamental incompleto.Conclusão: Os resultados sugerem que os mais acometidos por HIV/AIDS pertencem a população de adultos economicamente ativa e de menor escolaridade. Além disso, mulheres representam uma proporção significativa de casos no RS. Como estes resultados tem se mantido relativamente estáveis num período de mais de 10 anos, sugere-se a necessidade de investimentos em novas estratégias e medidas de promoção de saúde e prevenção direcionadas a populações específicas. Também reforçam a necessidade urgente de melhora no modelo educacional no RS e no país, visto que a grande incidência de casos ainda é na população e concomitantemente ativa e de baixa escolaridade. Os resultados devem ser interpretados com cautela, pois representam uma análise geral dos dados dentro do Estado do Rio Grande do Sul. Título: FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE CANDIDEMIA NEONATAL Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ Autores: Elisangela Dalmaz Freitas; Adriana Blanco; Regiane Queroz Afonso; Meline Fonseca; Eliane Cristina Sanches Maziero; Resumo: Introdução: Infecções de corrente sanguínea causada por Candida são cada vez mais frequentes em unidades de terapia intensiva neonatal, ocasionando aumento da morbimortalidade deste grupo de pacientes. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo analisar os casos de candidemia ocorridos em uma unidade de terapia intensiva neonatal, identificando os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento de sepse por Candida. Método: Este estudo foi do tipo descritivo retrospectivo, baseado em resultados positivos de hemocultura de pacientes internados na UTI Neonatal entre Janeiro de 2012 a junho de 2014. Os dados demográficos, clínicos e laboratoriais foram consultados nos prontuários e posteriormente analisados. Resultados: O período estudado revelou 23 amostras positivas de 10 pacientes com candidemia, 7 do sexo feminino e 3 do masculino, sendo 9 (90%) RNs pré-termo, 8 (80%) com idade gestacional com 30 semanas ou menos. O peso de nascimento variou de 490g a 2745g, tendo 7 (70%) peso inferior a 1500g. Todos os RN apresentaram um tempo mínimo de permanência em U.T.I. de 7 dias, fizeram uso de antibioticoterapia de amplo espectro, receberam nutrição parenteral e utilizaram cateter venoso central. O diagnóstico realizou-se, em média, com 39,4 dias de idade pós-natal (variando de 6 a 121 dias), com base nos resultados positivos de uma ou mais das culturas obtidas. Isolou-se C. albicans (50%), C. parapsilosis (40%)e C. tropicalis (10%), mas somente em 4 casos isolaram Candida sp em hemoculturas pareadas (do acesso central e periféricas). Todos os pacientes foram tratados com antifúngicos, sendo que 8 usaram anfotericina B, 1 fluconazol e 1 micafungina. A mortalidade foi de 30%, sendo que todos eram RN pré-termo de muito baixo peso e em dois houve isolamento de C. parapsilosis. Conclusão: Apesar da baixa casuística pode- se observar que o grande desafio para a diminuição das taxas de candidemia das UTI neonatais é gerenciar os fatores de risco extrínsecos, como uso de antibioticoterapia de largo espectro, nutrição parenteral e CVC. Título: HIGIENE ORAL NO CONTROLE DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAV). Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR LENOIR VARGAS FERREIRA Autores: Paulo Cesar da Silva; Tatiana Gaffuri da Silva; Silvia Silva de Souza; Kátia Celich; Julia Valeria Vargas Bitencourt; Leoni Zeneviz; Resumo: Introdução: Ao longo dos anos as infecções hospitalares tem demandado a elaboração de estudos a fim de identificar critérios rigorosos de investigação para diagnóstico precoce, estabelecimento de medidas de prevenção e rápida intervenção terapêutica a fim de reduzir sua freqüência e gravidade. Objetivo: Identificar a taxa de adesão à Higiene Oral dos profissionais de saúde que atuam em uma unidade de tratamento intensivo quanto às medidas de prevenção da Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica. Método: Estudo de caráter quantitativo, documental e retrospectivo, que objetivou extrair informações epidemiológicas dos registros da comissão de controle de Infecção Hospitalar de um hospital do Oeste Catarinense referente à taxa de adesão dos profissionais da saúde que atuam em uma Unidade de Tratamento Intensivo Adulta, quanto à realização da Higiene Oral como medida de prevenção da pneumonia associada ao ventilador mecânico, de junho de 2011 a junho de 2012. Resultado e Discussão dos Dados: Nos tempos atuais, os profissionais de saúde, especialmente aqueles que atuam em unidades de terapia intensiva buscam prevenir infecções em especial as respiratórias. No estudo, o índice de conformidade para a realização de higiene oral com clorexidina foi de 87.2 %. Se considerarmos que há muito tempo discute-se sobre a importância deste cuidado no cotidiano da terapia intensiva a taxa esperada de adesão era de 100%. O resultado evidencia a necessidade de supervisão do enfermeiro quanto a realização deste procedimento. Compreender que a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica é propiciada pela aspiração do conteúdo da orofaringe, e que a higiene oral reduz a colonização bacteriana desta topografia, pode melhorar a taxa de adesão e a redução do aparecimento desta infecção. Considerações Finais O estudo revela bom índice de adesão, porém sugere a necessidade de discutir com a equipe multiprofissional a implantação de formas para exercer a educação e supervisão permanente da equipe, uma vez que a formação de equipes comprometidas com o processo de educação permanente, sistematizada e com a finalidade de planejar, normatizar, desenvolver, divulgar resultados e criticar positivamente os programas de controle de infecções hospitalares auxiliará no processo de um cuidar que busca ao máximo evitar complicações secundárias. Título: IMPACTO DA HIGIENE ORAL COM CLOREXIDINA EM PACIENTES VENTILADOS MECANICÂMENTE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE HOSPITAL CIRURGICO DA GRANDE VITORIA -ES Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL ESTADUAL CENTRAL BENICIO TAVARES PEREIRA Autores: Terezinha Lucia Faustino Lopes; Resumo: INTRODUÇÃO: A pneumonia associada á ventilação mecânica (PAV) é a infecção relacionada á assistência á saúde mais frequente em unidade de terapia intensiva.Resultando em elevada morbi mortalidade, devendo ser foco persistente de prevenção. OBJETIVOS: Avaliar o impacto da higiene oral com clorexidina na densidade de incidência de Pneumonia em pacientes submetidos á ventilação mecânica. MÉTODO: A coleta de dados foi realizada por profissional do serviço de controle de infecção hospitalar no período de janeiro á dezembro de 2014. Foi realizada uma análise da conformidade do processo de prevenção de PAV relacionado ao iten higiene oral com solução a base de clorexidina 0,012% 4x ao dia, prescrito sistematicamente pelo enfermeiro assistencial da unidade. RESULTADOS: Observamos no 1° trimestre do período analisado, uma taxa de conformidade de 57% referente ao processo de prevenção, analisando o iten higiene oral , e uma densidade de incidência de PAV de 6,5. No 2° trimestre, observamos uma taxa de conformidade de 69% e uma densidade de incidência de PAV de 4,3. No 3° trimestre observamos,uma taxa de conformidade de 87% e uma densidade de incidência de PAV de 2,7. No 4° trimestre, observamos taxa de conformidade de 96% e densidade de Incidência de PAV de 1,8. CONCLUSÃO: Concluímos que a redução da incidência de PAV ocorria á medida que a taxa de conformidade de higiene oral com clorexidina aumentava.Apesar da não correlação neste estudo com outras medidas de prevenção de PAV, concluímos que a higiene oral sistemática e criteriosa dos pacientes ventilados mecânica mente contribuiu para a redução da PAV na referida unidade de terapia intensiva. Título: IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DE CRITÈRIO COMPLEMENTAR NA CLASSIFICAÇÃO DE INFECÇÕES PRIMÁRIAS DE CORRENTE SANGUÍNEA (IPCS) EM UMA UNIDADE DE PACIENTES HEMATOLÓGICOS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Autores: Nadia Mora Kuplich; Karina Pinheiro Teixeira; Eliane Berg; Rodrigo Pires dos Santos; Resumo: Introdução: As equipes de Controle de infecção utilizam critérios diagnósticos da ANVISA, desde 2013, para classificar suas infecções relacionadas à assistência à saúde, padronizando ações e permitindo as notificações aos órgãos reguladores. Tais critérios se mostram limitados para identificar infecções em populações específicas, como os imunossuprimidos. Em 2014, o Centro de Controle de Doenças(CDC)/National Healthcare Safety Network (NHSN) publica os critérios de IPCS com critérios que contemplam pacientes com evidências de quebra de barreira mucosa evitando o equívoco de relacionar incorretamente à IPCS à presença de cateteres venosos centrais (CVC). Objetivos: Identificar e comparar as taxas de infecção de corrente sanguínea de uma unidade de internação de pacientes imunodeprimidos, a partir de duas estratégias diagnósticas de vigilância epidemiológica. Métodos: Estudo retrospectivo, janeiro a março de 2014, com revisão dos registros de dados dos casos de IPCS identificados na Unidade de Ambiente Protegido (UAP), em um hospital universitário. Os casos identificados inicialmente como IPCS relacionados a CVC conforme critérios da ANVISA (2013), foram reavaliados considerando os critérios de IPCS relacionada à Quebra de Barreira Mucosa (IPCS-QBM), propostos pelo CDC/NHSN (2014), de forma complementar. As taxas foram recalculadas considerando duas estratégias e seguindo o cálculo de indicadores proposto pela ANVISA. Resultados: Foram identificadas as seguintes taxas de IPCS: janeiro: N=9 (14,33‰/cateteres venosos-dia); fevereiro: N=4, (7,43‰ cateteres venosos-dia), e março: N=8, (11,78‰ cateteres venosos-dia). Aplicando os critérios de IPCS-QBM, as taxas de IPCS relacionadas a CVC, no mesmo período ficaram assim; janeiro: N=5, (7,96‰ cateteres venosos-dia); fevereiro: N=3, (5,57‰cateteres venosos-dia) e março: N=3 (4,4‰ cateteres venosos-dia). Do total de 21 casos de IPCS relacionada a CVC, quando reavaliados utilizando os critérios de IPCS-QBM como complemento aos critérios da ANVISA, identificou-se que 10 (47,6%) casos deixaram de ser relacionados a CVC., sendo classificados como IPCS-QBM. Conclusões: Os dados encontrados mostram que houve diferença nas taxas de IPCS identificadas com as duas estratégias. Com a adoção de critérios mais ajustados é possível classificar mais adequadamente as IPCS, justificando a adoção adicional proposta pelo CDC/NHSN(2014), como complemento aos critérios propostos pela ANVISA. Título: IMPACTO DA VIGILÂNCIA PÓS-ALTA EM CIRURGIAS DE COLUNA Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO - HSVP Autores: Bárbara Dias Barbosa; Gilberto da Luz Barbosa; Lidiane Riva Pagnussat; Letícia Biasi do Carmo; Lisiane Spinelli de Lima; Resumo: INTRODUÇÃO: As infecções de sítio cirúrgico (ISC) são uma das causas de morbidade após cirurgias de coluna, resultando em hospitalização prolongada e aumento dos custos. A incidência destas infecções é de 1% a 15%, e podem variar de acordo com os fatores de risco cirúrgico e relacionados ao paciente. OBJETIVO: Identificar a incidência e os fatores associados às infecções em cirurgias de coluna. METODOLOGIA: Estudo de coorte, concorrente, em hospital de ensino e referência no sul do Brasil. Foram incluídos todos os pacientes submetidos a cirurgia de coluna no período de janeiro/2013 a fevereiro/2014, acompanhados pelo Serviço de Controle de Infecção, através de busca fonada 30 dias e um ano após a cirurgia. Para verificar a associação entre as variáveis utilizou-se o teste qui quadrado. O intervalo de Confiança de 95% e o valor de p<0,05%. RESULTADOS: Foram estudados 363 pacientes, 54% do sexo feminino, idade