Risco Clínico e Check-up 21 de Março de 2013 Avelino Ferreira Nelson Rocha Coordenação: António Carneiro PREVENÇÃO EM SAÚDE ? VALE MAIS PREVENIR DO QUE REMEDIAR ? PERGUNTA 1 “VALE MAIS PREVENIR DO QUE REMEDIAR” Este aforismo aplicado à saúde pode considerar-se: 1. verdadeiro 2. falso 3. parcialmente verdadeiro 4. não aplicável Índice CONCEITOS: prevenção / rastreio PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PREVENÇÃO ABORDAGEM DA PREVENÇÃO CLÍNICA MODELOS ESPECÍFICOS DE PREVENÇÃO CLÍNICA Conceitos PREVENÇÃO / CUIDADOS PREVENTIVOS INTERVENÇÕES INTEGRADAS NA ACTIVIDADE CLÍNICA DIRIGIDAS A: IDENTIFICAR E CORRIGIR FACTORES DE RISCO NA INTENÇÃO DE EVITAR A DOENÇA DIAGNOSTICAR PRECOCEMENTE A DOENÇA, SEMPRE QUE O TRATAMENTO PRECOCE SE REVELA MAIS EFICAZ Conceitos RASTREIO vs PREVENÇÃO RASTREAR É IDENTIFICAR CONDIÇÕES CAUSADORAS DE MORBIMORTALIDADE SIGNIFICATIVA, SUSCEPTÍVEIS DE IDENTIFICAÇÃO EXPEDITA E SEGURA E QUE POSSAM BENEFICIAR DE PREVENÇÃO RASTREAR NÃO CONSISTE EM REALIZAR TESTES, MAS SIM EM IDENTIFICAR CONDIÇÕES RASTREAR SEM INTENÇÃO OU MEIOS PARA PREVENIR É EXERCÍCIO VAZIO DE SENTIDO E DANOSO Princípios Básicos: ‘O que prevenir’ CRITÉRIOS PARA QUE UMA CONDIÇÃO MÉDICA DEVA INTEGRAR UM PLANO DE RASTREIO E PREVENÇÃO: SER POTENCIALMENTE CAUSADORA DE DANO SIGNIFICATIVO mortalidade / doença / disfunção / desconforto / perda autonomia SER MINIMAMENTE FREQUENTE / PREVALENTE custo:benefício aceitável TER MEIOS DE IDENTIFICAÇÃO EXPEDITOS E SEGUROS qualidade dos meios de rastreio sensibilidade / especificidade / simplicidade / segurança / efeitos adversos / aceitabilidade / custos SER PREVENÍVEL DE FORMA EFICIENTE, SEGURA E ECONÓMICA qualidade dos meios de prevenção eficiência / segurança / custo:benefício Princípios Básicos: ‘O que prevenir’ A LISTAGEM DAS CONDIÇÕES QUE PREENCHEM TAIS CRITÉRIOS NÃO É LONGA APENAS UM REDUZIDO NÚMERO DE FACTORES MODIFICÁVEIS ESTÁ SUBJACENTE À MORBIMORTALIDADE DO MUNDO OCIDENTAL PERGUNTA 2 A QUEM COMPETE A RESPONSABILIDADE DA PREVENÇÃO CLÍNICA 1. 2. 3. 4. Às especialidades clínicas de acordo com o tipo de prevenção Às especialidades generalistas Aos médicos de Saúde Pública A todos os profissionais de saúde Princípios Básicos: ‘A Quem compete prevenir’ A RESPONSABILIDADE DA PREVENÇÃO ABRANGE MÚLTIPLOS ACTORES, MUITO PARA ALÉM DO SISTEMA DE SAÚDE (autoridades políticas, comunitárias, educativas… e cidadãos) A PREVENÇÃO DE QUE AQUI TRATAREMOS – PREVENÇÃO CLÍNICA – É A QUE COMPETE AO CLÍNICO NA SUA RELAÇÃO INDIVIDUAL COM O DOENTE E QUE RESPEITA A TODOS OS MÉDICOS SEM EXCEPÇÃO Princípios Básicos: ‘Tipos de Prevenção’ Instrumentos de prevenção • IMUNIZAÇÃO (adulto: gripe, pneumococo, difteria, zoster, PPV…) • RASTREIO (identificação factores risco / doença assintomática) • EDUCAÇÃO / ACONSELHAMENTO COMPORTAMENTAL (estilos vida…) • QUIMIOPREVENÇÃO (em crescendo…) PERGUNTA 3 O RASTREIO POR COLONOSCOPIA TOTAL NO CONTEXTO DE PREVENÇÃO DO CA CÓLON-RECTO CONSTITUI: 1. 2. 3. 4. Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária Prevenção primária + secundária Princípios Básicos: ‘Níveis de Prevenção’ ▪ SITUAM O NÍVEL DE PROGRESSÃO DA DOENÇA EM QUE A PREVENÇÃO É PRATICADA ▪ PREVENÇÃO PRIMÁRIA impede a instalação doença removendo as causas praticada maioritariamente ao nível da comunidade. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA detecta a doença em fase assintomática, condicionando a sua progressão praticada em contexto de intervenção médica PREVENÇÃO TERCIÁRIA prevenção da progressão e complicações da doença já declarada na fronteira da medicina curativa Princípios Básicos: ‘Níveis de Prevenção’ Abordagem da Prevenção clínica DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES: AVALIAÇÃO DE RISCOS TODAS AS INTERACÇÕES MÉDICO – DOENTE DEVEM CONSTITUIR ENSEJO PARA INTERVENÇÃO PREVENTIVA DEVEM CONSIDERAR-SE CONSULTAS EXPRESSAMENTE PARA CUIDADOS PREVENTIVOS (“physical annual”) NÃO BASTA RECOMENDAR AS ACÇÕES PREVENTIVAS QUE SE ENTENDEM NECESSÁRIAS, EFICIENTES E SEGURAS É INDISPENSÁVEL ALERTAR O DOENTE PARA AS ACÇÕES QUE SE SABEM DESNECESSÁRIAS, EXCESSIVAS OU INEFICIENTES Abordagem da Prevenção clínica DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES: AVALIAÇÃO DE RISCOS EXAME CLINICO ANUAL (?) (consulta de rastreio) História clínica Exame físico AVALIAR RISCOS DEFINIR PRIORIDADES IDENTIFICAR CONDIÇÕES A PREVENIR SELECÇÃO DOS TESTES ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio RASTREAR É DIVERSO DE DIAGNOSTICAR SENSIBILIDADE ELEVADA ( exigência de valor preditivo negativo alto) SENSIBILIDADE EM FASES PRECOCES DA DOENÇA (condição de eficiência) ESPECIFICIDADE ELEVADA ( limitar falsos positivos) SIMPLICIDADE E BAIXO CUSTO SEGURANÇA E ACEITABILIDADE IMPACTO PSICOLÓGICO MÍNIMO (“labeling effect”) CUSTO : BENEFÍCIO PERGUNTA 4 UM TESTE DE ALTA SENSIBILIDADE APLICADO NUM CONTEXTO DE BAIXA PREVALÊNCIA, ASSEGURA: 1. 2. 3. 4. Elevado valor preditivo positivo Elevado valor preditivo negativo Baixo valor preditivo positivo Não afecta o valor preditivo Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio SENSIBILIDADE / FALSOS NEGATIVOS / VALOR PREDITIVO NEGATIVO DETECTAR UMA DOENÇA DETERMINADA NUMA POPULAÇÃO ASSINTOMÁTICA, AINDA QUE SELECCIONADA POR IDADE, GÉNERO E OUTROS CRITÉRIOS É SEMPRE PROCURAR UMA CONDIÇÃO DE BAIXA PREVALÊNCIA (baixa prevalência + sensibilidade elevada = valor preditivo negativo alto) NÃO É ACEITÁVEL QUE UM TESTE DE RASTREIO DEIXE ESCAPAR OS REDUZIDOS CASOS EM QUE A DOENÇA ESTÁ PRESENTE Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio SENSIBILIDADE EM ETAPA PRECOCE DA DOENÇA A EFICÁCIA DA PREVENÇÃO É TANTO MAIOR QUANTO MAIS PRECOCEMENTE A DOENÇA FOR DETECTADA (havendo meios de prevenção) A EFICÁCIA DE UM TESTE É TANTO MAIOR QUANTO MAIS DILATADO O PERÍODO DE TEMPO QUE FOR CAPAZ DE ANTECIPAR RELATIVAMENTE AO MOMENTO DE EXPRESSÃO SINTOMÁTICA DA DOENÇA (tempo de latência) Abordagem da Prevenção clínica TEMPO DE LATÊNCIA (LEAD TIME) Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio ESPECIFICIDADE / FALSOS POSITIVOS / VALOR PREDITIVO POSITIVO BAIXO DETECTAR UMA DOENÇA DETERMINADA NUMA POPULAÇÃO ASSINTOMÁTICA, AINDA QUE SELECCIONADA POR IDADE, GÉNERO E OUTROS CRITÉRIOS É SEMPRE PROCURAR UMA CONDIÇÃO DE BAIXA PREVALÊNCIA DAQUI DECORRE QUE, POR REGRA, PARA A GENERALIDADE DOS TESTES DE RASTREIO, O VALOR PREDITIVO POSITIVO É BAIXO, MESMO SE A SUA ESPECIFICIDADE É ALTA O ELEVADO NÚMERO DE FALSOS POSITIVOS É UM DOS CONTRATEMPOS MAIS SGNIFICATIVOS DOS RASTREIOS PERGUNTA 5 SOBRE A OCORRÊNCIA DE TESTES FALSOS-POSITIVOS (FP´s) , É INCORRECTO AFIRMAR-SE: 1. Maior especificidade do teste menos FP’s 2. Maior prevalência da condição menos FP’s 3. A ocorrência de FP’s é inevitável dadas as condições operacionais dos testes 4. A ocorrência é dependente do nº e frequência dos testes realizados Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio ESPECIFICIDADE / FALSOS POSITIVOS / VALOR PREDITIVO POSITIVO BAIXO SELECCIONAR TESTES COM ESPECIFICIDADE ELEVADA CONCENTRAR OS RASTREIOS NOS GRUPOS COM MAIOR PREVALÊNCIA (irracionalidade na antecipação etária dos rastreios) 20 anos idade: 1:200 000 / ano Prevalência Ca mama 70 anos idade: 1:200 / ano Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio SIMPLICIDADE / BAIXO CUSTO A EXEQUIBILIDADE DE UM RASTREIO, SOBRETUDO QUANDO REQUER AVALIAÇÕES REPETIDAS, DEPENDE DA DISPONIBILIDADE DE TESTES FACILMENTE APLICÁVEIS: • • • • EXECUÇÃO SIMPLES E RÁPIDA SEM EXIGÊNCIA DE PREPARAÇÃO NÃO DEPENDENTE DE AGENDAMENTO ECONÓMICO AVALIAÇÃO TENSÃO ARTERIAL vs COLONOSCOPIA TOTAL Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio EXCEPCIONALMENTE O BARATO SAI CARO O CUSTO DE UM TESTE DE RASTREIO É FEITO DE OUTROS COMPONENTES, ALÉM DO PREÇO FACIAL DO PROCEDIMENTO: • • • • CUSTO DA INVESTIGAÇÃO DOS FALSOS POSITIVOS CUSTO DE ORIENTAÇÃO E MORTALIDADE DOS FALSOS NEGATIVOS CUSTO DE MÚLTIPLAS AVALIAÇÕES CUSTO POR ANO VIDA POUPADO COLONOSCOPIA TOTAL vs PESQUISA SANGUE OCULTO FEZES Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio SEGURANÇA / ACEITABILIDADE NÃO É RAZOÁVEL OU ETICAMENTE ACEITÁVEL SUBMETER PESSOAS QUE SE PRESUMEM SAUDÁVEIS A RISCOS DESPROPORCIONADOS QUANTO MENOR A PROBABILIDADE DE DETECTAR DOENÇA MENOR A MARGEM DE BENEFÍCIO NA EQUAÇÃO CUSTO- BENEFÍCIO - colonoscopia total: 2 perfurações intestino/1000 exames 50’s idade → 2/1 