Ano XV Nº 274 | agosto, setembro e outubro de 2011 JORNAL DA AJURIS Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul MAGISTRATURA DEBATE COM A SOCIEDADE PACTO FEDERATIVO e O BRASIL SEM LEI DE IMPRENSA Pautaram os debates DESNUDANDO A DEMOCRACIA BRASILEIRA Maurício Macedo Institucional Mantendo a determinação de participar dos grandes debates nacionais, pautamos este segundo semestre no enfrentamento de temas de extrema relevância à sociedade, como o Pacto Federativo e a Liberdade de Imprensa. Embora polêmicos, não nos furtamos de estimular a discussão na forma mais ampla possível, na crença de que, assim, caminharemos para o aperfeiçoamento das instituições democráticas, dentre elas o Poder Judiciário e outros segmentos vitais como a mídia. Duas chapas concorrem à Presidência da AJURIS Registradas no dia 1º de novembro as chapas Atua, AJURIS! e Renovação concorrerão ao pleito da entidade no dia 8 de dezembro. A chapa eleita administrará a Associação no biênio 2012/2013. Abaixo, a íntegra das nominatas: Chapa 1 - Atua, AJURIS! Conselho Executivo O nosso IX Congresso Estadual pautou, sem tabus, os problemas enfrentados para que possamos efetivar a Federação, iniciando também o debate sobre as relações da imprensa com a Justiça. Em um segundo momento, no seminário realizado em parceria com a Associação Nacional de Jornais (ANJ), discutimos a liberdade de expressão sob múltiplos olhares, desde as polêmicas decisões judiciais que concebem mais valia ao direito à personalidade e intimidade até as consequências da imprensa monopolizada em conglomerados empresarias e os efeitos daninhos que os interesses econômicos causam ao direito à informação. Também não nos furtamos de discutir as propostas de regulação da mídia sob seus vários aspectos, quer pela abrangência da regulação, quer pela designação dos legitimados neste processo, no caso, jornalistas, sociedade civil e Estado. Com isso, a Magistratura estadual firma sua contribuição para construir mais uma etapa da nossa obra democrática, enfrentando e propondo temas necessários, embora de tímido enfrentamento por alguns setores da vida pública e privada. A AJURIS, mais uma vez, como braço político dos juízes do Rio Grande do Sul, demonstra a sua importância e comprometimento com as grandes causas que contemplam os Direitos Civis, conceito de atuação que somente se concretiza por termos incorporado, com singular densidade, a independência e a autonomia que caracterizam a Magistratura gaúcha. Boa Leitura. Presidente: Pio Giovani Dresch Vice-Presidente Administrativo: Eugênio Couto Terra Vice-Presidente do Patrimônio e Finanças: André Luís de Moraes Pinto Vice-Presidente Cultural: Maria Lucia Boutros Buchain Zoch Rodrigues Vice-Presidente Social: José Antônio Azambuja Flores Candidatos ao Conselho Deliberativo Adão Sérgio do Nascimento Cassiano, Alexandre de Souza Costa Pacheco, Alexandre Tregnago Panichi, André Vorraber Costa, Angelo Maraninchi Giannakos, Arnaldo Rizzardo, Carlos Alberto Bencke, Cátia Paula Saft, Denise Dias Freire, Diego Diel Barth, Dóris Müller Klug, Elaine Harzheim Macedo, Elisa Cánovas Teixeira, Fabiana Fiori Hallal, Fernando Alberto Corrêa Henning, Helga Inge Reeps, Henrique Osvaldo Poeta Roenick, Ícaro Carvalho de Bem Osório, Jane Maria Köhler Vidal, José Ricardo de Bem Sanhudo, Juliano Rossi, Laura de Borba Maciel Fleck, Luciano Barcelos Couto, Luís Antônio de Abreu Johnson, Luís Gustavo Zanella Piccinin, Marco Aurélio Martins Xavier, Maria Aline Vieira Fonseca, Osvaldo Peruffo, Rodrigo de Azevedo Bortoli e Vancarlo André Anacleto. Conselho Fiscal Afif Jorge Simões Neto, Aristides Pedroso de Albuquerque Neto, Carlos Frederico Finger, Jorge Alcebíades Perrone de Oliveira, Luciano André Losekann e Ricardo Pippi Schmidt. Chapa 2 - Renovação João Ricardo dos Santos Costa Conselho Executivo Expediente Presidente: Diógenes Vicente Hassan Ribeiro Vice-Presidente Administrativo: Luiz Felipe Severo Desessards Vice-Presidente de Patrimônio e Finanças: Luis Francisco Franco Vice-Presidente Cultural: Clóvis Moacir Mattana Ramos Vice-Presidente Social: Valéria Eugênia Neves Wilhelm . Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul Presidente: João Ricardo dos Santos Costa Vice-presidente Administrativo: Benedito Felipe Rauen Filho Vice-presidente de Patrimônio e Finanças: Pio Giovani Dresch - Licenciado Vice-presidente Cultural: Dulce Ana Gomes Oppitz Vice-presidente Social: José Antônio Azambuja Flores - Licenciado . Jornal da AJURIS Edição: Elaine Carrasco – Reg. Prof. 7535 Diretora de Comunicação: Maria Lucia Boutros Buchain Zoch Rodrigues Subdiretor de Comunicação: Cláudio Luís Martinewski Conselho de Comunicação: Carlos Alberto Etcheverry, João Armando Bezerra Campos, Túlio de Oliveira Martins e Leoberto Narciso Brancher Jornalista-chefe: Ivana Ritter Equipe de jornalismo: Carolina Grigol, Elaine Carrasco e Maurício Macedo Editoração eletrônica: Maurício Machado Teixeira Candidatos ao Conselho Deliberativo Aguinelo Gubert, Alan Peixoto de Oliveira, Alzir Felippe Schmitz, Antonio Vinicius Amaro da Silveira, Baltazar Francisco de Bem, Cairo Roberto Rodrigues Madruga, Edson Jorge Cechet, Eliseu Gomes Torres, Felipe Keunecke de Oliveira, Itamar Rezende Duarte, José Antônio Coitinho, José Luiz John dos Santos, Luiz Augusto Domigues de Souza Leal, Luiz Carlos da Trindade de Senna, Luiz Renato Alves da Silva, Marco Aurélio Heinz, Paulo Roberto Lessa Franz, Ramiro Oliveira Cardoso, Reinaldo Félix Alves Bertói, Roberto Carvalho Fraga, Sérgio Antonio Berni de Brum, Silvio Viezzer, Uiara Maria Castilho dos Reis, Vera Lúcia Fritsch Feijó, Vergílio Wellington Costa de Souza e Volnei dos Santos Coelho. . Tiragem: 2.000 exemplares . Endereço: Rua Celeste Gobbato, nº 81 Praia de Belas – Porto Alegre/RS – CEP 90110-160 Telefone: (51) 3284.9100 Fax: (51) 3284.9132 E-mail: [email protected] Site: www.ajuris.org.br 02 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Conselho Fiscal José Carlos Rolhano Laitano, Marco Aurélio Tarouco de Souza, Mateus da Jornada Fortes, Pedro Luiz Pozza, Roberto Expedito da Cunha Madrid e Ruy Simões Filho. Imprensa e Judiciário Fotos: Carolina Grigol PAPEL DA IMPRENSA E DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA estiveram no centro dos debates O Seminário Liberdade de Imprensa e Poder Judiciário trouxe à discussão temas que são polêmicos e que despertam interesse na Magistratura e na sociedade. O papel da imprensa e a democratização da mídia no Brasil foram destaque no evento, realizado em parceria pela AJURIS e Associação Nacional dos Jornais (ANJ) no auditório da Escola Superior da Magistratura, em 21 de outubro. A solenidade de abertura contou com a presença do presidente em exercício da AJURIS, Benedito Felipe Rauen Filho, a presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito, o 1º vice-presidente do Tribunal de Justiça do RS, desembargador José Aquino Flôres de Camargo, representando a Procuradoria Geral de Justiça, o procurador Mauro Henrique Renner, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, ministro Teori Albino Zavascki, o membro da Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto e da Comissão Especial da Criança e do Adolescente da OAB/RS, doutor Edu Duda Ocampos e a secretária adjunta da Comunicação e Inclusão Digital, Patrícia Goulart. Felipe Rauen propôs discussão sobre monopólio A presidente da ANJ, Judith Brito, assegurou em seu discurso que a intimidação a jornalistas e juízes é uma ameaça a toda a sociedade e frisou a necessidade de construir uma lei de imprensa que não seja restritiva de liberdade. O presidente em exercício, Felipe Rauen, ressaltou o interesse da AJURIS em ampliar o debate “com outro direcionamento e mais outros personagens, dentre eles a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), visando à abordagem a respeito da proibição da existência de monopólio ou oligopólio dos meios de comunicação”, prática que é vedada pelo parágrafo 6º do artigo 220 da Constituição Federal. “É tema, sem dúvida, tormentoso e delicado, mas que já está na hora de ser enfrentado para que a sociedade avalie se está recebendo todas as informações que são efetivamente de interesse público, para que livremente as analise e firme seu convencimento. Ou, se muitas vezes recebe , na verdade, formação de opinião em face de interesses comerciais e ideológicos de alguns”, afirmou. No primeiro painel, a presidente da mesa, Maria Lucia Buchain Zoch Rodrigues, destacou que "um grande patrimônio foi sendo construído ao logo desses encontros. Esse patrimônio é a possibilidade de diálogo. Essa possibilidade de discordarmos um do outro e ainda assim continuarmos conversando e construindo, porque é isso que transforma uma sociedade". 5 Maria Lucia levantou novos questionamentos no 1° painel Porque, afinal, 'Liberdade de Imprensa' é um tema complexo, que não se esgota na ideia de transmitir a informação. Vai além. Passa pela qualidade e pelos métodos de busca e de transmissão dessa informação, e que bem por isso nos leva a questionar também o grau de maturidade das nossas instituições e da própria sociedade, e o grau de liberdade interna da própria Imprensa - que efetivamente se pode dizer livre quando plural e quando independente, não só de Governos, como de interesses privados". Para a diretora de Comunicação Social da AJURIS, "nesse embate, nesse cenário de aparente crise, não podemos temer a crítica um do outro, nem temer que se questione se nessa ou naquela decisão judicial houve 'censura'; ou até que ponto há 'Liberdade de Imprensa' onde existe o monopólio da informação; ou mesmo se há 'Liberdade de Imprensa' dentro das redações dos jornais. Porque ao falarmos nisso, é a sociedade quem está falando consigo mesma". A discussão sobre a existência de monopólio no setor de comunicações, proposta por Rauen, foi desenvolvida pelo ex-presidente da AJURIS e da AMB Cláudio Baldino Maciel. Judith Brito aposta numa Lei de Imprensa não restrita 03 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Imprensa e Judiciário Essa foi a consideração feita pelo ministro Teori Albino Zavascki sobre o tema escolhido para a conferência de abertura do evento. O magistrado, que integra o Superior Tribunal de Justiça (STJ), recebeu a missão de falar sobre O Brasil sem Lei de Imprensa. Porém ele foi mais longe: “Não caberia aqui um ponto de interrogação?”, questionou. Para o ministro, se considerarmos o princípio da legalidade, conforme preconizado pela Constituição Federal, ninguém será obrigado a fazer alguma coisa senão em virtude de lei. “O princípio garantidor da liberdade é, ao mesmo tempo, limitador, porque a lei pode restringir o comportamento”, disse ele. Teori afirmou, ainda, que o princípio da legalidade está relacionado ao modo de convivência, que impõe certas condutas indispensáveis ao convívio social civilizado, o que se caracteriza como condição para a manutenção de todas as liberdades. Segundo ele, não se pode supor a existência de uma lei posterior para impor uma conduta que já ocorreu no passado. Ministro Teori Zavascki levantou alguns questionamentos na conferência de abertura “Não existe Lei de Imprensa no Brasil? Não existe lei de normas de conduta?”, perguntou ele, antes de lembrar que, para o Supremo Tribunal Federal (STF), o princípio da legalidade é uma garantia inerente ao Estado Democrático de Direito e um direito fundamental do cidadão. “Esse direito não tem caráter absoluto. Nem o direito à vida tem caráter absoluto”, ponderou. A volta da censura e a farra das concessões Ordenamento jurídico garante DIREITO DE RESPOSTA Ex-ministro das Comunicações, o deputado federal Miro Teixeira foi o autor da ação que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a revogar a antiga Lei de Imprensa que vigorava no Brasil desde a época da ditadura militar. O parlamentar do PDT do Rio de Janeiro abriu seu pronunciamento fazendo um resgate de fatos envolvendo a censura ao longo da História da humanidade. “A Lei de Imprensa é fruto de um período de regime militar e de uma época em que tantas outras leis foram criadas sob a dúvida da constitucionalidade, como foi o caso da alienação fiduciária, a execução hipotecária e o leasing”. Esta foi a primeira lembrança trazida pelo ministro Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ): ele palestrou sobre o tema Perspectivas do Direito de Resposta sem Lei de Imprensa no segundo painel do seminário, presidido pelo desembargador Túlio Martins, presidente do Conselho de Comunicação do Tribunal de Justiça (TJRS). Miro comemorou o fato de poder ouvir coisas que não agradam atualmente, pois durante a ditadura militar isso não era possível. “A censura partia da Polícia Federal e do Ministério da Justiça. Hoje em dia, a censura parte de decisões judiciais”, afirmou. Na avaliação dele, a imprensa tem a obrigação de ser “o cão de guarda” da sociedade. “O direito à informação verdadeira é um direito do povo. A imprensa tem o dever de informar.” 