O FÍCIOS E M ESTERES .... 3
N.º 3
abril
2013
F ALAR NA PRIMEIRA P ESSOA …... 4
BOLETIM
Educ@
REFEITÓRIOS E SCOLARES … 11
CÂMARA MUNICIPAL DE ODIVELAS
(…) a cidade oferece importantes elementos para uma formação integral: é um sistema complexo e ao mesmo tempo um
agente educativo permanente, plural e poliédrico, capaz de contrariar os fatores deseducativos. (…) O seu objetivo permanente será o de aprender, trocar, partilhar e, por consequência, enriquecer a vida dos seus habitantes.
in Carta das Cidades Educadoras, 2004
Juventude +
22 de abril a 25 de maio
O
SPMS) para a realização de
Setor de Dinamização
diversas atividades que visam ir
Juvenil vai levar a cabo um con-
ao encontro dos interesses da
junto de iniciativas para comemo-
população juvenil do Concelho.
rar o mês da Juventude no Con-
Workshops de teatro, cinema,
celho de Odivelas. De entre as
malabarismo, Peddy Paper, Salsa
parcerias e apoios vamos poder
e Zumba, Mostra de Talentos,
contar com as Associações Juve-
Tarde de Grafiti, Capoeira, Feira
nis, de Escoteiros e entidades
das Oportunidades, Pedalada,
particulares (Strada Shopping,
Café Concerto, Rastreio Audioló-
Colorize, Audiomédica, Academia
gico, Mostra Profissional, entre
Arte e Dança, Ballet Vita, Metro-
outros. São muitas as iniciativas
politano de Lisboa, Primeira Arte,
destinadas à população jovem, o
Lx Pro, THEOFPROD, Fernando
convite está feito.
Simões & The Tribe, Cartoonista
Vem comemorar connosco!!
André Carrilho, Carla Caldeira da
2
Vai Acontecer
CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO PARA O PARQUE DOS BICHOS
Solidariedade
No âmbito das comemorações do Mês da Juventude, o Setor de Dinamização Juvenil colabora com
o Gabinete Veterinário Municipal a fim de angariar materiais e comida para os animais do Parque
dos Bichos. De 22 de abril a 25 de maio colabore, deixando os seus donativos na Casa da Juventude. Os bichos precisam de ração, cobertores, mantas, medicamentos, trelas, coleiras, brinquedos,
champôs e muito mais. SEJA SOLIDÁRIO, AJUDE-NOS A AJUDAR.
III Jornadas SEI! Odivelas – Ser Aluno
Ap r e n d e r
No próximo dia 11 de maio, no auditório dos Paços do Concelho – Quinta de Memória, terão lugar
as III Jornadas SEI! Odivelas, subordinadas ao tema “Ser Aluno” e onde se debaterão temas sobre
a realidade escolar, entre os quais a Escola Pública, o Ensino à Distância, a Motivação para o Estudo, entre outros. A entrada é livre, mediante inscrição prévia.
Informações: [email protected] ou 219 320 359.
SEMINÁRIO sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável
Ap r e n d e r
Vai realizar-se no dia 25 de maio, no Auditório da Quinta da Memória, um seminário de apresentação do Projeto de Formação "Cidadania e Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Uma
abordagem Curricular", desenvolvido pela Escola Profissional Agrícola D. Dinis — Paiã e o Centro
de Formação Borges de Medeiros, em parceria com a Câmara Municipal de Odivelas, envolvendo
os professores do Curso de Educação e Formação de Tratamento de Animais em Cativeiro. Pretende contribuir para a integração dos valores inerentes à sustentabilidade em todas as formas de
aprendizagem.
Ficha Técnica
Edição - Câmara Municipal de Odivelas | Divisão de Planeamento e
Intervenção Socioeducativa [DPISE]
R. Laura Alves, n.º 5 – 1º piso | Urbanização da Ribeirada |
2675-608 Odivelas | Tel.: 219 320 350 | Fax: 210 410 418
E-mail: [email protected]
Internet: http://www.cm-odivelas.pt
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subscrição do mesmo, envie uma mensagem de correio eletrónico para
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Ofícios e Mesteres
do tempo de D. Dinis, em Odivelas
F
oi no dia 13 de abril, entre as 10h00
as 17h00, no Mosteiro de São Dinis e
Participaram nesta iniciativa o/a:
SãoNBernardo
E T W O ReKno
S Largo de D. Dinis, que
se saltou no tempo para a época do Rei
Agrupamento de Escolas Avelar Brotero;
Lavrador. Monges, Marceneiros, Agriculto-
Agrupamento de Escolas D. Dinis;
res, Menestréis, Ferreiros, Bruxas, Tecelões, Padeiros entre outras profissões
foram recriadas por alunos das escolas do
concelho.
Agrupamento de Escolas de Caneças;
Agrupamento de Escolas da Póvoa de Sto.
Adrião;
Agrupamento de Escolas Vasco Santana;
O público aderiu em grande número. Desde a
comunidade educativa, aos pais e aos munícipes, de forma empenhada, dedicada e entusiasta, animaram e deram vida às atividades.
Conservatório de Música D. Dinis;
O programa, muito diversificado, contou
Escola Profissional Agrícola D. Dinis – Paiã;
A iniciativa Um dia no Mosteiro com D. Dinis:
com dramatizações, música, poesia, pas-
Escola Secundária de Caneças;
Ofícios e Mesteres teve como objetivos valori-
seios de pónei, exposições, jogos tradicio-
Escola Secundária de Odivelas;
nais e animação circulante.
Escola Secundária Pedro Alexandrino;
Escola Secundária da Ramada;
zar e difundir as boas práticas, na vertente
artística, através da promoção da criatividade e
do estabelecimento de parcerias entre todos os
atores do ensino, mas também de valorizar o
Instituto de Ciências Educativas;
papel dos próprios alunos, enquanto agentes
Instituto de Odivelas;
de disseminação da identidade local associada
LXPRO, empresa de formação musical.
ao contexto histórico e cultural de época, junto
dos seus pares e comunidade educativa.
Rastreio infantil
para as Dificuldades de Linguagem
prometer significativamente o processo de
De 15 a 19 de abril, a Câmara
Municipal de Odivelas, através
do Projeto SEI! Odivelas, promoveu uma
campanha com o objetivo de rastrear, gratuitamente, as Dificuldades de Linguagem em
crianças que frequentem os Jardins de Infância e as escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico dos agrupamentos de escola onde se
encontrem a funcionar os Gabinetes de
Apoio Psicológico, afetos ao Projeto SEI!
Odivelas. Atualmente, estes Gabinetes funcionam na Pontinha, Arroja, Caneças e
Póvoa de Santo Adrião.
As Dificuldades de Linguagem podem com-
aprendizagem e o sucesso escolar do aluno,
assim como a sua integração social e o seu
desenvolvimento global. Acredita-se que
muitos casos carecem de acompanhamento
adequado ou estão por diagnosticar. É por
isso fundamental disponibilizar aos técnicos,
docentes e pais a informação e a formação
necessárias para ultrapassar as lacunas e
dificuldades sentidas no âmbito destas problemáticas.
O Município de Odivelas está determinado
em contribuir para o despiste precoce deste
tipo de dificuldades, sensibilizando para a
importância da prevenção primária, como
garante do sucesso escolar e global das
nossas crianças e jovens.