perfurações / Ca’s detectados 70’s idade → 1/2 perfuração / Ca’s detectados QUANTO MAIS DESCONFORTÁVEL O PROCEDIMENTO MAIS DIFÍCIL PROMOVER A SUA REALIZAÇÃO Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio IMPACTO PSICOLÓGICO / “LABELING” UM TESTE DE RASTREIO IDEAL NÃO DEVERIA PRODUZIR IMPACTO PSICOLÓGICO NEGATIVO VIVENCIAR UM TESTE FALSO POSITIVO PODE OCASIONAR, CONTRARIAMENTE AO PRETENDIDO, SENTIMENTOS DE VULNERABILIDADE E ANSIEDADE: • ansiedade associada à mamografia • insegurança relativa à doença cancerosa • c/ impacto negativo na vida quotidiana 47% 41% 17% meses ou anos Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio EFEITOS ADVERSOS A EQUAÇÃO CUSTO : BENEFÍCIO E A EXEQUIBLIDADE DOS RASTREIOS NÃO TOLERAM RISCOS EXCESSIVOS DESCONFORTO INERENTE AO TESTE EXPOSIÇÃO A RADIAÇÃO FALSOS POSITIVOS SOBREDIAGNÓSTICO Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio EFEITOS ADVERSOS FALSOS POSITIVOS IMPACTO PSICOLÓGICO INCÓMODO DA INVESTIGAÇÃO SUBSEQUENTE CUSTOS DE INVESTIGAÇÃO QUANTOS MAIS TESTES SOLICITADOS, MAIOR A PROBABILIDADE DE FALSOS POSITIVOS mamografia anual: risco de falso positivo a 10 anos = 50% PERGUNTA 6 QUE SE ENTENDE POR SOBREDIAGNÓSTICO 1. 2. 3. 4. Diagnóstico de condição inexistente Diagnóstico de condição associada Diagnóstico correcto de situação que não constitui doença Diagnóstico de condição que não era objecto de pesquisa Abordagem da Prevenção clínica Critérios de selecção de testes de rastreio EFEITOS ADVERSOS SOBREDIAGNÓSTICO HÁ PATOLOGIAS QUE NUNCA SE TORNARIAM CLINICAMENTE EVIDENTES SEM PROCEDIMENTOS DE RASTREIO – PSEUDODOENÇAS – OU PORQUE SOFREM REGRESSÃO ESPONTÂNEA, OU PORQUE TÊM PROGRESSÃO INDOLENTE Sobrediagnóstico Ca próstata (17 a 50%), mama (15 a 25%),colo útero (insuficiência colo…) A TECNOLOGIA DE RASTREIO DETECTA LESÕES EM ETAPAS MAIS PRECOCES, PORÉM, NÃO TEM CAPACIDADE PARA DISCRIMINAR O SEU GRAU DE AGRESSIVIDADE Abordagem da Prevenção clínica SOBREDIAGNÓSTICO Abordagem da Prevenção clínica SOBREDIAGNÓSTICO Doença cardiovascular Principal causa de morte nos países ocidentais A maioria da população é afectada por doença cardiovacular depois dos 60 anos Lancet 2006; 367;1747 A mortalidade de causa cardiovascular tem vindo a diminuir diagnóstico precoce e tratamento agressivo mas atempado Heart 1999; 81:380 9 factores de risco foram identificados em mais de 90% da população que sofre um primeiro EAM, no INTERHEART – 52 países Prevenção - uso clínico e ‘rationale’ Desde 1999 – AHA/ACC Melhoria de reconhecimento de doença em fase assintomática Melhoria da compliance e reconhecimento de risco por parte do doente Inclusão de definição de risco como factor de decisão de terapêutica PERGUNTA 7 Relativamente ao reconhecimento de factores de risco cardiovascular (FRV): 1. Na população geral, a prevalência de FRV é pequena, mas quando presente é relevante 2. A maioria dos FRV são modificáveis com medidas preventivas 3. A constatação de multiplos FRV raramente importa para diagnóstico precoce 4. O principal papel preventivo na doença cardiovascular tem por base medidas farmacológicas Doença cardiovascular MRFIT / Chicago HAPI 366000 pessoas (obs > 16 anos) • 90% dos eventos CV ocorrem em pessoas com um FRV • baixo risco: Col-T < 200, TA < 120/80, sem tabagismo - menor mortalidade CV e global e maior esperança de vida (até 9.5 anos ) • a ausência de FRV aponta um risco de doença muito baixo NHANES III 1-2 FRV : 60% / 50% - 8% desta população terá um evento CV ATP risk III(> 10% risco DCV aos 10 anos) - 38% / 5% 1 FRV ‘border-line’: 26% dos homens e 41% das mulheres Valor preditivo dos FRV Factores de risco ‘border-line’ TAS 120-139 / TAD 80-89 LDL-c 100-159 / HDL-c 40-59 / TDG* Hx tabagismo *Tolerância diminuida à glicose Doença cardiovascular Factores de risco multiplos MRFIT / Chicago HAPI FRV + : Colesterol / TA > 120/80 / tabagismo Aumento de RR ( / ) Dça coronária – 5.5 / 5.7 DCV – 4.1 / 4.5 Mortalidade todas a causas- 3.2 / 2.3 APCS (asia pacific cohort studies) 2005 380000 pessoas Cada > 10 mmHg de TAS: > risco 20-30% em todos os escalões de colesterol CT > 240 e TAS > 160 mmHg: 7x mais risco de DCI e 8x mais risco de AVC