Violência Étnica no Século XX
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Sociedades multi-étnicas.
Linhas de fratura.
Desintegração imperial.
Racismo.
Holocausto durante a Segunda Guerra.
Pogroms na Rússia.
Genocídio armênio.
Levante no Oriente Médio.
Darwinismo Social
• Aplicação imprópria do darwinismo
biológico para as sociedades/raças
humanas.
• Raças européias-nórdicas são mais
fortes/inteligentes/marciais/laboriosas/
masculinas.
• Raças africanas-asiáticas são
fracas/débeis/femininas/dependentes.
Cetshwayo
Guerra contra Zulus
• Europeus tem armas superiores pois são a raça
superior.
• “A lógica prova que
o negro e o chinês
estão abaixo do
nível do homem
ranco”.
• Cetshwayo: “não há
lágrimas suficientes para
chorar por nossos mortos”.
Integração
• Primeiro passo: miscigenação.
• Franz Boas (prof. Na Columbia University):
casais de brancos e negras para reduzir as
tensões raciais.
• Resistência dos racialistas.
• Estados nos EUA banem casamentos mistos.
• Reação mais extrema: na Alemanha.
• Primeiro: judeus eram os mais endógamos.
A “Questão Judaica”
• Comunidades judaicas na Europa –
poucos casamentos externos.
• “Racismo científico” chega no fim do XIX
na Alemanha.
• Gobineau traduzido em 1898.
• Poucos alemães emigraram para colônias.
• Darwinismo social aplicado aos judeus.
• Miscigenação entre alemães e judeus era
considerada “herética”.
A “Questão Judaica” – 1870 - 1890
• Sangue alemão não irá resistir à
miscigenação.
• “Veja o que aconteceu com os normandos
e francos, viraram franceses”.
• Racistas alemães começam a defender a
proibição dos casamentos mistos.
• H.S. Chamberlain: Alemanha enfrenta a
escolha entre “homogeneidade ou caos”.
A “Questão Judaica”
• Theodor Fritsch: “Catecismo anti-semita”:
É um crime contaminar a nobre essência
de sua raça com a matéria judaica”.
• Anti-semitismo parece espúrio na
Alemanha pois:
• Judeus: 1% da população alemã.
• Assimilados.
• Casamentos mistos permitidos em 1875.
A “Questão Judaica”
• 1876: judeus prussianos: 5% casaram-se
com não-judeus.
• 1900: 8.5%.
• Para todo o Reich: de 7.8% em 1901 para
20.4% em 1914.
• Esses casamentos ocorriam onde as
comunidades judaicas eram grandes.
• Maior integração de todo o mundo.
Caso Dreyfus - 1894
• Memorando – “bordereau”.
• Capitão Alfred Dreyfus acusado de
espionar para os alemães.
• Falta de provas.
• Dreyfus sentenciado a prisão perpétua.
• Inocente.
• Conspiração.
• Vítima: judeu.
Ferdinand Walsin-Esterházy
Ferdinand Walsin-Esterházy
Voltando para a Alemanha
• Anti-semitas começam a propagar a idéia
de que a miscigenação irá corromper a
“raça alemã”.
• Miscigenação crescente.
• Líder pan-germanista: Heinrich Class – o
critério para definir “quem é judeu” é o da
fé religiosa no ano da unificação, 1871.
• “O bisneto de um convertido em 1875 é
judeu”.
A “Questão Judaica”
• Na Alemanha – anti-semitismo existia
entre alguns esquerdistas: equiparavam
judeus a capitalistas.
• Crença disseminada entre judeus
alemães: “miscigenação resolverá os
problemas”.
• A “questão judaica” seria resolvida por
meio da dissolução espontânea.
Sionismo/Dissolução
• Anti-semitismo da década de
1890:
• Theodor Herzl – criação de um
Estado judaico.
• Walther Rathenau: integração
motivada pelas similaridades
culturais entre alemães e judeus.
Anti-semitismo e Economia
• Ascensão social.
• Entre a esquerda: Bakunin e Proudhon
viam judeus como “parasitas”.
• 1889: na Alemanha: Partido Social Antisemita Alemão.
• Fundia racistas conservadores e socialdemocratas.
Anti-semitismo e Economia
• 31% das famílias alemãs mais ricas eram
judias.
• 22% dos milionários prussianos eram
judeus.
• Judeus alemães bem representados entre
profissionais liberais: 1% da população;
mas 1 entre 9 médicos, 1 entre 6
advogados.
Anti-semitismo e Economia
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Bem representados entre:
Editores de jornais.
Jornalistas.
Diretores de teatro.
Acadêmicos.
Sub-representados entre o oficialato.
Anti-semitismo: a vingança de ineptos.
Zona de Residência
• Judeus tinham se mudado para a região
da Polônia na Idade Média.
• Padrão de movimento e fixação no
território continua em direção ao Leste até
o século XVIII.
• Catarina II: estabelece a Zona de
Residência em 1791.
• Judeus não podem residir fora desta zona.
Zona de Residência
• Judeus: súditos de segunda classe do
Czar.
• Exceção: comerciantes judeus ricos.
• Askhenazim: 70% dos 10.6 milhões de
judeus em 1901.
• Recrutamento  conversão (25 anos de
serviço).
• Cotas de 10% nas escolas.
Zona de Residência
• Anti-semitismo na Rússia: tardio.
