GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ROSALBA CIARLINI ROSADO SECRETÁRIO DA AGRICULTURA, DA PECUÁRIA E DA PESCA CARLOS ALBERTO ROSADO EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE DIRETOR PRESIDENTE JOSÉ GERALDO MEDEIROS DA SILVA DIRETOR DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO JOSÉ FLAMARION DE OLIVEIRA DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS AMILTON GURGEL GUERRA Coordenação e Texto Final Josemir Araújo Neves Colaboradores: Gilmar Bristot José Ueliton Pinheiro Maria de Fátima dos Santos Alexandre Silva Santos Revisão do Texto: Maria de Fátima Pinto Barreto Editoração Eletrônica: Leânio Robson ÍNDICE Breve Histórico sobre a Meteorologia...................................................07 A Criação do Setor de Meteorologia da EMPARN..................................11 Equipe Técnica........................................................................................25 Técnicos Atuais........................................................................................25 Técnicos que participaram da equipe...................................................27 Referências Bibliográficas.......................................................................30 EXEMPLARES DESTA PUBLICAÇÃO PODEM SER ADQUIRIDOS EMPARN - Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN GERÊNCIA DE TRANFERÊNCIA DE TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO Av. Eliza Branco Pereira dos Santos, s/nº - Parque das Nações - Parnamirim-RN Tel:(84) 3232-5858 | Fax: (84) 3232-5868 [email protected] | www.emparn.rn.gov.br 1ª Edição 1ª impressão (2012): tiragem 100 exemplares TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610). Catalogação da Publicação na Fonte. Biblioteca da EMPARN Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte. Setor de Meteorologia da EMPARN. 20 Anos de Serviços Prestados à Sociedade Norteriograndense. Josemir Araújo Neves ... [et al] – Natal, EMPARN, 2012. Xx p.: il. 1. Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte. 2. Meteorologia do Rio Grande do Norte. 3. Documento Comemorativo 20 anos. I. Neves, J.A.. II. Título. RN/Biblioteca da EMPARN SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN 6 SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN 20 Anos de Serviços Prestados à Sociedade Norteriograndense Fevereiro, 2012 7 Um dos registros mais antigos de que o homem fazia observações sobre a mudança do tempo data de 4.000 a.C. na antiga Babilônia. No mundo ocidental foi o filósofo grego Aristóletes com a publicação Meteorologica (Figura 1) um dos pioneiros na área (Oliveira, 2009). 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE BREVE HISTÓRICO SOBRE A METEOROLOGIA Figura 1 – Capa da publicação “Meteorologica” de Aristóteles - 340 a.C. (Oliveira, 2009). Porém foi a partir da Renascença que ocorreram os primeiros grandes avanços na meteorologia (Oliveira, 2009): • Desenvolvimento do anemômetro (autor: Leone Battista Alberti, filósofo e arquiteto italiano, 1450); •Construção do termoscópio, o precursor do termômetro (autor: Galileu Galilei, físico, matemático, astrônomo e filósofo SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN 8 italiano, 1607); •Desenvolvimento do barômetro (autor: Evangelista Torricelli, físico e matemático italiano, 1643); •Criação da primeira rede de observações meteorológicas (autor: Ferdinando II de Médici, duque da Toscana, 1654) •Desenvolvimento do termômetro de mercúrio e a escala Fahrenheit de temperatura (autor: Daniel Gabriel Fahrenheit, físico alemão, 1714 e 1724); No Brasil, segundo Sampaio Ferraz (1945), a meteorologia se desenvolveu em três momentos distintos: uma “fase embrionária silvícola”, que englobou todo o conhecimento dos tupinambás sobre o mundo natural circundante em que viviam; uma fase denominada de “meteorologia pré-científica”, séculos XVII e XVIII, em que o conhecimento indígena foi expandido e aperfeiçoado; e, uma terceira fase denominada de “meteorologia científica”, a partir do século XIX, com a utilização sistemática de instrumentos para medição de eventos atmosféricos (Oliveira, 2009). Durante o século XIX observações meteorológicas eram realizadas pelo país quase sempre por iniciativa de particulares, na sua maioria estrangeiros (Figura 2). Porém, o marco histórico que deu início aos procedimentos científicos que algumas décadas mais tarde propiciaram o nascimento da climatologia no Brasil, foi a criação do Observatório do Rio de Janeiro, em outubro de 1827 (Oliveira, 2009). 