4
Falar na pr imeir a pessoa
A Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP)
e o Corpo Nacional de Escutas (CNE)
No
mês em que se celebra a
não estão a fazer aquilo para que foram cria-
que são diferentes dos da Pontinha. Basica-
Juventude convidámos dois
dos.
mente são essas as distinções.
nis nacionais, cujos grupos (AEP) e agrupa-
João Leandro
Relativamente à representação das crianças e
mentos (CNE) constituem mais de 50% do
As associações de escoteiros são uma parte
jovens do sexo feminino e do sexo masculino,
movimento associativo juvenil do Concelho
da formação complementar e nós não nos
é igual. Ambas as associações trabalham com
de Odivelas. Subscrevem ambas a educa-
pretendemos substituir ao papel da escola nem
rapazes e raparigas. Inicialmente Baden
ção não formal e para a cidadania e preten-
ao dos pais, mas acabamos por complementar
Powell idealizou o escotismo apenas para
dem contribuir para o crescimento e desen-
essa formação. Paralelamente é uma formação
rapazes, tal com demonstra o livro escrito por
volvimento de pessoas ativas na constru-
que é feita a todos os níveis, em vários aspe-
ele, a que deu o nome Escotismo para rapa-
ção de um mundo melhor.
tos de cada jovem, e o nosso funcionamento é
zes. Dois anos depois surge um outro movi-
idêntico ao do CNE. Procuramos responder e
mento, o guidismo, criado inicialmente pela
Para compreender como isso acontece,
formar os jovens em várias áreas da sua for-
irmã de Baden Powell e depois liderado pela
convidámos o Chefe João Leandro do Gru-
mação pessoal, seja a nível cívico, físico e
sua esposa, que acharam que as raparigas
po 19 da Pontinha da AEP e o Chefe de
social. Dessa forma tentamos que os jovens
também poderiam dar o seu contributo. Acaba
Agrupamento José Ramos do Agrupamento
cresçam mais conscientes.
por ser uma associação à parte, cujos valores
representantes, de duas associações juve-
e princípios são idênticos, e que ainda hoje se
1177 de Famões do CNE, para uma converO que distingue a Associação dos Escotei-
mantém. O escotismo, propriamente dito, evo-
ros de Portugal (AEP) e o Corpo Nacional
luiu com o tempo, e começou a aceitar também
de Escutas (CNE)?
raparigas.
mentos para uma formação integral.” Con-
João Leandro
No caso da AEP existem quatro divisões, divi-
sideram que os grupos de escoteiros e de
Os princípios e os valores são os mesmos.
didas por escalões etários: a alcateia (dos 6
escutas são dois desses elementos? Se
São exatamente iguais, baseados naquilo que
aos 11 anos) os escoteiros (dos 11 aos 14
sim, em quê?
Baden-Powell, que é o fundador do escotismo,
anos), os exploradores (dos 14 aos 17 anos) e
idealizou. Ao nível das principais diferenças,
depois os caminheiros (dos 17 aos 21 anos).
José Ramos
enquanto que o CNE é uma associação criada
Apenas nas divisões entre os 11 e os 17 anos,
Diria que são dois
pela Igreja Católica, a AEP tem carácter inter-
no nosso caso, temos patrulhas só com rapa-
elementos essen-
confessional, acolhendo jovens de todas as
zes e só com raparigas. Isto acontece porque
ciais dessa forma-
religiões… e basicamente é essa a distinção
nesta idade, as raparigas amadurecem um
ção integral. Aliás o
essencial. Depois para quem está de fora pro-
pouco mais rápido que os rapazes e entendeu-
escutismo nasce
vavelmente vê os escoteiros e não os diferen-
se que funcionalmente seria mais adequado se
cia, e essencialmente o que os distin-
os jovens estivessem organizados desta forma.
sa.
Na Carta das Cidades Educadoras afirma-se
que “[…] a cidade oferece importantes ele-
por causa de
Baden-Powell que
descobre a neces-
gue é o uniforme. Portanto as diferen-
Não é uma questão sexista, mas sim funcional.
ças não são assim tantas. Os lenços que
sidade de integralmente educar os
se utilizam no CNE são por secção, e todos os
José Ramos
jovens. Nós temos um programa educativo do
escuteiros do país, da mesma secção têm a
Concordando com o Chefe João, vou acres-
Corpo Nacional de Escutas (CNE) que tem
cor dessa secção. Na AEP os lenços são por
centar que o Centro de Escoteiros, a AEP,
sete dimensões diferentes de educação e ten-
grupo, ou seja, em cada localidade todos os
surge primeiro em Portugal, logo que surge o
tamos que todas essas dimensões sejam abar-
elementos desse grupo, independentemente
escutismo. Posteriormente, no ano 20 do séc.
cadas pela educação que queremos dar aos
da idade, usam o mesmo lenço. Por exemplo,
XX, D. Avelino de Matos que na altura estava
jovens. Se os escuteiros não forem desses
os escoteiros da Pontinha usam todos o mes-
na Igreja de Braga, ao assistir a um desfile
elementos educativos da cidade, não têm
mo lenço, dos 6 aos 21 incluindo os chefes, no
com 17.000 escoteiros em Roma percebeu que
razão de ser, perdem a sua essência e o
nosso caso é Preto e Vermelho. Os escoteiros
o escutismo era um excelente método de evan-
melhor é extinguirem o agrupamento porque
de Odivelas utilizam todos os mesmos lenços,
gelização. Trouxe então o escutismo católico
5
para Portugal. Já existia o Centro de Escoteiros
de adultos, isto é adultos que se queiram
jovens e a contribuir para a formação deles, ou
de Portugal quando o CNE apareceu.
empenhar e queiram ser dirigentes chefes. As
mesmo que entrem, acabam por se afastar
crianças querem e nem sempre nós adultos
pouco tempo depois. Muitos dos dirigentes que
Como dizia o Chefe João, o que nos une é
conseguimos dar resposta
muito mais do que aquilo que nos separa. O
por falta de espaço e tam-
que nos separa são pormenores, têm a sua
bém por falta de adultos
importância mas são coisas mínimas. O que
formados, elementos fun-
nos une é muito melhor e é muito mais amplo.
damentais para fazermos
Aliás, nós em Portugal temos a Federação
um escutismo bom. Nós
Escutista de Portugal onde está quer um corpo
sabemos a importância dos
quer outro, está a AEP e o CNE, e juntos repre-
adultos e fazemos a sua
sentamos o escutismo de Portugal a nível mun-
seleção e por isso temos vários cursos ao fim-
de e vontade em transmitir os seus conheci-
dial na Organização Mundial de Escutismo.
de-semana com trabalhos, com pedagogia,
mentos. Existem alguns que vêm realmente de
Nós, em termos internacionais, representamo-
com psicologia, com segurança em campo,
fora mas não são muitos. Estão um, dois ou
nos em conjunto. Ora é um chefe da AEP que é
com legislação, com toda uma série de temas
três anos e acabam por se afastar porque real-
o Chefe de Contingente, ora é um chefe do
de formação, e nem toda a gente está disposta
mente as pessoas começam a pensar que
CNE, e os miúdos vão todos juntos sem qual-
a perder o seu tempo a sua vida familiar para
também têm família em casa e filhos. No nosso
quer distinção. Somos irmãos escutistas e essa
se formar e poder ser dirigente. Não é fácil,
caso, muito dos dirigentes que vêm de fora
é a grande caraterística, não é diferença, é
mas diria que as crianças e jovens procuram-
acabam por ficar porque ou têm filhos escotei-
semelhança. É sermos todos irmãos e acredi-
nos muito acima daquilo que é a nossa capaci-
ros e ficam ligados ao grupo, ou acabam por
tarmos nos mesmos valores.
dade de resposta.
trazer os filhos para serem escoteiros no grupo
Relativamente à representação das crianças e
João Leandro
filhos. Ao nível de recetividade dos jovens ela
jovens do sexo feminino e do sexo masculino,
Concordo, penso que os jovens estão bastante
existe, mas se calhar os grupos nem sempre
no CNE foi assim [como acontece na AEP] até
recetivos a aderirem ao movimento escotista no
têm condições materiais e recursos humanos
aos anos 70. A partir dos anos 70 passámos a
Concelho de Odivelas. No caso da AEP exis-
para dar resposta a todas as solicitações de
tentar juntá-los sempre, mas há agrupamentos
tem cinco grupos a funcionar no Concelho, que
crianças e jovens que nos procuram.
que fazem como a AEP, isto é, dos 10 aos 14
ao nível da grande Lisboa é certamente um dos
anos, que são os exploradores, há agrupamen-
Concelhos que tem mais grupos da AEP, e
Considerando os princípios e os objetivos
tos que têm patrulhas de rapazes e patrulhas
penso que a
do movimento escutista, que reflexos consi-
de raparigas separadas, exatamente pela mes-
nível nacional
deram que os mesmos podem ter na forma-
ma razão que o Chefe João disse que é o
também. As
ção pessoal destes futuros adultos?
desenvolvimento das raparigas ser muito maior
maiores limita-
em termos físicos, intelectuais e espirituais.
