Desoneração da cesta básica
não será integral, dizem
especialistas
O governo buscou o compromisso de
empresários em garantir e acelerar o
repasse aos preços do corte de tributos da
cesta básica em reunião nesta
segunda-feira (11), e os supermercados se
comprometeram a repassar parte do corte a
partir desta terça.
Segundo analistas, no entanto, os
consumidores não devem sentir todo o
efeito da medida anunciada na sexta pela
presidente Dilma Rousseff. Estimativa feita
pelo Bradesco indica que um terço da
redução deverá ser absorvido pelos
empresários para recompor margem de
lucro.O apelo, feito durante reunião do
ministro Guido Mantega (Fazenda) com
donos de supermercados e empresários da
indústria de alimentos, recebeu resposta
positiva dos dois setores - mas sem
garantia de repasse imediato total da
desoneração cobrada pela presidente
Dilma, entre 9,25% e 12,5%.Para o
presidente da central, Clàudio Janta, se
realmente a medida veio para ajudar os
trabalhadores, o repasse deve ser integral.
"Os empresários ganharam redução dos
impostos e estão repassando só a metade.
Isso é sacanagem! Governo não pode ficar
submisso para os empresários", analisa.Ao
sair do encontro, o presidente da Abras
(Associação Brasileira de Supermercados),
Fernando Yamada, disse que a partir de
amanhã carnes e produtos de higiene
devem cair 6% em média e os demais itens,
3%.
Segundo o executivo, o repasse
"praticamente" integral aos preços da
desoneração da cesta pedida pela
presidente pode chegar ao consumidor em
até duas semanas --mas depende de
decisão da indústria.Força Sindical-RS com
informações Folha de São Paulo
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