média de 48 anos (dp± 15). Destes 177 (49%) possuíam alguma doença associada (Hipertensão 35% e Diabete Mellitus 10%) e com relação ao risco cirúrgico 48% apresentou ASA II. Motivo do procedimento em 72% (260) dos casos foi degeneração. A média de duração da cirurgia foi de 300 minutos (dp±19,5), a temperatura axilar no pós-operatório imediato teve média de 35,4°C. O tempo médio de internação hospitalar no pré-ope¬ratório foi de 2 dias (tempo máximo de 67 dias e dp± 4,8). Foram identificadas 36 ISC (9,9%), destas 35 (97%) foram identificadas em 30 dias. Através da busca fonada foram identificadas 15 ISC (45,6%). Dentre as infecções 22 foram classificadas como incisional/superficial, 6 incisional/profunda e 7 osteomielite. Os microorganis¬mos encontrados foram Staphylococcus aureus (10), Staphylococcus coagulase negativo (3) Pseudomonas aeruginosa (3), Enterobacter sp. (2). Estão associadas a infecção de sítio cirúrgico: degeneração como indicação cirúrgica (p=0,016), sexo feminino (0,023) e as doenças associadas (0,022).CONCLUSÕES: A taxa de infecção ficou dentro da incidência encontrada na literatura, observou-se que a busca fonada é instrumento importante para se evitar subnotificações de Infecção de Sítio Cirúrgico. Título: IMPACTO NO CONTROLE DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES ATRAVÉS DA COLETA DE SWAB DE VIGILÂNCIA NA ADMISSÃO DE PACIENTES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS Autores: Marilaine Peres Silva Vieira; Miriane Melo Silveira Moretti; Georgia Lopes da Silva; Fabiano Ramos; Paola Hoff Alves; Silvia Soares Tavares Pedroso; Resumo: Introdução: A vigilância epidemiológica das infecções hospitalares é a observação ativa, sistemática e continua de sua ocorrência e de sua distribuição entre os pacientes, e uma das ações, muitas vezes, como forma de controle das bactérias multirresistentes é a coleta de swab de vigilância. Objetivos: Avaliar o impacto da realização de swab de vigilância como triagem de pacientes colonizados por germes (MR), admitidos na unidade de terapia intensiva adulta. Métodos: O estudo foi realizado em um hospital universitário misto, em uma UTI com 15 leitos no período de abril a dezembro de 2013. Foram incluídos todos os pacientes que coletaram swab nasal. Foram pesquisados: Staphylococcus aureus meticilino resistente (MRSA), Acinetobacter sp. e Pseudomonas aeruginosa resistentes à carbapenêmicos. Resultados: Foram realizadas 213 coletas, destes 39 (18,3%) positivaram para algum MR: 4 (10,2%) MRSA, 6 (15,4%) Pseudomonas aeruginosa e 29 (74,3%) Acinetobacter sp. taxa de positividade de 18,3%. Dos 39 pacientes com swab positivo para MR, 14 (36%) já eram colonizados: 2 (0,9%) MRSA, 5 (2,3%) Pseudomonas aeruginosa e 18 (8,4%) Acinetobacter sp. taxa de positividade real de 11,7%. Dos 213 pacientes, 13 (6%) positivaram posteriormente MR em amostra clínica em algum momento da internação. Conclusão: Observamos que a positividade dos swab’s de vigilância parece ser alta, isso se justifica porque muitos pacientes já chegam na unidade colonizados (culturas prévias positivas - 36%). Nós concluímos que a realização do swab de vigilância na admissão do paciente na unidade, torna-se questionável como manejo de MR. Sabemos que a identificação prévia em swab pode representar o isolamento do germe em amostra clínica posteriormente (infecção?) contribuindo para a escolha do tratamento, porém nos nossos dados representou apenas 6% (13/213), sendo assim a efetividade do swab e o custo benefício das medidas de bloqueio epidemiológicas adotadas não nos parece representativa. Título: IMPLANTAÇÃO DA SALA DE DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓPIOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL DE CLÍNCIAS DE PORTO ALEGRE / SANTA CASA DE PORTO ALEGRE Autores: Claudia Carina Conceição Dos Santos; Ester Izabel Soster Prates; Elizete Maria de Souza Bueno; Ivana Trevisan; Lisiane Paula Sordi; Marcia Kuck; Resumo: INTRODUÇÃO: A partir resolução 03/2013, que dispõe sobre os requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os serviços de endoscopia com via de acesso ao organismo por orifícios exclusivamente naturais, tornou-se necessária a criação de uma sala de desinfecção, que por meio de imersão manual ou automatizada em produtos recomendados, realiza a desinfecção dos aparelhos de endoscopia. Assim como ações institucionais juntamente com CCIH a fim de padronizar normas e rotinas, bem como o treinamento da equipe. OBJETIVO: Relatar a experiência da implantação de uma sala de desinfecção de aparelhos de endoscopia em um hospital universitário. MÉTODO: Relato de experiência. RESULTADOS: A sala de desinfecção exclusiva para desinfecção de aparelhos de endoscopia corrobora com a resolução 03/2013 e também em conformidade com as orientações do CCIH. Dentro deste novo contexto instituiuse a atuação de um técnico de enfermagem locado nesta sala, onde o mesmo realiza e acompanha todo o processo de lavagem e desinfecção dos aparelhos. A enfermeira supervisiona o processo, sendo responsável pelo registro de intercorrências e eventos adversos, que devem constar data e horário do exame, identificação do paciente, identificação do equipamento, profissional que executou o procedimento, atendendo as normas específicas vigentes. A partir desta adaptação, a CCIH institui como forma de monitoramento, a coleta de um lavado de solução fisiológica 0,9% em 10 aparelhos endoscópicos, com escolha aleatória, uma vez por semana. Estudos comprovam que o processo de desinfecção elimina a maioria dos microrganismos patogênicos, com exceção dos esporos bacterianos, e evidenciam que é insignificante a incidência de transmissão de patógenos durante o procedimento. CONCLUSÃO: A atuação da equipe de enfermagem na sala de desinfecção dos equipamentos endoscópios garante a segurança do paciente. A falta de cumprimento das recomendações pode provocar a transmissão de patógenos, risco de diagnóstico errado, mau funcionamento dos instrumentos e redução de sua vida útil dos equipamentos. Definir normas, juntamente com a CCIH, auxilia na padronização do atendimento, trazendo qualidade e segurança. Título: IMPLEMENTAÇÃO DE UM BUNDLE DE PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HNSC/GHC Autores: Taís Fernanda da Silva Anelo; Daniele Gonçalves Silveira Spilki; Mariana dos Santos Oliveira; Tatianne Pio de Tisatto; Suelen Trindade dos Santos; Diego Rodrigues Falci; Resumo: Introdução: Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) é a infecção hospitalar mais frequente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) entre os pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva e contribui para o aumento da taxa de mortalidade, de permanência hospitalar e de custos para o paciente e instituição. Bundle são medidas baseadas em evidências que, quando implementadas em conjunto resultam em melhorias substanciais na assistência à saúde. Objetivo: Descrever a implementação e adesão ao bundle de prevenção de PAVM na UTI. Método: Pesquisa de caráter descritivo, observacional, com abordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido na UTI geral de um hospital público de grande porte de Porto Alegre, que possui 59 leitos. A amostra da pesquisa foram os pacientes que encontravam-se em ventilação mecânica invasiva, nos turnos manhã e tarde, no período de dezembro de 2014 a março de 2015. O bundle contemplou as seguintes medidas de prevenção: posicionamento da cabeceira a 30º, mensuração da pressão do balonete (cuff) do tubo orotraqueal (TOT), posicionamento do filtro acima do TOT, realização de higiene oral, ausência de acúmulo de líquido no circuito do respirador e realização de fisioterapia respiratória. Após cada monitoração, uma cópia do instrumento de coleta era entregue à enfermeira da unidade para que fossem realizadas intervenções nos itens que apresentaram inconformidades. Resultados: Foram observados 3991 pacientes no período. A taxa média de adesão total ao bundle, ou seja, pacientes que apresentaram conformidade em todas medidas avaliadas, foi de 29,4 %, no entanto, observouse um aumento progressivo da taxa de adesão, que iniciou com 15,8% e chegou a 35,7%. A realização de higiene oral (97,2%) foi a medida isolada que obteve a maior conformidade, a mensuração da pressão do cuff alcançou 89,2%, o posicionamento do filtro acima do TOT 88,3%, a ausência de acúmulo de líquido no circuito 83,7%, o posicionamento da cabeceira a 30º 73,4% e a realização de fisioterapia respiratória 52,4%. Conclusão: A taxa de adesão total ao bundle é baixa, porém, com a continuidade do monitoramento, intervenção e colaboração da equipe, são esperadas melhorias nos processos assistenciais. È imprescindível que sejam realizados treinamentos de modo continuado para promover o aumento da adesão às medidas do bundle. Título: INCIDÊNCIA DE COQUELUCHE E CARACTERIZAÇÃO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS COM ESTE DIAGNÓSTICO Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL MOINHOS DE VENTO Autores: Roberta Marco; Mariane Arce Bastos; Lisiane Ruchinsque Martins; Cristiane Tejada da Silva Kawski; Angela Piccoli Ziegler; Denusa Wiltgen; Agatha Boff; Dione Aparecida Mattos de Souza; Resumo: A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios). O agente etiológico envolvido nesta patologia é a Bordetella pertussis, bacilo gram-negativo, em que o homem é o seu único reservatório. O modo de transmissão é através de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou pela fala. Este estudo tem por objetivo descrever as características dos pacientes pediátricos internados nas diversas unidades assistenciais de um hospital privado de Porto Alegre com diagnóstico de coqueluche. Estudo retrospectivo e observacional, onde os sujeitos do estudo serão todos pacientes pediátricos internados em uma das unidades assistenciais (emergência, unidade de internação ou unidade de terapia intensiva). No período de janeiro de 2011 a dezembro de 2013 foram identificados 39 pacientes internados com PCR positivo para Bordetella pertussis. Destes, 51% são do sexo feminino. A idade variou de 0 (zero) a 72 meses, sendo a média 5,9 meses. Foi identificado 1 caso dentro da UTI Neonatal, e não houve transmissão cruzada aos demais pacientes. Houveram 26 internações na UTI Pediátrica com tempo de permanência variando de 2 a 26 dias; 12 pacientes não necessitaram de tratamento intensivo, tendo uma média de 8 dias em unidade de internação. Os sintomas mais frequentes foram tosse (97,4% dos casos), cianose (66,66%), apneia (23,07%), vômito (17,94%), guincho (15,38%) e febre (10,25%). A coqueluche representa uma importante morbidade em crianças menores de 72 meses de idade, apesar da disponibilidade de vacinas. Consequentemente, aumenta a necessidade e o tempo de permanência em unidades de cuidados intensivos. A amostra deste estudo caracteriza uma população restrita de pacientes, são necessárias pesquisas multicêntricas para determinar o comportamento verdadeiro da doença. Título: INDICADOR DO CONSUMO DE PRODUTO ALCOÓLICO PARA AS MÃOS NO DECORRER DO ANO DE 2014, SEGUINDO OS PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE. Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ Autores: Carla Sakuma de Oliveira; Marisa Cristina Preifz; Karina Drielli Gonçalves Hubner; Letícia Kersting Lang; Bernardo de Lima; Resumo: Introdução: A utilização de preparação alcoólica para higienização das mãos sob as formas de gel e de espuma tem como finalidade reduzir a carga microbiana das mãos e pode substituir a higienização com água e sabonete líquido, quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. O presente estudo teve como intuito de instituir e promover a higienização das mãos no serviço de saúde e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde, visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes. Objetivo: Analisar a incidência de consumo de produtos alcoólicos destinados para higienização das mãos de um hospital do interior do Paraná durante 12 meses. Método: Realizada uma pesquisa quantitativa, utilizando os dados do Serviço de Higienização do referido hospital. Foi registrado a quantidade de produto alcoólico em gel utilizado no mês em todas as unidades em mililitro e mensurado o número de paciente dia. A forma utilizada para este indicador é a divisão da quantidade de álcool mês por quantidade de paciente dia/mês. Resultados: Durante 12 meses de pesquisa, foram verificadas e quantificadas mensalmente o consumo de preparação alcoólica destinada para a higienização das mãos. Iniciamos no mês de Janeiro de 2014 onde tivemos um consumo de 47,02 mililitro por paciente dia. A Organização Mundial da Saúde recomenda que seja utilizado 20 mililitros por paciente dias. Mediante o resultado do primeiro mês de estudo, intensificamos os treinamentos de higienização das mãos e fricção antissepsia, consequentemente aumentou gradativamente o consumo da preparação alcoólica, atingindo seu maior consumo em março (57,22). A média de consumo nestes 12 meses de estudo é de 46,22 mililitro por paciente dia. Conclusão: Embora este indicador seja novo e não muito divulgado nas instituições de saúde, a instituição referida teve um desempenho neste ano de estudo, com média superior dos limites que a Organização Mundial da Saúde preconiza. Título: INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO COMO EVENTO ADVERSO: VIABILIZANDO A PREVENÇÃO ATRAVÉS DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO EM NEUROCIRURGIA Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER Autores: Elsie Storch Borges; Bianca Oliveira Fonseca; Rita Patrizzi Mendonça; Simone Cruz Machado Ferreira; Resumo: Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) é um importante agravo relacionado à assistência em saúde. Essas ocorrem no local do procedimento cirúrgico e podem ocorrer nas camadas superficiais ou profundas da incisão. Contribuem para 15% de todas as infecções relacionadas à assistência a saúde e 37% das infecções de pacientes cirúrgicos adquiridas em hospital, aumentando a duração da internação hospitalar em 4 a 7 dias. As ISC em neurocirurgia devem ter particular atenção devido ao fato de poderem cursar com elevada letalidade. Em se tratando de cirurgias limpas e com grande risco de complicações, faz-se necessária vigilância sistematizada por parte da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que deve gerar taxas e indicadores que norteiem a assistência. Porém na prática, essas variáveis mostram-se difíceis de serem medidas e observadas sistematicamente, devido à diversidade de situações e fatores que podem desencadear este evento, bem como a falta de articulação das ações da comissão com a prática assistencial.Objetivos: I)Elaborar, com base na literatura, instrumento para avaliação das ações de maior relevância para a prevenção e controle das ISC em neurocirurgia, destinada para uso na CCIH. II)Validar o instrumento juntamente com as equipes de CCIH e Neurocirurgia.Método: Trata-se de uma Pesquisa Metodológica, definida como a investigação controlada dos aspectos teóricos e aplicados de estatística, mensuração e os meios de reunir e analisar os dados . Foi realizado em um hospital terciário da rede federal na cidade do Rio de Janeiro. Este trabalho é parte de dissertação de mestrado que será apresentado pela autora.Resultados: O instrumento foi construído a partir de busca sistemática realizada nas bases de dados eletrônicas e orientações de guidelines da área. A validação ocorreu com reuniões explicativas para a neurocirurgia e CCIH, e os profissionais obtiveram o instrumento e fizeram observações pertinentes a cada área. O instrumento foi finalizado em consenso e será utilizado de acordo com as opiniões desses especialistas. O período de realização foi de setembro/2014 a março/2015.Conclusão: As ações da CCIH não podem estar desarticuladas da prática assistencial. O presente estudo nos trouxe um instrumento para utilização na CCIH com a perspectiva dos profissionais da neurocirurgia através de validação sistemática. Infere-se que este será, a longo prazo, mais facilmente utilizado e interpretado por ter sido construído com visão multidisciplinar. Título: INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA EM CIRURGIA CARDÍACA PEDIÁTRICA: O IMPACTO DOS FATORES DE RISCO NO INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DE PORTO ALEGRE Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: INSTITUTU DE CARDIOLOGIA DE PORTO ALEGRE Autores: Deise Zanardi; Rodrigo Pires dos Santos; Otávio Luiz da Fontoura Carvalho; Darlan Sebastião da Rosa; Erci Maria Onzi Siliprandi; Resumo: Infecção pós-operatória é uma das complicações mais graves que ocorrem após a cirurgia cardíaca em crianças, ocorrendo em até 30% dos casos, apresentando impacto importante sobre a morbidade dos pacientes, além de incidir em um tempo maior de terapia antimicrobiana e número de reoperações, o que resulta também em um aumento dos custos com a internação. Recém-nascidos e lactentes apresentam maior risco, devido à imaturidade do sistema imunológico, entre outros fatores. Objetivo: Demonstrar o impacto dos fatores de risco em infecção pós-operatória de cirurgia cardíaca pediátrico. Métodos: Trata-se de um estudo de casos e controles (1:2), de caráter retrospectivo, a partir de banco de dados e prontuários de pacientes pediátricos, que foram submetidos à intervenção cirúrgicas de grande porte no Instituto de cardiologia RS, no período de junho de 2002 a dezembro de 2013. Resultados: O número total de pacientes analisados foi de 294, onde 98 eram casos e 196 controles. Do total, 166 (56,5%) eram do sexo masculino e a média de idade encontrada foi de 2,3 anos. Na análise univariada os fatores de risco para infecção foram: tempo de ventilação mecânica no pósoperatório (P<0,01); tempo de internação até a cirurgia (P<0,01); ASA médio (P=0,01); dias de internação em UTI no pré-operatório (P=0,01); reintervenção no pós-operatório (P=0,03), distúrbio de coagulação (P=0,03). Em uma analise multivariada, os fatores que permaneceram significativos para infecção pós-operatória em cirurgias cardíacas pediátricas foram dias de internação no até o procedimento cirúrgico (p<0,01), média de ASA (p=0,03), re-intervenção no pós operatório (p=0,03). A taxa de encontrada de óbitos foi de 27 (9,2%). Conclusão: A análise de fatores de risco relacionados a infecção pediátrica pós procedimento cirúrgico é escassa. Este estudo demonstrou que o tempo de internação no pré-operatorio, necessidade de reintervenção cirúrgica e o ASA se relacionaram com maiores taxas de infecção de sítio cirúrgico em pacientes pediátricos. Título: INFECÇÃO PRIMÁRIA DA CORRENTE SANGUÍNEA: ANÁLISE DO INDICADOR NACIONAL DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA BRASILEIRAS NO ANO DE 2013. Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: ANVISA Autores: Ana Clara Ribeiro Bello; André Anderson Carvalho; Fabiana Cristina de Souza; Heiko Thereza Santana; Karla de Araujo Ferreira; Magda Machado de Miranda Costa; Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira; Suzie Marie Gomes; Resumo: INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde reconhece o fenômeno das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) como um problema de saúde pública e preconiza que as autoridades desenvolvam ações com vistas à redução do risco desses agravos. Entre as IRAS mais frequentes, estão as infecções primárias de corrente sanguínea (IPCS). Desde 2010 a Anvisa tem recebido notificações de IPCS em pacientes em uso de cateter venoso central (CVC) internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Os dados notificados têm sido analisados e publicados pela Anvisa no Boletim de Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Em 2013, a Anvisa instituiu o Programa Nacional de Prevenção e Controle de IRAS, que tem como meta nacional a redução em 15% da densidade de incidência de IPCS em pacientes em uso de CVC internados UTI, tendo como valor de referência o percentil 90 dos dados notificados em 2012. Portanto, a partir de 2013, foi estabelecida a obrigatoriedade de notificação dessa infecção para todos os hospitais com leitos de UTI. O objetivo desse trabalho é mostrar os resultados obtidos das notificações de IPCS associada a CVC feitas pelos serviços de saúde à ANVISA no ano 2013. MATERIAIS E METODOS: Os dados notificados em 2013, foram coletados por meio do formulário eletrônico - FormSUS versão 3.0, com exceção dos dados dos estados de São Paulo, Paraná e Amazonas que possuem formulários de notificação próprios. Foram calculadas as densidades de incidência de IPCS por estado para UTI adulto, pediátrica e neonatal, esta última estratificada por peso ao nascer. Também foram calculados os percentis-chave para a distribuição das densidades de incidência de IPCS laboratorial nos estados que apresentaram um conjunto de pelo menos 15 hospitais. Além disso, foram incluídos nos cálculos dos percentis os hospitais que apresentaram pelos menos 50 CVC-dia no período analisado. RESULTADOS: No ano de 2013 foram notificadas 38.737 IPCS, sendo 56,7% em UTI adulto, 10,4% em UTI pediátrica e 32,9% em UTI neonatal. A proporção de IPCS notificadas com confirmação laboratorial foi de 62,3%, sendo 71,8% em UTI adulto, 58% em UTI pediátrica e 47,2% em UTI neonatal. As densidades de incidência de IPCS em pacientes em uso de CVC, internados em UTI adulto e pediátrica foram respectivamente 5,6 e 7,2 (laboratorial) e 2,2 e 5,2 (clínica). Na UTI neonatal, as densidades de incidência de IPCS por peso ao nascer variou de 7,9 a 11,0 (laboratorial) e de 9,7 a 10,8 (clínica). Título: INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM PACIENTES NEUTROPÊNICOS GRAVES: DESCRIÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DA VIGILÂNCIA Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ Autores: AMANDA LUIZ PIRES MACIEL; CRISTIANE SCHMITT; MARCIA MARIA BARALDI; PHILIP BACHOUR; ICARO BOSZCZOWSKI; Resumo: Introdução: Os pacientes submetidos a tratamentos de doenças onco-hematológicas tem risco aumentado de complicações infecciosas durante a fase de imunossupressão. A vigilância de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) nesses pacientes fornece dados epidemiológicos que podem subsidiar ações de prevenção, bem como embasar a escolha de tratamentos antimicrobianos mais adequados. Objetivos: descrever a implantação da vigilância de IRAS em pacientes em neutropenia grave (NG). Métodos: O estudo foi realizado em uma unidade onco-hematológica de um hospital privado do município de São Paulo com 371 leitos, sendo 21 leitos destinados a pacientes onco-hematológicos. Fase 1 (set a dez/13): Revisão da literatura sobre sistemas de vigilância de IRAS em pacientes com NG. Foram revisados os sistemas de vigilância dos Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Austrália. Fase 2 (jan a dez/14): Implantação da vigilância – o profissional do controle de infecção realizou a vigilância por meio de busca ativa, visitas semanais à unidade, e busca passiva, com base em um relatório enviado semanalmente pelo laboratório com a discriminação dos pacientes que apresentaram NG. Resultados: Na fase 1 optou-se por implantar o sistema de vigilância adotado na Alemanha, nomeado como ONKO-KISS, foram incluídos pacientes com leucemia aguda em uso de quimioterapia, transplantados de medula e receptores de células tronco durante fase neutropênica. Considerou-se como NG o paciente com <500 neutrófilos ou <1000 leucócitos e o NG febril pacientes com ≥37,8oC. Para a definição dos critérios de IRAS utilizou-se os critérios do