ções passam
João Leandro
Nós, pessoalmente em Famões, temos tudo
exatamente
Um pouco como foi dito inicialmente acabámos
misto. Mas não tenho opinião sobre qual o
pelas condições
por referir isto. O escotismo ou a formação
sistema melhor. Reconheço que quer um quer
que temos a
escotista que é dada nos escoteiros abrange
outro têm vantagens e inconvenientes e não
nível material e
um leque muito variado de áreas de formação
consigo ver mais vantagens de um lado do que
ao nível de insta-
dos jovens e isto acaba por resultar no passar
do outro. Aceito os dois sem qualquer preocu-
lações que não
pela responsabilização das tarefas, desde os
pação e juízo prévio.
nos permitem receber mais, ou tantos elemen-
mais novos dos 6, 7 anos de idade. As crianças
«No caso da AEP existem cinco
grupos a funcionar no Concelho,
que ao nível da grande Lisboa é
certamente um dos Concelhos que
tem mais grupos da AEP, e penso
que a nível nacional também.»
João Leandro
nós acabamos por ter
são jovens que tiveram o
seu percurso escotista,
que passaram para a
chefia e acabaram por
ficar porque viveram o
escotismo e sabem como
é que é e têm necessida-
e aproveitam para passar o tempo com os
tos como gostaríamos, e também a nível de
são chamadas a assumir responsabilidades,
De referir ainda que a AEP comemora este ano
dirigentes porque os recursos de adultos são
obviamente adequadas à idade de cada uma
o seu centenário e o CNE celebra 90 anos.
mesmo uma necessidade. Os recursos de adul-
na atribuição de tarefas com autonomia, apren-
tos são provavelmente a maior limitação exata-
dem a trabalhar sozinhas e em equipa porque
Pela vossa experiência, consideram que as
mente pelo que foi dito, isto exige muito tempo
estão inseridas em pequenos grupos e têm que
crianças e jovens do Concelho de Odivelas
da parte dos dirigentes, muita disponibilidade e
aprender a lidar com os outros, a ser solidários
estão, ou não, recetivos para aderirem à
nem toda a gente está disposta a abdicar do
e tolerantes. Ao nível da solidariedade apren-
prática do escutismo?
seu tempo, porque é um trabalho voluntário.
dem a pensar um pouco mais nos outros e a
Ninguém nos paga para andar nesta atividade,
deixar de pensar só neles próprios. Ao nível do
José Ramos
antes pelo contrário, nós gastamos muito
desenvolvimento físico, o escotismo tem um
Manifestamente sim, todos os agrupamentos
dinheiro com os escoteiros. Ou é alguém que
papel importante e ao nível social os escoteiros
de escuteiros e corpo nacional de escutas têm
está realmente muito interessado num princípio
são ensinados a não ter medo de assumirem
listas de espera, não têm é espaços e recursos
de missão e em dedicar o seu tempo a formar
esse seu papel.
6
Muitas das vezes um dos problemas que
Chefe João também já disse, as coisas não
eles respondem], “este ano queremos ir acam-
temos nos dias de hoje é que as pessoas
são dadas aos escuteiros, eles são obrigados
par para a Serra da Estrela” e nós pergunta-
acabam por ter um papel passivo na socieda-
a alcançá-las, têm que trabalhar para elas.
mos “Onde? Quando? Com que objetivo?
de e nós tentamos transmitir um pouco o con-
Por exemplo, as famosas angariações de
Qual é a comida?”. Eles preparam a alimenta-
trário. Todos devemos dar o nosso contributo
fundos, a imagem que nós temos dos escutei-
ção, fazem o programa. Numa atividade gran-
e quem sabe se todos dermos um pouco de
ros a vender rifas, é fundamental para nós
de há atividades-surpresa que são preparadas
nós, talvez tenhamos um mundo um pouco
como pedagogia. Não é para “cravar”, é para
pelo chefe, obviamente. Se bem que também
melhor do que aquele que temos. É essa a
os fazer perceber que nós podemos ir à Lua.
lhes é pedido que tipo de atividade é que
mensagem que tentamos transmitir aos nos-
Agora, para isso temos que fazer o projeto,
querem de surpresa. Imaginam um raide, de
sos escoteiros. A vantagem que o escotismo
temos que construir o foguetão e temos que
15 km, pela Serra da Estrela. Claro que não
tem em relação a outras instituições, se calhar
ter meios para ele e eles vão tentar. Os nos-
dizemos previamente onde é que vão passar
muitas vezes até em relação à escola, é o
sos escuteiros foram há quatro anos a Roma,
mas se eles querem um raide, os chefes pre-
facto de ser aplicado o método da educação
com passagem por diversos outros sítios e
param. Temos atividades, ditas, de técnica
pela ação ou seja, eles aprendem fazendo,
cada pai pagou cerca de € 70,00. Para isso
escutista, acampamentos, atividades mais
experimentando, cometendo erros. Não é só
fizeram uma noite de fados, fizeram camiso-
radicais como rapel, slide, escalada, canoa-
teoria, eles são confrontados com diversos
las, fizeram um conjunto de coisas. Miúdos de
gem e é esse tipo de atividades que os jovens
obstáculos que eles próprios têm que ultra-
bairros sociais, e miúdos mais pobres, que
normalmente têm em acampamentos. Depois,
passar e arranjar forma de os superar.
nós temos, não conseguiriam ir se não fosse
toda essa dimensão mais técnica, mais ligada
assim. A ideia que nós lhes transmitimos é “o
à Natureza, é dada uma carga valorativa.
José Ramos
mundo é vosso, está nas vossas mãos, vocês
Cada atividade portanto tem um imaginário.
Seria naturalmente fastidioso ocupar muito
podem fazer tudo, têm é que trabalhar para
Por exemplo, pode ser o Harry Potter, pode
espaço da entrevista para dizer quais são
isso”. É um pouco a ideia que o Chefe João
ser o Sr. dos Anéis, pode ser um tema para
para mim todos os benefícios que em termos
falava de não nos demitirmos da nossa res-
nós pagão ou um tema católico, mais cristão,
valorativos o escutismo, como movimento,
ponsabilidade, não só individual mas também
mas tem que ser sempre dentro de um tema
pode trazer às crianças. Olhando para o atual
comunitária. A terceira dimensão é a dimen-
que é explorado ao nível dos valores. E
mundo comunitário,
são da defesa dos valores
depois todas as atividades que temos, por
«(…) todos os juntos são capazes
de alcançar o máximo, se trabalhadimensões que me
rem de forma inteligente em equiparecem aqueles mais
pa. Exige respeito, conhecimento,
capazes de dar resposobjetivos comuns (…)»
que o Chefe João também
exemplo rapel, não fazemos rapel só por o
já aflorou que é, “eu acre-
fazer. Fazemos rapel para que eles descu-
dito nisto, estes são os
bram que naqueles esforços que estão a fazer
meus valores e eu afirmo-
conseguem alcançar objetivos. Nada dá mais
ta à crise, não no senti-
me”. “Outros têm outros
gozo do que olhar para um miúdo e ele dizer
valores que eu não tenho
«eu não consigo, eu não consigo, eu não
e eu respeito, mas estes
consigo…» e depois conseguir ter uma cara
evidenciaria três
do financeiro mas à
José Ramos
crise humana, à crise
social no seu todo. Primeiro, o facto de traba-
são os meus.” E é lugar comum dizer que
de felicidade. Um miúdo com 10 anos conse-
lharem, como o Chefe João já fez questão de
estamos perante uma crise de valores e se
guir fazer isso e aqui não é só um valor que
referir, em grupo, i. e., os seres são prepara-
calhar estamos mesmo, porque depois o resto
está por detrás. Fazemos atividades de natu-
dos para perceberem que o centro do mundo
é circunstancial, e felizmente para os miúdos,
reza mais social: o “Banco Alimentar”, em que
não é o seu umbigo, os seres existem e coe-
é importante perceber o que são valores e que
quer a AEP quer o CNE participam, o “Limpar
xistem com outros seres semelhantes que
sejam capazes de os defender. Eu destaco
Portugal”, e fazemos atividades mais concre-
exigem respeito e com eles devem colaborar
estas três dimensões – a vida em grupo, cres-
tas. Obviamente que há pessoas na nossa
no sentido de alcançar o bem comum. A
cimento responsável (a responsabilização
zona onde residimos em que têm mais dificul-
patrulha quando nasce é isso, é um grupo de
subjetiva) e a defesa dos valores.