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE Em 1909, é criada a Diretoria de Meteorologia e Astronomia com sede no Observatório Nacional, que deu origem ao Serviço Nacional de Meteorologia, hoje Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Desde a sua criação, o órgão dedicou-se à missão de construir as condições necessárias para viabilizar o serviço de previsão do tempo nos moldes estabelecidos pela então Organização Meteorológica Internacional (Oliveira, 2009). Em 18 de setembro de 1972 é criada a Fundação Cearense de Meteorologia e Chuvas Artificiais, na época, com objetivos muito limitados, destinando-se preponderantemente à produção de chuvas artificiais e estudos de meteorologia aplicada no Estado do Ceará. Em 1987 o órgão passou a denominar-se Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), ampliando seu campo de atuação para a realização de pesquisas científicas e tecnológicas, a realização de estudos no campo 9 Figura 2 – Registros de observações meteorológicas de Curitiba (PR) realizadas nos anos de 1884 e 1892. Fonte: Oliveira, 2009. 10 SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos e a prestação de serviços especializados nas áreas de meteorologia e recursos hídricos tanto no âmbito do Estado do Ceará como do Nordeste (FUNCEME, 2012). No ano de 1987 é criado o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), nos moldes das instituições de previsão meteorológica mundiais mais avançadas do mundo. Com a criação do CPTEC, o Brasil passa a fazer parte do primeiro mundo nas previsões meteorológicas com a implantação no país da moderna previsão numérica de tempo e clima (CPTEC, 2012; BRITO et al,. 1998). Porém, dadas às dimensões geográficas do país e sob o pressuposto político da descentralização, notava-se que algumas atividades só poderiam avançar principalmente do ponto de vista operacional, se houvesse um trabalho local. O uso da meteorologia no auxílio à tomada de decisão por parte do poder público, principalmente no semiárido brasileiro, apresentava-se como alternativa estratégica e possibilitaria a partir do uso das previsões climáticas de forma racional um incremento substancial, a melhoria e a regularização da produção agrícola regional. Esta possibilidade foi recebida com entusiasmo pelos governos estaduais que estavam dispostos a introduzir estes avanços em seus planejamentos (BRITO et al, 1998). Logo, motivada por esses pressupostos a então Secretaria da Ciência e Tecnologia da Presidência da República-SCT/PR em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Departamento de Planejamento (DEPLA), criaram e instituíram em 1991 o “PROJETO NORDESTE”. O Projeto foi implantado com o compromisso de que cada Estado firmaria um convênio com o governo federal, por meio da SCT/PR, por intermédio do qual o mesmo arcaria com as despesas operacionais da instituição local e o governo federal proveria os recursos humanos, equipa- A CRIAÇÃO DO SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN O Setor de Meteorologia e Recursos Hídricos da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), iniciou suas atividades no ano de 1992, como parte do Programa de 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE 11 mentos, serviços científicos e treinamentos. Dessa forma, foram identificadas as necessidades comuns, principalmente a carência de recursos humanos de alto nível nas duas áreas de atuação dos “Núcleos Estaduais de Meteorologia e Recursos Hídricos” (BRITO et al, 1998). O projeto ofereceu aos Estados, em uma primeira fase, recursos humanos (dois meteorologistas, dois hidrólogos e um técnico em informática) e equipamentos, treinamento e o apoio dos cientistas do INPE e de outras instituições, como o da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), da Universidade Federal de São Carlos (UFSC) e do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS) (BRITO