ONKO-KISS, adicionando-se um critério do “Centers for Disease Control” de Infecção da Corrente Sanguínea Associada à Mucosite (ICSM). Após as definições estabelecidas na Fase 1, iniciou-se a vigilância em 2014, foram incluídos 8 pacientes com leucemia em quimioterapia e 23 transplantados de medula. Contabilizaram-se pacientes 975 NG-dia e 73 pacientes NG febrisdia. As principais infecções identificadas foram as da corrente sanguínea (N=18; densidade de incidência: 18,4/1000 NG-dia) e ICSM (N=4; densidade de incidência: 4/1000 NG-dia). Os principais agentes isolados foram 8 E coli, 4 K pneumoniae e 4 Candida sp. Conclusão: A vigilância epidemiológica em pacientes NG permitiu a realização de um diagnóstico etiológico das IRAS, esses dados podem nortear a implantação de protocolos de tratamento de IRAS, bem como, a adoção de medidas preventivas. Título: MORTALIDADE DE PACIENTES IDOSOS COM SEPSE GRAVE/CHOQUE SÉPTICO INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE PORTO ALEGRE Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS Autores: Miriane Melo Silveira Moretti; Fabiano Ramos; Paola Hoff Alves; Juliana Petri Tavares; Ágatha de Ávila Boff; Jenifer do Amaral; Resumo: INTRODUÇÃO: Sepse grave e choque séptico são a evolução da doença manifestada quando o paciente Séptico desenvolve qualquer disfunção orgânica induzida obrigatoriamente, pela própria Sepse, ou não responde a reposição volêmica, sendo complicações em pacientes que necessitam de internação hospitalar. (ZHANG et al., 2015). OBJETIVO: Identificar o perfil demográfico e a mortalidade de pacientes idosos com sepse grave/choque séptico internados em um hospital universitário de Porto Alegre. MÉTODO: Estudo quantitativo transversal realizado em um hospital universitário de grande porte de Porto Alegre, com 342 pacientes idosos, considerados pacientes acima de 60 anos, com diagnósticos de sepse grave/choque séptico no período de 2014. Para elaboração do banco e análise dos dados foram utilizado os software Excel e SPSS. As variáveis categóricas foram apresentadas com frequências absolutas e relativas. Foram respeitados os preceitos éticos em pesquisa de acordo com a resolução nº 466/12. RESULTADOS: Identificou-se que 61% (n=347) dos pacientes possuíam mais de 60 anos. Destes 52% (n=180) eram do sexo feminino. O principal foco infeccioso foi o respiratório (54%, n=188), seguidos do abdominal (20%, n=68), urinário (14%, n=50) e outros (12%, n=41). O desfecho dos pacientes com sepse grave/choque séptico foram: alta (53%, n=185), óbito (41%, n=141), nova sepse (6%, n=21). No que se refere à antibioticoterapia de acordo com o protocolo de sepse grave, 34% (n=119) aderiram em até uma hora e 66% (n=228) em mais de uma hora. CONCLUSÕES: Evidenciou-se neste estudo que os idosos apresentaram alta prevalência de sepse grave/choque séptico dos casos avaliados. O desfecho de 53% de alta hospitalar dos pacientes possivelmente estava relacionado à utilização de um protocolo clínico de sepse grave, embora a maioria dos pacientes não terem recebido antibioticoterapia dentro de 1 hora, conforme o protocolo. Título: ORIENTAÇÕES DA VACINA ANTITETÂNICA PARA GESTANTES Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE Autores: Kívia Costa Sales; Rhuama Karenina Costa e Silva; Maria de Lourdes Costa da Silva; Nilba Lima de Souza; Sabrina Maria Leite da Silva Pinheiro; Resumo: INTRODUÇÃO:A avaliação da assistência Pré-Natal no Brasil, três indicadores apontam problemas: um é a alta incidência de sífilis congênita (24/1000 nascidos vivos no SUS), a segunda é a Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) que ainda é a principal causa de óbitos maternos, e a terceira é a baixa cobertura de vacinação contra o tétano no país (apenas 37% das gestantes são vacinadas), todas as situações dependem de ações preventivas da atenção básica, ações simples sob a ótica da execução METODOLOGIA:Estudo transversal, observacional, prospectivo. Realizado com as parturientes/puérperas, usuárias do SUS, atendidas na Maternidade Divinas Amor por ocasião da resolução da gravidez, no período de maio de 2013 a março de 2014. A amostra desse estudo foi de 145 parturientes/puérperas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Potiguar sobre o CAAE nº 13476513900005296 RESULTADOS:Em 95,4% dos casos, havia registro de vacinação contra antitetânica no cartão da gestante e 4,6% não havia registro algum. Dessas 4,6% que não havia registro, o motivo alegado pelas mulheres foi a não realização do pré-natal, fator preocupante quanto a captação precoce e a busca ativa das gestantes pela atenção básica. Das 95,4% que havia registro da vacinação antitetânica, 48% haviam terminado o esquema vacinal o reforço que deveria ser tomado em gestantes com esquema vacinal completo, ou aquelas gestantes que iniciaram ou deram continuidade ao esquema vacinal de 3 doses ainda no curso da gestação. As gestantes que somaram 52% que não estavam com seu esquema vacinal completo, observouse no cartão da gestante que o esquema não pode ser completado devido a margem de segurança de 15 dias antes do parto que a gestante deve ter ou a não adesão dessas mulheres a ultima dose da vacina CONCLUSÃO: Um número alto de gestantes (95,4%) tinha em seu cartão da gestante o registro da vacinação antitetânica. 52% dos registros estavam com esquema incompleto que pode indicar falha na assistência ou displicência da própria gestante; cabendo, nesse último caso, uma orientação por parte dos profissionais que realizam a consulta pré-natal em mostrar a importância da imunização antenatal. Apesar da maioria ter recebido a imunização, houve um total de 4,6% de gestantes sem registro nenhum; fato preocupante, pois essas gestantes não tinham recebido a vacina pois sequer realizaram o pré-natal, mostrando falhas existentes na busca ativa das gestantes pela atenção básica Título: PERFIL DE PACIENTES COM COQUELUCHE EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO SUL DO BRASIL NO ANO DE 2014 Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HCPA Autores: Débora Marie da Silva Bonmann; Thais Faber; Marlise Lara Fagundes; Marcia Rosane Pires; Resumo: INTRODUÇÃO:A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta em maior proporção pacientes pediátricos. A doença pode ser prevenida por vacina combinada disponível no Sistema Único de Saúde. A transmissão dá-se através de gotículas na fala, espirro ou tosse. A transmissão nosocomial pode ser prevenida com medidas de precaução de contato e para gotículas. Os sintomas da doença desenvolvem-se em duas fases, a primeira, caracteriza-se por secreção nasal, febre baixa e tosse seca, a segunda ocorre após uma a duas semanas, com sintomas mais severos incluindo episódios de dispnéia e tosse paroxística. Mais da metade das crianças com coqueluche necessita de hospitalização devido a complicações como apnéia.OBJETIVO:traçar o perfil epidemiológico da coqueluche em pacientes pediátricos de um hospital universitário do sul do Brasil no ano de 2014.MÉTODO:estudo retrospectivo com análise de estatística descritiva dos dados clínicos e microbiológicos de prontuários eletrônicos durante o período de janeiro à dezembro de 2014 em um Hospital Universitário da região Sul do Brasil. O material biológico coletado (secreção de nasofaringe) é submetido ao método de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR).RESULTADOS:foram coletados 239 exames para Bordetella pertussis, destes apenas 35 (14,6%) positivaram, sendo todos de etiologia comunitária. Quanto ao sexo dos pacientes, foram diagnosticadas com a doença, 18 meninas e 17 meninos. Os meses de janeiro, fevereiro, março e julho concentraram o maior número de casos confirmados (6, 7, 6 e 5 respectivamente) e os meses de abril, outubro e novembro não tiveram casos confirmados. Com relação a idade, 8 casos ocorrem até 6 meses de idade (23%), ou seja, quando os pacientes pediátricos ainda não completaram o esquema vacinal contra a coqueluche. Nas demais faixas etárias, 6 casos ocorreram em crianças entre 7 meses e um ano (17,1%), 16 (45,7%) em crianças entre 1 ano e um mês e 3 anos e 5 (14,3%) com crianças acima de 3 anos e 1 mês de idade.CONSIDERAÇÕES FINAIS:A coqueluche é uma doença cujos sinais e sintomas são frequentemente confundidos com outras patologias, visto que apenas 14,6% das suspeitas positivaram. Não demonstrou-se diferença significativa para a positividade da doença em relação ao sexo dos pacientes. A maior incidência da doença ocorreu nas crianças que já poderiam ter seu esquema vacinal completo(maiores de 6 meses). A sazonalidade ocorreu no período do verão. Não houveram casos de transmissão hospitalar. Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE IRAS NAS UTIS DE UM HOSPITAL PRIVADO DE CURITIBA - PR Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL VITA BATEL Autores: Aline da Silva Paula; Vanessa Burdzinski; Marta Fragoso; Rafael Alexandre Deucher; Bruna Martins Dzivielevski; Solange de Lima Silva Matsumoto; Resumo: Introdução: Nos últimos anos observou-se um crescente avanço de conhecimento na área hospitalar, principalmente no que se refere as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Estas, constituem um problema de saúde pública, pois elevam o tempo de hospitalização, morbidade e mortalidade dos pacientes, bem como o aumento significativo dos custos de internamento. Segundo Richtamann (2008), são consideradas IRAS toda infecção adquirida após a internação hospitalar num prazo de 48-72 horas e que não esteja no seu período de incubação ou naquelas infecções que se manifestem após a alta. Objetivo: Traçar um perfil epidemiológico das infecções ocorridas nas Unidades de Terapia Intensiva Adulto de um Hospital Privado de Curitiba. Método: Os dados coletados foram obtidos através de busca ativa diretamente no prontuário de cada paciente que apresentavam critérios de infecção hospitalar, como culturas positivas de algum microorganismo e o uso de antibióticos durante a estadia, bem como visitas multidisciplinares. Em seguida cada ficha foi analisada e seus resultados colocados em planilha Excel® para melhor visualização de seus números. Resultados: No período de Setembro a Março de 2015 (18 meses) foi traçado o perfil de infecção hospitalar das UTIs em um Hospital Privado de Curitiba. No período estudado ocorreram 79 casos de infecções em 62 pacientes, destes 42 evoluíram a óbito. A causa mortis de 35 pacientes foi relacionado a infecção hospitalar, sendo 56% de mortalidade, a idade média dos óbitos foi de 77 aanos, com mínimo de 37 e máximo de 97 anos. O Apache II médio foi de 23. Em relação as topografias: 39% foram Sepse, 25% Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica, 19% Pneumonia, 5% Infecção de Trato urinário, 4% Sepse pulmonar, 3% Flebite, 1% empiema, 1% Infecção de Corrente Sanguínea relacionada a cateter central, 1% Sepse abdominal e 1% Sepse Urinária. Em relação aos microorganismos isolados nas infecções houve predomínio de Staphylococcus não produtor de coagulase com 18%, Pseudomonas com 17%, KPC representou 16% e MRSA 8%.Conclusão: Através deste estudo foi posspivel traçar um perfil das UTIs e aplicar planos de ação cabíveis, com foco nos topografias e microorganismos de maior prevalência, aumentando assim a qualidade da assistência e reduzindo seus custos, garantindo ao cliente um atendimento com segurança assistencial. Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM SUSPEITA DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ULBRA Autores: Monique Eva Vargas Cardoso; Vanessa Schultz; Resumo: INTRODUÇÃO: A SRAG é uma doença caracterizada por hipoxemia, diminuição da complacência pulmonar e infiltrados pulmonares. Os principais agentes etiológicos que podem causar a doença são os seguintes vírus: Influenza A, Adenovírus, Vírus Sincicial Respiratório, Hantavírus e Coronavírus. É uma doença que acomete principalmente pessoas jovens e é transmitida rapidamente. Em virtude disso, a Vigilância Epidemiológica dos municípios deve manter os casos suspeitos e confirmados sempre atualizados, identificando os possíveis fatores de risco que estejam relacionados. OBJETIVO: Descrever as características sociais, demográficas e vacinais de pacientes com suspeita de SRAG que realizaram coleta de amostra clínica para análise de Influenza no LACEN/RS. METODOLOGIA: Estudo transversal retrospectivo. Os sujeitos da pesquisa foram 51 pacientes de um hospital universitário da região metropolitana de Porto Alegre/RS e que tiveram amostras analisadas para Influenza no ano de 2014. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente por meio do programa Microsoft Office Excel®. RESULTADOS: Os resultados mostraram que dos 51 pacientes, 54% eram pacientes femininos e 46% eram pacientes masculinos. A faixa etária foi bem variável, sendo que 50% eram de pacientes de 0 a 5 anos e 28% de 61 a 90 anos. As outras faixas etárias foram bem menos expressivas, girando em torno de 1%. 62% dos pacientes residiam em Canoas, 7% em Alvorada, 5% em São Leopoldo e 3% em Viamão. As outras cidades da Região Metropolitana e interior tiveram 1 paciente cada (Butiá, Caibaté, Campo Bom, São Lourenço, Taquara, Gravataí, Pelotas, Porto Alegre, Santa Vitória do Palmar e Sobradinho). Em relação à situação vacinal, 60% dos pacientes não tomaram vacina, mesmo sendo a faixa da primeira infância a predominante. De todas as suspeitas de SRAG, 4 pacientes confirmaram (2 H1N1 e 2 H3N2), sendo que os dois pacientes com H3N2 faleceram e 1 com H1N1 .Diante dos pacientes analisados, tivemos 75% deles em alta hospitalar e 25% em óbito. CONCLUSÃO: Com esse estudo pode-se observar que 93% dos pacientes com suspeita de Influenza não confirmaram a doença, devendo ser acometidos por outros vírus respiratórios. O dado mais alarmante e que requer grande importância foi que a maioria dos pacientes analisados não recebeu a vacina contra a gripe, nos levando a crer que esses pacientes não estão sendo bem informados ou estimulados sobre a gravidade do vírus. Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE ENTEROBACTÉRIAS PRODUTORAS DE CARBAPENEMASE DO TIPO NDM EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Autores: Andressa Barros; Karina Pinheiro Teixeira; Thaís Faber; Débora Marie da Silva Bonmann; Camila Hubner Dalmora; Cristófer Farias da Silva; Resumo: Introdução: As infecções causadas por enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos (ERC) representam um grave problema de saúde pública. Dentre os mecanismos de resistência, a produção de carbapenemase do tipo New Delhi Metallobetalactamase (NDM), é de extrema importância epidemiológica. Objetivos: Verificar a incidência de enterobactérias produtoras de carbapenemase do tipo ERC-NDM e traçar o perfil epidemiológico dos pacientes acometidos em um hospital universitário do sul do Brasil. Método: Estudo retrospectivo, referente ao período de agosto de 2013 a março de 2015. A partir do resultado positivo para ERC-NDM, os pacientes foram incluídos em um banco de dados. Os dados clínicos e microbiológicos foram coletados a partir de prontuário eletrônico institucional para a realização das análises. Resultados: Foram identificados 47 resultados microbiológicos positivos para ERC-NDM. A confirmação laboratorial da presença da ERC-NDM ocorreu, em média, 17,9 dias após a internação. As ERC-NDM foram identificadas predominantemente em pacientes do sexo masculino (70,2%). A média de idade dos pacientes foi de 51,6 anos. A principal comorbidade encontrada foi o transplante de órgãos sólidos, que ocorreu em 31 pacientes (66%). Os microrganismos identificados foram: Enterobacter cloacae, 12 (25,5%); Escherichia coli, 6 (12,8%); Klebsiella oxytoca 12 (25,5%) , Klebsiella pneumonie 16 (34,1%) e Citrobacter freundii. 1 (2,1%). Sessenta por cento dos microrganismos foram identificados em culturas de vigilância, e os demais em amostras clínicas. Dessas últimas, 18 (38,3%) ocorreram em urina por jato médio e 1 (2,1%) em abscesso abdominal, totalizando 37 (78,7%) colonizações e 10 (21,3%) infecções. Dos 47 pacientes estudados, nove foram a óbito. Desses, dois apresentaram infecção por ERC-NDM. Conclusão: Os resultados encontrados demonstram maior incidência do mecanismo de resistência em pacientes do sexo masculino com idade média de 51,6 anos, na maioria imunossuprimidos transplantados de órgãos sólidos. Não identificamos a predominância de produção de NDM em um gênero específico de Enterobacteriacea. Considerando que a maior parte dos casos foi identificada a partir de culturas de vigilância, deve-se salientar a importância deste método de vigilância epidemiológica como estratégia para prevenção de transmissões cruzadas e monitoramento de incidência de ERC-NDM em ambiente hospitalar. Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES OCUPACIONAIS COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO ATENDIDOS EM GOIÂNIA – GOIÁS Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE GOIÂNIA Autores: Tatiana Luciano Sardeiro; Resumo: Introdução: O acidente com material biológico (AMB) consiste na exposição do trabalhador a fluídos corpóreos potencialmente contaminados (sangue, secreções, fezes, urina, etc) durante a jornada de trabalho. Segundo a Portaria 1271/ 2014 esse tipo de acidente é de notificação compulsória e deverá ser digitado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/ NET). Objetivos: Este estudo pretende descrever o perfil epidemiológico dos acidentes ocupacionais com exposição a material biológico atendidos em Goiânia – Goiás entre 2006 e 2013. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal de dados secundários. Foram incluídos os acidentes ocupacionais com exposição a material biológico, atendidos no município de Goiânia entre 2006 e 2013 e registrados no SINAN/ NET. As variáveis da ficha de investigação incluídas na análise foram: sexo, faixa etária, ocupação, tipo de exposição, circunstância do acidente, conduta e evolução do caso. Os dados foram inseridos no Tabwin versão 3.2 e apresentados de acordo com os princípios da epidemiologia descritiva. O estudo atende às diretrizes e normas definidas pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde CNS n°196 de 10 de outubro de 1996. Resultados: Foram atendidos em Goiânia 4789 trabalhadores que sofreram AMB no período analisado. Desses acidentes houve maior proporção de registros entre os indivíduos do sexo feminino (76,7%). A faixa etária predominante foi de 25 a 34 anos (40%). Os trabalhadores que mais se acidentaram foram os técnicos em enfermagem (40%). O tipo de exposição mais frequente foi a percutânea (79,7%). A maioria das circunstâncias dos AMB foram preenchidas como outras (20,1%). No que se refere conduta para a maior parte dos trabalhadores não foi indicado quimioprofilaxia (53,9%), imunoglobulina (40,6%) ou vacina contra hepatite B (39,4%). Em relação a evolução do caso 64,1% estão com encerramento em branco/ ignorado. Conclusões/Considerações: Apesar do aumento no número de notificações de AMB desde 2006 em Goiânia, ainda é considerável a quantidade de acidentes subnotificados. A maior parte dos registros envolvem exposições percutâneas porque são elas as que mais preocupam o acidentado. É necessário sensibilizar os profissionais para os riscos biológicos existentes no seu ambiente de trabalho e a importância da notificação do AMB. Título: PERFIL MICROBIOLÓGICO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES DE SITIO RESPIRATÓRIO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL SANTA CASA DE PELOTAS Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: SANTA CASA DE PELOTAS Autores: Sabrina de Mattos Teixeira; Katia Cilene Rosa Zielke; Larissa Konzgen Teixeira; Ricardo Bica Noal; Resumo: Introdução: A pneumonia nosocomial é responsável por mais de 25% das infecções em terapia intensiva e por mais de 50% dos antimicrobianos prescritos no ambiente hospitalar. Sendo que sua associação a ventilação mecânica incide em 9 a 27% dos pacientes intubados. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo identificar os principais microorganismos das infecções nosocomiais de sitio respiratório na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Casa de Pelotas. Metodologia: Estudo descritivo, com dados coletados a partir dos exames culturais de sitio respiratório no período de 01 de janeiro de 2009 a 31 de janeiro de 2015. Os dados foram digitados no programa Excel e analisados através do software Stata 11. Resultados: No período estudado foram diagnosticados 723 processos infecciosos do sitio respiratório, sendo 61,3% com identificação do agente. O perfil dos pacientes era predominantemente do sexo masculino (59,5% - 344) e a faixa etária com maior freqüência entre 60 e 79 anos (52,4% - 297). Em 61,5%, os pacientes estiveram em uso de ventilação mecânica por mais de 48 horas. Dentre as cepas isoladas os gram-negativos (BGN), tiveram uma freqüência de 55,5% (n=401) e as bactérias gram-positivas contribuíram com 5,8% (n=42). Entre os gram-negativos houve uma prevalência de 30,4% de A. baumannii seguido de 21,9% de P. aeruginosa, já os estafilococos tiverem uma freqüência de 4,7%. Conclusão: Conforme esperado os agentes mais frequentemente identificados foram os BGN, considerados os principais agentes responsáveis pelas infecções nosocomiais. O estudo reforça o alerta para necessidade de promover medidas para o uso indiscriminado dos antimicrobianos no combate ao surgimento de novas cepas bacterianas multirresistentes. Além disso, ratifica a necessidade de manutenção das de medidas de precaução, como a adesão maior à higienização das mãos. Título: PNEUMONIA POR BRONCOASPIRAÇÃO EM IDOSOS DOMICILIADOS Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE Autores: Kivia Costa Sales; Sabrina Maria Leite da Silva Pinheiro; Resumo: Introdução: Aspiração é definida como a inalação de conteúdo gástrico ou orofaríngeo na laringe e trato respiratório inferior. Quatro tipos de materiais aspirados – bactérias da orofaringe, ácido gástrico, partículas alimentares e corpos estranhos – podem causar doença pulmonar, que pode ser aguda, subaguda ou crônica, dependendo em grande parte do tipo e da quantidade aspirada. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, do tipo quantitativo, com 20 idosos domiciliados com múltiplos diagnósticos. Resultados: No período estudado, foram analisados todos os idosos, quanto ao ganho/ perda de peso, estado nutricional geral, motivos de internamentos e pneumonias. 