dades a quem damos apoio de alimentos,
damos roupa, mas normalmente são coisas
sete ou oito miúdos, que nós juntamos, cada
um tem uma função e todos juntos conse-
Que tipos de atividades desenvolvem regu-
que não queremos divulgar para não tornar
guem fazer tudo. Costumamos dizer que um
larmente ao longo do ano?
públicas as situações em concreto. Mas tentamos sempre transmitir esta ideia de responsa-
sozinho só consegue fazer aquilo em que é
bom mas há-de haver na patrulha outro que
José Ramos
bilidade aos miúdos. Fazemos também ativi-
faz bem aquilo que esse faz mal e, todos os
As atividades em sede e fora de sede. As
dades de modo que todos participem anual-
juntos, são capazes de alcançar o máximo, se
atividades na sede são fundamentalmente
mente nas atividades da nossa comunidade
trabalharem de forma inteligente em equipa.
para preparar as que são realizadas fora.
paroquial de Famões. Fazemos missas, expo-
Exige respeito, conhecimento, objetivos
Preparar ao nível da segurança, ao nível do
sições, crismas. Participamos em todas essas
comuns, respeito por esses objetivos. Outra
projeto. Nós no início do ano temos desenvol-
atividades que a Igreja nos pede.
dimensão é a de responsabilização, que o
vido “o que é que vocês querem fazer?” [e
7
Pede-nos atividades não só de natureza mais
cial, obviamente que os chefes tentam colma-
dos, entre as 14:30 e as 17:30 sendo que, no
religiosa como atividades de natureza sócio
tar essa lacuna. Se for uma coisa que não é
primeiro fim-de-semana de cada mês reunimos
cultural e recreativa. Nós fazemos noites de
tão essencial eles vão chegar ao local e vão
ao domingo entre as 10h00 e as 13h00 na
fados, de teatro, vamos a museus, levamos
perceber que se esqueceram de algo e para a
nossa sede, que fica junto à Igreja da Ponti-
miúdos que de outra forma não visitariam um
próxima não vão cometer o mesmo erro. É a
nha. Basta aparecer numa das nossas reu-
museu pois os pais têm dificuldades económi-
tal questão da educação pela ação. E relativa-
niões e nós damos mais pormenores porque é
cas, e nem sempre têm um nível cultural para
mente às atividades, basicamente fazemos o
muito mais fácil explicar pessoalmente o que é
perceber a importância ou valorizar a ida a um
mesmo tipo de atividades que se fazem no
preciso fazer.
museu, ou ao lidar com um livro, por exem-
CNE. Procuramos abranger as várias áreas de
plo…
formação que pretendemos atingir, e tentamos
Quanto à proveniência das crianças, o Grupo
fazer atividades dedicadas a isso. Se quere-
19 aceita escoteiros da Pontinha, freguesia
João Leandro
mos consciencializar ao nível da natureza e do
onde está sediado, mas também de qualquer
O que gostava de acrescentar um pouco mais
ambiente fazemos limpezas aos espaços ver-
outra freguesia vizinha, ou até mesmo de
ao que foi dito é a questão da participação dos
des, plantação de árvores, colocação de
outros concelhos.
jovens na definição daquilo que vão fazer ao
ninhos. Se queremos trabalhar a questão da
longo do ano. Também na AEP as coisas fun-
destreza física, fazemos atividades de canoa-
As limitações físicas e psicológicas não são
cionam da mesma forma, temos reu-
gem, rapel, caminhadas, e esse tipo de coisas.
impedimento para entrarem para o movimento
niões semanais em sede, e temos as
Se queremos abordar a questão da solidarie-
desde que o grupo tenha condições para acei-
atividades fora da sede, sendo que é
dade, fazemos campanhas de recolhas de
tá-los porque, nem todos os grupos têm pes-
na sede que se preparam as restan-
alimentos, de brinquedos, de roupas e depois
soas que saibam lidar com esse tipo de limita-
tes. No início do ano os dirigentes
as respetivas entregas, fazemos campanhas
ções, mas só por si, não constitui impedimento.
definem os objetivos gerais que se
de sangue, etc. Basicamente as atividades que
Obviamente terão que procurar os grupos que
fazemos estão relacionadas com os objeti-
tenham condições para receber esses jovens.
vos que pretendemos atingir…
Esta é uma das vertentes daquilo a que na
AEP se designa de “Escotismo para Todos”.
prePara quem estiver interessado em aderir
aos vossos grupos, que condições/
José Ramos
requisitos devem reunir e como o podem
Nós funcionamos de modo semelhante à AEP
fazer?
mas somos católicos. A pessoa que inscrever
o filho assume um compromisso de educação
tende que o Grupo atinja ao
João Leandro
cristã católica do filho. Por isso, batizado ou
longo do ano, que podem pas-
No nosso caso, a nível de requisitos, basta ter
não batizado, recebemos toda a gente e
sar por aumentar o efetivo, conseguir uma
6/7 anos (depende da entrada na escola), ter
depois, no caminho que se vai fazendo a pes-
sede, angariar fundos para uma atividade
interesse em aderir ao Movimento Escotista
soa será naturalmente convidada aos sacra-
específica, etc. Depois, cada Divisão estabele-
que nós estamos dispostos a recebê-los de
mentos, ao batismo, se não for batizada. Há
ce os seus próprios objetivos e define os seus
braços abertos. Também terá que se identificar
um projeto de vida cristã que é feito de educa-
planos trimestrais. E são os próprios jovens
com os valores e com os princípios que o
ção cristã e que passa pelo batismo, pela pri-
que definem o que querem fazer ao longo do
escotismo defende, além de ter disponibilidade
meira comunhão, pelo crisma, todo o ritual
ano, idealizam, planeiam e realizam. Isto por-
aos fins-de-semana, já que a atividade é anual
conhecido da Igreja Católica, que é feito.
quê? Desde logo por uma questão de respon-
e realizada semanalmente.
O restante é exatamente igual [à AEP], recebe-
sabilização, e depois para ir ao encontro do
que eles realmente querem. Isto porque os
Relativamente aos contatos, temos o
mos qualquer pessoa, de qualquer raça.
adultos muitas vezes têm a ideia de que
facebook: https://www.facebook.com/groups/
sabem o que é que os jovens querem e depois
AEP.Grupo19/ e o blog: http://
Relativamente aos contatos, temos o
na verdade não é bem assim e acaba por des-
abracadabra19.blogspot.pt/. onde têm todas as
facebook – http://pt-pt.facebook.com/pages/
motivar os próprios jovens e leva-os a afasta-
informações disponíveis.
Agrupamento-1177-Fam%C3%
B5es/202708178243 - onde têm todas a infor-
rem-se. Daí que o escotismo procura responder a esse problema, envolvendo os jovens
Se preferirem, podem contactar por e-mail para
nas decisões, nos planeamentos, na definição
[email protected] ou por telefone para o
de objetivos e também na própria definição das
914 876 604.
mações disponíveis.
