SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO
Circular Nº 012/P/2012
Rio de Janeiro, 13 de junho de 2012.
Aos Conselhos Metropolitanos e Diretoria do CNB.
Caros confrades e consócias
“Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”
Assunto: Sobre a participação de membros da SSVP na vida política
Muitas consultas sobre a participação de vicentinos em eleições para cargos eletivos públicos, tem
chegado até este Conselho Nacional.
Mais uma vez gostaríamos de reforçar nosso pensamento sobre o grande papel que a política tem para a
mudança de estruturas e possibilidade de nova e melhor vida para os Pobres. A política que tem como finalidade
o Bem Comum é bem vinda, pois é anseio de todos os homens e mulheres de bem.
Hoje vivemos uma realidade de muitos escândalos na vida de nosso país, no tocante às pessoas que ocupam
cargos públicos. Acabam por buscar o bem pessoal, mesmo que desonesto, em detrimento do bem comum. Qu ase
todos os dias recebemos notícias negativas sobre a vida dos homens públicos. Porém não podemos abandonar
nossa caminhada como cidadãos e como cristãos que enxergam e sabem da importância da vida política para a
construção de uma sociedade mais justa e igualitária em nosso Brasil. Precisamos continuar a luta para que
mulheres e homens do bem ocupem cargos públicos eletivos.
Elas são em maior número que os maus. E as
políticas públicas são importantes para transformar a vida de todos, principalmente dos mais Pobres, os mais
necessitados dessas políticas públicas.
Nossa participação como cristãos e vicentinos é muito importante nessa caminhada política, porém
precisamos de muito zêlo com a participação de nossa Sociedade de São Vicente de Paulo como Instituição na
vida Política de nosso país.
A regra do CGI pede que nenhum confrade ou consócia aceite qualquer missão de representação da SSVP
durante esse período que ocupam alguma função pública. O CNB, em consonância com o pensamento da Igreja no
Brasil editou e publicou um documento intitulado “O Vicentino e a Política – Orientações básicas” no ano de
2002. Importante leitura para todos os dirigentes vicentinos. Serve ainda, apesar dos seus 10 anos, de uma boa
base para nossas interpretações sobre a participação dos vicentinos na política. Muitas dúvidas podem ser
esclarecidas nele.
Para reforçar a posição da SSVP brasileira, ao menos até um novo estudo sobre o assunto, acontecer,
gostaria de reforçar algumas orientações:
1)
Os candidatos vicentinos não necessitam de afastar-se de suas funções como confrade e
consócia, durante a campanha eleitoral. Porém nenhum ato de campanha deverá ser feito durante suas
atividades junto aos assistidos. Importante que o candidato esteja atento para a legislação eleitoral e
que seus atos de caridade não sejam entendidos como crime eleitoral;
Prêmio Direitos Humanos 2004
Sede Nacional- Rua do Riachuelo, 75, Centro
Rio de Janeiro- RJ- CEP 20230 010
21- 2242 3834- Fax-21-2232 3914e-mail- [email protected]
www.ssvpbrasil.org.br
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2)
A definição sobre o afastamento de candidatos, durante a campanha eleitoral, dos
encargos de liderança na SSVP (Diretoria de conselhos, Departamentos, Obras Unidas, Comissões de
Jovens, Ecafos e conferências) fica a critério do respectivo Conselho Metropolitano da região dos
candidatos. Acreditamos ser mais sensato que os respectivos Metropolitanos, conhecedores da realidade
da SSVP na região, estão mais embasados para tal definição.
3)
E que procurem orientar aos interessados.
4)
Nenhuma Unidade Vicentina poderá declarar apoio a candidatos, vicentinos ou não. Como
instituição não pode ter candidatos, inclusive por questões legais.
5)
Em nenhum caso poderão ser usadas sedes da SSVP para manifestação de apoio a
candidaturas e para eventos políticos que estejam em desacordo com a legislação eleitoral.
Mais uma vez convidamos a todos que façam a leitura do Manual “O Vicentino e a Política”. Ele pode ser
esclarecedor para nossas dúvidas.
Lembramos que qualquer que seja o pleito eleitoral, a unidade da SSVP necessita ser preservada. Não
podemos deixar que as disputas eleitorais comprometam nosso caminhar como Família.
Ficamos a disposição para quaisquer outros esclarecimentos necessários e em orações para que as eleições
municipais desse ano em nosso país sejam um momento impar de construção de cidades mais humanas, mais
justas e locais de morada digna para todos, principalmente para os Pobres.
Fraternalmente,
Cons. Ada Ferreira
Cfd. Carlos Henrique David (Kaike)
Presidenta do CNB
Vice-Presidente do CNB
“Se realmente queremos ser úteis aos Pobres e a nós mesmos, façamos que nossa caridade não seja
somente uma obra beneficente, mas que tenha também um caráter ético e cristão.”
(Emmanuel Bailly)
C.C. – Ex Presidentes do CNB.
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