Doença cardiovascular Factores de risco modificáveis: Dieta Sedentarismo Ingestão alcoólica exagerada Tabagismo Obesidade Dislipidemia HTA Diabetes Mellitus A presença de multiplos FRV confere risco aditivo Presença de 5 FRV - evento CV em 10 anos de 25-30% - Framingham Doença cardiovascular Doentes de alto risco DCV estabelecida DM (1 ou 2) Dça renal crónica Dislipidemias hereditárias Doentes em risco acrescido 2 ou mais FRV clássicos (ATP III) NCEP / ATP III, Circulation 2002 Risco cardiovascular global ? Risco e Prevenção clínicos | 21/03/2013 Doença cardiovascular IMC > 30 Kg/m2 ou Obesidade central perimetro abdominal > 80 cm ♀ / > 94 cm ♂ e dois de: Triglicerídeos > 150 mg/dL HDL-c > 40 mg/dL TAS > 135 ou TAD > 85 mmHg Glicemia > 100 mg/dL Risco cardiovascular global ? 2010 / JACC Definição NCEP RR Mortalidade por todas as causas 1.58 Mortalidade cardiovascular Doença cardiovascular 2.40 2.35 PERGUNTA 8 Relativamente ao risco cardiovascular global (RCVG): 1. Pode ser calculado por vários métodos, com resultados idênticos 2. Conta com o peso de factores de risco ‘border-line’ 3. Os scores mais comuns são bons a identificar populações de alto risco 4. O uso clínico do RCVG restringe-se às decisões de tratamento da dislipidemia e da HTA Doença cardiovascular Modelos de risco Framingham risk score (1998/2002 ATP III) variáveis: idade, sexo, CT, HDL-c, TAS e tx anti-HTA, tabagismo risco aos 10 anos: Dça coronária (EAM, morte por DCI, angina) NHANES III Baixo risco (< 10%): 82% Risco intermédio (10-20%): 16% Alto risco (> 20%): 3% Limitações: variabilidade entre populações-alvo relação de risco apenas com dça coronária. Calculadores do Framingham atalho Doença cardiovascular Modelos de risco SCORE / ESC 2007 200000 pessoas, durante 13 anos variáveis: idade, sexo, TAS, CT, HDL-c, tabagismo risco aos 10 anos: morte cardiovascular Considerações: Relaciona o risco com um qualquer evento aterosclerótico e não só por DCI Estima risco de mortalidade cardiovascular global SCORE charts Atalho Atalho_calculadora Doença cardiovascular Um pequeno numero de medidas preventivas estão comprovadas na redução da morbi-mortalidade global associada a doença cardiovascular, na população geral: 1. Cálculo do risco cardiovascular global, como meio de identificação de doentes de alto risco e de ponderação de medidas farmacológicas em doentes de médio a alto risco. 2. Educação higieno-dietética deve ser fornecida a todas as pessoas, sobretudo as obesas e sedentárias. 3. Incentivo a cessação tabágica PERGUNTA 9 Podem ser consideradas medidas de prevenção secundária de doença coronária: 1. Aconselhamento para dieta, actividade física e perda de peso 2. Prescrição de AAS em baixa dose para homem de 65 anos, fumador e hipertenso, controlada com fármacos 3. Referenciação para cirurgia bariátrica de doente obesa com IMC de 38 e sindrome metabólico 4. Todas as anteriores Doença cardiovascular Risco cardiovascular global (RCVG) RCVG moderado a alto 3 intervenções farmacológicas estão comprovadas: controlo de HTA, tx com estatina, AAS em baixa dose Educação de estilo de vida com vista a peso saudável , actividade física regular e cessação tabágica Não está indicado Dados de factores de risco não tradicionais: PCR-as, indice tornozelo/braço espessura da c intima da a carótida homocisteina e lipoproteinas Doença cardiovascular Tx com estatina segundo RCVG - NCEP Doença cardiovascular Aconselhamento comportamental de prevenção cardiovascular Dieta, actividade física e perda de peso Epidemiologia Intervenções comportamentais podem ser implementadas com sucesso em populações em risco de desenvolver DCV Evidência Evidência pequena, baseada em estudos de impacto de redução de FRV major Método IMC Risco cardiovascular global (RCVG) Pop./Frequência População geral adulta / Não definida Recomendações Exclusões Grau C USPSTF Aconselhamento caso a caso, mediante indice de RCVG Doença cardiovascular Aconselhamento para evicção tabágica Epidemiologia Responsabilidade em 10% das mortes por DCV (OMS 2000) Evidência Eficácia nas intervenções clínicas (5 A’s) e farmacológicas Método Entrevista Pop. / Frequência > 