A sede é no Casal da Silveira, na antiga Igreja
da Silveira, e abriu na semana passada. Fize-
atividades. São os próprios jovens que definem
previamente o que fazer, como fazer, o que
Ao nível de localização, nós neste momento
mos umas grandes obras no espaço que era a
levar, etc. Se alguma coisa falhar, e for essen-
estamos a reunir no Pinhal da Paiã, aos sába-
antiga Igreja pois temos um efetivo de cerca
8
de 130 crianças, só em Famões, e não tínha-
mos-lhes os olhos e dizemos-lhes “isto é um
me parece que vá mudar. Provavelmente o
mos espaço. Agora finalmente temos o espa-
jogo para crianças que não veem” e eles
que será necessário é preparar os jovens para
ço para fazer escutismo com outra qualidade.
fazem o jogo para perceberem que é aquela a
o tipo de discurso que irão encontrar.
dificuldade que os outros têm. Às vezes fazeRelativamente à proveniência das crianças,
mos jogos usando cadeiras de rodas na mes-
Nós fazemos questão de continuar a participar
temos crianças da Brandoa, de Casal de
ma perspetiva e fazemo-lo com alguma fre-
no órgão, com uma representação mais
Cambra, Benfica, entre outros. No entanto, de
quência.
jovem, pois vai também ao encontro dos nos-
acordo com a nossa ordem de prioridade,
sos princípios – a preparação dos jovens para
aceitamos em primeiro lugar os irmãos, depois
Ambos os vossos Grupos fazem parte da
um exercício consciente e frutuoso de cidada-
as crianças e jovens da comunidade paroquial
composição do Conselho Municipal da
nia. Uma cidadania ativa, não meramente
e da freguesia de Famões e por fim a quem
Juventude de Odivelas (CMJO). Como vêm
reativa e que procura fazer o bem por essa
vive fora da freguesia.
essa vossa participação neste órgão con-
via.
sultivo e de informação da Câmara MuniciTodos nós, a AEP, o CNE e o Movimento
pal de Odivelas? [O CMJO tem como obje-
E considero que a mera existência do órgão,
Mundial do Escutismo, tende a caminhar para
tivo promover a participação na vida cívica,
para os jovens perceberem que o seu valor é
o que é designado como “Escutismo Especial”
cultural e política dos jovens, sobre as
importante, é essencial para esta nossa
que é para jovens com
mais diversas temáti-
dimensão de cidadania.
problemas. Há pouco
«E considero que a mera existência
tempo conheci um diri-
do órgão [CMJO], para os jovens per-
João Leandro
gente do CNE que é cego
ceberem que o seu valor é importan-
Eu concordo que o CMJO é muito partidariza-
no ACANAC
[Acampamento Nacional
cas.]
José Ramos
te, é essencial para esta nossa dimen- Nós participámos na prisão de cidadania.»
meira reunião mas não
do e que as questões que se discutem também o são, talvez muito por culpa de quem lá
pudemos participar na
está em representação das juventudes parti-
[2012], em Idanha-a-Nova
segunda e não percebe-
dárias, e que estão mais habituados a estas
e vi outros em cadeiras
mos que, nessa primeira
práticas, do que os próprios escoteiros, que,
do CNE], em agosto
José Ramos
de rodas.
reunião, era para tomar posse, o que acabou
por sua vez, estão mais habituados a lidar
por levar a que, quem tomou posse foi um
com os jovens e, na prática do dia-a-dia, a
Nós [Agrupamento 1177] não temos pessoas
adulto. No entanto, para a próxima reunião,
trabalhar com os jovens, não estando tão
com conhecimentos técnicos que possam
vamos enviar uma carta onde iremos referir
sensibilizados para as potencialidades de um
acompanhar essas crianças. Naturalmente,
que queremos estar representados por um
órgão como este.
este tipo de escutismo exige um acompanha-
jovem. A maior parte dos agrupamentos do
mento técnico.
CNE e dos grupos da AEP que lá estão, estão
Acho que a alteração desta situação passará
representados por um adulto, o que eu consi-
muito pela participação dos grupos da AEP e
dero um erro.
dos agrupamentos do CNE, uma vez que
Temos no agrupamento dirigentes que são
psicólogos, educadores de infância, que con-
temos um peso bastante grande ao nível da
seguem lidar com algumas situações, proble-
E já deliberámos em direção do agrupamento
representação, neste órgão. Talvez, se come-
mas psicológicos e até algumas deficiências
que para a próxima reunião irá um jovem,
çarmos a tomar consciência, trabalhando
específicas pequenas mas, mais do que isso,
provavelmente com cerca de 20 anos de ida-
juntos, podemos ter um papel importante na
não nos arriscamos a aceitar porque não
de, que saiba o que está a fazer e tenha capa-
decisão, na participação, na apresentação de
temos como dar resposta podendo estar a
cidade para falar em nome do agrupamento.
ideias, e talvez possa passar por aí a mudan-
fazer pior, do que melhor à criança.
Ainda em relação ao CMJO, acho que há uma
ça e levar a que este órgão se foque mais
carga demasiado política, no que aqui a políti-
naquilo que são as preocupações dos jovens
ca tem de menos bom.
do concelho e não tanto naquilo que são as
Por isso, temos três ou quatro crianças com
“problemas”, mas não são “problemas” muito
acentuados.
preocupações dos partidos que estão no
Acho que tem havido demasiada discussão
CMJO.
política e menos discussão sobre as preocuHá contudo agrupamentos que têm esta
pações dos jovens, isto é, mais discussão
Faz sentido que o órgão, em si, comece a
dimensão do “Escutismo Especial” e que acei-
partidária do que propriamente política. Nessa
direcionar a sua atenção para aquilo que preo-
tam.
dimensão, o órgão não terá todas as potencia-
cupa os jovens no seu dia-a-dia.
lidades que deveria ter.
Por outro lado, é prática habitual nos nossos
Na vossa opinião, e tendo em conta as
acampamentos fazer jogos que são para
De qualquer modo, percebo que assim seja.
competências do CMJO, que outro papel
crianças com “problemas”. Por exemplo, tapa-
Obviamente faz parte da sua essência e não
consideram que poderia ter este órgão no
9
futuro, para a promoção da qualidade de
jovens. E porque também com a participação
ramente nos ajudará, e que nos auxilie na
vida e bem-estar da juventude do Concelho
dos pais que são quem melhor conhece as
nossa função educativa. Queremos apenas
de Odivelas?
crianças e os jovens? Poder fazer uma sessão
pedir possíveis muito pragmáticos mas acho
pública e aberta, do órgão, na Pontinha, em
que a relação de proximidade que sempre
João Leandro
Famões ou aqui em Odivelas e receber os
existiu com a Sra. Presidente deve continuar a
Nas decisões que dizem respeito aos jovens,
jovens e os pais, como já é feito nas Juntas de
existir de parte a parte.
seria importante que este órgão não fosse
Freguesia e nas Assembleias Municipais.
meramente consultivo. Obviamente, dentro
João Leandro
Ouvir pessoas ligadas à juventude, eu diria
Neste caso gostava de poder partilhar da
que é possível alterar o órgão não perdendo a
opinião que o Chefe José Ramos relativamen-
Talvez decisões mais “pequenas” pudessem
sua natureza consultiva mas tornando os seus
te ao relacionamento que temos tido com a
passar por este órgão, uma vez que é aqui
membros mais conscientes dos direitos dos
CMO mas, da nossa parte, não tem sido sem-
que estão representadas as associações que
jovens. Acho que era possível, talvez nem
pre assim.
trabalham diretamente como os jovens que,
sendo necessária uma alteração legislativa e
por sua vez, é um número significativo no
seria também uma forma de aproximar o
A CMO faz-nos
concelho.
poder autárquico da comunidade.
inúmeras solicita-
das limitações legais que se impõem.
ções ao nível de
As questões da qualidade de vida e de bem-
No âmbito da vossa relação institucional
iniciativas que reali-
estar, passam pelas diversas instituições
com a CMO, o que esperam de futuras
za e o grupo tem
representadas assumirem o seu papel, darem
parcerias entre ambas as entidades?
sempre respondido
de forma positiva,
os seus contributos com projetos e ideias que
tragam dos seus grupos, do trabalho direto
José Ramos
dentro das nossas
com os jovens.