et al, 1998). No primeiro momento foram implantados os Núcleos Estaduais de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, além do reforço à ação já existente no Ceará. Em 1993, o programa passou a denominar-se Programa de Monitoramento de Tempo, Clima e Recursos Hídricos (PMTCRH), com a inclusão também do Paraná, Santa Catarina e Tocantins. E em 1994, foram incluídos Minas Gerais e Rio Grande do Sul além do programa assumir o caráter internacional com a inclusão de países da América do Sul. Sendo assim, o programa foi desmembrado em dois subprogramas: I - Subprograma de Núcleos Estaduais de Monitoramento de Tempo, Clima e Recursos Hídricos e II - Subprograma de Cooperação Internacional nas Áreas de Meteorologia, Monitoramento Ambiental e Hidrologia, com ênfase especial na América do Sul (BRITO et al, 1998). SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN 12 Monitoramento de Tempo, Clima e Recursos Hídricos (PMTCRH), tendo sido criado pelo governo federal por intermédio do Ministério de Ciências e Tecnologia – MCT, com o objetivo de estudar em toda a sua plenitude as variações climáticas no Rio Grande do Norte e do Nordeste do Brasil. Inicialmente sob a denominação de Departamento de Meteorologia e Recursos Hídricos (DMRH), e, posteriormente, com a denominação que mantém até hoje, Gerência de Meteorologia (BRITO et al, 1998; BARRETO, 2005). No convênio firmado entre o Governo do Estado do Rio Grande do Norte e o MCT, ficou determinado que o Estado assumiria os custos de infraestrutura e custeio do Setor e que o MCT entraria com equipamentos, treinamento de pessoal e, inicialmente, bolsistas do CNPq para complementar a equipe, havendo, no entanto, um compromisso do Governo do Estado de contratar esse pessoal após o término da bolsa. No ano de 1995, o Governo do Estado do Rio Grande cumpriu o acordado e realizou concurso público que permitiu a efetivação do quadro técnico do Setor com a contratação de dois meteorologistas, três hidrólogos e um analista de sistemas. O Setor também assumiu, entre os anos de 1992 a 1994, toda a rede de pluviômetros do Rio Grande do Norte originalmente pertencente a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). No Rio Grande do Norte as precipitações diárias são registradas de forma oficial desde 1910, quando o antigo INFOCS, hoje DNOCS, instalou os primeiros 19 pluviômetros no Estado e depois mais 54 pluviômetros até 1962 (BRITO et al, 1998). A SUDENE, durante a década de 60, encampou a rede existente e ampliou-a, instalando outros 46 pluviômetros. A partir de 1986, a SUDENE praticamente paralisou as atividades de manutenção e 13 A partir de 1991, com o monitoramento pluviométrico assumido pelo Setor de Meteorologia da EMPARN, houve um incremento substancial da capilaridade da rede, que conta atualmente com aproximadamente 220 pluviômetros (Figura 3). Para efetivar esse incremento, a diminuição dos custos de manutenção e a facilitação da transferência dos dados, a EMPARN firmou convênios com a Secretaria de Segurança Pública, o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (EMATER-RN) e Prefeituras Municipais. 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE operação da rede e a efetivação do pagamento das gratificações acordadas com os observadores (BRITO et al, 1998). Figura 3 – Rede Pluviométrica Atual do Rio Grande do Norte. Desde a sua criação o Setor de Meteorologia tem prestado relevantes informações técnico-científicas aos diversos setores da sociedade Norteriograndense, em particular ao setor agropecuário, tendo como principais atividades, o monitoramento das condições do clima e do tempo. 