80% dos idosos domiciliados tiveram intercorrências variadas, quedas, fraturas, distimias e pneumonias. Todos os idosos que apresentaram pneumonia (8 idosos) foram analisados em decorrência da causa, sendo que a incidência de disfagia a principal causa. A incoordenação do mecanismo de deglutição pode resultar em aspiração de alimentos ou regurgitação nasal. Assim a disfagia, geralmente é associada com tosse após a deglutição, difi culdade respiratória, infecção pulmonar, comprometendo tanto a parte respiratória do indivíduo como a sua nutrição. Desses idosos, 90% necessitou de internamento para antibioticoterapia devido a possíveis intercorrências, apenas 1 idoso foi tratado em seu domicílio. Conclusão: A disfagia merece maior atenção, visto que prejudica a realização de atividades diárias, como uma alimentação efi caz e segura, levando a sofrimentos e impactos negativos na recuperação global do paciente, sendo após este estudo a principal causa de pneumonia por broncoaspiração, Doença que pode evoluir para uma infecção maior e causar danos e/ou/ óbito deste paciente. A antibioticoterapia atrelada aos exercícios fonoaudiológicos se mostraram plenamente eficazes no tratamento a esses idosos. Título: PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS HBV E HCV EM INDIVÍDUOS HIV POSITIVOS ATENDIDOS CENTRO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO A SOROLOGIA EM SANTA CRUZ DO SUL, RS,BRASIL Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL Autores: CLAIRTON EDINEI DOS SANTOS; Rodolfo de Borba Leuckert; CARLOS FERREIRA HOEHR; JANE DAGMAR POLLO RENNER; Danielly Joani Bulle; Resumo: Introdução: A relação do vírus da imunodeficiência humana (HIV) com o vírus da hepatite B (HBV) e o da hepatite C (HCV) é bastante comum no mundo. O número de indivíduos infectados está aumentando, gerando problemas de saúde pública, caracterizado pela falta de vacinas eficazes, tratamento caro, cronicidade da morbidade e da mortalidade associada. Objetivo: Estimar a prevalência da infecção pelo vírus HBV e HCV em indivíduos HIV positivos atendidos no Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (CEMAS), em Santa Cruz do Sul. Metodologia: Estudo transversal descritivo e analítico, onde foram analisadas 98 amostras de soro de indivíduos HIV positivos de pacientes atendidos no CEMAS. As dosagens de anti-HCV e anti-HBs foram realizadas pelo método de ELISA semi-automatizado. O HBsAg foi dosado pela técnica imunocromatográfica. Resultados: Foram relatadas coinfeção HIV/HCV em 7,1% dos indivíduos e nenhuma coinfecção com a Hepatite B. A imunidade para a hepatite B foi de 18,4%. Conclusão: A identificação de pessoas infectadas pelo HBV e HCV é essencial para facilitar o tratamento médico adequado e para evitar complicações e reduzir a propagação destas doenças. A imunidade para HBV na população em estudo foi reduzida, e conclui-se que é de extrema importância vacinar e verificar a imunidade dos indivíduos HIV positivos. Título: PREVALÊNCIA DA PRESENÇA DE ANTICORPOS ANTI-HBS EM ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA DA UNISC Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNISC Autores: Angelina Bopp Nunes; Tássia Callai; Bruna Lago; Amanda Kuhl; Jane Dagmar Pollo Renner; Resumo: Introdução: A Hepatite B é definida como inflamação do fígado causada por infecção pelo vírus da hepatite B (HBV), que é um vírus do tipo DNA, da família Hepadnaviridae. O HBsAg é o antígeno proteico de superfície do vírus da hepatite B. É positivo em perto de 20% a 60% das hepatites crônicas persistentes e de 9% a 60% das hepatites crônicas ativas. Objetivos: Determinar qualitativamente, por teste rápido, a presença de anticorpos anti-HBS nos soros de alunos do curso de medicina da UNISC. Metodologia: Pesquisa descritiva e analítica, realizada no período de setembro de 2014 incluindo 66 amostras de alunos da área da saúde da instituição. As amostras de soro dos alunos foram obtidas na aula prática de Imunologia e em seguida foi realizado a sorologia com o Kit Anti-HBS. Resultados: a partir dos resultados quantitativos realizados com os 66 acadêmicos da instituição, constatou-se que aproximadamente 27% dos acadêmicos tiveram resultado “negativo”, ou seja, não possuem o antígeno HBsAg. Título: PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS IGG CONTRA HEPATITE C EM ACADÊMICOS DA 17ª TURMA DO CURSO DE MEDICINA DA UNISC Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL Autores: Marcella Gonçalves Piovesan; Gabriele Jesus Sanches; Luiz Fernando Maculan Ferreira; Marina Fernandes Bianchi; Paula Bibiana Müller Nunes; Jane Dagmar Pollo Renner; Resumo: Introdução: A hepatite C é uma doença causada por um vírus de RNA de cadeia simples (HCV), o qual infecta principalmente os hepatócitos. A hepatite C é frequentemente diagnosticada quando o indivíduo se submete aos testes de triagem sorológica. A infecção aguda pelo vírus geralmente demonstra-se assintomática. Os sintomas, quando aparecem, podem ser: falta de apetite, fadiga, náuseas, dores musculares ou nas articulações e perda de peso. A forma crônica pode levar a fibrose e cirrose. Objetivo: Avaliar a frequência de anticorpos IgG para Hepatite C entre os acadêmicos da 17ª turma do curso de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo e analítico incluindo 26 amostras dos alunos da 17ª turma de Medicina da UNISC. As amostras de soro dos alunos foram obtidas em aula prática de Imunologia. Foi realizada a sorologia com o Kit HCV Rapid Test Bioeasy, que é constituído de um dispositivo composto por uma membrana imunocromatográfica e uma cavidade “S”. Sobre a membrana são identificadas duas regiões: “T” (teste) e “C” (controle). No poço “S”, há a proteína A- conjugado coloidal de ouro. Resultados: A prevalência da presença de anticorpos IgG para Hepatite C nos acadêmicos foi de 3,82%, cujo resultado apresentou-se como falso positivo, sendo posteriormente confirmado como negativo pelo método ELISA. Conclusão: A pequena prevalência de anticorpos IgG nos acadêmicos demonstrou que poucos já obtiveram contato com o vírus da Hepatite C na população. No entanto, ela falta da vacinação e pelos agravantes da patologia, é um dado epidemiológico que deve ser constantemente observado e monitorado. Título: PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO DE UM HOSPITAL PÚBLICO PONTA GROSSA/PR Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DOS CAMPOS GERAIS Autores: Joseane Quirrenbach; Maria Dagmar da Rocha; Juliana Ferreira Leal; Rayza Assis de Andrade; Victor Hugo Belinati; Marlene de Jesus Santos; Resumo: O presente estudo objetivou avaliar a prevalência de infecção em cirurgia de um Hospital Universitário de Ponta Grossa/PR entre janeiro e dezembro de 2014. Trata-se de um estudo epidemiológico com delineamento transversal. Foram acompanhados pelo Núcleo de Epidemiologia e Controle de Infecção 1814 pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Desta amostra, 850 procedimentos foram cirurgias gerais com 29 (3,41%) infecções; 180 cirurgias vasculares com 9 (5%) infecções; 99 cirurgias urológicas com 3 (3,03%) episódios infecciosos e 18 procedimentos torácicos com 3 (16,7%) infecções. A média de idade dos 49 pacientes foi de 52 anos. De acordo com o grau de contaminação, houve 19 (2,33%) infecções de sitio cirúrgico em procedimentos Potencialmente Contaminados; 15 (5,19%) Contaminados; 8 (10,38%) Infectados e 7 (1,1%) Limpos, respectivamente. As infecções foram distribuídas: 29 (59,18%) Cirurgia Geral; 9 (18,36%) Vasculares; 3 (6,12%) Urológicas e Torácicas respectivamente e 5 (10,20%) de outras especialidades. As cirurgias gerais mais frequentemente infectadas foram: 9 (31,03%) Colicistectomia; 3 (10,34%) Apendicectomia e Sigmoidectomia, enquanto que as Vasculares de maior predominância foram as Amputações 7 (77,8%). No que concerne aos micro-organismos causadores de infecção houve 20 culturas positivas, com destaque para a Escherichia coli 6 (30%); 3 (15%) Enterobacter aerogenes; 2 (10%) Proteus mirabilis e Staphylococcus aureus; 3 (15%) Serratia liquefacies, sendo 01 dessas carbapenêmico resistente (CR). Estatísticas dos centros de controle e prevenção de doenças (CDCs) indicam que 14 a 16% das infecções hospitalares são atribuídas às infecções do sítio cirúrgico (ISC), Estimase que, no Brasil, a ISC apresente uma prevalência de 2,8 a 20%, (média de 11%) dependendo das características do hospital, do paciente e procedimento cirúrgico. Os achados demostram que as taxas globais de infecção por especialidades estão dentro do preconizado. O grau de contaminação cirúrgico, doença de base e idade são fatores de riscos para a elevação dos índices de infecção. Outro aspecto relevante é o predomínio de enterobacteriaceas e principalmente o aparecimento de infecção por carbapenemico resistente. Ressalta-se o papel do Serviço de Controle de Infecção em parceria a equipe cirúrgica, em especial o cirurgião são imprescindíveis na tomada de decisões no que tange ao controle da ISC, bem como orientar as atividades de educação continuada da instituição. Título: PREVALÊNCIA DE IRAS EM UM HOSPITAL GERAL DE REFERÊNCIA LOCALIZADO NO INTERIOR DA BAHIA Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA Autores: Raiane Costa Souza; Resumo: As IRAS acometem um grande número de usuários de serviços de saúde no Brasil e no mundo, motivo pelo qual são consideradas um grave problema de saúde pública, estando relacionadas elevação dos custos no cuidado dos pacientes, além de aumentar o tempo de internação, a morbidade e a mortalidade (ANVISA, 2013). Este trabalho teve como objetivo analisar os indicadores de prevalência de IRAS de um hospital geral de referência localizado no interior da Bahia no período de janeiro a dezembro de 2013. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, no qual foram calculados os indicadores epidemiológicos propostos pela Portaria nº 2616/98, após a coleta de dados realizada em arquivos do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). Os resultados demonstraram aspectos positivos como: taxa geral inferior às referências e localizada entre os limites inferior e superior; redução das taxas de PAV; taxas de ITU associada ao cateterismo vesical, de ISC em cirurgia limpa e de letalidade consideradas baixas. Foram identificados também pontos negativos: composição inadequada do SCIH; baixa taxa de diagnóstico microbiológico de Infecções Relacionadas à assistência à Saúde (IRAS); elevada taxa geral de PAV apesar da ocorrência de redução no período; aumento das taxas de IPCS e de ISC; elevada taxa de IRAS na Clínica obstétrica e do percentual de cesarianas; elevadas taxas de IRAS associadas a dispositivos invasivos na UCI adulto apesar desta ter sido a unidade com menor taxa de utilização desses dispositivos. Título: PREVALÊNCIA DE PNEUMONIA NOSOCOMIAL RELACIONADO A PATÓGENOS NA CAVIDADE BUCAL EM PACIENTES DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL ESCOLA DO VALE DO RIO PARDO, RS Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNISC Autores: Angelina Bopp Nunes; Tamara Jaqueline Thom; Clairton Edinei dos Santos; Danielly Bulle; Jane Dagmar Pollo Renner; Luciana de Souza Nunes; Resumo: Introdução: Algumas bactérias que acabam comumente sendo encontradas na cavidade bucal de pacientes internados em UTI são responsáveis pelo surgimento da pneumonia. O percentual destes organismos na cavidade bucal pode chegar a 70% no biofilme dental, 63% na língua e 73% no tubo do respirador artificial. Objetivo: Identificar a microbiota na cavidade bucal de pacientes na UTI de um hospital escola do vale do Rio Pardo e relacionar com as infecções pulmonares e ventilação mecânica (VM). Metodologia: Pesquisa descritiva e analítica, realizada no período de agosto a outubro de 2014 em pacientes admitidos após 48 horas na UTI. Foram colhidas 38 amostras da língua e biofilme dental dos pacientes utilizando swab estéreis e armazenadas em meio BHI. Depois de 24 horas de incubação, os microrganismos foram isolados e identificados de acordo com as provas bioquímicas para cada espécie. Resultados: Das 38 amostras, foram isolados com maior prevalência os microrganismos Staphylococcus aureus, em 23% das culturas, Streptococcus spp. em 20% das culturas, Cândida spp. em 15,3% das culturas, Staphylococcus spp. em 13% das culturas e Pseudomonas aeruginosa em 11,5% das culturas. Do total de 38 pacientes, 14 estavam com ventilação mecânica e 4 (28%) destes apresentaram pneumonia. As pneumonias foram causadas por P. aeruginosa que também foram isoladas da cavidade bucal. Conclusão: Os patógenos encontrados na cavidade bucal dos pacientes na UTI em associação a VM, contribuíram para o desenvolvimento de pneumonia. Título: PREVALÊNCIA DE STREPTOCOCCUS AGALACTIAE EM GESTANTES DO CENTRO MATERNO INFANTIL E SERVIÇO INTEGRADO DA SAÚDE DE SANTA CRUZ DO SUL Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL Autores: Marcella Gonçalves Piovesan; Suyan Raabe Meglin; Clairton Edinei dos Santos; Fernanda Forgiarini