Primeiro, por uma questão de justiça, tenho
possibilidades, a
que dizer que ao longo destes anos em que
essas solicitações. Da nossa parte
José Ramos
eu chefio o agrupamento de Famões, a CMO
sentimos que não temos recebido respostas
Percebo a preocupação de transformar um
manifestou forte preocupação para com os
equivalentes, por parte da CMO, às nossas
pouco a natureza do órgão mas tenho alguma
escuteiros de Famões. Cedeu-nos um terreno
solicitações.
dúvida que, do ponto de vista constitucional,
para construção de uma nova sede, o que
que fosse admissível devido ao fato do órgão
aconteceu antes da crise atual.
não ter uma legitimidade eleitoral e estar a
Ainda assim, tenho a agradecer a atribuição
ao Grupo 19 de um espaço no Pinhal da Paiã,
impor a sua vontade a órgãos democratica-
Tivemos, no entanto, que rever os nossos
que embora não resolva o nosso problema em
mente eleitos.
planos porque não tivemos dinheiro para o
termos de dimensões para o número de esco-
projeto de construção. Mas a Câmara esteve
teiros que temos, permite-nos que sirva de
sempre connosco e tentou sempre dar-nos o
base para inúmeras atividades no próprio
Parece-me um pouco complicado mas admito
essa possibilidade.
De todo o modo,
penso que o
órgão, ainda
assim, com a atual
que foi possível.
«Poder fazer uma sessão pública e
aberta, do órgão, na Pontinha, em
Famões ou aqui em Odivelas e
receber os jovens e os pais (…)»
José Ramos
configuração,
Pinhal, nomeadamente para as reuniões
semanais.
A Sra. Presidente e a Sra.
Vereadora da Juventude visita-
Somos um Grupo que celebrou o seu 45º
ram várias vezes Famões e
Aniversário no passado dia 23 de Abril e pre-
falaram comigo, com o nosso
tendemos no futuro haja uma maior aproxima-
Padre, com outros chefes do
ção à Câmara Municipal, ao nível de parce-
poderia ter outras valências para evitar uma
Agrupamento e com várias crianças. Percebe-
rias, nomeadamente através da concretização
certa partidarização, por exemplo, fazer o
ram as nossas dificuldades e mostraram sen-
de alguns projetos que temos em mente, de
órgão reunir em sedes de associações de
sibilidade real e efetiva para os problemas.
iniciativas a desenvolver no Concelho e que
jovens. Para perceber no local as suas dificul-
Ajudaram-nos no que puderam e é da mais
prevemos apresentar brevemente.
dades, quais são as aspirações do AE da
elementar justiça reconhecê-lo.
Pontinha, do CNE de Famões ou de uma
grupo de jovens de um escola, descobrir o
No futuro, não queremos “ser privilegiados”
que lhes falta.
em relação a outras dimensões tão importantes como a juventude ou a juventude escutis-
Descentralizar e fazer sessões públicas. Tal
ta, em particular, do concelho. Queremos
situação não alterava a natureza do órgão e
continuar a ter um executivo que perceba o
tornava-o mais consciente dos problemas dos
que é o escutismo porque, se perceber, segu-
10
Biblioteca Escolar Maria
Teresa Maia Gonzalez
Na EB1/JI de Famões
No atual contexto educativo, a Bibliote-
Perante o contributo de Maria Teresa
ca Escolar constitui, sem dúvida, uma
Maia Gonzalez de há uns anos a esta
vertente imprescindível da educação
parte (desde 2009) ao nosso Agrupamento/
faz com que a sua escrita, chegue ao coração
obrigatória e gratuita e um excelente
Bibliotecas Escolares, não só pela sua partici-
dos alunos.
contributo para dinamizar a escola em
pação e disponibilidade total em colaborar no
espaço de cultura, de investigação, de
Projeto Ler Consigo, desenvolvido pelos profes-
Esta homenagem decorreu no dia 16 de abril de
produção, de cooperação e de partilha
sores de Português da Escola sede e outras
2013 na Biblioteca Escolar /Escola EB1/JI de
de saberes, contribuindo para a forma-
atividades promovidas pela Biblioteca Escolar,
Famões que contou com a presença da Escrito-
ção e autonomização intelectual dos
como pela menção e dedicação à Escola EB
ra Maria Teresa Maia Gonzalez, a Diretora do
nossos alunos.
2,3 António Gedeão em alguns dos seus livros,
Agrupamento a Sudoeste de Odivelas, a Presi-
A biblioteca escolar afirma-se cada vez
nomeadamente na obra Partilhar da coleção
dente da Câmara Municipal, o Presidente da
Espírito da Quinta como ainda pelas generosas
Junta de Freguesia de Famões, a Coordenado-
doações de alguns exemplares da sua obra às
ra Concelhia da Rede de Bibliotecas Escolares
nossas bibliotecas escolares, foi com enorme
a Dra. Isabel Antunes, de entre outros ilustres
prazer, que lhe foi prestada a singela homena-
convidados.
gem, atribuindo o seu nome à biblioteca escolar
da Escola E.B.1/JI de Famões, reconhecendo
A todas as pessoas, que contribuíram para que
todo o seu esforço em estar presente
este projeto se concretizasse, um muito obriga-
sempre que solicitada, agradecendo o
da.
carinho e a simpatia que irradia e conta-
As professoras bibliotecárias
Maria Antónia do Carmo e Maria Emília Antunes
gia cada vez que visita a Escola, o que
Juventude +
3 de maio (6ª feira)
21h30-00h30 – Danças na Casa: salsa e kizomba, com a Academia Arte e Dança
Local – Casa da Juventude
4 de maio (sábado)
10h00-17h00 – Workshop Escrita Criativa
Local – Casa da Juventude
10h00-17h00 – Peddy Paper com AEP Grupo
205 Famões
Local – Famões
10h-17h – Foto-Peddy Paper com AEP Grupo
199 Casal do Rato
Local – por todo o Concelho
10h00-18h00 - Grafit’Art com Ivo Santos da Primeira Arte atelier & Gallery
Local – Strada Shopping
5 de maio (domingo)
15h00-16h00 – visita ao Convento de D. Dinis
Local – Convento de São Dinis e São Bernardo
16h00-17h00 – Ginástica Avós e Netos
Local – Largo D. Dinis
8 de maio (4ª feira)
10h00-12h00/14h30-16h30 – Um dia no Parque
dos Bichos
Local – Parque dos Bichos, Paiã
9 de maio (5ª feira)
10h00-12h30/14h00-17h30 – Rastreio
Audiológico
mês da juventude
Local – Casa da Juventude
10 de maio (6ª feira)
21h00-00h30 – Mostra de Talentos com Escola
Secundária Pedro Alexandrino, EB 2,3 Vasco
Santana, Escola EB 2+3 Mestre Domingos
Saraiva (a confirmar) e Escola Dança da Pontinha (a confirmar)
Local – Polivalente da Junta de Freguesia de
Odivelas
11 de maio (sábado)
10h00-12h00/14h30-16h30 – Workshop de Teatro com Bárbara Estevão
Local – Casa da Juventude
10h00-18h00 - Workshop de Sexualidade com a
AGP 1ª Companhia de Odivelas
Local – Salão Multiusos da Junta de Freguesia de Famões
17 de maio (6ªfeira)
17h00-18h30 – Conversas na Biblioteca
(Orçamento Participativo Jovem)
Local – Escola Secundária de Odivelas
18 de maio (sábado)
10h00-12h00/14h00-16h00 – Workshop de Malabarismo com THEOFPROD
Local – Casa da Juventude
21h00 -00h30 – Teatro “Principezinho” da Escola
EB2,3 Carlos Paredes
Local - Casa da Juventude
19 de maio (domingo)
9h30-12h00 – Pedalada
Local – Concelho de Odivelas
14h00-19h00 – Feira das Oportunidades - Compra, Venda e Troca, com demonstração de
Capoeira e Zumba
Local – Jardim da Música
14h00-19h00 – Festa do Linceu com LXPRO
Local – Jardim da Música
21 de maio (3ª feira)
10h00-18h00 – Mostra Profissional
Local – Pavilhão Multiusos de Odivelas
22 de maio (4ª feira)
10h00-18h00 – Mostra Profissional
Local – Pavilhão Multiusos de Odivelas
23 de maio (5ª feira)
10h00-18h00 – Mostra Profissional
Local – Pavilhão Multiusos de Odivelas
24 de maio (6ª feira)
17h00-18h30 – Conversas na Biblioteca
(Orçamento Participativo Jovem)
Local – Escola Secundária de Odivelas
25 de maio (sábado)
15h00-17h00 – Atelier Mix, com Isabel Jorge
Local – Casa da Juventude
21h00-00h30 – Café Concerto com Dj’s THEOFPROD e Fernando Simões & The Tribe.
