SÉRIE CONSELHOS DE DEUS
EM TEMPOS DE ADVERSIDADE
Estudo 2: Tempo de Aflição
GUIA DO PARTICIPANTE
Vivemos numa época em que todos são individualistas e pragmáticos; são centrados em
seu próprio ser e no que lhes garanta prazer imediato. Seu alvo é a felicidade pessoal. Porém, não
foi isso que Cristo ensinou para seus discípulos: ele previu tempos de adversidade (Jo 16:33).
1 Estudo bíblico: 2 Coríntios 4:7-11
1.1
Contexto histórico
Entender a cosmovisão bíblica de Paulo dá a nossas vidas uma dimensão diferente. Paulo é
um exemplo de abnegação, sacrificando-se em benefício da humanidade. Mesmo assim, era consciente de sua fraqueza. Em sua trajetória nem tudo deu certo. Paulo passou por duras provas, decepcionando-se com pessoas e enfrentando muitas adversidades.
As adversidades serviram para manter Paulo firme na caminhada. Quando nossos propósitos estão atrelados à vontade do Senhor, as adversidades nos ajudam a alcançarmos o alvo (Fp 3:1415). Em Jesus somos convidados a entender esse alvo de Deus, que não é nossa felicidade e sucesso, mas a sua glória. Deus não existe para nós, mas nós existimos para ele. A felicidade ganha uma
dimensão diferente: é produto de uma vida que vive para a glória de Deus.
REFLEXÃO: Deus pode nos usar sem mudar nossas circunstâncias. De que modo Deus tem usado
você em meio às adversidades em sua vida?
1.2
Reconhecendo nossa fragilidade
Na antiguidade, era comum guardar tesouros em vasos de barro, material comum e frágil.
Paulo usa essa figura para nos conscientizar de que o tesouro é o Evangelho e nós representamos o
vaso de barro, frágil e barato, que o contém. O barro fala da natureza humana. Quando Jeremias foi
à casa do oleiro (Jr 18:1-5), ele viu um vaso de barro ser refeito. Então, o Senhor disse: “Como barro nas mãos do oleiro, assim são vocês nas minhas mãos.” (Jr 18:6). Portanto, somos falhos, frágeis;
resta-nos confiarmos no poder de Deus.
Paulo fala do grande poder do Evangelho. Por um lado, é por serem os vasos tão frágeis
que se evidencia o poder de Deus na proclamação do Evangelho. Somos seres humanos pecadores e
tão sujeitos a erros e falhas quanto os demais. Somos também necessitados da graça divina constantemente. Reconhecer esta dependência de Deus elimina a presunção espiritual de sermos algo devido à nossa caminhada com o Senhor. Por outro lado, é preciso salientar que o poder vem de Deus e
nunca de nós. Isto quer dizer que proclamar e viver o Evangelho não depende de sermos gigantes
espirituais, pois Deus quer usar estes simples vasos de barro (nós) para sua obra.
Assim, temos que reconhecer que somos pó! Mas Deus vive em nós e vivemos na sua força. Vivemos de acordo com seus desejos e vontades; fazemos o que Deus quer. O motivo pelo qual
Cristo morreu e ressuscitou, diz Paulo, foi para tornar-se Senhor de todos nós, escravos.
REFLEXÃO: Deus gosta de usar as coisas simples e frágeis para grandes obras. Fazendo uma retrospectiva de sua vida, como Deus já usou você para abençoar outros “apesar de você”?
2
1.3
Perseverando nas adversidades
Paulo estava atribulado, perplexo, perseguido e abatido, trazendo no corpo o morrer de Jesus. Seu vaso de barro estava trincado e arranhado, mas o tesouro celestial permanecia intacto. Ele
passou por estas dificuldades e as aceitou porque sabia que significavam maiores oportunidades de
Jesus manifestar seu poder de ressurreição através dele. Se experimentarmos a presença de Cristo e
de seu poder em nossas vidas, nada poderá nos levar a uma derrota espiritual. Em toda aflição podemos ser mais que vencedores, mediante o amor e poder de Deus. As circunstâncias, às vezes, são
desanimadoras e parecem insuportáveis, mas Deus está conosco. Não podemos mudar muitas circunstâncias de nossa vida, mas podemos mudar nossa atitude frente a elas. As perdas podem ser
inegociáveis, mas temos uma escolha ao refletirmos como lidaremos com essas perdas.
Se ficarmos olhando para o forte vento contrário, afundamos (Mt 14:22-30). Circunstâncias adversas acontecem num abrir e fechar de olhos. Há pessoas e situações que tememos, mas, se
olharmos para Cristo, é através desses elementos que virão suas bênçãos para nossa vida. Devemos
fixar nossos olhos nele e não na tempestade. O Senhor jamais nos desampara.
REFLEXÃO: Em momentos de aflição, a voz de Deus se contrapõe à voz das circunstâncias. Já vivenciou isso em sua vida? A qual voz você escutou?
1.4
Sendo entregues à morte
Para um cristão ministrar vida a outra pessoa, precisa experimentar em sua própria vida a
operação da morte. Todo sofrimento por amor a Cristo faz com que reflitamos a graça dele àqueles
que estão ao nosso redor. Se desejamos ser instrumentos dele, temos que conhecer o caminho da
fraqueza. Nossas dores serão as sabedorias da Graça que trarão vida a outros.
Temos um tesouro eterno habitando em nossa fraqueza. Tal consciência gera uma paz que
excede nosso entendimento. Afinal, nossas adversidades são leves e passageiras (2Co 4:17), mas
produzem peso eterno de glória. Por fora fracos, mas por dentro poderosos em Cristo Jesus.
REFLEXÃO: Qual sua atitude diante das aflições? Você consegue depender exclusivamente da força
de Deus continuar vitorioso e cumprindo a missão em meio ao seu sofrimento?
2 Atividades para a semana
2.1 Atividades sugeridas pelo líder
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2.2 Motivos de oração do grupo
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Conselhos de Deus em Tempos de Adversidade