Rabello; Viviane Zanatta; Jane Dagmar Pollo Renner; Resumo: Introdução: O Streptococcus do grupo B (EGB) é um habitante normal do trato gastrintestinal e em cerca de um terço das mulheres, coloniza de maneira crônica ou intermitente a vagina e pode contaminar neonatos, ocasionando quadros graves de septicemia, pneumonia e meningite. Objetivo: Rastrear o índice de mulheres grávidas colonizadas pelo EGB a partir da 34ª semana de gravidez. Metodologia: Estudo transversal e observacional onde foram colhidas culturas vaginais e retais de 24 gestantes atendidas no Centro Materno Infantil de Santa Cruz do Sul (Rio Grande do Sul) no período de Agosto a outubro de 2013. As amostras obtidas foram inoculadas em meio seletivo de Todd Hewith e, posteriormente, subcultivadas em placas de ágar sangue de carneiro. O teste de CAMP (Christie, Atkins, Munch-Petersen) foi utilizado para identificação do EGB, confirmado pela prova da hidrólise enzimática da L-pyrrolidonylbetanaphtylamide. Foram estudadas as variáveis sociodemográficas e antecedentes ginecoobstétricos. A razão de prevalência foi utilizada como medida de risco, considerando como nível de significância p≤0,05. Resultados: A prevalência da colonização materna pelo EGB foi de 8,3%. Em relação à idade, a maioria (41,7%) tinham idade entre 26-30 anos e eram casadas (37,5%). Quanto a escolaridade, a grande maioria das gestantes, 37,5% possuíam apenas o primário. Nove gestantes 9 (37,5%) estavam na primeira gestação e 15 (62,5%) estavam na segunda ou a partir da segunda gestação. Com relação a infecções urinárias, 8 (33,3%) tiveram infecções urinárias durante a gestação. Em relação aos abortos em gestações anteriores, 5 (20,8) sofreram abortos anteriores. Conclusão: A prevalência da colonização materna pelo EGB foi semelhante à descrita em outros estudos no Brasil. Mais estudos sobre prevalência devem ser realizados no Brasil para estimar a numero de infecções nas puérperas por EBG e a mesma ser passível de tratamento profilático para evitar a gravidade da infecção em recém nascidos. Título: PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: ANVISA Autores: Fabiana Cristina de Sousa; Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira; Magda Machado de Miranda Costa; Resumo: A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece o fenômeno das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) como um problema de saúde pública e preconiza que as autoridades em âmbito nacional e regional desenvolvam ações com vistas à redução do risco desses agravos. Além disso, há um consenso claro dos especialistas na área quanto a necessidade de tomada de ações estratégicas para a redução das IRAS. Diante disso, a Anvisa estabeleceu em 2013 um Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde PNPCIRAS com o objetivo de diminuir, em âmbito nacional, a incidência de IRAS. Esse programa foi elaborado pela Comissão Nacional de Prevenção e Controle de IRAS- CNCIRAS sob coordenação da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa. O objetivo geral do PNPCIRAS é diminuir, em âmbito nacional, a incidência de IRAS. Para isso, foram traçados objetivos específicos para o período de 2013-2015, entre os quais destacam-se: a redução de Infecções Primárias da Corrente Sanguínea (IPCS), a redução de Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) e o estabelecimento de mecanismos de controle sobre a Resistência Microbiana (RM) em Serviços de Saúde. Para o alcance dos objetivos específicos, foram estabelecidas as seguintes metas: I – Melhoria da adesão ao sistema para até 2015, 80% de 1.887 hospitais*, com regularidade de notificação de 12 meses. II – Redução dos índices de IPCS, definido como meta nacional a redução em 15% do indicador de IPCS, tendo como valor de referência ao percentil 90* em 2012. III – Melhoria da adesão ao sistema para atingir até 2015, 80% de 973 hospitais*que possuem leitos de terapia intensiva e realizam parto cesário , com regularidade de notificação de 12 meses; IV – Redução dos índices de ISC, definido como meta nacional a redução em 15% do indicador de ISC, tendo como valor de referência a o percentil 90 dos dados obtidos em 2014. V – Identificar a situação epidemiológica dos agentes etiológicos causadores de IPCS nos hospitais participantes do sistema de vigilância epidemiológica. O cumprimento dessas metas estão sendo buscadas por meio de várias ações, que foram propostas conforme um cronograma anual de execução. Espera-se que todos os serviços de saúde implantem o PNPCIRAS reforçando assim as ações de promoção da segurança do paciente. Título: Pseudosurto por Aspergillus niger em um hospital oncológico Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER Autores: Elsie Storch Borges; Ianick Souto Martins; Vânia Maria da Silva e Castro Gonçalves; Marianne Monteiro Garrido; Venceslaine Prado Marques; Eduardo Duarte Velasco; Resumo: A broncoscopia é um procedimento diagnóstico e terapêutico realizado com a introdução de um tubo flexível nas vias aéreas. Leva na sua extremidade uma câmera que permite visualizar o interior da traqueia e dos brônquios, bem como dispositivos para retirar amostras de tecidos para biópsias e secreções para exames. Para evitar ou reduzir o risco de infecções entre paciente, o broncoscópio deve ser submetido à rigorosa limpeza seguida de desinfecção de alto nível. O armazenamento destes aparelhos também deve ser criteriosamente observado, visto que há o risco de contaminação após a desinfecção. O Aspergillus sp é um fungo causador de graves infecções em paciente onco-hematológicos com imunossupressão severa, e requer tratamento complexo e dispendioso. Este estudo propõe-se a elucidar o aumento do isolamento desse fungo em lavados bronquioalveolares (LBA) ocorrido em pacientes sem nenhuma correlação do quadro clínico com este patógeno. Objetivo: Verificar possíveis fontes de contaminação dos broncoscópios por Aspergillus sp. Método: Estudo descritivo realizado em um hospital oncológico entre os meses de março e abril/2015. Após a constatação do aumento expressivo de resultados de LBA com o crescimento de Aspergillus sp, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) iniciou análise para busca da provável fonte deste fungo. Ao levantamento quantitativo, observou-se que não houve ocorrência de resultados de LBA com este fungo no trimestre anterior, ao passo que, em um período de 20 dias, a ocorrência foi de 4 exames com Aspergillus sp. Os pacientes com os referidos exames não tiveram correlação clínica com este fungo, o que sugeriu falha nos processos relacionados aos broncoscópios. Foram colhidas amostras das soluções desinfetantes em uso e de solução salina que irrigou o interior do broncoscópio. Colhidas ainda amostras ambientais por meio de swabs das paredes e suportes onde os aparelhos ficam armazenados. Resultados: As amostras de desinfetantes e solução de irrigação dos aparelhos foram negativas. Os swabs da parede e do suporte onde os aparelhos ficam armazenados foram positivos para Aspergillus sp. A partir desses resultados, a CCIH deflagrou uma série de orientações sobre limpeza ambiental e controle do ar refrigerado. Conclusão: O reprocessamento de broncoscópios deve ser cuidadosamente executado em todas as etapas, desde a lavagem e desinfecção, até o armazenamento e cuidado ambiental, evitando riscos desnecessários aos pacientes. Título: RASTREABILIDADE DOS CAMPOS DE TECIDO DE ALGODÃO NO USO HOSPITALAR Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ Autores: Marisa Cristina Preifz; Dayana Lemes; Carla Sakuma de Oliveira; Karina Drielli Gonçalves Hubner; Claudemir Nunes Favero; Bernardo de Lima; Resumo: Introdução: Segundo a Resolução Diretoria Colegiada número 15 de 2012, a Central de Material e Esterilização que utiliza campos de tecido de algodão deve manter um plano de rastreabilidade, garantindo a barreira microbiana com critérios de aquisição e substituição do arsenal mantendo um registro de movimentação dos campos. Conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas deve-se ter um uso máximo de 65 reprocessos, já que após este índice ocorre uma redução desta barreira e diminuição da gramatura. Ainda segundo a Resolução Diretoria Colegiada número 15, não é permitido o uso de tecidos de algodão reparados com remendos ou cerzidas, sempre que o tecido apresentar perfurações, rasgos, desgaste ou comprometimento da função de barreira, o tecido deve ter sua utilização suspensa. Objetivo: Verificar a quantidade de reprocessos dos campos cirúrgicos de tecido através da etiqueta de rastreabilidade. Método: Iniciou a rastreabilidade mediante a confecção de novos campos de tecido de algodão com etiqueta de código de barra, sendo a mesma prensada no tecido, no momento da confecção, e realizado seu cadastro no sistema de gestão em saúde TASY®. O processo de rastreabilidade ocorre no setor de lavanderia, onde a cada lavagem o código do campo é identificado no sistema através de leitor de código de barra. Resultados: Foram confeccionados 700 novos campos cirúrgicos com etiqueta de rastreabilidade sendo colocados em uso. Após quatro meses de utilização observou-se que houve descarte de 93 campos de tecido de algodão com uma vida média de 10 lavagens, onde o campo com maior vida útil apresentou 23 lavagens e de menor apenas 02 lavagens. A principal causa de descarte foi devido a danos causados por instrumentais médico/cirúrgicos. Conclusão: Com base nestes dados de rastreabilidade foi realizado um estudo de custo beneficio, onde ficou comprovada a viabilidade da implantação de campos descartáveis, já que os campos cirúrgicos não apresentaram a durabilidade referida na literatura, concluindo que os campos apresentam apenas 15 por cento da durabilidade estimada. Título: REDUÇÃO DA MORTALIDADE E MORBIDADE EM CARDIOPATAS COM SEPSE GRAVE / CHOQUE SÉPTICO APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE ATENDIMENTO GERENCIADO Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: INSTITUTO DO CORAÇÃO - INCOR HCFMUSP Autores: Aline Siqueira Bossa; Priscila Gherardi Goldstein; Alexandre de Matos Soeiro; Tânia Mara Varejão Strabelli; Alice Tanaka; Múcio Tavares de Oliveira Júnior; Resumo: Introdução: A sepse grave e o choque séptico representam importante causa de internação e mortalidade, especialmente nos pacientes cardiopatas, que são mais suscetíveis à infecção, principalmente pulmonar, e tem pior prognóstico no quadro agudo. O reconhecimento da sepse no paciente com cardiopatia representa um desafio na prática clínica, pois o atraso no diagnóstico e no início do tratamento contribuem para o aumento das taxas de mortalidade por sepse. Objetivos: Avaliar o impacto da implantação do protocolo de atendimento gerenciado da sepse em Unidade de Emergência referenciada para tratamento de cardiopatas, através da análise dos indicadores de qualidade de atendimento ao paciente séptico. Método: O protocolo sepse foi implantado em outubro de 2014, de acordo com as recomendações do Surviving Sepsis Campaign e do Instituto Latino Americano de Sepse. Foram coletados dados de indicadores da qualidade do atendimento ao paciente séptico de 172 pacientes, antes e após a implantação, A análise estatística utilizou Teste T de Student e foram considerados significativos quando p<0,05. Resultados: Comparando o período pré e pós implantação do protocolo ao longo de 12 meses, houve queda de mortalidade por sepse de 61,1% para 32,6% (p=0,007), com redução significativa do tempo entre a detecção da infecção e o início da antibioticoterapia (3,8±3,0h x 1,1±1,2h) (p=0,0001). Após treinamento da enfermagem que faz a triagem dos pacientes, houve aumento do reconhecimento de sepse grave de 38,9% para 67,4% e redução de 67,7% para 32,6% na progressão para choque séptico (p=0,02). Conclusão: A implantação do protocolo de atendimento gerenciado à sepse, permitiu o reconhecimento dos casos de sepse na primeira avaliação do paciente na Unidade de Emergência e o início precoce do tratamento, evitando a progressão para choque séptico e reduzindo significativamente a mortalidade de cardiopatas. Título: RESULTADOS ASSISTENCIAS DE CIRURGIAS REALIZADAS EM UM HOSPITAL PRIVADOCENTRO DE EXCELÊNCIA EM CIRURGIA BARIÁTRICA NA CIDADE DE CURITIBA - PR. Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL VITA BATEL Autores: Aline da Silva Paula; Marta Fragoso; Solange de Lima Silva Matsumoto; Vanessa Burdzinski; Resumo: INTRODUÇÃO: A obesidade vem adquirindo proporção alarmante, desta forma é primordial o desenvolvimento de programas de prevenção ou de intervenções eficazes na condução clínica de obesos graves, tais como a cirurgia bariátrica. OBJETIVO: apresentar indicadores de perfil e indicadores de resultados da população de pacientes que realizaram cirurgias bariátricas em um Hospital Privado de Curitiba - PR. MATERIAL E MÉTODO: Pesquisa quantitativa retrospectiva, realizada em um Hospital Privado de Curitiba, Centro de Excelência em cirurgia bariátrica. Avaliou -se dados de perfil e de resultados de Janeiro a Agosto de 2014 (8 meses).RESULTADOS: No período foram realizadas 312 cirurgias bariátricas. Da amostra analisada: 78% mulheres e 22% homens, faixa etária predominante de 31 a 50 anos com 58,3%, seguido de 32,8% na faixa de 16 a 30 anos e 8,91% na faixa de 51 a 70 anos. O IMC médio da população foi de 40. Quanto a técnica utilizada: 90% foi a de Capella, seguida de Sleeve (8,7%) e Duodenal com 1,3%. Em relação ao pós-operatório imediato: 97,5% em unidade cirúrgica e 2,5% em unidade de terapia intensiva. Em relação aos indicadores de resultados: a taxa de reinternação foi de 2,9% (n=18); sem reintervenção cirúrgica; Incidência de fístula de 1,5% (n=5); média de permanência de 2 dias, taxa de mortalidade foi de 0%; taxa de infecção hospitalar de 1% (n=4); taxa de liberação de dieta em 48 horas foi satisfatória (100%); a taxa de deambulação em 12 horas foi de 100%, a adesão a diretriz de antibioticoprofilaxia foi de 100% (antibiótico correto, momento oportuno, continuidade correta no setor, suspensão no tempo correto). CONCLUSÃO: Houve baixa incidência de complicações em 312 cirurgias bariátricas realizadas no período do estudo, conferindo segurança e qualidade assistencial, na adesão ao protocolo estabelecido. Título: SURTO DE STAPHYLOCOCCUS AURES MULTI-SENSÍVEL (MSSA) EM UMA UTI NEONATAL DE UM HOSPITAL DE ENSINO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNISINOS Autores: Grasieli Krakeker; Michelle Mônica Ruprecht Redin; Vanessa Schultz - Schultz; Ana Paula Sueiro de Oliveira; Monique Eva Vargas; Resumo: Introdução: O Staphylococcus aureus é uma bactéria do grupo dos cocos gram-positivos que faz parte da microbiota humana, mas que pode provocar doenças que vão desde uma infecção simples até mais grave. As infecções hospitalares são mais frequentes e, geralmente, mais graves em recém-nascidos (RNs). Além das várias peculiaridades desta fase da vida, que levam à maior susceptibilidade à infecção e ao crescente número de recém-nascidos que superam a criticidade de sua condição, devido aos avanços tecnológicos atuais, ocasionando aumento do tempo de permanência em unidades de terapia intensiva neonatal, onde são submetidos a procedimentos invasivos e ao uso de antimicrobianos de largo espectro, são responsáveis por esta condição. Objetivos: Descrever medidas realizadas em controle de surto de Staphylococcus aureus em UTI neonatal da região metropolitana de Porto Alegre.Método: Trata-se de um estudo descritivo transversal retrospectivo. Realizado numa UTI neonatal de 35 leitos divididos em UTI neonatal e unidade intermediária neonatal.O primeiro caso foi identificado em dezembro de 2014 através de um abscesso com drenagem de secreção. Na outra semana identificaram-se mais dois casos com os mesmos sinais e sintomas. Como medida preventiva foi estimulada a precaução padrão rigorosa e higiene das mãos com clorexidina degermante ou álcool gel 70%. A limpeza e desinfecção de materiais na CTI Neonatal também foram reforçadas no período.Após foi implementada coleta de swab nasal para pesquisa de Staphylococcus aureus para todos os colaboradores da unidade. Estes foram acompanhados diariamente através dos exames liberados pelo laboratório microbiologia.Todos colaboradores que positivaram foram orientados a realizar descolonização com mupirocina aplicando no vestíbulo nasal (5 dias) 3 vezes ao dia.Resultados: Foram coletados 71 swabs nasais, destes 25% (18) dos funcionários positivaram para Staphylococcus aureus multissensível, 19% (14) realizaram descolonização adequadamente, 6%(4) não realizaram descolonização. Conclusão: Após a instituição das medidas descritas, não houve mais nenhum caso de Staphylococcus aureus em RNs da CTI Neonatal, a realização dos o swabs nasais colaborou para medidas de controle de infecção mais eficientes tanto com relação à identificação dos casos positivos e medidas de prevenção da disseminação destes microrganismos no meio intra-hospitalar. Título: TAXA DE POSITIVIDADE DE CULTURAS DE VIGILÂNCIA PARA PESQUISA DE ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS EM PACIENTES INTERNADOS EM CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA (CTI) Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE Autores: Karina Pinheiro Teixeira; Luana Oliveira Muraro; Ângela Santos Carniel; Loriane Rita Konkewicz; Rodrigo Pires dos Santos; Camila Hubner Dalmora; Resumo: Introdução: Considerando a criticidade no ambiente de CTI e tendo como objetivo ampliar a vigilância epidemiológica a fim de minimizar possíveis transmissões, além de cumprir a determinação que estabelece a obrigatoriedade do rastreamento de bactérias multirresistentes em paciente provenientes de outras instituições, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre implantou a rotina de rastrear semanalmente todos os pacientes do CTI, para identificação de enterobactéria resistente a carbapenêmicos. Objetivo: Identificar a taxa de positividade proveniente de culturas de vigilância para enterobactéria resistente a carbapenêmicos em pacientes internados em CTI adulto de um hospital universitário. Método: Estudo retrospectivo que, no período de janeiro à abril de 2015, avaliou o resultados das culturas de vigilância, coletadas sistematicamente pela equipe assistencial, através de swab anal em todos os pacientes internados em CTI adulto. Os swabs foram analisados segundo rotina do laboratório de microbiologia da instituição e os resultados foram acessados via sistema informatizado. A taxa de positividade foi calculada tendo como denominador o total de pacientes submetidos a rastreamentos para enterobactéria resistente a carbapenêmicos coletados em todos os pacientes internados no CTI que não possuíam resultado prévio positivo para enterobactéria resistente a carbapenêmicos, e tendo como numerador o total de resultados positivos no período. Resultado: Foram coletados 202 culturas de vigilância, obtendo-se 20 resultados positivos (9,9%), sendo 4/41 (9,75%) em janeiro, 5/68 (7,35%) em fevereiro, 6/38 (15,8%) em março, e 5/55 (9,1%) em abril. Apenas dois resultados positivos eram de pacientes provenientes de outras instituições, sendo 18 (8,9%) resultados classificados como intra-hospitalar. Em relação aos microrganismos encontrados, destaca-se a identificação de Klebsiella pneumoniae em 16 (80%) swabs, seguida por Enterobacter s.p identificada em 3 (15%) swabs e Escherichia. coli em apenas 1 (5%). Conclusão: Apesar da fragilidade das evidencias em relação a real contribuição do rastreamento no processo de controle de disseminação de microorganismos no ambiente hospitalar, o que muitas vezes leva a questionar a necessidade de sua implementação, e considerando que, a taxa de positividade encontrada foi superior as taxas descritas na literatura, infere-se que, no contexto da instituição pesquisada, a pratica de culturas sistemáticas de vigilância se mostra relevante. Título: TOXOPLASMOSE: PREVALÊNCIA EM ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNISC Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNISC Autores: Angelina Bopp Nunes; Tassia Callai; Jane Dagmar Pollo Renner; Bruna Lago; Amanda Kuhl; Jéssica Andrea Fernandez Perez; Resumo: Introdução: A toxoplasmose é uma infecção causada pelo parasita Toxoplasma gondii. Essa doença é encontrada em humanos no mundo todo, e em várias espécies de animais e pássaros, sendo gatos os hospedeiros definitivos do parasita. A infecção em humanos pode ser causada por: transfusões sanguíneas, transplantes de órgãos, descuido ao manipular a caixa de excrementos de gatos, o qual pode levar ao consumo acidental de partículas infecciosas, ingestão de terra contaminada, carne crua ou mal cozida (cordeiro, porco ou vaca). A doença pode afetar o cérebro, pulmões, coração, olhos ou fígado. Objetivo: Determinar qualitativamente, por teste rápido, a presença de anticorpos IgG para a Toxoplasmose no soro de acadêmicos do curso de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo e analítico incluindo 66 amostras de estudantes de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul. As amostras de soro dos estudantes foram obtidas na aula prática de Imunologia e em seguida foi realizada a sorologia com o Kit teste ImmunoComb Toxo IGg. Foram utilizados três dentes do pente contendo o antígeno da Toxoplasmose: um para controle positivo; outro para controle negativo e um para a amostra. Esse pente foi passado pelas cavidades da Placa Reveladora, conforme os tempos adequados para que, na última cavidade, ocorresse a reação de cor, que seria analisada como presença ou ausência do anticorpo IgG para Toxoplasmose. Resultados: Dos 66 acadêmicos de Medicina, constatou-se que 25 acadêmicos (37,87%) possuíram imunoglobulina IgG para o Toxoplasma gondii. Título: VACINA CONTRA A HEPATITE B: IMUNIZAÇÃO EM ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE Temário: Vigilância Epidemiológica: de Resultados e de Processos Instituição: UNISC Autores: DANIELA BARBOSA LEMOS; TASSIA CALLAI; CLAIRTON EDINEI DOS SANTOS; LUTIANE SOARES FRIEDRICH; TAUANA ARCADEPANI DA SILVA; JANE DAGMAR POLLO RENNER; Resumo: Introdução: A vacina recombinante contra a hepatite B é altamente imunogênica e protetora. Uma resposta protetora é considera eficaz quando a vacina induz a formação de anticorpos contra o HBsAg (Anti-HBs) em níveis ≥10 mUI/ ml em ensaio imunoenzimático. A imunização da vacina contra hepatite B, com uma série completa de três ou quatro doses, tem induzido uma resposta protetora em mais de 90% dos adultos e em mais de 95% das crianças e adolescentes saudáveis. A vacinação é composta por três doses (administradas ao zero, um e seis meses), ou quatro (em zero, um, dois e 12 meses). Objetivo: Avaliar a imunidade da vacina para hepatite B nos estudantes dos cursos de Medicina e Estética e Cosmetologia da UNISC. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo-analítico transversal e observacional, onde foram incluídas 66 amostras de estudantes que realizaram a vacina para hepatite B no período de agosto a setembro de 2014. As técnicas sorológicas foram realizadas no Laboratório de Bioquímica e Imunologia Clínica da UNISC. Resultados: Dos 50 estudantes que foram reagentes para o antiHBs, 6% receberam uma dose, 16% receberam duas doses, 70% receberam três doses e 6% receberam as três doses mais o reforço. Quarenta e um estudantes receberam as e 3 doses da vacina e apresentaram 85,4% de Anticorpos anti-HBV. Conclusão: A prevalência dos estudantes imunizados que completaram as 3 doses da vacina contra hepatite B teve uma frequência elevada, mas inferior a 90% que é determinada pelo Ministério da Saúde.