04 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Considerada incompatível com a atual ordem constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Lei de Imprensa (que datava de 1967) acabou extinta em abril de 2009. Entretanto o artigo 5º da Constituição Federal assegura o direito de resposta proporcional ao agravo, além do dano moral. “A não recepção da Lei de Imprensa não implica, necessariamente, a impossibilidade de utilização dos direitos nela previstos”. A analogia da Lei de Imprensa com outras legislações foi destaque na manifestação do juiz Ingo Wolfgang Sarlet. Fotos: Carolina Grigol Não existe LEI DE IMPRENSA no Brasil? Imprensa e Judiciário Carolina Grigol REGULAÇÃO DO SETOR não afeta a produção de conteúdo O contraponto à exposição de Miro Teixeira foi feita pelo desembargador Cláudio Baldino Maciel do TJRS. A chamada “farra das outorgas” na concessão de emissoras de rádio e tevê no Brasil foi o tema principal da sua manifestação. “Historicamente, as concessões se tornaram uma moeda de troca no jogo político brasileiro”, lembrou. “A Constituição proíbe que deputados participem de sociedades nas concessionárias de rádio e tevê. O que vemos hoje, porém, é que eles próprios exercem essa condição, ou muitas vezes colocam 'laranjas'. Muitos deles ainda participam da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, que é responsável pelas outorgas. Ou seja, muitos decidem em causa própria.” “Até 2003, o Governo Federal não tinha sequer um cadastro dos proprietários de emissoras no País”, revelou. O levantamento só foi realizado durante o período em que Miro Teixeira ocupou o cargo de ministro das Comunicações. O magistrado alertou, ainda, que 16 deputados que integram a Comissão da Câmara apareciam no cadastro como sócios ou diretores de emissoras, incluindo o próprio presidente. Para o desembargador essa situação demonstra que o coronelismo político se dá de uma nova forma nos dias atuais: “Existe o coronelismo eletrônico, que é muito mais nocivo. Este é o verdadeiro poder.” O magistrado citou a Convenção de San Jose, na Costa Rica, no seu artigo 14, que “prevalece sobre as demais legislações brasileiras”. Segundo ele, o que foi estabelecido nesta Convenção consagra diversos direitos civis e políticos, entre outros: o direito ao reconhecimento da personalidade jurídica; o direito à vida; o direito à integridade pessoal; o direito à liberdade pessoal e garantias judiciais; o direito à proteção da honra e reconhecimento à dignidade, à liberdade religiosa e de consciência, à liberdade de pensamento e de expressão; e o direito de livre associação. Para Luiz Fernando Rocha Lima, diretor da Jornalismo da Organização Jaime Câmara, o fim da Lei de Imprensa não causou o caos que se imaginava. Ao contrário, estabeleceu um novo clima nas redações e demais espaços de comunicação. “O que a gente percebe é que as empresas jornalísticas têm que, cada vez mais, trabalhar o fundamento principal que lhe dá longevidade, que é a credibilidade”, comentou. Essa mudança, disse ele, alterou a postura do Judiciário em relação ao tema. “A Lei de Imprensa favorecia uma postura mais automática do Judiciário”. O advogado Fabio Milman encerrou os debates advertindo que a decisão sobre um direito de resposta não é um problema de cunho material. “É uma questão Ponderações feitas pelo des. Cláudio Baldino Maciel causaram impacto na plateia técnica e processual”, frisou. O juiz precisa ter conhecimento dos termos que o autor deseja responder e também de que forma essa resposta será dada na televisão: por meio da leitura de uma nota ou de uma entrevista. Repórter do jornal O Globo fala sobre intimidação a jornalistas Repórter do jornal O Globo (RJ), Chico Otávio foi um dos três participantes do segundo painel. Disse que considera “lícito e inquestionável” o direito de buscar na Justiça a reparação por erros cometidos por um jornalista. Com uma trajetória de quase três décadas, argumentou que o problema é quando isso se torna um mecanismo para amedrontar ou desencorajar os profissionais de imprensa. “Não basta a coragem do repórter, é preciso ter por trás um assessoramento jurídico forte oferecido pelas empresas de comunicação.” Segundo o repórter, taxar a mídia de 4º poder é um grande equívoco. “O controle da imprensa se dá por parte do Judiciário. Sempre teremos o Judiciário no nosso pé, como já aconteceu comigo diversas vezes”, afirmou. 05 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Imprensa e Judiciário Maurício Macedo Os novos DESAFIOS DA ERA DIGITAL Marta Gleich, Paulo Galotti, Jayme Weingartner e Luís Fernando compuseram a mesa do terceiro painel O avanço da tecnologia modificou fortemente o modelo de comunicação nos últimos anos. A febre que virou a internet já faz com que o faturamento nesse setor supere, e muito, os ganhos atuais no mercado de emissoras de rádio, por exemplo. No entanto, a sociedade convive com um dilema: é possível regular o que se divulga no chamando mundo virtual? Os desafios do Poder Judiciário diante da Comunicação Digital foi o tema do terceiro painel do seminário Liberdade de Imprensa e Poder Judiciário, presidido pelo diretor institucional e jurídico do Grupo RBS em Santa Catarina, Paulo Benjamin Fragoso Gallotti. O primeiro a falar foi o promotor de Justiça Jayme Weingartner Neto que afirmou ser contra a censura. “Impedir a veiculação não é correto. Posteriormente, se for o caso, busca-se responsabilização e sanção pelos abusos”. Ele lembrou um fato que ganhou destaque no Rio Grande do Sul por meio da internet: o rap do músico Tonho Croco criticando uma série de deputados gaúchos em razão do aumento nos próprios salários. “Não creio que houve censura neste caso. É o mesmo caso do comercial com a modelo Gisele Bündchen: o que Ministério fez foi levar o tema para análise na autorregulamentação. Há uma grande diferença com relação à censura.” Também destacou que os conceitos tradicionais, “o velho direito liberal está desafiado por tudo isso”. Disse, ainda, que a censura está proscrita. “A tutela inibitória não é considerada censura nem mesmo pelo Supremo Tribunal Federal”. Na visão dele, a regulação da infovia digital deveria seguir o mesmo modelo de regulação de trânsito, “com placas de sinalização”. 06 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Já a diretora de Internet do Grupo RBS, Marta Gleich, apresentou um histórico da rede virtual. “A internet completou 22 anos. Os blogs têm 14. Facebook e Orkut, sete. E o Twitter, cinco. Em tão pouco tempo, esse mundo digital apresenta um crescimento vertiginoso. Principalmente nas chamadas redes sociais, que comportam 87% dos 77 milhões de brasileiros conectados.” Segundo ela, com isso a responsabilidade do jornalista ficou ainda maior. “A formação deve ser muito mais apurada. Está se publicando muito mais coisa sem que isso passe obrigatoriamente por algum editor. E tudo o que publicamos permanece disponível na internet”. Por fim, citou o código de ética do Grupo RBS. “Apesar das plataformas novas, os preceitos éticos de nossos profissionais permanecem os mesmos”, garantiu. O painel foi encerrado pelo advogado Luís Fernando Matos Júnior, que atua como consultor das Organizações Globo. “A primeira coisa com que deparamos é o mantra de que a internet é um terreno sem lei. Como não temos legislação que regulamente o ambiente digital, devemos aplicar as normas existentes na nossa sociedade”, explicou. O especialista disse, ainda, que a Lei de Propriedade Industrial tem sido aplicada em diversos casos. “Marcas idênticas podem ocupar o mesmo espaço em campos diferentes, no mundo real. Mas, no meio virtual, o espaço é de quem chegar primeiro.” Sobre a possibilidade de alterações legislativas, o advogado aconselhou que as modificações devem ser mínimas. “Temos leis do final da década de 1990. A jurisprudência ainda não está formada. Só agora temos a oportunidade de esclarecer algumas dúvidas. Então não temos que modificar a lei em sua plenitude. Modifiquem o que diz respeito ao ambiente digital, pois senão teremos mais insegurança jurídica para a indústria”, alertou. Ética e Moralidade MOVIMENTO PELA TRANSPARÊNCIA CONTRIBUI COM A SOCIEDADE GAÚCHA As proposições foram debatidas durante os encontros que se seguiram após a realização do lançamento do Movimento pela Transparência dos Benefícios Fiscais que reuniu centenas de representantes de diferentes segmentos sociais no auditório da Escola Superior da Magistratura, em maio deste ano. Elaine Carrasco A AJURIS encaminhou algumas propostas que s u rg i r a m d e n t ro d o M ov i m e n t o p e l a Transparência dos Benefícios Fiscais ao portal (www.agorachega.org.br) inaugurado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS) em ato público promovido no feriado de Sete de Setembro. A publicação das decisões internas da Administração Estadual relativa às concessões de isenção tributária, redução de base de cálculo, crédito presumido, remissão, ou qualquer outro tipo de incentivo fiscal, de modo a apresentar os motivos e critérios utilizados para fazê-lo, foi uma das sugestões levadas à OAB/RS. Outra proposta é a de que seja disponibilizada a lista de contribuintes (pessoas físicas ou jurídicas) que receberam anistia fiscal e de que esse mecanismo passe a ser analisado em conjunto com o Poder Legislativo, porque somente uma lei pode anistiar devedores. Assinatura do manifesto da OAB “Os magistrados não suportam mais esta impunidade em nosso País. Queremos reagir e virar essa página da nossa História e, por isso, a Magistratura está esperançosa com este movimento”. As palavras do presidente da AJURIS, João Ricardo dos Santos Costa, resumem o breve discurso feito pelo magistrado durante o Ato Público em Defesa da Ética e da Moralidade promovido pela (OAB/RS). Lançado oficialmente no feriado