PERCEPÇÃO DO VISITANTE DO SERPENTÁRIO DO JARDIM ZOOLÓGICO DA
UCS
Diezza Biondo¹, Michel Mendes² e Marcia Maria Dosciatti de Oliveira³
Universidade de Caxias do Sul
[email protected]¹; [email protected]² e [email protected]³
Palavras-chave: Serpentes, Percepção, Público visitante.
Os Jardins Zoológicos concebidos como espaços não formais de educação ambiental,
possuem grande importância para a sociedade (1), uma vez que, seu laboratório vivo
proporciona um contato maior com a biodiversidade, informando e orientando o público
visitante para questões ligadas a biologia e conservação de suas espécies (2). O Jardim
Zoológico da Universidade de Caxias do Sul possui atualmente 111 animais de 50 espécies,
incluindo as espécies de seu serpentário. Deste modo, o objetivo deste trabalho é
diagnosticar e avaliar o conhecimento dos visitantes do serpentário da Universidade de
Caxias do Sul diante a percepção em relação do mesmo. Foram aplicados como
instrumento de pesquisa 50 questionários caracterizando-se como levantamento de dados,
conforme coloca (3) onde esta tipologia visa identificar o comportamento que se deseja
conhecer. Com relação à análise dos dados obtidos, 46% dos entrevistados acreditam que
as serpentes são peçonhentas, 34% que são venenosas, 2% acham que são ambas e 16%
não sabem. 70% dos respondentes acreditam que as serpentes apresentam alguma
importância para natureza, onde 34% destes acreditam que sua importância seja para o
equilíbrio do ciclo ecológico, 2% respectivamente para o controle de pragas, adubo, e sem
importância para o ambiente, enquanto que 28% não souberam responder. 56% dos
entrevistados acreditam que as serpentes possuem importância para o ser humano. Destes,
40% não souberam apontar uma relação, 24% indicaram o soro antiofídico, 12% para
controle de pragas, 10% para medicações, 6% para o equilíbrio ecológico, 2% para
alimentação e 4% acreditam não haver importância. Na ocorrência de picada por serpentes,
72% acreditam que o indicado a ser feito é levar o acidentado ao hospital, 14% que o correto
é fazer torniquete, 12% não saberia como agir, 8% creem que chupar a região picada
resolveria a situação e 2% lavaria a região com água e sabão. Quanto à temperatura das
serpentes, 78% dos visitantes acreditam que as mesmas tenham temperatura fria, 14%
quente, 6% não responderam e 2% não sabiam. Em relação á textura que apresentam, 54%
aponta que as mesmas sejam ásperas, 30% lisas, 16% não sabiam e 2% acreditam que
elas tenham aspecto gosmento. Com os resultados alcançados nesta pesquisa, pode-se
inferir que há muito a ser discutido e informado a população, pois muitos ainda acreditam
em mitologias e mostram-se com conhecimentos defasados. O serpentário como espaço
social e educativo, busca informar, orientar e desmistificar fatos relacionados às serpentes,
buscando sensibilizar a população e conservar suas espécies.
Referência:
1. MENDES, Michel; OLIVEIRA, Marcia Maria Dosciatti de. Projeto piloto “O zoo vai a escola”, enriquecendo a `
sala de aula. Scientia Cum Industria, Caxias do Sul, v. 2, n. 2, p.47-51, dez. 2014. Disponível em:
<http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/scientiacumindustria/article/view/3014/pdf_306>. Acesso em: 10 jan.
2015.
2. BRITO, Alberto Gomes de. O Jardim Zoológico enquanto espaço não formal para promoção do
desenvolvimento de etapas do raciocínio cientifico. 2012. 114 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Instituto
de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências, Universidade de BrasÍlia, Brasília,
Df, 2012. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/11185/1/2012_AlbertoGomesBrito.pdf>.
Acesso em: 10 jan. 2015.
3. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 176 p.
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