Consiste no acesso cirúrgico das vias aéreas
através da membrana cricotireóidea.
Principal Indicação:
 Acesso emergencial das vias aéreas (especialmente
politraumatizados com lesões maxilofaciais graves,
onde a intubação translaríngea não é possível), pois
permite acesso rápido e seguro às vias aéreas.
Contra - Indicações
 Não deve ser feita de forma eletiva para acesso
prolongado das vias aéreas
 Não pode ser usada em <10 anos (pois, nas crianças, a
cartilagem cricóidea é um dos poucos suportes
anatômicos da porção alta da traquéia e há risco de
lesão das cordas vocais).
CRICOTIREOIDOSTOMIA
 Toda cricotireoidostomia deve ser convertida para uma
traqueostomia dentro de 24- 72h.
 Uma complicação descrita, que é a estenose subglótica,
pode ser evitada com a conversão precoce .
Localização topográfica
 Palpa-se a proeminência laríngea na cartilagem
tireóidea e desliza-se o dedo para a sua borda inferior,
em direção à cartilagem cricóidea, ou seja, no sentido
crânio-caudal.
Localização topográfica
 Sente-se uma pequena depressão de consistência mais
elástica, seguida de uma elevação de consistência óssea
(cartilagem cricóide). Ao nível desta depressão é que se
atinge a membrana cricotireóidea.
Passo a Passo:
 Assepsia local
 Anestesia local (lidocaína)
 Identificar membrana cricotireóidea
 Fixar as cartilagens tireóide e cricóide através de uma
discreta pressão digital do 2º e 3º dedos sobre elas
 Fazer incisão de 2-3cm da pele e tecido subcutâneo
Passo a Passo
 Com uma pinça de Halsted (mosquito), disseca-se a
delgada camada de músculo platisma até atingir a
membrana cricotireóidea.
 Fazer incisão na membrana cricotireóidea
transversalmente, de 2-3cm de extensão
Passo a Passo
 Introduzir cânula de traqueostomia de tamanho
adequado pelo orifício
 Conecta-se a válvula na cânula, infla-se o cuff e
ventila-se o paciente observando os movimentos
dinâmicos e ruídos respiratórios. Deve-se fixar o tubo
para prevenir desposicionamento.
Complicações
 Asfixia
 Aspiração (de sangue)
 Celulite
 Criação de falso trajeto nos tecidos
 Estenose de laringe
 Hematoma/hemorragia
 Laceração do esôfago e traquéia
 Enfisema mediastinal
 Paralisia das cordas vocais.
CRICOTIREOIDOSTOMIA DE
PUNÇÃO
 Método ainda mais fácil e simples de acesso das vias
aéreas, do que a Cricotireoidostomia Cirúrgica.
 Consiste no acesso às vias aéreas, através da membrana
cricotireóidea, através de punção desta membrana com
uma extracat (jelco) de grosso calibre.
Principal Indicação
 Politraumatismo com urgência de acesso das vias
aéreas, onde métodos translaríngeos e a
cricotireoidostomia cirúrgica são inviáveis (Ex: pode
ser feita em <10 anos, onde a Cricotireoidostomia
Cirúrgica é contra-indicada).
Contra - Indicações
 Situações onde possa se optar por métodos mais
adequados. A cricotireoidostomia por punção deve ser
realizada em situações extremas, onde não seria
possível realizar a cricotireoidostomia cirúrgica
CRICOTIREOIDOSTOMIA DE
PUNÇÃO
 A ventilação pode ser conseguida através de um alto
fluxo de O2 [10 L/min), ou através de um reservatório
caso disponível.
 Nos casos de suspeita de corpos estranhos em vias
aéreas, a ventilação deve ser feita com um baixo fluxo
de 02 [3,7].
CRICOTIREOIDOSTOMIA DE
PUNÇÃO
 Desvantagem: só se consegue uma oxigenação
adequada por um espaço curto de tempo (mas que é
suficiente até que outro método definitivo seja obtido).
Passo a Passo:
 Prepara-se um tubo de oxigênio fazendo uma
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


fenestração no final do tubo; o outro extremo deve ser
conectado a uma fonte de O2, assegurando um fluxo
livre. Monta-se um extracath (jelco) em uma seringa.
Assepsia local
Anestesia local (lidocaína)
Identificar membrana cricotireóidea
Fixar as cartilagens tireóide e cricóide através de uma
discreta pressão digital do 2º e 3º dedos sobre elas
Passo a Passo:
 Punção da pele na linha média com o extracath
acoplado a seringa sobre a membrana cricotireóidea.
Direciona-se a agulha 45o caudalmente, enquanto
aplica-se pressão negativa na seringa. Cuidadosamente
insere-se a agulha através da metade inferior da
membrana cricotireóidea, aspirando na medida em
que o extracath avançar. A aspiração de ar significa
entrada na luz da traquéia.Inclinar (crânio-caudal) e
introduzir o conjunto (agulha introdutora + cateter)
Passo a Passo:
 Retira-se a seringa e a guia do extracath enquanto
cautelosamente avança o cateter em posição
descendente, com cuidado para não perfurar a parede
posterior da traquéia.
Passo a Passo:
 Acopla-se o tubo de O2 no cateter segurando-o no
pescoço do paciente. A ventilação intermitente pode
ser obtida ocluindo o buraco aberto no tubo de
oxigênio com o polegar por 1 segundo e abrindo por 4
segundos. Após retirar o polegar do furo, a expiração
passiva ocorre.
 Observar a expansibilidade e auscultar o tórax para
ventilar adequadamente.
Complicações
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Asfixia
Aspiração
Celulite
Perfuração Esofágica
Hematomas
Perfuração da parede posterior da traquéia
Enfisema subcutâneo e/ou mediastinal
Perfuração da tireóide
Ventilação inadequada do paciente levando a hipóxia e
morte.
BIBLIOGRAFIA
MORI,Newton Djin.Cricotireoidostomia e Trauma.In.:Clínica Cirúrgica –
Fundamentos Teóricos e práticos.Vol.1.Atheneu.2002.p.376-379.
TORRES E SOUZA,Wilson;EULÁLIO, José Marcus Raso. Traqueostomia.
In.:Cirurgia de Emergência com testes de auto avaliação.Ed.Atheneu. 1998.
p.749-755.
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