• Crenças chegam da Europa Ocidental.
• “Judeus misturavam sangue de criança no
pão durante a Páscoa”.
• Pogroms: tinham ocorrido também na
Europa Ocidental na Era Moderna e Idade
Média.
• Chegam na Rússia no final do XIX.
Polônia e Ucrânia.
Pogroms - Causas
• Crescimento da população urbana
judaica.
• Sucesso econômico de parte da
população judaica na Rússia.
• Envolvimento de judeus na política
(absolutamente pequeno, mas
relativamente importante).
• Anti-semitismo moderno.
Pogroms - Causas
• Crescimento da população urbana
judaica.
• Zona congregava várias etnias.
• Judeus por vezes eram majoritários.
• Viviam em bairros judaicos – mas não
guetos.
• Geralmente os judeus representavam
parte importante da população urbana nas
áreas onde houve pogroms.
Pogroms - Causas
• Sucesso econômico de parte da
população judaica na Rússia.
• Fim do século XIX: momento de ótimas
oportunidades na Rússia czarista.
• Fim da servidão decretado.
• Reforma agrária.
• Industrialização.
• Judeus excluídos da posse da
terracomércio + educação.
Pogroms - Causas
• Envolvimento de judeus na política
(absolutamente pequeno, mas
relativamente importante).
• Judeus ultra-representados em
organizações revolucionárias e de
esquerda.
• Judeus: 11% dos delegados bolcheviques
e 23% dos mencheviques no congresso
de 1907. Desproporção.
Pogroms - Causas
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Anti-semitismo moderno.
Racismo prevalente no Ocidente.
Medo de conspirações judaicas.
“Protocolos dos Sábios do Sião” (1903).
Falsificação da Rússia Czarista.
Conversão não irá bastar.
Erradicação dos judeus.
Pogroms
• Março de 1881: assassinato do Czar
Alexandre II pelo movimento anarquista
Terra e Liberdade (aprox. 50 membros).
• 224 pogroms entre abril e agosto.
• 16 mortos.
• Governo provavelmente instigou os
ataques.
• Alegou-se que a população russa era
explorada pelos judeus.
Pogroms
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Fenômeno espontâneo.
Comunidades multi-étnicas.
Economicamente voláteis.
Instigados por rivais/competidores russos.
Indiferença da população não-judaica.
Poucas punições.
Imigração judaica toma vulto.
Pogroms de 1903 a 1906
• Crença russa que judeus faziam sacrifício
humano.
• Guerra Russo-Japonesa intensifica
pogroms.
• 660 no total. 3.000 judeus mortos.
• Revolução de 1905 agrava mais ainda os
tumultos.
• Revolucionários seriam judeus.
• Nem sempre governo apoiou os pogroms.
Pogroms
• Antagonismo étnico mais forte que
político.
• Revolução Russa de 1905: origina-se da
derrota na guerra. Tsushima.
• Soviete (conselho criado em S.
Petersburgo).
• Trotsky (Lev Bronstein): derrota é culpa do
regime czarista.
Pogrom de Ekaterinoslav, 1905.
Império Otomano
• 1908: Jovens Turcos tomam poder em
Instambul.
• Turquia se modificava de império para
Estado-nação.
• Jovens Turcos: CUP – Comitê para União
e Progresso.
• Modernizar para não sucumbir.
• À semelhança do Japão.
Jovens Turcos
• Modelo: Alemanha.
• Expresso do Oriente.
• Decisão turca de se juntar às Potências
Centrais segue aliança pré-guerra.
• Nacionalismos: governo turco suspeita
das minorias étnicas dentro de seu
território.
• Fragmentação imperial.
Genocídio Armênio
• Armênios:
• Minoria religiosa.
• Envolvimento desproporcional em
comércio.
• Atualmente o governo turco se nega a
reconhecer o genocídio.
• Evidência histórica é inegável.
• Diplomatas americanos.
Genocídio Armênio
• Relatório de Henry Morgenthau, Jr.:
• Mehmed Talaat Pasha – Ministro do
Interior da Turquia:
• “Os que são inocentes hoje devem morrer,
pois amanhã serão culpados”.
• Jovens Turcos: “tudo não passa de
retaliação a uma insurgência pró-russa”.
• Mesma resposta dada ao Papa Bento XV.
Genocídio Armênio
• Relatos de estrangeiros.
• Cidadãos alemães.
• Rafael de Nogales Mendéz.
• Mercenário venezuelano.
• Ordem:
• “Exterminar todos os
homens com mais de 12
anos.
Controvérsias
• Revisionismo turco alega que atrocidades
foram “acidentais”.
• Relatos de turcos, sobreviventes e
estrangeiros existem em número
suficiente para provar o contrário.
• Palavra genocídio cunhada em 1943 (por
um judeu polonês) para definir o episódio.
• Mortos: entre 1 e 1,5 milhão.
Desembarque em Galípoli
• Abril de 1915 – ofensiva britânica no
estreito de Dardanelos.
• Rechaçada.
• Mustafá Kemal.
• Atatürk.
• Alternativas:
• Palestina e Basra.
Derrota em Galípoli
• Rússia ainda interessada na passagem
para o Mediterrâneo.
• Explora a aliança com França e GrãBretanha para reavivar seu antigo
interesse.
• Acordo Sykes-Picot - 1916.
• Divisão do mundo árabe.
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