14 SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN Dentre as suas principais atividades destacam-se: • O monitoramento diário das precipitações no âmbito do Rio Grande do Norte; • A manutenção e ampliação da rede pluviométrica do Rio Grande do Norte; • A manutenção, monitoramento e ampliação da rede telemétrica do Rio Grande do Norte; • A realização da previsão do tempo para todo o Rio Grande do Norte; • Realização da previsão do clima para o semiárido e o setor leste do Rio Grande do Norte; • Realização de pesquisas nas áreas de recursos hídricos, hidrogeologia, meteorologia, agrometeorologia e climatologia. O monitoramento das chuvas é efetuado por meio de uma rede pluviométrica (Figura 3) composta por aproximadamente 220 pluviômetros tipo Ville de Paris (Figura 4), instalados nos municípios do Estado. Diariamente, os dados de precipitação são obtidos via telefone e, no início do mês seguinte, os observadores enviam os dados coletados durante o mês por meio de “Cartas de Campo” com porte pago que são postadas via correio (Figura 5). A partir daí, o Setor se encarrega da análise, consistência, armazenamento e divulgação desses dados. 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE 15 Figura 4 – Pluviômetro Ville de Paris localizado na Base Física do Jiqui – Sede da EMPARN. 1º Modelo 2º Modelo Modelo Atual Figura 5 – Formulários de observações “Cartas de Campo”, utilizadas pelos observadores ao longo da existência do Setor. SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN 16 Além disso, a EMPARN monitora o comportamento de inúmeras variáveis meteorológicas por meio da Rede Telemétrica, composta por Plataformas Automáticas de Coletas de Dados, instaladas nos municípios de Natal, Cruzeta, Ipanguaçu, Mossoró, Apodi, Areia Branca, Canguaretama, Pau dos Ferros, Parelhas e Martins em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e uma estação climatológica convencional, instalada no município de Ipanguaçu, de propriedade da EMPARN. Figura 6 – Meteorologistas/Técnicos participantes da 2ª Reunião de Análise Climática realizada em fev/2000, Natal - RN. Da esquerda para direita: Rômulo (AL), Inajá (SE), Ueliton (RN), Marle (PB), Mário Jorge e Almiro (SUDENE), Francis Lacerda (PE), Solange (CPTEC-SP), Alexandre (PB), Hélio Camargo (CPTEC-SP), Jacinto (Angola). As previsões climáticas são realizadas em reuniões conjuntas com o CPTEC/INPE, FUNCEME e demais núcleos estaduais do Programa de Monitoramento de Tempo, Clima e Recursos Hídricos (PMTCRH) (Figura 6). Nessas reuniões são discutidas a situação da precipitação ocorrida em cada Estado, analisados os dados de grande escala e os resultados dos modelos numéricos e estatísticos de previsão. A previsão do clima tem sido utilizada por diver- 17 O monitoramento e previsão do tempo para até 48 horas, também faz parte da rotina de serviços prestados pelo Setor de Meteorologia à sociedade potiguar. Com sistemas de recepção de imagens de satélite (Figura 7), dados das estações meteorológicas e resultados dos modelos computacionais de previsão de tempo de curto prazo. O setor de meteorologia emite a cada 24 horas, um boletim com as condições do tempo para as próximas 24 horas e até 48 horas permitindo às autoridades e à população em geral adotarem medidas de prevenção em relação às chuvas. 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE sos órgãos estaduais, com destaque à Secretaria de Agricultura, produtores rurais, cooperativas agrícolas, entre outros. Devido à grande importância dessa informação, o Setor de Meteorologia tem adotado um programa de palestras nas principais cidades do Estado, para tornar mais eficaz a divulgação e utilização da informação. Figura 7 - Sistema de recepção de imagens de satélite do Setor de Meteorologia. SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN 18 Para dar suporte a todos os serviços fornecidos pelo Setor de Meteorologia, logo no início de sua criação, foi desenvolvido e implantado um banco de dados de chuvas, intitulado de “sistema de pluviometria”, com o objetivo de armazenar e administrar as informações pluviométricas de todos os postos monitorados pelo setor (Figura 8). Esse banco de dados, que se encontra ainda operacional, foi desenvolvido no DBASE na plataforma DOS, utilizando a linguagem Clipper para a confecção das telas e formulários de manipulação de dados, que era a tecnologia vigente na época. Esse sistema possibilita a recuperação de dados diários, mensais e anuais de todos postos pluviométricos do Estado, a geração de relatórios detalhados dos dados e a integração desses dados com aplicativos estatísticos e gráficos para o acompanhamento das condições pluviométricas no Estado durante e depois da estação chuvosa. Figura 8 – Tela Principal do Sistema de Pluviometria. Dentre as publicações técnicas-científicas geradas até hoje pelo Setor destacam-se o Boletim de Monitoramento Hidrometeorológico do Rio Grande do Norte (HIDROMET), com publicação mensal até o ano de 1998, e que apresentava uma descrição detalhada e uma análise crítica da distribuição de chuvas e do nível dos reservatórios no Estado (Figura 9); e a publicação “Análise Pluviométrica do Rio Grande do Norte. Período: 1963 – 2009”, que foi um dos resultados da tese de doutorado de um dos pesquisadores do Setor. 