INTERSEÇÃO DE CURVAS PROJETIVAS: A CRIAÇÃO DO PLANO PROJETIVO E A ABOLIÇÃO DO PARALELISMO DE RETAS. Tânia Robaskiewicz Coneglian Fujii (PIBIC/Fundação Araucária-FAFIPA), Prof. Msc. Valter Soares de Camargo (Orientador), e-mail: [email protected]. Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí – FAFIPA/Departamento de Matemática/Paranavaí - PR. Área e sub-área: Álgebra, Geometria Algébrica Palavras-chave: Plano Projetivo, Curvas Projetivas Planas, Teorema de Bezout. Resumo Antes de discutir curvas projetivas ou plano projetivo, é importante conhecer os fatos que motivaram a concepção de tais assuntos. No período renascentista Desargues com objetivo de dar sustentação matemática aos métodos de perspectivas dos pintores e arquitetos da época decidiu acrescentar ao plano usual uma reta no infinito, constituindo assim o plano projetivo. No entanto a motivação originalmente presente na criação do plano projetivo foi o desejo de abolir o paralelismo de retas em P 2, não só retas, mais sim, quaisquer duas curvas projetivas planas sempre se interceptam, de modo que o número total de pontos comuns entre as duas contados com suas respectivas multiplicidades seja igual ao número obtido com o produto de seus graus, ou infinito, tal fato ocorre quando as curvas possuem componentes em comum. Devemos destacar também nomes como o de Pascal, Monge e Porcelet que também contribuíram fortemente no desenvolvimento do plano projetivo. Nesta comunicação oral daremos uma idéia do que é um plano projetivo e também apresentaremos um resultado que nos permite contar o número de interseções dessas curvas, assim, veremos que duas curvas projetivas planas quaisquer sempre se cruzam. Veremos o Teorema de Bezout que, justifica todo o trabalho como resultado central. Introdução Para entender o surgimento da Geometria Algébrica devemos retomar a Geometria Projetiva, pois de certo modo, as origens da Geometria Algébrica estão ligadas ao uso de coordenadas na abordagem da Geometria Projetiva. A Geometria Projetiva, por sua vez, surgiu com a necessidade de formalizar matematicamente as novas tendências artísticas da Renascença, onde a perspectiva começou a ser utilizada em concepções artísticas com o objetivo de retratar as sensações de profundidade nos objetos e cenários. Anais do XIX EAIC – 28 a 30 de outubro de 2010, UNICENTRO, Guarapuava –PR. Um exemplo que evidência as diferenças entre a Geometria Euclidiana e a Geometria Projetiva é o que ocorre com retas paralelas. No caso da Geometria Euclidiana, duas tais retas nunca se interceptam, pense em uma estrada de ferro retilínea, os trilhos nunca se cruzam. No entanto, se fossemos fotografar tal cenário ou retratar em um quadro, os trilhos “parecem” se interceptar num “ponto distante”, este é um fato que a Geometria Projetiva admite, ou seja, quaisquer duas retas (projetivas) sempre se interceptam. O “ponto distante” que mencionamos anteriormente, que podemos considerar como o infinito, é considerado naturalmente como elemento do ambiente onde a Geometria Projetiva se desenvolve. Conclusões Durante a realização deste trabalho foram realizados estudos sobre interseções de curvas planas e suas multiplicidades, o plano projetivo, o espaço projetivo e também interseções de curvas projetivas. Com isso, pode-se concluir que duas curvas projetivas planas sempre se cruzam e, com a aplicação do teorema de Bezout, é possível contar esses pontos com suas respectivas multiplicidades. Agradecimentos Agradeço a Fundação Araucária pela bolsa de estudos, também a Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí e, em especial ao Professor Msc. Valter Soares de Camargo pela orientação e apoio neste Projeto de Pesquisa. Referências Vainsencher, I. Introdução às Curvas Algébricas Planas. Rio de Janeiro: IMPA, 2005. Boyer, C.B. História da Matemática, trad. E. 1968. Hefez, A. Introdução à Geometria Projetiva, IMPA, 1990. Gonçalves, A. Introdução à Álgebra, Projeto Euclides, IMPA, 1987. Anais do XIX EAIC – 28 a 30 de outubro de 2010, UNICENTRO, Guarapuava –PR.