Local – Casa da Juventude
11
Refeitórios Escolares
As Ementas Escolares
Este mês no Boletim Educ@ dedicamos este suplemento aos
refeitórios escolares, através do qual se pretende, de forma
sucinta, explanar as dinâmicas relacionadas com o funcionamento dos refeitórios escolares de gestão da Câmara Municipal de Odivelas, dando especial relevância às ementas escolares e à promoção de hábitos alimentares saudáveis.
Nos últimos anos tem-se verificado um aumento do número
de crianças que utilizam os refeitórios escolares, por referência ao prolongar do tempo de permanência dos alunos nos
estabelecimentos de ensino. Neste contexto, a importância
do fornecimento de refeições escolares que promovam hábitos alimentares saudáveis, através da variedade de alimentos
servidos, da quantidade e do equilíbrio das refeições fornecidas, é amplamente reconhecida pela comunidade escolar e
pela sociedade em geral.
Estudos recentes efetuados em
Portugal revelam o aumento da
prevalência de excesso de peso e
obesidade infantil, estando estes
indicadores associados ao aumento
de doenças crónicas, tais como a
diabetes tipo2, as doenças cardiovasculares, a hipertensão, a síndrome metabólico e alguns tipos
de cancro.
Intervenção Sócio Educativa (DPISE), garante o fornecimento de 3 refeições diárias (pequeno-almoço, almoço e lanche)
aos alunos de pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico da
rede pública, de acordo com os princípios dietéticos e de
segurança alimentar, referenciados nos documentos normativos sobre alimentação nas escolas emanados pelo Ministério
da Educação, Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento
Curricular, em 2007.
Elaboração das ementas escolares
As ementas escolares do Concelho de Odivelas são elaboradas e aprovadas por um técnico de nutrição, com o objetivo
de disponibilizar e garantir a variedade de alimentos, nas
combinações, cores, formas, consistência, técnicas de preparação e confeção, privilegiando-se
as opções mais saudáveis.
Durante a vigência das ementas é
efetuada uma avaliação à satisfação e aceitação das mesmas por
parte das crianças e da comunidade escolar, sendo efetuadas alterações às ementas aprovadas, sempre que se justifique. Neste contexto, a CMO aceita que a consistência e apresentação da sopa seja
adaptada à população escolar,
Estes resultados estão particularpermitindo que, na maioria dos
mente relacionados com hábitos
refeitórios escolares seja efetuado
alimentares menos saudáveis e
o fornecimento de sopas maioritacom o aumento do sedentarisriamente passadas, atendendo à
mo. Quanto aos hábitos alimenresistência dos alunos em tomar a
tares, verifica-se que a disponisopa com legumes “inteiros”, tendo
bilidade e o consumo de alimen- Fonte: Boletim do Ministério da Saúde - A Nova
como objetivo a inclusão da sopa
tos ricos em açúcares, em gor- Roda dos Alimentos … Um guia para a esconos hábitos alimentares das crianlha
alimentar!
duras e energia é superior ao
ças, e a introdução progressiva de
recomendado.
Verifica-se,
legumes inteiros na mesma.
igualmente, que o consumo de produtos hortícolas,
frutas e leguminosas secas é insuficiente para suprir
No entanto, é ainda importante ressalvar o papel da educaas necessidades nutricionais das crianças e jovens.
ção alimentar por parte das famílias, para melhorar a aceitação das refeições fornecidas nas escolas, por parte das
Importância da refeição escolar
crianças. Esta estratégia cria na criança uma motivação
“extra” para experimentar e aceitar todos os alimentos que
Perante esta realidade, a escola e o refeitório
constam nas ementas escolares.
escolar assumem um papel primordial para a
educação alimentar, não apenas através dos
Através das visitas efetuada aos refeitórios escolares constaconteúdos curriculares, mas também através da
ta-se que os alimentos menos aceites pelas crianças incidem
oferta de refeições seguras que incluam todos
sobre os vários tipos de peixe (à exceção do atum), os leguos alimentos presentes nos vários grupos da
mes confecionados, as saladas, as leguminosas secas (grão,
nova Roda dos Alimentos, para que as crianfeijão, lentilhas) e as leguminosas frescas (ervilhas, favas);
ças sejam progressivamente capazes de
devendo estes, sempre que possível, ser promovidos no
fazer escolhas saudáveis, através do recomeio familiar e no meio escolar através do acompanhamento
nhecimento, disponibilidade e prova dos
e do exemplo dos adultos.
alimentos.
A Câmara Municipal de Odivelas (CMO),
através da Divisão de Planeamento e
12
Composição das refeições escolares
Diariamente o almoço fornecido nos refeitórios escolares, é
composto pelos seguintes elementos:
Uma sopa de vegetais frescos tendo por base, a batata,
os legumes, as leguminosas secas ou as leguminosas frescas. A introdução de canja ou sopa de peixe é permitida com
uma frequência máxima de duas vezes por mês;
Um prato de carne ou pescado, em dias alternados, com
os acompanhamentos básicos igualmente alternados
(massa, batata, arroz e leguminosas secas ou frescas - estas
últimas uma vez por semana), incluindo obrigatoriamente,
legumes cozidos ou crus;
Um pão de mistura;
Uma sobremesa composta por fruta da época, simultaneamente com a fruta pode haver doce/gelatina/gelado/
iogurte, uma a duas vezes por semana, preferencialmente
nos dias em que o prato principal é peixe;
Água, (única bebida permitida);
Relativamente à confeção, só é permitido fornecer fritos
uma vez em cada duas semanas.
Considerando que os pequenos-almoços e lanches fazem
parte da atividade do refeitório, a elaboração e preparação
destas refeições regem-se pelas orientações emanadas no
documento sobre Bufetes Escolares – Orientações, divulgado
em 2012 pela Direção-Geral da Educação.
A composição destas refeições intermédias é composta pelos
seguintes géneros alimentícios/frequência:
Sandes (de fiambre, ou queijo, ou manteiga, ou doce, ou
marmelada) – Diário;
Bolachas maria/torrada ou bolachas de água e sal – 1 a 2
vezes por semana;
Pão-de-leite – Frequência quinzenal;
Leite simples ou iogurte sólido ou líquido de aromas —
Diário;
Leite achocolatado – 1 a 2 vezes por semana;
Néctar de frutas em pacote tetrapack – 1 vez por semana;
Peça de fruta – 2 a 3 vezes por semana.
Para a promoção destas refeições, as crianças são incentivadas em meio escolar, a efetuar a ingestão de todos os géneros alimentícios que compõem as refeições, promovendo a
variedade e diversidade de sabores. Assim a composição dos
pequenos-almoços e lanches só é alterada por motivos de
saúde e/ou por motivos étnico-religiosos.
Alteração das ementas por motivos de
saúde e/ou étnico religiosos
A alteração e personalização das ementas standard *
(almoço, pequeno-almoço e lanche), apenas pode acontecer
por motivos de ordem médica (alergias ou intolerâncias alimentares) ou por motivos étnico-religiosos. Após a sinalização da alteração das dietas é fornecida uma ementa diferenciada (ex: alteração da confeção, alteração das quantidades,
alteração da oferta de alimentos…), ajustada às necessidades específicas das crianças, sendo fornecidos alimentos
permitidos e tolerados pelas crianças.