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE Recentemente o Setor de Meteorologia como resultado de um projeto com financiamento do FINEP/FAPERN adquiriu e implantou um Cluster Computacional de Alto Desempenho composto de 80 núcleos de processamento em paralelo (Figura 10), que possibilitou o desenvolvimento e implantação de modelos numéricos para previsão de tempo e clima para o Estado do Rio Grande do Norte (Figura 11). Esses modelos rodam dados globais da dinâmica da atmosfera e regionalizam essas informações para o Estado fornecendo aos meteorologistas mais subsídios na elaboração das previsões e emissões de alertas quando da ocorrência iminente de eventos extremos na região. Atualmente estão rodando no cluster computacional os seguintes modelos numéricos de tempo e clima: 19 Figura 9 – Publicações de destaque do Setor de Meteorologia. - MODELOS OPERACIONAIS: √ RAMS (Espaçamento de 20 km); - MODELOS EM FASE DE TESTES: √ Modelo Climatológico : REGCM3 ( Previsão Climática para o Nordeste Brasileiro) 20 SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN √ WRF (Espaçamento de 10 e 5 km) Figura 10 – Cluster Computacional de Alto Desempenho que roda modelos numéricos de previsão de tempo e clima. 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE 21 Figura 11 – Telas de saída dos Modelos de Previsão Pluviométrica que rodam no Cluster Computacional do Setor. SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN 22 O Setor também adquiriu mediante outro projeto com financiamento FINEP/FAPERN, 10 Estações Meteorológicas (Figura 12 e 13), que irão fazer parte da rede de monitoramento telemétrica do Estado, dando um incremento na qualidade do monitoramento das condições meteorológicas e climáticas do Estado. Essas estações que contam com um sistema de transmissão de dados via GRPS, associadas às estações do INMET, cujos dados são disponibilizadas à EMPARN e uma estação convencional no Município de Apodi darão um incremento substancial ao monitoramento telemétrico realizado pelo Setor. Figura 12 – Estação Meteorológica – Instalada na Sede da EMPARN. Nízia Floresta Figura 14 – Novas instalações do Setor de Meteorologia da EMPARN Arês Para divulgação das informações geradas pelo setor tanto para a comunidade científica quanto para o públicoTibau em geral, foi do Sul desenvolvido pelos técnicos do setor um portal (Figura 15), que disponibilizará: • Resultados dos modelos numéricos de previsão tempo e clima; • Dados diários e da série histórica das novas estações meteorológicas adquiridas; 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE Como resultado também desse projeto, e em função da transferência física da Sede da EMPARN para a base física do Jiqui, foram adquiridos também novos equipamentos e móveis para o setor (Figura 14). 23 Figura 13 – Localização das novas Estações Meteorológicas. SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN 24 • As 10 últimas imagens de satélite (canais: infravermelho, visível, infravermelho + visível e vapor d’água), além de imagens de um estimador de precipitação; •Monitoramento pluviométrico em função relatórios, gráficos e mapas de quantis; • Boletins de previsão de tempo e previsão climática; • Boletins de alertas para a iminência de ocorrência de eventos extremos; • Mapas de índice de seca (Mapas de SPI de 5, 10, 20 e 30 dias; 2, 3, e 6 meses) • Acompanhamento de eventos de secas a partir do Índice de Susceptibilidade ao Fenômeno da Seca (ISFS) (NEVES, 2010); • Banco de dados pluviométrico, e; • Um portal web-gis para disponibilização de informações georreferenciadas. Figura 15 – Nova homepage do