de Sete de Setembro, o movimento Agora Chega conta com um portal na internet (www.agorachega.org.br) para angariar apoio a duas propostas que buscam combater a impunidade e aumentar a transparência no setor público. Outro ponto reforçado pela AJURIS é a importância de tornar cada vez mais transparentes as contratações entre a Administração Pública e a iniciativa privada, evitando assim o tráfico de influência e a corrupção, além de permitir a plena fiscalização dos cidadãos nas ações da esfera pública. Uma delas é a PEC 50/2006, que proíbe o voto secreto na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Em caso de aprovação, a medida incluirá o artigo 50A e alterará os arts. 52, 55 e 66 da Constituição Federal, estabelecendo o voto aberto nos casos em que menciona, terminando com o voto secreto parlamentar. Outra iniciativa importante é o projeto de lei que inclui a concussão e a corrupção passiva e ativa na Lei dos Crimes Hediondos (nº 8.072 de 1990). Se for aprovada, a mudança aumentará a pena dos delitos previstos nos arts. nº 316, 317 e 333 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. Formado com o intuito de fomentar a mobilização popular contra a corrupção, o movimento Agora Chega conta com o apoio da AJURIS e reúne diversas entidades e representantes da sociedade civil organizada. Além disso, no site www.agorachega.org.br, é possível deixar sugestões ou opiniões, assim como já fizeram centenas de pessoas. “É um espaço político importante e que deve receber especial atenção de toda a Magistratura”, afirma o presidente João Ricardo dos Santos Costa. João Ricardo afirmou, ainda, que a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul entende que é imperativa a conjugação de esforços, de forma integrada e permanente entre a sociedade civil e o Poder Público, na luta pela ética e pela moralidade na Administração Pública e contra a impunidade e a corrupção, que se constituem em graves impeditivos para consolidação dos direitos democráticos e para a efetivação dos direitos fundamentais. 07 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Eleições no TJRS TJRS ELEGE NOVOS REPRESENTANTES EM 12 DE DEZEMBRO Concorrem à vaga de presidente da Corte gaúcha os desembargadores José Aquino Flôres de Camargo, atual 1º vice-presidente do TJ-RS, e o desembargador Marcelo Bandeira Pereira. Ambos atuaram na Corregedoria-Geral de Justiça e são desembargadores há 13 anos. TJRS AQUINO, há 31 anos na magistratura, foi conselheiro, diretor de Valorização Profissional, vice-presidente e presidente da AJURIS. Atuou em dois mandatos como presidente do Conad. Exerceu a jurisdição eleitoral e foi professor da Escola Superior da Magistratura. JOSÉ AQUINO FLÔRES DE CAMARGO 1) Como avalia o plano de sustentabilidade financeira do Estado aprovado pelo Legislativo, em especial, as medidas relacionadas à Previdência Pública e ao pagamento de RPVs? O aumento de alíquotas significa confisco, e a questão das RPVs, moratória inconstitucional, cujo efeito é negativo à efetividade da jurisdição. O fundo complementar é público e respeita a autonomia do Judiciário. Reafirmam-se paridade e integralidade asseguradas pelo Estado. E não se cogita previdência privada complementar. 4) O que pensa sobre os atuais critérios de avaliação para as promoções de juízes? Trabalho árduo da Corregedoria Geral de Justiça, que necessita de aperfeiçoamentos. Não é fácil comparar atividades diferentes de forma objetiva. Pontos positivos: é transparente e enseja o contraditório; a antiguidade prevalece na semelhança; evita a excessiva competição e o carreirismo; elimina a ideia do juiz padrão; destaca o desempenho, a produtividade, a presteza, a conduta e o aperfeiçoamento pessoal. 2) Como o candidato considera o anteprojeto de Plano de Carreira dos servidores judiciais? O plano, na sua essência, contempla: padrão remuneratório competitivo no mercado de trabalho; unifica primeiro e segundo grau; valoriza as chefias, identificando as lideranças, vinculando-as a certos cargos, prestigiando a hierarquia; investe em treinamento e capacitação. O juiz é protagonista, como líder e gestor. O plano necessitará de ajustes e de trabalho político à sua implantação, porque demandará disputa orçamentária. 5) Considerado o limite de gastos imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que medidas irá propor para enfrentar o progressivo aumento da demanda, ante um número já insuficiente de julgadores e unidades jurisdicionais? Eleger prioridades e racionalizar gastos, porque não é possível estagnar nomeações e concursos. Não somos responsáveis pela receita pública; trabalharemos a ponta da despesa. Revisão de projetos anacrônicos. Implantação da virtualização e incremento da alternativas de soluções de conflitos; as demandas informática. Potencializar: os juizados especiais; as fontes sociais estratégicas (violência doméstica, execução penal, Juizado da Infância e Juventude). Gestão das ações de massa, valorizando soluções coletivas. Especialização de varas e magistrados. Racionalização de competências no 2º Grau. Aprimoramento dos mecanismos de controle de gestão. Liderança, em nível nacional, para adequar a LRF à realidade da Federação. O Judiciário, como prestador de serviços, necessita investir em pessoal. 3) Qual a principal meta de sua administração, caso venha a ser eleito Presidente do TJRS? A gestão terá uma clara política de pessoal, valorizando a função, a começar pelo padrão remuneratório. Liderança, capacidade de motivar, resgate do orgulho de integrar o Judiciário, elevação da autoestima são pressupostos para tanto. 6) Diante da inevitável virtualização dos processos, como sua administração pretende projetar a estrutura de apoio aos gabinetes dos juízes de primeiro grau? Reduzir, de forma gradual, o efetivo cartorário e ampliá-lo nos gabinetes, acompanhando o cronograma planejado. Treinamento e capacitação, com apoio estratégico da Escola. 08 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 PARA SABER MAIS O QUE PENSAM OS CANDIDATOS SOBRE: eleições diretas à Presidência do TJ, diminuição do percentual de escalonamento entre as entrâncias, PEC dos 75 anos, data base dos servidores e simetria com o Ministério Público, entre no site da AJURIS www.ajuris.org.br e clique no banner Eleições no TJRS. Elaine Carrasco BANDEIRA PEREIRA, 33 anos de magistratura, já foi vice-presidente, corregedor e presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Exerceu o cargo de juiz-assessor da Presidência e juiz do Tribunal de Alçada. ta, o atuar em diversas frentes, a começar pela adoção de postura institucional firme, em torno da qual gravitam ações e objetivos variados. MARCELO BANDEIRA PEREIRA 1) Como avalia o plano de sustentabilidade financeira do Estado aprovado pelo Legislativo, em especial, as medidas relacionadas à Previdência Pública e ao pagamento de RPVs? Publiquei artigo no Correio do Povo (5.6.11), postado no blog chapamarcelo.blogspot.com, criticando o aumento das alíquotas de contribuição previdenciária, sustentando que o equilíbrio das contas públicas haveria de passar pela correta identificação de suas causas. Parte já está sub judice, diante de ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo MPRS neste TJ. 2) Como o candidato considera o anteprojeto de Plano de Carreira dos servidores judiciais? Cuida-se de anseio antigo dos servidores do Judiciário, que lutam pelo estabelecimento de regras definidas em relação às suas ascensões profissionais e bases salariais. Precisa, assim, ser levado à apreciação do órgão especial, para posterior encaminhamento à Assembléia Legislativa do Estado, no menor espaço de tempo possível. Não é possível, nesse tema, retroagir. Correções de que ainda possa padecer o projeto hão de ser realizadas com presteza. E da aprovação desse plano também depende a administração para preenchimento dos claros no setor de pessoal, elaborando concursos já ajustados à realidade que se avizinha. Trata-se de matéria prioritária. 3) Qual a principal meta de sua administração, caso venha a ser eleito Presidente do TJRS? O aprimoramento da prestação jurisdicional, para o que impor- 4) O que pensa sobre os atuais critérios de avaliação para as promoções de juízes? Os critérios são bons. Talvez ainda caibam alguns ajustes para simplificação das operações conducentes à atribuição de pontos aos candidatos. Mas, inegavelmente, o espaço para eventuais injustiças está, se não zerado, muito limitado. 5) Considerado o limite de gastos imposto pela LRF, que medidas irá propor para enfrentar o aumento da demanda, ante um número já insuficiente de julgadores e unidades jurisdicionais? Não é possível enfrentar o aumento de demanda com o aumento, na mesma proporção, dos recursos humanos. De um lado, impõe-se dar curso a medidas para reduzir o percentual de crescimento, como tal tendo a criação de mecanismos para identificar questões que possam ensejar ações repetitivas, questões que haverão de ser objeto de gestão para eventuais proposituras de ações coletivas. A ideia é de incrementar o Centro de Estudos, voltando-o a definições, por meio de enunciados, de matérias de ordem prática que assolam a jurisdição. Por outro lado, a busca constante de racionalização dos recursos materiais e humanos, investindo na qualificação de juízes e servidores com o apoio da ESM também. 6) Considerando a inevitável virtualização dos processos, como sua administração pretende projetar a estrutura de apoio aos gabinetes dos juízes de primeiro grau? A implementação da virtualização traz consigo a tendência de uma maior exigência da atuação do magistrado e sua estrutura de apoio. Racionalização na lotação dos servidores se impõe. Não se descarta o reforço dos gabinetes com criação de novos cargos. 