18 anos / Não definida Recomendações Exclusões Grau A USPSTF 5 A’s Abordar Aconselhar Avaliar (motivação) Ajudar Acompanhar DGS : nicotina, bupropiom 5 R´s Relevância (benefícios) Riscos Recompensas Resistências Repetição Doença cardiovascular Rastreio de Obesidade Epidemiologia Prevalência de obesidade 13% em Portugal, com 20-25% na infância. > 30% nos EUA. Evidência - - adequada para perda de peso e melhoria de tolerância oral à glicose, em programas de intervenção multidisciplares. - inadequada como prova de melhoria de risco cardiovascular. Método IMC Diâmetro de cintura Pop. / Frequência > 18 anos / Não definida Recomendações Exclusões Grau B USPSTF IMC > 30 – referenciação a programas de intervenção PERGUNTA 10 No rastreio de condições específicas: 1. É conselhável a confirmação de TA média com M.A.P.A. 2. Deve-se pedir perfil lipídico a todos os adultos assintomáticos 3. O rastreio de doença coronária em adultos assintomáticos assenta no nível de RCVG 4. O rastreio de aneurisma da aorta abdominal só se mostra eficiente em homens fumadores com mais de 65 anos Doença cardiovascular Prevenção de HTA Epidemiologia Prevalência de 1/3 da população mundial 42% em Portugal (VALSIM 2008) Evidência Tratamento multi-modal eficaz (medidas higieno-dietéticas e tx farmacológica) - JNC 7, ESC 2007 Método Medição pressão arterial, > 2 visitas, > 1 semana de intervalo TAS > 140 mmHg / TAD > 90 mmHg Pop. / Frequência > 18 anos (sem HTA conhecida) / Não definida JNC 7 : 2/2 anos TA < 120/80, anual TAS 120-139 / TAD 80-90 Recomendações Exclusões Grau A USPSTF JNC 7 / ESC 2007 Rastreio de DM, dislipidemia, tabagismo. RCVG. Doença cardiovascular Prevenção de Dislipidemia Epidemiologia NHANES III – 28% Evidência DCI (27% dtes com eventos – Framingham) Tx farmacológica reduz DCI associada a dislipidemia em 30% Efeitos adversos da tx farmacológica negligenciáveis Método CT, LDL-c, HDL-c, Triglicerídeos, em jejum Risco cardiovascular global (RCVG) Pop. / Frequência */ Não definida (USPSTF) NCEP 5/5 anos Recomendações Exclusões 35-65 anos / 12% > 35 a – grau A > 20 a se RCVG ↑ - grau B RCVG ↑ e > 45 a – grau A 45-64 anos Doença cardiovascular Prevenção de Diabetes Mellitus de tipo 2 Epidemiologia Inquérito Nacional Saúde 2006 – 6.7% IDF 2007 – 8.2% / previsão para 2025 – 9.8% TDG* 10.1% da população geral Risco de desenvolver DM2 associado a (DGS) - Evidência Idade > 45 anos, na Europa Vida sedentária Hx familiar de DM2 Diabetes gestacional prévia - - excesso de peso e obesidade (IMC > 25-30) / obesidade central DCV conhecida HTA Dislipidemia TDG* 1/3 da população não está diagnosticada Benefícos: intervenção em mudança de estilo de vida nas pessoas com TDG (tolerância diminuida à glicose). População hipertensa. *TDG – tolerância diminuida à glicose Doença cardiovascular Prevenção de Diabetes Mellitus de tipo 2 Método Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL, em duas ocasiões (ADA /USPSTF) Outros testes usados: Hg A1C, glicemia após carga Pop. / Frequência Adultos assintomáticos com TA > 135/80 mmHg* Intervalo de rastreio não definido Adultos assintomáticos TA < 135/80 mmHg* Recomendações Exclusões Rastreio – grau B USPSTF Sem recomendação por falta de evidência RCVG para aferir caso a caso necessidade de medidas complementares. Ex: RCVG 17% que fica em > 20% se DM+. * TA tratada ou não Doença cardiovascular Prevenção de Doença coronária com ECG Evidência Várias alterações no ECG em repouso e em exercício estão relacionadas com risco aumentado de um evento cardiaco. Teste alterado em indivíduos de baixo risco vascular não interfere com a probabilidade de um determinado evento. Método ECG em repouso / Prova de esforço Risco cardiovascular global (RCVG) Pop. / Frequência Adultos assintomáticos RCVG < 10% Adultos assintomáticos RCVG > 10% Recomendações Exclusões Não rastrear – grau D Nenhuma recomendação Evidência insuficiente* Doença cardiovascular Prevenção de Estenose carotídea Evidência RCVG relaciona-se directamente com risco de eventos isquémicos cerebrais Método Ecografia de vasos cervicais, com doppler Pop. / Frequência População geral adulta / - Recomendações Exclusões