Setor de Meteorologia Neste momento comemorativo recebem as nossas homenagens: - TÉCNICOS ATUAIS: GILMAR BRISTOT Msc. Meteorologia Cargo: Meteorologista (funcionário efetivo) Período: 1995 – Atual JOSÉ UELITON PINHEIRO Msc. Meteorologia Cargo: Meteorologista (funcionário efetivo) Período: 1995 – Atual ALEXANDRE SILVA SANTOS Msc. Meteorologia Cargo: Meteorologista (bolsista EXP-CNPq/ funcionário contratado) Período: 2009 – Atual 25 Ao longo dos 20 anos de sua história, o Setor de Meteorologia da EMPARN recebeu a colaboração de diversos pesquisadores e técnicos que contribuíram direta ou indiretamente para o incremento e melhoria dos diversos serviços oferecidos pelo Setor. 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE EQUIPE TÉCNICA 26 SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN JOSEMIR ARAÚJO NEVES Dsc. Matemática Computacional Cargo: Pesquisador III (funcionário efetivo) Período: 1992 – 1995 / 2010 - Atual MARIA DE FÁTIMA DOS SANTOS Esp. Agrometeorologia Cargo: Pesquisador I (funcionária efetiva) Período: 1992 – Atual VALDOMIRO ALVES RIBEIRO Nível Médio Função: Captação de dados e digitação (funcionário efetivo) JORGE DOMINGOS DO NASCIMENTO Nível Médio Função: Manutenção da Rede Pluviométrica (funcionário efetivo) Período: 2007 - Atual MARIA MARLE BANDEIRA Msc. Meteorologia Cargo: Meteorologista (bolsista DTI / RHAE) Período: 1992 – 1994 MAMEDES LUIS MELO Esp. Sensoriamento Remoto Cargo: Meteorologista (bolsista DTI / RHAE) Período: 1995 – 1997 BRANDINA AMORIM Dsc. Geociências Cargo: Pesquisadora em Recursos Hídricos (bolsista DTI / RHAE) Período: 1992 – 1994 LUIZ ANTONIO CESTARO Dsc. Ecologia e Recursos Naturais Cargo: Pesquisador II - Chefia Setor (funcionário efetivo) Período: 1992 - 1993 27 DIRCEU LUIS HERDIES Dsc. Meteorologista Cargo: Meteorologista (bolsista DTI / RHAE) Período: 1992 – 1993 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE - Técnicos que participaram da equipe: 28 SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN JOANA D’ARC FREIRE DE MEDEIROS Dsc. Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Cargo: Pesquisadora III Chefia Setor (funcionária efetiva) Período: 1995 – 1999 / 2004 - 2005 NELSON CÉSIO FERNANDES SANTOS Msc. Engenharia Civil Cargo: Pesquisador II (funcionário efetivo) Período: 1995 – 2009 FLORISVALDO XAVIER GUEDES Msc. Engenharia Civil Cargo: Pesquisador II (funcionário efetivo) Período: 1993 – 1994 / 1995 - 2000 LEANDSON ROBERTO FERNANDES DE LUCENA Dsc. Geologia Cargo: Pesquisador III (funcionário efetivo) Período: 1995 - 2009 VALÉRIA GONÇALVES SOARES Dsc. Ciência da Computação Cargo: Analista de Sistemas III (funcionária efetiva) Período: 1995 - 2003 LÍVIA MARIA FRANCO DAS CHAGAS ESTAGIÁRIA PERÍODO: 1995 - 1996 ANDREA KARINA PINTO BATISTA ESTAGIÁRIA PERÍODO: 2002 - 2003 20 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS À SOCIEDADE NORTERIOGRANDENSE LIZA FERREIRA VILELA CID TAVARES DE OLIVEIRA ESTAGIÁRIA Período: 1994 - 1996 29 ANTÍDIO JORGE DA SILVA (IN MEMORIAM) Nível Médio Função: Captação de dados e digitação (funcionário efetivo) Período: 1992 - 1997 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 30 SETOR DE METEOROLOGIA DA EMPARN BARRETO, M. F. P. et al. Relatório Institucional: 1980 - 2005 - EMPARN. Natal, EMPARN, 2005. 64 p. BRITO, U.; FE, J.A.M.; BICALHO, A. C. Livro do Programa de Monitoramento de tempo, clima e recursos hídricos. Brasília: MCT, 1998. 100 p. Disponível em: <http://pmtcrh.cptec.inpe.br/livros>. Acesso em: 30/01/2012. CPTEC. Sobre o CPTEC. 2012. Disponível em: <http://www.cptec. inpe.br/ sobreocptec.shtml>. Acesso em: 30/01/2012. FERRAZ, J. S. Meteorologia brasileira: esboço elementar dos seus principais problemas. 2. Ed. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 1945. FUNCEME. Histórico. 2012. Disponível em: <http://www.funceme. br/ index.php/institucional/historico>. Acesso em: 30/01/2012. NEVES, J. A. Um índice de susceptibilidade ao fenômeno da seca para o semiárido nordestino. 2010. 399 p. Tese (Doutorado em Matemática Computacional) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010. OLIVEIRA, F. INMET: 100 anos de meteorologia no Brasil: 1909 2009 – Brasília, DF: INMET, 2009. 120 p.