09 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Em debate: A FEDERAÇÃO QUE QUEREMOS Fotos: Maurício Macedo C entralismo, falta de independência, desprezo pelas diferenças regionais. Essas foram as principais críticas ao sistema federalista que impera no Brasil lançadas no IX Congresso Estadual de Magistrados, realizado em Gramado (RS) de 29 de setembro a 1º de outubro. Realizado pelo Departamento Cultural da AJURIS, o evento colocou em debate o tema Justiça Estadual: Pacto Federativo e Democracia. Outros assuntos também entraram em pauta, como a competência do CNJ, o poder da mídia e a imagem que o Judiciário passa à sociedade. padrão jornalístico imposto pelos oligopólios faz com que não tenhamos tantos jornalistas livres no Brasil como temos juízes.” Com relação ao modelo judicial, João Ricardo criticou o sistema recursal “inexplicavelmente truncado, que anula a Justiça de 1º Grau e desconsidera a jurisdição dos Tribunais Regionais”. Segundo ele, “a concentração da jurisprudência definitiva nos Tribunais Superiores elabora uma jurisprudência dissociada da realidade social”. Com isso, a Magistratura de base perde o protagonismo. “É o momento de mudarmos a forma de intervenção com a valorização da jurisdição de 1º Grau”, alertou. O 1º vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), desembargador José Aquino Flôres de Camargo, registrou que a Justiça estadual passa por “um visível enfraquecimento” e exemplificou lembrando a composição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apenas 20% dos conselheiros ligados à Justiça estadual. “Há um desprezo pelos valores da Justiça dos Estados, onde está o cheiro do povo e onde também se decidem questões de Estado”. Pediu, ainda, “maior efetividade à participação dos juízes de 1º Grau.” Aquino fez também uma análise da atual situação do Judiciário gaúcho. “Os conflitos deixaram de No discurso de boas-vindas, o presidente da ser individuais. Na área penal, por exemplo, enfrentamos AJURIS, João Ricardo dos Santos Costa, listou alguns o crime organizado, as gangues, problemas que impedem o deas quadrilhas. Tudo isso sobresenvolvimento brasileiro: a má O jornalismo nacional está carrega o sistema, fator que distribuição de renda, o finanenvolto pelas barreiras impostas aumenta a descrença no Estado e ciamento de partidos políticos e o complexo de monopólios no pelas empresas de comunicação na capacidade que ele tem de setor de comunicação. “O jor- e os seus interesses comerciais solucionar os conflitos”. Essa carga pesada de processos tem nalismo nacional está envolto graves consequências, como o elevado número de apopelas barreiras impostas pelas empresas de comunisentadorias compulsórias de magistrados e servidores. cação e os seus interesses comerciais”. E arrematou: “O 10 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 A Lei de Responsabilidade Fiscal foi outro alvo de reclamação. “Ela deve sofrer adequações, pois não se podem equiparar situações distintas. Há que se respeitarem as diferenças entre as regiões do País. Repensar o Pacto Federativo é primordial para fortalecer a democracia.” A preocupação maior que temos não é, especificamente, com o que sai publicado na imprensa, mas sim com o que é ocultado por alguns meios de comunicação A fala do presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, encerrou a solenidade. O desembargador paulista ressaltou as qualidades da Magistratura nacional (“uma das mais eficientes, mais altaneiras”) e aproveitou para elogiar os magistrados gaúchos por servirem de exemplo para todo o País. “Muito do que foi construído no Judiciário brasileiro nasceu com o primeiro tijolo aqui no Rio Grande do Sul.” Bucci crê que, antes de tudo, a imprensa tem o dever de ser livre. “E só depois de ser justa e equilibrada. Sei que a noção é perturbadora, mas é assim que é. A lei e a Justiça não devem interferir nunca no núcleo dessa liberdade. Devem garantir, apenas, a efetividade na punição de culpados por abusos. No mais, o papel do Estado é o de assegurar a liberdade.” Censura judicial e a VISÃO QUE A SOCIEDADE TEM DO PODER JUDICIÁRIO Maurício Macedo Eugênio Bucci apresentou uma proposta de debate com os magistrados gaúchos O IX Congresso Estadual de Magistrados, em Gramado, foi aberto com palestra do jornalista e bacharel em Direito, Eugênio Bucci, sobre Censura Judicial e a Visão que a Sociedade tem do Poder Judiciário. “A solução para os males da imprensa passa pela educação e pelos processos a posteriori, e não previamente. Trata-se, em resumo, de um extenso aprendizado, de mecanismos de regulação e autoregulação da imprensa. Vale ressaltar: regulação dos mercados de comunicação, jamais do conteúdo”, alertou, depois de afirmar que impedir veículos de mídia de mencionar fatos ou nomes de pessoas podem ser consideradas tentativas de cercear a circulação de informações e ideias. Doutor em Ciências da Comunicação, o jornalista ressaltou que a mídia não pode ser posta como responsável pela guarda de sigilo de qualquer poder e, se houver excessos, o profissional deverá responder ao final. “Ela (a imprensa) não pode ser governada pelos poderes do Estado. Por isso, que ela pode descobrir o que é guardado a sete chaves nesses poderes. E, em razão disso, que ela é tão importante para a democracia”, argumentou, ratificando que a única responsabilidade dos jornalistas é descobrir e publicar os segredos que são escondidos pelos poderes de Estado. O debate sobre a censura, disse o palestrante, permanece vigente mesmo depois da promulgação da Constituição de 1988. “Várias decisões judiciais são casos de censura. A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) tem um levantamento que registra que 91 veículos foram afetados. E esses casos não alcançam grandes jornais apenas”. Na avaliação de Bucci, isso afeta a imagem que o Judiciário tem hoje no Brasil, porque o País vive um período em que a sociedade clama pela investigação de atos suspeitos e por transparência. O painel com o jornalista foi coordenado pelo presidente da AJURIS, João Ricardo dos Santos Costa, que garantiu que o tema liberdade de imprensa é muito caro para a entidade e a Magistratura. “A preocupação maior que temos não é, especificamente, com o que sai publicado na imprensa, mas sim com o que é ocultado por alguns meios de comunicação”, destacou. “É por isso que concordo com a afirmação de que os danos da ocultação são maiores do que a publicação dos fatos. 11| JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 O ministro foi ainda mais longe. “Penso que a solução está na elaboração de uma nova Lei Orgânica da Magistratura, onde deve ser definida qual a competência do CNJ e qual o limite de sua atuação”. Na visão do conferencista, o debate poderá definir uma nova delimitação de poder dentro do Judiciário, estabelecendo também um novo Pacto Federativo. Pacto Federativo, CNJ e a INDEPENDÊNCIA DOS MAGISTRADOS Com a palestra Os Tribunais Superiores e o Pacto Federativo, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), abriu o segundo dia de atividades no Congresso da AJURIS. A coordenação do painel foi da vice-presidente Cultural da Associação, Dulce Oppitz. Fotos: Maurício Macedo A participação da mídia nessa polêmica não foi esquecida. “A imprensa se manifesta pela necessidade de preservar o CNJ. Mas quando se fala em estabelecermos um Conselho para regular a mídia, eles são totalmente contra, sempre alegando a questão da liberdade de imprensa. Da mesma forma, pensamos que a independência do Judiciário não pode ser afetada. Só existirá uma democracia forte se os magistrados forem independentes.” INSTÂNCIAS RECURSAIS E OS MITOS DO JUDICIÁRIO O ministro Sidnei Agostinho Beneti, também do STJ, falou sobre o tema Os Recursos para os Tribunais Superiores no Sistema Federativo. O painel foi coordenado pelo então vice-presidente de Patrimônio e Finanças da AJURIS, Pio Giovani Dresch. Sanseverino falou sobre as funções do CNJ Para Sanseverino, com uma Constituição rígida, que prevê a autonomia entre os entes federados, o País tem a necessidade de contar com um “guardião” que zele pelo Pacto Federativo, neste caso o Supremo Tribunal Federal (STF). Já o STJ também tem um papel fundamental neste contexto, segundo Sanseverino, pois é o responsável por analisar os conflitos de competência. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi mencionado pelo ministro gaúcho como o órgão encarregado de todo o controle do Poder Judiciário. Conforme o próprio CNJ, o Rio Grande do Sul é o Estado que tem mais recursos no STJ, mais até do que São Paulo. “Nossa taxa de litigiosidade é altíssima comparada ao resto do Brasil. Mas, em contrapartida, a taxa de congestionamento do 1º Grau é uma das mais baixas. Esses dados estatísticos são um aspecto positivo do CNJ, que consegue fazer uma comparação do funcionamento do Judiciário brasileiro. Isto é extremamente importante para mostrar as diferenças regionais de nosso País”, explicou. A polêmica criada sobre a competência do CNJ também foi abordada por Sanseverino. “É uma discussão que se situa no tema do Pacto Federativo. Uma das soluções que o STF está aventando é que se estabeleça um prazo para o julgamento nas corregedorias dos Tribunais antes da análise do Conselho.” 12 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Membro da 2ª Seção da Corte, Beneti foi o responsável por julgar um recurso especial remetido pela Justiça gaúcha, em um caso que tratava da questão das cadernetas de poupança. “Surgindo um problema em larga escala, é muito importante que os órgãos superiores sejam alertados, como foi feito com o projeto da poupança. Caso contrário, no meio da massa de processos que temos no STJ, a decisão pode demorar”, comentou. Beneti quer diálogo judicial para garantir uniformidade nas decisões Ainda citando o Rio Grande do Sul, o ministro fez referência a comentários de que magistrados gaúchos não obedeciam às decisões de Tribunais Superiores. “Não concordo com isso. Enquanto há divergência, é claro que se mantém o ponto de vista. Não conheço nenhum caso em que estabelecida a jurisprudência, ela não tenha sido acatada”. E ponderou: “Minha intenção é buscar o diálogo jurisdicional, diálogo de ida e volta. Fazer com que a matéria levada aos Tribunais Superiores sirva para criar uma jurisprudência que seja aplicada por todos.” Na opinião de Beneti, o cidadão comum não gosta de saber que o mesmo assunto pode ter uma decisão julgada de uma forma e depois de outra. Segundo ele, o Brasil é o único país do mundo onde existem quatro instâncias recursais. Manifestou-se favorável à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pelo presidente do STF, Cezar Peluso, que reduz o número de recursos. E concluiu sua manifestação fazendo um alerta para o que chama de “mitos do Judiciário”. “Precisamos acabar com esse mito de que as leis são boas e só faltam ser aplicadas. Nossas leis processuais são muito ruins, só tornaram mais complexos os processos”. Teses aprovadas nortearão a conduta da AJURIS “A proposta da atual gestão é tornar as teses aprovadas no IX Congresso, efetivas, no sentido de implementação”. A afirmação é do assessor da Presidência, Eugênio Couto Terra. Segundo ele, as teses representam o pensamento dos colegas reunidos em congresso e devem nortear a conduta da Associação nos assuntos que forem pertinentes a elas. CARTA DE GRAMADO Os magistrados do Rio Grande do Sul, reunidos em Gramado de 29 de setembro a 1º de outubro de 2011, no IX Congresso Estadual promovido pela AJURIS, vêm reafirmar à sociedade gaúcha que: - O Judiciário é um Poder Republicano, independente e autônomo, comprometido com a garantia dos direitos fundamentais e incluído no modelo federativo constitucional; - As decisões do Poder Judiciário não podem servir de justificativa para ensejar atentados à independência judicial, porquanto garantia consagrada pela normativa internacional de Direitos Humanos; - A autonomia dos Tribunais deve ser observada por todos os órgãos do Poder Judiciário, notadamente pelo Conselho Nacional de Justiça, que deve cumprir suas funções sem afetar os princípios do Pacto Federativo vigente; Ele exemplifica com a tese que trata sobre a Administração Judiciária. A intenção é transformá-la em projeto de lei para alteração da Loman no que tange à eleição da mesa diretora dos tribunais. - O CNJ tem importante função de coordenar as políticas nacionais da Justiça brasileira, dentre as quais a democratização dos Tribunais, sem, contudo, invadir o espaço próprio de correição dos Tribunais dos Estados; “A remuneração dos assessores de 1º grau nos termos da proposta que reduz a diferença - na mesma proporção - entre os desembargadores e juízes, deverá ser trabalhado no plano de carreira e, politicamente, quando o projeto for encaminhado à Assembleia Legislativa”, destaca. - O fortalecimento da Justiça Estadual pressupõe a incorporação de investimentos em sua estrutura funcional à altura das suas responsabilidades constitucionais; O mesmo deve ocorrer com a tese