Não rastrear – grau D USPSTFA Malefícios ultrapassam os beneficios, por sobrediagnóstico e possibilidade de intervenção terapêutica danosa Doença cardiovascular Prevenção de Aneurisma da aorta abdominal Epidemiologia Factores de risco major: sexo masculino, tabagismo e idade > 65 anos Evidência Ecografia abdominal é um teste seguro e fiável no diagnóstico Intervenção cirúrgica electiva reduz mortalidade associada, apesar de se acompanhar de riscos elevados, sobretudo relacionados com a idade. Método Ecografia abdominal (com ou sem doppler) Pop. / Frequência 65-75 a Tabagismo 65-75 a Sem tabagismo Recomendações Exclusões Rastreio único. grau B USPSTF Nenhuma recomendação 65-75 a Não rastrear Morbi-mortalidade baixa Risco cirúrgico elevado Doença cardiovascular Prevenção de Doença arterial periférica Epidemiologia Factores de risco: idade, tabagismo, DM, dislipidemia, HTA, factores genéticos. Evidência Indice tornozelo-braço (ITB) – simples e preciso ITB tem limitações na definição de tolerância ao exercício e extensão de doença Intervenções: cessação tabágica, actividade física e tx farmacológica Método ITB Pop. / Frequência Adultos assintomáticos / -- Recomendações Exclusões Não rastrear – grau D USPSTF PERGUNTA 11 SOBRE A PREVENÇÃO DE CA MAMA NA MULHER DE RISCO MÉDIO, É CORRECTO AFIRMAR-SE: 1. Há evidência consistente de redução de mortalidade específica 2. Essa evidência é mais notória entre os 40-49 anos de idade pelo que o rastreio deve iniciar-se aos 40 anos 3. Deve prolongar-se indefinidamente porque a incidência cresce com a idade 4. A ecografia mamária é o teste de rastreio mais adequado porque é mais seguro e menos oneroso Doença oncológica PREVENÇÃO CA MAMA / RISCO MÉDIO Epidemiologia 1,4 M/ano; 23% Ca’s total; 14% mortes Ca; 1ªcausa morte Ca mulher Evidência mais de uma dezena de estudos randomizados consistentes demonstram redução de mortalidade específica e global nos grupos de rastreio. A evidência é mais notória (grau B) para idade ≥ 50 anos (- 34% mortalidade aos 7 anos), menos notória (grau C) para 40- 49 anos (reduzida evidência estatística) Redução de 30% mortes p/ Ca mama desde1990 (prevenção 2% a 10% (?) avanços tratamento?) Método Mamografia População Frequência 50 aos 75 anos. 40 anos: avaliação risco + valores individuais (>falsos positivos; >efeitos adversos; >radiação). > 75 anos: sobrediagnóstico; ? redução mortalidade ? bienal (vs anual: escassa redução eficiência; redução 50% falsos positivos) Doença oncológica PREVENÇÃO CA MAMA / RISCO MÉDIO Método Mamografia Recomendações Exclusões AUTO-PALPAÇÃO: não recomendada (treino; >falsos positivos) EXAME CLÍNICO MAMA (adicionado à mamografia): evidência insuficiente (>falsos positivos; excepcional/ detecta cancros não evidenciados na mamografia) MÉTODOS ALTERNATIVOS (alto risco) : RMN (contraste; custo; menor especificidade) e mamografia digital (custo; ?mais sensível; >falsos positivos): evidência insuficiente PERGUNTA 12 SOBRE A PREVENÇÃO DO CA COLO ÚTERO É INCORRECTO AFIRMAR-SE: 1. 2. 3. 4. É o mais eficiente dos rastreios oncológicos recomendados Não existe evidência demonstrada por ensaios randomizados de redução de mortalidade É mais eficiente se praticado com periodicidade anual Não deve, por norma, iniciar-se antes dos 20 anos, independentemente da história sexual Doença oncológica PREVENÇÃO CA COLO ÚTERO / RISCO MÉDIO Epidemiologia 3º Ca mais frequente mulher; 1,5 % mortes Ca mulher Evidência (grau A): redução muito significativa da incidência e mortalidade por Ca colo (50% em 20 anos) na generalidade dos países que adoptaram rastreio (estudos observacionais / evidência nunca demonstrada em ensaios randomizados) Método citologia cervico-vaginal (± teste HPV) População Frequência 21 anos (independentemente da história sexual) (excepção VIH, imunossuprimidas, transplantadas 65 anos (se previamente rastreadas) trienal (citologia) , quinquenal (> 30 anos / citologia + teste HPV) (escassa redução de eficiência e redução de >50% de intervenções pós teste, incluindo colposcopias) Doença oncológica PREVENÇÃO CA COLO ÚTERO / RISCO MÉDIO Exclusões <21 anos (grau D) (excepto situações alto