* Standard — Padrão
Relativamente ao fornecimento dos géneros alimentícios
com caraterísticas específicas, como por exemplo, os
alimentos sem lactose (leite
ou iogurtes sem lactose), os
produtos alimentícios sem
glúten (pão sem glúten, massas sem glúten, bolachas sem glúten) ou o fornecimento de
carne “Halal”, estes serão substituídos por outros alimentos,
que possam ser tolerados, permitidos e ingeridos pelas crianças.
Em situação de intolerância gastrointestinal aguda será fornecida uma dieta específica para o efeito, desde que a refeição
seja solicitada e encomendada até às 10h do próprio dia.
Monitorização da Prestação do Serviço
Com o objetivo de criar um sistema de vigilância e monitorização, ao longo do ano letivo a CMO/
DPISE efetua visitas aos refeitórios
escolares, onde se incluem as inspeções
de cariz microbiológico realizadas pelo
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo
Jorge e as inspeções de segurança aos
equipamentos e redes
a gás (efetuadas de
acordo com a legislação em vigor) pelo
Instituto Tecnológico
do Gás, contando
ainda com a colaboração diária das
coordenações
das escolas, que
efetuam a avaliação
diária das refeições fornecidas.
Os encarregados de educação que identifiquem inconformidades na prestação do serviço, ou que necessitem do esclarecimento de dúvidas, deverão dirigir-se,
em primeira instância, à coordenação do estabelecimento de ensino que articulará as questões suscitadas com a Câmara Municipal de Odivelas. Este
circuito pretende ser um elemento facilitador da
comunicação, procurando solucionar as anomalias
existentes em tempo útil, preconizando estratégias
proactivas de atuação.
A gestão dos refeitórios escolares e o fornecimento de refeições escolares são processos
dinâmicos, que envolvem não só as necessidades nutricionais e dietéticas das crianças, mas
também as necessidades socio-económicas
das famílias. Assim, diariamente somos confrontados com novos desafios e novas
necessidades, que exigem um trabalho de
cooperação e melhoria, e de uma comunicação assertiva entre todos os intervenientes (comunidade escolar e da CMO/
DPISE) em prole da melhoria das refeições fornecidas.
13
EDITORIAL
Autocarro decorado
por crianças fará
carreira pelo Concelho
C onsiderando a complexidade do contexto social e
Promoveu o 1º Orçamento Participativo Jovem
económico atual, o exponencial crescimento do
como forma de estimular e desenvolver mecanismos
desemprego jovem, os desequilíbrios demográficos,
de democracia participativa. Esta experiência permi-
mas também a excecional capacidade de adaptação
tiu aos jovens, em contexto educativo, participarem
e de sucesso profissional demonstrado pelos jovens
nos processos decisórios das estruturas democráti-
em geral, quando procuram soluções alternativas e
cas, através do debate, entre pares, da seleção e
de combate à crise, quer internas quer externas,
decisão de propostas de ação concretas, destinadas
verificamos que estamos perante cidadãos bem pre-
aos próprios jovens e a inscrever no Orçamento
parados, responsáveis e de pleno direito na socieda-
Municipal para execução.
de.
Implementou o Conselho Municipal da Juventude,
Consciente desta realidade e imbuída do espirito e
órgão consultivo e representativo das estruturas
dos princípios da Carta das Cidades Educadoras,
nacionais e locais da juventude, que funciona como
que defendem que “A cidade educadora deverá ofe-
espaço privilegiado, de participação, consulta, dis-
recer a todos os seus habitantes, enquanto objetivo
cussão e colaboração dos jovens na definição das
cada vez mais necessário à comunidade, uma forma-
políticas municipais de juventude, no aprofundamen-
ção sobre os valores e as práticas da cidadania
to do conhecimento dos indicadores económicos,
democrática: o respeito, a tolerância, a participação,
sociais e culturais da juventude, entre outros. Este
a responsabilidade e o interesse pela coisa pública,
órgão reúne periodicamente.
seus programas, seus bens e serviços”, a Câmara
Municipal de Odivelas tem vindo a implementar um
Para além das políticas setoriais que dizem respeito
conjunto de novos projetos no âmbito da Cidadania
aos jovens, educação, habitação, cultura, empreen-
Ativa e da Democracia Participativa:
dedorismo jovem e Conselho Municipal da Juventu-
Câmara Municipal e a Rodoviária
de Lisboa apresentam, pelo 2º
ano consecutivo, o autocarro
vencedor do Concurso Em Odivelas, Segurança… Total!
No âmbito do Projeto SerSeguro,
que este ano comemora 10 anos,
a Câmara Municipal de Odivelas
realizou o Concurso Em Odivelas,
Segurança… Total!.
O Concurso, cujo primeiro prémio
será a decoração exterior de um
autocarro que faz carreira pelo
Concelho, teve o patrocínio da
Rodoviária de Lisboa.
A sessão solene de entrega de
prémios do Concurso foi realizada
na manhã do dia 23 Abril, no Auditório do Pavilhão Multiusos, e contou com a presença de alunos e
dos vários parceiros e agentes
formadores do Projeto SerSeguro.
de, a Câmara Municipal de Odivelas desenvolve e
Promoveu o Projeto “Eu Cidadão”, que se traduziu
apoia a realização de ações e atividades no âmbito
na oferta de um conjunto de 18 sessões de formação
da cidadania, do voluntariado jovem e promove
cívica, destinadas aos jovens do Concelho na faixa
anualmente o Mês da Juventude, momento alto de
etária dos 15/16 anos, nos domínios das autarquias
promoção e valorização das boas práticas do movi-
locais, estado, participação e cidadania, com o objeti-
mento associativo jovem, das organizações locais e
vo de conciliar a comunicação e a cidadania. Foram
dos estabelecimentos de ensino no domínio da edu-
abrangidos neste projeto 1400 jovens, alunos do 10º
cação não formal.
ESCOTEIROS E ESCUTAS
Associação dos Escoteiros de
Portugal
http://www.escoteiros.pt/new_site/
Corpo Nacional de Escutas
http://www.cne-escutismo.pt/
ano de escolaridade dos estabelecimentos de ensino
secundário e profissional do Concelho.
A N AVEGAR
Visite os nossos escoteiros e escutas:
Neste sentido queremos contar com o contributo dos
jovens na construção de um concelho cada vez
Promoveu o “Executivo Jovem” como forma de
melhor, mais integrador, onde estes possam crescer,
potenciar a participação ativa dos jovens na comuni-
estudar e trabalhar.
AEP Grupo 9 do Olival Basto
http://www.grupo9aep.xpg.com.br/
index.html
AEP - Grupo 11 de Odivelas
https://www.facebook.com/escoteirosG11
dade, de promover a Literacia Democrática e de
desenvolver estratégias indutoras da aquisição de
competências que lhes permitam a construção de
uma análise critica e a consolidação da participação
dos alunos na Comunidade Local. Esta iniciativa é
uma parceria com a comunidade escolar do Concelho de Odivelas. Tratou-se da apresentação e discussão de problemas concretos do meio escolar numa
simulação pedagógica de uma Reunião Pública de
Câmara, que contou com a participação ativa dos
alunos das escolas secundárias e profissional, na
preparação, organização e realização, em que os
alunos se substituíram ao Executivo Municipal.
Fernanda Franchi
AEP - Grupo 199 da Pontinha
https://pt-pt.facebook.com/
Grupo199EscoteirosPortugal
AEP - Grupo 205 de Famões
https://www.facebook.com/escoteiros.205
CNE - Agrupamento 879 da Póvoa de
Sto. Adrião
http://agr879cne.blogspot.pt/
CNE - Agrupamento 1242 da Ramada
http://www.facebook.com/pages/CNEAgrupamento-1242Ramada/190610880986896
CNE - Agrupamento 69 de Odivelas
CNE - Agrupamento 1177 de Famões
http://www.moinhosdevento.lisboa.cneescutismo.pt/
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Boletim Educ - Câmara Municipal de Odivelas