que trata sobre a criação do Juizado Especial Previdenciário e Jurisdição Delegada. Deverão ser coletados dados sobre o custo da jurisdição delegada, em parceria com a Escola Superior da Magistratura. Primeiro será excluído o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal enquanto não houver repasse desses custos pela Justiça Federal e atuar politicamente para que isso se transforme em lei possibilitando a criação do Juizado Especial Previdenciário, na esfera estadual, com repasse de verbas da União. - A observância pelas Cortes Superiores das peculiaridades estaduais e o respeito ao seu contexto sócio-cultural, enquanto direito de cidadania, implica reservar exclusivamente aos Tribunais estaduais a apreciação daquelas matérias em relação às quais não é obrigatório um trato nacional uniformizado; Durante o Congresso, foram aprovadas sete teses: Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas e o Princípio do Juiz Natural (Ricardo Pippi Schmidt); O Justo Reconhecimento de Quem Trabalha no Primeiro Grau (Daniel Köhler Berthold); Juizados Especiais Previdenciários no Exercício da Jurisdição Delegada (Eugênio Couto Terra); Fim do Trabalho Gratuito da Justiça Estadual (Daniel Köhler Berthold); Administração do Poder Judiciário (Carlos Eduardo Richinitti); A Responsabilidade Ambiental e o Juiz Contemporâneo – Protagonismo Necessário (Vera Lúcia Fritsch Feijó e Cintia Teresinha Burhalde Mua); e O Papel Democrático do Judiciário: Composições e Demandas Coletivas (Pio Giovani Dresch). O evento foi concluído com a elaboração da Carta de Gramado, assinada em 1º de outubro. Ao lado, a íntegra do documento. - A preservação das matérias de competência da Justiça Estadual fortalece a Federação, na medida em que mantém o necessário equilíbrio entre as estruturas de seus entes; - Por fim, os magistrados gaúchos reafirmam o compromisso com a promoção da democracia e respeito ao pacto federativo, com a garantia e reconhecimento dos direitos fundamentais e com a consolidação de um Estado Democrático de Direito. Gramado, 1º de outubro de 2011. 13| JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 PREVIDÊNCIA AJURIS na luta contra a privatização da Previdência Pública Deputados. A AJURIS acompanha com atenção. Segundo o presidente João Ricardo, mesmo que não envolva o setor público estadual, a matéria é de extrema importância porque pode abrir caminho para mudanças também no regime previdenciário do Rio Grande do Sul. O presidente da AJURIS e da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública, João Ricardo dos Santos Costa, e o diretor de Previdência da Associação, Cláudio Luís Martinewski, participaram de audiência pública no dia 8.11, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília. Uma luta antiga Em pauta, o Projeto de Lei 1.992/2007, que institui o regime de Previdência Complementar para os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e também fixa o limite máximo para a concessão de aposentadorias e pensões pelo regime de previdência de que trata o artigo 40 da Constituição. O PL autoriza, ainda, a criação de entidade fechada, denominada Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp). Falando em nome da duas entidades, Martinewski foi incisivo na defesa da Previdência Pública. “Não há nenhuma menção sobre os fundos que quebraram no Brasil. Este parece ser um tema censurado no debate. Os interesses que existem são muito obscuros, mas todos nós sabemos quais são.” A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) também esteve representada na audiência pública. O vice-presidente de Assuntos Legislativos, Diógenes Ribeiro, se manifestou em nome da entidade. Por determinação da Presidência da República, o PL 1.992 tramita em regime de urgência na Câmara dos São inúmeras as iniciativas da AJURIS e União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública na tentativa de impedir que se implante no Estado o regime de Previdência Complementar. Em 2007 quando o governo do Estado conseguiu um empréstimo junto ao Banco Mundial, ficou consignado a apresentação de dois projetos: o Gestor Único de Previdência - PL 394/2007 atual lei 12909/2008, aprovado em regime de urgência e outro que trata da Previdência Complementar. Desde então, uma série de debates capitaneados pelas duas entidades vêm sendo promovidos. Em março de 2010, 22 representantes de associações do País reuniram-se em Porto Alegre para o Encontro da Coordenadoria da Justiça Estadual. No evento dois diretores da AJURIS e especialistas em Previdência, Cláudio Luís Martinewski e o desembargador Eduardo Uhlein, foram convidados para falar sobre o tema. No mesmo ano, foi promovido pela AJURIS o seminário Justiça Previdenciária - Os Rumos da Previdência Pública Brasileira que reuniu especialistas e autoridades de todo o País. Neste ano, uma das principais ações desenvolvidos em prol da Previdência Pública foi a inclusão de uma câmara temática, a pedido da Associação, no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), criado pelo governo do Estado. LEMBRETES DO DAS Procedimentos Oncológicos: Quando o associado necessitar realizar um procedimento em ambiente hospitalar ou mesmo em clínicas, deverá anteriormente solicitar autorização do DAS, uma vez que este conta com vários locais credenciados onde pode ser usado conjuntamente o IPE, proporcionando o melhor atendimento. A autorização dar-se-á de forma pronta por meio de cartafiança (salvo nos casos de emergência quando a providência será posterior), sendo a cobertura de 100%. Exames: O associado poderá realizar todo tipo de exame, em qualquer laboratório conveniado ou não, sendo de 50% o valor de reembolso para os exames particulares ou de 100% caso seja utilizado o IPE. Observações importantes! Quando o recibo for referente à diferença de IPE, solicite ao atendente que isso seja discriminado no comprovante de pagamento, evitando assim erros no processo de reembolso. Página na internet: Para melhor atendê-los, encontra-se, na página do DAS, o ícone MEU DAS, que disponibiliza a ficha financeira do associado, com diversas informações como reembolsos, número de consultas por dependentes entre outras. Para consultá-lo, basta informar o CPF e senha. Caso o associado não saiba sua senha, deve utilizar o campo lembrar senha, informando o CPF e, posteriormente, clicando em enviar. O sistema encaminhará a senha diretamente para seu e-mail cadastrado no DAS. 14 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Sicredi AJURIS Número de cooperados tende a aumentar Em janeiro de 2012 entra em vigor a nova resolução do Banco Central que permite que todos os servidores públicos recebam seus vencimentos no estabelecimento de crédito de sua preferência. “É um ótimo atrativo para ampliarmos o quadro de cooperados”, avalia o presidente da Sicredi AJURIS, Salvador Horácio Vizzotto. A expectativa é de que um número expressivo de folhas seja transferido à Cooperativa após a resolução vigorar. Recebendo o salário na Sicredi, o associado terá a oportunidade de contar com uma participação maior nos resultados, pois as sobras do exercício são distribuídas conforme a movimentação financeira – quanto maior, maiores os rendimentos. “Além de outras vantagens, este é o nosso principal diferencial em relação às demais instituições bancárias”, destaca Nelo Ricardo Presser, vice-presidente Financeiro da Sicredi AJURIS. Os associados da Cooperativa também têm acesso a um portfólio com mais de 100 produtos e serviços, como crédito, seguros, investimentos e previdência. A formatação do novo planejamento estratégico terá início em outubro, definindo metas e ações para 2012. Está prevista a realização de uma campanha para ampliar o número de cooperados nas associações parceiras. Além da AJURIS, a Sicredi atende sócios da Amatra IV e Ajufergs (magistrados, pensionistas, pais, cônjuges e filhos, inclusive maiores de idade). Ainda no ano que vem será implantado um novo método de avaliação individual de todos os colaboradores da Sicredi nacional. “Esse sistema traz um reforço no treinamento dos funcionários para que tenhamos mais eficiência no atendimento aos cooperados”, explica o vice Administrativo, Gilberto Niederauer Corrêa. Para conhecer um pouco mais da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Juízes do RS entre no site www.cooperativajuizesrs.com.br ou faça contato pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (51) 3286.8328 e 3284.9148. A Sicredi AJURIS fica junto à sede administrativa: rua Celeste Gobbato, 81 (3° andar), Porto Alegre/RS. Fotos: Maurício Macedo com nova resolução do BC Diretoria mantém a meta de chegar a mil cooperados O desembargador aposentado Salvador Horácio Vizzotto foi empossado como presidente da Sicredi AJURIS no dia 31 de agosto. Após seis anos no cargo de vice, ele permanecerá na Presidência até 2013. Vizzotto destacou a atuação do antecessor, o juiz Pedro Pozza, que comandou a Cooperativa de crédito por dois mandatos. “Foi com imensa alegria que trabalhei ao lado do dr. Pozza. Posso garantir que daremos continuidade à gestão, inclusive, mantendo a meta de chegarmos a mil cooperados ainda no primeiro ano de mandato”, afirmou. Na cerimônia, Vizzotto fez a entrega de uma placa em homenagem a Pozza. Também tomaram posse os dois vices Nelo Ricardo Presser (Financeiro) e Gilberto Niederauer Corrêa (Administrativo), e os integrantes do Conselho Fiscal e de Administração. Fazem parte do Conselho Fiscal: Alzir Felipe Schmitz, Juracy Vilela de Souza, Vanise Rohrig Monte, Aguinelo Gubert; Mário Chaves e Alex Gonzalez Custódio. Além do presidente e dos dois vices, o Conselho de Administração conta com: Martin Schulze, Pedro Luiz Pozza, Alcides Matte, Danúbio Edon Franco, Geraldo Anastácio Brandeburski, Ícaro Carvalho de Bem Osório, Guinther Spode, Paulo Orval Particheli Rodrigues, Miguel Angelo da Silva, José Ernesto Flesch Chaves, Silvestre Jasson Ayres Torres e Adriana da Silva Ribeiro. Filiada ao Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi), a instituição financeira foi fundada para atender os magistrados do Rio Grande do Sul em 10 de dezembro de 1999, quando o desembargador Guinther Spode ocupava a Presidência da AJURIS. No dia 10 de maio do ano seguinte, o Foro Central de Porto Alegre passou a contar com uma sede própria da Sicredi AJURIS, que – em janeiro de 2004 – foi transferida para o novo prédio administrativo da Associação, onde funcionam os demais serviços aos associados. Prestigiaram a cerimônia de posse da nova Diretoria: os presidentes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), desembargador Marco Aurélio Caminha; da Amatra IV, Marcos Fagundes Salomão; da Ocergs, Vergílio Périus; e da Sicredi Central Sul, Orlando Borges Müller. Também estiveram presentes os vices da AJURIS, Felipe Rauen e Pio Giovani Dresch, atuamente licenciado. 15| JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 DONATO JOÃO SEHNEM O Professor de todos nós . 