risco) >65 anos (grauD) (excepto s/ rastreio prévio ou história de lesão alto-grau ou Ca colo histerectomia com remoção colo teste HPV antes 30 anos (infecção transitória) Objectivos tratamento das lesões intraepiteliais alto grau pré-cancerosas tratamento do Ca invasivo do colo em etapa precoce Papel da vacinação HPV ? : manter estratégia PERGUNTA 13 RELATIVAMENTE AO RASTREIO / PREVENÇÃO DO CA PRÓSTATA COM “PSA” É INCORRECTO AFIRMAR-SE: 1. Não há evidência claramente demonstrada de redução de mortalidade 2. É responsável por sobrediagnóstico considerável com consequências danosas significativas 3. O “toque rectal” pode reduzir o excessivo sobrediagnóstico 4. Não deve ser iniciado antes dos 50 anos Doença oncológica PREVENÇÃO CA PRÓSTATA / RISCO MÉDIO Epidemio. 2º Ca visceral ♂ frequência; 6º mortalidade ♂ por Ca Método PSA (prostate specific antigen) – cutoff > 2,5 a 4,0 mcg/L Evidência REDUÇÃO MORTALIDADE (0 a 0,07%): USPLCO Cancer Screening Trial: não demonstrou redução estatisticamente significativa ERSPC (European Randomized Study Prostate Cancer): redução de 1 morte p/ 1000 rastreios (55 aos 69 anos) SOBREDIAGNÓSTICO: evidência de que percentagem substancial (17 a 50%) dos Ca’s assintomáticos revelados pelo PSA não progridem ou fazem-no tão lentamente que não afectam sobrevivência nem qualidade de vida Recom. contra rastreio (grau D) US Preventive Services Task Force (2012): benefício potencial pequeno e danos potenciais significativos Doença oncológica PREVENÇÃO CA PRÓSTATA / RISCO MÉDIO Efeitos adversos FALSOS POSITIVOS (PSA≥2,5 a 4mcg/L) ≈ 70% Testes adicionais: 15 a 20% risco cumulativo ≥ 1biópsia / 10 anos Consequências da biópsia: dor, retenção urinária, infecção, hemorragia, internamento… Impacto psicológico e outros custos SOBREDIAGNÓSTICO / SOBRETRATAMENTO (17 a 50%) 90% dos Ca’s diagnosticados por rastreio são tratados com cirurgia, radioterapia… (48 homens tratados por Ca curado) 0,5% (5/1000) mortalidade pós-op. a 1 mês 3 a 7 % 30 a 70/1000) complicações pós-op. sérias 20 a 30% (200 a 300/1000) incontinência e/ou disfunção eréctil PERGUNTA 14 RELATIVAMENTE AO CA CÓLON-RECTO É INCORRECTO AFIRMAR-SE: 1. É o 2º Ca mais frequente no homem 2. É o 2º Ca mais frequente na mulher 3. Tem evidência consistente de redução de mortalidade específica 4. As modalidades de rastreio baseadas em testes fecais estão definitivamente ultrapassadas Doença oncológica PREVENÇÃO CA CÓLON-RECTO / RISCO MÉDIO Epidemiologia 2º frequência; 3ªcausa morte por Ca (raro < 40 anos idade) Evidência (grau A): a mortalidade por Ca cólon-recto tem vindo a decrescer e, embora o declínio preceda a massificação do rastreio e se aventem outras razões para o decréscimo, calcula-se que o rastreio possa ter contribuído para 53% dessa redução ( metanálise ≈15%redução mortalidade) Métodos DETECTAM CANCRO / ADENOMAS: • • • • População / frequência Exclusões COLONOSCOPIA TOTAL SIGMOIDOSCOPIA COLONOGRAFIA COMPUTORIZADA ENEMA 2X CONTRASTE 50 – 75 anos DETECTAM CANCRO (fezes): • • • PESQUISA SANGUE OCULTO (guaiaco) PESQUISA SANGUE OCULTO (imunoquímico) ADN fecal Testes fezes: anual (ADN fecal ?) Colonoscopia:10 anos Outros : 5 anos < 50 anos > 75 a 85 anos (grau C) / > 85 anos (grau D) Doença oncológica PREVENÇÃO CA CÓLON-RECTO / RISCO MÉDIO Complicações COLONOSCOPIA: perfuração intestinal: 3,8 / 10 000 outras complicações graves (fatais / internamento): 25 / 10 000 SIGMOIDOSCOPIA: complicações graves: 3,4 / 10 000 COLONOGRAFIA: risco perfuração: 0-6 / 10 000 exposição radiação (1 Ca adicional /10 000) TESTES FECAIS: não avaliados mas menosprezáveis PREVENÇÃO CA CÓLON-RECTO / RISCO MÉDIO This document is a summary of the 2008 recommendation of the US Preventive Services Task Force (USPSTF) on screening for colorectal cancer. This summary is intended for use by primary care clinicians. Population Adults age 50 to 75* Adults age 76 to 85 years* Screen with high sensitivity fecal occult blood testing (FOBT)#, sigmoidoscopy, or colonoscopy. Do not screen routinely Adults older than 85* Recommendation Do not screen For all populations, evidence is insufficient to assess the benefits and harms of screening