14.08.1934 | 14.10.2011 16 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Segurança Comissão de AJURIS integra a Comissão Segurança do TJ-RS opera as primeiras ações nos Foros Maurício Macedo “Não se pode admitir que o juiz, no exercício da jurisdição, seja alvo de intimidação ou atentado. Quando um magistrado, por sua atuação, é vítima de ações criminosas, está se atingindo o próprio Estado Democrático de Direito e, em última análise, a sociedade organizada”, diz Alexandre de Souza Costa Pacheco, representante da AJURIS na Comseg e relator do processo Themis Admin, que avaliou as sugestões enviadas pelos magistrados e que foram, posteriormente, remetidas ao CNJ. Na condição de representante da Associação, Alexandre Pacheco encaminhou propostas, como solicitação de envio de um ofício aos magistrados para que informem se estão sob ameaça ou risco pessoal, e pediu a criação de um grupo de elite, gerenciado pelo Núcleo de Inteligência do Judiciário, entre outras sugestões. U m “juiz sem rosto” poderia ser a alternativa para julgar ações contra o crime organizado. A possibilidade está sendo cogitada pela Comissão de Segurança (COMSEG) do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), mas a sua viabilidade depende de uma legislação específica ou até mesmo de reforma na Constituição. A alternativa foi citada ao jornal da AJURIS pelo desembargador Voltaire de Lima Moraes, presidente da Comseg, instalada oficialmente em 22 de junho deste ano, menos de dois meses antes da morte da juíza carioca Patrícia Acioli. O “juiz sem rosto” seria constituído por um colegiado que se reuniria para julgar casos que envolvessem o crime organizado. A sugestão integra uma lista de 58 itens encaminhados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com base em proposições apresentadas pela própria Magistratura a pedido do Tribunal. O desembargador Voltaire diz que a situação no RS é bem mais confortável do que em outros Estados da Federação, mas, ainda assim, existem casos de juízes que sofreram ou estão sofrendo ameaças, em especial no interior, onde a figura do magistrado fica mais marcada. Ainda no mês de setembro, a supervisora dos juízes do Foro da Restinga, Maria Lucia Buchain Zoch Rodrigues recebeu o presidente do Tribunal de Justiça do RS, desembargador Leo Lima. A visita faz parte de uma agenda que será cumprida também em outros Foros com o objetivo de fazer uma primeira análise das dependências e repassar essas impressões à Comissão formada pelo Departamento de Engenharia, o Núcleo de Inteligência e a Área de Segurança do Tribunal para desenvolvimento de um projeto preventivo voltado para o aumento da segurança. O presidente da AJURIS, João Ricardo dos Santos Costa, reuniu-se com secretário de Segurança, Airton Michels, levando essa inquietação relativa à segurança dos Foros e pedindo atenção especial das polícias gaúchas em relação a esses locais. “A preocupação principal é com aqueles momentos de maior tensão, como em dias de julgamentos”, disse. O secretário Airton Michels ressaltou que, “além da proteção de magistrados e servidores, o policiamento nos Fóruns sempre foi e continuará sendo uma questão de segurança pública para o Governo do Estado.” Quem integra a comissão Desembargador Voltaire de Lima Moraes (Presidente) Desembargadora Genacéia da Silva Alberton (Titular) Desembargador Altair de Lemos Júnior (Suplente) Juiz Luís Felipe Paim Fernandes (Titular) Juíza Adriana da Silva Ribeiro (Suplente) Juiz Alexandre de Souza Costa Pacheco (Repres. AJURIS) Assessor Militar da Presidência Ladimir da Silva (Integrante do Núcleo de Inteligência do Poder Judiciário) Antônio César Carré (Chefe da Equipe de Segurança) 17| JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Sala de Audiência Sala de Audiência COMEMORA 10 ANOS NO AR U m cenário simples e muito sobre o que falar. O encontro dos magistrados Túlio de Oliveira Martins, o primeiro apresentador e diretor do Departamento de Comunicação, Luiz Felipe Vieira Difini, presidente da AJURIS, José Aquino Flôres de Camargo, vice-presidente administrativo, e Vera Lúcia Deboni, vice-presidente cultural (cargos ocupados na Gestão 2000-2001) marcou a estréia no dia 3 de julho de 2001 com transmissão pelo canal 20 da Net de Porto Alegre. “Estava se fazendo tanto talk show na época, que me pareceu que podíamos fazer um programa de entrevistas com um pouco mais de conteúdo, até porque a abordagem jurídica na imprensa tradicional, por vezes, deixava um pouco a desejar”, explica o desembargador Difini, idealizador do Sala. “O que a gente queria era traduzir para a população a nossa mensagem, numa linguagem que fosse mais compreensível e que ela tivesse sentido para as pessoas”, complementa Vera Deboni. Regidos durante muito tempo pela máxima de que o juiz só deveria se manifestar no processo, a atitude chamava a atenção. “Era mais um passo pioneiro da AJURIS. Ali, de forma rica, os juízes podem mostrar à sociedade, através de um veículo de comunicação social, o que pensam. E espero que neste programa seja sempre respeitada a pluralidade de pensamentos”, observa o desembargador Aquino. ESPECIAL 10 ANOS Para assistir ao especial 10 anos do Sala de Audiência entre no site da AJURIS, na seção do programa. Você vai conferir imagens do primeiro programa, depoimentos dos ex-apresentadores e uma retrospectiva que marca os melhores momentos no período. 18 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 O tempo passou, mudaram os apresentadores, os cenários, e uma diversidade de temas foram tratados, sempre buscando informar, atualizar, fazer com que cada cidadão entenda um pouco mais sobre os próprios direitos, sobre o funcionamento da Justiça e também proporcionar a discussão de tudo o que tem relação com o Judiciário. “Nós conseguimos fazer com que o juiz se abrisse um pouco para a sociedade. Com que a magistratura fosse vista sem ser aquele “fantasma” que apenas aparecia para resolver litígios. Ela participava, era um ente da sociedade. E o Sala de Audiência foi um elo muito importante nessa cadeia”, destaca o desembargador aposentado Carlos Alberto Bencke, apresentador do programa entre 04/05. Em 10 anos, espaço para representantes das mais variadas instituições, de ministros a personalidades da música, da literatura... “Foi uma experiência maravilhosa em que a gente pode ter a participação de tantos colegas, fazer uma vinculação com a Ordem dos Advogados do Brasil, Ministério Público, a Defensoria, pessoas envolvidas com trânsito, com ONGs que têm interesse em resolver os problemas sociais. Foi um aprendizado”, define a juíza de Direito Cristiane Hoppe, apresentadora entre 2008/2009. No período, a bancada do Sala de Audiência era dividida, dois magistrados comandavam o programa: Cristine e o juiz Gustavo Gastal Diefenthäler. “O programa de TV é mais uma expressão dessa vocação que a AJURIS teve e tem até hoje, de não se limitar a ser uma Arquivo Pessoal/Vera Deboni Estabelecer um canal de comunicação mais efetivo com a comunidade. Uma década depois da exibição do primeiro programa, a AJURIS celebra a consolidação do Sala de Audiência com cerca de 240 horas de conteúdo no ar. E, pelo retorno obtido com a participação de magistrados, operadores do Direito, e, principalmente, dos telespectadores, a ideia inicial tornou-se realidade. As ações desenvolvidas pela Associação desde 2001 também foram pauta do programa. A comunidade ficou sabendo de congressos, concursos, programações culturais e outras atividades. “A experiência foi desafiante e muito rica, especialmente pela possibilidade de debater temas relevantes à magistratura e ao Direito como um todo”, resume a juíza de Direito Maria Cláudia Mercio Cachapuz, apresentadora entre 2006/2007. Arquivo ESM instituição classista, que cuida só interesses de associados. E o Sala de Audiência tem esse viés de aproximar a sociedade gaúcha do Poder Judiciário”, declara Diefenthäler. Temas ligados à saúde, à educação, ao trânsito, à violência juvenil, contra a mulher também estiveram em debate no Sala de Audiência. “Em uma sociedade onde, muitas vezes, o Judiciário é criticado pelo seu distanciamento, considero que o programa só merece elogios porque esclarece o telespectador sobre os fundamentos que levam o juiz a tomar decisões, que muitas vezes contrariam maiorias, mas são extremamente importantes”, defende o juiz de Direito Marco Aurélio Martins Xavier, apresentador em 2010. Agora, o público também participa por meio de entrevistas e reportagens, além, é claro, das sugestões recebidas pelo e-mail [email protected] e pelo telefone (51) 3284.9107. “É uma alegria comemorar esses dez anos no ar. Poder chegar ao público por meio de um veículo de comunicação tão democrático como a televisão, para telespectadores de todo o Brasil, é um orgulho e uma responsabilidade. E a participação de quem assiste ao programa e ajuda a fazê-lo também faz parte da evolução do Sala”, enfatiza Maria Lucia Buchain Zoch Rodrigues, diretora do Departamento de Comunicação Social da AJURIS. No último ano, a atração também foi reconhecida em premiações nacionais e regionais. O programa sobre Justiça Restaurativa ficou entre os finalistas do Prêmio AMB de Jornalismo, da Associação dos Magistrados Brasileiros. Já o debate sobre Doações de Órgãos e Medula levou o 2º lugar na categoria televisão do Prêmio de Jornalismo da Associação Médica do Rio Grande do Sul. Hoje, o programa é exibido semanalmente para o Rio Grande do Sul, pela TVE – canal 7 de Porto Alegre – e para todo o Brasil pela TV Justiça – canal 8 da Net Porto Alegre e 117 da Sky. “Sempre que vejo a vinheta do Sala de Audiência lembro os primeiros programas e assisto aos de hoje, naturalmente. Então, vida longa ao Sala de Audiência! Ele é muito importante, é nosso, é da AJURIS, é coisa nossa!”, orgulha-se o desembargador Túlio de Oliveira Martins, apresentador durante três anos. 19| JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Semana Farroupilha Fotos: Maurício Macedo Piquete da AJURIS recebe a visita de crianças e adolescentes A visita de alunos de escolas públicas foi um dos diferenciais das atividades desenvolvidas no Piquete da AJURIS, na Semana Farroupilha deste ano. Estudantes da Escola Municipal Jardim Salomoni, da Vila Nova, zona sul da Capital, foram os primeiros a visitar o acampamento, três dias depois da sua abertura oficial. Dezenas de crianças participaram de atividades lúdicas com muita música, brincadeiras e noções de preservação ambiental As mesmas lições foram passadas aos adolescentes da ONG Casa da Criança que também conheceram as dependências do Piquete e, assim como os visitantes anteriores, além de participar das brincadeiras, receberam cartilhas didáticas sobre os direitos do cidadão, elaboradas em formato de história em quadrinhos para facilitar o entendimento. “É mais uma oportunidade que temos para mostrar nossas ações de cidadania”, explica o presidente João Ricardo dos Santos Costa. Para a vice-diretora da Jardim Salomoni, Neiva da Rosa, o projeto é maravilhoso e foi muito importante não só o contato que as crianças puderam estabelecer com a cultura gaúcha, mas o conhecimento sobre direitos fundamentais. ESTREIA DO PROGRAMA VOZES RURAIS marcou abertura do Piquete A inauguração do Piquete foi realizada na noite de 6 de setembro. As atividades no Acampamento Farroupilha iniciaram com a transmissão, ao vivo, de um novo programa na R a d i o w e b A J U R I S . A p re s e n t a d o p e l o s magistrados Jane Vidal, Reinaldo Rammé e João Carlos Brum, o Vozes Rurais, que mostra e incentiva as tradições gaúchas, destacou o BAH!GUALADAS, quinteto formado exclusivamente por mulheres. O grupo interpretou a música No Estilo da Fronteira, composta em parceria com o tradicionalista Elton Saldanha. As meninas também apresentaram a música Todas pra Dançar e encerraram a noite com uma interpretação de Mercedita, clássico do cancioneiro latino-americano. Na sequência, a advogada Ana Etchaluz falou, em entrevista, sobre o seu livro Alma Basca, que aborda as origens dos seus ancestrais bascos. O chefe de cozinha basco Aritza Aramburu deu dicas de culinária. Foram entrevistados, ainda, o poeta Luis de Miranda e o desembargador Bráulio Marques. A pedido da apresentadora Jane Vidal, o magistrado declamou a poesia A Espera, de Luiz Menezes, arrancando aplausos do público presente no Piquete da AJURIS. Na grade de programação, o Vozes Rurais terá inserções inéditas todas as segundas-feiras, às 9h, com reprises às quartas (21h), sextas (14h) e nos sábados e domingos (11h). 20 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Futebol Fotos: Gustavo Gomes AJURIS É HEPTA NO NACIONAL SÊNIOR Grupo campeão sênior acumula 11 títulos em competições nacionais da AMB Entre os dias 20 e 22 de outubro, a cidade de Vitória (ES) recebeu mais de cem magistrados para a disputa do XV Campeonato Brasileiro de Futebol Categoria Sênior. Além da delegação anfitriã, participaram a AJURIS, Amapar, Amapi, Amamsul, Apamagis, Amma, Ampb e Amagis. Mantendo a escrita, os representantes do Rio Grande do Sul conquistaram mais um título no torneio organizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Em 15 edições, esta foi a 7ª taça da equipe gaúcha, desta vez, com 100% de aproveitamento (quatro vitórias em quatro jogos). A primeira partida, contra o Paraná (Amapar), terminou 6 a 3. Na sequência, a AJURIS venceu os donos da casa (Amages) por 2 a 1. Treinados pelo magistrado Ronaldo Adi Barão, os gaúchos bateram o Piauí (Amapi) por 3 a 2 na semifinal. A grande decisão, que levou ao heptacampeonato, terminou com goleada de 5 a 1 sobre o time de Minas Gerais (Amagis), vice-campeão. O escrete do Maranhão (Amma) conquistou o terceiro lugar. O destaque da competição foi o magistrado gaúcho Pedro Luiz Bossle, eleito o melhor jogador do campeonato. O artilheiro da delegação foi Niwton Carpes, que marcou sete dos dezesseis gols anotados pela equipe. Ele ficou apenas dois gols atrás do artilheiro geral, Eulálio Figueiredo, que anotou nove. “Este grupo de atletas já acumula onze títulos nacionais, sendo quatro na categoria Master”, lembrou o vice-presidente Social da AJURIS, José Antônio de Azambuja Flores, atualmente licenciado. O juiz Walace Pandolphi Kiffer, da equipe do Espírito Santo, recebeu um troféu comemorativo por atingir a marca de cinquenta gols em campeonatos da AMB. Como de costume, as equipes mais disciplinadas também receberam troféus. Após a premiação, os atletas participaram de um jantar de confraternização. “O esporte, mais especificamente o futebol, é a forma mais eficiente de congregar a Magistratura nacional”, ressaltou o presidente da Amages, Sérgio Ricardo de Souza. Gaúchos levantaram mais um troféu no futebol representando a AJURIS EQUIPE DA AJURIS HEPTACAMPEÃ SÊNIOR Alex Custódio, Affif Simões Neto, Alciomar Ceccon, Antônio Maria Iserhard, Francisco José Müller, Hélio Lemos de Souza, Jaime Alves de Oliveira, Ney Alberto da Mota Vieira, Niwton Carpes da Silva, Pedro Luiz Bossle, Roberto Carvalho Fraga, Sílvio Corrêa, Wilson Carvalho Dias e Tasso Caubi Soares Delabary (capitão) Treinador: Ronaldo Adi Barão 21| JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 Social Fotos: Maurício Macedo AJURIS 67 ANOS: comemoração em grande estilo 22 | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 A mais antiga associação de magistrados da América Latina celebrou seus 67 anos com jantar e baile em agosto deste ano. Dois salões do Hotel Plaza São Rafael foram decorados especialmente para a festa, que reuniu autoridades, diretores e associados da AJURIS. O presidente João Ricardo dos Santos Costa recebeu os convidados, entre eles, o prefeito da Capital, José Fortunati. O baile também contou com a presença do futuro presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Os dois postulantes ao cargo estiveram presentes: os desembargadores José Aquino Flôres de Camargo e Marcelo Bandeira Pereira. Também participaram do evento o então vicepresidente da AJURIS Pio Giovani Dresch (Patrimônio e Finanças) e a vice-presidente Dulce Ana Gomes Oppitz (Cultural) e, ainda, os diretores da Escola Superior da Magistratura, Ricardo Pippi Schmidt e Vancarlo Anacleto. A festa teve também a presença dos diretores Luiz Gaspar Beck da Silveira (Aposentados), Eneida Barbosa (Pensionistas), Francesco Conti (Direitos Humanos), Jocelaine Teixeira (Patrimônio Residencial) João Carlos Brum (Sede Campestre), Ícaro de Bem Osório (Consórcios), Miguel Ângelo da Silva (Assistência Pessoal), Jorge Alcebíades Perroni de Oliveira (Coordenação de Recursos Judiciais) e Maria Lucia Boutros Buchain Zoch Rodrigues e Cláudio Luís Martinewski (Comunicação), e Vera Regina Müller (assessora da Presidência). Departamento de Aposentados recepciona associados em jantar no Plaza Carolina Grigol O Departamento dos Aposentados realizou, no dia 4 de novembro, o 64º Jantar. A celebração, já tradicional na AJURIS, marcou o encerramento das atividades sociais do departamento em 2011 quando aposentados, pensionistas, magistrados e familiares, confraternizaram no Salão do Hotel Plaza São Rafael em Porto Alegre. Durante o encontro foram sorteados alguns brindes. O juiz de Direito, Eugênio José de Almeida Neto e os desembargadores Diógenes Vicente Hassan Ribeiro, Jorge Alcibíades Perrone de Oliveira e Maria Lucia Aguiar Vieira receberam um vale presente do Zaffari. Já juíza de Direito Munira Hanna foi presenteada com uma jóia oferecida pela empresa Nobre Alkimia. O diretor do Foro de Porto Alegre, Alberto Delgado Neto ganhou uma cesta de produtos oferecida pelo Sicredi. Gilberto Pinto Também foram homenageados os magistrados que se aposentaram após o último jantar do Departamento. A eles foi conferido o alfinete do jubilado, um distintivo confeccionado artesanalmente em ouro com pedras de brilhante no logotipo da AJURIS. A entrega foi feita pelo diretor do Departamento Luiz Gaspar Beck da Silva e pelo subdiretor, desembargador Claudir Fidélis Faccenda. Receberam a láurea: Dorval Bráulio Marques, Luiz Carlos da Trindade de Senna, Maria do Carmo Moraes Amaral Braga, Maria Lucia Aguiar Vieira, Ruy Simões Filho e Uiara Maria Castilhos dos Reis. O presidente da AJURIS, João Ricardo dos Santos Costa, também reconheceu o trabalho que vem sendo desenvolvido por Luiz Gaspar Beck da Silva e sua esposa Marlene. 23| JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 CURSO INTENSIVO DE PREPARAÇÃO AO CONCURSO DE INGRESSO À MAGISTRATURA O Curso Intensivo de Preparação ao Concurso de Ingresso à Magistratura foi elaborado com base na divisão de disciplinas em blocos para as questões da prova objetiva seletiva da justiça estadual, conforme anexo IV da Resolução nº 75 do CNJ. A previsão é de que o edital saia ainda esse ano e de que a prova seja realizada no primeiro semestre de 2012. Você pode optar em realizar o curso em blocos (individualmente) ou completo (três blocos). Disciplina BLOCO I Inicio das aulas: 28 de novembro de 2011. Previsão de término: 22 de dezembro de 2011. Hs / Aula N° de aulas Direito Civil 8 40 Direito Processual Civil 9 45 Direito do Consumidor 2 10 Direito da Infância e Juventude 1 5 20 100 Hs / Aula N° de aulas Direito Penal 8 40 Direito Processual Penal 7 35 Direito Constitucional 4 20 Direito Eleitoral 1 5 20 100 Hs / Aula N° de aulas Língua Portuguesa 6 30 Direito Empresarial 4 20 Direito Tributário 4 20 Direito Administrativo 4 20 Direito Ambiental 1 5 Aula extra 1 5 20 100 Total Disciplina BLOCO II Previsão para inicio das aulas: 23 de janeiro de 2012. Previsão de término: 24 de fevereiro de 2012. Total Disciplina BLOCO III Previsão para inicio das aulas: 5 de março de 2012. Previsão de término: 30 de março de 2012. Total Rua Celeste Gobbato, 229 - Praia de Belas - Porto Alegre. www.escoladaajuris.com.br (51) 3284.9000 NOTÍCIAS DA ESM Escola Superior da Magistratura 31 ANOS ESCOLA DA AJURIS A Escola Superior da Magistratura, da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, completou 31 anos no dia 26 de outubro. Sua história confunde-se com o contexto jurídico no Estado, pois além de ser uma Escola preparatória para a Magistratura, imprime ética e humaniza as pessoas que irão reger o Judiciário gaúcho. Com programação sempre voltada para a atualização dos profissionais da área, a Escola em mais um ano de aniversário, continua a reafirmar o seu compromisso com a sociedade. Em 31 anos de atuação, a ESM se consolida cada vez mais como referência na preparação, formação e aperfeiçoamento de operadores do Direito. No último ano, foram adotadas medidas que possibilitaram o aumento significativo no número de alunos. Entre as medidas adotadas, a ESM reestruturou o CPM, flexibilizando o curso, de forma a permitir que os alunos prolonguem o tempo de permanência na Escola, por meio do sistema de módulos. No ensino a distância os cursos de extensão vêm possibilitando aos alunos da graduação, de qualquer instituição de ensino, complementar seus estudos acadêmicos realizando cursos de curta duração e com grande diversidade de conteúdo. Também no EAD foram feitos investimentos no estúdio de rádio, estúdio de vídeo, além da aquisição de equipamentos de edição e gravação. No tocante a infraestrutura, recentemente foi reinstalada a Pinacoteca, ampliado o Posto JEC, com a criação de um novo espaço para alunos realizarem atividades práticas, e remodelação do miniauditório, que servirá também para as gravações do EAD. Para marcar a passagem de mais um aniversário e comemorar as conquistas alcançadas em 2011, no dia 05 de dezembro de 2011, a ESM estará em festa. Veja a programação abaixo e participe das comemorações do 31° aniversário da Escola Superior da Magistratura! PROGRAMAÇÃO 14h - Entrega do Prêmio AJURIS de Direitos Humanos Edição - 2011 14h30min - Ciclo de Palestras em Homenagem ao Desembargador DONATO JOÃO SEHNEM 19h30min - Lançamento do livro Apontamentos de Direito Penal do Desembargador LADISLAU FERNANDO ROHNELT 20h - Homenagem ao Centenário do nascimento do Ministro CARLOS THOMPSON FLORES 20h30min - Homenagem aos membros da Magistratura e do Ministério Público integrantes da primeira turma do CPM 20h45min - Lançamento do Projeto Intervalo Coquetel de confraternização Aula interativa do EAD no estúdio da Radioweb Pinacoteca da AJURIS Eventos lotaram o auditório Ano XV Nº 274 | agosto, setembro e outubro de 2011 Além disso, a ESM investiu na mudança no site e sistema de informática, o que permitiu aos alunos realizarem suas matrículas online, e remodelou os portais do aluno e do professor. Buscando aproximar cada vez mais a ESM da sua relevante missão institucional, a Direção firmou convênios com o TJRS, dentre os quais, destacam-se o convênio que viabiliza o Programa de assessoramento voluntário em gabinete de magistrado, que passa a valer como Atividade Jurídica e o convênio para capacitação e permanente atualização dos servidores judiciais, nos termos da Resolução n° 126 do CNJ, com base no qual, foram realizados, neste ano, mais de uma dezena de cursos presenciais e a distância para servidores de 1º e 2º grau, além da formação de conciliadores. EDITORIAL O PROFESSOR DE TODOS NÓS As pessoas fazem as instituições. Algumas são imprescindíveis. Nossa Escola foi literalmente