with computerized tomography colonography (CTC) and fecal DNA testing. Screening tests High sensitivity FOBT, sigmoidoscopy with FOBT, and colonoscopy are effective in decreasing colorectal cancer mortality. The risks and benefits of these screening methods vary. Colonoscopy and flexible sigmoidoscopy (to a lesser degree) entail possible serious complications. Screening test intervals Intervals for recommended screening strategies: • Annual screening with high-sensitivity fecal occult blood testing • Sigmoidoscopy every 5 years, with high-sensitivity fecal occult blood testing every 3 years • Screening colonoscopy every 10 years Balance of harms and benefits The benefits of screening outweigh the potential harms for 50- to 75-year-olds. The likelihood that detection and early intervention will yield a mortality benefit declines after age 75 because of the long average time between adenoma development and cancer diagnosis. Implementation Focus on strategies that maximize the number of individuals who get screened. Practice shared decision making; discussions with patients should incorporate information on test quality and availability. Individuals with a personal history of cancer or adenomatous polyps are followed by a surveillance regimen, and screening guidelines are not applicable. Relevant USPSTF recommendations The USPSTF recommends against the use of aspirin or nonsteroidal anti-inflammatory drugs for the primary prevention of colorectal cancer. This recommendation is available at www.preventiveservices.ahrq.gov. Quadro Resumo de Recomendações - HdA Prevenção clínica – adultos com menos de 50 anos Condição clínica Questionário clínico Anamnese e exame objectivo Intervenção preventiva efectiva Problemas relacionados com estilo de vida Obesidade Actividade física Referenciação a programas de intervenção IMC > 30 e pessoas com actividade física diminuida. Abuso de substâncias Tabaco 5 A´s e 5 R´s. Ponderar Tx farmacológica. Alcool Rastreio de consumo exagerado de alcool. Aconselhamento. Doença cardiovascular HTA > 18 anos, medição de pressão arterial 2/2 a. RCVG. Dça oncológica Neoplasia cólo útero Infecções sexualmente transmissiveis Chlamydia 15 a 25 a; sexualmente activa Gonorreia sexualmente activa, em zonas de alta incidência Dislipidemia > 35 a (> 20 a se RCVG elevado) > 45 a e RCVG elevado Rastreio com citologia cervico-vaginal (21 a 65 anos), 3/3 a. VIH Risco individual, cuidados de saúde em zonas de alta prevalência Depressão ‘brief screening’ Quadro Resumo de Recomendações - HdA Prevenção clínica – adultos com mais de 50 anos Condição clínica Questionário clínico Anamnese e exame objectivo Intervenção preventiva efectiva Problemas relacionados com estilo de vida Obesidade Actividade física Referenciação a programas de intervenção IMC > 30 e pessoas com actividade física diminuida Abuso de substâncias Tabaco 5 A´s e 5 R´s. Ponderar Tx farmacológica. Alcool Rastreio de consumo exagerado de alcool. Aconselhamento. Dça cardiovascular HTA > 18 anos, medição de pressão arterial 2/2 a. RCVG. Dislipidemia > 35 a (> 20 a se RCVG elevado) > 45 a e RCVG elevado DCI / DCV Controlo de HTA, Tx dislipidemia AAS em RCVG elevado Cessação tabágica Aneurisma AAA Rastreio único em Diabetes de tipo 2 Rastreio em adultos hipertensos, assintomáticos RCVG para aferir caso a caso > 65 e < 75 a, fumadores (eco) Quadro Resumo de Recomendações - HdA Prevenção clínica – adultos com mais de 50 anos Condição clínica Dça oncológica Questionário clínico Anamnese e exame objectivo Intervenção preventiva efectiva Neoplasia Mama Mamografia e exame clínico anual Neoplasia Próstata Sem rastreio por PSA Neoplasia colo útero CCV 3/3 anos Neoplasia colorectal > 50 < 75 anos Teste fezes: anual / Colonoscopia: 10/10 anos Outros testes a discutir caso a caso Imunizações Prevenção de fracturas Influenza > 50 a, vacina anual Dça pneumocócica > 65 a Herpes zooster > 60 a, vacina - uma vez Osteoporose DMO > 65 a, < 65 a com risco fract. elevado com risco fracturário elevado Depressão ‘brief screening’ Risco Clínico Prevenção clínica Avelino Ferreira Nelson Rocha 21 de Março de 2013 Boa primavera 2013