construída por magistrados exemplares. Dentre esses, destacamos com justa homenagem (veja página 16 do Jornal da AJURIS) o Professor Donato. Juiz íntegro, administrador dinâmico, professor de todos nós, o Donato deixa saudades e um exemplo de força e idealismo para enfrentar os novos desafios. Novos desafios como os que assumiu a Escola, a partir deste ano, com a capacitação dos servidores do Poder Judiciário do RS, por força da Resolução 126 do CNJ, e que permitiu a formação de várias turmas de servidores de 1º e 2º grau, nas áreas de Gestão, Português e atualização em Direito. Com cursos presenciais e a distância, atendemos mais de mil servidores. Para atingir esse público no interior do Estado, o EAD apresenta-se como meio mais adequado. Daí a necessidade de novos investimentos em tecnologia, com a aquisição de equipamentos de gravação e estrutura física, com a implantação do estúdio de áudio - radioweb - e transformação do miniauditório em estúdio de gravação, utilizado paralelamente com a estrutura de apoio do próprio TJRS (ver matéria de capa). Lançado há pouco mais de três anos, nossos cursos a distância abarcam hoje quase metade dos alunos que realizam CPM regular, em módulos ou extensão. Desde a sua primeira edição, já contabilizamos mais de dois mil estudantes atendidos nessa modalidade. O crescimento do número de alunos, notadamente a partir de 2010, exigiu empenho e dedicação da nossa equipe de EAD para atender a essa nova e crescente demanda, sem perder a qualidade que é marca registrada dos cursos da Escola Superior da Magistratura. Com a mesma ideia de acompanhar a dinâmica da sociedade atual e a necessidade de melhor comunicar com o público externo, pretendemos lançar o Projeto Intervalo - uma visão de futuro, objetivando parceria com os jovens estudantes de comunicação para tornar a nossa Escola mais conhecida e reconhecida e, ao mesmo tempo, incentivar novos talentos (ver matéria na página 03) No âmbito do CPM, estamos concluindo mais um semestre, já agora com o curso reestruturado. Com os magistrados realizamos, neste segundo semestre, quatro cursos de aperfeiçoamento nas áreas de processo civil, infância e juventude, direito público e juizados especiais, além de outros eventos e seminários noticiados neste encarte, sempre no intuito do aprimoramento dos nossos alunos e associados. RICARDO PIPPI SCHMIDT Direitor da ESM VANCARLO ANDRÉ ANACLETO Vice-Diretor da ESM Curso Intensivo de Preparação ao Ingresso à Magistratura A Escola Superior da Magistratura, da AJURIS, está com matrículas abertas para Curso Intensivo de Preparação ao Concurso de Ingresso à Magistratura. O curso, que será desenvolvido em três blocos, contará com aulas expositivas com enfoque na resolução de questões objetivas. As aulas serão ministradas a partir do dia 28 de novembro no turno da noite, de segunda a sexta-feira, das 19h às 22h30min, na sede da Escola Superior da Magistratura. Aos sábados, sempre que necessário, das 8h às 11h35min. Ao todo, são 50 vagas. A previsão é de que o edital do curso saia ainda esse ano e de que a prova seja realizada no primeiro semestre de 2012. Mais informações pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3284.9000. Quarta edição do CONCURSO SIMULADO A ESM promove a quarta edição do Concurso Simulado. A prova é uma ótima oportunidade para os candidatos testarem seus conhecimentos e ainda concorrerem a bolsas de estudos. Serão concedidas bolsas de estudos integrais, para módulos, a livre escolha do participante aos 10 primeiros colocados. O número de vagas é limitado a 300 participantes e as inscrições podem ser feitas até o dia 7/12. A prova será realizada no sábado, dia 10/12, das 14h às 17h, e contará com 60 questões objetivas. Para realizar a inscrição é preciso efetuar o pagamento da taxa de R$ 20,00. Mais informações: Na sede da Escola, rua Celeste Gobbato, 229, bairro Praia de Belas, Porto Alegre/RS, pelo site www.escoladaajuris.com.br ou pelo telefone (51) 3284.9000. Expediente Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul Presidente: João Ricardo dos Santos Costa Vice-presidente Administrativo: Benedito Felipe Rauen Filho Vice-presidente de Patrimônio e Finanças: Pio Giovani Dresch Vice-presidente Cultural: Dulce Ana Gomes Oppitz Vice-presidente Social: José Antônio Azambuja Flores Diretor da Escola da AJURIS: Ricardo Pippi Schmidt Vice-diretor da Escola da AJURIS: Vancarlo André Anacleto Jornal da AJURIS Diretora de Comunicação: Maria Lucia Boutros Buchain Zoch Rodrigues Subdiretor de Comunicação: Cláudio Luís Martinewski Conselho de Comunicação: Carlos Alberto Etcheverry, João Armando Bezerra Campos, Túlio de Oliveira Martins e Leoberto Narciso Brancher Jornalista-chefe: Ivana Ritter Equipe de jornalismo: Carolina Grigol, Elaine Carrasco e Maurício Macedo Editoração eletrônica: Maurício Teixeira Edição: Bado Comunicação Tiragem: 2.000 exemplares Endereço: Rua Celeste Gobbato, nº 229 Praia de Belas – Porto Alegre/RS – CEP 90110-160 Telefone: (51) 3284.9000 Fax: (51)3224.7254 E-mail: [email protected] Site: www.escoladaajuris.org.br 02 | ENCARTE DA ESM - JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 PROJETO INTERVALO: UMA VISÃO DE FUTURO Como forma de reconhecer e valorizar a parceria firmada, a Escola disponibilizará para as Universidades parceiras, bolsas de estudo integrais para módulos que compõe o Curso de Preparação à Magistratura. Além disso, o melhor trabalho será escolhido para receber o “Prêmio Projeto Intervalo: Uma Visão de Futuro”, o qual concederá uma premiação ao aluno responsável pelo trabalho inscrito, além da validação do certificado como prova de título. A ESM da AJURIS está fechando parcerias com as universidades do Estado para disseminar o conhecimento sobre oportunidades de mercado, qualificação e perspectivas sobre carreiras aos estudantes dos cursos de Direito e, ao mesmo tempo, valorizar os alunos dos cursos de Comunicação. Com isso, a ESM lançou o “Projeto Intervalo: Uma Visão de Futuro”, um quadro televisivo que será apresentado pelos estudantes de Jornalismo, com perguntas dos graduandos do Direito e respostas dos professores da ESM. CURSOS DE ATUALIZAÇÃO PARA MAGISTRADOS - 2012 A Escola Superior da Magistratura informa o calendário dos Cursos de Atualização para Magistrados para o ano de 2012. Haverá oportuna divulgação dos conteúdos e os magistrados serão convocados, segundo as regras estabelecidas pela Corregedoria-Geral da Justiça. DATA TEMA 22 e 23 de março Direito Civil 26 e 27 de abril Ciências Penais 24 e 25 de maio Juizado da Infância e Juventude 21 e 22 de junho Administração Judiciária – Direção do Foro 23 e 24 de agosto Direito Processual Civil 25 e 26 de outubro Direito Público 29 e 30 de novembro Juizados Especiais Ainda que não convocado, o magistrado poderá participar, mediante inscrição. REINAUGURAÇÕES Fotos: Maurício Teixeira PINACOTECA No dia 28 de outubro foi reinstalada a Pinacoteca da AJURIS. O espaço que foi reinaugurado com obras expostas do acervo da Associação contará periodicamente com exposições de diversos artistas renomados no Rio Grande do Sul. Na ocasião, também foi lançada a 20ª edição do Caderno de Literatura, com uma sessão de autógrafos e após foi realizado um Happy Hour Cultural, no terraço da ESM, com show musical de Dani Rauen. MINIAUDITÓRIO Também no dia 28 de outubro foi reinaugurado o miniauditório da ESM. O espaço, além de receber eventos com até 50 participantes, será utilizado como estúdio para as gravações das aulas do ensino a distância. .......... POSTO JEC No dia 8 de novembro foi inaugurado um novo espaço junto ao Posto do JEC. Em uma sala equipada com quatro computadores os alunos da ESM podem desenvolver a atividade jurídica necessária para comprovação de Atividade Jurídica nos termos da Resolução n° 75 do CNJ. 03 | ENCARTE DA ESM | JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011 2ª edição do CURSO DE CAPACITAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO JUDICIÁRIA ocorreu em Manaus DEPUTADO RECEBE PROPOSTAS SOBRE A REFORMA DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Professores da ESM participaram, de 3 a 7 de outubro, da 2ª edição do Curso de Capacitação em Administração Judiciária, realizada em Manaus. Os professores integram o Núcleo de Inovação e Administração Judiciária do Centro de Pesquisas da Escola NIAJ. O diretor da ESM, Ricardo Pippi Schmidt, foi palestrante na abertura do evento. O deputado federal Jerônimo Goergen (PPRS) recebeu no dia 31 de outubro, na sede da Escola Superior da Magistratura, um conjunto de propostas sobre a Reforma do Código de Processo Civil (CPC) que tramita na Câmara, em Brasília. Os magistrados Vancarlo André Anacleto, Ruy Rosado de Aguiar Neto, Alberto Delgado Neto, José Luiz Leal Vieira e Fábio Vieira Heerdt também levaram seus conhecimentos ao Norte brasileiro durante o curso, com um total de 40 horas/aula. Elaborada por magistrados gaúchos e professores da ESM, o documento contém um total de quinze sugestões de mudanças no Projeto de Lei que trata do novo CPC. ESM PARTICIPA DO ENCONTRO DE DIRETORES DE ESCOLAS DE MAGISTRATURA AMB “Este documento é uma demonstração de que a Magistratura Estadual e a ESM estão empenhadas em colaborar com o debate que se desenvolve no Congresso Nacional acerca do aperfeiçoamento da legislação processual, visando dar maior efetividade à prestação da justiça”, ressalta o diretor da ESM, Ricardo Pippi Schmidt. Segundo ele, a principal proposta envolve alterações no chamado “incidente de resolução de demandas repetitivas”, que foi objeto de tese aprovada no IX Congresso Estadual de Magistrados, realizado este ano, em Gramado. Também foram apresentadas propostas de modificação em relação a mecanismos de conciliação e mediação, audiência preliminar, critérios de concessão de Assistência Judiciária Gratuita (AJG), fim do reexame necessário, dentre outras. ESM participou do painel sobre EAD . Discussões acerca do EAD marcaram o segundo painel do Encontro Nacional de Diretores de Escolas da Magistratura promovido pela Escola Nacional da Magistratura, de 27 a 28 de outubro, em Foz do Iguaçu, Paraná. O Vice-Diretor e o Coordenador de Cursos da ESM, Vancarlo André Anacleto e Júlio César Romeu, respectivamente falaram sobre a experiência utilizada na Escola. “Identificamos o público-alvo. Estudamos o que o nosso aluno está precisando. Por isso, temos cursos de diferentes fases e características. O EAD se adequa ao aluno e não o aluno se adequa ao sistema. O coordenador apresentou as ferramentas didáticas da educação a distância, entre elas, videoaulas, chats e exercícios. Jerônimo Goergen fez elogios ao trabalho. “Junto com o Poder Judiciário, a AJURIS e a Escola Superior da Magistratura foram os quem mais contribuíram”, afirmou o parlamentar. “Este é um assunto de grande importância para nós, pois diz respeito à efetividade da jurisdição”, disse o presidente da Associação, João Ricardo dos Santos Costa. A Comissão da ESM foi presidida pelo coodenador do Núcleo de Processo Civil do Centro de Pesquisas, desembargador Antônio Janyr DallAgnol Junior. Além de Pippi Schmidt, o grupo contou também com o diretor do Foro Central de Porto Alegre, Alberto Delgado Neto, e o vice-diretor da ESM, Vancarlo André Anacleto. Todos eles são professores de Direito Processual Civil na Escola da AJURIS. 04 | ENCARTE DA ESM - JORNAL DA AJURIS | NOVEMBRO DE 2011